diarionline | Rosana Nunes
A senadora Marina Silva, 51, ex-ministra do meio ambiente, pré-candidata à presidência da República pelo PV (Partido Verde), disse hoje, em Campo Grande, que seu partido deve lançar candidatura própria aqui no Estado e, com isso, garantir a ela palanque nas eleições do ano que vem.
Embora longe da realidade política local, Marcelo Bluma, único vereador do partido na Capital, disse que a ideia da senadora será debatida em março que vem. Ela adiantou que o PV deve se coligar com o PC do B e costura uma aliança com o PTB. Até agora, contudo, o certo é que os aliados da pré-candidata querem eleger um deputado estadual e um federal em 2010. Marina Silva também acerta um acordo nacional com PSOL, da ex-senadora Heloísa Helena, também dissidente petista. Embora tirada do ministério por determinação política, ela disse que não vai vetar coligações que envolvam o seu partido com PT nos estados.
A ex-ministra veio a Campo Grande conduzir uma palestra sobre meio ambiente no XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, evento que acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. Marina quer que o PV imponha uma tática política diferente das aplicadas hoje quanto às coligações partidárias. O raciocínio dela: “aliança não pode ser vista apenas como um cálculo para saber quem tem mais tempo de TV durante a campanha”.
Ela crê em resultados melhores se as alianças fossem trazidas da sociedade. “Não podemos pensar apenas em palanques, há pessoas que não são filiadas a partidos, mas desenvolvem um trabalho político importante. Hoje os partidos viraram um espaço exclusivo para discutir como se ganhar eleição”, criticou a senadora.
Na coletiva à imprensa local, Marina Silva comentou uma polêmica envolvendo o governo de Mato Grosso do Sul e o governo de Lula. Uma lei que tramita na Assembleia Legislativa, se aprovada deve permitir o plantio de cana-de-açúcar aos arredores do Pantanal, na conhecida região do BAP (Bacia do Alto Paraguai). Decreto federal, no entanto, proíbe essa lavoura na região. “Conheço esse assunto e estudos científicos proíbem o plantio da cana tanto na Amazônia quanto no Pantanal”, disse ela.
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