Estadão
Avaliação de DEM e PSDB é de que Dilma continuará crescendo com lançamento do programa partidário do PT
BRASÍLIA - O DEM, o PSDB e o PPS vão usar as pesquisas de intenção de voto para constranger o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e pressioná-lo a definir sua pré-candidatura ao Planalto o mais cedo possível. Nesta terça-feira, 24, em almoço em que as cúpulas dos três partidos dividiram a mesa, o senador Sérgio Guerra (PE), que comanda os tucanos, e o deputado Rodrigo Maia (RJ), que preside o DEM, previram um Serra em queda contínua contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em ascensão constante.
"É melhor assumir logo isto", aconselhou Maia, diante da observação geral de que a pré-candidata petista crescerá ainda mais com a exposição que terá no programa partidário do PT em cadeia nacional de rádio e televisão, marcado para o dia 10 de dezembro. "Não é fácil manter candidatos que não se lançam (Serra e Aécio), não fazem propaganda e respeitam a lei", disse Guerra
Embora ninguém tenha descartado o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como alternativa da oposição na corrida presidencial, o alvo das cobranças é Serra porque ele é quem mais resiste a assumir logo a condição de pré-candidato e por liderar as pesquisas. O almoço entre os dois chefes da oposição aconteceu um dia depois da pesquisa CNT-Sensus mostrar que Dilma, com 21,7% das intenções de voto, está a apenas 10 pontos porcentuais de Serra, que tem hoje 31,8% do eleitorado. Nesse cenário, além de Serra e Dilma, o Sensus incluiu como pré-candidatos os nomes de Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV).
Essas porcentagens alarmaram o comando da oposição porque em fevereiro passado o Planalto traçou como meta para a ministra Dilma encerrar o ano com um cacife "entre 15% e 20%" de intenções de voto. Um mês e meio antes de 2009 chegar ao fim, a pré-candidata oficial já atingiu o objetivo estipulado pelo governo. Em fevereiro, Dilma tinha, também na pesquisa CNT-Sensus, 13,5% das intenções de voto, contra 42,8% de José Serra.
O Estado mostrou em reportagem publicada no início do ano como é que o governo montou o roteiro para atingir essa porcentagem de intenção de votos: Dilma deveria trocar o figurino de "gestora" da Esplanada dos Ministérios por uma agenda de muitas viagens e aparições públicas ao lado do presidente Lula. Foi o que ocorreu. Saíram os "despachos internos" para coordenar os colegas de ministério e entraram os palanques armados em obras - muitas delas, apenas pedras fundamentais ou - que renderam milhares de fotos e discursos em que o presidente apresenta Dilma como sua candidata.
Dilma sem Lula
"É claro que uma candidata (Dilma) lançada por Lula, que faz propaganda com dinheiro público, tende a crescer", disse Guerra. "A melhor coisa a fazer, quando o governo está forte e usando a máquina para inflar sua candidata, é antecipar o movimento das pesquisas", emendou Rodrigo Maia. Ele prevê tempos difíceis até para fiscalizar a movimentação da pré-candidata petista até abril, quando Dilma deixará o governo para assumir a candidatura. "Aí o jogo muda. Ela terá que sair do colo do Lula e andar com suas próprias pernas", conclui Maia.
Os presidentes e os líderes da oposição na Câmara e no Senado que participaram do almoço tiveram a cautela de não manifestar preferências, até porque a avaliação geral foi de que o clima entre Serra e Aécio "azedou" nos últimos dias, por conta da intensa movimentação do governador mineiro. "Como é casamento de interesse, temos de esperar que a noiva suba ao altar e quem vai levá-la é o PSDB", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). O que angustia todos, sem distinção, é o prazo. Neste quesito, a frase mais ouvida nos bastidores do DEM, do PSDB e do PPS é que "segurar até março é impraticável".
O lançamento do candidato na corrida sucessória não é a única preocupação da oposição. Eles também mostraram apreensão com a escolha de João Vaccari Neto para o cargo de tesoureiro nacional do PT em 2010 e previram campanhas muito caras nos Estados, por conta da "gastança" do governo federal. "O PT nomeou um tesoureiro ambicioso", avaliou Sérgio Guerra.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,oposicao-ve-dilma-crescer-e-pressiona-serra-a-sair-candidato,471551,0.htm
24 de nov. de 2009
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Se propaganda com dinheiro público desse voto o Serra tinha 80% pois toda hora bombardeia o Brasil inteiro com proganda pessoal via Sabesp. O negócio é que o PSDEMB e seu adendo aético PPS não entendem nada de povo e o povo não é mais globo. O povo sabem
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