4 de set. de 2010

Em comício, Lula acusa campanha de Serra de mentir ''descaradamente'' sobre quebra de sigilo

Diego Salmen
Do UOL Eleições


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou duramente o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, durante um comício realizado na manha deste sábado (4), na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.

Sem citar diretamente o nome do tucano, Lula disse que a campanha de Serra está “baixando o nível” ao utilizar um “programa rasteiro” no horário eleitoral gratuito obrigatório.

“Nossa campanha está tranquila. Do outro lado, nós temos um adversário que o bicho está em uma raiva só”, afirmou o presidente. “Mentira tem perna curta [..] quando as pessoas começam a mentir descaradamente, quando começam a procurar alguém para responsabilizar pelo seu fracasso, aí a coisa não fica bem”.

A fala do petista acontece um dia depois do presidenciável tucano usar o seu horário eleitoral gratuito para atribuir à campanha da ex-ministra da casa civil e sua principal adversária na corrida presidencial, Dilma Rousseff (PT), a quebra do sigilo do Imposto de Renda de Verônica Serra, filha do tucano.

"Minha filha é mãe de três crianças pequenas, uma mulher honrada (...) que nunca se meteu em política. Eu estou indignado", afirmou o tucano, cuja propaganda já havia abordado o episódio na tarde da última quinta (02), mas sem que Serra falasse pessoalmente sobre o assunto.

Durante o horário eleitoral da tarde deste sábado (04), a campanha do candidato do PSDB voltou a exibir a peça, onde aproveitou para citar a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa. Em 2006, Francenildo afirmou ter visto o então ministro da Fazenda Antonio Palocci em reuniões com lobistas e prostitutas na mansão onde trabalhava, em Brasília. Pouco tempo depois, o sigilo bancário do caseiro foi quebrado. O episódio resultou na saída de Palocci do cargo.

"Se continuar assim, todos nós seremos Francenildos", afirmou Serra. A propaganda do tucano também buscou associar a candidata petista ao ex-presidente Fernando Collor. "A mesma baixaria contra a filha do Lula agora é usada contra a filha do Serra", afirmou o locutor do programa, que em seguida exibiu imagens de Collor declarando apoio a Dilma.

Lula ainda disse, novamente sem citar o nome de Serra, que “ninguém precisa ficar transformando a família em vítima”. “É próprio de quem não sabe nadar cair na água e se debater até morrer afogado”.

Apesar da presença de Lula, que estava usando uma tala no braço esquerdo devido a uma tendinite, sua candidata ao Palácio do Planalto não compareceu ao comício. Dilma está em Porto Alegre (RS) onde acompanha sua filha Paula, que está prestes a dar a luz. “Eu acho importante a dedicação que a Dilma está tendo com a filha”, afirmou o presidente.

Também participaram do evento o candidato a vice-presidente de Dilma, Michel Temer (PMDB), Aloizio Mercadante, candidato petista ao governo de São Paulo, Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB), candidatos ao Senado por São Paulo.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/04/em-comicio-sem-dilma-lula-acusa-serra-de-mentir-descaradamente-sobre-quebra-de-sigilo.jhtm

Dilma tem 50% e Serra 28%, aponta Datafolha

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem em todo o país mostra estabilidade no quadro eleitoral: Dilma Rousseff (PT) oscilou de 49% para 50% em uma semana, e José Serra, que estava com 29%, tem 28%. Marina Silva (PV) está com 10%, contra 9% da semana anterior.

É a primeira vez desde o início do horário eleitoral que não há grandes mudanças no quadro da disputa presidencial. As pequenas oscilações foram todas dentro da margem de erro (de dois pontos percentuais).

Os que pretendem votar em branco, nulo ou nenhum são 4%. E 7% estão indecisos. Candidatos de partidos pequenos não chegam a 1%.

Em capitais e regiões metropolitanas ocorre o melhor desempenho de Marina Silva. Ela chega a 14%, contra 27% de Serra e 47% de Dilma.

Se a eleição fosse hoje, pelo Datafolha, a candidata do PT venceria no primeiro turno. Teria mais de 50% dos votos válidos --os dados apenas aos candidatos, descontados os brancos e os nulos.

Nessa conta de votos válidos, Dilma tem 56%. Serra tem 32%. Marina vai a 11%. Os percentuais são semelhantes aos da semana passada: 55%, 33% e 10%.

Num eventual segundo turno, a petista também venceria o tucano por 56% a 36% dos votos. Haveria 5% votando em branco, nulo ou nenhum e 4% ainda indecisos.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados falam em quem desejam votar sem ver uma lista de nomes, Dilma marcou 38% contra 35% na semana passada, indicando que sua tendência de alta continua.

Serra oscilou apenas dentro da margem de erro na sondagem espontânea, indo de 18% para 19%. Marina saiu de 5% e foi a 6%.

Há outros dois indicadores relevantes que foram positivos para Dilma: a taxa de rejeição dos candidatos e a percepção de vitória por parte do eleitorado. A petista é rejeitada por 21% dos eleitores. Tinha 19% na semana passada.

Já Serra, era rejeitado por 24% em julho. Foi a 28% no começo de agosto. Agora, 31% dizem que não votariam no tucano de jeito nenhum.

Marina Silva é rejeitada por 17% --tinha 16% na semana passada.

Quando o Datafolha pergunta quem o eleitor acredita que vai vencer a eleição presidencial de 3 de outubro, Dilma continua sendo a escolhida pela maioria. Hoje, 69% dizem que a petista vai ganhar. Na semana passada, o percentual era de 63%.

Só 15% acham que Serra será o vencedor --pouco mais da metade dos que declaram voto no tucano. No caso de Marina Silva, 1% acredita na sua vitória.

Segundo o Datafolha, 51% declararam ter assistido os programas do horário eleitoral --contra 39% na semana anterior. Isso significa que muitos eleitores tomaram conhecimento dos fatos dos últimos dias, inclusive do vazamento de dados fiscais sigilosos da Receita Federal.

A pesquisa foi feita nos dias 2 e 3 de setembro, com 4.314 eleitores em 203 cidades. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com número 27.903/2010.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/793939-dilma-tem-50-e-serra-28-aponta-datafolha.shtml

2 de set. de 2010

PT vai à Justiça com duas novas ações contra Serra

VERA ROSA - Agência Estado

O comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) acusou hoje o candidato do PSDB José Serra de querer "ganhar no tapetão" a eleição para a Presidência da República. Em mais um capítulo da guerra envolvendo a quebra de sigilo fiscal dos tucanos, o PT vai entrar com outras duas novas ações contra Serra e uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

"Se nosso adversário pudesse dizer que não foi Nero, mas sim nós que pusemos fogo em Roma, ele diria", afirmou o deputado José Eduardo Cardozo (SP), secretário-geral do PT e coordenador do comitê jurídico de Dilma. "É uma tentativa de ganhar no tapetão, no grito", acrescentou.

É a quinta vez que o PT entra na Justiça contra Serra, sob a alegação de que o candidato tucano caluniou e difamou Dilma e o partido. Uma outra representação será enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O argumento do PT é que Serra acusa Dilma de crimes sabendo que ela não os cometeu, com objetivos eleitorais. "É o equivalente à denunciação caluniosa no âmbito eleitoral", disse Cardozo.

Guerra também será alvo de ação do PT, por crime contra a honra, porque o partido considera que ele ofendeu a candidata. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na edição de hoje, Guerra disse que "a campanha de Dilma e a ação eleitoral do presidente Lula representam forte ameaça à democracia".

Serra passou os últimos dias responsabilizando Dilma e o PT pela violação do sigilo fiscal de sua filha, Verônica, e de outras quatro pessoas ligadas ao PSDB. "Utilizar filho dos outros para ganhar a eleição é uma coisa que eu só tinha visto o Collor fazer com o Lula", fustigou Serra, numa referência à campanha de 1989.

Na ocasião, o então candidato à Presidência Fernando Collor (PTB), hoje senador, levou Miriam Cordeiro, antiga namorada de Lula, ao programa eleitoral de televisão. Na época, Miriam acusou Lula de pedir para que ela fizesse aborto.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-vai-a-justica-com-duas-novas-acoes-contra-serra,604334,0.htm

Serra diz que governo blinda Dilma de acusações sobre quebra de sigilo

Anne Warth, da Agência Estado

SÃO PAULO - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta quinta-feira, 2, que a estratégia do governo federal e do PT têm sido a de blindar sua principal adversária, Dilma Rousseff, no episódio da quebra do sigilo fiscal de sua filha, Verônica, e em toda a campanha eleitoral. Ele voltou a responsabilizar Dilma pela ação, demonstrou desconfiança sobre o rumo das investigações pela Receita Federal e acusou a ex-ministra de ser uma candidata inventada e que esconde seu passado. Serra disse ainda que o PT está desmoralizando a Receita com a ação de "arapongas" do partido.

"Ela é a responsável, porque é a responsável pela campanha. O esquema de espionagem foi feito com gente nomeada, reuniões, pessoas contratadas e tudo mais. Além do mais, isso é tradicional dentro do PT", afirmou, em entrevista coletiva concedida após se reunir com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, no hotel Tivoli Mofarrej, na capital paulista. "O PT e o governo estão blindando a Dilma, aliás, não só nesse episódio. Essa campanha está se caracterizando pela campanha do ocultamento de uma candidata."

Serra acusou a direção da Receita Federal de postergar a apuração do caso e tentar abafar o episódio ao conduzir as investigações em Brasília, e não em São Paulo. Ele atribuiu o fato ao que chamou de "aparelhamento" da Receita e fez questão de citar o conflito entre Dilma e a ex-secretária do órgão, Lina Maria Vieira, por conta da polêmica em torno da fiscalização de grandes empresas, entre elas a Petrobrás. "O PT está conseguindo desprestigiar a Receita Federal", disse. "A Receita está sendo prejudicada pela ação dos arapongas do PT", afirmou.

O tucano criticou também a decisão de Dilma de não participar da sabatina promovida pelo jornal O Globo e do debate organizado pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela TV Gazeta. "Ela está se recusando a ir. É uma estratégia de 'ocultamento'. Na verdade, é uma pessoa desconhecida. É uma candidatura inventada, uma pessoa desconhecida e preparada pelo PT e pelo próprio governo federal para disputar a campanha federal como se fosse uma ficção, porque de fato as pessoas não a conhecem", afirmou.

"No meu caso, todo mundo me conhece, eu não preciso que se invente nada a respeito do que eu fiz ou que se feche, num cofre, pedaços da minha biografia. No caso dela, é exatamente o oposto. Ela é conhecida por coisas que não fez; as coisas que fez errado são ocultadas e tem o passado guardado em cofrinhos. Determinados pedaços da sua história são desconhecidos, porque não tem um histórico de vida pública adequada, digamos, para uma responsabilidade de uma candidatura desse tipo. É uma fabricação do PT e do governo", disse Serra.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-diz-que-governo-blinda-dilma-de-acusacoes-sobre-quebra-de-sigilo,604282,0.htm

Dilma afirma que acusação de Serra é ato de 'desespero'

Folha

ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira que a acusação do PSDB e do candidato tucano José Serra contra ela é um ato "desesperado".

Dilma também anunciou ações judiciais do PT no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e na Procuradoria-Geral da União contra Serra e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

"Meu adversário, a campanha do meu adversário e o partido adversário estão desesperados porque, a cada dia que passa, eles perdem apoio popular. Agora, eu acho que eles estão querendo ganhar no tapetão", afirmou a petista, em Porto Alegre.

Serra responsabiliza a campanha petista pela quebra do sigilo fiscal na Receita Federal de pessoas próximas a ele. Entre outros, tiveram seu sigilo violado o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge, e a filha Veronica Serra.

'Quero saber quem é o mandante', diz mulher de Serra sobre quebra de sigilo fiscal
Analista da Receita diz desconhecer fraude em procuração de filha de Serra
Serra diz que a Receita está sendo prejudicada pelos 'arapongas do PT'
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Dilma afirmou que as acusações são "levianas e não têm sustentação jurídica".

Ela ainda levantou a hipótese de que as quebras do sigilo tenham ocorrido por uma disputa interna do PSDB na época.

Em setembro de 2009, quando as violações aconteceram, o ex-governador de Minas e candidato ao Senado, Aécio Neves, disputava com Serra a indicação para disputar a Presidência.
"O que eles querem é virar a mesa da democracia", afirmou Dilma.

A candidata afirmou que o PT irá entrar com uma ação no TSE com base no artigo 323 do Código Eleitoral, que prevê pena de até um ano de prisão, mais multa, para divulgação "na propaganda de fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado".

O PT também ingressará na Justiça Federal com mais uma ação contra Serra (a quinta) por danos morais. Enviará ainda representação à procuradoria para que apure possível prática de crime contra a honra devido à acusação feita Sérgio Guerra.

"Pode-se até perder uma eleição, mas não se pode perder a dignidade", disse Dilma.

Ela voltou a afirmar que é a principal interessa num rápido esclarecimento e em uma investigação rigorosa.

Dilma afirmou que só quem tem a ganhar com a situação "nebulosa" é a campanha tucana.

A petista se disse "indignada" e afirmou que, apesar de defender punições severas, as instituições devem ser preservadas.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792997-dilma-afirma-que-acusacao-de-serra-e-ato-de-desespero.shtml

Marina sobe o tom, critica Mantega e defende saída de secretário da Receita

Folha

DE SÃO PAULO

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou nesta quinta-feira o ministro Guido Mantega (Fazenda) pelos casos de violação de sigilo na Receita Federal e insinuou que gostaria de ver demitido o secretário do órgão, Otacílio Cartaxo.

"A omissão do ministro da Fazenda é algo que esta agredindo a sociedade. Como é que pode, em um caso como esse, o ministro da Fazenda não dar uma palavra? E ainda estão mantendo o secretário da Receita, que deixou que acontecesse esse desmando embaixo de seu nariz. Se fosse em outro país, na Europa, nos Estados Unidos, em qualquer canto, o ministro estava dando explicações no Congresso, pra sociedade. E [no Brasil] nada. Silêncio", disse em entrevista à rádio "Jovem Pan".

Marina anunciou que estava lançando no Twitter uma campanha para que Mantega se explicasse, com o mote #mantegachegadesilencio.

A candidata verde defendeu que haja uma investigação séria, com transparência, e pediu uma punição "rápida e rigorosa" aos culpados.

Segundo ela, tanto PSDB quanto PT estão ignorando a forma como a sociedade está sendo afetada com o escândalo.

"Entre a vitimização do [José] Serra e a missão do Mantega tem uma sociedade inteira que está vulnerável".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792954-marina-sobe-o-tom-critica-mantega-e-defende-saida-de-secretario-da-receita.shtml

Serra promete contrapartida integral de recursos do FPM

O Povo Online

Tucano também voltou a reclamar do vazamento de dados fiscais de sua filha, Verônica Serra, pela Receita Federal

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, prometeu, caso eleito, uma contrapartida integral aos municípios para que esses não percam mais dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

“Não vai ter mais, no governo federal, incentivo ou despesas criadas para municípios sem que as prefeituras recebam sua contrapartida integral. Os municípios brasileiros perderam no Fundo de Participação, no ano passado, R$ 3,3 bilhões. O governo federal retribuiu: devolveu R$ 2 bilhões, ou seja, [os municípios] perderam R$ 1,3 bilhão”, disse o candidato nesta quarta-feira, 1°.

Segundo Serra, isso prejudica principalmente os municípios menores, que dependem mais do fundo. Serra reuniu-se, na noite desta quarta, em São Paulo, com 353 prefeitos dos 650 municípios do estado. Segundo organizadores da campanha de Serra, houve inclusive a presença de prefeitos que não fazem parte dos partidos aliados.

No discurso de mais de 45 minutos destinado aos prefeitos e com as críticas ao PT, Serra também prometeu regulamentar o Artigo 23 da Constituição que delibera sobre a divisão de trabalho entre estados, municípios e União. “É uma coisa para que fique estabelecida realmente uma divisão de funções com mais clareza”, afirmou. Segundo o candidato, caso eleito, isso será encaminhado como projeto de lei para ter “essa divisão explicitada”.

Serra também voltou a reclamar do vazamento de dados fiscais de sua filha, Verônica Serra, pela Receita Federal. Para isso, lembrou o episódio do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que teve o sigilo bancário violado em 2006, num caso envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci. “Quando se viola o sigilo bancário de um caseiro, viola-se a Constituição. Quando se viola o sigilo fiscal de representantes da Constituição, viola-se a Constituição. Quando se viola o sigilo fiscal de uma filha nossa, está se violando, acima de tudo, a Constituição”, disse.

Agência Brasil

http://opovo.uol.com.br/app/eleicoes2010/2010/09/02/noticiapolitica,2037883/serra-promete-contrapartida-integral-de-recursos-do-fpm.shtml

Lula orienta Dilma a não entrar em polêmica da Receita

AE - Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, a não entrar na polêmica envolvendo a quebra de sigilo fiscal de membros do PSDB. A estratégia para blindar a petista foi discutida ontem, em café da manhã no Palácio da Alvorada.


O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do PT, José Eduardo Dutra, coordenadores da campanha, também participaram do café com Lula e Dilma. Na avaliação do presidente, o comitê precisa proteger a candidata da tentativa do adversário José Serra (PSDB) de associá-la à violação fiscal.


Lula disse que Dilma não pode ficar refém da agenda de crise de Serra. A ordem é deixar que o caso seja sempre explicado pela Receita Federal. Caberá ainda a ministros, quando necessário, rebater Serra com mais ênfase. Para Lula, a devassa no Imposto de Renda de quatro tucanos e até de Verônica Serra, filha do candidato, faz parte de um esquema de "compra e venda" de sigilos fiscais. "É uma bandidagem", definiu ele.


Dilma evitará espichar o assunto, a partir de agora, nos chamados "quebra-queixo" com jornalistas. Em debates e entrevistas tête-à-tête, porém, não terá como fugir do tema. Na noite de ontem, por exemplo, em entrevista ao SBT, ela afirmou ser "a maior interessada" na apuração dos fatos antes da eleição e repetiu que Serra levanta acusações sem prova.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-orienta-dilma-a-nao-entrar-em-polemica-da-receita,604154,0.htm

Receita tentou abafar caso da violação de sigilo

AE - Agência Estado

O comando da Receita Federal suspeitou de fraude na violação do sigilo fiscal da filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, mas mesmo assim montou uma operação para abafar o escândalo e evitar impacto político na campanha de Dilma Rousseff (PT). Em meio ao discurso oficial de que não havia irregularidade, o governo já sabia que a procuração usada para violar os dados de Verônica Serra poderia ser falsa.

Os novos documentos da investigação, a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso ontem, também provam que a Receita sabia desde o dia 20 de agosto que o sigilo fiscal de Verônica havia sido violado em setembro do ano passado. A prova da suspeita da Receita está em um documento que mostra que, na tarde de terça-feira, a comissão de inquérito decidiu encaminhar o caso ao Ministério Público Federal. Ou seja, antes de a filha de Serra e o cartório afirmarem que o documento era falso, o que desmente o discurso e a entrevista dada ao Estado pelo secretário-geral da Receita, Otacílio Cartaxo.

Num documento obtido pelo Estado, com data de terça-feira, a comissão de investigação levanta suspeitas sobre Antônio Carlos Atella Ferreira, autor da procuração utilizada para retirar os dados fiscais de Verônica Serra em uma agência da Receita em Santo André. No ofício, Ferreira é tratado como pessoa "supostamente" autorizada a retirar os documentos da filha de Serra. A comissão levantou informações sobre ele e cita que tem quatro CPFs em "diversos municípios". Diante da suspeita, a comissão pede que a procuração seja enviada à Procuradoria da República para "confirmação de autenticidade". O documento da comissão, tratado como "ata de deliberação", registra o horário das 17h de terça. A Receita descobriu pouco antes, às 13h42, que Ferreira era dono de quatro CPFs.

Na noite daquele mesmo dia, quando o Estado revelou, com exclusividade, o episódio, o Ministério da Fazenda e a Receita procuraram a imprensa, inclusive o Estado, para informar que não havia irregularidade e os dados de Verônica foram consultados mediante requisição autorizada e assinada por ela. O discurso foi compartilhado pelo primeiro escalão do governo durante toda a manhã de ontem, incluindo o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o líder no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Comissão

Os documentos obtidos pelo Estado mostram ainda que, além de já suspeitar da violação do sigilo, a Receita descobrira havia pelo menos 10 dias que os dados fiscais da filha de Serra haviam sido invadidos ilegalmente. Mais exatamente às 17h59 do dia 20 de agosto, quando Eduardo Nogueira Dias, membro da comissão de investigação, consultou o histórico dos acessos aos dados de Verônica. Naquele dia, ele descobriu que as declarações de renda dela foram acessadas às 16h59 de 30 de setembro de 2009 por meio da senha da servidora Lúcia de Fátima Gonçalves Milan, lotada em Santo André.

Ou seja, quando deram uma entrevista coletiva, convocada às pressas na sexta-feira passada, Cartaxo e o corregedor-geral, Antônio Carlos da Costa D? Avila, já tinham conhecimento do acesso aos dados fiscais de Verônica. Na sexta, Cartaxo e D? Avila anunciaram uma versão que até agora não se sustenta nos autos da investigação. Afirmaram que a Receita descobriu a existência de um esquema de venda de dados fiscais mediante "encomenda" e "pagamento de propina". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,receita-tentou-abafar-caso-da-violacao-de-sigilo,604136,0.htm

'O cargo pertence ao ministro Mantega', diz secretário da Receita

Em entrevista ao 'Estado', Otacílio Cartaxo admitiu que 'crise' não é 'administrativa', e sim 'política'

Leandro Colon - O Estado de S.Paulo

O secretário-geral da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, afirmou ao Estado nesta quinta-feira, 2, que a sua demissão do cargo depende de uma decisão do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O cargo pertence ao ministro Mantega, essa pergunta deve ser feita a ele", afirmou o secretário. "Nós estamos navegando na crise. Não é uma crise administrativa, é política", disse. Quando a reportagem perguntou se ele tomaria a iniciativa de entregar o cargo, Cartaxo pediu para desligar o telefone.

Causou profundo mal estar no Planalto a informação de que o comando da Receita Federal montou uma operação para abafar o escândalo da quebra de sigilo de tucanos e de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB, José Serra. A operação, noticiada na edição desta quinta-feira, 2, do jornal O Estado de S. Paulo, teria o objetivo de evitar impacto político na campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff.

A reportagem mostrou que a Receita suspeitou de fraude na violação do sigilo fiscal da filha de Serra, mas mesmo assim montou uma operação para abafar o escândalo e evitar impacto político na campanha de Dilma. Em meio ao discurso oficial, iniciado na noite de terça-feira, de que não havia irregularidade, o governo já sabia que a procuração usada para violar os dados de Verônica Serra poderia ser falsa. Os novos documentos da investigação, a que o Estado teve acesso ontem, também provam que a Receita sabia desde o dia 20 de agosto que o sigilo fiscal de Verônica havia sido violado em setembro do ano passado.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,o-cargo-pertence-ao-ministro-mantega--diz-cartaxo,604236,0.htm

Serra promete construir metrô em locais com mais de 500 mil habitantes

Fernando Taquari | Valor

SÃO PAULO - O candidato do PSDB à Presidência, José serra, prometeu hoje, se eleito, construir linhas de metrô em todas as cidades do país com mais de 500 mil habitantes.

Ao anunciar a promessa, o tucano ressaltou que governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o setor de transportes renegado ao segundo plano. Segundo ele, as obras do metrô na capital paulista não contaram com recursos federais.

As construções do metrô pelo país serão fundamentais para gerar empregos diretos e indiretos. Sem entrar em detalhes, Serra também se comprometeu a isentar de impostos os produtos da cesta básica para os trabalhadores.

As promessas foram feitas durante o encontro do candidato com dissidentes de centrais sindicais, como CTB, Nova Central e Força Sindical, que já declararam apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto. Também participaram do encontro integrantes de UGT, que tiveram permissão para apoiar qualquer candidato.

Com relação aos apelos da categoria sobre redução da jornada de trabalho, Serra não foi claro sobre como faria para reduzir de 44 horas para 40 horas a jornada de trabalho. O candidato se limitou a dizer "vamos trabalhar para materializar." Antes, o dirigente Chiquinho Pereira, da UGT, havia proposto ao candidato que estudasse a medida.

(Fernando Taquari | Valor)

http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/6472060/serra-promete-construir-metro-em-locais-com-mais-de-500-mil-habitantes

‘A maior interessada nesta apuração sou eu’, diz Dilma sobre vazamento

Do G1

Ao SBT, petista falou que ‘repudia’ acusações contra sua campanha.
‘Tem de ser apurado de forma drástica, antes da eleição’, afirmou a petista.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (1º), ao Jornal do SBT, ser "leviana" a acusação feita pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de que sua campanha tem ligação com a violação na Receita Federal de dados de dirigentes tucanos e pessoas ligadas ao PSDB. Além de integrantes da direção do partido, a filha de Serra, Veronica, também teve os dados violados.

Segundo a Receita Federal, há indícios de falsificação na assinatura de Veronica que está no documento que pediu a abertura dos dados. O caso aconteceu em setembro de 2009. Dilma disse que é preciso ter “cuidado com leviandades e calúnias”.

“Eu não entendo as razões, aliás, algumas eu até entendo, que levam o candidato da oposição a levantar contra a minha campanha uma acusação tão leviana, uma acusação que não tem provas, nem fundamento. Nós temos de ter clareza. Isso aconteceu em setembro de 2009. Em setembro de 2009 minha campanha não existia porque eu nem pré-candidata era. Eu acho interessante e julgo que é muito importante que nessa eleição a gente tenha cuidado com leviandades e calúnias”, disse Dilma.

Segundo a candidata, o PT ingressou com duas novas ações contra Serra nesta quarta-feira por acusações sem provas. Ela ainda afirmou que se considera a maior interessada na apuração dos dados sobre os vazamentos da Receita.

“A maior interessada nesta apuração é a minha campanha. A maior interessada nesta apuração sou eu. Eu quero mais uma vez, de forma enfática, repudiar essa prática sistemática de levantar acusações e não fazer nenhuma prova. Para mim, eu acredito que não é possível usar a calúnia ou a leviandade para qualquer questão eleitoral”, afirmou.

A petista ainda atribuiu a prática de vazamentos ao PSDB. Sem citar nomes, ela fez referência ao senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que nesta tarde ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Dilma causa da quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge e de outras pessoas ligadas à legenda, entre elas a filha de José Serra.

“Em junho de 2009, um senador [Alvaro Dias] vazo ou divulgou o vazamento de dados absolutamente sigilosos sobre a direção da Petrobras. O partido do candidato meu adversário são vazadores contumazes ou são pessoas que não têm ética suficiente para lidar com a coisa pública. Isso é inadequado e pouco ético”, afirmou.

Durante a entrevista, Dilma ainda afirmou que não pretende colocar em um eventual governo nenhum dos réus do caso do mensalão, enquanto o processo não for concluído pelo Supremo Tribunal Federal.

“Eu acho que no mensalão o governo tomou as providências, houve a investigação. O processo está na Justiça. Seria muito importante que esse julgamento fosse acelerado. Antes de julgar, não [colocaria ninguém no governo]”, afirmou.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/09/maior-interessada-nesta-apuracao-sou-eu-diz-dilma-sobre-vazamento.html

Serra atribui quebra de sigilo a 'receio' de Dilma de que ele vença a eleição

Dados fiscais de filha de candidato tucano foram acessados na Receita.
Campanha de Dilma e PT negam acusações.


Maria Angélica Oliveira Do G1, em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, voltou a responsabilizar o PT e a candidatura da petista Dilma Rousseff pelo acesso a dados fiscais de sua filha, Veronica Serra.

Segundo ele, a campanha da ex-ministra cometeu um “duplo crime”, de quebra de sigilo e falsificação de documentos, por “receio” de perder as eleições. A campanha de Dilma e o PT negam as acusações.

“A candidatura da Dilma está querendo fazer comigo a mesma coisa que o Collor fez com o Lula em 1989, quando o Collor ganhou eleição, pelo receio de que nós ganhemos a eleição”, disse, em referência ao episódio em que um depoimento de Miriam Cordeiro, ex-namorada de Lula que teve uma filha com ele, foi mostrado na propaganda eleitoral.

As declarações foram dadas numa coletiva após um evento com sindicalistas em São Paulo. Pesquisa Ibope divulgada no sábado (28) aponta a petista com 51% das intenções de voto e o tucano, com 27%.

Os dados de Veronica foram acessados em uma agência da Receita Federal de Santo André (SP), mas a assinatura de Veronica no documento não está entre os cartões de assinatura do Cartório do 16º Tabelião de Notas de São Paulo. Nesta tarde, a Receita admitiu que "aconteceu a falsificação de documento público federal”.

Questionado sobre o que fará em relação às acusações, o tucano afirmou que os advogados do partido vão decidir o que fazer. “As providências são jurídicas porque nós não temos contra-baixaria. Não fazemos isso em campanha eleitoral, nem fora de campanha eleitoral”, afirmou.


'Multiplicação dos votos'

Ao lado de Geraldo Ackmin (PSDB), candidato ao governo de São Paulo, Serra recebeu o apoio de integrantes das centrais sindicais UGT, Força Sindical e Nova Central. No evento, foi anunciada a criação de um comitê supra sindical de apoio à candidatura do tucano.

No discurso, o tucano fez ataques ao governo federal, apontando o loteamento político nos Correios e afirmando que, no Brasil, a ética "está no chão". Ele também fez críticas em relação a investimentos, crédito e a recursos para a qualificação dos trabalhadores. Foi cobrado pelos sindicalistas para que, caso eleito, apoie a redução da jornada de trabalho, uma das principais bandeiras do setor, e prometeu analisar as reivindicações.

Ao encerrar o evento, Serra pediu a "multiplicação dos votos". "Eleição se ganha pedindo voto, eleição se ganha conversando, eleição se ganha multiplicando, soprando para que tenhamos uma verdadeira ventania que o barco do nosso time ao porto da vitória", disse.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/09/serra-atribui-quebra-de-sigilo-receio-de-dilma-de-que-ele-venca-eleicao.html

Para Marina, dificuldades em arrecadação estão nas expectativas

SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou na quarta-feira que as dificuldades de arrecadação em sua campanha estão dentro das expectativas e voltou a criticar a polarização da eleição entre PT e PSDB.

"Estas eleições estavam indo num caminho, no meu entendimento, muito negativo, medindo currículo, medindo passado", declarou a candidata em entrevista ao Jornal da Globo, exibida na madrugada desta quinta-feira.

"É por isso que estamos insistindo... Não podemos ficar nessa guerra entre vermelho e azul."

Em um distante terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Marina declarou que os obstáculos na arrecadação de recursos estão dentro das "expectativas" da legenda. Mais cedo, ela afirmara que sua campanha havia levantado 13,6 milhões de reais.

"O que nós conseguimos até agora foi algo muito positivo e vai continuar sendo positivo", disse.

Principal assunto do dia, a quebra de sigilo da filha do presidenciável tucano José Serra não foi mencionado na entrevista, de 20 minutos.

A candidata verde defendeu maiores investimentos na educação, "melhor forma de promover a inclusão social", e defendeu uma "revolução" no setor. "Estamos vivendo um apagão de mão de obra... por falta de prioridade na educação", disse.

Confrontada com dados de desenvolvimento do Acre, Marina destacou alguns avanços do seu Estado natal na última década e disse surpreender-se com a situação no "Estado mais rico do país", São Paulo, que foi governado Serra.

Citou a Favela Mata Virgem, em São Paulo, "que de virgem não tem nada", onde, segundo ela, vivem 10 mil pessoas com esgoto a céu aberto. "Por isso eu estranhei quando o candidato José Serra mostrou uma favela virtual porque (em São Paulo) tem uma favela real", alfinetou.

(Por Hugo Bachega)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68104Q20100902

Obras e locais usados por Dilma em propaganda parecem melhores do que são

Correio Braziliense - Alana Rizzo

Hospital citado como exemplo por Dilma na Bahia funciona precariamente, creche modelo não tem incentivo federal e vídeo feito na UnB usou locação vetada a alunos

Candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff apresentou em seu programa eleitoral um hospital que funciona precariamente. Inaugurado às pressas na última semana pelo governo baiano, o Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, na Bahia, consumiu quase um minuto do horário eleitoral gratuito da última terça. Segundo a direção da própria unidade de saúde, apenas 27 leitos do Pronto Atendimento estão aptos a receber pacientes. O edital previa 180 no primeiro ano de funcionamento e 250 até o segundo. Os centros cirúrgicos, anunciados como especialidade da unidade, ainda não podem ser usados. Equipamentos, como o tomógrafo, não chegaram. Foram investidos R$ 60 milhões na obra, administrada por uma organização não governamental.

“Eu acho que hospital tinha que ser dessa qualidade aqui. Acho que é um padrão que a gente quer buscar para todos os hospitais”, diz a ex-ministra da Casa Civil no vídeo, depois de serem exibidas imagens internas do local. As áreas estão fechadas e os equipamentos estão parados.

Na sequência, Dilma pergunta: “Como é que você se sente em relação ao hospital? Vocês que trabalham aqui?”. O questionamento é feito para o diretor do Instituto Sócrates Guanães, vencedor da licitação para comandar o hospital, e para Renan Araújo, funcionário da Secretaria de Saúde. Os dois são apresentados apenas como médicos. Araújo diz que “é uma satisfação mudar um paradigma e fazer uma construção da melhor qualidade, com todos os equipamentos necessários para o atendimento completo e humanizado”. Já Guanães afirma que “não há nada de melhor e mais avançado para a segurança do paciente”.

Espera
Apesar de o programa de Dilma exibir profissionais na unidade, faltam servidores. Ontem, de acordo com informações da recepção, apenas um pediatra e um ortopedista estavam no local, que deveria ser “o mais moderno hospital (1) infantil do país”. O número contraria a informação do comando do HEC, de que a equipe atual era formada por um ortopedista, um cirurgião-geral, um cirurgião muco-maxilar, três cirurgiões-pediátricos e um anestesista. Durante a manhã, a fila de espera era de 10 pacientes. No Hospital Geral Clériston Andrade, congestionado com a demanda da segunda maior cidade da Bahia e dos arredores, os funcionários ainda não orientam os pacientes a procurarem a nova unidade. “Ninguém sabe se está funcionando”, disse uma enfermeira que preferiu não se identificar.

De acordo com o material de divulgação, o HEC é a maior unidade do Norte e do Nordeste e a previsão é que realize 48 mil consultas, 24,3 mil cirurgias e 8.172 internações no primeiro ano, além de gerar 700 empregos diretos. Entre as especialidades estão oncologia, nefrologia, cardiologia e UTI. Cirurgias cardíacas e tratamento de oncologia, contudo, só a partir de 2012. “Essa primeira fase é assim. Os profissionais precisam fazer treinamento, conhecer a planta do hospital, os equipamentos. É processo natural”, disse André Guanães.

1 - Planos remodelados
Aliado do governo Lula, o candidato à reeleição no governo da Bahia, Jaques Wagner, tenta colar a obra na sua gestão. Segundo a campanha petista no estado, o governador investiu R$ 94,2 milhões em três hospitais públicos no interior do estado. O presidente Lula e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, iriam participar da cerimônia de inauguração. Porém, o mau tempo atrapalhou os planos do candidato.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/02/noticia_eleicoes2010,i=211044/OBRAS+E+LOCAIS+USADOS+POR+DILMA+EM+PROPAGANDA+PARECEM+MELHORES+DO+QUE+SAO.shtml

Lula como cabo eleitoral deve custar R$ 2,5 mi a campanha de Dilma

Valor compreende o custo para ter o presidente ao lado de Dilma em comícios e os gastos previstos com multas

Correio Braziliense - Tiago Pariz


O comitê financeiro da candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, reservou R$ 2,5 milhões para gastar com a mobilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo votos Brasil afora. Desse total, foram gastos R$ 344,5 mil nos primeiros 23 dias de campanha em julho.

Segundo o tesoureiro (1) da campanha, José Filippi Júnior, a previsão é que as despesas tripliquem em agosto graças à maior participação do principal cabo eleitoral da campanha em prol de sua pupila. Filippi disse que os R$ 2,5 milhões levam em conta os dois turnos. “No primeiro, devemos ficar um pouco abaixo disso”, afirmou o tesoureiro, ex-prefeito de Diadema, no ABC paulista. Lula já participou de comícios em Curitiba, Belo Horizonte, Campo Grande, Osasco (SP), Mauá (SP), São Bernardo do Campo (SP), Salvador e Recife. Essas agendas ainda não tiveram o valor calculado pela Casa Civil.

No primeiro mês da campanha, quando Dilma Rousseff não havia consolidado a dianteira em relação a José Serra (PSDB), os comícios ocorreram no Rio de Janeiro, em Garanhuns (PE) e em Porto Alegre (RS). A Casa Civil, responsável pelo cálculo, informou que a despesa do comício do Rio, o primeiro ato com a participação de Lula, subiu de R$ 58,1 mil para R$ 118,6 mil. A diferença deve-se a uma decisão da campanha de Dilma, de ressarcir todas as despesas de transporte ocorridas nos trajetos das viagens. Antes, o PT devolvia aos cofres públicos apenas o custo do deslocamento de Lula da agenda oficial para o ato político. O custo passou, então, a ser calculado a partir de Brasília. “Para não ter dúvida. Se o presidente saiu de Brasília e vai para participar da campanha depois de ato oficial, vamos ressarcir tudo”, disse Filippi.

Dados fornecidos pela Casa Civil mostram que em Garanhuns a participação ao lado de Dilma no Festival de Inverno ficou em R$ 113,8 mil. O comício em Porto Alegre custou R$ 112,1 mil. O comitê financeiro havia devolvido R$ 58,1 mil na primeira parcial da prestação de contas entregue no início de agosto. Na terça, ressarciu R$ 286,4 mil, segundo informou a campanha. O valor consta do documento a ser entregue ao TSE hoje, com a segunda parcial de arrecadação e gastos.


Multas
Os investimentos em Lula vão além da participação em atos eleitorais. O PT desembolsou quantia significativa em multas aplicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram R$ 47,5 mil em sete multas. Somados os dois valores, o partido já pagou R$ 392 mil, só em julho, pela participação de Lula como cabo eleitoral. Em média, o custo é de R$ 17 mil diários, ou pouco mais de 33 salários mínimos, de R$ 510.

A arrecadação de Dilma superou levemente os R$ 50 milhões, bem acima dos R$ 29,5 milhões registrados por Serra, graças à doação de 180 empresas. Faltando 31 dias para a eleição, Dilma alcançou um terço de sua previsão de gastos, de R$ 157 milhões. A previsão é chegar aos R$ 110 milhões até 3 de outubro, data do primeiro turno. Os gastos da campanha petista, nessa segunda parcial, chegaram a R$ 40 milhões. Na internet, o site de Dilma conseguiu levantar R$ 90 mil, de 850 doadores, uma média de pouco mais de R$ 105 por pessoa. Só a primeira-dama Marisa Letícia desembolsou R$ 1.013.

A exposição de Lula no início da campanha intensificou-se em agosto, quando ele acelerou as aparições ao lado de Dilma, o que acabou coincidindo com o início do programa eleitoral gratuito. Em julho, a petista não havia consolidado a liderança na corrida contra Serra. A distância ganhou fôlego em meados do mês passado, quando concretizou-se um quadro de possível definição no primeiro turno e uma diferença na casa dos 20 pontos percentuais. Com o aumento das aparições de Dilma ao lado de Lula, o custo deve subir. Hoje, o presidente fará ato político ao lado de sua pupila em Foz do Iguaçu. De acordo com o novo cálculo proposto pelo PT e aceito pelo governo, todo o deslocamento da trupe presidencial será bancado pelos cofres da campanha.

1 - Comitê financeiro
O PT também devolveu aos cofres públicos R$ 1,4 mil referentes à participação do presidente Lula na Convenção Nacional do partido, que consagrou Dilma Rousseff como candidata ao Palácio do Planalto. Os cálculos sobre o custo da mobilização de Lula em ato eleitoral ficam a cargo da Secretaria de Controle Interno da Presidência da República, que repassa os valores ao comitê financeiro petista.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/02/noticia_eleicoes2010,i=211041/LULA+COMO+CABO+ELEITORAL+DEVE+CUSTAR+R+2+5+MI+A+CAMPANHA+DE+DILMA.shtml

Dilma diz que só atuará no diálogo com as Farc se Colômbia solicitar

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aproveitou o encontro com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, para colocar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como “uma questão mais do adversário (José Serra) do que da Colômbia” — uma referência clara às declarações da equipe tucana que tentou vincular o PT com a guerrilha. “Temos uma posição clara em relação às Farc, que é contrária ao narcotráfico. Não temos por que participar de qualquer atitude de pacificação ou de diálogo com as Farc, a não ser que a Colômbia nos peça. Em momento algum o presidente (Santos) perguntou a respeito. É mais uma questão do meu adversário do que da Colômbia”, declarou Dilma, ao sair de um encontro de meia hora com Santos na embaixada colombiana em Brasília.

Dilma falou que o assunto Farc foi comentado “en passant” durante a conversa, quando houve uma referência ao projeto do governo brasileiro de comprar dez veículos aéreos não tripulados (vant) para monitoramento das áreas de fronteira. “Ele estava mais interessado em falar da política de inclusão social do governo Lula”, comentou Dilma, passando a discorrer sobre os temas que tem tratado, inclusive no horário eleitoral gratuito, como agricultura familiar e a política de compra de tratores, financiamentos e de compra de alimentos.

Ao falar com os jornalistas por cerca de 10 minutos na porta da embaixada, a candidata deixou transparecer a expectativa de vitória no primeiro turno. “Fiquei encantada com a qualidade da conversa. Disse ao presidente que, caso seja eleita em 3 de outubro, terei uma relação muito especial e prioritária com nossos parceiros colombianos”. Entusiasmada com a perspectiva de parceria entre os dois países, Dilma citou ainda as áreas de biocombustíveis e biotecnologia: “Compartilhamos uma reserva de água e de biodiversidade. E ainda compartilhamos uma fronteira onde o policiamento é crucial”, disse a candidata, defendendo parcerias na área de biotecnologia e bioenergia.

Investigação
Dilma só falou sobre o encontro com Santos e a assessoria encerrou a entrevista. Muitos saíram frustrados por não ter a oportunidade de perguntar, por exemplo, sobre a quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato tucano, que teve os dados fiscais acessados no mesmo local onde foram vasculhadas as declarações de outros aliados do PSDB. Sempre quando perguntada sobre o tema, a candidata petista tem dito que qualquer acesso não autorizado deve ser apurado e seu autor, punido. Invariavelmente, como em entrevista ao SBT ontem, nega qualquer participação de sua campanha no episódio e diz que prefere falar de propostas. Hoje, estará em Foz do Iguaçu, para novo comício ao lado de Lula.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/02/noticia_eleicoes2010,i=211042/DILMA+DIZ+QUE+SO+ATUARA+NO+DIALOGO+COM+AS+FARC+SE+COLOMBIA+SOLICITAR.shtml

Serra grava depoimento sobre quebra do sigilo da filha

Folha

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, gravou na madrugada de hoje (2), por volta das 2h, uma participação para o programa eleitoral exclusivamente para falar da quebra de sigilo da filha, Verônica. O caso será levado ao ar hoje mesmo na propaganda do candidato.

Ainda de madrugada, o comando da campanha avaliava a melhor forma de abordagem e se debruçava sobre o texto. A ideia é que Serra mesmo fale sobre o assunto. Antes da descoberta da violação de sigilo de Verônica, a menção à quebra de sigilo ficava a cargo de um apresentador.

Na avaliação de tucanos, a suspeita de que o próprio governo tenha violado o sigilo de pessoas ligadas ao PSDB afeta o eleitor da classe média, onde a petista Dilma Rousseff tem registrado crescimento nas últimas pesquisas.

Muito ligado à filha, Serra tem manifestado irritação nas conversas com aliados. E esse estado de espírito deverá dirigir uma nova etapa do programa eleitoral.

Como antecipado pela Folha, a campanha de Serra deverá passar por modificações a partir desta semana. Além do confronto de currículos, deverá explorar a ideia de que Dilma omite dados da sua biografia.

"A primeira etapa, de mostrar que Serra tem preocupação social, está cumprida. Agora, deverá ficar mais evidente a comparação de currículos e de quem tem mais credibilidade para governar o país", diz o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos articuladores políticos da campanha de Serra.

Ontem, em discurso, Serra deu a senha ao afirmar que não precisa esconder "pedacinhos do currículo" num cofre. Sem citar Dilma, ele disse que não é produto de fraude. Ele mencionou ainda o fato de a adversária ter omitido ter sido dona de uma loja de bugigangas que quebrou.

Nas inserções, o PSDB já expõe aliados indigestos do PT, como os ex-presidentes Fernando Collor de Mello e José Sarney.



http://www1.folha.uol.com.br/poder/792762-serra-grava-depoimento-sobre-quebra-do-sigilo-da-filha.shtml

Em encontro com prefeitos, Serra ataca Dilma e diz que governo Lula tenta coagir a liberdade

Diego Salmen
Do UOL Eleições

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, reforçou na noite desta quarta-feira (1º) os ataques que vem fazendo nos último dias a sua adversária, a petista Dilma Rousseff, por conta da quebra do sigilo fiscal da filha do tucano, Verônica Serra.

Com uma procuração que teria sido assinada por Verônica, uma servidora da Receita Federal acessou a declaração de renda da filha de Serra. Nesta quarta, a Receita admitiu que o documento era falso. Outras pessoas ligadas ao PSDB tiveram seu sigilo fiscal quebrado, como Eduardo Jorge, Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado.

"Eles [a campanha de Dilma] optaram pelo caminho da sordidez", criticou o ex-governador de São Paulo. "Eles querem coagir a liberdade, não apenas a de consciência, mas também a liberdade de ação".

A declaração do presidenciável foi dada durante o encontro com cerca de 350 prefeitos do Estado de São Paulo que apoiam a sua candidatura.

Cerca de duas mil pessoas participaram do evento. Ao lado de Serra também estavam o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, o atual governador do Estado, Alberto Goldman, a mulher de Serra, Mônica Serra, seu vice, o deputado federal Índio da Costa, e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, entre outros.

Durante seu discurso, o tucano insistiu na associação do governo Lula a práticas "autoritárias". Serra citou como exemplo a proposta de criação do Conselho Federal de Jornalismo. "Dia um e outro dia também, alguém desse governo fala em censurar a imprensa. Em palavras diretas, querem estabelecer comitês partidários para decidir o que os jornais podem publicar", afirmou.

Além disso Serra voltou a criticar a maneira como Dilma foi indicada à disputa presidencial pelo presidente Lula. "Não sou boneco nem ventríloquo, não sou produto de uma fraude", atacou. "Eu não preciso de marqueteiro para mudar a minha imagem. Não sou xampu nem iogurte", disse.

Prefeituras

Diante da plateia de prefeitos, Serra também criticou o tratamento dado pelo governo federal aos municípios. "É a generosidade com o chapéu alheio", afirmou, ao comentar iniciativas firmadas entre municípios e a União, onde as cidades acabavam arcando com os custos dos projetos.

O presidenciável tucano afirmou ainda que, se eleito, vai regulamentar o artigo 23 da Constituição, que explicita a divisão de tarefas em ações que envolvem diferentes órgãos administrativos.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/02/em-encontro-com-prefeitos-serra-ataca-dilma-e-diz-que-governo-lula-tenta-coagir-a-liberdade.jhtm

TSE vai lacrar sistemas das eleições; veja fotos dos candidatos na urna

Softwares são responsáveis pelo funcionamento das urnas eletrônicas.
Depois de lacrados, sistemas serão distribuídos aos tribunais regionais.

Débora Santos Do G1, em Brasília

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, fará nesta quinta-feira (2) a lacração os softwares que serão distribuídos aos Tribunais Regionais para serem usados nas eleições deste ano. Os sistemas, que comandam o funcionamento das urnas eletrônicas, são fechados por meio de uma assinatura eletrônica para evitar fraudes.

Esses softwares só funcionam nos computadores da Justiça Eleitoral e são ativados por senhas geradas pelo TSE. Com isso, a Justiça Eleitoral pretende garantir que mesmo que os sistemas sejam interceptados, não haja possibilidade de instalação dos arquivos em computadores externos.

As versões finais desses sistemas, que serão distribuídos para todo o Brasil, guardam as informações, como foto, nome e número de cada candidato. Cada urna eletrônica é identificada por meio de um algoritmo único de 128 dígitos para assegurar a autenticidade e a integridade do sistema.

Veja as fotos dos candidatos a presidente que vão estar nas urnas eletrônicas no dia 3 de outubro:



No alto, a partir da esquerda, os candidatos Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio Sampaio (PSOL); embaixo, Levy Fidelix (PRTB), José Maria Eymael (PSDC), Zé Maria (PSTU), Ivan Pinheiro (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) (Foto: Divulgação/TSE)

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/09/tse-vai-lacrar-sistemas-das-eleicoes-veja-fotos-dos-candidatos-na-urna.html

1 de set. de 2010

Receita admite falsificação de documento com assinatura da filha de Serra

Folha

FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

A Receita Federal admitiu na tarde desta quarta-feira que "houve falsificação" do documento com a assinatura da filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Otacílio Cartaxo, secretário do fisco, leu comunicado no qual informou que o documento original foi entregue ao Ministério Público Federal para investigar o caso.

"A mídia já noticia que a senhora Verônica Serra não confirma a assinatura e que o cartório não confirma o reconhecimento da firma. Diante desses fatos, aconteceu a falsificação de documento público federal", disse Cartaxo, afirmando que caberá à Polícia Federal realizar perícia grafotécnica.



A Receita confirmou que a declaração de renda de Verônica Serra referente aos exercícios de 2007 e 2009 foi acessada em 30 de setembro do ano passado na delegacia do fisco em Santo André (SP). O documento falso solicitando os dados foi entregue por Antonio Caros Atella Ferreira, que se apresentou como procurador de Verônica --o que não é verdade.

Cartaxo, contudo, isentou de culpa a servidora Lúcia Milan, responsável pela coleta de dados da filha de Serra. Ele disse que documentos "sem sinais de fraude ou adulteração" devem ser acatados pelos servidores.

Segundo Cartaxo, a recusa dessa documentação é classificada como infração pelo Estatuto do Servidor.

 http://www1.folha.uol.com.br/poder/792391-receita-admite-falsificacao-de-documento-com-assinatura-da-filha-de-serra.shtml

Dilma repete Collor em 1989, diz Serra

Nara Alves, iG São Paulo

O candidato tucano à Presidência, José Serra, comparou a presidenciável petista, Dilma Rousseff, ao ex-presidente da República Fernando Collor de Mello e responsabilizou a rival pela quebra de sigilo fiscal de sua filha, Verônica Serra. “O Collor utilizou o filho do Lula em 1989. Agora, pegaram a minha filha (...) para meter nesse jogo político sujo por preocupação com a minha vitória. Dilma está repetindo Collor”, afirmou.

A declaração foi dada na madrugada desta quarta-feira em entrevista à TV Globo. Serra classificou a quebra do sigilo fiscal de Verônica como “ato criminoso” e afirmou que a violação foi motivada para “exploração política”.

O candidato defendeu a filha, chamando-a de “ficha limpa”, mãe de três filhos e trabalhadora. Serra revelou, ainda, que Verônica havia comentado anteriormente que achava que haviam “espionado” seus dados. “Criminoso são esses que estão atacando a família para colher dividendos eleitorais. Se já estão fazendo isso agora, imagina se ganhassem”, questionou.

Serra voltou a afirmar que o DEM, partido de seu vice, deputado Indio da Costa, puniu os envolvidos no caso do mensalão do Distrito Federal. “O (mensalão) do DEM teve menos gente envolvida, tinha um volume, um alcance menor”, disse. Ele lembrou que no caso do PT, acusados de envolvimento não foram afastados do partido, como o ex-ministro José Dirceu, cotado para assumir cargo no eventual governo Dilma.

Campanha
O tucano justificou a estratégia de sua campanha, que exibiu imagens de Serra ao lado do presidente Lula, afirmando que "o PSDB tem um estilo que não é o quanto pior, melhor". De acordo com ele, sempre que "tem alguma coisa que presta" no governo, seu partido dará continuidade. "Às vezes isso é confundido com suavidade, com tibieza", disse.

Serra voltou a dizer que o PT pratica o "quanto pior melhor" e lembrou que a legenda votou contra o Plano Real e contra a lei de responsabilidade fiscal. "A campanha eleitoral pra mim não é algo para ficar estribuchando", afirmou. O candidato disse, ainda, que a propaganda petista atribui à Dilma "coisas que não têm nada a ver".

Procurando mostrar-se otimista, Serra disse acreditar que a estratégia da campanha está correta e que "vai nos levar a uma virada e à vitória".

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/dilma+repete+collor+em+1989+diz+serra/n1237766932132.html

PSDB 'não consegue apresentar projeto que sensibilize o povo', diz Mercadante

Petista disse que acusações sobre 'caso dos aloprados' revela 'desespero' dos adversários

Rejane Lima, da Agência Estado

SÃO VICENTE - O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira, 1º, em São Vicente, na Baixada Santista, que a tentativa de seus adversários de ligar seu nome ao episódio conhecido como "dossiê dos aloprados", é um sinal de desespero. "Acho que é uma candidatura desesperada, que não consegue apresentar ao Brasil um projeto que sensibilize o povo", disse Mercadante, referindo-se tanto à eleição presidencial como à disputa do Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com ele, essa é uma questão já resolvida do ponto de vista jurídico. "Eu não tenho nenhum problema em discutir esse tema. Teve uma CPI que meu nome não foi citado e na última eleição, quando eles (tucanos) entraram no TSE, não mencionaram meu nome. O MP disse que não havia nenhum indício da minha participação e o STF julgou, por unanimidade, anular e arquivar".

Mercadante lembrou ainda que seu nome vem subindo nas pesquisas de intenção de voto e que a polêmica sobre o vazamento dos dados de tucanos pela Receita Federal não mudam o cenário eleitoral. "O povo quer soluções, propostas e um caminho para São Paulo", disse o petista, que criticou a postura dos rivais tucanos: "Agora adversário é assim, quando não tem argumentos faz qualquer tipo de ataque."

Prefeitos aliados. Assim como o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, se reúne nesta quarta-feira com prefeitos na capital, Mercadante também acredita no apoio dos municípios para alavancar sua candidatura. Segundo ele, suas propostas têm sido recebidas "com muita simpatia" pelos prefeitos de todas as regiões visitadas. "Não é só o apoio de prefeitos que estão na base da nossa candidatura, mas também prefeitos do PMDB já manifestaram apoio no estado inteiro", disse, citando ainda apoio de prefeituras administradas por DEM e PTB. "São prefeitos que deveriam aparentemente estar na base do outro candidato, mas que querem uma mudança em São Paulo".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psdb-nao-consegue-apresentar-projeto-que-sensibilize-o-povo-diz-mercadante,603655,0.htm

Procuração para violar sigilo de Verônica Serra foi feita por Atella Ferreira

Receita determinou nesta quarta-feira pela manhã a investigação sobre a autenticidade do documento

Leandro Colon - O Estado de S.Paulo

Chama-se Antônio Carlos Atella Ferreira o autor da procuração usada para acessar as declarações de renda de Verônica Serra, filha de José Serra (PSDB). A Receita determinou nesta quarta-feira pela manhã a investigação sobre a autenticidade do documento. A assessoria de Verônica informou que ela não conhece a pessoa que fez a procuração.

Na noite de ontem, o Estado revelou que documentos da investigação feita pela corregedoria da Receita Federal revelam que o sigilo fiscal de Verônica foi violado no dia 30 de setembro de 2009. O acesso ocorreu em Santo André (SP), onde é lotada a funcionária Lúcia de Fátima Gonçalves Milan, autora da coleta dos dados fiscais de Verônica Serra.

A funcionária entrou no sistema e, segundo os documentos da corregedoria a que o Estado teve acesso, coletou as declarações de Imposto de Renda dos anos de 2008 e 2009 da filha de Serra. Em entrevista ao Jornal da Globo, na noite de terça-feira, 31, o candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) classificou de "ato criminoso" a quebra do sigilo fiscal de sua filha.

Na noite de ontem, a assessoria do Ministério da Fazenda disse ao Estado que a corregedoria da Receita tem um documento mostrando que a funcionária Lúcia Milan acessou os dados fiscais a pedido da própria Verônica Serra. A assessoria do candidato tucano informou que Verônica não pediu nenhuma quebra de sigilo.

A Receita não sabe dizer por que uma contribuinte de São Paulo entraria com ofício para quebra consentida de sigilo em Santo André. Por meio da assessoria da Fazenda, acrescentou que no dia 29 de setembro de 2009 "uma pessoa apareceu na delegacia de Santo André com uma procuração pedindo os dados fiscais de 2008 e 2009 de Verônica Serra". Segundo informação da corregedoria, a procuração era assinada pela própria Verônica e tinha firma reconhecida. "Diante desse ofício, a funcionária (Lúcia Milan), cumpriu o pedido e não fez nada de errado", avaliou a assessoria do Ministério da Fazenda.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,procuracao-para-violar-sigilo-de-veronica-serra-foi-feita-por-atella-ferreira,603629,0.htm

Marina cobra explicação de Mantega e diz que Receita vive situação de descontrole

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, condenou nesta quarta-feira o vazamento de dados fiscais sigilosos da empresária Verônica Serra, filha do presidenciável tucano, José Serra, e disse que a Receita Federal vive uma situação de descontrole.

Ela cobrou uma explicação pública do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o assunto.

"O silêncio do ministro da Fazenda é mais do que um incômodo. Já é uma omissão. Ele não pode ficar em silêncio diante de uma situação dessa magnitude."

Os dados fiscais de Verônica foram acessados na mesma agência da Receita onde outras quatro pessoas ligadas ao tucano tiveram seus sigilos violados. A consulta à declaração de renda de Verônica foi feita pela analista tributária Lúcia de Fátima Gonçalves Milan.

"Lamento profundamente essa situação de descontrole a que chegamos na Receita Federal", disse Marina.

A candidata cobrou uma investigação rápida do caso e se disse preocupada com a possibilidade de motivação política no vazamento dos dados. "Se tem caráter político, é gravíssimo. Se acontece isso nessas circunstâncias [durante o processo eleitoral], imagine em situações normais."

Marina informou que a arrecadação de sua campanha chegou a R$ 13,6 milhões até ontem. O número será informado à Justiça Eleitoral até o fim da semana. Mais cedo, ela participou de sabatina promovida pelo Grupo Estado, em São Paulo.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792280-marina-cobra-explicacao-de-mantega-e-diz-que-receita-vive-situacao-de-descontrole.shtml

Coligação de Serra pede a TSE que determine perda de tempo na TV para Dilma

Folha

Os advogados de José Serra (PSDB) entraram com representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a coligação de Dilma Rousseff (PT) e a de Netinho de Paula (PC do B), candidato ao Senado por São Paulo, questionando a veiculação de propaganda favorável à candidata petista à Presidência.

Para os advogados, em propaganda na televisão no dia 30 de agosto houve invasão do tempo destinado à propaganda de Netinho com o pretexto de criar vínculo da candidatura ao Senado com a presidencial.

"O candidato a senador acabou por fazer explícita propaganda em favor de Dilma", diz o texto da representação.

A coligação de Serra pede a perda do tempo equivalente ao usado na suposta invasão --24 segundos--, e diz que, como a beneficiada pela propaganda irregular foi Dilma, é ela quem deve sofrer as penalidades previstas na lei.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792279-coligacao-de-serra-pede-a-tse-que-determine-perda-de-tempo-na-tv-para-dilma.shtml

Dilma dá drible na imprensa e não fala sobre acesso a dados fiscais da filha de Serra

Folha

RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, evitou na manhã desta quarta-feira responder a perguntas sobre a revelação de que dados fiscais da filha de José Serra (PSDB), Verônica Serra, foram acessados na mesma agência da Receita em que outras pessoas ligadas ao PSDB tiveram o sigilo violado.

Após encontro reservado com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, Dilma começou a dar uma entrevista na porta da Embaixada, em Brasília, mas pediu, antes de responder às perguntas dos jornalistas, para falar sobre a reunião.

Após dar sua versão sobre o que conversou com Santos, Dilma respondeu a uma pergunta de um jornalista colombiano sobre a relação do PT com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), fala que se ramificou em outras explicações sobre a relação entre Brasil e Colômbia na área da segurança.

Quando se tentou fazer a pergunta sobre o caso da Receita, Dilma interrompeu o repórter para retomar o assunto da segurança.

Ao final, a assessoria de imprensa da candidata encerrou a entrevista abruptamente sob o argumento de que jornalistas colombianos queriam acompanhar outros compromissos de Santos no Brasil. Apesar da insistência dos repórteres, Dilma se recusou a responder mais perguntas e entrou no carro.

Sobre as Farc, a candidata do PT disse ter posição contrária ao narcotráfico e que o Brasil só integraria um grupo de negociação caso o governo colombiano solicitasse, mas que não discutiu isso com Santos. E alfinetou Serra. "Essa questão [relação do PT com as Farc] é uma questão muito mais do meu adversário do que do governo colombiano".

Em relação à segurança, ela citou acordo anterior entre Brasil e Colômbia para patrulhamento da fronteira.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792222-dilma-da-drible-na-imprensa-e-nao-fala-sobre-acesso-a-dados-fiscais-da-filha-de-serra.shtml

FHC diz que falta 'espontaneidade' aos programas de televisão de Serra

Folha

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso critica a comunicação da campanha do correligionário José Serra por apresentá-lo como um "candidato de continuidade" do governo Lula e diz ainda que falta "espontaneidade" aos programas de televisão do tucano, informa reportagem de Renata Lo Prete, editora do "Painel" da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Na opinião do ex-presidente da República, a eventual eleição de Dilma Rousseff (PT) representa risco não à economia, mas à "vida institucional" do país. De acordo com FHC, o PT "não pratica gestos tresloucados, mas desvirtua as instituições por dentro".

"O abuso da máquina pública para propósitos partidários, como se vê escandalosamente na atual campanha. Depois, o fortalecimento de uma tendência corporativa, cimentando a aliança entre fundos de pensão, sindicatos e grandes empresas, com o fim político óbvio."

O ex-presidente afirmou ainda que o PT tem corroído as instituições públicas por dentro, como cupim. "Não pratica atitudes tresloucadas, mas desvirtua as instituições por dentro, como está fazendo, por exemplo, na ANP [Agência Nacional do Petróleo]."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792173-fhc-diz-que-falta-espontaneidade-aos-programas-de-televisao-de-serra.shtml

Plínio de Arruda prevê caos no país com sua eleição

Folha

HUDSON CORRÊA
DO RIO

O candidato a presidente pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, 80, assina nesta quarta-feira no Rio plebiscito a favor de limitar o tamanho de fazendas no Brasil. Trata-se, segundo ele, de mais uma ação radical de sua campanha.

Ontem, a uma plateia de 200 estudantes, em silêncio e atenta, Plínio disse que o Brasil "vai ter problemas demais", se ele vencer as eleições.

No seu prognóstico, o país praticamente quebra. "Vão faltar bens de consumo. Não será possível trocar de celular. O Brasil sofrerá bloqueio comercial." Surgirá "tensão social", conflito armado e o povo precisará "sair às ruas" para defender o governo, que pode não terminar.

Plínio voltou sua atenção a universitários do Rio nesta semana. Ele falou com estudantes no Teatro de Arena, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

No palco foi armada pelos alunos uma barraca para protegê-lo do sol. Os universitários, simpatizantes do PSOL, ficaram em volta nas arquibancadas de concreto.

"É possível que eu perca muito voto, mas não estou preocupado como voto mesmo. Eu não mudei nada. O que eu disse quando eu tinha 20 anos de idade, estou dizendo hoje", afirmou Plínio à Folha.

O candidato manteve os ideais, mas aderiu às inovações tecnológicas para se comunicar com estudantes.

"Eu tuito à noite para encontrar vocês", afirmou, colhendo risos. Em seguida, como num banho de água fria, disse que os estudantes vão ter que se contentar com tecnologia ultrapassada, se ele for presidente.

"Quem não for capaz de abrir mão do último [lançamento de] telefoninho", disse o presidenciável exibindo o celular, "não deve votar em nós, porque [adversários] vão segurar [o comércio]. Vai ter que ficar com a porcaria do passado", disse.

O presidenciável destacou ainda que fará uma "reforma agrária radical", desapropriando fazendas com mais de 500 alqueires.

O único tema que considerou espinhoso foi o aborto. Afirmou ser a favor de legalizá-lo sem "liberar geral" e encontrou espaço para humor. "Nem falo de aborto na TV, porque, senão, dá chilique no [deputado federal] Chico Alencar, que tucanou o aborto. Ele diz que é para eu dizer assim: interrupção precoce da gravidez."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792188-plinio-de-arruda-preve-caos-no-pais-com-sua-eleicao.shtml

Campanha de tucano agora tem 'guru' dos EUA

Folha

BRENO COSTA
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Duas semanas atrás, um cientista político americano, de ascendência indiana, usando turbante, se reuniu com membros da campanha de José Serra (PSDB) na área de internet.

Ravi Singh, que se autodenomina um "guru", é dono da empresa Election Mall Technologies, sediada em Washington, e oferece consultoria de internet para campanhas. Por US$ 4.000, por exemplo, é possível comprar o pacote "Last 30 days", para turbinar campanhas em sua reta final.

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A última ação bem sucedida de Singh foi na campanha vitoriosa de Juan Manuel Santos à Presidência da Colômbia, sempre com ação restrita à internet.

A chegada de Singh à campanha de Serra, no entanto, ainda é nebulosa. A Folha ouviu dirigentes tucanos e integrantes da equipe da internet, inclusive a coordenadora da área, Soninha Francine, e ninguém diz saber quem é o responsável pela aquisição.

O fato é que foi criado, na prática, um segundo polo de comunicação na campanha. O grupo do jornalista Luiz Gonzalez, que também desaprova o guru, permanece como definidor das linhas gerais do marketing da campanha, especialmente em relação aos programas de TV.

Dois integrantes da equipe da internet ouvidos pela Folha dizem que "odiaram" a mudança no site oficial de Serra, que desde segunda-feira resume-se a um mural com opiniões de eleitores sobre o tucano.

Uma das mudanças mais polêmicas foi o surgimento da frase "É a hora da virada", que estampa a página principal do site desde segunda-feira. Segundo Soninha, não se trata de um slogan, e o "Brasil pode mais" permanecerá.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/792171-campanha-de-tucano-agora-tem-guru-dos-eua.shtml

Servidora diz que acessou dados a pedido de filha de Serra

Folha

A Folha conversou na noite de ontem com a servidora da Receita Lucia de Fátima Gonçalves Milan. No primeiro momento, ela respondeu que a reportagem poderia "conversar com a sua advogada quando ela tivesse informações sobre o caso". Depois, ligou de volta e disse que acessou os dados de "Verônica Serra", mas que o fez porque havia um pedido da própria Verônica.

Folha - A sra. acessou de dados sigilosos?

Lucia Milan - Antes de você sair publicando o meu nome, é bom que saiba que eu fiz sim. Mas fiz por que me pediram e tenho um documento autenticado em cartório que comprova isso. Tem até o nome da pessoa que está pedindo a cópia da declaração.

Qual é o nome?

É Verônica, filha de Serra. Houve uma solicitação de cópia e ela assinou o documento. Ela pediu a declaração dela mesmo. Isso a gente guarda cinco anos. Se uma pessoa pede a declaração a Receita tem obrigação de dar.

Verônica entrou em contato com a sra.?

Não. Ela mandou outra pessoa, que avisou outra. Mas tem a autorização dela no formulário. Inclusive, antes de vir em cima de mim, você deveria perguntar a ela por que ela pediu essa cópia. Eu tenho esse documento que já está com o corregedor. Inclusive, quando se pede isso, tem de pagar R$ 10.

Editoria de Arte/Folhapress


http://www1.folha.uol.com.br/poder/792108-servidora-diz-que-acessou-dados-a-pedido-de-filha-de-serra.shtml

Serra chama de 'ato criminoso' acesso a dados fiscais de sua filha

Folha


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, classificou de ato criminoso o acesso aos dados fiscais da sua filha, a empresária Verônica Serra. Ele também responsabilizou o PT pela quebra de sigilo.
"Se eles fazem isso na campanha eleitoral da Dilma, imagine se ganharem a eleição", afirmou em entrevista ao "Jornal da Globo".

Os dados fiscais de Verônica foram acessados na mesma agência da Receita onde outras quatro pessoas ligadas ao tucano tiveram seus sigilos violados. A consulta à declaração de renda de Verônica foi feita pela analista tributária Lúcia de Fátima Gonçalves Milan.

"Hoje veio a público um fato criminoso. O sigilo fiscal da minha filha foi quebrado num ato criminoso, no ano passado, para efeito de exploração política", afirmou.

Segundo Serra, sua filha já havia comentado com ele sobre a desconfiança de que havia algo errado. Ele afirmou que "blogs sujos da campanha do PT" publicaram dados referentes ao imposto de renda de 2009 de Verônica.

Serra fez referência ao caso Lurian, filha do presidente Lula, que aconteceu no segundo turno da eleição de 1989, e comparou Dilma a Collor.

" O Collor utilizou uma filha do Lula, a turma do Collor montou essa história para ganhar do Lula em 89. E o Collor ganhou. Agora a turma da Dilma está fazendo a mesma coisa, pegando milha filha, que não faz política, que é uma mãe de três crianças pequenas, que trabalha muito para criar as crianças juntas, para poder viver... Meter nesse jogo político sujo para me chantagear porque tem preocupação quanto à minha vitória."
Ele ainda disse que "agora o Collor está do lado dela, talvez esteja transferindo tecnologia".

O tucano também chamou de mentirosa a informação da Receita Federal de que o acesso aos dados fiscais feito a pedido de Verônica para Lúcia de Fátima.
"São profissionais da mentira", disse Serra.

Lúcia foi incluída na segunda-feira como a mais nova acusada pela corregedoria do fisco de participar de um esquema ilegal de quebra de dados fiscais na agência do órgão em Mauá (SP).

Além de Lúcia, a corregedoria da Receita incluiu também mais uma funcionária do Serpro na lista dos suspeitos de integrar o esquema, Ana Maria Caroto Cano, de acordo com notificação assinada pelo presidente da comissão de inquérito encarregada do caso, Levi Lopez, à qual a Folha teve acesso.
A inclusão do nome de Lúcia de Fátima vai obrigar a corregedoria a ampliar as investigações.

O computador da servidora, uma analista tributária, não estava na relação de máquinas periciadas pelo órgão. Já no caso de Ana Maria, seu nome já aparecia nas investigações, mas como testemunha. Agora, ela se tornou suspeita.

As duas principais suspeitas da corregedoria, contudo, continuam a ser a analista tributária Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva e a servidora do Serpro cedida à agência de Mauá Adeildda Ferreira Leão dos Santos.


Editoria de Arte/Folhapress


http://www1.folha.uol.com.br/poder/792051-serra-chama-de-ato-criminoso-acesso-a-dados-fiscais-de-sua-filha.shtml

Aliados de Dilma já se articulam para ocupar os mais disputados ministérios

Apesar da petista negar especulações sobre um eventual futuro governo


Correio Braziliense - Denise Rothenburg | Tiago Pariz

As declarações de Dilma Rousseff desautorizando especulações sobre um possível futuro governo não arrefeceram o apetite dos partidos aliados e nem ajudaram a conter os movimentos de bastidores em busca de cargos, antes mesmo de abertas as urnas. É que, com as pesquisas indicando a perspectiva de vitória ainda no primeiro turno, tudo ficou muito antecipado. E, se confirmados os pedidos de cada aliado, o PT corre o risco de terminar espremido entre as pretensões do PMDB e dos demais partidos da base governista. Os petistas têm dois nomes para o Ministério das Comunicações, os deputados Jorge Bittar, do Rio; e Valter Pinheiro, da Bahia, que concorre a um mandato de senador. No último comício de Dilma em Salvador, Pinheiro dedicou grande parte do discurso ao setor de telecomunicações, para muitos um sinal de que mira o cargo.

O PMDB, da sua parte, não deseja perder o terreno nessa seara, e também tem nomes, como o do deputado Eunício Oliveira (CE), outro concorrente ao Senado. Mas os peemedebistas aceitariam uma “troca”, se ficassem com Cidades, Transportes e mantivessem a pasta da Saúde e Minas e Energia, onde estava o senador Édison Lobão (PMDB-MA), candidato à reeleição. O PT, entretanto, não abre mão de voltar a comandar o Ministério das Cidades, considerado uma mina de ouro e vitrine política. Por causa da Copa de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, a pasta criada por Lula — e que teve como primeiro ministro o petista gaúcho Olívio Dutra — receberá um orçamento reforçado. Mas o PP, partido do ministro Márcio Fortes, quer manter essa joia da coroa.

Nos bastidores, há um grupo petista em movimento para que o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias, seja o futuro ministro no lugar do PSB. O problema, entretanto, é o próprio PSB que vê a pasta como um lugar ao sol para Ricardo Coutinho, candidato ao governo da Paraíba, hoje em desvantagem para o governador José Maranhão, do PMDB, que disputa a reeleição.

Aos aliados que não conseguirem se sair bem do processo eleitoral, a turma do Planalto e da campanha aconselha a não sonhar com muitos cargos de primeiro escalão. Para esses, estarão reservados os postos que não podem ser ocupados por parlamentares, caso das diretorias de agências reguladoras e estatais.

Na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o técnico Antônio Bedran termina seu mandato em novembro deste ano. Ele esteve, inclusive, cotado para ministro das Comunicações quando Hélio Costa se licenciou para concorrer ao governo de Minas Gerais. Hoje, fez alguns gestos na tentativa de permanecer no cargo. Não obteve sinais nem positivos nem negativos às suas pretensões por conta da reserva de mercado que o governo pretende fazer para atender aliados que não tiveram sucesso nas urnas. No mesmo caso, pode entrar as vagas da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), uma já está aberta, mas o nome do indicado não foi enviado ainda ao Congresso. A outra ficará disponível no final do ano.

Ajuda a aliados
Dilma e os aliados evitam o assunto. “Estamos blindados contra intrigas e divisões. Nada vai nos atingir”, declara o ex-deputado Moreira Franco, um dos peemedebistas responsáveis pela coordenação de campanha. Moreira participou ontem da reunião do conselho político da campanha, onde foram discutidos os pedidos de aliados que enfrentam problemas nas urnas. Antes do encontro, a própria candidata disse não ter a pretensão de resolver os problemas enfrentados pelas campanhas de Aloizio Mercadante (PT), em São Paulo, e de Hélio Costa (PMDB), em Minas Gerais. “Não acho que resolvo o problema. Cada estado tem sua característica. Não tenho pretensão de resolver situação eleitoral em lugar nenhum. Agora, tenho a pretensão de fazer campanha, ajudar meus parceiros e me empenhar em São Paulo e Minas Gerais”, afirmou.

A petista também prometeu ajudar aliados no Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará. Ela disse ainda que visitará cidades do Entorno do Distrito Federal, numa tentativa de alavancar a campanha de Agnelo Queiroz (PT). Em São Paulo, estão marcados atos para Guarulhos, Campinas, Santos e Ribeirão Preto, cidades mais afáveis ao petismo, onde, segundo o PT, há espaço de crescimento de Aloizio Mercadante. As campanhas de Mercadante e Hélio Costa atravessam momentos diferentes. Enquanto o paulista aparece em crescimento nas pesquisas, o mineiro vê sua vantagem diminuir para o candidato do PSDB, Antonio Anastasia.

Arrecadação em crescimento
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, conseguiu acelerar a arrecadação de recursos no último mês e atingiu a marca de R$ 29,5 milhões, oito vezes mais do que o levantado no primeiro mês da campanha: R$ 3,6 milhões. A presidenciável petista, Dilma Rousseff, aproximou-se dos R$ 50 milhões de doação, quadruplicando o valor de R$ 11,6 milhões registrado em julho. Os gastos da campanha petista atingiram R$ 40 milhões. A despesa tucana não foi informada.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/01/noticia_eleicoes2010,i=210850/ALIADOS+DE+DILMA+JA+SE+ARTICULAM+PARA+OCUPAR+OS+MAIS+DISPUTADOS+MINISTERIOS.shtml

Cúpula do PT e PMDB acerta visita de Lula e Dilma no próximo dia 9

Correio Braziliense - Tiago Pariz


Com a crise instalada entre PT e PMDB em Minas Gerais, a cúpula dos dois partidos foi convocada ontem para colocar panos quentes dentro da campanha de Hélio Costa (PMDB). A estratégia passou por um périplo do ex-ministro Patrus Ananias (PT), vice de Costa, em Brasília, para tentar encontrar uma forma de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do partido ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, aumentarem a presença no estado. Para tentar conter o avanço nas pesquisas de intenção de votos de Antonio Anastasia (PSDB), a ideia de Patrus e Costa é tentar nacionalizar a eleição mineira num embate entre Lula e o ex-governador Aécio Neves (PSDB).

Ficou acertada uma agenda conjunta em Minas em 9 de setembro. Foi o único aceno que o presidente fez ao petista. Hélio Costa pediu uma presença intensa, que incluía mais visitas ao estado e também uma gravação de telemarketing com Lula se apresentando e pedindo votos por telefone, a exemplo do que fez Aécio para Anastasia. Lula se negou. “O que vocês querem que eu faça?”, reclamou Lula. “Precisamos saber quem tem uma liderança maior no estado: se o Lula ou o Aécio. Se o projeto de um estado democrático e popular ou um projeto neoliberal”, afirmou Patrus.

Programas federais
Segundo o petista, o sucesso de Anastasia e Aécio na corrida eleitoral deve-se às conquistas do governo federal. “Todos os programas sociais em Minas são do governo federal. O governo estadual apropriou-se dessas propostas”, atacou Patrus. Essa tentativa de nacionalizar o embate regional foi a saída encontrada diante da crise dentro da campanha de Hélio Costa. Patrus reuniu-se com o ministro da Secretaria-Geral, Luiz Dulci, e com Gilles Azevedo, responsável pela agenda de campanha presidencial petista, e depois encontrou-se com os presidentes do PT, José Eduardo Dutra; do PMDB e vice de Dilma, Michel Temer; e o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, dirigente licenciado do PDT. Também esteve com Moreira Franco, coordenador pelo PMDB da campanha de Dilma.

O número
3441-1000
Telefone da Central de Atendimento ao Eleitor para tirar dúvidas sobre o processo eleitoral


“Cavalo paraguaio”

A reunião de Patrus Ananias, vice de Hélio Costa (PMDB), com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, foi um desdobramento de um encontro ocorrido na segunda-feira que serviu para lavar a roupa suja entre PT e PMDB. Segundo uma fonte da cúpula nacional petista, o clima da reunião foi bastante tenso, com acusações de ambos os lados sobre a responsabilidade do crescimento de Antonio Anastasia (PSDB) na corrida pelo Palácio da Liberdade. Segundo essa fonte, os petistas classificaram o desempenho de Costa como o de um “cavalo paraguaio”. “Percebeu-se que nós vamos perder em primeiro turno e ninguém sabe o que fazer”, disse um petista.

O PT também reclamou da falta de mobilização dos peemedebistas na campanha. “Nunca vi tanto amadorismo, provincianismo. Não tem 100 prefeitos que apoiam a candidatura do Hélio Costa”, afirmou essa fonte. Na lavação de roupa suja sobrou também para o marqueteiro Duda Mendonça, que foi responsabilizado pela incapacidade de o programa eleitoral ter contribuído para a diminuição da vantagem que Costa exibe nas pesquisas de intenção de votos para Anastasia.

A principal crítica é tentar mostrar ao eleitor que o vice Patrus será protagonista no próximo governo. “Ninguém vota no vice. Isso só mostra a fraqueza do titular”, afirmou um outro petista. O ex-ministro José Dirceu também entrou na negociação para tentar criar uma estratégia de contra-ataque. O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), que apoia Dilma e Anastasia, disse que vai ser inaugurado um comitê Dilmasia na capital em 8 de setembro, um dia antes da provável visita de Lula. Lupi fez campanha para o tucano e a petista na segunda-feira e acabou enquadrado. Temer negou falta de sintonia entre PT e PMDB. “O Hélio ainda está na frente, vamos esperar 3 de outubro”, afirmou. (TP)

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/01/noticia_eleicoes2010,i=210847/CUPULA+DO+PT+E+PMDB+ACERTA+VISITA+DE+LULA+E+DILMA+NO+PROXIMO+DIA+9.shtml

Evento da Secretaria de Políticas para as Mulheres vira palanque para Dilma

Correio Braziliense - Izabelle Torres

Em tom de campanha de apoio à continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 300 gestoras municipais e estaduais de políticas para as mulheres vieram a Brasília com direito a hotel cinco estrelas, passagens aéreas e alimentação pagos pelos cofres públicos. O evento de um dia foi organizado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), ligada à Presidência da República, e teve custo estimado (1)pelos próprios organizadores em R$ 160 mil.

O Correio acompanhou o fórum durante a manhã de ontem e presenciou discursos de gestoras de todo o país. A maioria ressaltou a importância de garantir a continuidade dos programas e das iniciativas do atual governo e lembrou o compromisso das participantes de trabalhar para colocar mulheres no poder. Em declarações que lembravam atos de suporte à candidata do PT, Dilma Rousseff, as gestoras que se manifestaram deixaram claro que acreditam na vitória da petista e na permanência das equipes formadas pelo presidente Lula. “Tereza (Sousa, secretária executiva da SPM), não vamos nos despedir. Acho que teremos mais quatro anos pela frente e estaremos aqui. Mais quatro anos virão”, disse a gestora Maria Amélia, representante de São Paulo, sob aplausos da plateia.

A vice-prefeita de Campo Mourão (PR), Regina Dubay, foi ovacionada pelas gestoras que participavam do evento ao declarar que era preciso agradecer de alguma forma ao presidente Lula pelas políticas de apoio às mulheres. “Ano que vem estaremos aqui novamente. Teremos uma mulher na Presidência. Temos o dever e a chance de colocar uma mulher no poder. Temos de trabalhar para isso porque temos esse compromisso”, discursou. Aplaudida com entusiasmo, a vice prefeita completou: “E eu estou aqui também para agradecer ao presidente Lula por ter criado essa secretaria. Chegar onde estamos demora muito e é preciso trabalhar para que isso continue”, disse.


Prioridade
Além dos discursos das gestoras, a campanha política e a importância de garantir a vitória da candidata de Lula eram temas de conversas nos grupos de mulheres que participavam do encontro. No canto esquerdo do auditório, três colegas, duas mineiras e uma do Rio de Janeiro, comentavam que este foi “o melhor evento” entre os que a secretaria promoveu este ano. “Vamos ter de trabalhar para que as coisas continuem assim. Se mudar o governo, as coisas podem mudar. Não iria ser bom. Todo mundo tem de se empenhar. Esse evento é bom para a gente conversar mais”, aconselhava uma das mineiras.

A possível conotação política do encontro também era tema frequente das conversas. Uma das gestoras, que atua no interior de Pernambuco em uma prefeitura ligada à oposição, disse que ela e as colegas tinham feito a conta e o evento não teria custado ao governo menos de R$ 260 mil, já que a média das passagens aéreas era R$ 500 e a diária do hotel custava cerca de R$ 300.

Respondendo indiretamente aos comentários, a ministra Nilcéia Freire foi se explicando logo que assumiu o microfone. “A ideia era realizar o encontro antes de começar a campanha efetivamente, mas não tivemos tempo porque estávamos organizando a conferência, que ocorreu em julho. Ficou inviável ser antes e a hora que encontramos foi essa”, disse.

Não é a primeira vez que uma ação da secretaria criada por Lula dá demonstrações de apoio à candidatura de Dilma. Em julho, a SPM distribuiu 215 mil cartilhas, 20 mil cartões e 3 mil livros com textos em defesa do voto em mulheres. No material foram incluídos discursos feitos pela candidata do PT, Dilma Rousseff.

1 - Por contabilizar
O valor de R$ 160 mil informado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres pode ser um pouco maior. A assessoria do órgão admite que o gasto final não foi contabilizado. A diária do hotel onde o grupo de cerca de 300 pessoas se hospedou é de R$ 350 para o quarto simples individual. Os bilhetes aéreos das 18 capitais envolvidas no encontro para Brasília custam em média R$ 500 ida e volta. A secretaria também arcou com o almoço e o traslado das participantes.

Temos o dever e a chance de colocar uma mulher no poder. Temos de trabalhar para isso porque temos esse compromisso”
Regina Dubay, vice-prefeita de Campo Mourão (PR)


Não vamos nos despedir. Acho que teremos mais quatro anos pela frente e estaremos aqui. Mais quatro anos virão”
Maria Amélia, gestora, representante de São Paulo no evento

A ideia era realizar o encontro antes de começar a campanha efetivamente, mas não tivemos tempo. A hora que encontramos foi essa”
Nilcéia Freire, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres


Igualdade de gênero

A Secretaria de Políticas para as Mulheres foi criada por meio da Medida Provisória nº 103, no primeiro dia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O órgão tem status de ministério e é responsável por estabelecer políticas públicas para as mulheres. Entre as competências da SPM estão elaborar e implementar campanhas educativas e não discriminatórias de caráter nacional; promover a igualdade de gênero; articular programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais voltados à implementação de políticas para as mulheres e fazer a articulação entre os vários programas existentes para esse público nos demais ministérios.

O Fórum Nacional de Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres, realizado ontem, em Brasília, debateu questões referentes à violência contra as mulheres e à necessidade de parcerias com governos municipais e estaduais para financiar programas para o setor. As gestoras também discutiram dificuldades que encontram em seus municípios para viabilizar projetos. Ao fim do encontro, as gestoras criaram uma comissão para elaborar uma proposta que institucionalize o fórum e garanta sua realização anual.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/01/noticia_eleicoes2010,i=210845/EVENTO+DA+SECRETARIA+DE+POLITICAS+PARA+AS+MULHERES+VIRA+PALANQUE+PARA+DILMA.shtml

Dilma diz que presidente Santos conhece posição do PT em relação às Farc

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou na manhã desta quarta-feira (01), em Brasília, que o tipo de relacionamento que o governo Lula tem com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) está muito claro para o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos. E que seu principal adversário na disputa eleitoral, José Serra (PSDB), é quem tenta criar polêmica em relação à questão.

“Nós temos uma posição clara e contrária ao narcotráfico. Inclusive o presidente Santos tem bastante consciência disso”, afirmou a petista."Não temos por que participar de qualquer atividade de pacificação ou diálogo com as Farc. Mas se a Colômbia alguma vez solicitar a presença do Brasil, nós iremos participar", frisou.

Dilma disse que, se eleita, irá priorizar o trabalho conjunto de policiamento de fronteiras e no combate ao crime organizado. A candidata também destacou a intenção de adquirir dez Vants (Veículo Aéreo Não Tripulado) para a fiscalização da área de fronteiras do país.

Ainda na entrevista coletiva, Dilma ressaltou que, durante o encontro com Santos, foram discutidas possíveis parcerias entre Brasil e Colômbia em projetos de inclusão social e agricultura familiar, além de um incremento na relação comercial bilateral entre os dois países. De janeiro a julho deste ano, a relação comercial entre as duas nações movimentou 1,7 bilhão de dólares – valor 32,7% maior que o obtido no mesmo período de 2009

Dilma destacou a visão estratégica em comum que tem com Santos de que a próxima década será “a década da América Latina” e disse que o Brasil e o país vizinho podem trabalhar em conjunto para se beneficiar da grande biodiversidade da região.

Esta é a primeira viagem oficial de Juan Manuel Santos desde que ele tomou posse como presidente da Colômbia no último dia 7 de agosto, no lugar de Álvaro Uribe. O mandatário deve se reunir ainda hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília e, amanhã, terá encontro em São Paulo com os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/01/dilma-diz-que-presidente-santos-conhece-posicao-do-pt-em-relacao-as-farc.jhtm

Em sabatina, Marina diz que governo Lula viveu oito anos "sob ameaça de apagão"

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em sabatina do jornal “Estado de S.Paulo”, a candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva, criticou nesta quarta-feira (1º) o que classificou de falta de planejamento do governo Luiz Inácio Lula da Silva, do qual chegou a fazer parte como ministra do Meio Ambiente. “Estivemos sob ameaça de apagão nos oito anos de governo Lula. Será que é planejamento mesmo ficar com a espada no pescoço?”, questionou.

A crítica foi feita pela candidata ao comentar que acredita ter “indícios políticos” de que não houve a avaliação necessária da atual gestão dos danos sociais da usina de Belo Monte, no rio Xingu, Pará.

“Nós temos um potencial enorme de geração de energia Brasil, solar, eólica, hidroeletricidade, sem falar na biomassa. Mas não dá para continuar fazendo como sempre fizemos, deixando que as questões ambientais e sociais como externalidades ao empreendimento. O projeto tem que ter viabilidade técnica, econômica, social e ambiental. O questionamento a Belo Monte é porque falta a viabilidade social e ambiental”, declarou. “Estivemos sob ameaça de apagão nos oito anos de governo Lula. Será que é planejamento mesmo ficar com a espada no pescoço?”

Outro ponto criticado do governo foi o do anúncio da construção do trem-bala ligando Rio a São Paulo. “O trem-bala daria para dobrar os recursos do Ministério da Educação. É uma questão de prioridade, tem que ver se tem os recursos”, afirmou Marina. ”Entre o trem-bala e a educação de qualidade, eu vou ficar com a educação de qualidade.”

Marina disse ainda ser contrária à política externa de Lula nas relações com o Irã. “Acho que a aproximação com o Irã não pode ser criticada, porque é preciso o diálogo, mas acho que foi dada uma audiência desnecessária para um governo que não respeita as liberdades políticas, que não reconhece o Holocausto, que defende a bomba atômica. Essa aproximação é inconveniente porque favoreceu um ditador”, criticou, referindo-se à posição do presidente.

A pevista também afirmou que não se pode fazer um discurso populista sobre o pré-sal, já que o mundo hoje precisa de petróleo. “Os ambientalistas não são um problema para os investimentos, eles são uma solução. O Brasil precisa buscar as melhores tecnologias para a exploração”, disse.

Apesar das críticas, a candidata do PV disse não guardar mágoas em relação ao presidente Lula. “As pessoas tendem a colocar o foco como se fosse uma coisa Dilma versus Marina”, afirmou. Sobre sua saída, disse que teve a ver com a pouca flexibilidade do governo para integrar questões de sustentabilidade nos projetos dos outros ministérios. “A gota d’água foi quando tentaram revogar as medidas de combate ao desmatamento.”

A candidata ainda reforçou a vontade de unir as duas correntes adversárias a ela caso seja eleita. “Eu faço a brincadeira de que para o mundo cor-de-rosa, é só votar na ministra Dilma. E para o mundo ficar azul, basta votar no Serra. Eu diria que o mundo tem muitas matizes”, disse a candidata. “É possível trabalhar pela ideia de um alinhamento político no Brasil. Existe muita gente boa no PT e no PSDB.”

Ainda na questão da segurança, voltou a alfinetar o atual governo. “Se não fizermos uma reforma da segurança, não é fazer um puxadinho, criar mais um ministério. E temos problema de estrutura, também. Os policiais são mal pagos. É um absurdo o que estão ganhando.”

Questionada sobre se a mensagem de seu partido sobre o meio ambiente iria na contramão do desenvolvimento, Marina disse que a economia de energia não compromete o avanço da economia do país. “A mensagem é certa e chega na hora certa”, disse.

Sobre o aborto, Marina afirmou ser contra, mas defendeu um plebiscito para que a população opine sobre o tema. Já sobre a união de pessoas do mesmo sexo, Marina voltou a afirmar que não defende o casamento, em razão da religião, mas que à união civil é favorável. “É o Estado laico que vai se posicionar”, disse.

Marina compareceu acompanhada de seu vice, o empresário Guilherme Leal, do candidato a senador Ricardo Young e do candidato a deputado federal Ale Youssef. Ela afirmou que, com pouco tempo de exposição, agradece sua porcentagem nas intenções de voto, segundo ela, “motivo de comemoração”.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/01/em-sabatina-marina-diz-que-governo-lula-viveu-oito-anos-sob-ameaca-de-apagao.jhtm