Diego Salmen
Do UOL Eleições
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, reforçou na noite desta quarta-feira (1º) os ataques que vem fazendo nos último dias a sua adversária, a petista Dilma Rousseff, por conta da quebra do sigilo fiscal da filha do tucano, Verônica Serra.
Com uma procuração que teria sido assinada por Verônica, uma servidora da Receita Federal acessou a declaração de renda da filha de Serra. Nesta quarta, a Receita admitiu que o documento era falso. Outras pessoas ligadas ao PSDB tiveram seu sigilo fiscal quebrado, como Eduardo Jorge, Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado.
"Eles [a campanha de Dilma] optaram pelo caminho da sordidez", criticou o ex-governador de São Paulo. "Eles querem coagir a liberdade, não apenas a de consciência, mas também a liberdade de ação".
A declaração do presidenciável foi dada durante o encontro com cerca de 350 prefeitos do Estado de São Paulo que apoiam a sua candidatura.
Cerca de duas mil pessoas participaram do evento. Ao lado de Serra também estavam o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, o atual governador do Estado, Alberto Goldman, a mulher de Serra, Mônica Serra, seu vice, o deputado federal Índio da Costa, e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, entre outros.
Durante seu discurso, o tucano insistiu na associação do governo Lula a práticas "autoritárias". Serra citou como exemplo a proposta de criação do Conselho Federal de Jornalismo. "Dia um e outro dia também, alguém desse governo fala em censurar a imprensa. Em palavras diretas, querem estabelecer comitês partidários para decidir o que os jornais podem publicar", afirmou.
Além disso Serra voltou a criticar a maneira como Dilma foi indicada à disputa presidencial pelo presidente Lula. "Não sou boneco nem ventríloquo, não sou produto de uma fraude", atacou. "Eu não preciso de marqueteiro para mudar a minha imagem. Não sou xampu nem iogurte", disse.
Prefeituras
Diante da plateia de prefeitos, Serra também criticou o tratamento dado pelo governo federal aos municípios. "É a generosidade com o chapéu alheio", afirmou, ao comentar iniciativas firmadas entre municípios e a União, onde as cidades acabavam arcando com os custos dos projetos.
O presidenciável tucano afirmou ainda que, se eleito, vai regulamentar o artigo 23 da Constituição, que explicita a divisão de tarefas em ações que envolvem diferentes órgãos administrativos.
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/02/em-encontro-com-prefeitos-serra-ataca-dilma-e-diz-que-governo-lula-tenta-coagir-a-liberdade.jhtm
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