29 de mai. de 2010

PV dará a largada para as convenções nacionais

AE - Agência Estado

O PV, da senadora e pré-candidata à Presidência, Marina Silva, vai inaugurar, no dia 10 de junho, uma quinta-feira, em Brasília, a série de convenções dos partidos com vistas à eleição de 2010. Será a primeira convenção nacional de uma legenda no prazo legal para a realização deste tipo de atividade, de acordo com a Lei 9.504, que rege as eleições.

A seguir, dia 12, sábado, será a vez de dois partidos - o PSDB e o PMDB - promoverem suas convenções nacionais. A do PMDB será no Congresso, em Brasília, e a do PSDB, do pré-candidato José Serra, em Salvador (BA). No dia seguinte, acontecerá a festa do PT, da pré-candidata Dilma Rousseff, também em Brasília.

Os partidos dos principais candidatos à corrida presidencial escolheram a primeira semana do calendário para promover suas convenções nacionais, de forma a marcar o nome dos atuais pré-candidatos, que passarão à condição de candidatos. Os presidenciáveis deverão receber a confirmação dos seus respectivos partidos, que também discutirão as coligações na mesma data. Na maior parte dos casos, as alianças com os demais partidos terão caráter nacional e estadual bem distintos.

Ainda no dia 12, o PDT fará em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, a sua festa política. Dois dias depois, em Brasília, o PSB de do deputado Ciro Gomes - que foi rifado por seu partido da disputa presidencial - promoverá a sua convenção nacional. A data deve sacramentar o apoio dos socialistas à petista Dilma. No dia 16, o PC do B, outro partido da base de apoio ao governo federal, fará sua convenção.

O PPS, aliado do PSDB, e o PSTU promoverão na mesma data, dia 26, seus encontros nacionais. No dia 28, o DEM - também integrante da coligação de Serra - realizará a sua convenção. A do PSOL está marcada para 30 de junho - último dia do prazo estabelecido pela legislação eleitoral - na Assembleia Legislativa de São Paulo. A maior parte dos partidos já marcou, também, suas convenções estaduais. Em São Paulo, a do PSOL será no dia 12, em local a ser definido durante a próxima semana. O PSDB fará o seu encontro no dia 13, na mesma data que o PPS também marcou a sua reunião estadual. No dia 19, um sábado, vão ocorrer os eventos do PV e do PC do B. No dia 26, está prevista a convenção estadual do PT.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pv-dara-a-largada-para-as-convencoes-nacionais,558555,0.htm

Marina Silva também dá suporte à Emenda nº 29

No mesmo tom dos rivais na corrida presidencial, a pré-candidata promete implementar, gradualmente, a lei que fixa percentual do Orçamento para a Saúde

Correio Braziliense

Assim como fizeram Dilma Rousseff e José Serra na quinta-feira, a presidenciável Marina Silva, do PV, endossou o apoio à Emenda Constitucional nº 29. O posicionamento em relação ao projeto que prevê a definição de um percentual mínimo de recursos para ser aplicado exclusivamente na área de saúde era esperado, até por ser um dos pleitos mais estratégicos para os 2,5 mil participantes do Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde, em Gramado (RS).

“O que eu posso dizer é que também me comprometo com aquilo que já deveria ter sido feito há vários anos”, afirmou Marina. A emenda constitucional foi aprovada pelo Congresso no ano 2000 e obrigava a União a investir 5% a mais do que havia sido transferido no ano anterior para a área de saúde, valor corrigido pela variação do Produto Interno Bruto (PIB). Pelo texto, os estados teriam de repassar 12% da arrecadação para o setor e os municípios, 15%. A regra, inicialmente transitória, deveria ter vigorado até 2004, limite para que uma Lei Complementar regulamentasse a medida. O projeto, contudo, está parado na Câmara dos Deputados há mais de dois anos.

Muitos prefeitos acreditam que a Saúde poderia receber até R$ 20 bilhões a mais por ano com a emenda. O governo federal reluta em aceitar a vinculação enquanto não for apontada uma fonte segura para os recursos que terá de aplicar. “O período eleitoral é um momento mágico, no qual todas as janelas são abertas e aquilo que era impossível se torna possível com uma facilidade incrível”, ironizou a pré-candidata, em referência a Serra e a Dilma, que também se comprometeram com o tema.

Segundo ela, a implementação da Emenda nº 29, num potencial governo do PV, seria gradual e o dinheiro viria de remanejamentos do Orçamento federal, depois de um “debate qualificado com a sociedade”. Marina foi muito aplaudida quando disse, diante dos gestores municipais, que a não regulamentação transfere a conta da Saúde de estados e da União para as prefeituras.

Inferno
Em vários momentos, Marina usou a própria história como exemplo de seu “compromisso” com o funcionamento da saúde pública. Ela relatou que o pai, de 82 anos, e os irmãos são usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e relembrou uma passagem de sua vida, em que recebeu tratamento errado quando vivia em um seringal no Acre. Aos 14 anos, ela sofria de hepatite, foi tratada com remédios para malária e acabou desenganada. “O médico olhou para mim e para minha tia, que havia me levado, e disse: ‘Essa daí já está com a alma no inferno há muito tempo’. Quando vocês falam em acolhimento e em humanização da saúde, eu tenho um compromisso visceral com isso”, afirmou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/29/politica,i=195123/MARINA+SILVA+TAMBEM+DA+SUPORTE+A+EMENDA+N+29.shtml

28 de mai. de 2010

Serra promete assumir Sudene no primeiro semestre de seu governo

Folha

DE SÃO PAULO


O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu nesta sexta-feira que, se for eleito, irá comandar pessoalmente a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) nos seis primeiros meses de seu governo.

"Vou acumular o trabalho de presidente da República com o de presidente da Sudene", afirmou o tucano, durante o lançamento na pré-candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo de Pernambuco.

Segundo Serra, a ideia é que ele comande uma reforma no órgão responsável por incentivar o crescimento econômico do Nordeste.

É na região que a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, tem o melhor desempenho segundo as pesquisas de intenção de voto. Pesquisa Datafolha, divulgada no último dia 22, mostra que ela tem 44% das intenções enquanto Serra aparece com 33%.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/742331-serra-promete-assumir-sudene-no-primeiro-semestre-de-seu-governo.shtml

PT oficializa aliança com PSB no Amapá

Folha

JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

O PT do Amapá acerta nesta sexta-feira os últimos detalhes para oficializar aliança com o PSB na disputa pelo governo do Estado. Caberá aos petistas indicar o vice na chapa do deputado estadual Camilo Capiberibe, candidato ao governo pelo PSB.

A aliança começou a se definir na segunda-feira (24), quando o PT rompeu com o governador Pedro Paulo (PP), que tenta a reeleição.

O partido ainda não definiu quem será o candidato à vice na chapa, que também é composta pelo PMN. Estão na disputa pela indicação o vereador Zé Luís, do município de Santana, o Professor Ivanci Magno, candidato à vice-governador em 2002 na chapa da governadora Dalva Figueiredo, e Dora Nascimento, militante do partido.

O PT também discute com o PSB o lançamento de Marcos Roberto como candidato ao Senado.

A candidatura de Camilo Capiberibe foi oficializada ontem pelo PSB. O partido também lançou o ex-governador João Alberto Capiberibe (PSB) como candidato ao Senado e pediu ao PSOL que se junte à aliança e integre uma "frente de esquerda".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/742295-pt-oficializa-alianca-com-psb-no-amapa.shtml

DEM usa o programa de rádio e TV para divulgar candidatura de Serra

TSE negou pedido do PT para suspender a exibição

Correio Braaziliense - Denise Rothenburg | Diego Abreu


O programa de rádio e televisão do Democratas foi ao ar ontem num tom de reação à superexposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no vídeo que divulgou Dilma Rousseff (PT) como pré-candidata à sucessão presidencial. Em 10 minutos, o DEM apresentou o tucano José Serra em 10 oportunidades. O lema do presidenciável do PSDB, “o Brasil pode mais”, foi citado por integrantes do partido e entrevistados, assim como os feitos do ex-governador de São Paulo. Entre eles, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, seguro-desemprego, Rodoanel, escolas técnicas e hospitais. As imagens utilizadas foram feitas na pré-convenção do PSDB, em Brasília, que lançou o nome de Serra. O DEM chamou o evento de “encontro de partidos”.

A produção começa com o deputado federal Paulo Bornhausen comentando atividades do partido e a votação do projeto do Ficha Limpa no Congresso. A partir daí, a sequência tem um único objetivo: reforçar a imagem de Serra. Tanto o vídeo quanto o aúdio intercalam propostas do tucano com depoimentos de pessoas. Sobre segurança, por exemplo, um entrevistado critica a falta de propostas. “Tá faltando um presidente que fala que é assim e é assim que vai ser.” A narradora diz, então, que Serra quer criar o Ministério da Segurança Pública para combater a criminalidade. Quando o assunto é desemprego, o tucano conta a história do pai e afirma que se esforça para tornar digno o trabalho de todo homem e toda mulher. O texto diz que trabalho é coisa “sagrada” para Serra e o Democratas.

Já o senador Agripino Maia critica o governo do presidente Lula. Diz que “é triste ver o PT semear a discórdia” e dá brecha para o tucano falar que, em seu governo, não vai estimular a disputa. “Vamos trabalhar somando. Unido, o Brasil pode mais.” O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, reforça a tese da parceria. O programa fala ainda de meio ambiente, agropecuária, educação, impunidade. Ao fim, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, elogia Serra. “Quem o conhece sabe que é sempre possível fazer mais e melhor.” O programa termina como começou: fazendo propaganda para o Serra. “O Brasil pode mais. O Democratas apoia essa ideia.”

Justiça
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de suspensão do programa encaminhado pelo Partido dos Trabalhadores. De acordo com a ação cautelar, sites do DEM e entrevistas do presidente do partido, Rodrigo Maia, apontavam para a participação do tucano no programa nacional dos Democratas. O corregedor-geral, ministro Aldir Passarinho, determinou o arquivamento da ação. Segundo ele, não há censura prévia dos programas partidários. O PT deve agora entrar com uma representação, que será analisada pelo plenário. De acordo com o coordenador do núcleo jurídico da campanha de Serra, Ricardo Penteado, o programa traz uma reprodução de imagens do tucano em evento partidário. “Isso é absolutamente regular e absolutamente diferente da do PT.” Segundo ele, o programa do DEM não configura propaganda eleitoral antecipada.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/28/politica,i=194915/DEM+USA+O+PROGRAMA+DE+RADIO+E+TV+PARA+DIVULGAR+CANDIDATURA+DE+SERRA.shtml

Com a recusa oficial de Aécio, PSDB agora corre atrás do vice de Serra

Com a recusa oficial de Aécio, PSDB agora corre atrás do vice de Serra Aliados temem que a demora na escolha comece a desgastar a pré-campanha

Correio Braziliense - Denise Rothenburg


As declarações do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves reforçando a decisão de concorrer ao Senado deixaram o PSDB dividido sobre datas e nomes para a escolha de um candidato a vice na chapa de José Serra à Presidência da República. Ao mesmo tempo em que o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), cita o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como um bom nome, o próprio Aécio se desdobra em elogios a Itamar Franco — o que levou muitos a entender que Aécio, nas entrelinhas, estaria apresentando o nome do ex-presidente para a campanha ao Palácio do Planalto. Guerra vai conversar com Serra na próxima semana, para começar a tratar do assunto. “Há seis meses, sabemos que Aécio não seria (vice). Mas muita gente no partido achou que ele era o melhor nome”, disse Guerra, para justificar o fato de o partido não ter tratado seriamente de outros nomes até agora.

Diante da afirmação de Aécio de que será candidato ao Senado, o presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), pede calma. “Não precisamos tratar disso agora. Se não decidimos até agora, não há por que ter pressa. Temos tempo até 5 de julho, data do registro de candidaturas”, afirma o chefe democrata, na esperança de que, até lá, Aécio mude de ideia. “Se ele é considerado o melhor nome, temos que dar tempo ao tempo. Pressões não ajudam”, diz ele.

Maia havia dito há alguns meses que, na hipótese de Aécio recusar o convite, o seu partido iria reivindicar a vaga de vice na chapa. Já se especulou sobre o senador José Agripino Maia, por ser do Nordeste, região onde a petista Dilma Rousseff tem hoje a preferência do eleitorado. Falou-se ainda na senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que poderia ajudar a alavancar Serra no interior do país. Um terceiro nome citado foi o do senador Demostenes Torres, de Goiás, promotor, que também tem uma boa imagem no Senado. Ontem, no entanto, Maia não falou de nomes: “Não é hora de tratar disso agora. Eu vou propor que se deixe para discutir depois do feriado”, afirmou.

Campanhas anteriores
Fora do centro nervoso da decisão, o senador Álvaro Dias (PR), futuro líder do PSDB no Senado, alerta para o perigo de os partidos ficarem à espera do tucano. “Essa especulação só atrapalha o projeto do PSDB. Ele já disse desde abril que não seria candidato a vice. Não entendo o porquê dessa especulação toda. Não precisamos sequer tratar de nomes. É definir um perfil entre as opções que temos e, com base nesse perfil, encaixar um nome. Não há atrito nos partidos, ninguém está desesperado. O melhor é esperar e decidir com calma”, afirma o senador paranaense.

Enquanto se espera, no entanto, a avaliação dos bastidores é a de que o tema candidato a vice começa a desgastar a pré-campanha. Até agora, todas as apostas falharam. Além de Aécio, falou-se na hipótese do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que não tem o apoio fechado do partido para seguir com os tucanos. E, como lembram alguns integrantes do partido, também não recebeu qualquer convite formal. Agora, vem Tasso Jereissati, candidato ao Senado no Ceará. O próprio Sérgio Guerra, presidente do PSDB que levantou o nome, diz ser uma possibilidade remota.

Nos últimos 16 anos, o PSDB teve problemas para escolha do vice em eleições presidenciais intercaladas. Em 1994, o primeiro nome escolhido para compor a chapa do PSDB foi o do então senador Guilherme Palmeira (PFL-AL). Por causa de notícias na época sobre suposto envolvimento em denúncias de favorecimentos no estado, ele terminou substituído por Marco Maciel (PFL-PE). Em 2002, quando Serra disputou o Planalto pela primeira vez, o nome era o do atual líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves. Mas o deputado terminou fora da chapa por causa de um processo judicial divulgado pela imprensa em que a ex-mulher o acusava de ter recursos depositados no exterior. A escolhida, então, foi a deputada Rita Camata, que recentemente trocou o PMDB pelo PSDB. Em 2006, não houve problemas, foi o então senador José Jorge (DEM-PE). E, para não repetir 1994 e 2002, os tucanos querem escolher com calma e evitar troca de última hora. Já chega o desgaste enfrentado até aqui.

O número
14,37 milhões
Total de eleitores registrados em Minas Gerais, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

Os dados são de abril de 2010

Leia mais sobre eleições 2010 no Blog da Denise

Na disputa pelo Senado

Isabella Souto
Juliana Cipriani

O ex-governador Aécio Neves (PSDB) anunciou que irá concorrer ao Senado depois de uma reunião na manhã de ontem com o governador de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia (PSDB), e o ex-presidente Itamar Franco (PPS). “A minha decisão não pode ser tomada a partir de opiniões pessoais, até de boas intenções de alguns companheiros. Elas são até legítimas, mas a minha decisão tem que ser tomada a partir de uma análise muito profunda que faço do cenário político”, afirmou. “Estou absolutamente convencido de que a melhor forma para ajudar a dar a vitória ao governador Anastasia e a Minas Gerais, porque sua vitória é a vitória de Minas, e ao companheiro amigo governador José Serra, é estando em Minas como candidato ao Senado”, completou.

Aécio prometeu “suor e sangue” para ajudar a eleger o companheiro de partido, até porque afirmou estar convencido de que se trata da melhor alternativa para o país. Mas rebateu teses do poder de transferência de votos em uma eleição, justificativa usada pelos que defendem o seu nome para vice de José Serra. “Em parte isso é verdadeiro, mas jamais será decisivo. O eleitor vota a partir da realidade e da perspectiva que vê para sua vida.” E negou-se a participar das conversas em torno de um nome para a vaga, alegando que esse papel cabe à direção dos partidos aliados e ao próprio candidato.

Itamar, que esteve ao lado de Aécio durante toda a entrevista, aprovou o discurso do aliado. Disse que o seu lugar é em Minas, fazendo campanha para Anastasia. “Se ele (Aécio) fosse candidato a vice (presidente), faria uma campanha de beija-flor. Bicava aqui, bicava lá. E, ao contrário, nós precisamos vencer aqui em Minas”, disse.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/28/politica,i=194911/COM+A+RECUSA+OFICIAL+DE+AECIO+PSDB+AGORA+CORRE+ATRAS+DO+VICE+DE+SERRA.shtml

Painel: Pressão para Aécio ser vice de Serra é maior entre aliados de Anastasia

Folha

DE SÃO PAULO


O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) pode perfeitamente manter a anunciada disposição de concorrer ao Senado, mas o fato é que, neste momento, a maior pressão para que ele aceite ser vice de José Serra (PSDB) não vem do entorno do pré-candidato à Presidência e nem de empresários interessados no sucesso da oposição, e sim de mineiros associados ao projeto político do ex-governador.

Segundo o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL), tal movimento parte de uma avaliação, diversa da manifestada por Aécio publicamente, segundo a qual sua presença na chapa presidencial ajudaria a eleger Antonio Anastasia (PSDB) ao governo estadual.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/741972-painel-pressao-para-aecio-ser-vice-de-serra-e-maior-entre-aliados-de-anastasia.shtml

Futuro tesoureiro da campanha de Dilma é condenado em SP

Folha

MARIO CESAR CARVALHO


O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o futuro tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e ex-prefeito de Diadema, José de Filippi Junior, a devolver valores que podem chegar a R$ 2,1 milhões para os cofres da prefeitura daquela cidade.

A decisão ocorreu pela contratação sem licitação do escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh. Filippi Jr. e Greenhalgh são do PT.

O escritório de Greenhalgh foi contratado pela Prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996. Defendeu só duas causas, segundo o Ministério Público, e ganhou cerca de R$ 2,1 milhões pela tarefa. A prefeitura contava com 51 procuradores para defender os interesses da cidade, de acordo com a Promotoria.

O tesoureiro de Dilma foi condenado em duas decisões do TJ. Na primeira delas, houve um voto a favor dele, o que tornou possível a reavaliação do caso. No segundo julgamento, perdeu por 4 a 1.

O valor a ser devolvido será calculado só quando houver uma decisão definitiva sobre o caso. O ex-prefeito pode recorrer da decisão.

O TJ também condenou Filippi Junior à perda dos direitos políticos por cinco anos. A decisão não afeta a função que ele terá na campanha de Dilma. Tesoureiro não é uma função pública.

Greenhalgh foi contratado sem licitação. A prefeitura usou a figura da notória especialização para driblar a concorrência exigida por lei. Para o TJ, o escritório não tem notória especialização.

"A população de Diadema foi prejudicada. Não pode escolher. Não se levou em consideração o custo do contrato, mas fatores outros, cujos indícios são de proteção ou escolha baseada em critérios personalíssimos", escreveu o desembargador Renato Nalini ao rejeitar os recursos.

Outro ex-prefeito de Diadema e um ex-vice também foram condenados: Gilson de Menezes e José Augusto da Silva Ramos. Menezes, ex-ferramenteiro, foi o primeiro prefeito eleito pelo PT, em 1982. Silva Ramos foi vice-prefeito de Diadema por duas vezes, era do PT e agora está no PSDB _é deputado.

Outro lado

A Folha não conseguiu encontrar José Filippi Junior para comentar a condenação do TJ. A informação era de que ele está nos EUA, na Universidade Harvard. Um e-mail enviado pela reportagem ficou sem resposta.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, não quis comentar a condenação do futuro tesoureiro. Disse que não conhecia o caso.

A Folha deixou recados na caixa posta do celular de Luiz Eduardo Greenhalgh, mas ele não ligou de volta.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/741955-futuro-tesoureiro-da-campanha-de-dilma-e-condenado-em-sp.shtml

Apaziguador de Temer, Padilha defende neutralidade do PMDB contra oposição a Dilma

Sebastião Ribeiro
Especial para o UOL Eleições


A 15 dias da convenção que deve sacramentar a aliança com o PT de Dilma Rousseff, o PMDB, que indicou seu presidente Michel Temer para a vaga de vice na chapa, luta para apaziguar os ânimos onde há focos de resistência. Negociar a neutralidade em locais onde os peemedebistas rejeitam a petista é uma das saídas estudadas, diz um dos destacados para as negociações internas, deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS), presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao partido.

Segundo Padilha, em 13 dos 27 Estados brasileiros os diretórios têm disputas com o PT. “Eu recebi do presidente Michel Temer a missão de tentar apaziguar internamente o partido nesses 13 Estados onde a relação com PMDB e PT não é a boa. E a maioria deles ainda pode apoiar a Dilma”, afirma.

Segundo ele, a possibilidade de neutralidade em alguns desses pontos de conflito é uma solução ainda em debate no partido, mas que não foi apresentada ao PT. O parlamentar também acrescentou que em pelo menos quatro Estados o apoio dos diretórios a Dilma é inviável: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Acre e Pernambuco. No entanto, o partido se encaminha para uma solução que não envolva punição aos dissidentes internos.

“Temos de ver como conciliar para que PMDB não sofra uma ruptura interna que seja radical. Não é da história do PMDB radicalizar. O desejo do Michel (Temer) é o seguinte: ter os 27 diretórios presentes (na convenção de 12 de junho) e todos contentes. Acho possível, mas não tenho sonho que todos vão apoiar a candidatura, isso é da tradição do PMDB”, diz Padilha.

Plano de governo

Na última quarta-feira (26), a Fundação Ulysses Guimarães apresentou a proposta de plano de governo do partido. O documento, em discussão desde abril do ano passado, deve nortear as posições do partido nos próximos anos, além de ser apresentado ao PT na próxima semana. Entre as ideias defendidas, estão a autonomia do Banco Central e a contenção dos gastos públicos.

A proposta é deixar a elevação da despesa sempre dois pontos percentuais abaixo da alta do PIB (Produto Interno Bruto). “Temos de aumentar a poupança interna para financiar a infraestrutura, com contenção dos gastos públicos ao nível de 2% abaixo do PIB. Ou seja, se o PIB crescer 5%, os gastos devem crescer só 3%”, afirma Padilha.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/28/dirigente-do-pmdb-defende-neutralidade-nos-locais-que-rejeitam-apoio-a-dilma.jhtm

Dilma e Serra prometem tirar do papel emenda que dá mais dinheiro para saúde

GRACILIANO ROCHA
ENVIADO ESPECIAL A GRAMADO (RS)

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Discursando para uma plateia de gestores municipais de saúde, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) prometeram tirar do papel a Emenda Constitucional 29, que prevê mais dinheiro para o setor, mas foram vagos ao apontar de onde tirariam os recursos.

Aprovada em 2000, a emenda prevê o rateio das contas do setor entre União, estados e municípios através de percentuais fixos de investimento, o que --segundo especialistas-- poderia representar uma injeção federal de R$ 20 bilhões a mais para o sistema público.

Dez anos depois, batalhas políticas não resultaram na regulamentação da lei.

Serra e Dilma participaram nesta quinta do Congresso Brasileiro de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado, mas não se encontraram.

A petista disse que vai garantir o percentual de 10% da receita da União para a saúde, como prevê a emenda. Segundo ela, a conta será paga pela expansão da arrecadação da União, sem a criação de novos impostos.

Serra também prometeu a medida no começo de 2011, caso chegue ao Planalto.

No seu discurso, o opositor criticou o governo Lula por ter deixado a emenda "ficar rodando sete anos e meio sem regulamentação".

O tucano também não indicou a fonte de pagamento, mas disse apenas que só discute a volta da CPMF dentro de uma reforma tributária mais ampla.

Falando das realizações econômicas do governo Lula na primeira pessoa, Dilma culpou os partidos de oposição por tirar R$ 40 bilhões da saúde ao derrubar a CPMF.

O tucano responsabilizou a base do governo pelo fim do imposto e disse que grande parte do arrecadado não era aplicado em saúde.

Cutucou a adversária sem citá-la nominalmente: "Nessa campanha tem muita chupação. Alguém fala uma coisa e outro repete como se pensasse aquilo desde criancinha".

Também sem citar o nome do oponente, Dilma disse que houve "maquiagens" no orçamento da saúde de São Paulo para pagar gastos estranhos ao setor.

"Hoje mesmo está no jornal uma discussão a respeito do Estado de SP e da classificação de alguns itens como saúde e que o tribunal recusou. Não adianta nada tipificar percentual e percentual ser tão elástico, que vai da saúde, passa até pela segurança pública ou pela política de alimentos", disse.

Relatório do TCE-SP afirma que o governo Serra pagou, em 2008, com recursos da saúde, assistência hospitalar a policiais militares, alimentação de presos e ações de repressão ao crime.

Arte/Folha



http://www1.folha.uol.com.br/poder/741903-dilma-e-serra-prometem-tirar-do-papel-emenda-que-da-mais-dinheiro-para-saude.shtml

27 de mai. de 2010

Em propaganda gratuita, DEM exibe Serra e usa slogan tucano "Brasil pode mais"

Diego Salmen
Do UOL Eleições


O DEM exibiu nesta quinta-feira (27) o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) em seu horário eleitoral gratuito. O partido também recorreu ao slogan "O Brasil pode mais", usado pelo tucano em sua corrida pela Presidência da República. A peça foi veiculada em cadeia nacional de rádio e TV.

"A propaganda foi muito bem aproveitada pelo Serra, tinha emoção", analisa o cientista político da USP (Universidade de São Paulo) e especialista em marketing eleitoral Gaudêncio Torquato. "A exibição do mural do Rodoanel com os nomes dos trabalhadores foi muito emotiva, o ponto alto, pega muito pelo coração dos trabalhadores. Propaganda boa é a que pega pelo coração".

A transmissão teve o discurso da "união" do país como mote, além da exaltação da figura de Serra. Além dele, falaram o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), o deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o senador José Agripino Maia (DEM-RN).

Torquato considera correta a estratégia do DEM e do PSDB no decorrer da peça. "O discurso foi todo no sentido de mostrar unidade, integração, que o Brasil pode mais", diz, em referência ao bordão tucano. "A estrela foi o Serra, e a estratégia foi correta no sentido de resgatar a visibilidade dele", avalia.

Ainda nesta quinta-feira, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou uma liminar do PT que buscava impedir a exibição do programa partidário do DEM. Ao ajuizarem a ação, os petistas consideraram que houve veiculação de propaganda eleitoral de Serra, o que é proibido por lei.

Legislação "capenga"

Para o analista, "não há dúvida nenhuma" de que o programa do DEM fez propaganda eleitoral antecipada ao exibir o presidenciável tucano. "Não pode haver nenhuma mistificação neste momento: o PT fez propaganda antecipada, e o DEM fez propaganda antecipada", diz. "É sofisma dizer que nao está havendo propaganda eleitoral".

A legislação eleitoral, avalia Torquato, não ajuda na hora de punir irregularidades nas propagandas partidárias. "Essa legislação [eleitoral] é muito capenga", afirma. "Não pode pedir voto? É um sofisma. Não se tem uma clareza sobre o que pode e o que não pode fazer", diz.

"Vamos eleger o novo presidente da República", disse Bornauhsen em sua exposição. Na sequência, foi a vez de Agripino Maia. "É triste ver o governo do PT usar seu espaço de propaganda para semear a discórdia entre irmãos", disse o potiguar.

Logo a seguir, veio o presidenciável tucano. "O governo deve unir a nação; de mim, não se deve esperar que estimule disputa de pobres contra ricos, de ricos contra pobres", disse Serra. "O Brasil pode ser muito mais do que é hoje", afirmou. A aliança entre PSDB, DEM e PPS também foi citada durante o programa.

Além de reforçar seu bordão de como pré-candidato ao Palácio do Planalto, Serra falou também sobre meio ambiente, economia e sobre sua atuação na Assembleia Constituinte de 1988, quando citou a emenda que criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), de sua autoria.

"Quem conhece José Serra, sabe que é sempre possível fazer mais e melhor", discursou o presidente do DEM, Rodrigo Maia. "O futuro começa aqui e agora, com uma força e pujança poucas vezes vistas na história deste país".

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/27/em-propaganda-gratuita-dem-exibe-serra-usa-slogan-tucano-brasil-pode-mais.jhtm

Dilma diz que manterá política de valorização salarial

WÁLMARO PAZ - Agência Estado

A ex-ministra Dilma Rousseff, em sua terceira visita ao Rio Grande do Sul como pré-candidata do PT à Presidência da República, deu entrevista à rádio Farroupilha e prometeu continuar com a política de valorização do salário mínimo do atual governo. Segundo a petista, 70% dos inativos brasileiros recebe o piso salarial.

Caso seja eleita, a ex-ministra afirmou que dará atenção especial para os trabalhadores inativos. "Vou dar tratamento especial para os aposentados por um motivo muito simples: eles contribuíram para a construção do País. Não é justo que eles tenham perdas sistemáticas de inflação, como ocorria no passado", salientou Dilma, comparando a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a do seu antecessor Fernando Henrique Cardoso.

Na entrevista, Dilma evitou responder sobre o aumento de 7,7% concedido aos aposentados pelo Congresso Nacional. Dilma disse apenas que o presidente teria pedido aos técnicos do Ministério da Fazenda um estudo sobre a viabilidade financeira do aumento.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-diz-que-mantera-politica-de-valorizacao-salarial,557637,0.htm

Sem Aécio, presidente do PSDB fala em Tasso para vice de Serra; DEM quer evitar erros

Andréia Martins
UOL Eleições

A afirmação do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG), de que não vai aceitar ser vice na chapa de José Serra na disputa para a Presidência e que vai mesmo concorrer a uma cadeira no Senado, não foi surpresa para o PSDB e o principal partido aliado, o DEM.

“Há seis meses conversamos com Aécio e ele disse duas coisas: que não era candidato e não gostaria de ser pressionado para ser”, disse Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de Serra, ao UOL Eleições, por meio de sua assessoria. A declaração do mineiro não surpreendeu a direção do partido e, segundo o tucano, a expectativa é que Aécio consiga eleger Anastasia em Minas Gerais.

Sobre a decisão do vice de Serra, a discussão ficou para a semana que vem, quando o PSDB irá decidir se anuncia o nome escolhido antes ou depois da convenção nacional do partido, marcada para 12 de junho. Mas na opinião de Guerra, o nome a ser escolhido seria o do senador Tasso Jereissati.

“Se dependesse de mim, o nome era Tasso, mas não depende. Depende dos partidos de oposição”, disse referindo-se à base aliada.

Guerra preferiu não falar do fato de alguns empresários ligados ao partido terem chamado Aécio de “antipatriota”, segundo o ex-governador mineiro, por não ter aceitado o convite de Serra. “Essa é uma discussão que não cabe. Não conheço os empresário e por isso não vou comentar”.

Além de Aécio e Tasso, já haviam sido cotados para compor a chapa como vice de Serra o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) e Beto Richa (PSDB-PR0), ex-prefeito de Curitiba e pré-candidato ao governo do Estado.

Para Rodrigo Maia, partido não pode errar na indicação

O deputado federal Rodrigo Maia, presidente do DEM, acredita que a afirmação do ex-governador mineiro não foi surpresa. “Isso não é novidade para mim, pois ele já tinha dado a mesma declaração antes de viajar. Agora ele vai se lançar ao Senado e avaliar as possibilidades. O que acontece agora é que temos que aproveitar as convenções que serão realizadas para não errar nesse momento”, disse.

Questionado sobre a influência da indecisão de um vice-candidato para Serra na última pesquisa, Maia considera que isso não beneficia a pré-candidata Dilma. “Poderia sim influenciar se fosse favorável ao PSDB, se ele [Aécio] tivesse aceito, essa era a expectativa, pois trata-se de um nome com a mesma força do Serra”, diz.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/27/sem-aecio-guerra-fala-em-tasso-para-vice-de-serra-dem-quer-evitar-erros.jhtm

Empresários de Minas criticam pressão para que Aécio seja vice de Serra

Folha

RODRIGO VIZEU

Empresários mineiros que almoçaram hoje com o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) criticaram as pressões para que ele aceite ser candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB).

Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, além da cúpula tucana, empresários paulistas ligados a Serra enviariam recados ao ex-governador mineiro sobre a "importância" de ele aceitar o convite para formar chapa puro-sangue com Serra. Alguns chegaram a dizer que seria "falta de patriotismo" de Aécio não ser vice.

O presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Robson Andrade, disse que "não existe isso de falta de patriotismo" e que não cabe ao empresariado se envolver. Ele afirmou que não há pressão por parte dos empresários mineiros, para os quais Aécio deve ficar livre para escolher, seja a Vice-Presidência ou o Senado.

"O [ex-]governador Aécio tem demonstrado uma maturidade política e de gestão e tem perfeitas condições de saber o que é melhor para o país", afirmou Andrade, que é presidente eleito da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Segundo Olavo Machado, presidente eleito da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), não houve apelos no almoço no sentido de que Aécio aceite ser vice.

Indústria

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), disse que entidade não tem candidato a presidente, mas sinalizou que apoia Dilma Rousseff (PT). "O que cumpre à CNI é apresentar nossa agenda e fazer com que reajam a ela", disse.

Deixando claro que falava como deputado, Monteiro afirmou que "está solidário ao palanque de Eduardo Campos [PSB-PE], que apoia a [ex-]ministra Dilma". Ele chamou de "contradições do sistema político" o fato de o seu partido ter, nacionalmente, definido apoio a José Serra e apoiar Dilma em alguns Estados.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/741687-empresarios-de-minas-criticam-pressao-para-que-aecio-seja-vice-de-serra.shtml

Programa do PMDB ao PT pede fim de aparelhamento

AE - Agência Estado

Com seis ministérios e na disputa por postos em todos os órgãos estatais, O PMDB defende que o sucessor do governo Lula tenha um programa que "limite os gastos públicos" e dê "autonomia técnica às agências reguladoras". As propostas fazem parte do programa de governo que o partido apresentou ontem, na condição de aliado do PT e da candidata Dilma Rousseff.

Só no topo da estrutura federal, em Brasília, o partido tem mais de uma centena de cargos. Além disso, está envolvido em uma briga feroz com os demais partidos da base aliada pelas 15 diretorias nas agências reguladoras que vão vagar até o fim deste ano. Uma das maiores brigas é por um cargo na Agência de Transportes Terrestres, onde o suplente de senador Wellington Salgado (PMDB-MG) quer colocar o assessor Jorge Bastos.

O programa do PMDB foi apresentado à imprensa pelo vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Moreira Franco, e pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães, deputado Eliseu Padilha. Eleitor de Dilma, Franco disse que a proposta será levada à petista e aos demais partidos da aliança governista. Segundo ele, o PMDB vai fortalecer as agências reguladoras indicando "quadros competentes".

Expoente da ala mais afinada com o tucano José Serra, Padilha ressaltou que o programa retrata o que pensa o PMDB a partir do trabalho iniciado no ano passado pela fundação, em que todos os diretórios municipais foram ouvidos. Padilha e Moreira coordenaram a proposta final.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,programa-do-pmdb-ao-pt-pede-fim-de-aparelhamento,557580,0.htm

PSDB prevê 100 mil contribuições com programa via web

AE - Agência Estado

O PSDB montou núcleos de discussão para o esboço do programa de governo do pré-candidato do partido à Presidência da República, José Serra, e definiu que a proposta agregará contribuições de subgrupos regionais e de fóruns de debate na internet. A meta no partido é que até 100 mil pessoas colaborem, por meio da rede, com o projeto, que será formatado até agosto. A área técnica do programa está composta por quadros que integraram a administração Serra em São Paulo e as duas gestões na Presidência de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Foram escolhidos 40 temas para discussão em todos os Estados. Cada um dos eixos temáticos será debatido por, pelo menos, um colaborador ou técnico indicado pelos três principais partidos que compõem a aliança nacional: PSDB, DEM e PPS. Se o mecanismo de fato funcionar, serão mais de 3 mil pessoas envolvidas diretamente na elaboração da proposta - mas, mesmo internamente, estima-se que a contribuição seja menor, de até 500 colaboradores.

É a primeira vez que o partido tenta compilar colaborações para um programa nacional usando a rede de forma sistemática. O objetivo é agregar demandas regionais e dar um caráter nacional à discussão - há reclamações de que as decisões estão concentradas em São Paulo, onde está grande parte dos colaboradores e técnicos ligados a Serra.

Com o formato "interativo" do programa de governo, o PSDB diz que pretende também "ampliar as fronteiras do partido", de acordo com definição de um coordenador da campanha. Há ainda ceticismo em relação à eficácia que as colaborações feitas na rede poderão ter para o programa de governo final.

No entanto, para integrantes do partido a função mais importante do debate programático na rede é a de mobilização da militância e dos simpatizantes com a candidatura Serra. Esse mecanismo de participação, também usado pelo PT, foi explorado pela campanha e, depois, pelo governo de Barack Obama nos Estados Unidos - embora o contexto e os públicos sejam diferentes, lembram tucanos.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psdb-preve-100-mil-contribuicoes-com-programa-via-web,557524,0.htm

Marina afirma que adversários são 'inteiramente parecidos'

Candidata do PV diz que Serra e Dilma 'já ficaram 8 anos no governo' e rebate críticas de que atrasava o licenciamento de obras

Lucas de Abreu Maia / SÃO PAULO - O Estado de S.Paulo

A pré-candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva, voltou a admitir a possibilidade de não disputar o segundo turno das eleições. "Numa democracia, no primeiro turno, as pessoas votam no candidato do coração, em quem acreditam, em quem acham que é o melhor para o Brasil", disse em entrevista à rádio BandNews FM, no fim da tarde de ontem.

De acordo com a senadora, no segundo turno as pessoas "se desviam de quem acham que é pior". Ela criticou a polarização da campanha entre os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PV). "Esses 12% são uma forte indicação de que o povo brasileiro não vai se conformar com essa tese do plebiscito", disse, referindo-se a porcentagem de votos que tem recebido nas pesquisas eleitorais.

Embora tenha dito respeitar os concorrentes, a pré-candidata verde alfinetou Serra e Dilma ao afirmar que os dois são "inteiramente parecidos" porque defendem um modelo de desenvolvimento "do século 20". "Os que estão falando já ficaram ao menos oito anos no governo."

Marina afirmou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - uma das principais bandeiras de Dilma - não é um programa de infraestrutura. "É um conjunto de obras." Indagada sobre seu posicionamento em relação à construção da usina de Belo Monte, ela se disse a favor da suspensão do leilão até a solução das disputas. "E agora surgiu um outro problema: a viabilidade econômica do próprio projeto", ironizou.

Marina aproveitou para rebater as críticas de que atrasava o licenciamento de obras enquanto esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente. "As pessoas confundem a agilidade necessária para fazer os projetos com flexibilizar a forma republicana de se fazer as coisas", analisou. "Ao invés de passar no teste, as pessoas querem mudar o teste. Por isso as coisas não dão certo."

Sem aventura

Marina garantiu que não fará "nenhuma aventura" na política econômica e que pretende manter o tripé macroeconômico criado no governo de Fernando Henrique Cardoso: metas de inflação, superávit primário e dólar flutuante.

Numa convergência com o discurso de Serra, a senadora criticou a política de juros do Banco Central como principal forma de combate à inflação e garantiu preservar a autonomia do BC, mas sem institucionalizá-la.

Sobre seus projetos para a segurança pública, ela disse que o setor deve se basear no princípio de valorização da vida.

Aliança no Rio divide verdes

A candidatura Marina Silva enfrenta problema em formar coligação nos Estados. No Rio, a legenda fechou aliança com o PSDB, DEM e PPS. No domingo, durante lançamento da pré-candidatura de Fernando Gabeira ao governo do Rio - que terá o tucano Márcio Fortes como vice -, Marina não compareceu e teve seu nome apagado de faixas e panfletos. A justificativa seria a de não irritar o PSDB, que tem candidato próprio à Presidência.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-afirma-que-adversarios-sao-inteiramente-parecidos,557496,0.htm

Garcia chama Serra de "exterminador do futuro"

Assessor especial de Lula reagiu a críticas feitas ontem pelo pré-candidato tucano ao governo boliviano


Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro


"Exterminador do futuro da política externa". Assim assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para questões internacionais, define o pré-candidato à Presidência José Serra (PSDB), após críticas que o tucano teria feito à Bolívia, ao Irã e ao Mercosul. A declaração foi dada aos jornalistas logo após sua palestra no III Foro Brasil-União Europeia, que acontece até esta sexta-feira (28), no Rio.

"Qualquer funcionário, sobretudo quem aspira ser o primeiro funcionário do governo, tem que ter muita serenidade na análise na situação internacional porque isso envolve relacionamento com países, ainda mais vizinhos, com quem temos relações sólidas. O Serra está tentando ser o Exterminador do Futuro na política externa", atacou Garcia, ao ser indagado sobre críticas do candidato do PSDB à Bolívia.

Serra afirmou ontem, em entrevista à rádio Globo, que o governo boliviano é condescendente com o tráfico de drogas para o Brasil. Em outras ocasiões, o candidato à Presidência declarou que o Mercosul precisa ser reformulado e que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se assemelhava ao ditador Adolf Hitler.

"Ele já destruiu o Mercosul, nossas relações com a Bolívia, já falou que o Mahmoud Ahmadinejad é Hitler. Acho que ele talvez esteja pensando em políticas de cortes de despesas com o fechamento de umas 20 ou 30 embaixadas nos países que ele vem insultando", afirmou Garcia.

"Não me parece conduta de um candidato a presidente", disse. Garcia é ex-presidente nacional do PT, que tem como candidata a ex-ministra Dilma Rousseff.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/garcia+chama+serra+de+exterminador+do+futuro/n1237637463368.html

Marina ironiza discurso petista

Correio Braziliense

Um pouco rouca devido a uma gripe contraída na semana passada, a senadora Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência da República, ironizou o discurso da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, ex-ministra do governo Lula. A senadora disse achar estranho que Dilma reclame da carga tributária após oito anos de governo. “Ela ficou oito anos (no governo) e só agora descobre que (o preço dos remédios) é inaceitável”, provocou, em entrevista à Rádio Band News.

Pela manhã, em entrevista à Rádio Record, a ex-ministra defendeu a redução dos impostos que incidem sobre medicamentos e uma reforma tributária. “Nos remédios é um absurdo a tributação. A próxima ação imediata é remédio, porque é uma questão de sobrevivência da população”, disse Dilma. A ex-ministra falou por uma hora ao apresentador Paulo Barboza e respondeu a perguntas de cinco ouvintes. Ela aproveitou a audiência formada por 86% de mulheres para elogiar as eleitoras.

Reeleição
Na entrevista, concedida no fim da tarde nos estúdios da Band News, Marina também disse ser contra a reeleição para ocupantes de cargos no Executivo. Ela disse querer dar sua contribuição ao país em cinco anos, porque quando os políticos podem tentar a reeleição, eles se focam apenas nisso.

“A sociedade precisa começar a exigir política de longo prazo para um curto prazo dos políticos”, argumentou. “Cada um precisa assumir a responsabilidade como se fosse uma corrida 4X4: um pega o bastão e passa pro outro.” Outro pré-candidato, o ex-governador José Serra (PSDB), também já tinha defendido o fim da reeleição, apesar de a emenda constitucional que permitiu a reeleição ter sido aprovada durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Segundo o ex-governador, “essa questão não deu certo”.

Ainda ontem, em entrevista de 40 minutos aos jornalistas Boris Casoy e Fernanda d’Ávila, Marina voltou a condenar a estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tentar polarizar as eleições deste ano em uma disputa entre PT e PSDB. Para a senadora, “vale tudo” em uma disputa plebiscitária, como “desqualificar o outro e um roubar a tese do outro”.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/27/politica,i=194726/MARINA+IRONIZA+DISCURSO+PETISTA.shtml

Avanço da internet condiciona campanha de presidenciáveis

Estratégias para captar votos na rede já estão a pleno vapor.
Pré-candidatos se tornam "tuiteiros" e apostam em mídias sociais.


Thiago Guimarães, Maria Angélica Oliveira e Marília Juste Do G1, em São Paulo
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Em plena expansão no Brasil, a internet promete ser uma ferramenta fundamental nas campanhas eleitorais deste ano no país.

Atentos ao potencial de instrumentos como mídias sociais e softwares para arrecadação online, os principais pré-candidatos à Presidência já articulam estratégias para fisgar o eleitor na rede.

E não são poucos votos. Se em 1998 o índice de brasileiros com acesso à internet era inferior a 3% do total de eleitores, hoje há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais (35% da população) com acesso à rede em qualquer ambiente, como casa e trabalho, segundo pesquisa do Ibope Nielsen Online.

Outros números acendem o radar das campanhas. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacionamento.

O uso eleitoral da internet ganhou relevância com a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. Ferramentas como o my.barackobama.com ajudaram a organizar eventos reais e revolucionaram a captação de recursos para a campanha, que atingiu US$ 500 milhões, com 3,2 milhões de doadores.

Tendência que não passou despercebida pelo mundo político. Até então novatos na chamada Web 2.0, por exemplo, os principais pré-candidatos à Presidência se tornaram em pouco tempo “tuiteiros” (usuários do Twitter), adaptando seus discursos ao universo de 140 caracteres do microblog.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/05/avanco-da-internet-condiciona-campanha-de-presidenciaveis.html

Aécio chama de piada acusação de "falta de patriotismo" por rejeitar vice

Folha

PAULO PEIXOTO



Ao descartar mais uma vez a possibilidade de ser vice na chapa presidencial de José Serra (PSDB), o ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) respondeu como sendo "piada" a acusação de "falta de patriotismo" feita por empresários de São Paulo ligados ao tucano paulista.

"Ninguém teve mais gesto de generosidade do que eu. Chega a ser uma piada", afirmou Aécio, referindo-se ao fato de ele ter, em dezembro passado, aberto mão da disputa pela candidatura à Presidência dentro do PSDB em favor de Serra.

Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, além da cúpula tucana, empresários paulistas ligados a Serra enviariam recados ao ex-governador mineiro sobre a "importância" de ele aceitar o convite para formar chapa puro-sangue com Serra.

Alguns chegaram a dizer que seria "falta de patriotismo" de Aécio não sair candidato a vice, principalmente num momento em que a candidatura precisa de fôlego novo.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/741612-aecio-chama-de-piada-acusacao-de-falta-de-patriotismo-por-rejeitar-vice.shtml

Itamar declara apoio a Serra, mas critica tucano por elogios a Lula

Folha

PAULO PEIXOTO


O ex-presidente Itamar Franco disse nesta quinta-feira que vai apoiar José Serra (PSDB) na disputa à Presidência porque ele é o candidato escolhido pelo seu partido, o PPS. Itamar, no entanto, criticou o tucano pelos elogios que ele tem feito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ele não tem que elogiar o presidente Lula. Se não quer falar mal do presidente Lula, fica quieto. Mas se começa a elogiar muito o presidente Lula, eu que estou sentado lá falo: 'Uai, então para que eu vou mudar, se o próprio candidato da oposição está elogiando?'."

Possível candidato ao Senado em dobradinha com o ex-governador Aécio Neves (PSDB) por Minas Gerais, Itamar apoiou a posição do tucano mineiro de não ser vice de Serra.

Segundo ele, a presença de Aécio é fundamental em Minas para que eles possam reeleger o governador Antonio Anastasia. Itamar usou a figura de um beija-flor para dizer que Aécio não pode ficar eventualmente em Minas Gerais, tem que estar todo o tempo no Estado.

"O Beija-flor bica aqui, bica lá. Ele [Aécio] tem que se dedicar primeiro aqui, em Minas. Campanha de beija-flor ele pode fazer para o Serra em outro Estado, mas em Minas não, porque é fundamental a vitória do governador Anastasia, por tudo o que se fez aqui, sobretudo no sentido ético."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/741603-itamar-declara-apoio-a-serra-mas-critica-tucano-por-elogios-a-lula.shtml

Assessor de Lula rebate Serra e o classifica de "exterminador da política externa"

Folha

PEDRO SOARES

O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, rebateu nesta quarta-feira as críticas do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à relação do Brasil com a Bolívia, classificando o tucano como "o exterminador do futuro da política externa" do país.

Ontem, Serra disse que o governo boliviano, do esquerdista Evo Morales, "é cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil.

"O presidente Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa. Ele quis destruir o Mercosul. Agora, quer destruir nossa relação com a Bolívia. O Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. Eu acho que talvez ele esteja pensando, na política de corte de despesas, em fechar umas 20 ou 30 embaixadas nos países nos quais ele está insultando neste momento", disse Garcia.

O assessor presidencial afirmou ainda que Serra "deveria ser mais prudente" em suas declarações, que não são compatíveis com as suas "aspirações" ao cargo de presidente.

O tucano fez a declaração em entrevista a um programa de rádio, quando falava sobre a ideia de criar um Ministério da Segurança Pública caso ele seja eleito sucessor do presidente Lula.

"A cocaína vem de 80% a 90% da Bolívia, que é um governo amigo, não é? Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disso. Quem tem que enfrentar esta questão? O governo federal."

Depois do programa, questionado pelos jornalistas, o pré-candidato do PSDB afirmou que o governo boliviano faz "corpo mole" ao permitir que, "de 80%, 90%" da cocaína que entra no Brasil venha "via Bolívia".

"É um problema de bom senso. Você acha que poderia entrar toda essa cocaína no Brasil sem que o governo boliviano fizesse, pelo menos, corpo mole? Eu acho que não", disse Serra, que definiu a afirmação sobre a suposta conivência do governo do presidente Evo Morales com o tráfico de drogas como "uma análise": "Eu não fiz uma acusação".

Para Serra, o que afirmou sobre a Bolívia não é motivo para um incidente diplomático: "Por que? A melhor coisa diplomática é o governo da Bolívia passar a combater ativamente a entrada de cocaína no Brasil, não apenas o Brasil combater", afirmou.

A necessidade de o Brasil combater o narcotráfico nas fronteiras foi citada pelo tucano como uma das razões para criar um ministério para a área de segurança. "Estou falando de coisas que nós podemos fazer. Com relação ao governo boliviano, nós não podemos obrigar. Estou apenas registrando isso", disse.

O ministro da Presidência da Bolívia, Oscar Coca, reagiu às declarações. "Ele não tem nada que falar. Se possui provas, que as mostre, senão o cúmplice é ele", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/741558-assessor-de-lula-rebate-serra-e-o-classifica-de-exterminador-da-politica-externa.shtml

Aécio diz que vai disputar Senado e pede calma aos aliados

Rayder Bragon
Especial para o UOL Eleições


ouça aqui

O ex-governador mineiro Aécio Neves afirmou nesta quinta-feira (27) que vai disputar uma cadeira no Senado e criticou versões veiculadas de que ele seria “antipatriota” ao não aceitar ser vice na chapa encabeçada por José Serra (PSDB) para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aécio se disse extremamente animado para ingressar na campanha e afirmou que o momento é de conter as ansiedades no PSDB e nos partidos aliados.

“Estou absolutamente convencido que a melhor forma para ajudar a dar uma vitória ao governador Anastasia em Minas Gerais e ao companheiro José Serra e estando em Minas Gerais candidato ao Senado. Não houve nenhuma modificação no cenário e preciso que essas ansiedades sejam contidas”, disse Aécio, que afirmou que dará “suor e sangue” para alcançar seu objetivo. A declaração foi dada após reunião no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governo mineiro, com o ex-presidente da República Itamar Franco e o governador do Estado, Antonio Anastasia.

O ex-governador passou quase 30 dias no exterior e, recentemente, seu nome voltou a ser o preferido para ocupar a vice na chapa de Serra, principalmente após a petista Dilma Rousseff ter alcançado o pré-candidato tucano nas pesquisas de intenção de voto.

Aécio disse que a sua decisão já havia sido tomada desde que deixou a disputa interna para ser o nome indicado do PSDB a disputar a sucessão presidencial, em dezembro do ano passado. A decisão, segundo ele, foi para não causar rupturas no partido e nos aliados.

“Ninguém tem mais visão de país do que eu. No momento em que abro mão da minha pré-candidatura, faço isso para garantir a unidade partidária e para me aliar ao companheiro José Serra”, afirmou. Aécio elogiou Serra, dizendo que o companheiro de partido é o “melhor candidato” e que o partido tem o “melhor projeto para o país”.

O ex-governador ainda rebateu críticas de empresários ligados a Serra de que ele seria antipatriota ao não aceitar a condição de vice de Serra. “Chega a ser uma piada. Ninguém teve mais gestos de generosidade do que eu”, disse o tucano.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/27/aecio-diz-que-vai-disputar-senado-e-pede-calma-aos-aliados.jhtm

Antes de possível encontro com Serra, Dilma diz que dará continuidade à política para aposentados

Sebastião Ribeiro
Especial para o UOL Eleições


A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira (27) que dará continuidade à política de reajuste aos aposentados do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando que o presidente pediu uma análise da possibilidade de dar o reajuste de 7,72% aos pensionistas que ganham acima do mínimo, como foi aprovado pelo Congresso, e não os 6,14% propostos pelo governo.

“O presidente Lula pediu - pelo menos é o que diz o jornal, e eu acredito que ele tenha pedido mesmo - que se fizesse análise da possibilidade de ele dar o reajuste não de 6,14%, mas de 7,7%, mas já declarou que o mínimo de 6,14%, ele garante. Eu vou ter tratamento especial aos aposentados”, afirmou Dilma em entrevista à rádio Farroupilha, de Porto Alegre (RS).

A presidenciável petista pode se encontrar hoje com seu oponente José Serra (PSDB) em Gramado (RS), no Congresso Nacional de Secretarias da Saúde. A chegada de Dilma ao evento estava prevista para as 11h, enquanto o tucano - que ontem cancelou sua participação - confirmou sua presença para as 14h.

Na entrevista à rádio, Dilma prometeu ampliar a variedade de medicamentos com descontos subsidiados pelo governo federal disponíveis em farmácias particulares por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular. Hoje, pelo programa, a rede privada conveniada oferece apenas anticoncepcionais e remédios contra hipertensão e diabetes. “No Aqui Tem, nós temos uma política de ampliação, no sentido de remédios para asma e as doenças mais recorrentes, que mais atacam, que mais atingem as pessoas”, afirmou.

A pré-candidata do PT ainda voltou a repetir o bordão feminista com inspiração na campanha do presidente americano Barack Obama, cujo solgan era “Sim, Nós Podemos (Yes, We Can)”. “A mulher pode. As mulheres cada vez mais estão podendo”, disse Dilma.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/27/antes-de-possivel-encontro-com-serra-dilma-diz-que-dara-continuidade-a-politica-para-aposentados.jhtm

Propostas da campanha de Dilma são casadas com ações do governo

Folha

RANIER BRAGON
SOFIA FERNANDES

A pré-candidata Dilma Rousseff (PT) e o Planalto promovem uma ação casada na montagem das principais propostas da pré-campanha, estratégia evidenciada no lançamento do plano nacional de combate ao crack.

A ideia de mobilização nacional contra a droga veio a público nas palavras de Dilma já na pré-campanha e, após ser tratada por 40 dias como uma bandeira da petista, virou programa oficial de governo no último dia 20.

"Veja o caso do crack. Ele é hoje o inimigo número 1 de toda a sociedade brasileira. (...) Não devemos, não podemos e não vamos permitir que nossa juventude seja destruída", discursou Dilma em 8 de abril.

No dia seguinte, o presidente Lula determinou a cinco ministérios a criação de proposta de combate às drogas, com ênfase no crack, plano lançado na última quinta-feira.

Outras duas das propostas apresentadas por Dilma até agora também representam uma "sintonia" com o Planalto --como a criação de um ministério para pequenos e médios empreendedores.

"Se tem um único ministério que eu acredito que é importante, era um ministério para os pequenos e médios empresários", disse Dilma no início de maio.

Na semana passada, Lula disse a prefeitos: "Uma coisa que eu deixei de fazer e não quis fazer este ano, por causa da questão eleitoral, era criar o Ministério da Micro e Pequena Empresa".

A outra proposta, a de zerar a pobreza extrema do Brasil, também tem como esteio o governo. Mais especificamente estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão vinculado à Presidência.

EQUIPE

Dilma também tem incluído no seu rol de promessas tentativas fracassadas do atual governo, como a reforma tributária e a desoneração da folha de pagamento.

Ela continua usando em seus discursos o "nós" ao se referir a ações futuras do Planalto, tendo em pelo menos uma ocasião recorrido ao Ministério da Justiça para rebater uma reportagem.

Desde que deixou a Casa Civil, em março, Dilma participou de cinco eventos públicos com Lula. Também tem tido encontros com integrantes do primeiro escalão, como Franklin Martins (Comunicação Social) e Guido Mantega (Fazenda).

Alexandre Padilha (Relações Institucionais) integra o conselho político da pré-campanha. Marco Aurélio Garcia (assessor especial da Presidência) coordenou o programa prévio de governo.

OUTRO LADO

A assessoria de Dilma negou haver acerto entre o Planalto e a pré-campanha, embora não tenha comentado os casos específicos apresentados pela reportagem.

"A ex-ministra Dilma Rousseff participou por sete anos e meio do governo Lula. Como titular do Ministério de Minas e Energia e, depois, da Casa Civil. Nessas condições, ela participou da discussão e coordenou a criação e execução dos programas que já foram e estão sendo lançados", disse a assessoria.

Segundo os assessores da pré-candidata, "não há nenhuma combinação entre governo e pré-campanha".

A assessoria de imprensa do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) defendeu que todas as vezes em que o ministro participou de reuniões do conselho político da pré-campanha ele estava fora do horário de expediente. "O ministro não está cometendo nenhuma irregularidade", reforçou.

No lançamento do plano contra o crack, Paulo Barreto (Justiça) disse que o ministério estava "há bastante tempo preocupado com a questão". O Palácio do Planalto não quis comentar o assunto.

Arte/Folha



http://www1.folha.uol.com.br/poder/741339-propostas-da-campanha-de-dilma-sao-casadas-com-acoes-do-governo.shtml

26 de mai. de 2010

Dilma diz que tributação sobre remédios é 'absurda' e defende redução

Petista disse que o governo precisa tomar decisões 'imediatas' para diminuir impostos

Carolina Freitas / SÃO PAULO - Agência Estado

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu nesta quarta-feira, 26, a redução dos impostos que incidem sobre medicamentos e uma reforma tributária. Para a petista, além de encaminhar a proposta de reforma, o governo precisa tomar decisões "imediatas" para diminuir impostos. "O Brasil chegou no momento que, para dar os passos seguintes, vamos ter de desonerar, tirar impostos", disse em entrevista à Rádio Record.

"Nos remédios é um absurdo a tributação. A próxima ação imediata é remédio, porque é uma questão de sobrevivência da população", disse Dilma. Ainda na área da saúde, a presidenciável disse ter como meta dar um "salto", com a construção de unidades de pronto-atendimento 24 horas e de policlínicas.

Segundo Dilma, para fazer a reforma tributária, ela criaria um fundo de compensação temporário para Estados e municípios. "O efeito (da reforma) às vezes vem um ano e meio depois. Os governos querem efeito imediato." Deu como exemplo o desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedido pelo governo federal a alguns setores. "A gente teve que compensar os governos, mas, no final, a gente saiu lucrando. Todo mundo ganha com a redução de impostos."

Dilma falou por uma hora ao apresentador Paulo Barboza e respondeu a perguntas de cinco ouvintes. Ela aproveitou a audiência formada por 86% de mulheres para cortejar as eleitoras. "Mulher hoje é chefe de família, empreendedora. A gente, mulher, é uma pessoa especial. Quando a gente quer uma coisa, a gente teima. A gente tem que continuar teimando."

Uma ouvinte questionou Dilma sobre o que a presidenciável faria, se eleita, para melhorar as condições de financiamento para a compra de imóveis. "Sabendo de todas essas dificuldades de quem tem vontade de ter uma casa, fizemos o Minha Casa, Minha Vida. Eu vou te dar mais ou menos a condição do programa", respondeu, discorrendo sobre os benefícios para cada faixa de renda.

Dilma deu como atingida a meta de construção de 1 milhão de casas estabelecida pelo governo federal ao lançar o Minha Casa, Minha Vida. "Fizemos só 1 milhão de casas nessa primeira fase. Entre 2011 e 2014 dá pra fazer, no mínimo, mais 2 milhões."

A petista prometeu ainda investimento federal de R$ 10 bilhões em projetos de drenagem, para combater enchentes. "Não houve investimento durante o governo Lula porque não deu. O governo federal não tinha obrigação de investir em drenagem, por isso não investiu, mas agora achamos importante, para acabar com isso de que a cada chuva as casas alagam, as pessoas perdem tudo", disse.

Questionada pelo apresentador se identificava algo que não deu certo na gestão Lula, Dilma disse que o governo promoveu ajustes no que não ia bem e deu como exemplo o Fome Zero. "Nós acabamos com a fome, mas o programa Fome Zero, que estava restrito, virou Bolsa Família."

Saia-justa

A ouvinte Maria Aparecida, da zona norte de São Paulo, deixou Dilma em uma saia-justa ao perguntar se a petista estaria disposta a mudar a lei para punir com mais rigor crimes como os cometidos por pedófilos.

Dilma discursou sobre a "agressão inominável" da pedofilia e disse compartilhar da "revolta" da ouvinte. "Concordo com você. Tem crimes que podem ser passíveis de prisão perpétua, mas se você penalizar todas as gradações de crime igual, não foca no mal maior."

A ouvinte não se mostrou satisfeita com a resposta. "Mas a senhora mudaria a lei? De repente castrar todos os pedófilos...", sugeriu Maria Aparecida. "Melhor a punição penal do que a física", disse Dilma. "A impunidade tem de ser mudada. Não é possível ter esforço enorme pra prender e grande flexibilidade para soltar, dentro da lei. O problema às vezes é a aplicação da lei."

Após o intervalo comercial, orientada por assessores, Dilma interrompeu o apresentador para um "esclarecimento" sobre a pergunta do bloco anterior. "Por qualquer quantidade de anos que a pessoa for condenada, o que importa é que, nos crimes graves inafiançáveis, a pessoa cumpra a pena integralmente, que seja uma coisa mais estrita."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-diz-que-tributacao-sobre-remedios-e-absurda-e-defende-reducao,557041,0.htm

Dilma sem Lula faz Serra subir o tom

À vontade, favorecido pelo sorteio que o permitiu subir à tribuna depois de Dilma, ele abandonou o figurino light e produziu uma avant-première da campanha pós-Copa

Análise: João Bosco Rabello / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O que mais chamou a atenção na sabatina dos presidenciáveis promovida nesta terça-feira, 25, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi a performance de José Serra. No primeiro ambiente em que dividiu as atenções com Dilma Rousseff, sem Lula a fazer sombra à candidata, o ex-governador partiu para o ataque. Produziu uma avant-première da campanha após a Copa do Mundo, pródigo em críticas ao governo e à exposição de sua antecessora na tribuna .

Do aparelhamento dos postos estratégicos do governo ? com ênfase nas agências reguladoras ?, passando pela desconstrução do projeto de reforma tributária defendida minutos antes por Dilma, até a condenação da política de juros do Banco Central, Serra foi um crítico contundente do governo, abandonando o figurino light que vestira até aqui.

Estava à vontade e ansioso pelo debate. Sinal claro de que aposta suas fichas na etapa da campanha em que estará frente a frente com Dilma na televisão.(E esta, por sua vez, aposta nos palanques com Lula.) Serra chegou a conclamar a anfitriã, CNI, a mudar o formato do evento, transformando-o de sabatina em debate (o que a legislação impede). E deu o tom de sua campanha: a Lula, reconhecimento pelos seus méritos; a Dilma, o ardor da oposição.

A rigor, os três candidatos saíram-se bem na sabatina de ontem, dentro daquilo a que se propuseram. Dilma comprovou que o processo de mídia training (sessões sucessivas de treinamento simulando debates e entrevistas) pode fazer com que candidatos superem suas dificuldades diante de plateias exigentes.

Preocupou-se em mostrar naturalidade na abordagem de temas econômicos complexos e de mostrar-se como garantia de continuidade não só de governo, mas também de preservação da estabilidade econômica. Prometeu não rasgar contratos, admitindo que seu perfil impõe esse temor.

Cometeu aí seu principal erro.

Não convenceu na abordagem da reforma tributária, porque se limitou a culpar o Congresso pela rejeição de uma proposta do governo nesse sentido, que, na sequência, José Serra demonstrou equivocado. Também não convenceu ao defender a política monetária, ficando menos à vontade que Serra nesse quesito, pois o que se conhece de sua posição sobre o tema combina mais com o pensamento do adversário do que com o do presidente do BC, Henrique Meirelles, a quem sempre se opôs dentro do governo. Respondeu à maioria das questões formuladas pelos empresários com o PAC, elegendo-o como a panaceia para todos os problemas.

Estruturou sua fala em cima daquilo que já foi realizado pelo governo Lula e que usou para se credenciar como a gestora da continuidade.

Favorecido pelo sorteio que lhe permitiu, como segundo orador, críticas sem réplica, Serra foi além do provável script que levara no bolso. Solto, completamente à vontade, muito longe da imagem fria que sempre o caracterizou, surpreendeu a plateia de empresários com análise técnica e política do cenário industrial e econômico, pontuada com piadas e ironias, finalizando com a promessa de, se eleito, desonerar a indústria de impostos estratégicos.

Marina Silva parecia condenada à repulsa íntima de cada espectador, por começar sua fala já após a hora normal de almoço, para uma plateia previamente disposta a acompanhar apenas os dois primeiro candidatos, na convicção de que a eleição está polarizada.

Surpreendeu, porém, ao manter a atenção de todos logo nos primeiros dos 25 minutos de sua exposição. "Negra, professora, analfabeta até os 16 anos, universitária oriunda do Mobral, latino-americana e sem carisma", definiu-se, conquistando a plateia.

Deixou um desafio aos seus antecessores: "A maioria vem aqui e assume compromisso com a reforma; uma vez eleita, reforma o compromisso", disse, para aplauso dos empresários. Definiu Dilma e Serra, pela ordem, como candidatos que prometem continuidade e mais realizações. "Mais do mesmo", criticou, para colocar-se como aquela que pode cumprir o lema de Serra "podemos fazer mais", absorvendo conceitos novos de uma economia moderna e comprometida com o crescimento sustentado.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-sem-lula-faz-serra-subir-o-tom,556946,0.htm

Dilma quer fundo para viabilizar reforma tributária

Plano da pré-candidata petista é criar mecanismo de compensação para Estados e municípios

Ricardo Galhardo, iG São Paulo

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sugeriu a criação de um fundo provisório de compensação a Estados e municípios como ferramenta para viabilizar uma reforma tributária profunda. Segundo Dilma, a criação do fundo seria uma forma de neutralizar as pressões de governadores e prefeitos, considerados por ela os maiores obstáculos à reforma.

“A reforma das reformas é a redução dos tributos”, disse Dilma, em entrevista ao apresentador Paulo Barbosa, da Rádio Record.

De acordo com ela, as experiências com a desoneração da linha branca (eletrodomésticos), automóveis e cesta básica, feitas durante o governo Lula para combater os efeitos da crise financeira internacional, mostraram que em médio prazo resultam no aumento da arrecadação, pois a base de contribuintes fica maior.“O problema é que muitas vezes as pessoas não conseguem esperar. As pessoas que eu falo são os governadores e prefeitos ”, disse Dilma.

A saída para neutralizar a ansiedade dos Estados e municípios, segundo Dilma, seria a criação de um fundo de compensação que funcionaria provisoriamente, até que os efeitos positivos da redução da carga tributária cheguem aos cofres dos governadores e prefeitos. “Podemos criar um fundo de compensação que assegure o momento da transição. Mas não pode ser permanente. Não queremos que as pessoas se acostumem com isso”, disse Dilma.

Conforma e pré-candidata, além da reforma tributária o governo poderia adotar medidas imediatas unilaterais como a desoneração de remédios e energia. O segundo item, no entanto, esbarra na resistência dos prefeitos e governadores já que o encargo de maior incidência é o ICMS, cuja maior parte vai para os cofres municipais e estaduais.

Dilma também tem falado em desonerar a folha de pagamento mas não explica se a proposta inclui o corte de direitos trabalhistas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/dilma+quer+fundo+para+viabilizar+reforma+tributaria/n1237636198689.html

Genro: volta da Frente Popular dá base para Dilma

Para ex-ministro, retorno da Frente Popular garante base para Dilma no RS

Gabriel Costa, iG Brasíli


A recém-reunida Frente Popular gaúcha, que junta PT, PSB e PC do B, busca agora ampliar suas fileiras para "tirar o estado da letargia em que se encontra”, diz o pré-candidato Tarso Genro (PT), atual líder nas pesquisas de intenção de voto no Rio Grande do Sul. Outras alianças, no entanto, como a do PP com o PSDB em apoio à reeleição da tucana Yeda Crusius, atual governadora, movimentam a corrida eleitoral no estado. “Não vamos estabelecer polarizações artificiais”, disse Genro, ex-ministro da Justiça, ao iG. “O fato de reinstalarmos a Frente Popular cria uma base mais forte também para Dilma.”

O PSB e o PC do B formalizaram na segunda-feira o apoio à candidatura de Genro, enquanto o PP aceitou oficialmente, no mesmo dia, a proposta do PSDB. Já o PPS, que desistiu de apoiar Yeda, busca agora aliar-se ao PTB e ao DEM no apoio ao deputado estadual Luís Augusto Lara (PTB) para o governo do estado.

O PSB vai indicar para vice-governador de Genro o ex-deputado estadual e ex-prefeito de São Lourenço do Sul e de Cristal, Beto Grill, que foi candidato do PSB ao governo do estado em 2006. “Estamos ampliando nossa base junto aos prefeitos”, disse Genro. O primeiro nome da chapa ao Senado Federal é Paulo Paim (PT), que busca a reeleição, mas a segunda vaga permanece em aberto. Para as eleições proporcionais, PSB e PC do B formarão uma coligação à parte.

Já o acordo entre PP e PSDB - que será estendido também à parte da chapa proporcional, para a Câmara dos Deputados - determina que o Partido Progressista vai indicar o vice na chapa de Yeda e um nome para candidatura ao Senado, e representa um recuo parcial nas exigências de ambos os partidos.

O comando nacional do PSDB esperava que a aliança no Rio Grande do Sul já estivesse definida no início do mês, quando José Serra (PSDB) fez a primeira visita ao estado como pré-candidato à presidência. Na ocasião as negociações não avançavam, uma vez que o PP exigia coligação completa na proporcional, para a Assembleia Legislativa além de para a Câmara, e ameaçava apoiar outro candidato.

Após encontro com os presidentes nacionais do PSDB e do PP, o Partido Progressista gaúcho reafirmou que apoiaria Serra e voltou às negociações para apoiar a reeleição de Yeda.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/genro+volta+da+frente+popular+da+base+para+dilma/n1237636080428.html

PSDB vê PP neutro e investe em alianças nos Estados

Tucanos consideram difícil coligação nacional com o PP. Objetivo agora é conquistar apoios da maioria dos diretórios regionais

Adriano Ceolin, iG Brasília


Com poucas chances de formar uma aliança nacional com o PP, o PSDB resolveu investir na conquista de apoios dos diretórios dos partidos nos Estados. Na noite desta quinta-feira, o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), teve um encontro com o coordenador-geral da campanha de José Serra, Sérgio Guerra.

A conversa ocorreu no gabinete de Guerra no Senado. Os dois traçaram uma avaliação do quadro nacional após o resultado das últimas pesquisas. Dornelles deixou a sala e disse que o PP deverá ficar neutro na disputa pela Presidência da República. Isso porque parte da sigla prefere apoiar Dilma Rousseff (PT). A decisão oficial, porém, será tomada na convenção do partido no final de junho.

“No começo do ano, 20 dos 27 diretórios preferiam apoiar a Dilma. Dizem que isso se equilibrou, por isso devemos ficar neutros”, disse Dornelles. O senador, no entanto, afirmou que sua visita ao gabinete de Guerra visou preparar uma conversa entre ela e a deputada Angela Amim (PP), pré-candidata ao governo de Santa Catarina.

O caso de Angela, de certo modo, reproduz a briga entre PT e PSDB pelo PP. Em Santa Catarina, os petistas também negociam uma aliança com a deputada. No entanto, o PT quer lançar Ideli Salvatti ao governo e convencer Angela a disputar ao Senado. Há duas semanas, ela teve um encontro com Dilma, mas as negociações não avançaram.

O iG conversou com a deputada catarinense após o encontro com Guerra. Ela não quis confirmar o acordo com os tucanos, mas elogiou o PSDB. “Eu, pessoalmente, prefiro José Serra. No governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), eu era prefeita [Florianópolis] e sempre fui muito bem recebida em Brasília”, afirmou Angela.

Se fechar a aliança em Santa Catarina, o PSDB conquistará o terceiro acordo com o PP na região Sul. No Paraná, o candidato ao Senado pelo PP, Ricardo Barros, fará parte da chapa de Beto Richa, que disputar o governo do Estado. No Rio Grande do Sul, o PP já anunciou formal à candidatura de José Serra.

O objetivo do PSDB era formar uma aliança com PP, inclusive com a possibilidade de fazer Francisco Dornelles o candidato a vice de Serra. Dois fatores, porém, atrapalharam as negociações: a queda do tucano nas pesquisas e o fato de Dornelles ter sido o autor da emenda que beneficiou políticos com ficha suja na votação do projeto sobre o assunto.

“O PP é muito pragmático. Essas últimas pesquisas pesam nas negociações”, afirmou o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). Um outro deputado tucano muito próximo a José Serra resumiu: “Agora nosso principal objetivo é evitar que o PP se alie com a Dilma. É melhor que fique neutro mesmo”.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/psdb+ve+pp+neutro+e+investe+em+aliancas+nos+estados/n1237636053350.html

Dilma diz que vetaria reajuste de 7,7% a aposentado

Ex-ministra afirmou em entrevista que o presidente deve vetar o aumento e, se tivesse nessa condição, teria a mesma atitude

Ricardo Galhardo, iG São Paulo |

A pré-candidata à presidência pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve vetar o reajuste de 7,7% aprovado no Congresso para aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo e, se tivesse no lugar dele, tomaria a mesma decisão.

"O mínimo que os aposentados vão ganhar é 6,14% [índice proposto pelo governo]. Isso é o mínimo. Isso eles já ganharam. A grande questão é saber se tem dinheiro para dar mais. Acho que o presidente vai negar isso. Se eu tivesse nessa condição, eu teria de olhar a mesma coisa", afirmou em entrevista à rádio Tupi.

Na última segunda-feira, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou que o presidente "se mostrou preocupado porque quer manter as contas equilibradas (...) por conta disso, ele ficou propenso a vetar". Segundo o ministro, seria importante dar um sinal claro de compromisso fiscal. "O que nós assumimos é o compromisso é dar 6,14%"

Agenda

Dilma participa de uma série de entrevistas nesta quarta-feira. Ainda pela manhã, ela concede entrevista para a rádio Record e, no fim da tarde, ao SBT.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/dilma+diz+que+vetaria+reajuste+de+77+a+aposentado/n1237635939208.html

Dilma intensifica agenda no Sul e Sudeste

Andréia Sadi, iG Brasíli


A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, confirmou presença em pelo menos cinco eventos no Sul e Sudeste entre quinta e sexta-feira desta semana. A agenda intensa prevê passagens por Gramado, no Rio Grande do Sul, Chapecó, em Santa Catarina e Belo Horizonte, em Minas Gerais.

No Rio Grande do Sul, onde iniciou a sua trajetória política, a candidata participará nesta quinta-feira do Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Hoje, o congresso deve receber o tucano José Serra, adversário da petista na corrida eleitoral.

Desde o início da pré-campanha, Dilma tem priorizado viagens aos Estados. No começo deste mês, ela esteve em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul para participar, respectivamente, da primeira sabatina que reuniu os presidenciáveis e para receber apoio de partidos da base.

Nesta sexta-feira, ela segue para Chapecó, onde concederá entrevistas a emissoras de rádio e televisão, além de participar de um evento de habitação da agricultura familiar.

À noite, Dilma deve ir prestigiar a abertura do congresso das mulheres do PDT, em Minas Gerais. Antes do PT, Dilma foi filiada ao PDT.

Apesar de ter feito carreira política no Rio Grande do Sul, Dilma nasceu em Belo Horizonte e chegou a afirmar, em mais de um discurso, que deixou a cidade com cerca de 20 anos de idade. "Deixei Minas, mas Minas não saiu do meu coração", lembrou.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/dilma+intensifica+agenda+no+sul+e+sudeste/n1237635494955.html

Anastasia aposta em Aécio para impulsionar a campanha

Correio Braziliense

Estado de Minas

O governador Antonio Anastasia (PSDB) pôs o pé na estrada em busca de apoio – esteve em viagem pelo interior, desde domingo até a terça-feira –, mas a sua expectativa para alavancar sua campanha à reeleição é depositada no ex-governador Aécio Neves, que retorna nesta quarta-feira a Belo Horizonte e retoma as conversas políticas. Nesta quarta-feira mesmo, os dois devem se encontrar. Sexta-feira, Aécio e Anastasia vão a Ipatinga (Vale do Aço), onde participam de atividade de campanha do vereador Robson Gomes (PPS), candidato a prefeito na eleição extemporânea, marcada para domingo.

A importância do ex-governador na sucessão em Minas foi destacada, na terça-feira, em Montes Claros, pelo próprio Anastasia. “Claro que a presença do (ex) governador Aécio (Neves) é fundamerntal. Ele é o nosso grande líder político. É o fiador do que fizemos em Minas ao longo dos últimos sete anos”, disse Anastasia. E emendou: “No momento certo, pelos meios certos, o (ex) governador Aécio vai apresentar, naturalmente, a sua posição política no estado”.

A primeira aparição pública de Aécio deverá ocorrer esta quarta-feira à noite, na abertura da 14ª Conferência Nacional dos Legisladores (Unale), quando deverá se encontrar com Anastasia. Na terça-feira, o atual governador disse que nos próximos dias terá várias “agendas políticas” com Aécio, que é pré-candidato ao Senado e sofre pressões para ser candidato a vice de José Serra, pré-candidato tucano à Presidência da República. Além da viagem a Ipatinga, o atual e o ex-governador já têm marcado um outro compromisso juntos. Vão acompanhar José Serra em Montes Claros no dia 7.

Anastasia avaliou que o momento atual é de pré-campanha, dedicado a conversas com líderes regionais, e que o contato maior com os eleitores só vai ocorrer depois da Copa do Mundo na África do Sul. “O momento é dos entendimentos políticos, de conversas com os partidos, com os parlamentares e com os prefeitos. Porque as pessoas, os cidadãos, nem com a Copa do Mundo estão preocupados, quanto mais com a eleição, que está mais longe. Então, vamos (esperar) passar a Copa do Mundo primeiro”, afirmou.

Anastasia disse que, ao longo da campanha, espera tornar-se mais conhecido e crescer nas pesquisas. “Hoje, o que se reflete nas pesquisas é o conhecimento antigo de outros candidatos e um desconhecimento em relação a mim, que nunca fui candidato a cargo majoritário. Então, esse desconhecimento vai diminuindo no curso da campanha. Em várias outras campanhas, tivemos esse mesmo fenômeno, exatamente a mesma coisa, dentro e fora do estado”, disse em comparação indireta entre ele e o peemedebista Hélio Costa.

Rusgas locais

O governador iniciou sua peregrinação pelo interior, domingo, em Patos de Minas (Alto Parnaíba). Segunda-feira, visitou Patrocínio e, no mesmo dia, visitou a pequena Patis (Norte de Minas). Pernoitou em Montes Claros, onde, na terça-feira pela manhã, deu entrevistas para rádios e visitou o arcebispo dom José Alberto Moura. O governador participou de um almoço, organizado por entidades de classe numa chácara, de propriedade do empresário Jamil Cury, onde verificou o clima que viverá em sua campanha em lugares onde têm apoio de diferentes facções. Assistiu a uma situação constrangedora, motivada pelas rusgas políticas.

Primeiro, houve um entrevero entre o deputado federal Jairo Ataíde e o presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira Sudene (Amams), Valmir Morais de Sá. Ao usar a palavra, Ataíde acusou Morais de esvaziar a Amams e de favorecer alguns deputados da região em detrimento de outros parlamentares. A acusação desagradou a Morais, que teve uma discussão com o parlamentar.

Depois, o ex-prefeito Athos Avelino (PPS) pediu a palavra. Elogiou Anastasia e atacou a atual administração municipal de Montes Claros. "Minas não pode voltar ao passado. Não pode acontecer em Minas o retrocesso que aconteceu com a administração pública de Montes Claros", afirmou. A vice-prefeita Cristina Pereira (PP) estava no local, mas não fez o uso da palavra. Ontem à tarde, a reportagem não conseguiu contato com o prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB), que estava viajando.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/26/politica,i=194484/ANASTASIA+APOSTA+EM+AECIO+PARA+IMPULSIONAR+A+CAMPANHA.shtml

PSDB erra ao insistir em Aécio como vice de Serra

Boa ideia? Bem, na mesma época, começa a Copa do Mundo...

Correio Braziliense

Estado de Minas


Começa, de novo, já foi escrito aqui, a cair a ficha dos tucanos. Não adianta insistir para que o ex-governador Aécio Neves (PSDB) seja o candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB). Ainda mais se for para entrar como o “salvador da pátria”, só para criar um fato novo, no momento em que Dilma Rousseff (PT), a candidata de Lula, empata nas pesquisas. Foram sintomáticas as declarações de Serra, em entrevista depois de participar do debate da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que teve também a participação da pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC). Serra mudou o discurso e disse que não há pressão para que Aécio aceite ser vice. Só se foi devidamente informado da disposição do mineiro. Há uma verdadeira panela de pressão tentando cozinhar a candidatura de Aécio ao Senado em fogo alto.

Os tucanos erram na estratégia ao insistir em ter Aécio como vice. Em Minas Gerais, com o segundo colégio eleitoral do país, ele pode ser fundamental para uma vitória de Serra. Mais difícil é o presidenciável tucano conseguir arrancar de Lula os votos do Nordeste. Não seria mais lógico, então, ter um candidato a vice que fosse da região? Serviria, pelo menos, para dar mais empatia à chapa, para ser simpático com os nordestinos.

Enquanto perdem tempo com a discussão sobre a vice, os tucanos preparam grande ofensiva com os programas do PSDB e dos aliados DEM e PPS. Querem repetir o êxito de Dilma, que tirou votos de Serra e cresceu depois que foi ao ar o programa do PT em cadeia de rádio e televisão. Os tucanos optaram por deixar o programa para junho. Boa ideia? Bem, na mesma época, começa a Copa do Mundo...

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/26/politica,i=194485/PSDB+ERRA+AO+INSISTIR+EM+AECIO+COMO+VICE+DE+SERRA.shtml

Aécio foca na campanha de Anastasia e evita pressão para ser vice de Serra

Correio Braziliense

Estado de Minas


A pressão do tucanato paulista para que o ex-governador Aécio Neves deixe de disputar o Senado para ser candidato a vice na chapa do presidenciável José Serra não deve surtir efeito. Aliados do mineiro garantem que é praticamente nula a chance de ele rever seu posicionamento. De volta nesta quarta-feira à cena política, depois de um longo período no exterior, o ex-governador reassume as rédeas da campanha à reeleição do seu sucessor Antonio Anastasia, participando de uma série de compromissos políticos no segundo maior colégio eleitoral do país. O encontro com o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto só deve ocorrer na semana que vem, mas não há ainda qualquer confirmação.

Com a expectativa pelo retorno de Aécio e a queda de Serra nas pesquisas de opinião pública, perdendo espaço para a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, os tucanos voltaram a pressionar pela chapa puro-sangue. Lideranças próximas ao ex-governador, no entanto, dizem que essa possibilidade é remota e que ele não é homem de aceitar pressão. “Aécio é candidato ao Senado, pois sabe que, desta forma, ajuda mais tanto ao Serra como ao Anastasia”, disse o secretário de Governo Danilo de Castro.

O próprio José Serra deu sinais na terça-feira de que já não conta com Aécio em sua chapa. “Não há nada que imponha o Aécio ou não. O que está acontecendo agora nas pesquisas a gente previu. Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirmou depois de sabatina dos pré-candidatos à Presidência promovida pela Confederação Nacional da Indústria, em São Paulo. O presidenciável também disse nunca ter exercido pressão sobre o colega de partido.

Aécio chegou a pleitear a vaga de candidato a presidente pelo PSDB e defendeu prévias partidárias para a escolha do nome. Com a indefinição de Serra e o adiamento de uma decisão por parte do partido, no entanto, acabou abrindo mão em favor do paulista. Desde então, Aécio sustenta que vai se voltar para o estado, como pré-candidato ao Senado.

Com um discurso pacificador, o ex-governador passou praticamente todo o ano passado tentando convencer Serra e o PSDB a realizar as primárias. Apesar de sempre estar colocado nas pesquisas, Aécio sustentou que o partido deveria observar também quem reuniria maiores condições de atrair novas alianças na corrida pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Aécio, a definição do presidenciável tucano deveria ter ocorrido no segundo semestre de 2009 ou, no mais tardar, no fim do ano. Em alguns momentos, ele chegou a dizer que decisão não poderia ficar restrita nas mãos de um pequeno grupo como ocorreu em 2006, quando a cúpula do partido decidiu lançar a candidatura do ex-governador paulista Geraldo Alckmin a presidente da República.

Em solo mineiro, Aécio define nesta quarta-feira uma agenda de atividades ao lado de Anastasia. O ex-governador também se prepara para uma série de encontros com lideranças do estado. O tucano vai conduzir as negociações com os partidos aliados pela indicação do vice na chapa de Anastasia. Por enquanto, um dos principais cotados para a vaga é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Alberto Pinto Coelho (PP). No entanto, o DEM, aliado de primeira hora dos tucanos, deixou claro que não vai abrir mão da vaga. A legenda indica o presidente estadual, deputado federal Carlos Melles, mas o deputado federal Marcos Montes também estaria cotado. O presidente nacional dos democratas, deputado Rodrigo Maia, aguarda para os próximos dias uma reunião com Aécio sobre o tema.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/26/politica,i=194483/AECIO+FOCA+NA+CAMPANHA+DE+ANASTASIA+E+EVITA+PRESSAO+PARA+SER+VICE+DE+SERRA.shtml

PTB fecha com Serra

Correio Braziliense  - Denise Rothenburg


O presidente do PTB, Roberto Jefferson, anunciou ontem ao candidato tucano, José Serra, o que havia combinado com o comandante do PSDB, Sérgio Guerra, na semana passada: em 18 e 19 de junho, o PTB irá formalizar o ingresso na coligação tucana, com uma convenção em São Paulo. “Escolhemos São Paulo, que é onde os dois partidos já estão juntos. Respeito muito os companheiros que estão com a outra candidata, mas Serra é mais preparado para governar o Brasil do que o PT”, afirmou o presidente petebista ao Correio no dia do almoço da semana passada. Ontem, ele almoçou com Serra apenas para combinar detalhes da presença do tucano na convenção petebista.

Com a aliança, Serra terá quase dois minutos a mais por dia no horário eleitoral: 58s pela manhã e 58s à noite. Para completar, a aliança chega à marca dos seis partidos coligados. São eles, além de PSDB e PTB, DEM, PPS, PMN e PSC.

O apoio ao tucanato, contudo, não será unânime dentro do PTB. O senador Gim Argello (PTB-DF), por exemplo, foi quem ciceroneou a candidata Dilma Rousseff (PT) na sede da Canção Nova em Brasília. Ele integra a base do governo no Congresso e, por diversas vezes, participou de reuniões do comando de campanha da petista. “Nós nos respeitamos e cada um tem as suas posições. Eu continuo onde estou”, disse Gim há alguns dias, quando foi informado que seu partido deveria fechar a coligação com Serra.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/26/politica,i=194469/PTB+FECHA+COM+SERRA.shtml

Empresários avaliam que o debate ficou marcado pela falta de divergências entre os presidenciáveis

Mas todos endossaram o crescimento sustentável da economia

Correio Braziliense - Marcone Gonçalves


O encontro entre os três principais pré-candidatos à Presidência da República e os representantes das indústrias realizado ontem em Brasília ficou marcado pela falta de divergências, de ideias e de ideologias em relação às questões econômicas. Com isto, restou ao empresariado discutir, ao final do evento, quem havia se saído melhor na defesa de um programa mínimo apresentado pela própria Confederação Nacional da Indústria (CNI) baseado na redução de tributos, na diminuição dos encargos sobre a folha de pagamentos e na desoneração das exportações.

Os aplausos entusiasmados para José Serra (PSDB), o candidato mais identificado com os industriais, foram relativizados pelos empresários. Presidentes de federações estaduais e de associações empresariais argumentavam que a deficiência de conhecimento técnico que a candidata Dilma Rousseff (PT) demonstrou frente ao seu principal adversário acabou compensado pelo discurso político em nome da continuidade das atuais políticas do governo. “O que fica evidente é que a classe empresarial pode ter maior preferência pelo Serra, mas no governo Lula tem mais participação”, resumiu o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safardy Simão.

O tucano acabou sendo favorecido pelo formato do encontro, no qual cada um era sabatinado por vez. Serra foi o segundo e, ao substituir Dilma, aproveitou para questionar o discurso da petista. Ele se mostrou à vontade e bem-humorado e fez um discurso no qual não faltaram críticas ao governo federal e autoelogios. Serra arriscou até uma piada de gosto discutível. Ao defender a reformulação da Lei de Licitações (nº8666/93), lembrou que, quando ministro da Saúde, quase tivera que comprar camisinhas chinesas com aroma de pena de galinha queimada. “Vai ver que na hora ‘do vamos ver’ os chineses gostam desse cheiro”, disse, causando constrangimento. Ao terminar sua parte, o ex-governador paulista acabou pedindo desculpas pelo “excesso de informalidade”.

Dilma Rousseff, por sua vez, investiu na defesa da gestão macroeconômica do governo Lula. Ela elencou uma série de indicadores de juros, investimento e de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para sustentar que o Brasil mudou por causa do governo Lula. Dilma destacou a inclusão de 31 milhões de pessoas na nova classe média. “Temos uma nova era de prosperidade diante de nós”, afirmou. Um pouco menos à vontade frente aos “tubarões” da indústria nacional, a candidata do PV voltou a defender a instalação de uma Constituinte exclusiva para fazer as reformas tributária, política e trabalhista.

Para o presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Horácio Lafer Piva, a falta de ideias por parte dos candidatos pode ser explicada pela falta de tempo e pelo fato de que ninguém até agora tratou de elaborar programas de governo. Para Piva, na exposição de posições semelhantes, Dilma levou vantagem no discurso político, Serra foi melhor no quesito técnico e Marina mobilizou a plateia do ponto de vista ético.

Protecionismo
Dilma, Serra e Marina endossaram as sugestões do empresariado para assegurar o “crescimento sustentado” da economia, um dos termos mais repetidos nos discursos dos pré-candidatos. Eles não disfarçaram posições claramente protecionistas, especialmente quando entrava em questão a concorrência das exportações brasileiras com a de produtos chineses.

“Precisamos de mecanismos para proteger a indústria. O Brasil não tem defesa comercial nem aqui, nem na China”, assinalou Serra. “O que pode ser produzido no Brasil, tem que ser produzido no Brasil”, afirmou Dilma. “Não tem sentido o Brasil, um dos maiores produtores de minério de ferro do mundo ter que comprar trilhos da China”, emendou Marina.

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