24 de mai. de 2010

Palanque de Dilma em Alagoas é de Lessa, não de Collor, garante presidente do PDT

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Eleições
Em Maceió

O ministro do Trabalho e Emprego e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, garantiu nesta segunda-feira (24), em Maceió (AL), que Dilma Rousseff vai subir no palanque do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), e não do senador Fernando Collor de Melo (PTB), ambos pré-candidatos ao governo de Alagoas.

“Nós temos 95% da base aliada nacional com Lessa, e o PTB está em vias de formalizar o apoio a José Serra [PSDB]. Não há nenhuma chance dela [Dilma] subir em um palanque de um partido que apoia Serra”, disse. Dos partidos que apoiam Dilma, apenas PSB e PP não declararam apoio a Lessa em Alagoas.

Lupi fez questão de ressaltar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria deixado claro que o candidato dele ao governo de Alagoas é Ronaldo Lessa e descartou um “racha” no palanque de Dilma no Estado. "Ele disse isso por duas vezes na nossa última conversa [após o anúncio oficial da pré-candidatura de Collor]. Dilma virá a Alagoas para subir no palanque de Lessa, que é a base que apoia ela. Isso eu não tenho a menor dúvida", assegurou.

Apesar do PTB dar a candidatura de Collor como certa, Lupi admitiu que a base de apoio a Dilma ainda tentará convencê-lo a desistir da disputa e apoiar Lessa no Estado. "Eu tenho certeza que isso [a candidatura de Collor] vai depender do arco de alianças que ele consiga construir. “Ele não conseguiu colocar em torno dele partidos que dessem corpo à candidatura dele. Mas o ex-presidente Collor tem consciência política, é senador da base aliada, e não irá para aventuras. Nós estamos conversando com ele. É uma questão de convencimento, não de pressão", afirmou Lupi.

Questionado se a saída de Collor da Frente Popular Pró-Dilma em Alagoas – que o próprio senador ajudou a criar - seria uma traição, Lupi usou um dito popular para comentar a pergunta. "No Rio a gente sempre diz que quem prometeu e não fez, perdeu a vez. Mas não vejo como traição porque estamos em fase de pré-candidaturas, não houve coligação formada. E ele tem todo direito de ser candidato", disse, admitindo procurar Collor nos próximos dias para tentar demovê-lo da ideia de disputar o governo.

O presidente do PDT ainda desmentiu a especulação de que o PMDB, do senador Renan Calheiros, poderia apoiar Collor na disputa. "O senador Renan tem dado toda mostra de que está empenhado para eleger Lessa. Isso é um projeto nacional, e o PMDB é um aliado forte e certo nessa frente", garantiu.

Candidato de Lula

Segundo Ronaldo Lessa, a sua candidatura ao governo só foi consolidada, no início do ano, por conta de um pedido que o presidente Lula teria feito para que ele concorresse contra o atual governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e encabeçasse um “palanque forte” para Dilma em Alagoas.

"Eu era pré-candidato ao Senado. Já fui governador duas vezes e não era projeto político meu um terceiro mandato. Mas fui convencido por conta desse projeto nacional casado com o de Alagoas. Minha candidatura tem apoio ratificado do presidente Lula e da Dilma, por isso que mudei os planos", afirmou.

Lessa afirmou ainda que, caso Collor seja realmente candidato ao governo, o PT deve indicar o vice em sua chapa. “É legítima essa composição, e o partido tem nomes históricos em Alagoas para compor. Espero que ele mande uma lista para que possamos definir”, declarou.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/24/palanque-de-dilma-em-alagoas-e-de-lessa-nao-de-collor-garante-presidente-do-pdt.jhtm

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