24 de mai. de 2010

Sob pressão, Aécio acerta nova ida de Serra a MG

Secretário-geral tucano, deputado Rodrigo de Castro, admite pressão para fazer o ex-governador mineiro candidato a vice

Adriano Ceolin, iG Brasília

Sob pressão para ser o vice, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) se reúne nesta segunda-feira com o secretário-geral nacional tucano, deputado Rodrigo de Castro (MG), para discutir os rumos das campanhas de Antonio Anastasia, a governador, e José Serra, a presidente. Aécio volta ao jogo eleitoral após duas semanas de viagem no exterior.

“Devo encontrar com ele para discutir os nossos passos aqui em Minas Gerais”, disse Castro. “É verdade que uma parte da militância quer que ele seja candidato a vice. Porém, até agora, pelo o que temos conversando, Aécio não nos deu indicativo que irá desistir de disputar o Senado como havia planejado”, completou.

Castro informou que já está agendado para a segunda-feira que vem uma nova visita de Serra a Minas Gerais. O candidato tucano irá fazer a Uberaba, região do triângulo mineiro. Será a quinta passagem de Serra pelo Estado, que tem sido considerado fundamental nesta disputa pela Presidência da República.

Na semana passada, o secretário-geral do PSDB de Minas Gerais, Lafayette Andrada, defendeu que Aécio seja o vice de Serra. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), também já deu declarações que só cederá a vaga de vice na chapa de Serra para Aécio. Outro aliado, o presidente do PPS, Roberto Freire, é a favor da chapa puro-sangue.

Quando deixou o governo de Minas em abril deste ano, Aécio havia descartado ser vice de Serra. Num primeiro momento, os tucanos e seus aliados resolveram parar de tocar no assunto publicamente. No entanto, as conversas nunca deixaram de ocorrer nos bastidores.

Há cerca de um mês surgiu a hipótese de o PP indicar o senador Francisco Dornelles (RJ) como vice de Serra. Dornelles é tio do ex-governador mineiro. No entanto, o PP ainda está dividido entre o apoio ao tucano e à candidata Dilma Rousseff (PT), isso porque o partido é aliado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O nome de Dornelles também perdeu força depois que ele fez uma emenda ao projeto “ficha-limpa” para impedir políticos com problemas de disputarem a eleição. A emenda do senador teria beneficiado o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que, de acordo com o texto final aprovado, poderá concorrer à reeleição na Câmara

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