2 de jun. de 2010

Reta final para PT e PMDB

Ministro garante que Lula estaria disposto a intervir em Minas Gerais a fim de garantir a candidatura do peemedebista Hélio Costa

Correio Braziliense - Ivan Iunes | Juliana Cipriani

O casamento político entre PT e PMDB para viabilizar o palanque único na disputa ao governo de Minas Gerais terá de ser feito na delegacia. A seis dias da data prevista para as legendas fecharem acordo, petistas e peemedebistas não se entendem nem mesmo sobre quem está na frente nas pesquisas encomendadas para medir o desempenho dos dois pré-candidatos, o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB) ou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). Em meio ao tiroteio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ontem o recado: a escolha de Hélio Costa para concorrer a governador já está encaminhada e o PT nacional está pronto para intervir, caso o impasse não se resolva.

O emissário escolhido para tranquilizar o presidente do PMDB e da Câmara, Michel Temer (SP), foi o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, os partidos aguardam apenas os resultados das pesquisas para oficializar a situação. O recado de Lula veio para conter o clima de hostilidade entre as duas legendas, que ficou claro nos últimos dias com a troca de farpas feita até mesmo pela internet. Depois do encontro com Padilha, Temer se reuniu com Hélio Costa e lideranças peemedebistas. A avaliação no PMDB é de que Hélio Costa continua à frente de Pimentel e qualquer resultado diferente será no mínimo uma surpresa.

O PMDB vem pressionando a direção nacional do PT no sentido de que, sem o apoio dos petistas à candidatura de Hélio Costa, a aliança com Dilma no plano nacional pode ficar prejudicada. Em Minas, no entanto, partidários de Fernando Pimentel insistem que ele seria o melhor nome para concorrer ao Palácio da Liberdade, o que levou os peemedebistas a ameaçarem com um possível adiamento da convenção do partido, marcada para o dia 12, que sacramentaria Temer como vice de Dilma. “O estado tem muita força na convenção, tem de se respeitar os mineiros antes de partir para uma decisão mais forte”, indicou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

Lula pediu a Padilha que apagasse o pavio aceso em Minas Gerais e garantiu o cumprimento do acordo firmado entre Pimentel e Costa no mês passado, pelo qual foi acertado o palanque único com o escolhido conforme análise de pesquisas eleitorais. Os levantamentos devem ser entregues aos dois partidos até o fim do dia de hoje. “O PMDB vai se reunir no domingo para analisar a decisão do partido. Se o candidato do PT tiver preferência clara do eleitorado, terá nosso apoio e colocaremos o coração na campanha. Do contrário, exigimos reciprocidade”, afirmou Costa.

O anúncio oficial sobre o candidato do Palácio do Planalto ao governo mineiro será na segunda-feira, depois de reunião entre os presidentes do PMDB, Michel Temer, e do PT, José Eduardo Dutra. Para líderes do PMDB, a escolha de Costa são favas contadas. “Ele está liderando as pesquisas, temos um acordo nacional com o PT. A tendência, até pelo que disse o Padilha e o Dutra, é que o Hélio seja anunciado candidato”, aposta Alves.

O presidente do PT de Minas, deputado federal Reginaldo Lopes, no entanto, afirma que o jogo virou e agora Pimentel estaria à frente nas pesquisas encomendadas pelo PT. “Não há mais diferença. Do ponto de vista quantitativo, hoje o que temos é um empate técnico e no aspecto qualitativo o Fernando é o mais competitivo. Agora queremos discutir de maneira fraterna com o PMDB e entendemos que a possibilidade maior é de o Pimentel ser o candidato”, afirmou.

ouça aqui
O senador Hélio Costa (PMDB-MG) fala sobre a sucessão em Minas Gerais

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/02/politica,i=195705/RETA+FINAL+PARA+PT+E+PMDB.shtml

Centrais gastam R$ 800 mil do imposto sindical para pedir voto contra Serra

Valor foi usado para pagar evento realizado ontem no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, com objetivo de aprovar Agenda da Classe Trabalhadora e pregar a continuidade do governo Lula; das 30 mil pessoas esperadas, apenas metade compareceu

Roberto Almeida - O Estado de S.Paulo

Cinco centrais sindicais - Força, CUT, CGTB, CTB e Nova Central - pregaram na terça-feira, 1º, na assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em São Paulo, a continuidade do governo Lula e alertaram para um "retrocesso", em clara referência ao pré-candidato tucano à Presidência, José Serra.

O evento, pago pelo imposto sindical, que desconta um dia de salário ao ano de todos os trabalhadores com carteira assinada, custou pelo menos R$ 800 mil, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical.

O objetivo, cumprido, era o de aprovar a Agenda da Classe Trabalhadora, que será entregue aos três presidenciáveis. São quase 300 demandas a serem cumpridas pelo vencedor das eleições.

Ao todo, R$ 135 mil foram empenhados para o aluguel do Estádio do Pacaembu e R$ 35 mil para o pagamento da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo para coordenar o trânsito. O restante - R$ 630 mil - foi para a infraestrutura, como palco, som e transporte de militantes.

De acordo com o deputado, somente a Força Sindical pagou 500 passagens de avião para dirigentes virem das regiões Norte e Nordeste do País. As demais centrais também admitiram ter pago por transporte aéreo. A CUT disse que não divulgaria dados e valores de logística.

Mesmo com o investimento pesado das centrais para um megaevento, o público foi apenas a metade do esperado. Segundo a Guarda Civil Metropolitana, 15 mil compareceram, metade dos 30 mil esperados.

A reserva inicial, de acordo com as centrais, era de 13 mil lugares para militantes da CUT e 11 mil para os da Força. Os demais seriam divididos em blocos menores entre as outras três centrais. No entanto, o Pacaembu teve uma manhã e um início de tarde com muitos lugares vazios.


Microfone aberto. Os militantes e dirigentes sindicais, vindos de todos os Estados do País, receberam lanches na porta do estádio e ouviram dezenas de discursos de sindicalistas - a maioria para evitar o "retrocesso", alguns citando nominalmente a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros em defesa aberta da pré-candidata petista Dilma Rousseff.

O presidente do PT paulista, Edinho Silva, assumiu o microfone falando "em nome do companheiro José Eduardo Dutra", presidente do PT nacional. Delineou o cenário eleitoral, com rasgados elogios a Lula, e disse que "é preciso avançar ainda mais e aprofundar as mudanças do governo".

"O Brasil não pode ter retrocesso", afirmou, em referência ao governo tucano. "Não pode conviver novamente com o desmanche do Estado. Não pode conviver novamente com a submissão de seus interesses. Se vamos avançar ou não, isso cabe a cada um de nós."

Empenhado na campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao Palácio dos Bandeirantes, Edinho afirmou ainda que "é preciso fazer no Estado de São Paulo o mesmo que o presidente Lula fez no Brasil". "É hora de os trabalhadores mais uma vez mostrarem sua força. O avanço só depende de nós", finalizou.


Esvaziamento. O que era para ser o ápice da Conclat - a aprovação da Agenda do Trabalhador, documento chave do evento - acabou de maneira esvaziada. Boa parte do público já havia deixado o Estádio do Pacaembu antes mesmo dos discursos dos presidentes das centrais.

"Companheiros, acho que hoje, embora muita gente já saiu do estádio, nós temos que comemorar aqui esta unidade", afirmou Paulinho, na abertura de seu discurso, já no início da tarde.

A fala do presidente da Força foi "mais mansa" - como ele mesmo definiu -, em comparação à do dia anterior, em que aplicou uma saraivada de golpes em Serra diante de uma plateia composta por movimentos sociais, no centro de São Paulo. E saiu admitindo uma multa eleitoral.

Dessa vez, Paulinho concentrou seus esforços "nas vitórias do trabalhador" e "nas negociações com o presidente Lula". "Essa conferência tem um objetivo muito claro de entregá-la (a Agenda da Classe Trabalhadora) aos candidatos à Presidência. Dizia a grande imprensa nacional que iríamos fazer aqui um dia de política. Estamos hoje aprovando uma pauta, de um modelo de Brasil que nós queremos", esquivou-se Paulinho, para em seguida cantar o Hino à Bandeira.

Artur Henrique, presidente da CUT, que disse antes de discursar que "manteria a língua afiada", foi mais incisivo. "O maior desafio é não permitir o retrocesso, que nós tenhamos em nosso País a volta daqueles que foram, os responsáveis pela crise", discursou, citando FHC.

Raio X

A estrutura da Agenda da Classe Trabalhadora


6 eixos estratégicos

Distribuição de renda e mercado interno

Valorização do trabalho e inclusão social

Estado e desenvolvimento ambiental

Democracia e participação popular

Soberania e integração nacional

Sindicalismo e negociação coletiva

290 propostas

(As principais)

Descriminalizar o aborto

Aumentar o valor dos benefícios sociais

Implantar o imposto sobre grandes fortunas e heranças

Extinguir o fator previdenciário

Garantir que os recursos do pré-sal sejam usados na área social

Dar a trabalhadores participação em agências reguladoras

Fazer a reforma política

Dar direito irrestrito de greve a servidores públicos

Reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,centrais-gastam-r-800-mil-do-imposto-sindical-para-pedir-voto-contra-serra,560547,0.htm

Tucano cobra Dilma por 'equipe de arapongas'

Senador Sérgio Guerra, que preside o PSDB, quer explicações da pré-candidata petista sobre a produção de dossiê que teria filha de Serra como alvo

Christiane Samarco / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), quer que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, explique "por que montou uma equipe de espiões e arapongas para fabricar dossiês contra adversários". Reportagem da revista Veja relata que um grupo dentro da campanha da petista teria ensaiado a produção de um dossiê para atingir Serra.

Mas, segundo a revista, a própria Dilma interveio para anular a produção de qualquer dossiê contra o tucano. Foi a coordenação da campanha do candidato do PSDB, José Serra, quem mobilizou Guerra para organizar uma reação à suposta "tática petista" dos dossiês.

Serra teria ficado especialmente irritado com a notícia de que a disputa interna de poder na campanha petista teria enveredado para a produção do suposto dossiê, cujo alvo principal seria sua filha Verônica. Serra, segundo interlocutores, reclamou que tem levado a campanha com "equilíbrio e extrema responsabilidade" e que estaria "indignado com esse jogo sujo".

Guerra disse que "a candidata Dilma já tem no curto currículo dela o dossiê contra dona Ruth Cardoso, que até hoje não foi explicado", lembrando que, quando este episódio veio a público, Dilma era ministra da Casa Civil.

O tucanato diz que não basta dizer que a estrutura de espionagem foi desmontada e que o coordenador da campanha petista, Fernando Pimentel, não tem nada com isso. "Esse novo dossiê está no colo da candidata e dessa vez não dá para chamar a dona Erenice (Guerra, a assessora que herdou a cadeira de ministra), como fizeram da outra vez", protesta o tucano. "Nós queremos – e vamos – fazer uma campanha limpa, mas não vamos ceder a ameaças de marginais acantonados para produzir esses vergonhosos dossiês."

O dossiê com informações sobre gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher Ruth foi uma resposta do governo às denúncias envolvendo ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que usaram dinheiro público – cartões corporativos – para gastos pessoais. A Casa Civil argumentou à época que se tratava apenas de um arquivo com observações políticas sobre os gastos do ex-presidente. As informações ali arquivadas serviriam para municiar a tropa aliada na CPI dos Cartões Corporativos.

Guerra diz que a campanha real ainda nem começou, mas os petistas já vão se organizando em ações dessa natureza "com dinheiro que ninguém sabe de onde veio, como não se sabe a origem da montanha de dinheiro da campanha passada".

O presidente do PSDB lembra o escândalo dos aloprados – um grupo de petistas, que, nas eleições de 2006, tentou comprar e montar um dossiê que afetaria candidaturas tucanas. Ele diz que, em 2006, havia "gente do governo envolvida na operação" e quer saber se agora também tem, e como os supostos arapongas estão sendo pagos.

Terrorismo eleitoral. "A casa do Lago Sul é um escritório de campanha do PT ou um aparelho dos aloprados a serviço da candidata petista?", indaga o tucano, apelando à pré-candidata para que não permita terrorismo eleitoral. "A mesma coragem que Dilma teve para enfrentar a ditadura, tem que ter agora, para enfrentar os arapongas e os aloprados", cobra Guerra, convencido de que ela não terá como "se esconder da responsabilidade por esses atos".

O presidente do PSDB não é o único a fazer cobranças. "Não foi à toa que, ao sair do jogo sucessório, o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) alertou que a fábrica de dossiês continuava funcionando a todo vapor", afirma o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC). "A prova está aí e é isso que queremos denunciar", completa o deputado.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tucano-cobra-dilma-por-equipe-de-arapongas,560195,0.htm

Dilma quer "imposto zero" para exportação, mas admite que reforma tributária "é díficil"

Do UOL Eleições


Em entrevista concedida nesta quarta-feira (2) à rádio Terra FM, em Goiânia (GO), a presidenciável petista Dilma Rousseff disse que lutará por uma reforma tributária que zere os impostos para exportação e desonere a folha de salários para gerar empregos. "Obviamente que o Tesouro vai ter de colocar dinheiro [se houver desoneração da folha], se não quebra a Previdência", disse.

A pré-candidata propôs também a eliminação de impostos para remédios e energia elétrica, "porque ela entra na formação de todos os preços", com a simplificação de toda a estrutura tributária. Dilma admitiu, no entanto, que "é dificil fazer uma reforma tributária".

A presidenciável estava acompanhada do governador de Goiás, Alcides Rodrigues, e do deputado federal Sandro Mabel (GO), ambos do PP, partido com o qual sua coordenação de campanha vem negociando para frear um possível acordo com o PSDB do também presidenciável José Serra. Franscico Dornelles, senador da sigla pelo Rio de Janeiro, é um dos nomes cotados para ser vice na chapa do ex-governador de São Paulo.

Ao longo de sua fala, a ex-ministra da Casa Civil buscou direcionar seu discurso para o eleitorado feminino, o qual, segundo pesquisas, registra baixa adesão à candidatura da petista no Estado. Para isso, falou sobre o combate às drogas e reivindicou as políticas sociais do governo Lula. Pesquisa Datafolha divulgada em maio mostra Dilma e Serra tecnicamente empatados com 37% das intenções de voto.

"O combate ao crack, tanto na prevenção e como no combate ao traficante, é papel do Estado, mas também é papel da família", afirmou. "Hoje vários programas sociais são dirigidos à mulher, como por exemplo o Bolsa Família, que eu vou manter e ampliar. Ele é dirigido à mulher", disse.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/02/dilma-quer-fim-de-imposto-para-exportacoes-mas-admite-que-e-dificil-fazer-reforma-tributaria.jhtm

Serra responsabiliza Dilma por suposto dossiê

Maurício Savarese
Do UOL Eleições

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou nesta quarta-feira (2) sua adversária do PT, Dilma Rouseff, pelo dossiê citado em reportagem da revista Veja. A publicação afirma que integrantes da campanha da presidenciável teriam iniciado a produção de um dossiê para atingir Serra, mas a própria pré-candidata teria impedido a iniciativa.

"A primeira responsabilidade por esse dossiê é da candidata Dilma Rousseff, não tenho dúvida, assim como o dossiê dos aloprados foi do Mercadante", afirmou Serra. "O PT tem uma longa tradição nessa matéria", completou o pré-candidato, em visita ao "impostômetro" criado pela Associação Comercial de São Paulo, no centro da capital paulista. Ele foi ao local acompanhado do pré-candidato do PSDB ao governo paulista, Geraldo Alckmin.

Sobre impostos, Serra sinalizou cortes, mas não fez uma proposta específica para o tema. "Alíquotas e impostos não são fixados pela Constituição", afirmou. O "impostômetro" serve para medir os impostos recolhidos pelos governos municipal, estadual e federal. Só em 2010, o marcador já registra R$ 500 bilhões.

O tucano acusou ainda o governo federal de fazer propaganda em material escolar. "Nenhum município 'tiririca' vai imprimir uma propaganda do governo federal. É propaganda pura", disse.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/02/serra-responsabiliza-dilma-por-suposto-dossie.jhtm

Programa de TV do PSDB trará Serra e Aécio juntos

Folha

CATIA SEABRA



Os ex-governadores José Serra e Aécio Neves deverão estar juntos no programa que o PSDB leva ao ar no dia 24.

A pedido do comando da campanha do PSDB à Presidência, Aécio gravará a participação no programa ao lado do pré-candidato tucano.

Na semana que vem, o mineiro viajará a São Paulo para as gravações, a cargo do jornalista Luiz Gonzalez.
Responsável pelo programa de Minas, o publicitário Paulo Vasconcelos foi ontem o porta-voz do pedido.

"Gonzalez perguntou quando poderia vir a São Paulo para gravar com Serra", afirmou Aécio. A intenção é ampliar a votação em Minas, apontada como fundamental para o resultado da eleição. Segundo Aécio, pesquisas registram um percentual de 40% para Serra no Estado.

Mas outros 15% admitem votar nele, desde que com a manifestação de apoio de Aécio. Outros 5% só votariam na chapa com Aécio na vice.

Ao PSDB, Aécio alegou que não se sente convencido a abandonar as eleições em Minas por causa de 0,5% do eleitorado nacional. "Terei de trabalhar mais para a campanha do Anastasia do que para as minhas", argumentou.

TASSO

Em viagem ontem a São Paulo, Aécio afirmou que, dentro do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) é a melhor opção para a vice. "Tasso é o melhor nome do PSDB", disse Aécio.

No momento em que o PSDB reabre negociações com DEM em torno da vice, Tasso negou, no Twitter, a disposição de compor a chapa pela Presidência.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/744394-programa-de-tv-do-psdb-trara-serra-e-aecio-juntos.shtml

Serra irá à convenção do PTB e terá holofotes em programa partidário, diz Jefferson

Diogo Pinheiro e Maurício Savarese
Do UOL Notícias

Apesar da oposição de caciques regionais, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou que o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra, irá à convenção do partido em junho e receberá apoio oficial para as eleições deste ano. Além de cerca de 50 segundos no horário eleitoral gratuito, o ex-governador de São Paulo também garantiu destaque no programa da legenda, a ser exibido uma semana depois.

Em entrevista ao UOL Notícias, Jefferson afirmou que a decisão já está tomada, horas depois de conversar com o coordenador da campanha presidencial do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE). A convenção do PTB será em São Paulo nos dias 18 e 19 de junho. Os dez minutos de propaganda partidária, que serão praticamente monopolizados por Serra, irão ao ar em 24 de junho.

veja os vídeos

“Tivemos reuniões já com o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra e vamos fazer isso dentro do balizamento legal. Sem desacatar a lei eleitoral e Tribunal Superior Eleitoral”, disse. Perguntado sobre se Serra irá ao evento do PTB, Jefferson respondeu: “Claro. Ele vai ser escolhido por nós. Tem que ser homenageado por nós”.

Sobre o programa partidário a ser exibido neste mês, Jefferson disse que serão usados recursos do próprio partido para produzir a peça. "Vamos colocar no horário do PTB e dentro da lei, mostrando a decisão da convenção nacional do partido”, afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa de Serra, nem o presidenciável nem membros de sua campanha estavam disponíveis para comentar se um acordo com o presidente do PTB foi fechado na terça-feira (1). Em 2002, o PSDB tentou impedir o partido de Jefferson de exibir um vídeo com as mesmas características. Na época, os petebistas eram aliados do candidato Ciro Gomes, então no PPS.

Se confirmado, esse movimento deve ampliar a pressão sobre o PP, que terá aproximadamente um minuto e 20 segundos de tempo de TV. O partido poderia indicar um vice para Serra, o senador Francisco Dornelles (RJ), mas os governistas – ligados ao ministro das Cidades, Marcio Fortes – avaliam que a melhor posição seria liberar seus membros para apoiarem o tucano ou a petista.

Fisiologia e gosto
Jefferson rejeitou o rótulo de partido fisiológico do PTB, que tem parlamentares no apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que dá apoio formal à gestão de Serra em São Paulo, continuada por Alberto Goldman. “Poderíamos estar na companhia da Dilma. Mas entendemos que a democracia se constrói com divergência, não é apenas com convergência. A base do PTB não é dilmista, não é petista”, disse. O ex-deputado, cassado em 2005, acredita ter o apoio de 75% do partido para Serra.

O líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), o pré-candidato ao governo de Alagoas e ex-presidente, Fernando Collor, e outros membros da sigla estão próximos de Lula e defendem a eleição da ex-ministra da Casa Civil, que está empatada com Serra nas pesquisas de intenção de voto.

“Há um pacto entre nós, um respeito mútuo”, disse Jefferson sobre os colegas aliados de Dilma. “Em momento nenhum durante esse tempo que eles apoiaram o governo Lula eu interferi. Procurei minimizar a posição de cada um. No momento que o partido caminha, você não pode ficar contra a vontade da maioria da convenção.”

O presidente do PTB, que ganhou renome na defesa de Collor e se tornou foco de atenção nacional depois de denunciar o escândalo do mensalão há cinco anos, afirmou que Serra é o candidato mais experiente e que tem mais chances de vencer se aumentarem as comparações entre a biografia dele e a de Dilma.

Se Serra for eleito, Jefferson deseja ver de volta no Palácio do Planalto, quatro anos depois, o único presidente brasileiro que sofreu impeachment. “Ele tem que passar primeiro pelo governo de Alagoas. A Dilma tinha 40% de rejeição, hoje tem 20%. Collor vai passar por isso. E candidatura própria é fundamental para qualquer partido que sonha em ser nacional”, disse o presidente do PTB.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/02/serra-ira-a-convencao-do-ptb-e-tera-holofotes-em-programa-partidario-diz-jefferson.jhtm

1 de jun. de 2010

Aécio Neves: "Tasso é o melhor vice"

O ex-governador diz a ÉPOCA que o senador do PSDB do Ceará 'complementa' Serra. O 'desempregado' Aécio reafirma com convicção sua candidatura ao Senado

RUTH DE AQUINO E LEOPOLDO MATEUS

"Tasso (Jereissati) é hoje o melhor vice para o Serra, é o nome mais sólido, não só por ser do Ceará, no Nordeste, uma região onde o PT tem fortes aliados, mas por falar o que pensa sem rodeios. É uma questão de personalidade. Nós precisamos, no PSDB, de um vice que tenha, como o Tasso, grande capacidade de comunicação. Ele complementa o Serra, os dois são muito diferentes."

Foi o que afirmou, com bastante convicção, o mineiro Aécio Neves, em entrevista exclusiva a ÉPOCA em sua casa em Belo Horizonte.

Aécio se diz “desempregado” pela primeira vez na vida, desde os 27 anos, quando foi eleito pela primeira vez deputado federal, e acaba de chegar ao Brasil de uma viagem romântica pela Toscana e Costa Amalfitana, na Itália, com a namorada.

Em breve, com o ritmo acelerado da campanha eleitoral e a volta da malhação, talvez fiquem no passado a serenidade e os (poucos) quilos que o ex-governador de Minas Gerais ganhou nessa viagem sonhada há tempos. Candidato ao Senado, empenhado em eleger seu candidato ao governo de Minas, Aécio continua sob pressão do PSDB para dar mais vitalidade à candidatura de José Serra à Presidência da República, num momento em que Serra e Dilma Rousseff, do PT, estão empatados nas pesquisas.

Ontem, o repórter de ÉPOCA Leopoldo Mateus acompanhou Aécio em viagem de avião para Janaúba, no norte de Minas, para inaugurar sob calor intenso o parque de exposições da cidade que homenageou o pai do ex-governador, Aécio Ferreira Cunha.

Ouviu os gritos de militantes no aeroporto: "Aécio, cadê você? Tava morrendo de saudade". "Agora mais pra frente, Aécio presidente." "Aécio guerreiro, orgulho dos mineiros." Moças disputavam fotos a seu lado.

À noite, vestido de azul, recebeu a diretora da sucursal carioca de ÉPOCA, Ruth de Aquino, e o repórter Leopoldo Mateus em seu apartamento no Anchieta, bairro nobre da zona sul de Belo Horizonte, para uma longa conversa.

Seguem alguns trechos:
ÉPOCA – Os caciques do PSDB sempre insistiram muito em uma chapa puro-sangue, especialmente tendo o sr como “o outro tucano”.
Aécio Neves - E eu sempre falei que, se queriam puro-sangue, não daria para ser eu. É só olhar para mim e ver que sou mestiço, olha a minha cor. Sempre defendi que deveríamos ampliar a aliança ao máximo. Esta eleição está se construindo com base em algo que me preocupava e continua me preocupando, que é a tendência de um plebiscito: quem é contra ou a favor do governo do residente Lula. Quanto mais ampla for a aliança, mais poderemos fugir desse tipo de confronto que não interessa ao país. Mais quatro anos de PT seriam uma perspectiva ruim para o país. Quero muito ganhar esta eleição, junto com o Serra, com todo o meu empenho.


ÉPOCA – Por que o sr decidiu retirar sua candidatura em dezembro?
Aécio - Fui candidato até o fim do ano passado, quando ainda havia espaço para alianças maiores, com Ciro Gomes, por exemplo. Depois os partidos foram se definindo, como é natural. E, como o PSDB não quis fazer as prévias, e percebi que a maioria queria o Serra, que tem um potencial muito forte, e não pode ser negado, decidi sair da disputa. Para não ser acusado futuramente de dividir o partido, me retirei no momento que achei mais adequado. Jamais mudei minha posição.

ÉPOCA – O sr afirma que Serra é a melhor alternativa para o Brasil. Mas, num certo momento, o sr achava que seu nome era o melhor para presidente. Por quê?
Aécio - Eu achava que minha candidatura poderia significar alguma coisa nova. Não tinha convicção de que iria vencer as eleições. Mas achava que minha candidatura não tinha teto. Eu poderia surpreender, ultrapassar. Meu objetivo era construir aliança com setores como o PSB, o próprio Ciro, o PMDB. Eu poderia dividir o PMDB naquele momento. Claro que não poderíamos desprezar uma candidatura como do Serra, com 40% de intenção de voto. Mas sempre fui candidato a presidente e não a vice. E agora, sou candidato ao Senado.


ÉPOCA – O sr já disse “não” várias vezes à ideia de ser vice. Por acaso não seria também um pouco de receio de perder esta eleição junto com o Serra – e também ser responsabilizado um pouco no fim?
Aécio - De jeito nenhum. Sei muito bem que essa campanha será muito dura e ninguém vai vencer de larga margem, como gostam de alardear alguns setores do PT. Dilma tem virtudes, caso contrário não chegaria aonde chegou, mas Serra tem mais preparo. As pessoas esquecem rápido, mas eu já não queria ser vice quando o Serra tinha uma vantagem de 20% sobre a Dilma.

Hoje, estou convencido de que minha candidatura a vice criaria um fato político momentâneo, e positivo, mas isso ia durar uns 15 dias. Agora vem a Copa do Mundo, e ninguém fala mais em política. E, na próxima pesquisa, veríamos que não mudou nada. A gente enfraqueceria nossa retaguarda em Minas, onde sei que posso dar uma contribuição para o Serra, apoiando o Anastasia (atual governador de MG). Tenho que estar vigilante em Minas, viajando pelo estado. Para manter coesa nossa base, nossos prefeitos, nossas lideranças políticas. Isso não aconteceria se eu saísse viajando agora pelo Brasil. Claro que, se alguém me demonstrasse que minha candidatura a vice seria bombástica, decisiva, aí sim poderia ser diferente.


ÉPOCA – E agora não seria possível para o PSDB aumentar esta aliança na eleição presidencial?
Aécio - A essa altura não mais. Temos que ficar com a aliança que está aí. Além do DEM e do PPS com o PTB, não há mais o que fazer. Se você me perguntasse em dezembro, ali sim era possível trazer mais gente, aglutinar outras lideranças... o PP, o PDT. Esse tempo passou. Na política, tudo tem seu tempo. Agora, nós temos que acreditar no contraste das personalidades. No momento em que houver o enfrentamento real entre o Serra e a Dilma...


ÉPOCA – O sr acha esse contraste tão evidente assim?
Aécio - Quando digo isso, falo sobre o preparo, a experiência do Serra. É aí que está a diferença. Claro que não se faz campanha sem tropeço, mas os tropeços podem vir muito mais do lado de lá (da Dilma e do PT). O Serra vai inspirar maior segurança nas pessoas. E esse negócio de transferência de votos (do presidente Lula para Dilma) tem importância, claro, mas o eleitor vota no candidato, a história já nos ensinou isso.


ÉPOCA – Se a transferência de votos é limitada, sua presença em Minas também não garante que seu candidato, Anastasia, vença a eleição para o governo estadual.
Aécio - É verdade...Não garante mas ajuda. Por enquanto, só 10% dos eleitores sabem que ele é meu candidato. Ele não é o mais experiente, nem é uma liderança política autônoma, consolidada, mas será um presente para Minas. Precisa de ajuda mesmo.

ÉPOCA – Então, esta não seria por si só uma razão suficiente para não aceitar ser vice do Serra... De que forma Fernando Henrique Cardoso e outros tentaram convencer o sr a compor a chapa com o Serra?
Aécio - Eles achavam que unir as duas principais forças do partido e os dois estados mais importantes seria um ganho. Mas as pesquisas demonstram que aumenta em apenas 5% em Minas Gerais o número de pessoas que condicionam o voto no Serra a minha participação na chapa.

ÉPOCA – Há quem diga que o sr, como vice, ajudaria mais seu candidato em Minas do que como candidato ao Senado.
Aécio - Ruth, na vida e na política, você tem de ter convicções, senão não vai a lugar nenhum. Eu tenho as minhas mas se alguém me convencer, estou aberto. Só não dá para fazer isso assim, sob pressão. Não adianta empurrar. Porque empurrando eu não vou. Eu tenho uma responsabilidade muito grande com Minas. Fizemos uma transformação radical no estado, na cabeça das pessoas, nos servidores. Minas estava estagnada. Mas hoje é o estado que mais cresce no país. Vamos anunciar neste primeiro semestre R$ 50 bilhões de investimentos novos. São Paulo, com toda a pujança, vai anunciar R$ 37 bilhões. Nós estamos num momento muito virtuoso, empresas vindo, empregos vindo. O interior mais pobre se desenvolvendo, a educação melhorando, e eu tenho responsabilidade pela continuidade disso. Se voltar o mesmo time que derrotamos lá atrás, o PMDB antigo, tudo que nós fizemos aqui se perde, é muito fácil desconstruir.

ÉPOCA – Mas o que é mais importante para o sr? O Anastasia vencer em Minas ou o Serra no Brasil?
Aécio - Os dois são muito importantes. Não coloco um na frente do outro. Não haverá ninguém no Brasil mais dedicado à vitória do Serra do que eu. Por uma razão. Acho importante para o Brasil encerrar este ciclo do PT na presidência. E minha forma de ajudar é dando a vitória ao Serra em Minas, embora eu saiba que tem gente que discorde de mim. Vou gravar os programas eleitorais, vou subir nos palanques, vou discutir com ele a estratégia da campanha, os grandes temas.


ÉPOCA – Existe algum ressentimento seu com o Serra, por ele ter ignorado seus apelos por prévias no partido?
Aécio - Zero. Como eu posso ter rancor por alguém que estava buscando o mesmo que eu? A atitude do Serra foi legítima, não houve deslealdade. Ele estava apostando na força dele, nas pesquisas. As lideranças do partido foram nessa direção. Na política, a gente está desacostumado a acreditar no que o político diz. Quando eu comecei a conversar com PMDB, PSB, para criar uma aproximação desses partidos conosco, todo mundo achava que eu sairia do PSDB. Diziam que já estava tudo acertado. Muita gente achou que eu iria para a convenção, que eu ia rachar o partido. Mas eu jamais sairia de um partido com o qual eu tinha identidade. Olha, a vida foi muito generosa comigo. E estou de bem com a vida, sabendo que estou fazendo o melhor para o partido e para o Brasil.


ÉPOCA – Quem seria o melhor vice para o Serra, hoje?
Aécio - Tasso (Jereissati) é hoje o nome mais sólido, não só por ser do Ceará, no Nordeste, uma região onde o PT tem fortes aliados, mas por falar o que pensa sem rodeios. É uma questão de personalidade. Precisamos de alguém que tenha, como o Tasso, grande capacidade de comunicação. Ele complementa o Serra, os dois são muito diferentes. Como o Serra não vai partir para o confronto direto com o Lula, mesmo que aumente o tom das críticas agora, eu gosto pessoalmente dessa alternativa do Tasso, que fala muito, parte para o embate e é ouvido pela imprensa.

ÉPOCA – E fora do PSDB?
Aécio - Serra me disse, antes de eu viajar, que o nome do vice seria (o senador Francisco) Dornelles, mas a questão da emenda (do projeto Ficha Limpa, para o qual Dornelles sugeriu uma alteração polêmica que enfraquece o texto) atrapalhou um pouco. O Itamar (Franco) seria outro nome, por representar a bandeira da ética, mas há resistências.


ÉPOCA – O sr mesmo assim continua a ser cortejado. Deve ser muito bom para o ego de um político.
Aécio - Eu me sinto honrado por ser lembrado...ou melhor, requisitado. Como disse, eu nunca estive convencido de que minha entrada na chapa com o Serra mudaria o panorama. Tive uma longa conversa com o Serra três meses atrás, com o Fernando Henrique e o Sérgio Guerra (presidente do PSDB), e fui muito claro. Estou com minha cabeça extremamente bem arrumada. Fiz o que tinha que fazer, com absoluta correção. Saí na hora em que estender minha candidatura não faria mais sentido.

ÉPOCA – E quem chama o sr de antipatriota por se recusar a ser vice do Serra?
Aécio - Eu acho patético. Deve ser alguém que gosta demais de mim, não? Sugiro que não se superestime minha força nem subestimem minhas convicções.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI144704-15223,00-AECIO+NEVES+TASSO+E+O+MELHOR+VICE.html

Dilma fala pela primeira vez em mexer na Previdência

AE - Agência Estado

A pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, falou pela primeira vez na necessidade de mexer na faixa etária para aposentadoria dos brasileiros. Ao destacar a vantagem do que chama de "bônus demográfico do Brasil" sobre outros países desenvolvidos, ou seja, uma população ativa maior do que a parcela de dependentes, Dilma afirmou: "A terceira idade está ficando difícil (...) A gente vai ter de estender ela um pouco mais para lá."

Depois, questionada sobre detalhes do que mudaria de fato na Previdência, a pré-candidata disse ter feito apenas "uma brincadeira". "Eu sempre acho que (o governo) vai ter de olhar a questão etária do País e tomar providências, é claro. Mas fiz uma brincadeira comigo mesma, porque eu não tenho vergonha de dizer: tenho 62 anos. Nasci no final de 1947 e vou fazer 63 em dezembro. Não tratei desse assunto", disse aos jornalistas.

Serra, por sua vez, criticou pontos da política econômica do governo federal, defendeu um "outro tipo de combinação" na relação entre câmbio e juros e destacou o crescimento da economia durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O tucano disse que, para haver crescimento sustentável em três décadas, é preciso "ter outro tipo de combinação a médio e longo prazo" na relação juros e câmbio. Questionado depois sobre como essa "combinação" se daria, Serra não foi além.

As declarações dos dois pré-candidatos foram feitas para uma plateia de empresários durante o encontro Brasil, a Construção da 5.ª Maior Economia do Mundo, promovido pela revista Exame, e em entrevistas após o evento, realizado em São Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-fala-pela-primeira-vez-em-mexer-na-previdencia,559939,0.htm

PMDB discute palanque problemático de Dilma no PR

Temer deve receber o pré-candidato à reeleição Orlando Pesutti, um dia antes do encontro marcado com Lula e o governador do Estado

Andréia Sadi e Gabriel Costa, iG Brasília

O impasse envolvendo o palanque da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, no Paraná deverá ser discutido pelos integrantes do PMDB, em Brasília, nesta terça-feira. O governador em exercício e pré-candidato à reeleição, Orlando Pesutti, desembarca na capital federal para encontro nesta noite com parlamentares na casa do presidente da legenda, o deputado federal Michel Temer (SP). No centro das discussões deverá estar a indefinição do quadro no Estado envolvendo os partidos PDT, PT e o PMDB.

No pré-acordo com os governistas, o PT apoiaria Osmar Dias (PDT) para o governo com Gleisi Hoffman, mulher do ministro Paulo Bernardo, na chapa para o Senado. No entanto, Dias queria Gleisi na vice para levar o PP e o PMDB para a aliança. Mas Pesutti, mesmo oscilando nos 10%, insistiu na candidatura.

O PT encara a necessidade de formar uma base forte para Dilma no Estado, objetivo que fica ameaçado caso Dias - nome que tem maior chance, de acordo com as pesquisas, de vencer uma eventual disputal com Beto Richa do PSDB - opte pela reeleição ao Senado. Nesse cenário, Dias reforçaria a candidatura de Richa ao governo paranaense, e a pré-candidata petista teria que se contentar com o palanque formado por Pessuti, Roberto Requião, do PMDB e a também Gleisi, como candidatos ao Senado.

A ideia é "preparar" Pesutti para a reunião com o presidente Lula, nesta quarta-feira, que deverá contar com a presença dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento). Segundo interlocutores de Pesutti, mesmo que Lula peça, ele não estaria disposto a abrir mão de sua candidatura no Estado, em prol da aliança com os petistas e pedetistas. O PMDB, no entanto, promete se esforçar para demover Pesutti da corrida estadual. Para aliados da base aliada, a conversa com Pesutti é última jogada do PT para atrair Dias.

Dias também avalia passar para o lado do adversário de Dilma, o tucano José Serra. Ele já admitiu aproximação com o ex-governador de São Paulo e chegou a marcar encontro com o presidenciável em São Paulo, no mês de maio, mas não definiu posição. Para o senador, foi o PT que o empurrou para outras aliançasquando se aproximou de Pesutti. ”Eles acho que deram como encerradas. Eles começaram as negociações com o PMDB. Como o PMDB tem candidato.”, lamentou. Serra oferece a Dias a possibilidade de indicar o vice de Richa para tê-lo em seu palanque no Estado.

Para irritação dos petistas, Dias pode deixar a decisão para a última hora. O PSDB do Paraná confirmou a sua convenção para o dia 11 de junho, quando será ratificada a candidatura de Richa. O senador tem, portanto até lá para decidir se fecha com o PSDB. Já o PDT marcou a convenção para 26 de junho. Na última pesquisa Vox Populi, divulgada em 18 de maio, Richa emplacou 40% das intenções de voto, seguido por Dias, com 33%, Pessuti, com 10% e Rubens Bueno (PPS), com 3%, com margem de erro de 3,7 pontos percentuais.

Já de acordo com a Daubermann Pesquisas, em pesquisa realizada entre 19 e 21 de maio, Dias está à frente, com 44,75% das intenções de voto, seguido por Richa, com 34%, e Pessuti, com 9,25%.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/pmdb+discute+palanque+problematico+de+dilma+no+pr/n1237648423594.html

Dilma revela seus 'planos gerais' para intelectuais

Sem propostas concretas, petista fala da "importância do desenvolvimento" ao "equilíbrio" entre agronegócio e agricultura familiar

João Paulo Gondim, especial para o iG

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reuniu-se na noite desta segunda-feira (31) com cerca de 200 pessoas, entre intelectuais, políticos, artistas e integrantes de ONGs, em um hotel de Copacabana, na zona sul do Rio, para expôr, em linhas gerais, seu projeto de nação. Segundo participantes, ela não apresentou propostas concretas.

Dilma chegou com mais de 1h20 de atraso ao evento (às19h22; a reunião, fechada para a imprensa, estava marcado para as 18h), entrou e saiu pela garagem, sem falar com os repórteres. No encontro, que durou aproximadamente 1h30, a petista sentou-se à mesa com o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, e os realizadores da reunião: o sociólogo Emir Sader e a ministra Nilcéia Freire (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres). Teve meia hora para responder perguntas e uma hora pra fazer sua exposição.

De acordo com participantes do encontro, Dilma defendeu a importância do desenvolvimento, além do crescimento econômico. Para ela, o Estado deve ser indutor e regulador da economia. A petista afirmou haver dois pilares em seu projeto: inovação e educação, que deve ser de qualidade desde a creche. Segundo os presentes, a pré-candidata afirmou que o agronegócio deve estar em equilíbrio com a pequena agricultura familiar, mas não esmiuçou como faria isso. Dilma também defendeu o "novo espaço que o Brasil ocupa no cenário internacional", mas, também de acordo com pessoas que estiveram no encontro, não comentou casos concretos nem disse como lidará com a política externa em seu eventual governo.

A pré-candidata, que defendeu um aumento no orçamento da Cultura, sem no entanto estipular um valor exato, defendeu um "serviço público de qualidade". Segundo testemunhos, Dilma disse que melhorar salário de professor "não é custeio, mas investimento". Ela ainda defendeu a "meritocracia" e a realização de mais concursos públicos. A petista disse que apostará na diversidade de fontes energéticas. De acordo com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a pré-candidata defendeu um novo marco regulatório para o pré-sal, no intuito de que os ganhos sejam "intergeracionais".

Segundo o presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, a pré-candidata cunhou a expressão "bendição do petróleo", contrapondo-se à "maldição do petróleo" de países árabes, que não conseguem investir os ganhos no combustível. Dilma, disse Sodré, se propôs a criar uma indústria em torno de bens e serviços do petróleo. De acordo com presentes ao encontro, a petista afirmou que, na questão ambiental, o país tem "papel fundamental e diferenciado", pois "não precisa destruir nada para crescer, ao contrário dos Estados Unidos, Japão e Europa".

A fala de Dilma agradou a personalidades que compareceram à reunião. O ator Hugo Carvana disse que a pré-candidata fez uma explanação excelente" e declarou intenção de votar nela. O escritor Eric Nepomuceno disse que a petista conhece bem o Brasil e também disse ser seu eleitor. Já Muniz Sodré destacou o fato de Dilma não ter lido na sua fala e "não ser um poste".

Também participam do encontro: o professor Ítalo Moriconi; os reitores Aloísio Teixeira (UFRJ) e Ricardo Vieiralves (Uerj); o produtor cultural Perfeito Fortuna; o superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade; o sambista Marquinhos de Oswaldo Cruz; o presidente do Jardim Botânico do Rio, Liszt Vieira; a historiadora Isabel Lustosa, entre outros.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/dilma+revela+seus+planos+gerais+para+intelectuais/n1237648452449.html

Dilma e Serra apresentam propostas de crescimento sustentável da economia

Correio Braziliense - Ullisses Campbell


São Paulo — A pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), almoçou ontem com o milionário Eike Batista, o empreiteiro Marcelo Bahia e o empresário holandês Kees Kruythoff, além de outros integrantes da elite financeira do Brasil. Para o encontro, a petista levou seu coordenador de pré-campanha, Antonio Palocci, o pré-candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, e a ex-prefeita Marta Suplicy.

O almoço com os empresários ricos ocorreu logo depois da participação de Dilma no fórum A construção da 5ª maior economia do mundo, promovido pela revista Exame. A petista ficou ao lado de Eike e do economista e presidente da RGE Monitor, Nouriel Roubini. Apesar de estar ladeada de homens com muito dinheiro, o cardápio escolhido foi simples. A pré-candidata optou por filé mignon e um vinho chileno barato, cuja garrafa pode ser encontrada até por R$ 30. A simplicidade do almoço fora pré-acertada entre os assessores da ex-ministra e dos empresários milionários.

Da refeição, Eike Batista saiu impressionado com Dilma, que falou e gesticulou bastante no encontro. “Ela acredita que vai consertar o Brasil. Dá para perceber uma vontade cívica nela”, disse a amigos logo após o almoço. No fim do encontro, Dilma apertou a mão dos milionários. Disse que gostaria de encontrar-se com eles em outro momento para discutir economia.

No fórum, Dilma defendeu para economistas e jornalistas o uso dos fundos de pensão para garantir os financiamentos de infraestrutura do país. “A economia brasileira não pode depender apenas dos recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), pois os recursos são sempre para empresas privadas. Não podemos continuar assim”, disse a petista.

Segundo ela, algumas empresas utilizam o mercado de capitais para investir os recursos que recebem do governo. “Não conseguiremos o funding (consolidação financeira das dívidas de curto prazo) da infraestrutura sem a presença dos fundos de pensão, atuando de forma mais forte. Há ainda a possibilidade do lançamento de debêntures e financiamento privado de longo prazo”, ressaltou. Pelas suas contas, o Brasil pode crescer 5% ao ano até 2014 sem aumentar a inflação. Para alcançar essa meta, disse a ex-ministra, os investimentos devem atingir 22% do PIB, o que contribuiria para que a oferta de crédito alcançasse 70% do PIB.

Dilma reiterou o seu compromisso com a política de metas de inflação, a manutenção do equilíbrio fiscal com a meta de superavit primário e a persistência do câmbio flutuante. Em discurso, disse ainda que o Brasil será uma economia desenvolvida, mas, para se chegar a esse patamar, é preciso erradicar a miséria, composta pela população com renda de meio salário mínimo por mês. “O presidente Lula tirou 24 milhões de pessoas desta situação, mas ainda restam 53 milhões de brasileiros nesta faixa”, ressaltou.

Críticas ao governo
À tarde, o fórum recebeu o pré-candidato José Serra (PSDB). Em discurso, disse que, para se tornar a quinta economia do planeta o Brasil precisa crescer com uma taxa sustentada de 4,5% ao ano. Mas ele fez uma ponderação: “Na época em que o crescimento per capita era de 7% ao ano, a população brasileira ainda crescia entre 2,5% e 3%”. Segundo ele, é preciso uma taxa de 20% de investimento público para conquistar a posição desejada. “Existe um potencial de investimento privado muito alto, tem um potencial de poupança muito elevado. Se outras condições forem dadas, o investimento privado vai subir”, acredita.

Para Serra, o Brasil estagnou porque a infraestrutura no atual governo, como as concessões de estradas federais, foram “muito malsucedidas”. Ele voltou a criticar a falta de planejamento no governo Lula. “O que mais falta é planejamento das ações de governo. Na área privada, por exemplo, não vejo muito problema nesse aspecto (administração de estradas).”

MP a favor de multa
A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) enviou parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que recomenda multa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e ao deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, por propaganda antecipada, durante as comemorações do Dia do Trabalho, em 1º de maio, em São Paulo. A manifestação do Ministério Público será anexada a três ações protocoladas pelo DEM. A PGE avalia que Lula fez propaganda de forma subliminar ao referir-se a Dilma como a pessoa capaz de dar continuidade às ações políticas de seu governo. (Diego Abreu)

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/01/politica,i=195533/DILMA+E+SERRA+APRESENTAM+PROPOSTAS+DE+CRESCIMENTO+SUSTENTAVEL+DA+ECONOMIA.shtml

Marina se diz "não favorável" ao casamento gay e propõe plebiscito sobre maconha

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em entrevista para o UOL Eleições, a presidenciável Marina Silva (PV) se disse "não favorável" ao casamento gay e afirmou não ter posição fechada sobre a adoção de filhos por casais homossexuais. A senadora revelou que não irá à Parada Gay, realizada em São Paulo no próximo fim de semana. Além disso, Marina reiterou ser contra a legalização da maconha como forma de combater o tráfico de drogas no país e propôs dois plebiscitos; um para discutir a legalização da droga e outro sobre o aborto. "Precisamos fazer um debate sério, estaremos fazendo uma grande discussão que envolve saúde pública, ética, assuntos morais", disse.

"Em relação à adoção de filhos (...) eu não tenho uma posição fechada. A Justiça vem se pronunciando, nós temos um grave problema social em relação a essas crianças. Eu não tenho competência técnica para ter um olhar em relação a essa questão", disse a pré-candidata. "O casamento é uma instituição entre pessoas de sexos diferentes, uma instituição que foi pensada há milhares de anos para essa finalidade. Eu não tenho uma posição favorável", afirmou Marina, sobre o casamento entre homossexuais. "Isso não pode ser confundido com discriminar essas pessoas do ponto de vista de seus direitos. (...) elas têm o direito de defender as suas bandeiras. Democracia é isso", disse.

Ao falar da política externa em uma eventual presidência sua, a acriana defendeu o fim do bloqueio norte-americano contra Cuba e mostrou ceticismo em relação às negociações para o fim do programa nuclear iraniano. "A forma de ajudar Cuba é trabalhar politicamente contra o bloqueio", afirmou, para em seguida criticar o governo de Raúl Castro. "Não tem sentido a falta de democracia lá". Sobre o Irã, disse torcer para que o acordo assinado com a ajuda do Brasil dê certo, mas fez uma ressalva: "o Irã tem uma cultura de protelar e tem uma série de problemas com direitos humanos".

"Em certos momentos houve relativização desses princípios [de direitos humanos]", afirmou Marina. "O Brasil passou a ter um olhar para outras regiões do mundo e que não é por interesse comercial, mas sim uma relação fraterna com outros povos, principalmente a África. Isso é bom. Mas no governo Lula isso criou uma zona cinzenta", disse.

A pré-candidata verde aproveitou para alfinetar seu concorrente na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), que recente afirmou que o governo da Bolívia é "cúmplice" do tráfico de drogas para o Brasil. "Eu tenho dúvida se o governo da Bolívia não fosse de um índio se isso seria dito com tanta radicalidade", afirmou.

"Já taxam aquelas pessoas como se tivessem uma natureza contraventora e isso não é verdade. A maioria das pessoas são corretas e não podem ser chamadas de traficantes", disse a ex-ministra do Meio Ambiente.Como forma de combater o tráfico na fronteira, Marina defendeu uma atuação baseada em três eixos. "A prevenção, a repressão, que não pode ter um foco específico, e o trabalho na inteligência", disse a seandora, para quem a questão das drogas precisa "de um olhar muito especial".


Educação

"É importante investir com recursos não só financeiros, mas também dando qualidade para os professores, os elementos mais importantes desse processo. Eles precisam de reconhecimento financeiro e social", disse a presidenciável, ao ser idagada sobre qual seria sua política educacional se fosse eleita. "É fundamental que comecemos a olhar para o desempenho do professor e da instituição", afirmou.

Ela também mostrou-se contrária à comparação entre o desempenho de escolas públicas e privadas. "Tenho posição crítica à avaliação entre uma instituição e outra", disse. "Escolas na periferia têm desempenho baixo. Aquela escola precisa ser avaliada em relação a si mesma. Se no fim do ano atingir a meta, obtém os recursos. Com isso você alavancaria essa instituição de ensino", defendeu.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/01/marina-se-diz-nao-favoravel-ao-casamento-gay-e-propoe-plebiscito-sobre-maconha.jhtm

Marina critica "inchaço" da máquina pública e defende corte de gastos para conter inflação

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em entrevista para o UOL Eleições, a presidenciável Marina Silva (PV) criticou o "inchaço" na máquina pública e defendeu o corte de gastos governamentais como forma de combater a inflação no lugar do aumento de juros. "Existe uma máquina gigante que precisa ser o tempo todo alimentada. Por que não olhar para ela e combinar eficiência e redução de gasto? É preciso fazer isso, de modo que não se subtraia recursos de onde não pode, como saúde e educação", afirmou a pré-candidata. "A máquina é inchada sim; por que a gente não pensa na profissionalização do Estado brasileiro? O Estado precisa ser aperfeiçoado", disse.

veja o vídeo

A senadora foi questionada sobre a exportação de petróleo do pré-sal. "Não se pode negar", disse a senadora, que o combustível "é uma "fonte de riqueza importante". "Infelizmente a humanidade não pode abrir mão porque ainda não há um substituto, mas deve trabalhar para renunciar o mais rápido possível a essa fonte de energia", afirmou. "A riqueza que será gerada [com a exportação do pré-sal] tem de ser usada em programa sociais, mas principalmente na pesquisa para que esse combustível seja substituido".

Marina mostrou-se favorável ao adiamento da aprovação das novas regras para a distribuição dos royalties do pré-sal. "A discussão dos roylaties deveria ficar para depois das eleições, porque hoje isso leva o Brasil a discutir uma política de ocasião", disse. "Como é algo inteiramente novo, o regramento é novo; ele tem que atender aos Estados que são tradicionalmente beneficiados, mas os benefícios tem que ser estendidos para o resto do país", afirmou a presidenciável, em alusão à necessidade de conceder royalties para mais Estados além daqueles que extraem o combustível.

O empresário Eike Batista, figura proeminente no setor de petróleo e considerado o homem mais rico do Brasil, perguntou a pré-candidata verde se ela seria a favor de uma matriz energética baseada na exportação do combustível fóssil e no consumo interno de etanol. "Será que é possível criar uma bolha verde para o Brasil e proteger o país de uma bolha de CO² lá de fora?", retrucou. "Eu não sou cientista, mas é a primeira vez que eu vejo um conceito tão esdrúxulo de verde. As emissões afetam o mundo inteiro, aonde quer que elas aconteçam, e mesmo que nós pudessemos nos proteger, eu estaria muito preocupada com as outras pessoas do planeta", criticou.

PV e PT

Marina filiou-se ao PV em 2009, depois de sair do PT, partido do qual foi uma das fundadoras. Ela garantiu que, apesar de recém chegada, sente-se bem na nova agremiação. "Me sinto confortável como me sentia no PT naquilo que era o meu raio de atuação. Dentro do PT eu pertencia ao grupo político que lidava com a questão sociambiental. Nós nos comportamos como uma sociedade de pensamento", afirmou. "Eu sempre conversei com PSDB, DEM, todos os partidos para aprovar projetos da agenda ambiental. Esse recorte está muito ligado à velha política", disse.

Provocada sobre o respaldo do presidente Lula a seus projetos no ministério do Meio Ambiente enquanto esteve à frente da pasta, a acriana considerou que "para algumas coisas [o apoio] foi suficiente, e para outras não". "Tanto é que eu saí", disse. "Conseguimos diminuir o desmatamento da amazônia. Isso parecia uma coisa impossível. E nós de cara percebemos que não tinha como tratar aquilo de forma isolada; no ano passado saímos de 27mil km par 7mil km² por causa do nosso programa. Ninguém conseguiria isso sem o apoio do presidente Lula", ponderou.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/06/01/marina-critica-inchaco-da-maquina-publica-e-defende-cortes-de-gastos-para-conter-inflacao.jhtm

31 de mai. de 2010

Serra defende curso técnico para beneficiários do Bolsa Família

Folha

BRENO COSTA
DE SÃO PAULO

O pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, prometeu hoje a concessão de bolsas para jovens beneficiários do Bolsa Família como estímulo à participação em cursos técnicos. Sem entrar em detalhes, ele disse que os cursos teriam duração de um ano e meio, aproximadamente.

Serra também falou na possibilidade de criar cursos à distância para esse público. O objetivo, segundo ele, é criar uma porta de saída para o programa de transferência direta de renda, menina-dos-olhos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"É preciso ter uma febre no Brasil nessa área de escolas técnicas. No caso das famílias ligadas ao Bolsa Família nós devemos dar aos seus filhos bolsas de manutenção para que possam cursar as escolas técnicas", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/743595-serra-defende-curso-tecnico-para-beneficiarios-do-bolsa-familia.shtml

PMDB de Minas ameaça votar contra Dilma

Novo impasse na negociação preocupa o Planalto; PT quer Pimentel candidato ao governo, mas partido de Temer exige a vaga para Costa

Vera Rosa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

A insistência do PT em emplacar a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ao governo mineiro abriu nova crise com o PMDB. Em represália, uma ala do partido ameaça votar contra a aliança com Dilma Rousseff para a Presidência.

Dirigentes do PMDB avisaram o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que a parceria com Dilma corre risco se os petistas não apoiarem o senador Hélio Costa na disputa ao Palácio da Liberdade.

"Lamentavelmente, companheiros do PT estão usando uma política rasteira contra mim", desabafou Costa. "Mas não adianta o PT fazer pressão e guerra de guerrilha no grito porque isso não me abala."

Ex-ministro das Comunicações, Costa não escondeu a contrariedade com rumores dando conta de que teria desistido da cadeira hoje ocupada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) para concorrer à reeleição ao Senado. "Se eu quisesse voltar ao Senado, não precisaria fazer esforço", insistiu. "Sou pré-candidato ao governo."

O PMDB de Minas detém 69 dos 804 votos da convenção do partido, marcada para 12 de junho, com o objetivo de homologar a candidatura do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como vice na chapa de Dilma. Temer também comanda o PMDB.

Sozinhos, os mineiros não conseguem desmanchar a aliança, mas podem fazer corpo mole na campanha. Além disso, a insatisfação tem potencial para contaminar grupos, já que os diretórios de São Paulo e Pernambuco são contra o casamento com o PT e apoiam José Serra (PSDB). Detalhe: a convenção do PT é em 13 de junho, 24 horas depois do encontro peemedebista.

"O clima está péssimo e para toda ação há uma reação", alfinetou Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente de Costa no Senado. "A insatisfação em Minas tem nome e uma coisa é certa: a bancada do PMDB votará contra a coligação com Dilma se o PT não fechar conosco."

Intervenção. Na quarta-feira, uma reunião de dirigentes estaduais do PT com o presidente do partido, José Eduardo Dutra, em Brasília, escancarou o mal-estar. Petistas se queixaram da pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer o acordo com o PMDB a qualquer custo, de olho no precioso tempo de TV da sigla na propaganda eleitoral. O grupo chegou a dizer a Dutra que o casamento com o PMDB só sairá em Minas e no Maranhão se houver intervenção nas seções regionais.

Desde que Dilma começou a crescer nas pesquisas de intenção de voto - ganhando fôlego em Minas, o segundo colégio eleitoral do País, depois de São Paulo -, o PT mineiro voltou a bater o pé pela candidatura de Pimentel. Um dos principais coordenadores da campanha de Dilma, o ex-prefeito venceu a prévia realizada no início do mês contra o ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias.

Apesar de Pimentel ter conquistado o direito de representar o partido na corrida ao Palácio da Liberdade, o PMDB dava como certo que ele seria candidato ao Senado, deixando a vaga ao governo para Costa. Na prática, esse cenário pode até se tornar realidade - com o anúncio da composição da chapa no próximo dia 6, conforme prometido -, mas não sem trauma. Motivo: discípulos do ex-prefeito não querem desistir da briga pela cadeira de Anastasia, afilhado do tucano Aécio Neves.

"Estamos muito animados e convictos de que o melhor candidato para ganhar do PSDB o governo mineiro é mesmo Pimentel", afirmou o deputado federal Reginaldo Lopes, presidente do PT de Minas. "Vamos convencer o PMDB e os demais partidos da base aliada de que a candidatura do Pimentel também é melhor para Dilma, porque ele tem votos de amplos setores."

Embora Costa esteja na dianteira em todas as pesquisas, petistas o comparam nos bastidores a um "cavalo paraguaio": bom de largada, mas ruim de chegada. Sem querer jogar mais combustível na crise, Pimentel assegurou que o acordo com o PMDB será cumprido, com palanque único para Dilma.

Articulador político do Planalto, Padilha evitou espichar a polêmica e disse não acreditar que o PMDB vote contra a dobradinha com o PT. "A melhor forma de conquistarmos o governo de Minas e o Senado é em aliança com o PMDB", resumiu.

Para complicar ainda mais o cenário, os seguidores de Patrus conseguiram empurrar o encontro do PT mineiro para 19 e 20 de junho. Foi uma estratégia para lavar as mãos e obrigar o Diretório Nacional do PT - que se reúne antes, em 11 de junho - a arcar com o desgaste da "intervenção branca" em Minas. Adversários de Pimentel também desejam que ele pague a fatura política por eventual renúncia.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-de-minas-ameaca-votar-contra-dilma,559078,0.htm

Marina monta time para auxiliá-la nas sabatinas dos pré-candidatos ao Planalto

Marqueteiro atuou na campanha de Lula nas disputas presidenciais de 1989 e 1994

Correio Braziliense - Flávia Foreque | Ivan Iunes


Com tempo reduzido de televisão e orçamento apertado, a pré-candidata ao Planalto Marina Silva (PV) decidiu apostar as cartas nos debates e nas sabatinas promovidas com presidenciáveis. A preparação para os eventos ganhou, nos últimos dias, função de alta hierarquia na pré-campanha da senadora acreana. Ao assumir o microfone durante uma rodada de perguntas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na semana passada, Marina fez questão de apresentar o time de “preparadores”, escalados para a função de subsidiar a pré-candidata nos debates e sabatinas. O grupo inclui Paulo Sandroni e Eduardo Gianetti, além do empresário Guilherme Leal, vice na chapa verde. O marqueteiro Paulo de Tarso também acompanhou de perto o ensaio.

Somente no mês de maio, os principais candidatos ao Palácio do Planalto se encontraram três vezes em sabatinas e debates. Com os encontros cada vez mais frequentes, a candidata do PV tem dedicado tempo considerável para ter um bom desempenho nos eventos. E para cada rodada de propostas, outros especialistas têm sido convocados. No início do mês, prefeitos do interior mineiro auxiliaram a pré-candidata durante o encontro promovido pela Associação Mineira de Municípios. A série de dados recebidos sobre as cidades brasileiras cimentou as propostas verdes apresentadas duas semanas depois, durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília. A empreitada também contou com o auxílio do ex-prefeito de Atibaia (SP) José Roberto Tricoli (PV).

A campanha de Marina conta com um número flexível de colaboradores — os voluntários podem variar entre 10 e 40 pessoas. O grupo não apenas abastece a candidata de dados como também sugere táticas para melhor se comunicar com o eleitorado e atacar os adversários. Nesse ponto, contudo, Marina é “turrona”. Não aceita as sugestões sem contestar ou questionar a eficácia da estratégia. Na função de marqueteiro de campanha, quem carrega o bastão é Paulo de Tarso, responsável pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989 e 1994. Ele tem reforçado o discurso de que Marina “não é candidata a santa, mas a presidenta”, o que implica adotar um tom mais duro e crítico em relação aos adversários.


Púlpito
O caráter missionário da pré-campanha de Marina, no entanto, não foi totalmente engavetado. Evangélica, seguidora da Assembleia de Deus, a senadora ocupou o púlpito durante um culto na cidade de Mogi Guaçu, interior de São Paulo, nesse domingo. Aos religiosos e 20 pastores que representam a Assembleia na região, a pré-candidata pediu que não “satanizem” seus adversários nas eleições. “O mesmo Deus que me ama, ama Dilma (Rousseff), ama (José) Serra e ama Plínio (de Arruda Sampaio)”, enalteceu Marina.

Por 40 minutos, a pré-candidata falou sobre sua vida, sua carreira política e os seus problemas de saúde. Os presentes entrecortavam com “glória” e “aleluia” a afirmação de Marina de que havia sido curada pela fé, depois de ser desenganada pelos médicos ao contrair malária e hepatite. Questionada sobre a conveniência de ocupar o púlpito de local religioso para fazer discurso de campanha, a senadora tergiversou e disse que não temia as críticas. “Não temo por questões de princípios, a minha fé é pública, todos me conhecem”, declarou. “Sou o que sou desde quando eu era cristã católica. Nós somos um Estado laico e isso é muito positivo tanto para quem crê como para quem não crê, ou é evangélico, como para espírita, como para católico ou qualquer pessoa”, completou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/31/politica,i=195299/MARINA+MONTA+TIME+PARA+AUXILIA+LA+NAS+SABATINAS+DOS+PRE+CANDIDATOS+AO+PLANALTO.shtml

Pré-campanha antecipa estrutura dos candidatos para disputar Presidência

Iara Lemos e Maria Angélica Oliveira Do G1

A duas semanas do início das convenções partidárias que vão oficializar os candidatos à Presidência da República, os três principais pré-candidatos – Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) – já contam com estruturas organizadas para a disputa.

Jatinhos, escritórios, equipes de comunicação, marqueteiros, assessores e até pagamento de salários fazem parte da rotina dos núcleos de pré-campanha desde a indicação dos pré-candidatos pelas legendas.

Dos três partidos ouvidos pelo G1, apenas o PV fez uma estimativa de gastos no período que antecede a oficialização das candidaturas, marcadas pela Justiça eleitoral para o período de 10 a 30 de junho. Até o final deste mês, os gastos podem chegar a R$ 5 milhões. O partido estima que a pré-campanha alcance os R$ 10 milhões.

O dinheiro arrecadado pelo PV tem auxiliado nas despesas já contabilizadas de Marina Silva. Segundo o partido, o dinheiro captado está sendo utilizado na produção das inserções de televisão, pesquisas, contratação de profissionais e nos deslocamentos da pré-candidata e do seu grupo de assessores.

Embora a maioria de seus deslocamentos sejam feitos em aviões de carreira, Marina tem utilizado voos fretados, mas também conta com o jatinho do empresário Guilherme Leal, pré-candidato a vice. Segundo o secretário nacional de finanças do PV, Reynaldo Morais, o custo do jatinho será incluído como doação do pré-candidato ao partido, como ocorre com as doações dos demais apoiadores feitas diretamente aos partidos.

veja animação da estrutura de pré-campanha dos principais presidenciáveis aqui

O PT estruturou um esquema semelhante para sustentar os gastos da pré-campanha da ex-ministra Dilma Rousseff. Desde que deixou o governo, no final de março, a petista recebe um salário mensal, custeado pelo partido, de cerca de R$ 18 mil, informou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, um dos coordenadores da pré-campanha de Dilma à Presidência.
Ela também mudou de endereço. Desde que assumiu a condição de pré-candidata, Dilma mora em uma casa alugada pelo partido no Lago Sul, região nobre de Brasília, ao custo de R$ 12 mil mensais, segundo o ex-prefeito.
Ao deixar a Casa Civil, a petista também levou consigo cinco assessores de confiança. Há ainda despesas com agências de propaganda, aluguel de salas para montagem do comitê na região central de Brasília, além da contratação de cerca de 30 pessoas que já atuam na pré-campanha. Todos os custos engrossam a relação de despesas do partido.

“Pré-campanha é pré-campanha. Não temos comitê eleitoral, não temos como arrecadar em nome do candidato. Temos de usar os recursos que chegam à tesouraria do partido, e para isso precisamos contar com os filiados e apoiadores”, afirma Fernando Pimentel.

No PSDB, a estrutura da pré-campanha de Serra se confunde com a do próprio partido. Enquanto não finaliza a organização da estrutura em um espaço alugado no Edifício Joelma, onde já funciona a sede municipal do PSDB de São Paulo, é no espaço da própria legenda que a pré-campanha está estruturada.
Um grupo de profissionais da área de comunicação já foi contratado pelo partido para atuar na pré-campanha, mas está utilizando espaços na agência de Luiz Gonzalez, marqueteiro contratado para a campanha. O partido ainda busca um imóvel para alugar em Brasília. Até o momento, as equipes utilizam a estrutura da sede nacional do partido.

De acordo com o vice-presidente da Executiva nacional do PSDB, Eduardo Jorge, o partido já tem uma conta aberta para a campanha de Serra, mas as ajudas financeiras estão sendo feitas ao partido, e não à campanha do pré-candidato. Serra, segundo Jorge, não recebe nenhum auxílio financeiro do partido.
“Por enquanto estamos com uma estrutura improvisada, mas todos os custos vão ser pagos pelo partido. Temos a estrutura do partido disponível para isso” afirmou ao G1.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/05/pre-campanha-antecipa-estrutura-dos-candidatos-para-disputar-presidencia.html

"Não sou padrinho do Kassab", diz Serra

Folha

DE SÃO PAULO

Ao ser questionado se a piora na avaliação do governo do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), influenciaria em sua campanha, o pré-candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) comparou a avaliação com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O repórter especial da Folha e colunista da Folha.com Kennedy Alencar, que conduzia a entrevista para o programa "É Notícia" (RedeTV!), citou Kassab como apadrinhado político de Serra, que negou a relação.

"Eu não fui padrinho do Kassab. Ele já é bem grandinho para eu ter sido padrinho. Agora, o Lula, que hoje está com uma avaliação excepcional, chegou a ter perto de 30% de ruim e péssimo e melhorou", diz Serra no vídeo abaixo.

Veja também declarações do pré-candidato tucano sobre a possibilidade de uma chapa com o correligionário de Minas Aécio Neves.

veja o vídeo

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/743304-nao-sou-padrinho-do-kassab-diz-serra.shtml

Movimentos sociais se dividem entre apoio a Dilma e neutralidade nas eleições

Folha

TATHIANA BARBAR


Alinhados com o PT, os movimentos sociais estão divididos entre o apoio à pré-candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff, e a neutralidade nas eleições. Mesmo assim, somam cerca de 8 milhões os que estão sob o comando de entidades que já declararam voto à ex-ministra.

Entidades como CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e UBM (União Brasileira de Mulheres) vão apoiar Dilma, enquanto UNE (União Nacional dos Estudantes), Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se manterão independentes e não farão campanha para nenhum candidato.

Segundo o presidente da UNE, Augusto Chagas, o assunto foi discutido há cerca de 30 dias por delegados que participaram do congresso da entidade, no Rio de Janeiro.

"Houve polêmica sobre se manter ou não independente, mas é a melhor contribuição que podemos dar [manter a neutralidade]. Quem deve ter candidatos são os partidos políticos. Os movimentos sociais apenas ouvem as propostas dos candidatos."

A CUT, por sua vez, optou por apoiar a pré-candidata da "continuidade". "Não queremos o retrocesso, com a volta do PSDB. Passamos por crise, políticas neoliberais, criminalização dos movimentos sociais e falta de diálogo", disse o presidente da entidade, Artur Henrique da Silva Santos.

Santos saiu em defesa das ações do governo Lula, afirmando que elas tiveram avaliação positiva, com a geração de empregos e inclusão de políticas públicas. "Queremos a continuidade desse processo."

Assembleia

Nesta segunda-feira, 28 entidades esperam reunir 3.000 pessoas numa assembleia, em São Paulo, para discutir o texto de reivindicações dos movimentos sociais aos candidatos nas eleições.

Segundo a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), apesar de o governo Lula ter sido o que mais dialogou com os movimentos sociais brasileiros, as mobilizações e a pressão popular irão se acirrar em 2011, independentemente do resultado eleitoral.

Além de aprovar o texto, a assembleia servirá também para organizar as próximas mobilizações unificadas. Os movimentos sociais ainda estudam a criação de comitês populares de campanha.


Reivindicações

O texto a ser discutido durante a assembleia conta com cinco temas: "Soberania Nacional", "Desenvolvimento", "Democracia", "Mais Direitos ao Povo" e "Solidariedade".

Além disso, o documento deve incluir novas bandeiras, como a defesa do pré-sal, a política de desenvolvimento social e ambientalmente sustentável, valorização do trabalho, universalização da internet banda larga e o fim das patentes de remédios.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/743229-movimentos-sociais-se-dividem-entre-apoio-a-dilma-e-neutralidade-nas-eleicoes.shtml

Candidatos já fazem campanha e testam os limites do TSE, diz Thomaz Bastos

Folha

DE SÃO PAULO

Após assumir neste mês pela primeira vez a defesa de um presidente em exercício e ser contratado pela pré-candidata do PT, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos disse que Dilma Rousseff, José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) estão em campanha e defendeu alterações na lei que proíbe a propaganda eleitoral antes de julho, informa reportagem de Flávio Ferreira, publicada nesta segunda-feira pela Folha (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

veja o vídeo

"O que eles estão fazendo é campanha eleitoral, tanto Dilma como Serra e Marina. Eles discutem as coisas, fazem promessas, fazem censuras, fazem críticas, 'aqui está errado, aqui está certo', 'nós vamos fazer mais, nós temos que fazer diferente'. Acho que a campanha, depois do lançamento das candidaturas devia ser permitida. A lei deixou de abarcar a realidade. É preciso fazer com que ela se torne capaz de conter a realidade, e não de proibir o que não precisa ser proibido. Os atores dessa peça eleitoral vão testando os limites, até onde podem ir, dão um recuo tático, dão dois passos para a frente, um para trás. É isso o que acontece e continuará acontecendo."

Thomaz Bastos também falou sobre as punições quanto à participação de Lula e Dilma em eventos nos quais o presidente apontou direta ou indiretamente a ligação dele com a pré-candidata.

"Mas essa ligação é extremamente conhecida. Essa ligação existe desde que a Dilma era ministra dele. Então, realmente, eu acho que, com esse direito que ele tem, pode ter havido um desvio, um deslize, alguma coisa assim, isso pode ter havido. É uma questão de interpretação. A interpretação dos nossos advogados é que não houve, mas a interpretação do TSE é que tem que prevalecer, tanto que o presidente pagará as multas. Mas, não acredito que haja, digamos assim, uma intenção deliberada de uso da máquina. Não há. Lula é um homem absolutamente consciente do papel dele como chefe de Estado e como presidente."

Para ele, não houve uso da máquina pública no 1º de Maio da Força Sindical. "Não acredito que tenha havido o uso da máquina. Acho até que a lei exige que seja do conhecimento geral e ali não era do conhecimento geral. Era uma festa de 1º de Maio e houve referências."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/743185-candidatos-ja-fazem-campanha-e-testam-os-limites-do-tse-diz-thomaz-bastos.shtml