9 de abr. de 2010

Tucano defende pensamento progressista

Valor | De Brasília

Dizer que José Serra é um economista "cepalino" é um lugar-comum entre os congressistas, especialmente os adversários. O termo é usado como sinônimo de algo retrógrado. Poucos, no entanto, sabem exatamente o que pensa hoje José Serra sobre a economia, talvez porque o tucano evite o apelo às manchetes fáceis nas palestras, aulas e conversas com a classe política nas quais costuma divergir de maneira cristalina da atual política econômica, especialmente no que se refere ao desequilíbrio das contas externas, juros altos e à sobrevalorização cambial.

"Cepalino" é uma referência à Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), órgão das Nações Unidas que está na origem da formação econômica de Serra e que por muito tempo foi vista como uma espécie de contraponto à escola monetarista.

Serra rejeita a pecha de "neoliberal" que o PT colou aos governos tucanos. Prefere o termo progressista, que para ele significa aliar a economia de mercado ao "ativismo governamental". Trata-se de uma expressão presente nos discursos de Serra desde antes de sua primeira candidatura a presidente, em 2002, até eventos mais recentes. Para Serra é preciso distinguir Estado ativo de Estado produtor. São políticas ativas o que ele pretende exercer na Presidência, se vencer a disputa eleitoral de 3 de outubro.

Essa é a atualização no pensamento de esquerda que tem pregado nos últimos anos, menos em entrevistas ou pronunciamentos bombásticos e mais em palestras ou aulas as quais é convidado a ministrar. Serra lamenta que parte da esquerda continue apegada ao "ideário dos anos 60", como a socialização dos meios de produção, e insista numa concepção caricatural do neoliberalismo, cesto no qual são colocados todos os que aceitam o investimento externo e menos intervenção do Estado e condenam os privilégios das corporações - como vê ocorrer hoje no Estado brasileiro.
Serra, evidentemente, acha que neoliberalismo é um monte de outras coisas, como, por exemplo, a crença no "automatismo do mercado" para assegurar o crescimento e reduzir a pobreza. O tucano acha que é possível conciliar economia de mercado e ativismo estatal para assegurar o crescimento econômico acelerado. "Em países como o nosso, não há distributivismo possível a médio e longo prazos sem taxas elevadas de crescimento", dizia já no início dos anos 2000 em palestra realizada no Instituto Sérgio Motta, em São Paulo, texto que atualmente faz sucesso em redes sociais e entre economistas.

O desafio do pensamento progressista para José Serra, portanto, é compatibilizar mais abertura externa e menos Estado produtor com seu ideário histórico de soberania nacional e justiça social. Considera um equívoco dizer que a combinação das duas coisas venha a ser necessariamente neoliberalismo.

Serra é um dos poucos brasileiros a criticar a atual política econômica, responsável pela estabilização da economia e, mais recentemente, pela retomada do crescimento do país. Acha que o Produto Interno Bruto (PIB) deveria e poderia ter crescido muito mais antes da crise econômica de 2008. Crescer mais seria a chave para maior distribuição de renda. O tucano em geral é ácido nas críticas à política monetária e ao seu condutor, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Acha que a política de valorização do câmbio é simplesmente um erro, nada mais, nada menos, como deixou claro em outra manifestação recente - um artigo para a edição comemorativa dos 40 anos do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Nesse artigo, Serra diz que manterá o tripé no qual se assenta a política macroeconômica - regime de metas para a inflação, superávit primário das contas públicas e câmbio flutuante. Mas assegura que há modos diferentes de agir sem ter que desmontar o tripé. O tucano teme a desindustrialização do país em função da política de juros altos (e que devem voltar a subir ao longo deste ano) e da sobrevalorização cambial. Se isso de fato ocorrer, como é prognóstico do ex-governador de São Paulo, o risco é o país ficar refém do modelo primário exportador.

Enquanto critica a política de Meirelles, Serra é mais receptivo ao ministro Guido Mantega, da Fazenda, a quem costuma tecer elogios, em conversas reservadas. Mantega, um ex-colega dos tempos do Cebrap, é um "desenvolvimentista", adjetivo que tem perseguido Serra ao longo de sua vida pública - e pelo que diz e escreve, S erra não vê incompatibilidade entre economia de mercado e ativismo governamental (ou estatal, como tem falado mais recentemente).

Uma incógnita sobre um eventual governo Serra é a relação que o tucano terá com o mercado financeiro. Na campanha de 2002, Serra tinha claro que não era o candidato dos financistas. Agora também o discurso do ex-governador e o interesse dos bancos parecem desavindos, muito embora em sua campanha sejam encontrados o que se pode chamar de "representantes do setor", desde o ex-senador pefelista Jorge Bornhausen ao banqueiro tucano Luiz Carlos Mendonça de Barros. (RC)

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PCdoB faz festa para Dilma, mas aliança enfrenta dificuldades em três Estados

Valor

Caio Junqueira, de Brasília

O evento que oficializou o apoio do PCdoB à candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, tornou-se palco para novos ataques da petista aos tucanos e para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendesse abertamente a candidata à sua sucessão. O presidente também disse ser favorável à realização, a partir de 2011, de uma reforma política como meio de "fazer parar com que os tribunais decidam o destino dos partidos".

"O PT está lhes dando uma candidata que, vocês podem ter certeza, tem lealdade e muita competência. Hoje não tem ninguém no Brasil mais preparado do ponto de vista técnico do que essa jovem senhora, a futura presidente da República Dilma Rousseff", afirmou Lula, para quem "a Dilma vai chegar à Presidência com o orgulho de um país que é credor do FMI".
O presidente aconselhou a candidata a ficar tranquila em relação à aliança com o PCdoB: "Todos que estão aqui sempre foram leais. E certamente vão ter uma candidata muito mais simpática e bonita do que o Lula foi nas eleições que disputou."

O presidente lembrou que precisa ter cautela para não ser novamente multado pela Justiça Eleitoral. "Tenho que tomar cuidado nas palavras porque sou às vezes multado. Não posso transgredir. Vou falar sem citar nome de ninguém. Precisamos fazer com que o projeto que recuperou o país continue para que possamos fazer mais e melhor por muito tempo neste país."
O presidente criticou o Judiciário ao defender a realização de uma reforma política. "Vamos enfrentar esse debate fazer a reforma política. Não podemos ficar subordinados a que, a cada eleição, o juiz diga o que pode e o que não pode fazer."

Dilma, que foi recebida no evento pelos cantores Martinho da Vila, Leci Brandão e Netinho de Paula, fez um discurso com ataques aos tucanos: "Só pode construir o futuro quem soube lutar no passado, quem construiu o passado, e quem tem novas ideias. Essa é a aliança da esperança, da certeza de que sempre é possível fazer mais e da convicção de que é possível continuar mudando o Brasil."

Voltou a dizer que a oposição é formada por lobos em peles de cordeiro e, em uma crítica velada ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que não se pode cair na tentação do "charme traiçoeiro de um falso liberalismo que se contenta com a liberalização de uma droga como o crack".
Apesar da oficialização da aliança, os dois partidos têm pendências a serem resolvidas em três Estados: Amazonas, Maranhão e São Paulo.
No Amazonas, o PCdoB trabalha por uma vaga na chapa ao Senado para a deputada federal Vanessa Grazziotin, ao lado do governador Eduardo Braga (PMDB), que termina seu mandato e também tentará o Senado. As eleições no Estado são consideradas uma "obsessão" pelo Palácio do Planalto e pelo PT, que gostariam de ter uma chapa que dificultasse as chances de reeleição do senador Arthur Virgílio (PSDB). Virgílio foi dos mais agressivos opositores de Lula no Congresso Nacional.

No Maranhão, onde o PT local, por dois votos de diferença, decidiu apoiar o deputado Flávio Dino (PCdoB) para o governo, é preciso apaziguar um dos principais aliados de Lula, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), cuja filha, a atual governadora, Roseana Sarney (PMDB), tentará a reeleição.

Em São Paulo, a expectativa petista é fazer o cantor e vereador Netinho de Paula (PCdoB) desistir da candidatura ao Senado. Em quarto lugar nas pesquisas eleitorais, com 19% das intenções de voto, aparece atrás apenas de veteranos da política, como a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT), com 43%, o senador Romeu Tuma (PTB), com 25% e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), com 22%.

O PT, porém, quer trazer para a coligação do candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) o PSB, fazendo os socialistas desistirem da candidatura de Paulo Skaf ao governo. A moeda de troca seria oferecer a vaga ao Senado ao vereador Gabriel Chalita, tucano histórico recém filiado ao PSB. Ele tem 8% das intenções de voto. "Não podemos desconsiderar a hipótese de o PSB ficar conosco na chapa", disse Dutra ontem.

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Serra pregará ativismo estatal ao lançar-se

Valor

Eleições: PSDB vai se empenhar para conseguir em São Paulo e Minas uma diferença de votos em relação ao PT

Raymundo Costa e Raquel Ulhôa, de Brasília

O PSDB formaliza amanhã a pré-candidatura a presidente de José Serra, ex-governador de São Paulo, em aliança com o DEM e o PPS. Em discurso, Serra deve apresentar "um conjunto de valores políticos" que pretende seguir, se for eleito, e como acha que deve ser o Brasil do futuro. O tucano prega o "ativismo estatal", mas não planeja mudar as bases nas quais se assentam a economia - meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Apesar de liderar as pesquisas, Serra precisou de muito tato para assegurar sua escolha pelo PSDB sem rachar o partido, uma vez que o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves também postulava a indicação.
Agora candidato ao Senado, Aécio é peça-chave na equação tucana para vencer a eleição. Segundo o governador Alberto Goldman, que sucedeu Serra, o PSDB vai se empenhar para conseguir em São Paulo uma diferença de votos em relação ao PT "bem mais expressiva do que a que o Geraldo teve".

Goldman refere-se aos 11,9 milhões de votos (54,1%) que o candidato em 2006, Geraldo Alckmin, teve contra os 8,09 milhões (36,7%) obtidos pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no primeiro turno (no segundo a diferença diminuiu, mas ainda foi larga: 52,2% a 47,7%). Se o tucano obtiver uma diferença também expressiva em Minas (onde Lula venceu Alckmin em 2006), boa parte da empreitada terá sido alcançada.

O governo aposta no conflito Serra-Aécio para impedir que Minas, há mais de sete anos governada pelo PSDB, seja fiel ao candidato tucano. No discurso que fará amanhã no encontro de lançamento da pré-candidatura, Aécio deve falar de unidade tucana. Ontem, o governador Antonio Anastasia, que sucedeu Aécio e é candidato à reeleição, também limitou ao plano "institucional" suas conversas com Lula e assegurou que a disputa será entre governo e oposição, em Minas Gerais. Caso Serra se mantenha com chances na disputa, os caciques tucanos acham pouco provável que a seção mineira desande em direção ao PT.

Em 2006, inspirada pelo ex-coordenador político do governo Walfrido dos Mares Guia a chapa "Lulécio" - combinação de Lula com Aécio - minou a candidatura de Alckmin em Minas. A diferença, na avaliação dos tucanos, hoje é essa: o candidato do PT não é Lula e nem disputa uma reeleição, é a ex-ministra Casa Civil Dilma Rousseff. São esses fatores que também alimentam o otimismo do governador Alberto Goldman em relação ao desempenho do candidato do PSDB no Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.

Serra, segundo as pesquisas, vence no Sul do país, mas tem problemas no terceiro maior colégio eleitoral, o Rio de Janeiro, onde perdeu em 2002 por ampla diferença (o ex-governador do Estado Anthony Garotinho também era candidato a presidente, à época): a aliança do PSDB com o PV e o DEM está ameaçada no Estado por conta do veto do PV à associação com o ex-prefeito César Maia (DEM), candidato ao Senado. Na cúpula do PSDB afirma-se que ou os partidos ficam todos juntos ou não haverá aliança na eleição. A aposta mínima tucana é que a candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) deve rachar o eleitorado lulista do Rio.

Serra não subestima a popularidade de Lula, que beira os 80%, de acordo com as últimas pesquisas. Mas aposta na confrontação de currículos dele e da ex-ministra Dilma Rousseff: a Presidência é o único posto importante de fora do currículo do tucano. Desde a volta do exílio, Serra foi secretário do governador Franco Montoro, ministro do Planejamento e da Saúde, nos governos de Fernando Henrique Cardoso, prefeito da capital e governador de São Paulo. Desde a derrota para Lula em 2002, vem numa sequência de vitórias eleitorais - prefeito, em 2004 e governador em 2006.

Até o fim do mês passado, o PT provocava e muitos tucanos acreditavam que Serra não trocaria uma reeleição considerada certa para o governo de São Paulo por uma eleição incerta a presidente, dúvida que crescia na mesma medida do aumento da popularidade de Lula. "Ele é muito popular", costumava repetir o tucano, nas conversas pessoais. Ao mesmo tempo, anunciava aos partidários: "Batalhas não se perdem de véspera". E por mais de uma vez repetiu o bordão preferido do ex-governador paulista Mário Covas: "Lutar, enfrentar e vencer". Esse traço épico apareceria em outras conversas com tucanos, nas quais dizia que não fugiria à sua "responsabilidade com o país". Serra evita criticar Lula, mas é impiedoso com a administração petista. "O plano da habitação é um estelionato (eleitoral) como nunca houve", é seu parecer, por exemplo, sobre o Minha Casa, Minha Vida. "É um estelionato".

O lançamento da pré-candidatura de Serra ocorre num momento de avançadas negociações do PSDB com outros partidos, especialmente PP, PSC e PMN, hoje na base de sustentação do governo, para que seja ampliada a coligação nacional. No caso do PP, a tendência é que o partido não apoie qualquer candidato a presidente, abrindo caminho para as alianças estaduais.
Aliados de Serra dessas legendas - assim como de aliados do PMDB - devem participar do evento, mas não terão direito de usar a palavra. Falarão, apenas, os presidentes do três partidos da aliança - PSDB, DEM e PPS -, o ex-governador Aécio Neves, em nome dos governadores, Fernando Henrique Cardoso e Serra.

À exceção do pré-candidato, todos devem fazer discursos curtos, de até 15 minutos. Entre a fala de FHC e a de Serra será exibido um vídeo de cerca de seis minutos sobre a trajetória pública do ex-governador. "O evento vai surpreender os mais otimistas", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

Os presidentes dos três partidos devem combinar o tom dos discursos. A expectativa é que Guerra, que será o coordenador-geral da campanha, faça um pronunciamento pregando unidade e mobilização. O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), deve assumir tom mais contundente, de críticas ao governo. Já o presidente do PPS, ex-senador Roberto Freire, pode transmitir uma mensagem mais ideológica.
A direção do PSDB comemora alianças fechadas com o PSB, um dos principais partidos da base aliada de Lula, em Estados como Paraíba, Amazonas, Paraná e Alagoas. Há conversas entre as duas legendas em outros Estados, como Espírito Santo.

Além de outras indefinições, Serra está sem palanque no Amazonas e no Ceará. Um caso atípico é o do Ceará, no qual a aliança PSDB, DEM e PPS não tem candidato a governador, e a tendência é que continue assim. Mas a situação do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) - que quer disputar a Presidência da República, mas não tem apoio nem do seu partido e está em rota de colisão com o PT - favoreceria a candidatura presidencial tucana no Ceará, onde os candidatos do PSDB (Serra e Alckmin) encontraram muitas dificuldades nas eleições de 2002 e 2006.

O atrito pode enfraquecer a aliança do governador, Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, com o PT no Estado. Esse quadro pode facilitar a aliança branca de Cid com o senador Tasso Jereissati (PSDB), que disputa a reeleição. Nesse caso, o PSDB tem a expectativa de conquistar para Serra parte do eleitorado de Cid.

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/6200494/serra-pregara-ativismo-estatal-ao-lancarse

TSE decidirá se Temer e Sarney podem não assumir Presidência

Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai decidir se os presidentes da Câmara e do Senado podem se recusar a ocupar a Presidência da República nos seis meses que antecedem as eleições deste ano, em caso de vacância do cargo. A consulta foi encaminhada ao TSE pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP). A relatora será a ministra Cármen Lúcia.

Os presidentes da Câmara e do Senado estão na linha sucessória quando o presidente da República e o vice-presidente se ausentam do país. E, de acordo com a Lei das Inelegibilidades, se ocuparem o cargo de presidente da República nos seis meses que antecedem as eleições, serão considerados inelegíveis.

DEM vai reivindicar cargo de vice na chapa de Serra

Agência Brasil

Na véspera do anúncio da candidatura de José Serra (PSDB-SP), à Presidência da República, o Democratas – partido que faz parte da coligação – reafirma que vai reivindicar a candidatura à vice. O líder do partido na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), afirmou que o DEM só vai desistir da indicação à vice se o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), resolver concorrer ao cargo nas eleições de outubro.

“A participação de Aécio seria fantástica. É como ter dois candidatos à Presidência numa chapa só”, disse. “Para ele, as portas estão sempre abertas”, completou.

Os tucanos se reúnem amanhã (10/4) de manhã em Brasília para anunciar oficialmente a candidatura de Serra. Ainda não há nomes confirmados para compor a chapa como vice. “Tem de ser alguém com afinidade com ele”, explicou Bornhausen.

O líder admitiu que a crise no Distrito Federal causou prejuízos ao partido, especialmente em ano eleitoral. Mas minimizou o assunto. “A crise tem DNA, que é o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB). Foi no governo dele que tudo surgiu”, disse isentando o DEM de vinculação com a crise.

Bornhausen ainda afirmou que o partido não pretende punir a deputada distrital Eliana Pedrosa por ter deixado a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga, na Câmara Legislativa, as denúncias de corrupção no DF. “Se ela está agindo de forma protelatória, tem de ser cobrada. Mas não tenho o que fazer diante de um fato que pode ser. A Justiça já está agindo nesse caso. O que peço aos filiados é consciência na administração da crise”, afirmou.

Pressão para Ciro sair da disputa

O PT ainda não desistiu de ter o PSB no palanque de Dilma já no primeiro turno. Socialistas tendem a retirar a candidatura

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, não perde as esperanças de ter o deputado Ciro Gomes, do PSB, no palanque da petista Dilma Rousseff à Presidência da República ainda no primeiro turno. “A esperança é a última que morre. Não cabe a nós decidir pelo PSB, mas nossa posição sempre foi de um palanque único na base do governo”, afirmou Dutra, ao chegar para a festa que marcou o ingresso do PCdoB na pré-campanha da ex-ministra da Casa Civil.

A declaração foi lida dentro do PSB como mais uma forma de pressão para que o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, decida em favor da retirada da candidatura de Ciro. Ontem, em seu site na internet, Ciro se disse preparado para concorrer à Presidência da República para debater todo sos temas e fez um apelo direto ao partido para ser candidato a presidente. Num extenso artigo sob o título “o PSB tem que pensar grande”, Ciro lembra que “time que não joga não forma torcida”, e apresenta a sua candidatura como uma tentativa de dar mais identidade e musculatura ao PSB.

Hoje, avaliam os socialistas, o partido está dividido, mas a tendência é pela retirada da candidatura. Internamente, os integrantes do PSB avaliam que a candidatura de Ciro já esteve consolidada, foi ao limbo e hoje, embora capenga pela falta de alianças, respira graças à garra do próprio Ciro e à vontade de setores do PSB em negociar espaços com o PT nos estados e a presença de Lula em alguns palanques.

O PSB considera, por exemplo, que se Ciro for candidato ao Planalto, o presidente Lula estará livre para ir ao palanque do governador-candidato da Paraíba, José Maranhão, do PMDB. Se Ciro não for, o PSB poderá reivindicar que Lula não suba no palanque de José Maranhão, uma vez que o PSB tem Ricardo Coutinho como candidato ao governo do estado com o apoio do PSDB. Na hipótese de Lula ficar neutro, Coutinho também não abriria seu palanque para José Serra.

Tempo ao tempo

Sem esses acertos nos estados, a intenção do PSB é esperar mais um pouco mais para decidir o futuro de Ciro. Dentro do partido, há quem diga que, se Dilma continuar no mesmo patamar que se encontra hoje, meio estacionada na casa dos 27% ou 28%, o melhor é manter a candidatura do PSB ao Planalto. Enquanto dão tempo ao tempo, os socialistas vão consolidando seus candidatos a governador. Ontem, por exemplo, o presidente do PT afirmou que a aliança com o PSB em favor da reeleição de Eduardo Campos, em Pernambuco, e de Cid Gomes, no Ceará, estão fechadas independentemente do cenário nacional. “Nós estamos separando muito bem as questões estaduais dessas alianças”, disse Dutra.

O presidente petista aproveitou para responder aos tucanos que consideraram oportunismo o fato de Dilma ter depositado flores no túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, sendo que o PT não votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985. “A oposição está contando a história da forma que interessa a ela. Não votamos no colégio eleitoral pelo mesmo motivo que Jarbas Vasconcelos, um dos ícones deles, não votou (o PT era contra a eleição indireta). O processo da Nova República teve a participação de José Sarney e eles criticam porque Sarney está do nosso lado. A oposição na verdade está se comportando como os anti-Tancredo, de uma forma udenista, elitista, uma turma que, na época, tinha ódio a Getúlio Vargas, a Juscelino Kubitschek e hoje tem ócio ao Lula”, respondeu Dutra.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/09/politica,i=184938/PRESSAO+PARA+CIRO+SAIR+DA+DISPUTA.shtml

Serra aposta pesado na internet

Lançamento da campanha de Serra à Presidência será transmitido ao vivo pela rede mundial de computadores, com o uso do Twitter, do YouTube e do Facebook, mas com um discurso sem críticas agressivas ao presidente Lula

Correio Braziliense - Ivan Iunes

O PSDB dará início amanhã ao projeto de volta ao Palácio do Planalto, quase oito anos depois do fim do governo de Fernando Henrique Cardoso. O lançamento da candidatura de José Serra à Presidência da República, no Centro de Convenções Brasil 21, terá o intuito de rejuvenescer o discurso e a imagem de uma legenda que ainda carrega boa parte das bandeiras apresentadas em eleições presidenciais anteriores. Debruçado sobre a tarefa de renovação, o marketing tucano preparou um evento focado em tecnologia de ponta, com transmissão ao vivo pela internet e via Twitter. Sem esquecer temas recorrentes, como austeridade fiscal e desenvolvimento econômico, os discursos do dia apontarão um conjunto de projetos para o futuro do país, sem críticas agressivas ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Orçado em R$ 500 mil, o lançamento da candidatura de José Serra ambiciona atrair pouco mais de 2 mil pessoas, entre parlamentares, políticos sem mandato, prefeitos e governadores. A montagem do palco começa hoje, a partir das 7h. Logo na entrada, uma televisão de LCD exibirá o Twitter de Serra, que hoje conta com 189.564 seguidores. O candidato deve aproveitar para enviar mensagens antes e durante o evento. O palco terá quatro telões, que transmitirão depoimentos de militantes tucanos, e um banner com as cores do partido. Vinte computadores estarão disponíveis para apresentarem as mídias sociais da legenda, como YouTube, Twitter e Facebook.(1)

Os discursos serão feitos em um púlpito. Estão escalados, em ordem, os presidentes do PPS, Roberto Freire; do DEM, Rodrigo Maia; e do PSDB, Sérgio Guerra. São os partidos que compõem a aliança nacional de Serra à Presidência. Depois, falará ao público o ex-governador mineiro Aécio Neves, expoente do tucanato. O ex-presidente Fernando Henrique não estava incluído entre os oradores, mas vai discursar. A intenção é fugir dos ataques do PT, que acusa a legenda de negar a herança deixada por FHC. Cada fala terá cerca de 10 minutos. A mestra de cerimônias será a modelo e apresentadora Ana Hickman. A expectativa é de que José Serra comece a falar próximo do meio-dia e demore pouco mais de uma hora. O discurso deve adotar um tom menos agressivo do que o utilizado por Dilma Rousseff (PT) e evitar críticas duras à política atual do governo federal. Serra deve enumerar problemas econômicos, de infraestrutura e sociais. Venderá a imagem de que é a melhor opção para conduzir o país a “muito mais”. E baterá na tecla do combate à corrupção, calo da campanha petista.

Estratégia
Até o lançamento da candidatura, a campanha de Serra já terá o roteiro pré-definido. O marketing está nas mãos de Luiz González, antigo colaborador do candidato em eleições e consultor do discurso principal que será lido amanhã. A coordenação ficará com o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE). Quatro deputados federais vão atuar como interlocutores do candidato: José Carlos Aleluia (DEM-BA); Paulo Bornhausen (DEM-SC); Fernando Coruja (PPS-SC); João Almeida (PSDB-BA). Outro político do PSDB deve completar o grupo, provavelmente Nárcio Rodrigues (MG). Parlamentar historicamente ligado a Serra, Jutahy Magalhães (PSDB-BA) servirá como articulador do candidato no Congresso.

A missão do “grupo dos cinco” será o de assumir a função de para-choques da campanha de Serra. Eles ficarão com a responsabilidade de defender o candidato de possíveis críticas e fazer a articulação com a imprensa. O comando tucano deve centrar fogo em Minas Gerais, para capitalizar os índices de aprovação de Aécio Neves. O estado também é cortejado pelo PT, conforme demonstrou visita recente de Dilma Rousseff ao túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, em São João Del Rey. A coordenação mineira da campanha ficará a cargo dos deputados federais tucanos Rodrigo de Castro e Nárcio Rodrigues, do deputado estadual Marcos Pestana (PSDB), e do secretário de Governo de Minas Gerais, Danilo de Castro.

A tarefa do grupo mineiro será a de atrair o PMDB estadual para a campanha de Serra, de olho no azedamento das relações da legenda com o PT. No início da semana, a candidata petista Dilma Rousseff chegou a sugerir um voto “Dilmasia”, na tentativa de atrair o eleitorado do governador Antônio Anastasia (PSDB), que disputará a reeleição. A fala gerou desconforto no PMDB, que lançará o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa para o posto. Para atiçar a campanha no segundo maior colégio eleitoral do país, o programa de governo do candidato tucano ao Planalto trará diversas intervenções no estado, como obras no metrô e reforma do Anel Viário de Belo Horizonte.

Colaborou Tiago Pariz

1 - Redes sociais
O Twitter permite aos usuários que enviem e recebam atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como “tweets”). O YouTube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. Já o Facebook é uma rede de relacionamentos, tipo Orkut, onde os usuários podem se juntar, como um colégio, um local de trabalho ou uma região geográfica.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/09/politica,i=184922/SERRA+APOSTA+PESADO+NA+INTERNET.shtml

PSB fica mais distante de aliança com PT em SP

ANNE WARTH E GUSTAVO URIBE - Agência Estado

A recente aproximação com o PP praticamente eliminou a chance de o PSB compor aliança com o PT para as eleições ao governo do Estado de São Paulo. Antes presente em todas as reuniões da chapa liderada pelo PT, o presidente do PSB em São Paulo, deputado Marcio França, já não participa dos encontros desde que o senador Aloizio Mercadante assumiu a pré-candidatura ao governo do Estado, no mês de março. Além disso, França tem se aproximado de lideranças do PP para compor uma coligação que garanta palanques regionais e tempo na televisão para as duas siglas. Juntas, as legendas teriam 3 minutos e 40 segundos.

O PT já fechou acordo com PDT, PPL, PR e PRB e está próximo de obter o apoio do PC do B. Os petistas também pretendem fazer composição com PTN, PT do B, PRP, PSL, PHS e PSC. "O PSB é fundamental para a construção do nosso projeto, mas nós temos respeitado a condição do PSB de construir candidatura própria", afirmou o presidente do PT no Estado, Edinho Silva, que nega que o partido tenha desistido do PSB.

França, no entanto, é categórico ao falar sobre o assunto. "A chance de o PSB apoiar o Mercadante é a mesma de o PT apoiar nosso pré-candidato Paulo Skaf (presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo/Fiesp)", disse. Vetado por lideranças do PT e do PDT, que não aceitam Skaf como vice-governador na chapa de Mercadante, o PSB recebeu uma oferta generosa do PP. "Estamos negociando com os nossos aliados o cargo de vice-governador e as duas vagas ao Senado", afirmou o deputado Celso Russomanno, pré-candidato do PP ao governo.

O PT já definiu que uma das vagas da coligação ao Senado será da ex-prefeita Marta Suplicy. A outra deve ficar com o vereador Netinho de Paula, do PC do B. Edinho nega que haja resistência de membros do PT ao nome do cantor. "Ao contrário, Netinho é uma liderança em ascensão, muito respeitada e querida dentro do PT, mas ainda é cedo para definir essa questão", disse. A vaga de vice-governador na chapa deve ser oferecida ao PDT.

Aos partidos menores, o PT pretende oferecer as vagas de suplente no Senado. "Queremos ampliar nossa aliança. Não é hora de encerrar as negociações. Os partidos aliados querem participar das decisões sobre o vice-governador e o Senado."

Antes dada como certa, a aliança entre PT e PSB foi também prejudicada com a declaração do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) - o preferido do presidente Lula para disputar a sucessão ao Palácio dos Bandeirantes -, segundo a qual o PT em São Paulo era um desastre. A situação piorou depois que Skaf afirmou que sua candidatura era irrevogável.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psb-fica-mais-distante-de-alianca-com-pt-em-sp,536101,0.htm

Geraldo Mesquita Júnior declara apoio a José Serra

O senador do Acre manifestou mais uma vez seu apoio ao pré-candidato do PSDB

Agência Senado

O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) voltou a declarar nesta sexta-feira, 9, seu apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, José Serra. O senador disse também que tentou promover uma aliança entre o PMDB e PSDB do Acre para as próximas eleições, mas que as tentativas foram infrutíferas. Mesmo assim, afirmou, continuará apoiando Serra, mesmo sem saber se o PMDB de seu estado vai ou não apoiar o candidato tucano.

'Eu sou um dos poucos senadores, pouquíssimos aliás, do PMDB filiados à candidatura de José Serra. Isso ocorreu hoje de manhã? Não. Há muito tempo que eu declino a minha convicção e a minha opção pela candidatura de José Serra dentro do meu próprio partido. Portanto, eu sou dissidência dentro do meu próprio partido nessa questão - disse, ressaltando que há quase dois anos já havia informado ao então governador Serra que o apoiaria para presidente da República em 2010.'

Geraldo Mesquita Júnior explicou que o PMDB do Acre já anunciou apoio a Serra mas, devido às negativas do PSDB em compor aliança, ele não sabe se esse apoio será mantido ou não. Depois das negativas, disse o senador, o PMDB já lançou candidatos a governador e a senadores próprios no Acre.

'A situação no meu estado, no que diz respeito às oposições hoje, é um conjunto esfarelado, espatifado, fragmentado. O que isso me afasta da candidatura do governador Serra? Nenhum milímetro. Não vou atribuir a ele a culpa por uma má condução numa interlocução com o PMDB. Não me afasta um milímetro, a minha disposição continua a mesma. O governador Serra vencerá essas eleições pelos méritos que tem, homem probo' - afirmou Mesquita Júnior, elogiando o desempenho de Serra como senador, prefeito e governador.

Em aparte, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) elogiou o pronunciamento do colega e disse esperar que Mesquita Júnior seja candidato a reeleição ao Senado Federal nas eleições de outubro de 2010.

Marina critica polarização eleitoral entre PT e PSDB

Senadora disse que o eleitor não está interessado 'na disputa do poder pelo poder'

Eduardo Kattah, da Agência Estado

Como parte da tática de se colocar na corrida presidencial como uma terceira via, a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), criticou nesta sexta-feira, 9, a polarização da disputa entre a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Para Marina, o eleitor não está interessado "na disputa do poder pelo poder" ou discutindo se "o currículo de Dilma é mais denso do que o currículo de Serra".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-critica-polarizacao-eleitoral-entre-pt-e-psdb,536080,0.htm

PT e PMDB fazem operação de emergência contra efeito da 'Dilmasia'

Segundo pré-candidata do PT, eleitor de Minas poderia votar nela e em Anastasia, do PSDB, assim como no passado houve o 'Lulécio' - Lula e Aécio

João Domingos e Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo

As direções do PT e do PMDB organizaram nesta quinta-feira, 8, uma operação de emergência na tentativa de estancar a crise causada pelas declarações da pré-candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, que propôs uma dobradinha com o tucano Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais e candidato à reeleição. Dilma disse que em Minas poderia haver o movimento "Dilmasia", uma composição com Anastasia, assim como no passado houve o "Lulécio" - Lula e Aécio.

Como a reação do ex-senador Hélio Costa às declarações de Dilma foram imediatas - na condição de candidato peemedebista ao governo de Minas ele ameaçou até apoiar Serra, com o movimento "Serrélio" -, o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), saiu a campo para acalmar o companheiro de partido. "Não é hora de arrumar confusão. É preciso que todos se acalmem", disse Temer a Hélio, de acordo com um parlamentar do PMDB.

No PT ocorreu o mesmo. O presidente José Eduardo Dutra conversou com Michel Temer sobre a necessidade de evitar que a crise de Minas Gerais ganhe contornos maiores. Dilma foi aconselhada a telefonar para Hélio Costa e dizer que, no fundo, queria pregar a necessidade de formação de um palanque único, que una PT e PMDB. Dilma ligou então para o ex-ministro das Comunicações. Mas ele já tinha dado a declaração de que a candidatura da ex-ministra poderá "morrer pela boca" e que, se for o caso, vai para os braços de José Serra.

Nesta semana, Dilma envolveu-se em duas trapalhadas políticas. Numa, ao lado do ex-governador Anthony Garotinho (PR), que lhe declarou apoio, recomendou cuidado com os "lobos em pele de cordeiro"; em outra, propôs a dobradinha com Anastasia. Nos dois momentos estava só, sem a presença de seu criador e protetor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por isso, a cúpula do partido decidiu fazer advertências à candidata. Alguns dirigentes chegaram a dizer a Dilma que ela deve ter mais cuidado com as palavras porque tudo pode ser usado "de forma maldosa" pelos adversários. Houve críticas também à aglutinação dos nomes dos dois candidatos, pois "Dilmasia" poderia remeter a "azia", "dor de estômago" e outras "maldades".

Em público, porém, coordenadores da campanha de Dilma procuraram amenizar suas declarações sobre uma parceria do PT com o governador Antonio Anastasia. "A melhor forma de os partidos da base aliada em Minas não deixarem espaço para o crescimento de um movimento `Dilmasia' é a unidade para definir quem é o candidato único a governador e quem concorrerá ao Senado", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

"Não existe vácuo na política. Enquanto só há candidato a governador do Aécio (Neves, ex-governador que deve concorrer ao Senado), os prefeitos vão ficar fazendo comitês do tipo 'Dilmasia'. Há prefeitos do PSDB e do DEM que vão apoiar Dilma por conta da boa relação com o governo federal", insistiu Padilha.

A afirmação do ministro teve endereço certo: em Minas, o PT e o PMDB até agora não conseguiram acertar a chapa para a sucessão de Aécio. Do lado petista, tanto o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel quanto o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias querem disputar o Palácio da Liberdade. O problema é que o senador Hélio Costa (PMDB) também é candidato. E conta com o apoio de Lula. O presidente acha que o PT deve ceder a indicação a Costa para evitar problemas na montagem do palanque de Dilma.

"Em nenhum momento Dilma defendeu algo fora da política de alianças em Minas, pois todos sabem que somos parceiros do PMDB", apressou-se a dizer o deputado José Eduardo Cardozo (SP), secretário-geral do PT. "Foi uma brincadeira que ela fez sobre a sonoridade da expressão `Dilmasia' e alguns estão querendo extrair daí uma crise inexistente."

Integrante do núcleo da campanha de Dilma, Cardozo afirmou que "jamais" o PT cogitou a possibilidade de palanque único com o PSDB em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do País. "Se ficarem com o fato, e não com a versão, já está tudo esclarecido", argumentou.

Os partidos de oposição criticaram Dilma por ter visitado o túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, em São João del Rey, e dito que a administração do presidente Lula é uma continuidade da obra do mineiro que, doente, nem chegou a assumir a Presidência. Ele foi substituído pelo vice José Sarney. "Tancredo Neves não é propriedade de ninguém", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Na eleição de Tancredo, pelo Colégio Eleitoral - a eleição era indireta -, o PT proibiu que fosse dado voto no candidato da oposição. Os três deputados desobedientes - Airton Soares, Bete Mendes e José Eudes foram expulsos por isso.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-e-pmdb-fazem-operacao-de-emergencia-contra-efeito-da-dilmasia,535734,0.htm

Dilma e Marina encaram redutos da oposição para fortalecer pré-campanha

da Reportagem Local

Os repórteres da Folha Ana Flor e Bernardo Mello Franco relatam, no vídeo abaixo, as curiosidades, desafios e estratégias das ex-ministras Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) para a corrida eleitoral que se avizinha. A dupla de jornalistas acompanha os compromissos das pré-candidatas à Presidência da República.

Nas movimentações mais recentes, Dilma optou por visitar Minas Gerais, Estado no qual nasceu, mas que é governado pela oposição. Já Marina incluiu em seu roteiro Pernambuco, numa região em que a pré-candidata enfrenta as maiores dificuldades para divulgar sua imagem, segundo as recentes pesquisas eleitorais. Além disso, Marina fez questão de visitar Garanhuns, município onde nasceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo os repórteres, Dilma foi para Minas enfatizar sua origem mineira e Marina teve o objetivo de mostrar que não é mais um candidato antiLula. Ambas, portanto, usaram territórios inimigos para fortalecer suas campanhas, como mostra as fotos exibidas abaixo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u718621.shtml

Anastasia volta a dizer que chapas "Dilmasia" ou "Serrélio" não existem

da Reportagem Local

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), disse nesta sexta-feira que não cogita a possibilidade de existir a chapa apelidada de "Dilmasia". Na quarta-feira, em visita a Minas, a pré-candidata petista elogiou o ex-governador Aécio Neves (PSDB) e defendeu a chapa apelidada de "Dilmasia" ou "Anastadilma".

"Ficamos orgulhosos e satisfeitos porque todo elogio nós ficamos satisfeitos e ela reconheceu o exemplo que foi o governo Aécio Neves. Mas nós não temos cogitação desse tipo de expressão ou de realidade aqui", disse o governador, candidato à reeleição. Foi a segunda declaração dele contra a ideia elogiada por Dilma.

Anastasia também negou que aliados de Serra possam trabalhar em Minas pelo ex-ministro Hélio Costa (PMDB), pré-candidato ao governo do Estado. A chapa ficou conhecida como "Serrélio".

"Também volto a dizer é o mesmo caso. Eu acho que vamos ter aqui, de maneira muito clara e deixar isso claro à população, que nós temos candidato a presidente que é o governador Serra", afirmou.

Na quarta-feira, em entrevista em Belo Horizonte, Dilma falava sobre a eventualidade de ocorrer algo semelhante a 2002 e 2006, quando Aécio foi eleito governador, mas Lula foi o mais votado para presidente em Minas --o voto "Lulécio".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718661.shtml

"Respeito o que o eleitor fizer", diz Dilma sobre polêmica em Minas

RANIER BRAGON
da Sucursal de Brasília

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou na tarde de hoje que respeita um possível movimento "Dilmasia' em Minas e que não será autoritária a ponto de dizer o que o eleitor deve ou não fazer.

No começo da semana, ela foi questionada em Belo Horizonte sobre uma suposta intenção de parte do eleitorado mineiro de votar nela para presidente e no candidato tucano ao governo do Estado, Antonio Anastasia.

A ausência de censura por parte da ministra acabou irritando o PMDB e o PT mineiros, que estão em negociação para uma chapa contrária a Anastasia.

"O fato é que eu respeito o que o eleitor fizer", disse Dilma hoje, ressaltando, entretanto, que sua manifestação em Minas foi tirada do contexto --qual seja, o de que ela defende uma candidatura unificada PMDB-PT.

Dilma afirmou que não pretende fazer um apelo para que o deputado Ciro Gomes (PSB) desista de sua pré-candidatura à Presidência. Ela visitará o Ceará no início da semana que vem.

"Com o Ciro a gente não precisa fazer apelo. O Ciro é uma pessoa que tem suas convicções e eu as respeito."

Dilma falou com a imprensa na porta de sua casa, no Lago Sul de Brasília, pouco depois de ser encontrar com o presidente do Chile, Sebastián Piñera. A reunião se deu pela manhã, na embaixada do Chile, após a ex-ministra ter esperado cerca de 45 minutos pela chegada do mandatário.

Segundo ela, no encontro Piñhera defendeu a presença do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Dilma negou ainda que tenha marcado uma agenda para amanhã ao lado de Lula, em São Paulo, para se contrapor ao lançamento da pré-candidatura de José Serra.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718650.shtml

Aliado de Serra, Goldman critica Lula por dizer que eleição será fácil

EVANDRO SPINELLI
da Reportagem Local

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), chamou de arrogante as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que as eleições presidenciais deste ano serão as mais fáceis que o PT já enfrentou.

"Declarações desse nível, com certa arrogância, não são compatíveis com ninguém, muito menos com um chefe de Estado. Você não pode antecipar que o povo vai votar daquele jeito", afirmou Goldman, nesta sexta-feira em uma inauguração no bairro de Pinheiros, em São Paulo.

Para ele, o presidente desrespeita as pessoas ao dar declarações do tipo. "Dizer isso com seis meses de antecedência, como se fosse um gado que você leva ao matadouro, o voto como se fosse predeterminado, eu acho um desrespeito às pessoas e um desrespeito ao processo democrático".

Goldman assumiu o governo paulista na terça-feira depois do ex-governador José Serra (PSDB) deixar o cargo para concorrer a disputa presidencial.

Na noite de ontem, Lula participou de um ato político de apoio do PCdoB à pré-candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, nunca houve no Brasil uma campanha eleitoral "tão fácil" à Presidência como a deste ano.

Lula disse que, apesar de reconhecer a força dos adversários, o PT está mais "preparado" para enfrentar seus opositores. "Eu, sinceramente, acho que nós não vamos ter uma campanha fácil. Mas se depender dos times que estão em campo, nunca tivemos uma tão fácil. Não porque os adversários sejam fracos", disse.

O presidente disse que Dilma sairá vitoriosa na disputa em outubro, e pediu apoio aos militantes do PCdoB na campanha petista. "O PT está dando candidata que vocês jamais vão se envergonhar dessa companheira. Vão perceber lealdade, muita competência. Hoje não tem ninguém mais preparado do ponto de vista técnico para governar este país do que esta senhora, futura presidenta desse país."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718620.shtml

Marina critica Serra e Dilma e diz que país não precisa de "gerentão"

da Reportagem Local

Em seu blog, a senadora Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência, afirma nesta sexta-feira que a disputa eleitoral não deve ser um debate de currículos. Para ela, o país é maior que os seus adversários --ex-governador José Serra (PSDB) e a ex-ministra Dilma Rousseff (PT)--, por mais relevantes que eles sejam.

"O país precisa de uma pessoa com visão estratégica, não de um ´gerentão`", afirma a senadora em nota publicada no site. O texto é o primeiro de blog --usado para divulgar agenda e propostas-- a atacar os outros pré-candidatos da disputa eleitoral diretamente.

Marina critica também as "fábricas de ganhar eleição" e diz que o voto não é patrimônio de um partido. "O brasileiro não tem nada a ganhar com uma disputa do poder pelo poder ou em uma comparação de quem entre os pré-candidatos tem o currículo mais denso."

Colocando-se como terceira via, a senadora diz que não tira voto nem de Dilma nem de Serra. "Eu recebo votos do eleitor que conscientemente vota naquele que acredita."

Marina estará em Minas Gerais hoje e amanhã. De manhã, ela deu uma entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, na qual fez as mesmas declarações sobre o currículo dos candidatos. Esta semana, Dilma também passou pelo o Estado em uma viagem de dois dias e deu entrevista para essa rádio.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718613.shtml

Marina diz haver "falta de visão de prevenção" para conter tragédias no país

da Agência Folha, em Belo Horizonte

Pré-candidata do PV à Presidência, a senadora Marina Silva declarou ser "lamentável" que no Brasil as tragédias ambientais, como as que ocorrem no Rio, ainda sejam tratadas como "fenômenos naturais" e que pessoas continuem vivendo em áreas de risco. Disse haver "falta de visão de prevenção" no país.

"Não são tomadas providências e, ano após ano, vamos contabilizando mortos. Os mais prejudicados são os pobres", afirmou a pré-candidata, em entrevista à rádio Itatiaia, hoje pela manhã, em Belo Horizonte.

Segundo Marina, será preciso fazer um "mapa de risco das áreas vulneráveis no país", para que as tragédias dos últimos tempos, como as no Rio, São Paulo e Santa Catarina, sejam contidas.

"Isso é falta de visão de prevenção. Desde 1992 os cientistas já falavam que chegaríamos a esses momentos extremos com chuvas muito fortes e que os nossos solos não têm condições de absorver todo esse volume. Não foram tomadas providências nesses 20 anos", afirmou a pré-candidata.

A entrevista foi o primeiro evento de pré-campanha de Marina em Minas, dois dias após a passagem da pré-candidata petista Dilma Rousseff, que também foi ao estúdio da rádio.

Na sua vez, Dilma desagradou especialmente ao aliado PMDB por ter falado sobre uma eventual dobradinha de sua candidatura ao Planalto com a do governador tucano de Minas Antônio Anastasia, virtual candidato do PSDB à reeleição --o chamado "Dilmasia".

Marina evitou temas polêmicos, como a possibilidade de o PV apoiar o nome do ex-governador Aécio Neves (PSDB) para o Senado. "O meu candidato ao governo de Minas é o José Fernando [de Oliveira, deputado federal pelo PV]. Temos que respeitar as pessoas, mas temos um lado", afirmou ela, acrescentando que o PV ainda estuda lançar um nome para concorrer ao Senado em Minas.

Vítimas

Subiu para 184 o número de pessoas mortas no Estado do Rio em decorrência das chuvas que atingem a região desde a última segunda-feira, segundo balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros. Além disso, são registrados outras 161 pessoas feridas. Já o número de desaparecidos permanece incerto.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u718571.shtml

Depois de 'chá de cadeira', Dilma se reúne por meia hora com Piñera

RANIER BRAGON
da Sucursal de Brasília

Depois de esperar por 45 minutos a chegada do presidente Sebastián Piñera à Embaixada do Chile em Brasília, na manhã de hoje, a pré-candidata do PT Dilma Rousseff se reuniu por cerca de 30 minutos com o mandatário, a portas fechadas.

No encontro, houve a participação apenas do assessor da Presidência da República Marco Aurélio Garcia. Dilma e Piñera saíram sem falar com a imprensa.

No final da manhã, a ex-ministra foi para sua casa, no Lago Sul de Brasília, onde estava reunida com o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718556.shtml

Mônica Bergamo: Ana Maria Braga convida Dilma para um jantar em sua casa

Folha

A apresentadora Ana Maria Braga convidou Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, para um jantar em sua casa, na próxima quarta-feira (14), informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta sexta-feira na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Ana Maria aguarda a confirmação da agenda da ex-ministra.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718489.shtml

Comando da campanha de Dilma reforça cuidado após visita a MG

colaboração para a Folha

O incômodo causado ao PMDB pela visita de Dilma Rousseff a Minas Gerais reforçou o cuidado do comando da campanha com a preparação das próximas viagens da petista, informa hoje o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL).

Dilma elogiou, na quarta-feira (7), o ex-governador Aécio Neves (PSDB) e defendeu que o eleitor mineiro vote nela e no tucano Antonio Anastasia para o governo --compondo a chapa "Dilmasia" ou "Anastadilma". O PT tem dois pré-candidatos em Minas: o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Além disso, o partido discute a possibilidade de apoiar o peemedebista Hélio Costa para o governo.

No início da semana, Dilma irá ao Ceará para eventos em Fortaleza e Juazeiro. Desta vez, segundo a coluna, o nome do problema é Ciro Gomes (PSB). Até quinta-feira (8), os responsáveis pela agenda de Dilma discutiam se devem ou não convidar o deputado a participar das atividades, posto que ela agora é pré-candidata assumida --e ele, ao menos por enquanto, também.

De acordo com o "Painel", o fator Ciro preocupa algumas cabeças governistas. O ambiente no PSB já esteve mais favorável a cortar a cabeça de seu candidato a presidente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718477.shtml

PT deve "descer do pedestal" na web, diz especialista

da Sucursal de Brasília

Os profissionais contratados para montar a campanha de Dilma Rousseff na internet criticaram nesta quinta-feira (8) a portas fechadas o desempenho do PT na rede e pregaram a necessidade de o partido "descer do pedestal" e fazer circular dados pró-Dilma

Coordenadores estaduais de comunicação do PT e as assessorias de imprensa dos gabinetes petistas no Congresso ouviram palestra de Marcelo Branco, especialista em internet que irá coordenar a campanha de Dilma na rede, e Scott Goodstein, que integrou campanha de Barack Obama à Presidência.

Segundo pessoas que participaram da reunião, uma das principais constatações é a de que o partido possui uma rede ampla de seguidores virtuais, mas interage pouco com essa rede.

Em nota publicada no site do PT sobre o encontro, o secretário nacional de comunicação André Vargas disse que o partido quer produzir material de divulgação para televisão, rádio e internet por meio das redes sociais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718473.shtml

Dilma como ela é

Folha - Kennedy Alencar

Para quem não queria brigar com o presidente Lula, mas com a candidata Dilma, o virtual postulante do PSDB à Presidência, José Serra, andou perdendo oportunidades nos últimos dias.

Ok. Serra ainda não assumiu com todas as letras a candidatura. Prepara um discurso para este sábado, 10 de abril, a fim de lançar seu nome à Presidência da República. Está empenhado em apontar fragilidades concretas do governo Lula, destacar a geração de empregos como a prioridade zero e marcar um suposto abismo ético entre ele e Dilma.

Vamos aguardar o discurso. É razoável esperar respostas à pré-candidata do PT.

Afinal, na primeira semana em que Serra e Dilma deixaram suas funções públicas, ela foi ao ataque. A petista rebateu crítica indireta da semana anterior em que o tucano afirmou que no seu governo em São Paulo não se cultivaram 'escândalos' e 'roubalheiras'.

Na segunda-feira, 5 de abril, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", a ex-ministra disse que o debate focado na ética "é muito bom para a gente [governo e PT]". E atirou diretamente no tucano: "O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê, hein? Ali se gestou sabe o quê? O apagão".

A petista ligou a passagem do tucano pelo Planejamento em 1995 e 1996, no primeiro mandato de FHC, ao racionamento de energia elétrica de 2001.

Não houve resposta do próprio Serra. Quem rebateu foi o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE). O senador cobrou explicações sobre o mensalão petista, o dossiê dos aloprados e ações do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na administração de cooperativa de bancários em São Paulo.

Na mesma segunda, em evento com o PR no Congresso, Dilma voltou a pegar pesado. Disse que o eleitorado saberá identificar "lobos em pele de cordeiro". Era alusão à estratégia de Serra de não bater em Lula, apresentando-se como alguém mais capaz para governar e disposto a manter realizações boas do petista.

A resposta coube ao PSDB e aliados. Serra não entrou na briga.

Na terça, Dilma visitou o túmulo de Tancredo Neves, presidente eleito indiretamente em 1985 que morreu antes de assumir. Avô de Aécio Neves, tucano e ex-governador de Minas, Tancredo é um símbolo disputado por várias correntes políticas, sobretudo pelo PMDB e o PSDB. O PT não quis votar em Tancredo no Colégio Eleitoral, mas Lula e o PT fizeram mea culpa posterior sobre o radicalismo do partido.

A visita tinha o objetivo de acenar para Aécio e relembrar ao eleitorado do Estado que a candidata nascera lá. O PT tenta bombardear uma composição para Aécio ser vice de Serra. Na quarta, Dilma falou que, a exemplo de 2002 e 2006, quando parte do eleitorado mineiro optou pelo voto "Lulécio" (Lula e Aécio), ela não descartava algo semelhante em 2010. Indagada em entrevista de rádio sobre eventual voto "Dilmasia" em outubro, ela disse que talvez soasse melhor "Anastadilma". O atual governador e ex-vice de Aécio, Antonio Anastasia (PSDB), disputará o Palácio da Liberdade em 2010. A viagem de Dilma a Minas contrariou tucanos e o próprio Serra, que mais uma vez se manteve publicamente calado. Anastasia respondeu um dia depois. Segundo ele, tal voto não encontraria 'amparo na realidade'.

Serra deve ter lá os seus motivos para evitar o confronto. E Dilma tem os seus para buscá-lo.

A campanha petista parece ter deixado em segundo plano, por enquanto, a ideia de vendê-la como uma mulher doce, sensível, boazinha. Não combina com o estilo aguerrido e assertivo da ex-ministra. Para surpresa de tucanos e de alguns analistas, o figurino da semana mostrou Dilma como ela é. Longe de Lula, acertou mais do que errou no primeiro voo solo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/kennedyalencar/ult511u718202.shtml

Michel Temer consulta TSE para não viajar na ausência de Lula

da Reportagem Local

O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), entrou com uma consulta no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) perguntando se poderá ficar no país quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará para os Estados Unidos na próxima semana.

Na consulta, Temer, cotado para ser o vice da ex-ministra Dilma Rousseff, quer sabe pode se recusar a assumir o cargo. Segundo na linha sucessória --depois do vice-presidente José Alencar--, o deputado se torna inelegível se assumi a Presidência.

"Chamados sucessivamente ao exercício da Presidência da República, nos termos do artigo 80 da Constituição Federal, dentro do período de seis meses que antecedem as eleições, podem o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente do Senado Federal declinarem do chamado ao exercício do cargo, com o intuito de não se tornarem inelegíveis, embora permanecendo no país?", questiona o deputado.

Pela lei eleitoral, os presidentes da Câmara e do Senado se tornam inelegíveis se ocupam a Presidência seis meses antes da eleição.

José Alencar (PRB) também deve viajar na próxima semana para poder concorrer ao Senado por Minas. Ele irá para o Uruguai, onde deve visitar o Parlamento local e o novo presidente José Mujica.

Lula ficará fora do país de segunda a quarta-feira da próxima semana com a viagem a Washington --onde participa de conferência sobre segurança nuclear.

Se Alencar e Temer não assumir, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve ocupar o cargo que exerceu há 20 anos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718339.shtml

8 de abr. de 2010

Dilma ataca Serra ao dizer que não coloca polícia na rua para bater em professor

RANIER BRAGON
GABRIELA GUERREIRO
da Sucursal de Brasília

No primeiro evento público de sua pré-campanha ao lado do presidente Lula, a ex-ministra Dilma Rousseff voltou na noite de hoje a atacar o tucano José Serra (PSDB) afirmando que se eleita "jamais colocará a polícia nas ruas para bater em professores".

No dia 26 de março, pelos menos 20 pessoas ficaram feridas em protesto organizado pelos professores de São Paulo nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O ato foi organizado pela Apeosp (sindicato dos professores estaduais), presidida por Maria Izabel Noronha, que é do PT.

Dilma recebeu hoje o apoio do PC do B e entrou no palco no momento em que Martinho da Vila, Netinho de Paula e Leci Brandão cantavam "Aquarela Brasileira", de Silas de Oliveira, que exalta as características naturais e culturais de Estados e regiões do país. A ministra recebeu um buquê de rosas vermelhas e acompanhou ao lado dos cantores parte da música.

Dilma deixou a Casa Civil na quarta-feira da semana passada e, nesta semana, já havia comparecido a evento do PR para receber o apoio do partido.

Em sua fala, a ex-ministra se emocionou quando falou dos integrantes do partido mortos na Guerrilha do Araguaia. Ao dizer da necessidade de valorização dos professores, disse que jamais colocaria polícia nas ruas para bater em professores, em referência ao confronto no final do mês passado entre a polícia e professores em greve da rede estadual de São Paulo, cujo sindicato é ligado ao PT.

Dilma também se referiu pela terceira vez nesta semana à expressão "lobo em pele de cordeiro", se referindo aos tucanos e disse que a oposição está querendo desafazer o "que está sendo feito e bem feito".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718346.shtml

TSE muda resolução para permitir debate de candidatos na internet

da Reportagem Local

O plenário do (TSE) Tribunal Superior Eleitoral aprovou nesta quinta-feira mudança no texto da resolução nº 23.191 para liberar a realização de debates entre candidatos na internet.

A resolução dispõe sobre a propaganda eleitoral e sobre as condutas dos candidatos nas eleições. Por erro, o texto original estendia para a internet as regras aplicadas a rádio e televisão.

Em decisão unânime, foi aprovada sugestão do ministro Arnaldo Versiani, relator das resoluções que regulam as eleições deste ano.

As outras regras previstas nessa resolução para os debates nas emissoras de rádio e televisão continuam valendo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718334.shtml

Marina Silva encontra militantes da web

Senadora estará no sábado em Belo Horizonte para se reunir com militantes de rede social

Roberto Almeida - O Estado de S.Paulo

Marina Silva, senadora e presidenciável pelo PV, terá seu primeiro encontro formal neste sábado, 10, em Belo Horizonte, com militantes da rede social Movimento Marina Silva (movimentomarinasilva.org.br), que reúne 15 mil seguidores pelo País. De forma colaborativa, eles produzem material gráfico de apoio à senadora - design de camisetas, bottons e adesivos, sem menção à candidatura -, "marinam" voluntários e divulgam suas ideias.

A rede colaborativa, apartidária, foi implantada em 2007 e dobrou o número de participantes desde que Marina se lançou candidata. Seus membros são considerados "multiplicadores", tão procurados pelo comando de campanha, e amealharam 1h30 da extensa agenda partidária da senadora para falar sobre "o novo jeito de fazer política".

O consultor Eduardo Rombauer, um dos fundadores do movimento, afirma que já foi convidado para participar de conversas com a equipe de comunicação da candidata. "A gente compõe o quadro da campanha, mas não faz parte da campanha oficial e nem vamos fazer", disse.

No entanto, segundo ele, a aproximação da campanha com a rede social pode impulsionar a troca de informações. "Temos a expectativa de diálogo com a coordenação de campanha para ver como podemos contribuir."

Pelo menos em um momento a rede social já contribuiu para a campanha de Marina. A imagem estilizada da senadora que adorna seu blog oficial (minhamarina.org.br) foi produzida por uma designer do movimento.

Rombauer credita boa parte do avanço da rede social a Cássio Martinho, especialista em trabalho colaborativo em rede. Martinho tornou-se "Marineiro da semana" por suas contribuições e agora está dedicado ao encontro com a senadora.

"A gente vai acabar estabelecendo conexões com a campanha oficial. Não tem jeito de não se conectar, mas a maneira como isso vai acontecer não se sabe", disse.

Segundo ele, o movimento, que nasceu de forma espontânea, continuará livre. "Estamos assumindo radicalmente a ideia de liberdade. Coitado do partido que quiser manobrar o movimento", observou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-encontra-militantes-da-web,535519,0.htm

Marina Silva segue rota de presidenciáveis e visita MG

Segundo maior colégio eleitoral do País já recebeu os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)

Agência Estado

O Estado de Minas Gerais se transformou em rota obrigatória dos principais pré-candidatos à sucessão no Palácio do Planalto. O segundo maior colégio eleitoral do País, com 14 milhões de votos, recebeu nas últimas semanas visitas do presidenciável do PSDB, o ex-governador José Serra, e da pré-candidata petista, a ex-ministra Dilma Rousseff, que escolheu o Estado como primeiro destino após sua saída da Casa Civil. Agora, é a vez da senadora Marina Silva (AC), presidenciável do PV.

Na sexta-feira, 9, às 16h, a pré-candidata do PV à Presidência da República participa na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, do lançamento da pré-candidatura do deputado federal José Fernando Aparecido de Oliveira (PV) ao governo do Estado. No mesmo local, a senadora acompanhará a posse do novo presidente estadual do PV, Ronaldo Vasconcellos.

Ainda na capital mineira, Marina participa, no sábado, 10, de seu primeiro encontro formal com militantes da rede social Movimento Marina Silva (movimentomarinasilva.org.br), que reúne 15 mil seguidores no País. No mesmo dia, pela manhã, a senadora se reúne com líderes evangélicos e, à tarde, com integrantes do Núcleo Marina Silva, na Faculdade Dom Hélder Câmara. No início da noite, Marina embarca para São Paulo.

No domingo, 11, já na capital paulista, a senadora participa de convenção estadual do PV para definição dos nomes dos pré-candidatos do partido ao governo paulista e ao Senado Federal. Serão lançados os nomes do ambientalista Fábio Feldmann à sucessão no Palácio dos Bandeirantes e do empresário Ricardo Young, ex-presidente do Instituto Ethos, ao Senado. Na segunda-feira, 12, pela manhã, Marina faz palestra em seminário sobre sustentabilidade promovido pela revista "Carta Capital".

A senadora embarca no início da tarde de segunda-feira para o Rio de Janeiro, onde participa de encontro em uma instituição alemã. Na terça-feira, 13, Marina retorna a Brasília, onde cumpre agenda parlamentar.

Governador de MG reage a 'Dilmasia' e diz que candidato do PSDB é Serra

'É sempre bom lembrar que o nosso partido tem candidato a presidente, que é o nosso governador José Serra', afirmou Anastasia

estadão.com.br

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), reagiu nesta quinta-feira, 8, às declarações feitas na última quarta-feira, 7, da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que sugeriu o voto simultâneo nela e no candidato apoiado por Aécio Neves ao governo mineiro - no caso, o próprio Anastasia.

"É sempre bom lembrar que o nosso partido tem candidato a presidente, que é o nosso governador José Serra, e com ele marcharemos de maneira muito firme, em Minas, e naturalmente nos outros Estados também. Então, nosso grande objetivo, nosso grande esforço, será, naturalmente, na eleição ao nível presidencial, do governador Serra, e, em Minas Gerais, com o apoio de diversos partidos que compõem a nossa base de governo, e já eram no tempo do governador Aécio, vamos continuar marchando pela nossa candidatura", disse Anastasia, em Brasília.

Na última quarta-feira, em visita a Belo Horizonte, Dilma admitiu a hipótese de o eleitorado mineiro optar por um movimento já batizado de "Dilmasia", a exemplo do que aconteceu em 2006. Naquele ano, houve o que se chamou de "Lulécio" - o voto simultâneo em Lula para presidente e Aécio Neves (PSDB) para governador.

"O candidato nosso é o governador José Serra, e com ele vamos ganhar as eleições, não só em Minas, mas, tenho certeza, em todo o Brasil", reforço Anastasia. Ele não acredita que o fenômeno de 2006 se repita agora. "Tínhamos, naquele momento, carismas diferenciados, e cada eleição é uma eleição. Cada eleição tem uma fotografia, um movimento, um sentimento."

Sobre a visita da ex-ministra ao túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, Anastasia disse que "soou estranho". "O PT não só não apoiou como até expulsou deputados do PT na época que votaram no presidente Tancredo Neves. Então, é algo estranho. Eu acho que é direito de todos os candidatos, não só da ex-ministra, mas também do governador Serra, do deputado Ciro, da ex-ministra Marina, viajarem pelo Brasil afora, apresentando suas propostas, recebendo seus apoios, isso é perfeitamente natural. Agora, têm que tomar certa cautela com gestos que possam, de fato, ter essa impressão pra ver a impressão que isso causa no cidadão de cada estado em respeito à sua história e à sua trajetória."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governador-de-mg-reage-a-dilmasia-e-diz-que-candidato-do-psdb-e-serra,535638,0.htm

PSDB quer usar Twitter de Serra para transmitir lançamento

da Reportagem Local

Com 189 mil seguidores, a página do ex-governador José Serra no Twitter será uma das ferramentas usadas pelo PSDB, DEM e PPS para divulgar o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência no sábado em Brasília.

Os partidos também querem usar outras mídias sociais, como Orkut, YouTube e Facebook, para ampliar a repercussão do evento. O site oficial do PSDB fará a transmissão ao vivo. É espero um público de 3.000 pessoas.

Chamado de "Encontro de Partidos", o ato será feito no espaço de eventos Brasil 21, em Brasília. Como a legislação eleitoral só permite o início das campanhas em julho, o PSDB decidiu realizar o evento em um sábado, previsto para ter início às 9h e encerrar às 13h.

O PSDB prevê gastar R$ 500 mil no lançamento, segundo informou a Folha de hoje. Um telão exibirá as mensagens postadas no Twitter, seja pelos presentes ou por quem estiver seguindo pela internet.

Além de Serra, irão discursar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e os presidentes dos três partidos --senador Sérgio Guerra (PE-PSDB), deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ex-deputado Roberto Freire (PPS-PE).

No mesmo dia, o PT organiza um ato em favor da ex-ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718143.shtml

Para fortalecer Serra, tucanos buscam partidos da base do governo

Para fortalecer Serra, tucanos buscam partidos da base do governo

GABRIELA GUERREIRO
da Sucursal de Brasília

O PSDB deflagrou nos bastidores a busca por aliados nas eleições presidenciais de outubro para enfrentar a dobradinha PT-PMDB --que juntos somam as maiores bancadas no Congresso e no comando dos Estados brasileiros. Os tucanos avançaram nas conversas com o PTB, PMN e PSC, mas também miram no apoio do PP em torno da candidatura do ex-governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) é um dos nomes cotados para a vice-presidência da chapa de Serra, caso o PP decida formalizar a coligação com o PSDB. O pepistas, no entanto, esperam maior definição do cenário eleitoral nos Estados antes de bater o martelo em favor da aliança com o PSDB ou com o PT --de quem são aliados no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"Há Estados fechados com o PT, outros com o PSDB. Em outros, há tendências. Uma definição nacional pode interferir na composição nos Estados. Somos da base do governo, mas claro que o PSDB tem nos procurado para a campanha", disse o líder do PP na Câmara, deputado João Pizolatti (SC).

Parte do PP defende neutralidade nas eleições de outubro, o que liberaria os integrantes do partido para coligações diversas nos Estados. O partido, porém, tem pretensões num eventual governo tucano ou mesmo petista para ampliar sua participação no Executivo --atualmente limitada a um ministério.

Nos bastidores, parlamentares do PP reconhecem que o momento é de espera antes de decidir que candidato poderia trazer mais vantagens à legenda caso seja eleito. "A gente não pode constranger companheiros a ficarem com uma posição contrária ao partido. A tendência é a neutralidade para dar conforto aos Estados", disse o deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Tucanos

Entre os tucanos, o discurso é o mesmo: o PSDB vai dar início às conversas para definir o vice de Serra somente a partir das convenções partidárias de junho. "Não tratamos de vice agora. O Dornelles podia ser candidato a qualquer eleição no Brasil", desconversa o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) admite que o partido está aberto para conversar com outras legendas sobre a vice, mas que o diálogo ocorrerá somente em junho. "Não antes disso. Tem o PP,o PTB, uma série de partidos em que temos essa possibilidade. Serão todos bem-vindos", disse Tasso.

Aliado fiel do PSDB na chapa de Serra, o DEM também reivindica a indicação do vice caso os tucanos sepultem a chapa puro-sangue da legenda.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718086.shtml

PSOL lança no sábado Plínio de Arruda candidato à Presidência

O PSOL deve ratificar neste sábado a pré-candidatura do ex-deputado e promotor aposentado Plínio de Arruda Sampaio. Em encontro marcado para acontecer durante o final de semana no Rio de Janeiro, a maioria dos 166 delegados do partido deve votar na indicação de Plínio.

Também disputam a indicação o presidente do PSOL em Goiás, Martiniano Cavalcanti, e o ex-deputado João Batista Araújo, o Babá. A vereadora de Maceió Heloisa Helena quer a indicação do Cavalcanti.

O grupo de Cavalcanti afirma, porém, que pode ter a maioria dos votos, indicando que pode haver um racha dentro do partido. A disputa entre as tendências gerou fez com que o partido criasse dois sites.

O encontro servirá ainda para discutir os candidatos aos governos estaduais e às casas legislativas. Uma indicação certa é de Heloisa Helena, que disputou a Presidência em 2006 ficando em terceiro lugar, e deve tentar a volta ao Senado por Alagoas. O partido quer fechar ainda aliança com o PSTU e PCB.

Em janeiro, a Executiva Nacional do PSOL decidiu encerrar as conversas com o PV para possível apoio à candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC). Segundo a direção do partido, o principal motivo do rompimento foi a decisão do PV de se coligar com o PSDB na disputa para o governo do Rio de Janeiro.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718062.shtml

Anastasia diz que chapa "Dilmasia" não tem amparo na realidade

MARIA CLARA CABRAL
da Sucursal de Brasília

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), disse que entedeu as declarações de Dilma Rousseff como "um reconhecimento" ao governo do Estado. No dia anterior, em visita a Minas, a pré-candidata petista elogiou o ex-governador Aécio Neves e defendeu a chapa apelidada de "Dilmasia" ou "Anastadilma".

Dilma falava sobre a eventualidade de ocorrer algo semelhante a 2002 e 2006, quando Aécio foi eleito governador, mas Lula foi o mais votado para presidente em Minas --o voto 'Lulécio'.

Anastasia afirmou, porém, que a frase de Dilma não tem nenhum amparo na atual realidade política. Disse que o candidato à Presidência dos tucanos é o ex-governador de São Paulo José Serra e que é ele quem deve levar a maioria dos votos do eleitorado mineiro.

"Essa expressão não vai encontrar amparo na realidade, até porque cada eleição tem uma realidade, então acredito que o governador Serra vai ter um desempenho muito bom lá. Alguns votos eventuais vão acontecer, mas o Serra tem uma identidade, ele é muito conhecido em Minas", disse Anastasia durante visita a deputados e senadores em Brasília.

Sobre o constrangimento causado entre os aliados da ministra Dilma no Estado por causa das declarações dos petistas, ele respondeu: "a nossa preocupação agora é o nosso lado, arrumar bem o nosso lado".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718016.shtml

Virgílio embarga a voz ao falar de ditadura e critica Dilma

MÁRCIO FALCÃO
da Sucursal de Brasília

Ao questionar o ministro Paulo Vannucchi (Secretaria Especial de Direitos Humanos) sobre a criação da Comissão da Verdade, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), se emocionou e lembrou que sua casa chegou a ser invadida por militares.

Com a voz embargada, Virgílio ainda criticou a ideia da criação da Comissão da Verdade para examinar violações de direitos humanos durante o regime militar e faz parte do 3º Plano Nacional de Direitos Humanos. Virgilio disse que não guarda rancor do regime militar, mas que chegou a ter sua casa invadida.

"Minha casa foi invadida e minha mãe foi obrigada a cantar o hino nacional de costas para a parede para mostrar que não éramos comunistas. Eu já era comunista naquela ocasião", afirmou.

Segundo Virgílio, ao invés de criar a Comissão de Verdade, o governo deveria colocar uma pedra nesse assunto. "Estou aqui para propor de se por uma pedra em cima disso.Não há porque abrir essas feridas. Não cabe isso, fazer uma comissão. Isso não é justo com os militares e os atuais dirigentes que não tem nada a ver. Peço a vossa excelência a nobreza de também perdoar, de também esquecer", afirmou.

Dilma

Virgílio criticou a atuação da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, na luta contra a ditadura militar. Segundo Virgílio, Dilma assumiu uma postura equivocada para tentar derrubar o regime militar.

O tucano ainda reiterou as críticas do comando do PSDB à visita de Dilma nesta semana ao túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, liderança política do período de transição.

"Ela não é bandida, mas lutou de maneira errada contra a ditadura. Chegamos ao cúmulo de ir ao colégio eleitoral prestar homenagem a Tancredo. Espero que tenha sido uma demonstração de autocrítica e não de eleitorismo", disse.

Vannucchi reagiu à crítica do tucano. "Equivocadas ou não, as ações [armadas] contra o regime fizeram parte de um processo amplo. [...] Eu tenho orgulho de ter feito parte de uma juventude atuante", disse.

Dilma rebateu ontem a nota divulgada pelo PSDB, PPS e DEM, opositores do governo, criticando a homenagem ao Tancredo Neves. Disse que "nenhum homem público é propriedade de nenhum partido".

"Acho surpreendente porque nenhum homem público no Brasil é propriedade de nenhum partido. O fato de a gente respeitar o Tancredo Neves... Ele foi brasileiro eleito presidente da República e, infelizmente, não pode governar. Ele não era propriamente nem do PT e nem do PSDB, era do PMDB", disse.

E acrescentou: "Podemos perfeitamente ser do PT e respeitar o Tancredo Neves, até porque hoje ele é um patrimônio do Brasil".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718009.shtml

Marina Silva se reunirá com militantes de rede social em Minas

colaboração para a Folha

A senadora pré-candidata à Presidência, Marina Silva (PV), se reunirá com militantes rede social Movimento Marina Silva no sábado (10), em Belo Horizonte (MG).

Segundo um dos coordenadores da rede, Cássio Martinho, o movimento foi criado em 2007, de forma espontânea, tem cerca de 15 mil seguidores e é suprapartidário. "Será o primeiro grande encontro do movimento com a Marina. Pretendemos fazer outros, em várias cidades do país, conforme a agenda da senadora", diz Martinho.

Ele explica que a rede surgiu para discutir outras formas de fazer política, não convencional. "Não temos vínculo com nenhum partido, estamos livres de amarras. O movimento é formado por pessoas cansadas da politicagem e essa é uma das qualidades da Marina", afirma Martinho.

O movimento espera cerca de 400 pessoas no encontro.

Agenda

Ainda em Belo Horizonte, a senadora participa na sexta-feira (9) do lançamento da pré-candidatura do deputado federal Zé Fernando Aparecido de Oliveira (PV) a governador de Minas.

No mesmo dia, ela também acompanha a posse do novo presidente do PV de Minas Gerais, Ronaldo Vasconcellos.

No sábado (10) de manhã, ela se reúne com líderes evangélicos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718010.shtml

Elogios de Dilma a Aécio criam embaraços para aliados em Minas

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
ANA FLOR
enviada especial a Belo Horizonte

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, elogiou ontem o ex-governador Aécio Neves e defendeu que o eleitor mineiro vote nela e no tucano Antonio Anastasia para o governo --compondo a chapa "Dilmasia", ou "Anastadilma", que ela disse preferir.

Em entrevista à rádio Itatiaia, Dilma admitiu a possibilidade de o eleitor mineiro votar em uma dobradinha PT-PSDB para presidente e para governador.

Dilma falava sobre a eventualidade de ocorrer algo semelhante a 2002 e 2006, quando Aécio foi eleito governador, mas Lula foi o mais votado para presidente em Minas -o voto 'Lulécio'. Agora, a dobradinha seria entre ela para o Planalto e Anastasia para o governo, o que vem sendo chamado pela mídia mineira de 'Dilmasia'.

O flerte com os tucanos, por outro lado, cria um embaraço para a própria Dilma, uma vez que o PT tem dois pré-candidatos em Minas: o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Além disso, o partido discute a possibilidade de apoiar o peemedebista Hélio Costa para o governo.

Leia reportagem completa na edição de hoje da Folha (íntegra para assinantes do jornal e do UOL).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u717974.shtml

PSDB tenta salvar aliança com Gabeira e DEM

Comando tucano busca reverter a crise entre deputado e Cesar Maia para garantir um palanque forte para Serra no Rio

Luciana Nunes Leal - O Estado de S.Paulo

Sem nome competitivo para disputar o governo do Rio de Janeiro e garantir um palanque forte ao pré-candidato à Presidência José Serra, o PSDB se esforça para salvar a aliança em torno do candidato do PV, deputado Fernando Gabeira, que reúne também o PPS e o DEM.

O movimento envolverá a direção nacional tucana, após o lançamento da candidatura de Serra, no próximo sábado, em Brasília. A festa de Serra é a prioridade absoluta dos tucanos, que não querem, até lá, evidenciar a fragilidade do PSDB no terceiro colégio eleitoral do País.

Na semana que vem, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), e o próprio Serra deverão se envolver na busca de uma solução que mantenha a aliança dos quatro partidos. "Meu maior interesse é que não haja nenhum ruído no lançamento da candidatura do Serra", disse Gabeira ontem.

O ex-prefeito Cesar Maia, pré-candidato do DEM ao Senado, está no centro do impasse. Os verdes dizem que Maia tira votos do candidato ao governo, especialmente na classe média, e não querem o ex-prefeito na chapa de Gabeira. Para o PSDB nacional, porém, é fundamental a manutenção da aliança com o DEM, principal aliado na disputa presidencial. Sem o DEM, os tucanos não levarão adiante o apoio a Gabeira.

Em reação ao PV, Cesar Maia passou a defender uma candidatura própria do PSDB, com apoio do DEM. O problema é a falta de um tucano capaz de enfrentar o governador Sérgio Cabral (PMDB), que disputa a reeleição, e o ex-governador Anthony Garotinho, candidato pelo PR.

Sem plano B. Um parlamentar do PSDB do Rio admite que o partido "não tem plano B". Por outro lado, o PV precisa do tempo de televisão do PSDB e do próprio DEM. "Meu eleitorado mais básico resiste não ao DEM, mas ao nome de Cesar Maia. Não posso trocar de eleitorado a essa altura da vida. Mas vou esperar passar o dia 10, o lançamento da candidatura do Serra, para me manifestar", afirmou Gabeira.

"Reafirmamos nosso objetivo da aliança dos quatro partidos, que tem mais chance de vitória no Rio. Nossos passos serão aqueles estabelecidos pelo comando nacional da campanha e que forem mais importantes para a candidatura Serra", disse o deputado Otávio Leite (RJ). Se a aliança for mantida, o PSDB indicará o ex-deputado Márcio Fortes para vice de Gabeira. No lugar de Cesar Maia, o PV quer lançar a vereadora Aspásia Camargo candidata ao Senado.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100408/not_imp535464,0.php

Dilma arma ato para rivalizar com Serra

No dia do lançamento da candidatura tucana, petista fará 'contraponto social' com Lula e sindicalistas no ABC

Vera Rosa - O Estado de S.Paulo

O comando da campanha de Dilma Rousseff à Presidência encomendou para o próximo sábado um ato político engrossado por seis centrais sindicais, em São Bernardo do Campo (SP), na tentativa de fazer "contraponto social" ao lançamento da candidatura do ex-governador José Serra ao Palácio do Planalto.

A ofensiva do PT de Dilma para bombardear a festa do PSDB de Serra, em Brasília, deverá contar com a ajuda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convidado de honra da manifestação organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O tema do encontro - emprego e qualificação profissional - foi escolhido com a recomendação de que era preciso juntar povo no palanque.

Emissários de Dilma, porém, procuraram dirigentes das centrais e pediram a eles que não empunhassem ali, no sindicato presidido por Lula de 1975 a 1980, a bandeira das 40 horas semanais de trabalho, para não constranger a ex-ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT.

Contrariados, representantes da Força Sindical ameaçaram levantar uma faixa provocativa, com os dizeres "Lula, 40 ou 45?". Quarenta e cinco é o número do PSDB.

"Vamos fazer passeatas pela redução da jornada de 44 para 40 horas em vários Estados, na semana que vem, e queremos conversar com Lula antes de sábado", afirmou o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. A CUT não criou embaraços.

A defesa das 40 horas, "sem redução de salários", consta das diretrizes do programa de governo de Dilma. Embora a plataforma tenha sido aprovada em fevereiro pelo 4.º Congresso do PT, o Planalto está dividido quanto à conveniência da mudança.

Na prática, o corte na jornada de trabalho é interpretado pelo governo como uma faca de dois gumes: aproxima Dilma dos movimentos sociais, mas dificulta o diálogo do PT com empresários, muitos deles aliados de Serra.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) - cotado para vice de Dilma -, apresentou proposta alternativa, que diminui a jornada de 44 para 42 horas semanais. O projeto, porém, está empacado no Congresso.

Antes de o PT bater o martelo sobre o ato planejado para embaçar a aclamação de Serra, a equipe de Dilma chegou a cogitar a possibilidade de patrocinar um encontro sobre educação, em São Paulo. A ideia foi vetada porque integrantes do governo alertaram que o "comício" poderia soar como provocação a Serra, já que ainda há professores estaduais em greve. Em conversas reservadas, ministros argumentaram que o objetivo era "fazer contraponto, e não um confronto".

Dilma também escapou da saia-justa com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que é seu aliado e vai concorrer à reeleição. Depois de arrumar mil desculpas, ela trocou o Congresso do PR - que no sábado marcará o lançamento da pré-candidatura de Anthony Garotinho ao governo fluminense - pelo ato com Lula no ABC.

A petista vai subir no palanque de Cabral e Garotinho, mas não quis comprar briga antecipada. A superstição também falou alto: em 2006, logo após passar para o segundo turno da disputa com Lula, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB)reuniu-se com Garotinho, que lhe declarou apoio. Foi o beijo da morte: Alckmin perdeu a eleição.

Para lembrar
Partido lançou ministra em congresso

O PT lançou a candidatura de Dilma Rousseff à sucessão do presidente Lula em 20 de fevereiro, no último dia de seu 4.º Congresso, em Brasília. Na ocasião, o partido também aprovou documento intitulado "A Grande Transformação", com as diretrizes do programa de governo petista. Quarenta e nove dias depois, o PSDB fará encontro nos mesmos moldes para aclamar o ex-governador José Serra como candidato ao Palácio do Planalto.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100408/not_imp535461,0.php

Ciro se compara a Lula e diz que pode ser

Deputado federal defende candidatura à Presidência e critica polarização PT-PSDB

Do R7

Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência, defendeu sua candidatura para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a polarização entre PT e PSDB nas próximas eleições. “Não acho que seja correto com o povo brasileiro reduzir o debate eleitoral a uma disputa entre a turma do Lula – na qual me incluo – e a turma do FHC”, afirmou Ciro em seu site na quarta-feira (7).

Ao defender a despolarização entre os pré-candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), o deputado federal disse que os problemas do Brasil são maiores e mais profundos do que um simples “duelo entre PT e PSDB”.

Pressionado para abandonar a disputa, Ciro afirmou que a candidatura própria do PSB tem “papel importante a cumprir”, forçando “os demais candidatos a discutirem o futuro do Brasil”. Ciro alega que o PSB precisa pensar grande e disputar um lugar entre “os quatro principais partidos do país”.

No texto, Ciro se mostrou confiante com a possibilidade de conseguir 15% dos votos em outubro e fez a conta: “significam cerca de 20 milhões de eleitores acreditando na mensagem do PSB.”

O deputado afirmou que o PSB lance candidatos à Presidência, aos governos estaduais e ao Congresso. Ciro defendeu que “time que não joga não forma torcida” e por isso é preciso insistir e disputar a Presidência pela terceira vez. O deputado citou o exemplo de Lula, que foi “persistente” e venceu as eleições presidenciais após três tentativas frustradas.

Ciro defendeu a ideia de que outros candidatos podem ser mais parecidos com Lula do que a ex-ministra Dilma Rousseff, escolhida pelo presidente para disputar a sucessão:

“O eleitor poderá até descobrir que existe alguém mais parecido com o próprio Lula do que a candidata que o Lula diz que é. Ou a história de vida da Marina não é parecida com a dele? Ou a minha persistência de ser candidato não é parecida com a dele? Ou as minhas gestões na Prefeitura de Fortaleza e no Governo do Ceará não trouxeram para meus conterrâneos o mesmo acesso à felicidade que hoje o Governo Lula traz ao povo brasileiro?”

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ciro-se-compara-a-lula-e-diz-que-pode-ser-mais-parecido-com-o-presidente-do-que-dilma-20100408.html

Lula vai participar de ato do PCdoB em apoio a Dilma

O partido espera mais de 1.000 pessoas no evento que acontecerá hoje em Brasília

Do R7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua participação no ato partidário organizado pelo PCdoB (Partido Comunista do Brasil) em apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República que acontece nesta quinta-feira (08) em Brasília. Além do presidente, 12 ministros de Estado confirmaram presença até agora.

O evento, para o qual são esperados mais de 1.000 militantes, vai ratificar os compromissos firmados pelo PCdoB com o apoio à pré-candidatura de Dilma, que será oficializada na convenção eleitoral programada para o mês de junho.

A cerimônia será apresentada pela atriz Ana Cristina Petta e contará com a participação de artistas filiados ao partido, como Martinho da Vila, Leci Brandão, Jorge Mautner e Netinho de Paula. Este último será candidato pelo PCdoB, em São Paulo, a uma vaga no Senado.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/lula-vai-participar-de-ato-do-pcdob-em-apoio-a-dilma-20100407.html

Dilma Rousseff faz discurso estratégico para conquistar empresariado mineiro

A pré candidata garante que política econômica será mantida com concessão de crédito caso seja eleita para chefiar o Executivo

Correio Braziliense-Leonardo Augusto


A ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff fez (7/4) um discurso estratégico no primeiro encontro com empresários depois que colocou o pé na estrada como pré-candidata do PT à Presidência da República. Em encontro com cerca de 150 representantes do setor privado, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), não só tranquilizou os empresários, deixando claro — ainda que nas entrelinhas, por força da legislação eleitoral — que não pretende trilhar linha diferente da adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condução da política econômica, como assumiu a cartilha do setor produtivo do país, defendendo a redução de impostos, a necessidade de reavaliação do preço da energia e de investimentos em logística para escoamento da produção.

Ex-militante da esquerda na década de 1960, Dilma repete a estratégia usada em 2002 pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que convidou José Alencar, criador da Coteminas, um império do setor têxtil, para ser vice na chapa para disputa pelo Palácio do Planalto para conquistar a simpatia do empresariado. Em 2006, Lula manteve José Alencar, afirmando que “em time que está ganhando não se mexe”.

Dilma defendeu ainda que o estado contribua para viabilizar linhas de crédito para o setor produtivo, com a utilização dos bancos públicos, e afirmou acreditar também que as instituições privadas devem ter participação maior no oferecimento de financiamento para as empresas. Sem exagerar nos elogios ao setor privado brasileiro, a ex-ministra disse que o empresariado do país é darwiniano. “Depois de tantos choques, ficaram os mais fortes”, disse.

“Roteiro sentimental”
Dilma Rousseff fez ontem um “roteiro sentimental” pela capital do segundo maior colégio eleitoral do país. Ela aproveitou a passagem por Belo Horizonte para rebater as críticas de que estaria tentando reforçar “sua mineiridade” de olho nos votos do estado. “Passei a minha infância e cheguei à minha vida adulta aqui. Foi aqui que despertei para a consciência política, lá no Estadual Central (Escola Estadual Governador Milton Campos), uma verdadeira usina de ideias e descobertas. Além de ter ensino de qualidade, ele te introduzia no mundo das ideias, da política. Lá, todos nós estávamos preocupados em ter um país com justiça social”, comentou Dilma, que morou em Belo Horizonte até os 21 anos e ontem de manhã visitou o colégio onde estudou na adolescência.

Afastada de fundação gaúcha

» A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, suspendeu o contrato de trabalho com a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE), ligada ao governo do Rio Grande do Sul. Ela era servidora concursada da instituição desde a década de 1970 e estava cedida ao governo federal até 31 de março, quando se afastou da Casa Civil para se dedicar à campanha eleitoral. Afastada, Dilma não receberá salários da fundação. Sua renda mensal, de cerca de
R$ 17 mil, é bancada pelo PT.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/08/politica,i=184700/DILMA+ROUSSEFF+FAZ+DISCURSO+ESTRATEGICO+PARA+CONQUISTAR+EMPRESARIADO+MINEIRO.shtml

Perto de Dilma, mas de olho em Serra

PP já analisa a possibilidade de fechar com o PSDB, caso surja convite para indicar o vice na chapa tucana, ou até mesmo ficar de fora das alianças presidenciais

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

Incerto quanto ao futuro ao lado da candidata do PT, Dilma Rousseff, o PP começa a olhar a perspectiva de fechar com o tucano José Serra, caso seja do interesse do PSDB, ou ficar fora da sucessão presidencial, sem firmar aliança com nenhum candidato. Nos bastidores, os deputados do partido não descartam até mesmo fazer de seu presidente, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o nome da chapa tucana para vice de Serra, caso o PSDB desista da chapa puro-sangue ensaiada no início de fevereiro com o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves ou mesmo o senador Tasso Jereissati (CE). Para que isso ocorra, dizem os pepistas, basta Aécio pedir.

Os pepistas têm considerado em suas reuniões mais reservadas, segundo contam seus deputados, que a divisão interna de poder na aliança petista será desequilibrada em favor do PMDB, o maior partido da base. E, para completar, não há qualquer garantia de que o partido continuará a comandar o Ministério das Cidades num hipotético governo Dilma, já que essa área pertencia ao PT no início da gestão de Lula, quando o ministro era o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra.

Os cálculos feitos nessas reuniões, afirmam os deputados, indicam que o único estado em que o PP está hoje muito bem acomodado junto aos petistas é na Bahia. Lá, o ex-líder da bancada Mário Negromonte fechou com Jaques Wagner. Com isso, o PP terá o vice na chapa, Otto Alencar. Os demais estão distantes.

No Rio Grande do Sul, o partido está mais próximo da governadora Yeda Crusius (PSDB), candidata à reeleição, que tem uma das vagas ao Senado para oferecer à jornalista Ana Amélia Lemos, o nome do PP para a negociação de alianças. O PSB, no entanto, está numa batalha para tentar levar a jornalista para o palanque do deputado Beto Albuquerque, pré-candidato ao governo estadual.

Nordeste
Em Santa Catarina, o palanque de Dilma é hoje o da senadora Ideli Salvatti e o da deputada Ângela Amin (PP), pré-candidata do PP ao governo estadual, ainda está em aberto, sem saber para que lado seguir. No Nordeste, onde o PT acredita estar tudo fechado em favor de Dilma, o PP segue com José Serra tanto na Paraíba, quanto em Alagoas, onde o deputado Benedito de Lira está prestes a firmar um acordo com os tucanos para ser um dos candidatos ao Senado na chapa do governador Teotônio Vilela (PSDB). Na maioria dos estados, o partido está indefinido, como Piauí e Amazonas.

Da parte de Dornelles, no entanto, a ordem é dar tempo ao tempo e avaliar o quadro no final de maio. “Estou consultando os estados. Teremos uma avaliação na hora certa”, diz ele. Quanto ao fato de ocupar o cargo de vice de José Serra, a resposta de Dornelles mostra que, embora faça política no Rio de Janeiro, ele é mais mineiro do que seu primo Aécio Neves: “Não há política sem lendas e sem histórias. E quando adquirem força própria, não adianta nem confirmar, nem desmentir”.

Marco Aurélio de volta ao TSE

» O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi eleito ontem para exercer dois anos de mandato como membro titular do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele assumirá a vaga a ser deixada daqui a duas semanas por Carlos Ayres Britto, atual presidente da Corte. Marco Aurélio assumirá a função no dia 22, mesma data em que Ricardo Lewandowski toma posse na Presidência do TSE. Marco Aurélio, que exercia desde o ano passado uma vaga de ministro substituto do TSE, foi conduzido a uma cadeira titular pelo critério de antiguidade, uma vez que há um rodízio para o preenchimento dos cargos. O TSE não tem ministros fixos. É composto por sete juízes, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados. Todos têm mandato de dois anos, com a possibilidade de renovação por igual período.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/08/politica,i=184658/PERTO+DE+DILMA+MAS+DE+OLHO+EM+SERRA.shtml