7 de nov. de 2009

Cúpula do PSDB participa de encontro em Diadema

Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC

O PSDB promove neste sábado, das 9h30 às 12h, no Legislativo, encontro regional em Diadema, exatamente no colégio eleitoral do deputado José Augusto da Silva Ramos. Embora as lideranças tucanas alinhem o mesmo discurso de fortalecimento do partido na região, nos bastidores sabe-se que deve ser ratificada a dobradinha de apoio para Geraldo Alckmin e José Serra em 2010.

Dos tucanos da região, praticamente, José Augusto é o único pró-Aloysio Nunes Ferreira Filho, secretário-chefe da Casa Civil do Estado e homem-forte do governador. Em 27 de agosto, Aloysio esteve em Diadema a convite do deputado.

Na contramão, demais lideranças do Grande ABC, como o deputado estadual Orlando Morando e o ex-vice-prefeito de São Bernardo pelo PSB, William Dib, recém-chegado ao ninho tucano, são alckmistas declarados.

No entanto, nem Alckmin nem Aloysio marcam presença hoje na Câmara. O governador José Serra também está em viagem pela Europa. O presidente do PSDB estadual, deputado federal Mendes Thame, chega de Marília, interior de São Paulo, para o encontro no município.

Para José Augusto, o PSDB tem se fortalecido na região. Ao todo, a sigla conta com o prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira, dois deputados estaduais e 15 vereadores.

"Em Diadema, fazemos forte oposição ao governo (administrado pelo prefeito Mário Reali, do PT). São Bernardo não é diferente com o deputado Orlando e o ex-prefeito Dib. Santo André tem saído fortalecida com várias lideranças", avaliou José Augusto.

O coordenador regional e presidente do PSDB de Ribeirão Pires, Cezar de Carvalho, creditou so eleitorado do Grande ABC como "altamente significativo" para a eleição estadual e nacional do próximo ano. "Temos hoje 1,8 milhão de eleitores na região. Sem dúvida, que os políticos buscam votos no Grande ABC", acrescentou o tucano, alckmista de carteirinha.

O vereador José Francisco Dourado, que integra a bancada tucana no Legislativo de Diadema, confirmou que o prato principal, sem dúvida, deve ser a sucessão para os governos estadual e federal.

Pela primeira vez em um encontro regional do PSDB estará o ex-chefe do Executivo de São Bernardo. "O Dib será puxador de votos, além de ter experiência administrativa e partidária", argumentou o coordenador.

http://www.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=8&id=5776713

Oposição teme comparação entre Lula e FHC, insiste Berzoini

'O que acontece é que o povo se identificou com o jeito de governar do Lula', afirmou o presidente do PT

Letícia Bragaglia, da Agência Estado

SÃO PAULO - A liderança do PT, reunida neste sábado em encontro nacional de prefeitos, com a presença da pré-candidata do partido à Presidência da República e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, em Guarulhos (SP), voltou a rebater críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O tucano afirmou, em artigo publicado nesta semana, haver "autoritarismo popular" no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o presidente do partido, Ricardo Berzoini, "autoridade é diferente de autoritarismo. O que acontece é que o povo se identificou com o jeito de governar do Lula". Ele repetiu argumento do PT de que a oposição teme a comparação entre os governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso. Também destacou que a liderança de Lula deixou de ser apenas nacional e ganhou relevância no cenário internacional.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), adotou um tom mais provocativo ao se referir à oposição, sugerindo que se acalme. "Se eles estão nervosos, vão ficar ainda mais. Recomendo que tomem maracugina."

A ministra da Casa Civil foi muito aplaudida hoje no encontro nacional de prefeitos do PT. Ela chegou por volta das 9h30 e fez seu discurso depois ouvir vários prefeitos e lideranças. Deixou o encontro por volta das 13 horas, quando o evento foi encerrado, e seguiu para almoço com prefeitas, em Guarulhos. A reunião com as prefeitas foi fechado à imprensa.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,oposicao-teme-comparacao-entre-lula-e-fhc-insiste-berzoini,462768,0.htm

Após críticas de Lula, FHC diz evitar debate de 'baixo nível'

Terra - Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) comentou neste sábado as críticas de seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), feitas ontem durante o 12º Congresso do PCdoB, em São Paulo. No evento, Lula afirmou que FHC tinha certeza de que o governo petista "seria um fracasso", além de dizer que o governo tucano não foi melhor por "incompetência".

"Tudo o que tinha a dizer já disse. Não vou mais falar sobre o assunto. Não quero entrar nesse debate de baixo nível das questões", disse Fernando Henrique, que participa nesse sábado da Conferência de São Paulo.

As críticas de Lula foram motivadas por um artigo escrito por Fernando Henrique, publicado no último fim de semana. No texto, o tucano afirmou que se a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ganhar as eleições presidenciais em 2010, sobrará ao Brasil um "subperonismo" - em referência ao ex-presidente argentino Juan Domingo Perón - e "uma burocracia sindical aninhada no Estado".

"O que eu escrevi foi pensando no funcionamento do sistema, não foi pensando em pessoas. Não tenho nada a acrescentar. Quero evitar que isso se transfome em acusações pessoais. Não é o meu objetivo e não faz meu estilo", disse o ex-presidente.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4087615-EI7896,00-Apos+criticas+de+Lula+FHC+diz+evitar+debate+de+baixo+nivel.html

Dilma volta a dizer que oposição pensa ser astuta, mas é patética

GUILHERME REED
colaboração para a Folha Online

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) voltou a chamar a oposição de "patética" neste sábado ao querer dividir a base aliada. "Eles [da oposição] pensam ser astutos em querer dividir a base, mas são patéticos", afirmou ela após participar de um encontro de prefeitas do PT, em São Paulo.

Ontem, durante participação no congresso nacional do PC do B, também em São Paulo, Dilma defendeu a unidade entre os partidos aliados e disse que a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é patética e desconexa.

"Decididamente, aqueles que vão fazer o Brasil avançar não serão aqueles que imobilizaram no modelo neoliberal este país por tantos anos. As forças do passado que mais uma vez tentam se organizar e que usam as mesmas velhas e surradas táticas. Pensam ser astutos ao tentar fragmentar a base aliada do governo lula por meio de crises muito artificiais. São patéticos ao tentar confundir as pessoas e dizerem que nossos modelos são parecidos, nossa política econômica é a mesma", afirmou ontem a ministra.

Hoje, ao lado do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, a ministra ainda polarizou a disputa presidencial entre PT e PSDB. "O que se joga no ano que vem é o confronto de dois Brasis, um que terminou em 2002 e o que o termina em 2010."

Dilma evitou comparar os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas aproveitou para criticar a imprensa.

"Havia um apoio praticamente midiático [à oposição]. Mas a realidade tratou de destruir os dogmas da oposição de que a distribuição de renda é incompatível com o crescimento econômico, que o Estado mínimo é exigência da modernidade, que havia um teto para crescer e de que se subisse mais, haveria inflação."

Antes de participar do encontro com as prefeitas, a ministra defendeu a participação das mulheres na política. "As mulheres têm todas as condições de pleitear qualquer cargo."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u649150.shtml

Oposição padece 'de completa falta de rumo', diz Dilma

ROLDÃO ARRUDA - Agencia Estado

SÃO PAULO - A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje em São Paulo que as críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva partem de uma oposição que padece de "excesso de vaidade e de completa falta de rumo, incapaz de formular um projeto para o País, um programa de transformações".

Numa referência indireta ao artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), publicado na edição de domingo do jornal O Estado de S. Paulo, no qual ele afirmou que o atual governo caminha para o "autoritarismo popular", a pré-candidata disse: "Nós somos de fato os grandes democratas desse País. Nós ouvimos sempre os prefeitos, nós fizemos alianças políticas e, mais que tudo, ouvimos todos os setores da população."

As afirmações de Dilma foram feitas no encontro nacional de prefeitos e vice-prefeitos do PT, que foi aberto hoje no município de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Ao encerrar seu discurso perante uma audiência com mil pessoas, ela conclamou a plateia a ir às ruas na campanha de 2010 com o propósito de deixar bem claro as diferenças entre o governo Lula e o de seu antecessor. "O que vai estar em jogo é o confronto entre dois programas, entre dois Brasis, o Brasil de 2002 e o de 2009", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,oposicao-padece-de-completa-falta-de-rumo-diz-dilma,462752,0.htm

'Nada mais burro que isso', responde Lula a Caetano

O presidente rebateu declaração do cantor e compositor baiano, que o chamou de 'analfabeto' em entrevista à jornalista Sonia Racy, do 'Estado'

Clarissa Oliveira, O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu ontem ao fato de ter sido chamado de analfabeto pelo cantor Caetano Veloso, em entrevista ao Estado concedida à jornalista Sonia Racy. Devolvendo também as criticas feitas em artigo publicado no Estado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele afirmou que aqueles que o criticam não se conformam com o reconhecimento que seu governo conquistou.

"Eles têm que assistir a um operário - não tenho vergonha de dizer um operário - ganhar tudo o que eles imaginavam que pudessem ganhar", disse Lula, engatando uma resposta a Caetano. Disse que nesta semana foi "até chamado de analfabeto" e continuou: "É muito engraçado porque tem gente que acha que a inteligência está ligada à quantidade de anos de escolaridade que você tem. Não tem nada mais burro que isso".

Segundo o presidente, as pessoas que "dizem o que querem ouvem o que não querem". "A vida é assim, a vida é dura", disse Lula, que discursou depois da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, no congresso do PC do B, ontem, em São Paulo.

DIVISÃO

Atacado por líderes do PT por ter qualificado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "analfabeto", o cantor Caetano Veloso recebeu, na classe artística, manifestações de solidariedade e de crítica.

"Por que nada de Lula pode ser criticado?", questionou Nelson Motta, produtor musical, escritor e colunista do Estado. "Achei realmente deselegante, para dizer o mínimo, o fato de o cantor ter chamado o presidente Lula de analfabeto, coisa que ele não é", afirmou o escritor Ricardo Lísias. "O leão está banguela, rugindo lugares comuns", opinou o ator Pascoal da Conceição.

Para a documentarista e ensaísta Miriam Chnaiderman, não se deve interpretar as declarações como uma "análise política" sobre o Brasil. "Caetano, como sempre, não está minimamente preocupado em ser coerente. E é essa sua riqueza como criador maravilhoso que é."

Já o maestro Jamil Maluf não vê incoerência na manifestação. "Caetano conhece o peso das palavras como poucos. Se disse o que disse é por que realmente pensa o que pensa."

OPÇÃO

Caetano se referiu a Lula como "analfabeto" em entrevista à jornalista Sonia Racy, do Estado. Ele também anunciou sua opção pela candidatura de Marina Silva à Presidência, em 2010. "Não posso deixar de votar nela", disse o cantor. "Marina é Lula e é Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é uma cabocla. É inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro."

"É no mínimo estranho alguém que diz isso depois dizer que Lula é grosseiro. Ele (Caetano) é que foi grosseiro", disse Ricardo Lísias.

"Não vejo motivo para tanto estupor por dizer que Lula, apesar de fazer ótima administração, principalmente econômica, muitas vezes é grosseiro, arrogante, bravateiro e mal-educado em seus discursos. Não tira nenhum de seus méritos políticos e administrativas. É algo que o próprio Lula não deve ignorar nem negar. Não é crime nem pecado mortal, é só uma questão de estilo, afirmou Nelson Motta.

MARINA

Sobre a entrada de Marina Silva na corrida presidencial, Motta negou que pretenda votar nela, apesar de ter simpatia pela senadora acreana. "Concordo com Caetano quanto à educação, serenidade e elegância da Marina, mas ser Lula mais Obama... É uma certa empolgação do Caetano."

"A defesa que Caetano faz da candidatura de Marina Silva reflete um desejo messiânico", disse Ivam Cabral, ator e diretor teatral. "O Brasil não precisa de outros profetas. Caetano ignora aspectos importantes da personalidade dela. Sua religiosidade fervorosa e radical pode trazer atrasos significativos em relação a temas como engenharia genética, pesquisa de embriões, direitos de homossexuais, etc."

Além de sair em defesa de Lula, Ricardo Lísias criticou seu antecessor na Presidência, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "Não concordo que ter FHC e depois Lula é algo bom. Eu acho FHC uma figura ornamental, um sujeito que se orgulha de falar inglês e francês, de ter doutorado, de ser professor da USP e que simplesmente fez um governo que só favoreceu a classe economicamente dominante. Tenho extrema antipatia por essa oligarquia de doutorado, que acha que sabe falar, o pessoal fino de Higienópolis."

Marina Silva não quis se manifestar sobre as declarações do cantor a respeito do presidente.

O que ele disse e o que disseram dele

"Minha candidata à Presidência é Marina Silva... Pode botar aí. Não posso deixar de votar nela. É por demais forte, simbolicamente para eu não me abalar. Marina é Lula e é Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é uma cabocla, é inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro..."

Caetano Veloso, cantor e compositor

"O Serra foi um excelente ministro da Saúde. Agora, ele é o tipo do cara que, se tivesse ganho no lugar de Lula, em 2002, teria trazido mais problemas à economia brasileira. Ele teria feito um governo mais à esquerda... O Lula fez a economia de direita..."

Caetano Veloso

"Ela (Dilma Rousseff) tem um trabalho de pura gestão, mas sem experiência de poder político direto. Ela nunca foi eleita a coisa nenhuma."

Caetano Veloso

"Vou falar de Aécio, de quem eu gosto muito. Talvez seja meu favorito entre os gestores. Porque acho que o Serra talvez ficasse mais isolado que o Aécio. E a Dilma talvez ficasse muito presa ao esquema estabelecido de ocupação dos espaços estatais pelo governo do PT."

Caetano Veloso

"Esse negócio de Estado muito forte não me atrai. Acho que ele tem de ser firme, mas não tem de ser um Estado de força. A lei tem de ser nítida, obedecida por todos, em primeiro lugar por quem manda."

Caetano Veloso

"Tem uma recaída num negócio que é tradicional aqui (América Latina), a figura do líder populista - uma linha demagógica liderada por Hugo Chávez. Mas o interessante é que Lula tem um papel bem diferente disso. Lula é um grande líder populista, mas é mais pragmático."

Caetano Veloso

"O povo não é tolo assim."

Caetano Veloso

"Leãozinho desdentado... Mesmo alfabetizado, já era!"

Maria Alice Vergueiro, atriz

"A defesa que Caetano faz da candidatura de Marina Silva reflete um desejo messiânico. O Brasil não precisa de outros profetas, cheios de conceitos antigos."

Ivam Cabral, ator e diretor teatral

"Não vejo motivo para tanto estupor por Caetano dizer que Lula, apesar de fazer ótima administração, principalmente econômica, muitas vezes é grosseiro, arrogante, bravateiro e mal educado em seus discursos... Por que absolutamente nada de Lula pode ser criticado ? Porque ele tem 80% de popularidade ?"

Nelson Motta, produtor musical, escritor e colunista do Caderno 2

"Caetano, como sempre, não está minimamente preocupado em ser coerente. E é essa sua riqueza como criador maravilhoso que é."

Miriam Chnaiderman, ensaísta e psicoterapeuta

"Achei deselegante, para dizer o mínimo, o fato de o cantor ter chamado o presidente Lula de analfabeto, coisa que ele não é... Creio ainda que a pior parte do governo Lula é a continuidade de algumas políticas econômicas de FHC..."

Ricardo Lísias, escritor

"Como é que um artista pode ter tantas opiniões prolixas e confiantes sobre temas tão díspares quanto geopolítica, história, economia, linguística e ecologia, e, no final, se declara ignorante sobre o tema que lhe deveria ser mais caro, a política cultural do país?"

Rodolfo García Vázquez, diretor do grupo de teatro Os Satyros

"Caetano conhece o peso das palavras. Se disse o que disse é por que pensa o que pensa."

Jamil Maluf, maestro

"O leão está banguela, rugindo lugares comuns. Prefiro o Caetano mais feroz. Menos pleno de maturidade. No fundo, esse papo é o desejo de se matar, por vergonha de reconhecer o que realmente somos."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,nada-mais-burro-que-isso-responde-lula-a-caetano,462669,0.htm

PT vai bancar diárias e passagens para prefeitos e vice em evento pró-Dilma

Ministra vai participar do encontro neste sábado para debater temas como a conjuntura política, os avanços do governo e as eleições de 2010

Andréia Sadi, do R7

O PT vai bancar passagens e diárias para mais de 500 prefeitos e 400 vice-prefeitos participarem de evento neste sábado (7) para turbinar a pré-campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata do partido às eleições presidenciais de 2010. A informação foi confirmada ao R7 pela assessoria nacional do partido, que explica que os convidados não poderiam se ‘’deslocar para Guarulhos, em São Paulo, se tivessem despesa’’ ou teriam de pagar do próprio bolso. E justifica ainda que o gasto é para uma ‘’atividade do partido, e não de administração''.

O PT ainda não sabe informar ainda em quanto ficará o evento e disse que a Snai (Secretaria Nacional de Assuntos Institucionais), por meio do titular Romênio Pereira, terá o valor fechado neste sábado.

No primeiro lote de passagens, são oferecidas diárias em três hotéis diferentes em Guarulhos para os convidados – Hotel Matiz, Hotel Mônaco e Hotel Bristol. Uma consulta do R7 feita aos portais dos hotéis mostra que as diárias de quartos simples – para uma pessoa que vai se hospedar entre os dias 6 e 7 – variam de R$100 a R$150. Para as passagens, o site do PT divulgou 130 voos disponibilizados pelas companhias TAM e Gol.

Foram convocados os 560 prefeitos e os 423 vice-prefeitos petistas, além de líderes regionais, com o objetivo de montar uma estratégia municipalista, para que os petistas se engajem e conquistem o apoio de prefeitos de outros partidos. Além deles, participarão ministros, deputados e senadores.

Dilma vai participar do encontro para debater temas como a conjuntura política, os avanços do governo e as eleições de 2010. A ministra também vai almoçar com as mulheres do PT.

No começo do ano, Lula e Dilma participaram de Encontro Nacional que reuniu cinco mil prefeitos, em Brasília, e foram acusados pela oposição de antecipar a campanha eleitoral. Durante o evento, prefeitos fizeram fila para levar fotomontagem com os dois. A defesa de Lula e Dilma negou o caráter eleitoreiro e disse que o objetivo foi o de estreitar as relações entre o governo federal e os novos prefeitos, eleitos em 2008.

A maratona petista termina neste domingo (8), quando o partido lança seu novo portal com um investimento de R$ 600 mil que abrigará uma TV e uma rádio online. Além de ser uma importante ferramenta para promover Dilma, o portal - que usará recursos da web 2.0, como os sites de relacionamento twitter e Orkut - trará entrevistas com ministros e, a partir de 5 de julho de 2010, poderá arrecadar doações para a campanha.

O portal seria lançado no dia 5, mas devido a problemas técnicos sua estreia foi adiada.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/pt-vai-bancar-diarias-e-passagens-para-prefeitos-e-vice-em-evento-pro-dilma-20091107.html

Dilma fala como candidata e diz que "forças do passado" esqueceram do povo

Andréia Sadi, do R7

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse neste sábado (7) que as" forças do passado" são "arrogantes e patéticas". Para a candidata do PT à presidência em 2010, isso acontece quando a oposição tenta produzir "crises artificiais" ou se comparar à atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sem citar nomes, Dilma disse hoje que estas forças "esqueceram o povo".

- Nosso problema não foi ter sorte, o fato é que nós temos sorte, sim. Não somos pé frio. Mas, sobretudo, temos competência de gestão. A eles pode ter faltado sorte, mas faltou muito mais competência e vontade política de mudar esse país.

Dilma, que está em São Paulo em evento para prefeitos do PT, repetiu o discurso duro que fez nesta sexta-feira (6). Na abertura do 12ª Congresso do PC do B, ontem, ela fez um discurso de mais de 30 minutos respondendo a críticas da oposição. A ministra conclamou os partidos da base aliada do governo de Lula a se unirem pela continuidade do projeto iniciado pelo partido.

No congresso, a ministra criticou o discurso da oposição, que tentaria confundir o povo ao defender que o governo Lula é uma continuidade do de Fernando Henrique Cardoso.

- São patéticos ao tentar confundir as pessoas dizendo que o desenvolvimento que obtivemos é continuação de medidas deles. São desconectos quando tentam explicar o que deu certo no nosso governo pela sorte ou pela conjuntura internacional. Fica claro que fomos competentes diante da crise financeira mundial.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/dilma-fala-como-candidata-e-diz-que-forcas-do-passado-esqueceram-do-povo-20091107.html

Mercadante diz que Dilma é o terceiro mandato de Lula

Andréia Sadi, do R7

O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante, disse neste sábado (7), em evento de prefeitos pró-Dilma, que só a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) preencherá o " vazio" deixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele "for para casa".

Dilma é o nome do partido para concorrer a presidência no ano que vem.

- A hora que o presidente Lula comecar a se despedir do Brasil, indo embora para casa, vai ficar um vazio muito grande. O terceiro mandato de Lula é Dilma.

Sobre os ataques à candidatura de Dilma, o senador fez coro com o discurso duro da ministra, feito na sexta-feira (6) no congresso do PC do B, e disse que a oposicão vai precisar de muito "maracujá" para encarar a continuação do projeto do governo Lula.

Dilma e Mercadante estão em São Paulo para o encontro que vai debater temas como a conjuntura política, os avanços do governo e as eleições de 2010. A ministra também vai almoçar com as mulheres do PT.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/mercadante-diz-que-dilma-e-o-terceiro-mandato-de-lula-20091107.html

Saudada como presidente em SP, Dilma convoca aliados

ANNE WARTH E CAROLINA FREITAS - Agencia Estado

SÃO PAULO - Vestida de vermelho dos pés à cabeça, a pré-candidata do PT à Presidência da República em 2010, ministra Dilma Rousseff, foi saudada ontem em São Paulo por aliados como a próxima presidente do País. O evento no Centro de Convenções do Anhembi marcava a abertura do 12º Congresso do PCdoB, mas acabou emprestando palco a uma convocação geral da base aliada em nome da união de forças pela candidatura de Dilma nas próximas eleições.

Em um momento de caça a apoios políticos para 2010, tanto por petistas quanto por tucanos, a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de oito ministros foi uma forma de prestigiar um importante aliado do PT nas eleições. Lideranças como a ex-prefeita Marta Suplicy, o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini, e o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), também marcaram presença na cerimônia.

Em um esforço para mostrar unidade no PT em torno da escolhida de Lula, Berzoini cumprimentou Dilma como "aquela que será a primeira mulher presidente da República". Ele fez um apelo à plateia de mais de 800 militantes comunistas: "Com o PCdoB construiremos a unidade que vai levar Dilma à Presidência".

Apesar dos problemas internos que enfrenta em alguns Estados onde dirigentes estão mais ligados à oposição, como em São Paulo e Pernambuco, o PMDB também mandou um representante diretamente do Rio de Janeiro. O governador Sérgio Cabral reiterou o apoio do partido à Dilma e saudou a ministra como "a futura presidenta" do País. Em nome do PDT, o deputado federal Vieira da Cunha partiu para o ataque aos antecessores de Lula, em especial ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Essa nuvem de gafanhotos não voltará, ministra Dilma Rousseff."

Aplausos

A cada citação do nome de Dilma ao microfone, erguia-se da plateia um coro de aprovação e aplausos. Por pelo menos cinco vezes o público bateu palma, de pé, para a fala os oradores. Simpáticos e receptivos, Lula e Dilma atraíram dezenas de pessoas que se aglomeraram em frente ao palco para fotografá-los e filmá-los.

Num discurso de 30 minutos - "longo demais para uma pré-candidata", como observaria Lula em seguida -, Dilma atacou a oposição e conclamou os aliados para a "tarefa histórica" de dar continuidade à administração petista. "Agora que as transformações pelas quais sempre lutamos começam a se aprofundar, não iremos deixar que elas escapem das nossas mãos, das mãos calejadas do povo brasileiro", disse. "É fundamental a união de forças. Todos os partidos da base têm um papel muito importante. Vocês estão sendo desafiados a continuar e a fazer avançar esse projeto generoso de Brasil."

Dilma associou a oposição a "forças do passado". "Decididamente os que vão fazer o Brasil avançar não serão aqueles que imobilizaram este País num modelo neoliberal por tantos anos." Ela chamou os adversários de Lula de "patéticos", "desconexos" e "atrasados" ao tentarem aproximar o governo anterior, de FHC, da gestão dos petistas. "Eles não têm moral para falar de nós."

Fernando Henrique

Sem citar as críticas de Fernando Henrique a Lula, publicadas em um artigo do ex-presidente no último domingo no jornal O Estado de S. Paulo, Dilma revidou: "Como são incapazes de formular um projeto de nação, o que fazem hoje é fabricar um mundo de mistificação, arrogante, em que em seus queixumes e resmungos não conseguem ocultar o excesso de vaidade e a falta de rumo."

Lula fez sua parte e tentou aproximar Dilma dos militantes presentes ao evento com brincadeiras. Ao falar sobre sua viagem ao Reino Unido nessa semana, o presidente contou ter se encontrado com empresários ingleses na City londrina, "o lugar mais chique de Londres, o miolo do sistema financeiro mundial", e não deixou de citar a companhia da ministra. "Vocês não têm noção do que é ''chiqueza''. E aí a Dilma fez um discurso pequeno, de uns 45 minutos, falou do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 1, PAC 2, PAC 3. Ela já começou a criar PAC que nem tem ainda, só pra 2040."

Mais tarde, quando falava sobre os investimentos do governo em saneamento, Lula brincou com a ligação da ministra, mineira de nascimento, com o Rio Grande do Sul, onde iniciou sua trajetória política. "A Dilma, como a mãe do PAC, quer tudo para o Rio Grande do Sul. Eu estou até querendo fazer uma fiscalização lá pra saber se ela é candidata a governadora."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,saudada-como-presidente-em-sp-dilma-convoca-aliados,462724,0.htm

Para Lula, 'ódio' de FHC se deve à 'incompetência'

ANNE WARTH E CAROLINA FREITAS - Agencia Estado

SÃO PAULO - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, atribuiu as críticas que recebeu do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na última semana ao "ódio" do tucano em relação a seu governo. "Eu compreendo o ódio que isso causa. Um intelectual ficar assistindo um operário que só tem o 4º ano primário ganhar tudo o que ele imaginava que iria ganhar e não ganhou por incompetência é muito difícil", disse ele, interrompido por palmas e um coro de "Olê Olê Olê Olá Lula" de mais de 800 pessoas que assistiam à abertura do 12º Congresso do PCdoB, no Palácio das Convenções do Anhembi, na zona norte da capital paulista.

O petista revidou também o ataque do compositor Caetano Veloso, que chamou Lula de "analfabeto" em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Essa semana foi engraçada. Eu fui chamado de analfabeto, de ditador, por ter indicado a Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil) pelo ''dedaço'' e ganhei o título de estadista do ano", discursou Lula, em referência ao prêmio Chatham House 2009, que recebeu em Londres por seu empenho nas relações internacionais na América Latina.

O presidente ironizou o fato de não ter a "sapiência dos sociólogos", em uma referência à formação de Fernando Henrique, e dissociou a inteligência do saber acadêmico. "Tem gente que acha que a inteligência está ligada à quantidade de anos de escolaridade que você teve. Não tem nada mais burro que isso. A universidade te dá conhecimento. Inteligência é outra coisa."

Para o petista, na política, vale mais a inteligência do que o conhecimento. "Muito mais", enfatizou. "A inteligência de saber formar uma equipe não está no livro. Está na sensibilidade. A inteligência de tomar decisões não está no livro. Está no caráter e no compromisso do dirigente."

Lula comparou Fernando Henrique a um jogador de futebol que fica no banco de reservas torcendo para que um titular se machuque para poder entrar em campo. "Fernando Henrique tinha certeza de que nós seríamos um fracasso e de que ele poderia voltar por conta do meu fracasso", disse. "É isso que magoa. Eu lamento. O mundo não deveria ser assim."

Apesar de mostrar-se incomodado com as críticas do ex-presidente tucano, Lula tentou contemporizar: "A vida é assim. A pessoa fala o que quer, ouve o que não quer. A vida é dura." Ele disse ainda não guardar rancor em relação aos ataques. "Não sou homem de carregar mágoas por mais de cinco minutos. O mandato não permite que a gente fique brigando por coisas secundárias."

Hitler

O presidente afirmou sentir "pena" dos tucanos por eles planejarem um programa de treinamento de cabos eleitorais no Nordeste do Brasil com vistas às eleições de 2010. "É um pouco o que o Hitler fazia, para que os alemães pegassem os judeus. Ou seja, vamos treinar gente para não permitir que eles sobrevivam", disse ele, em referência ao ditador nazista alemão, Adolf Hitler.

Para Lula, a estratégia do PSDB no Nordeste não vai funcionar. "Eles vão encontrar lá gente do PCdoB, PT, PDT, PSB, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e todas as centrais, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e movimento popular. Acho que vão se dar um pouco mal."

Eleições

Último a falar, após duas horas de discursos de parlamentares e ministros, Lula deu sequencia ao clima de palanque petista do evento. Possível candidata do PT à Presidência em 2010, Dilma foi saudada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), como "futura presidenta do Brasil".

Em tom de conclamação, Lula alertou para o risco de retrocessos caso seja eleito no próximo ano um presidente que não Dilma. "Quem é prefeito ou governador sabe bem que um estranho no ninho pode desmontar em apenas dois anos tudo o que foi feito. E não venham dizer que o movimento popular não deixa por que é bobagem."

O pleito de 2010 será o primeiro em décadas do qual Lula não participará como candidato. "Tenho uma certa tristeza. Essa vai ser a primeira eleição para presidente da República em que meu nome não vai estar na cédula. Na minha cabeça vai ter um vazio", brincou. "Por isso, depois dele (Lula), (vem) a Dilma, para poder consagrar a continuidade de um projeto."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-lula-odio-de-fhc-se-deve-a-incompetencia,462713,0.htm

6 de nov. de 2009

Dilma chama oposição de 'patética' e 'desconecta'

AE - Agencia Estado

- A ministra-chefe da casa Civil Dilma Roussef fez hoje discurso respondendo a críticas da oposição e conclamou os partidos da base aliada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva a se unirem pela continuidade do projeto iniciado pelo Partido. O discurso foi feito há pouco em São Paulo (SP), durante evento a abertura do 12º Congresso do Partido Comunista do Brasil (PC do B) .

Sem citar nomes, a ministra criticou o discurso da oposição, que tentaria confundir o povo ao defender que o governo Lula é uma continuidade do anterior, referindo-se ao governo de Fernando Henrique Cardoso. "São patéticos ao tentar confundir as pessoas dizendo que o desenvolvimento que obtivemos é continuação de medidas deles. Como se desenvolvimento eles tivessem feito algum dia. São ´desconectos´ quando tentam explicar o que deu certo no nosso governo pela sorte ou pela conjuntura internacional. Fica claro que fomos competentes diante da crise financeira mundial".

Dilma fez referência indiretas ao conteúdo do artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado no último domingo (01) no jornal "O Estado de S.Paulo". Se citar o texto, ela respondeu aos ataques. "Eles reiteradamente se esqueceram do povo, delapidaram o patrimônio público com privatizações. Ele não tem moral para falar de nós", referindo-se ao ex-presidente e a seu partido, o PSDB. A ministra disse ainda identificar por parte dos opositores "queixumes resmungos e lamúrias", além de ´excesso de vaidade´e falta de rumo.

Ao final de um discurso de mais de trinta minutos, chamou os 800 integrantes do PC do B que lotavam o auditório na capital paulista, para construírem, junto ao PT, propostas para o próximo governo. "O Brasil nunca esteve tão bem, mas é preciso expandir essas conquistas e, para isso, é preciso unir as nossas forças para construir proposta de futuro. Nas eleições, teremos que mostrar que esta grande mudança nacional veio para ficar" , concluiu.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-chama-oposicao-de-patetica-e-desconecta,462497,0.htm

Presidente do PCdoB diz que FHC está 'desesperado'

CAROLINA FREITAS - Agencia Estado

SÃO PAULO - O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, disse hoje que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso demonstrou estar desesperado ao atacar o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em artigo publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" no domingo (01). "FHC está desesperado, ele procura dar ares de teórico para convencer a quem?", afirmou Rabelo, em discurso na abertura do 12º Congresso do PCdoB, na capital paulista. Ele acusou ainda Fernando Henrique de usar uma "sociologia de araque" para criticar Lula. A plateia de cerca de 800 pessoas aplaudiu. Lula e a chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à sucessão no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, assistiam ao discurso.

Rabelo citou trechos do artigo de FHC em tom irônico, provocando risos no público. "Esta é a mesma gente que criminaliza os movimentos sociais e diz que nos submetemos à Bolívia e ao Paraguai. Eles é que se submetem às grandes potências", disse. "Fernando Henrique está desesperado e, como dizem na Bahia, necessitado", completou. Dilma riu com a provocação. O presidente do PCdoB disse ainda que a eleição presidencial de 2010 será polarizada em torno da candidatura apoiada por Lula e pela apoiada por FHC. Ao ser citada, a ministra-chefe recebeu uma salva de aplausos e acenou para a plateia. Para Rabelo, a polarização favorece Lula.
Acompanham Lula ao evento do PCdoB oito ministros. A possível candidata do PT está vestida com um terno vermelho da cabeça aos pés.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,presidente-do-pcdob-diz-que-fhc-esta-desesperado,462481,0.htm

Dilma: país vai seguir em frente mantendo respeito internacional

REUTERS

BRASÍLIA - Em clima de campanha eleitoral, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) defendeu nesta sexta-feira os programas sociais do governo e um esforço para continuar a ampliar a respeitabilidade do país no exterior.

Pré-candidata do PT à Presidência da República, a ministra participou ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de cerimônia da sanção da lei que altera o plano de carreira dos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

- Tenho certeza que, juntos, nós brasileiros, vamos seguir em frente e garantir que o nosso país seja esse país tão respeitado como nós vimos nessa viagem de onde chegamos hoje, em Londres, em que o Brasil é reconhecido não como país do futuro, mas o país do presente - discursou Dilma.

- O país que de fato, ao melhorar a vida do seu povo, teve sua importância reconhecida em todos os fóruns internacionais. Ao fortalecer a sua economia e criar oportunidades para a sua população, vai em frente, com muita fé - acrescentou.

A ministra lembrou que o governo, "além de valorizar os servidores públicos", conseguiu criar empregos apesar da crise financeira global e também tem medidas voltadas à educação.

- É preciso defender essas políticas sociais do governo do presidente Lula porque elas têm levado o Brasil de fato a ter uma vida mais segura e mais sadia - destacou.

Aproveitando a plateia de policiais, Dilma citou ainda a questão da violência e da insegurança.

- Nós temos que priorizar a área da segurança pública. Nessa área, estamos propiciando melhores condições de vida a nossos policiais e bombeiros, combatendo sem cessar o tráfico de drogas e toda a sua rede de aliciamento - disse.

Para Dilma, é tarefa do governo e da polícia disputar cada criança e jovem com o crime organizado.

- Eles têm os falsos atrativos. Nós podemos ter os verdadeiros atrativos. Por isso, falei de educação e emprego.

CRÍTICAS À OPOSIÇÃO

Em seu discurso, o presidente fez uma alusão ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que recentemente divulgou um artigo com críticas ao governo.

- Passou o tempo em que o país era governado por pessoas que pensavam diferente e agiam de forma muito distante daquilo que era o anseio da comunidade brasileira - disse Lula.

Segundo ele, há quem torça para seu governo não dar certo e que não se dá conta de que o Brasil vive um momento de maior autoestima e valorização no cenário internacional.

- Os empresários estrangeiros elogiam tanto o Brasil que muitas vezes até eu fico em dúvida se eles estão falando do meu país - ironizou Lula.

- É tanto elogio à nossa economia, à nossa política fiscal, à geração de empregos e às políticas sociais que eu até fico me beliscando para saber se é verdade o que eu estou ouvindo.

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/11/06/e061121403.asp

Dilma defende manutenção de políticas sociais de Lula

JOÃO DOMINGOS E VERA ROSA - Agencia Estado

BRASÍLIA - No figurino de candidata que tenta se tornar popular em todos os segmentos, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) aproveitou a festa de sanção da lei que criou o Plano de Cargos e Salários para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de Brasília para dizer que está disposta a manter as políticas sociais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

"É preciso defender as políticas sociais do presidente", disse Dilma, depois de lembrar aos cerca de 7,5 mil policiais militares e bombeiros e seus familiares presentes ao Ginásio Nilson Nelson (o ginásio tem capacidade para 15 mil pessoas e a metade das arquibancadas estava ocupada) que foram estas iniciativas que permitiram a eles obter as melhorias salariais e na carreira. Com o plano, um soldado raso, que tinha salário de R$ 2,9 mil mensais, passará a receber R$ 4,8 mil. E, até 2010, cerca de 12 mil vão receber promoção.

Com a preocupação de se referir às mulheres a todo momento - há pesquisas qualitativas no PT que apontam para uma certa rejeição da ministra pelo sexo feminina -, Dilma procurou enumerar as políticas sociais do governo que, segundo ela, fizeram com que o Brasil se tornasse uma das nações mais respeitadas do mundo.

Como o plano da PM e dos bombeiros determina que todos terão de concluir o ensino superior, ela lembrou que foi o governo Lula quem criou o ProUni, programa em que o governo federal concede bolsas de estudos nas universidades particulares. Os policiais poderão se candidatar a estas bolsas.

Dilma só foi aplaudida quando terminou o discurso. Ao contrário dela, o presidente Lula foi aclamado por quatro vezes pela multidão presente, que gritava "Lula, Lula, Lula". A luta dele é para transferir a popularidade que tem para Dilma. Por isso, a carrega a tiracolo para onde vai, seja nos grotões, como as cidades onde estão sendo feitas as obras de transposição do Rio São Francisco, seja num ginásio lotado por policiais. Por enquanto, porém, a preferência por Lula continua sendo muito maior.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-defende-manutencao-de-politicas-sociais-de-lula,462473,0.htm

Dirceu censura reação de Marina a declaração de cantor

GUSTAVO URIBE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O ex-ministro da Casa Civil e deputado federal cassado José Dirceu (PT) censurou hoje a reação da pré-candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva (AC), às declarações do cantor Caetano Veloso, publicadas ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Em entrevista, o artista chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "analfabeto", afirmou que a eventual candidata do PT à sucessão no Palácio do Planalto, a ministra Dilma Rousseff, não tem "experiência" para ser presidente e manifestou a sua preferência por Marina na disputa. Diante das declarações do cantor, a senadora do PV agradeceu o apoio à sua candidatura, mas evitou polemizar. "Não ia entrar no jogo de Caetano", afirmou Dirceu. "Mas Marina me obriga", completou.

Em seu blog de comentários políticos, o petista cobrou da ex-ministra do Meio Ambiente uma posição crítica em relação aos ataques "velhos" e "preconceituosos" desferidos pelo cantor contra Lula. "Ia ignorar, mas a Marina falou e não repeliu a ignomínia e a vilania de Caetano Veloso", criticou.

De acordo com o petista, a senadora "falou pelos cotovelos", mas não foi ética em suas afirmações. "Tirou proveito oportunista das declarações do cantor", repreendeu. "É imperdoável que não tenha criticado o Caetano Veloso", reafirmou.

Para Dirceu, o episódio prova que a senadora "despreza" a militância do PT. "Ela que conviveu dezenas de anos conosco", lamentou, referindo-se ao 29 anos de militância da senadora na sigla.

O ex-ministro acusou ainda Marina de aliar-se à "política tradicional", da qual foi crítica quando integrava as fileiras petistas. "Essa mesma política que ela tanto criticou, mas com a qual ela mesma já convive agora com o PV fazendo acordos com o PSOL e o PSDB, PPS e DEM, ao mesmo tempo", alfinetou. O petista afirmou ainda que a ex-ministra do Meio Ambiente tem se aliado à direita, trocando de lado no espectro político. "(Ela) teve que cair na vala comum da política da velha direita brasileira, dos senhores de engenho, e com a mais terrível de suas armas, o preconceito", completou.

O ataque de hoje é o terceiro em menos de 10 dias desferido por Dirceu contra a pré-candidata do PV. Na terça-feira, o petista acusou Marina de "dizer adeus à coerência" ao articular o apoio do PSOL à sua candidatura nas eleições de 2010. Na semana anterior, o ex-ministro afirmou que Marina está fazendo campanha eleitoral antecipada financiada pelo dinheiro público, por meio da utilização da cota de passagens aéreas cedida pelo Senado para viagens pelo País e ao exterior.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dirceu-censura-reacao-de-marina-a-declaracao-de-cantor,462432,0.htm

Presidente do DEM consulta TSE sobre campanha publicitária realizada por partido político

Agencia TSE

A ministra Cármen Lúcia (foto), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é a relatora da consulta protocolada pelo presidente do partido Democratas (DEM), Rodrigo Maia (RJ), que indaga a Corte sobre os critérios de veiculação de campanha publicitária realizada por partido político.

Em tese, o presidente pergunta:

“a) Fora do período eleitoral, é permitida a realização de campanha publicitária paga por partido político com objetivo de conclamar eleitores a se filiarem à agremiação política?”

“b) A precitada campanha poderá ser veiculada por meio de outdoors?”

“c) A campanha publicitária poderá veicular imagens dos Presidentes dos respectivos diretórios nacional, estaduais e municipais?”

Base legal

De acordo com o artigo 23, inciso XII, do Código Eleitoral, cabe ao TSE responder às consultas sobre matéria eleitoral, feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político. A consulta não tem caráter vinculante, mas pode servir de suporte para as razões do julgador.

http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1249497

Presidente do PSB diz que para ser viável candidatura de Ciro tem que ser construída dentro da base de apoio de Lula

O GLOBO - Isabela Martin

FORTALEZA - Presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse nessa sexta-feira que a pré-candidatura do deputado Ciro Gomes não depende de uma definição do PT. Mas reconheceu que para ser viável, a candidatura de Ciro deve ser construída dentro da frente de apoio ao presidente Lula.

- Essa é a tática. Pelo outro caminho, nós sozinhos podemos ter muito desejo de fazer a construção,mas será que vamos conseguir.

Eu acho que a construção é muito mais por dentro da frente, do nosso conjunto, da forma que a gente possa efetivamente ter - não só uma candiatura- porque candidatura a gente pode ter. Nós queremos tér é um presidente, disse ao chegar para participar do XI Encontro dos Governadores do Nordeste, em Fortaleza.

- Estamos há sete anos com o Lula governando o país. Não vamos fazer, a seis meses da eleição, o carrerirismo e colocar nossa candidatura no campo da oposição. No final da tarde, Eduardo Campos terá um encontro com Ciro, que está aniversariando hoje.

Segundo ele, o partido espera convencer o presidente Lula até março sobre a necessidade de haver dois candidatos da base aliada disputando a Presidência da República para garantir a continuidade de gestão.

Lembrando encontro com Lula quando o PSB anunciou que pretendia lançar a pre-candidatura de Ciro, Eduardo Campos disse que o presidente topou a proposta mesmo defendendo que a disputa fosse plebiscitária.

- Lula topou o que propusemos a ele e disse que ia ficar acompanhando esse processo e vendo se a gente tem razão ou ele. Se nós tivermos razão, ai as discussões sobre tempo de televisão e partidos para coligar muda de patamar.

Eduardo Campos disse que o PSB está usando uma "boa tática" para trabalhar a pre-candidatura de Ciro . Se obre os possíveis acordos feitos em torno da candidatura da petista Dilma Roussef, ele acha que se tratam mais de "notícias de jornal do que fato político real". Para ele, alianças partidárias não serão resolvidas agora

_ Se a gente não tivesse usando uma boa tática e não fosse competente no que nos estamos fazendo, a gente sequer estaria nesse jogo. Estamos fazendo essas coisas com muita correção, equilíbrio e ao nosso modo. O nosso modo de fazer é esse e não vamos mudar.

Apesar das limitações do porte do PSB, Eduardo Campos disse que o partido está trabalhando a exposiçao de Ciro na mídia, em encontros com a militancia e através da internet.

Eduardo Campos - ´que poderá perder o apoio do PT a sua reeleição em Pernambuco com a candidatura de Ciro - disse também que o PSB não vai renunciar sua autonomia política

_ Não vamos ficar nas intrigas locais, nas birras locais. Essas coisa serão decididas com maturidade e comfirmeza. O PSB nunca renunciou sua autonomia política em canto nenhum. A minha reeleiçáo não passa por questão nacional. Não decidi se sou candidato ou não. Mas independente disso, já há a declaração da direção estadual do PT de que me apoiará independente da candidatura de Ciro.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/06/presidente-do-psb-diz-que-para-ser-viavel-candidatura-de-ciro-tem-que-ser-construida-dentro-da-base-de-apoio-de-lula-914633290.asp

Dilma improvisa seu primeiro comício eletrônico para 2010

da Folha Online

Hoje na Folha Involuntariamente, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) acabou sendo a protagonista, em Londres, do que soou como o primeiro comício eletrônico da campanha eleitoral de 2010, informa reportagem Clóvis Rossi, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Dilma havia sido apresentada por Quentin Peel, um dos moderadores do seminário sobre investimento no Brasil, como alguém que poderia concorrer à Presidência.

Segundo a reportagem, no intervalo, Dilma saiu para tomar um café e começou a conversar informalmente com a Folha quando todos os jornalistas de televisão que seguiam o evento apertaram a ministra contra o balcão do café e crivaram-na de perguntas, a começar pela campanha de 2010.

A jornalista quis saber se Dilma achava que o público do seminário viera para ver a candidata. Ela negou: "99% vieram para ver o Brasil". Mas depois foi encadeando uma resposta após outra até improvisar um mini-manifesto eleitoral.

Manifesto que reforça a imagem usual da ministra como nacionalista, desenvolvimentista e favorável a mais intervenção do Estado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u648573.shtml

TSE vai recadastrar por impressão digital 1 milhão de eleitores

Sistema de identificação por meio das impressões digitais foi utilizado pela primeira vez nas eleições de 2008

estadao.com.br

SÃO PAULO - O Tribunal Superior Eleitoral quer que 1.033.057 de eleitores de 43 cidades do Brasil passem pelo recadastramento biométrico - identificação por meio das impressões digitais - até março de 2010. Em maio deste ano, o Tribunal aprovou proposta para que o cadastramento ocorresse em conjunto com a revisão do eleitorado, em municípios indicados pelos Tribunais Regionais Eleitorais.

A identificação pelas impressões digitais é considerada como aliada do sistema eletrônico de votação. Para fazer o recadastramento biométrico, os eleitores desses municípios devem comparecer aos locais definidos pela Justiça Eleitoral com documento de identidade e comprovante de residência.

O sistema de identificação por meio das impressões digitais foi utilizado pela primeira vez nas eleições de 2008, como projeto piloto em três municípios: São João Batista (SC), Colorado do Oeste (RO) e Fátima do Sul (MS). Em junho deste ano, os eleitores de Armação de Búzios (RJ) também foram recadastrados por meio da biometria.

No novo sistema, o votante é identificado por sua impressão digital e sua fotografia. Esta última é reproduzida na folha de votação que será manuseada pelo mesário. Além disso, não é mais necessário que o mesário habilite a urna e a libere para o eleitor votar. Será suficiente o simples registro da digital para o próprio eleitor liberar a urna para o voto.

Confira abaixo a lista de municípios pelos Estados e suas respectivas zonas eleitorais:

Alagoas
Rio Largo - 15ª
Branquinha - 9ª
Igaci - 45ª
Quebrangulo - 28ª
São Miguel dos Milagres - 33ª
Coité do Nóia - 22ª
Maribondo - 43ª

Amapá
Ferreira Gomes - 9ª

Bahia
Pojuca - 200ª

Ceará
Eusébio - 66ª

Espírito Santo
Viana - 47ª
Castelo - 3ª

Goiás
Hidrolândia - 62ª

Maranhão
Paço do Lumiar - 93ª
Raposa - 93ª

Minas Gerais
São João Del Rei - 256ª e 328ª
Pará de Minas - 202ª
Curvelo - 100ª
Ponte Nova - 224ª

Paraíba
Pedras de Fogo - 44ª
Cabedelo - 57ª

Pernambuco
Ilha de Itamaracá - 131ª
Itapissuma - 131ª
Rio Formoso - 26ª
Tamandaré - 26ª

Piauí
Piracuruca - 21ª

Paraná
Balsa Nova - 182ª

Rio Grande do Norte
Macau - 30ª
Guamaré - 30ª
Caraúbas - 36ª
Alexandria - 41ª
Pilões - 41ª
João Dias - 41ª

Rio Grande do Sul
Canoas - 66ª, 134ª, 170ª e 171ª

Sergipe
Barra dos Coqueiros - 36ª

São Paulo
Nuporanga - 235ª 

Tocantins
Pedro Afonso - 23ª
Alvorada - 14ª
Bom Jesus do Tocantins - 23ª
Rio Sono - 23ª
Talismã - 14ª
Santa Maria do Tocantins - 23ª
Figueiropólis - 14ª

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tse-vai-recadastrar-por-impressao-digital-1-milhao-de-eleitores,462265,0.htm

Dilma quer responsabilidade do PT por pacto com PMDB

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, cobrará do PT "responsabilidade" para não pôr a perder o apoio do PMDB à sua candidatura ao Palácio do Planalto. Em reunião marcada para terça-feira à noite com os presidentes de diretórios estaduais do PT, deputados, senadores e o Grupo de Trabalho Eleitoral, Dilma vai apelar para o enquadramento. Ela quer que pré-candidatos aos governos ou mesmo ao Senado, em Estados cobiçados pelo PMDB, passem a borracha em divergências regionais e desistam de enfrentar os peemedebistas.

O argumento do Planalto é que todo esforço deve ser feito para garantir a aliança com o PMDB na corrida à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Na quarta-feira, dirigentes do PMDB deram um ultimato aos petistas e disseram que precisam do apoio do PT a seus candidatos em cinco Estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul.

Em tom de advertência, o grupo afirmou que, se o PT "roer a corda" em apenas dois Estados, a parcela do PMDB favorável à candidatura do governador José Serra (PSDB) - hoje minoritária - poderá atrair descontentes e ganhar "de virada" a convenção do partido, em junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-quer-responsabilidade-do-pt-por-pacto-com-pmdb,462261,0.htm

Para petista, Caetano é preconceituoso

Cantor comparou a inteligência da senadora Marina Silva à de Obama e chamou Lula de analfabeto e cafona

Estadão - Leandro Colon, BRASÍLIA

O PT reagiu às declarações do cantor Caetano Veloso contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicadas ontem pelo Estado. E não foram só os ataques desferidos contra Lula por um ex-eleitor ilustre que incomodaram os petistas, mas seu apoio à candidatura presidencial da senadora Marina Silva (PV-AC), recém-desfiliada do PT e rival da ministra Dilma Rousseff na corrida presidencial de 2010.

Em entrevista à jornalista Sonia Racy, Caetano anunciou sua opção pela candidatura de Marina. "Não posso deixar de votar nela", disse o cantor. "Marina é Lula e é Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é uma cabocla. É inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro."

Em Londres, a assessoria de Lula disse ontem que o governo não vai se pronunciar sobre as declarações de Caetano.

Antigo aliado de Marina no Acre, o senador Tião Viana (PT-AC) chamou o cantor de "preconceituoso" por declarar que votará na senadora porque "não é analfabeta como o Lula". "Não é a primeira vez que o Caetano é ofensivo, preconceituoso. Ele passa uma visão elitizada de valores, sobretudo, os culturais", afirmou Viana. "O presidente Lula é um dos homens mais inteligentes do País."

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), desprezou a influência de Caetano como formador de opinião política. "A posição dele não interfere na política. Ele é um compositor, marcou a minha geração, mas é apenas uma opinião política. É a opinião de um brasileiro. A maioria dos brasileiros admira o presidente Lula", afirmou.

Marina evitou entrar na polêmica. Só agradeceu o apoio de Caetano à sua candidatura. "Isso mais do que agrega, congrega. Quero registrar meu agradecimento pela avaliação positiva que Caetano faz do que ele considera minhas qualidades", disse. "Quanto às opiniões dele que envolvem outras pessoas, não gostaria de discuti-las."

Ex-ministro da Educação de Lula e hoje seu opositor, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) condenou os termos usados pelo músico. "Ele foi grosseiro com o presidente. Não é esse o critério que me leva a simpatizar com a Marina. O Caetano foi muito infeliz. O erro do Lula não foi ter pouca instrução formal, mas não ter feito as mudanças necessárias ao País."

A oposição elogiou o discurso eleitoral, mas evitou alimentar a polêmica em torno da expressão "analfabeto". O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), observou que o cantor optou pelo apoio a Marina no primeiro turno, mas sugeriu que conta com ele ao lado dos tucanos no segundo.

"Achei a entrevista deliciosa. Louvo o bom gosto dele. Ele entendeu o espírito da votação em dois turnos. No primeiro turno vai com o coração. Depois, com o que acha melhor entre dois candidatos", afirmou o senador. "Só não concordo quando ele diz que Lula é analfabeto. Faz muito tempo que o presidente não é. Ele tem vivência, conheceu vários países, entende de jargões de economia."

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) elogiou a entrevista de Caetano. "Ele foi verdadeiro. Decepcionou-se com o governo Lula. O que disse foi um desabafo. Ele fala por muita gente."

Baiano como o cantor, o deputado ACM Neto (DEM) optou por não entrar na polêmica. "Baiano que tem juízo não entra na briga de dois titãs."

TWITTER

Marcos Lula - filho mais velho do presidente - também levou o assunto ao seu Twitter. "Não é mal de Caetano, não", escreveu ele. "É mal das besteiras que ele solta sem pensar. Mas isso a Bahia sabe bem." Em outro comentário para seus seguidores, observou: "Sem comparação - população X Caetano - os baianos são maiores que este oportunista barato chamado Caetano!"

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091106/not_imp462108,0.php

PSDB lança versão municipal do Bolsa Família no PR

AVOL

Para que a inversão de papéis se complete, só falta o PT do Paraná protocolar no TRE uma representação contra o prefeito do PSDB.

PSDB lança versão municipal do Bolsa Família no PR

Candidato ao governo do Paraná, o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), decidiu fazer campanha à Lula.

Lançou uma versão municipal do Bolsa Família. Chama-se “FamíliaCuritibana”. Prevê a distribuição de R$ 50 mensais a 7 mil lares pobres.

A novidade foi anunciada em cerimônia impregnada de 2010. Deu-se no Tatuquara, um bairro humilde da capital paranaense.

A prefeitura armou o palanque e providenciou a platéia. Cerca de mil moradores de outros bairros foram trazidos de ônibus.

Súbito, a chegada do prefeito foi anunciada ao microfone. E a multidão: “Beto, Beto...”.

Ao percorrer os metros de curitibanos pobres que o separavam do palco, o prefeito beijou e abraçou eleitores. Tirou fotos com crianças. O clássico.

Antes do discurso do benfeitor, falaram duas beneficiárias do novo programa. Uma dedicou ao prefeito um poema: “Nova luz”.

Outra, recobriu-o de elogios: “A nossa Terra Santa [nome de uma vila de Curitiba] está melhorando graças ao Beto”.

Coube ao deputado estadual Mauro Moraes (PSDB) falar em nome dos políticos presentes.

Citou um tema alheio ao mote da cerimônia: segurança pública. Criticou a ação do governo estadual, hoje chefiado por Roberto Requião (PMDB).

E cuidou de lembrar à audiência que o prefeito quer virar governador: “Isso mudará em 2011, com o nosso próximo governador”.

Armada a cena, Beto Richa foi à boca do palco. Soou como Lula. Primeiro, ao dizer que o seu “Família Curitibana” não é um programa assistencialista.

Depois, ao afirmar que a população carente não precisa de esmola, mas de oportunidade.

Surpreendido, o petismo do Paraná dispensa ao prefeito tucano um tratamento análogo ao que o PSDB reserva a Lula em Brasília.

Vale a pena ouvir o vereador Pedro Paulo, líder do PT na Câmara Municipal de Curitiba:

“A própria direita questionava o Bolsa Família. Dizia que era eleitoreiro. E, agora, às vésperas da eleição, surge esse programa...”

“...Para mim, parece haver outros objetivos, além do atendimento social. Acho que é puramente eleitoral”.

Para que a inversão de papéis se complete, só falta o PT do Paraná protocolar no TRE uma representação contra o prefeito do PSDB.

Escrito por Josias de Souza da Folha Online

http://www.antonioviana.com.br/2009/site/ver_noticia.php?id=60994

TSE inicia testes públicos de programas e urnas de 2010 na próxima terça-feira

Agência TSE

A partir da próxima terça-feira (10), 38 especialistas em informática e em eletrônica vão realizar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) testes de segurança nos softwares das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2010 e em componentes do sistema eletrônico de votação. Os inscritos para os testes são das áreas de ciência da computação, segurança da informação, engenharia eletrônica e de redes, tecnologia da informação e auditoria.

Os participantes são de instituições e órgãos como Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU), Information System Security Association - ISSA Capítulo Brasil, Cáritas Informática. Há também pessoas que se inscreveram por conta própria.

Os testes serão realizados no auditório do edifício-sede do Tribunal, das 9h às 18h, até sexta-feira, dia 13 de novembro. É a primeira vez que o TSE abre as urnas e os sistemas de votação ao público em geral para tentativas de violação e fraude.

“Aguardamos um resultado muito satisfatório para o aperfeiçoamento do processo eleitoral”, disse o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino.

Participantes

A ISSA (Information Systems Security Association)Capítulo Brasil, associação em segurança da informação reconhecida mundialmente, escalou um de seus diretores técnicos para testar o sistema. A Associação é uma organização internacional sem fins lucrativos de profissionais de segurança que atuam na área como funcionários de empresas ou consultores.

Seis peritos criminais da Polícia Federal, especializados em ciência ou engenharia da computação e engenharia de redes, farão o teste em grupo.

Outro teste será realizado por uma equipe de seis auditores da CGU, dentre eles um engenheiro e um perito em segurança de redes, além de especialistas em ciência e engenharia da computação. Eles atuam em uma área da CGU especializada em auditar a segurança de sistemas eletrônicos.

A Cáritas Informática, empresa privada de auditoria que já representou o Partido dos Trabalhadores (PT) na análise de código fonte de softwares de votação e em solenidades no Tribunal de lacração de softwares das urnas eletrônicas de eleições passadas, desta vez apresentou um plano de testes por sua própria conta.

Partidos

Nenhum partido político se inscreveu para testar a segurança das urnas eletrônicas.“Estranhamos a ausência dos partidos, já que dois deles foram os autores do pedido inicial [de realização dos testes]. Além disso, os partidos deveriam ser os maiores interessados na questão”, disse Giuseppe Janino.

Os testes foram propostos inicialmente pelo PDT e pelo PT, em petição de 2006. Imediatamente após a aprovação pelo TSE, em 30 de junho último, os dois partidos desistiram da iniciativa, que foi então assumida pelo procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel.

Planos de testes

O TSE aprovou todos os 26 pedidos de inscrição apresentados, que correspondem a dez planos de testes. Alguns serão feitos de forma coletiva.

Eles têm dois objetivos básicos: tentar violar o sistema eletrônico para provar que é possível destinar parte da votação de um candidato para outro ou provar que é viável identificar como votou determinado eleitor.

Dos 38 participantes, 7 são da Marinha. Entretanto os testes que serão executados por essa equipe não concorrerão à premiação oferecida pelo TSE.

A Marinha fez essa opção após constatar que o seu pedido de inscrição citava o nome apenas do líder do grupo. Como o objetivo do TSE é receber contribuições para o aperfeiçoamento dos sistemas que serão utilizados nas eleições de 2010, o Tribunal concordou em manter a participação desse grupo, condicionada à sua exclusão na disputa ao prêmio.

Nenhum dos testes sugeridos inutiliza o hardware da urna eletrônica, todos são passíveis de repetição diante da Comissão Avaliadora e podem gerar contribuições ao sistema eletrônico de votação. Esses requisitos foram exigidos no edital de convocação dos testes, lançado pelo TSE em setembro.

Ilhas

Cinco ilhas de testes serão montadas no auditório do TSE para atender às equipes de investigadores em horários pré-estabelecidos. Cada equipe terá direito a uma ilha durante as suas atividades. O TSE vai disponibilizar em cada ilha, além de computadores, urnas eletrônicas e softwares de votação que serão utilizados nas seções eleitorais em 2010.

Acompanhamento

Os testes serão acompanhados por integrantes da Comissão Disciplinadora dos Testes, do TSE. A Comissão fará, no final de cada teste, um relatório sobre as ações realizadas, o objetivo do teste, o material e a metodologia utilizados e os resultados obtidos. Cada relatório será encaminhado à Comissão Avaliadora.

http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1249490

PSDB planeja curso para cabo eleitoral em reduto de Lula

Terra

O PSDB inicia na semana que vem uma série de curso para a formação de 4,5 mil cabos eleitorais no Nordeste. A iniciativa, que tenta enfraquecer a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na região, tem previsão de gasto de R$ 450 mil para recrutar e qualificar mão-de-obra voluntária ou contratada para a campanha presidencial de 2010. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, os cursos serão coordenados por um cientista político e um consultor de marketing e contarão com seis professores, que receberão R$ 2 mil cada. Os cabos eleitorais passarão por treinamento de técnica de abordagem e persuasão, além de aulas de marketing de rede, com exploração de ferramentas da internet e de banco de dados, entre outras. O programa é promovido pelo Instituto Teotonio Vilela e prevê a realização de 45 cursos no Nordeste.

Seriam realizados workshops com custo previsto de R$ 10 mil, que teriam carga horária de 10 a 12 horas, duração de um dia e seriam divididom em dois blocos: político e marketing. "Vamos adaptar o modelo de SRM (Gerenciamento de Relacionamento) ao voluntariado do PSDB", disse ao jornal o consultor Luiz Fernando Leitão.

De acordo com a Folha, os cabos eleitorais receberão um passo a passo de como abordar o eleitor. Entre as dicas, está procurar a pessoa no dia de seu aniversário.

A reportagem afirma que o bloco político dos workshops fica a cargo do presidente do Instituto Teotonio Vilela de Pernambuco, André Regis. As aulas devem abordar fundamentos da social-democracia e realizações do PSDB, uma biografia dos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves - sendo que os dois políticos devem gravar um depoimento para ser exibido aos alunos.

Ainda segundo a reportagem, Regis se inspira na campanha do presidente americano, Barack Obama, e espera atrair para o curso voluntários em universidades, além de filiados, simpatizantes e indicados por diretórios estaduais do PSDB.

O primeiro curso, afirma o jornal, será realizado no dia 14, em Salvador, e os alunos receberão um certificado de conclusão.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4085366-EI7896,00-PSDB+planeja+curso+para+cabo+eleitoral+em+reduto+de+Lula.html

PT convoca 1.500 prefeitos e dirigentes regionais para afinar o discurso da candidatura de Dilma

Correio Braziliense - Tiago Pariz

O PT mobiliza um exército de quase 1.500 pessoas espalhadas pelo país para trabalhar pela candidatura à Presidência da República da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Esse é o número de prefeitos, vice-prefeitos e lideranças regionais do partido convidados para um evento de dois dias, a partir de hoje, num centro de convenções em Guarulhos (SP). A “mãe do PAC” será a estrela.

Vendido como o maior encontro político do PT em 2009, o fórum A atual conjuntura política: os avanços do governo Lula e as eleições de 2010 foi pensado para afinar as posições dos participantes. A intenção é que eles concentrem esforços nas negociações sobre a aliança político-partidária em torno da candidata petista. A meta maior é usar o poder de influência dos 560 prefeitos, 423 vices e cerca de 500 dirigentes e lideranças da legenda como cabos eleitorais no ano que vem.

O encontro começa hoje, mas terá como ápice a participação de Dilma, amanhã. Ela foi escalada para discutir “tática e estratégia para a vitória da esquerda na eleição presidencial”. O fórum também é um ensaio para um evento ainda mais ambicioso: reunir em maio ou junho de 2010 entre 3.000 e 3.500 prefeitos e vices dos partidos que fecharem a aliança com a ministra.

“Esse bom exército de petistas que não vai disputar a eleição do ano que vem foi escalado para começar a pensar 2010”, disse o secretário nacional de Assuntos Institucionais, Romênio Pereira. “Será a maior atividade do PT feita em 2009, trazendo de 1.200 a 1500 lideranças de todo o país”, emendou o dirigente. Os petistas esperam que a mobilização já comece a ter efeito a partir de segunda-feira.

O partido quer usar esse potencial como multiplicador de votos. E, sobretudo, conscientizar essa armada da importância de não criarem dificuldades(1) desnecessárias para a aliança com PMDB, PP, PDT, PCdoB e PR, legendas com as quais os petistas negociam o apoio. Apesar de integrar a base governista de sustentação do presidente Lula no Congresso, os cinco partidos são adversários regionais.

Ações distintas
O PT estabeleceu como objetivo buscar soluções diferenciadas para cada problema. Por isso, o evento fará discussões setorizadas. Prefeitos, vices e deputados debaterão como ultrapassar as barreiras eleitorais no Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No Sul e Sudeste, o foco é na criação de relações pacíficas com PMDB e PP, além de articular estratégias para aumentar o eleitor potencial do partido. Na última eleição presidencial, Lula foi derrotado pelo candidato tucano Geraldo Alckmin em São Paulo e nos três estados sulistas. Além da dificuldade eleitoral, há uma convivência pouco amistosa entre PT e PMDB no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

1- Arestas mineiras
A direção petista estabeleceu como prioridade o trabalho em cima dos 108 prefeitos e 92 vices petistas de cidades mineiras para eles trabalharem de maneira harmoniosa pela aliança com o PMDB. A cúpula do partido quer evitar que as lideranças se neguem a se envolver na campanha estadual caso se defina que o candidato da aliança governista seja o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), e não os petistas Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, ou Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social.

O número
3.500 - Quantidade de prefeitos que o PT pretende reunir num segundo evento, com os partidos aliados, no ano que vem

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/06/politica,i=153072/PT+CONVOCA+1+500+PREFEITOS+E+DIRIGENTES+REGIONAIS+PARA+AFINAR+O+DISCURSO+DA+CANDIDATURA+DE+DILMA.shtml

Aécio justifica o ultimato

Segundo o governador mineiro, pressão por decisão do candidato ao Planalto não seria manobra política, mas gesto de correção

Correio Braziliense - Leonardo Augusto

O governador Aécio Neves (PSDB) justificou nessa quinta-feira (5/11) a pressão que exerce sobre a cúpula tucana por uma decisão mais rápida na escolha de quem será o candidato do partido à Presidência da República afirmando não se tratar “apenas de uma manobra política”, mas de “um gesto de correção para com o PSDB”. Aécio disse que, até dezembro, se considera “em condições de ampliar alianças, de apresentar um projeto novo para o Brasil falando do pós-Lula, agregando outras forças políticas”, argumentou. O governador defende que a decisão ocorra até o mês que vem. Já o governador de São Paulo, José Serra, também pré-candidato da legenda ao Palácio do Planalto, quer que a definição aconteça em março.

Aécio, que voltou a frisar ser candidato ao Senado caso a escolha do nome do partido na briga pelo governo federal não ocorra até dezembro, fez relação entre sua eventual candidatura à Presidência e o impacto em Minas, caso participe da disputa pela sucessão de Lula no ano que vem. “Tenho responsabilidade com Minas que antecede todas as outras. Construímos aqui algo novo, que precisa ter continuidade. Para o estado é fundamental que este projeto possa ter continuidade nos próximos anos e, eventualmente, uma candidatura minha à Presidência, de alguma forma, impulsiona esse projeto, dá mais visibilidade a ele”, avaliou.

Caso não seja o escolhido do partido, Aécio disse que caberá respeitar a decisão. “Será a senha para que eu mergulhe nas questões mineiras”, disse. “Ajudarei a eleger aqui nosso candidato a governador e tentarei dar a vitória, em Minas a qualquer outro candidato que o PSDB venha a escolher”.

Continuidade
O pré-candidato do PSDB na sucessão em Minas é o vice-governador Antônio Augusto Anastasia. Aécio afirmou não ter dúvidas de que o partido tem possibilidade concreta de vitória. “As pessoas vão dizer se querem continuidade do projeto ou se querem a ruptura. Espero que a resposta seja pela primeira opção.” O principal candidato da oposição deverá sair do PT, que tem como pré-candidatos o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Pelo PMDB, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, também já afirmou que pretende disputar o Palácio da Liberdade.

Durante visita a obras na avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte, o governador disse “não ser o caminho natural” uma possível candidatura de dois tucanos ao Senado no ano que vem. As eleições em 2010 envolverão duas das três vagas de cada estado. Em Minas, além da possibilidade de Aécio disputar vaga no Senado, um dos atuais ocupantes de cadeira na Casa, Eduardo Azeredo (PSDB), já demonstrou interesse em disputar a reeleição.

BERNARDO PROVOCA FHC
Para o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, um artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicado em vários jornais no domingo tenta suprir a deficiência da oposição em apresentar uma proposta alternativa ao país. No texto, FHC usa expressões como “subperonismo” e autoritarismo popular ao se referir à administração petista. “Ele corre o risco de ficar parecendo o Salieri (maestro Antonio Salieri), que ficava criticando o talento de Mozart porque não conseguia ter o mesmo reconhecimento”, cutucou.

"Tenho responsabilidade com Minas que antecede todas as outras. Construímos aqui algo novo, que precisa ter continuidade"
Aécio Neves, governador de Minas Gerais (PSDB)

Rio sem um nome
Depois de conversar com as principais lideranças tucanas no Rio de Janeiro, o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra (PE), reconheceu a ausência de uma definição da legenda para a realidade carioca nas eleições de 2010. “Temos situações delicadas em vários estados, mas aqui é o único em que a gente ainda não definiu padrão de palanque”, sentenciou Guerra.

Até a filiação da senadora Marina Silva (AC) ao PV, o palanque preferencial dos tucanos no Rio era o do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ). Com a provável participação de Marina na disputa à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o parlamentar perdeu apoio dos tucanos locais. O presidente regional do partido, José Camilo Zito, chegou a dizer que ele não tinha “cheiro de povo”.

Enquanto os tucanos ainda não têm palanque no Rio, a pré-candidata do PT à Presidência, ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já conta com três: o do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que busca a reeleição, o do ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT).

“A nossa aposta para 2010 era a candidatura do Gabeira. Com a candidatura da Marina, a gente começa a refletir sobre o caminho que devemos tomar”, afirmou Guerra. “Uma das hipóteses é candidatura própria.”


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/06/politica,i=153064/AECIO+JUSTIFICA+O+ULTIMATO.shtml

PSDB busca palanque no Rio para eleições em 2010

ALFREDO JUNQUEIRA - Agencia Estado

RIO - O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), confirmou que o Rio é o único Estado em que o partido ainda não tem definição para as eleições do ano que vem. Ontem ele esteve na capital fluminense para conversar com as principais lideranças tucanas locais. Veio tentar buscar uma alternativa de palanque no Rio para o futuro candidato à presidência do partido - que também não se definiu entre os governadores de São Paulo, José Serra, e o de Minas Gerais, Aécio Neves.

"Temos situações delicadas em vários Estados. Mas aqui é o único que a gente ainda não definiu padrão de palanque", afirmou Guerra, após participar de almoço com a vice-presidente nacional do PSDB, senadora Marisa Serrano (MS), e representantes do partido no Rio.

Até a entrada no PV da senadora Marina Silva (AC), o palanque preferencial dos tucanos no Rio era o do deputado federal Fernando Gabeira. Com a provável participação de Marina na disputa à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o parlamentar perdeu apoio dos tucanos locais.

Com a dificuldade em formalizar aliança com o PSDB, Gabeira - que conta com a simpatia de Serra - sinalizou que não disputaria mais o governo do Estado para tentar uma das duas vagas em disputa no Senado. Enquanto os tucanos ainda não têm nenhum palanque no Rio, a pré-candidata do PT à presidência, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já conta com três: o governador Sérgio Cabral (PMDB), que busca a reeleição, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT).

"A nossa aposta para 2010 era a candidatura do Gabeira, que teve o nosso apoio como candidato a prefeito. Com a candidatura da Marina e sem a convicção de Gabeira para disputar o governo, a gente começa a refletir sobre o caminho que devemos tomar", afirmou Guerra. "Uma das hipóteses é a candidatura própria".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psdb-busca-palanque-no-rio-para-eleicoes-em-2010,462188,0.htm

Oposição ao governo do PSDB em SP anuncia aliança na segunda

PT, PDT, PRB e PC do B discutem projeto para 2010; outras legendas ainda aguardam definição de Ciro Gomes

Gustavo Porto, da Agência Estado


RIBEIRÃO PRETO - As cúpulas do PT, PDT, PRB e PCdoB formalizam na segunda-feira, 9, uma aliança de oposição para disputar o governo de São Paulo em 2010. O encontro acontece na sede do PDT na capital paulista, às 16 horas. O grupo, que pretende adotar a bandeira contra o PSDB, espera ainda futuras a adesões do PR e PSB. A coalizão deve transformar-se numa coligação após as convenções partidárias, em meados de 2010.

Segundo o presidente do Diretório Estadual do PT, Edinho Silva, o encontro discutirá as metas da união para tentar governar São Paulo. "É a primeira conversa dessa frente política que terá um projeto de governo para o Estado", afirmou à Agência Estado. Edinho Silva, que procurou representantes do PR, considerou que as conversas foram "muito boas" e afirmou esperar que o partido participe das próximas reuniões.

Com o PSB, a história é diferente. O PT conversou com o presidente do Diretório Estadual do PSB, deputado Márcio França, e com o deputado Ciro Gomes (PSB-SP). "O PSB tem um projeto nacional, mas independente disso temos certeza que estaremos juntos nas eleições aqui em São Paulo, pois o partido é fundamental para a aliança de oposição", disse Edinho Silva.

Na prática, as outras legendas de oposição aguardam a definição de Ciro, se sairá candidato à sucessão do presidente Lula ou ao governo de São Paulo, Estado para o qual mudou o domicílio eleitoral recentemente. Com Ciro candidato em São Paulo, o grupo poderia eventualmente apoiá-lo em detrimento de candidatos do PT.

Sabatinas

Os pré-candidatos petistas começam a ser sabatinados pela executiva estadual da sigla na segunda-feira. O primeiro convidado é o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT). Em seguida, devem ser ouvidos o ministro da Educação, Fernando Haddad, os deputados Antonio Palocci (PT-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Nenhum dos candidatos já tem apoio formal dos filiados para formalizar a pré-candidatura a governador. Pelas regras internas, o interessado em ser candidato a candidato a governador pela agremiação precisa reunir ao menos 2.970 assinaturas de petistas - 1% dos 297 mil em São Paulo. As indicações começaram a ser aceitas no último domingo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,oposicao-ao-governo-do-psdb-em-sp-anuncia-alianca-na-segunda,462146,0.htm

Contra Lula, PSDB treina cabos eleitorais no Nordeste

da Folha Online

Hoje na Folha Numa tentativa de suavizar a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na região, o PSDB dá início, na semana que vem, a uma série de cursos para formação de 4.500 "multiplicadores" no Nordeste, informa reportagem Catia Seabra, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, com a previsão de gasto R$ 450 mil, o programa tem como meta o recrutamento e qualificação de mão-de-obra --voluntária ou contratada-- para a campanha presidencial de 2010.

Sob a coordenação de um cientista político e um consultor de marketing, os futuros cabos eleitorais serão submetidos até a treinamento de técnica de abordagem e persuasão. O programa prevê a realização de 45 cursos no Nordeste.

A Folha informa que o custo previsto é de R$ 10 mil por workshop, incluindo o pagamento de professores. Seis professores deverão ser contratados para o programa, com uma remuneração de R$ 2.000 por aula.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u648526.shtml

"Efeito Ciro" implode grupo de Marta em São Paulo

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo

O grupo político ligado à ex-prefeita Marta Suplicy, hegemônico no PT paulista há pelo menos seis anos, está próximo da dissolução por conta da disputa envolvendo a candidatura da sigla ao governo do Estado e dos planos da ex-prefeita de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2010.

Parte dos principais "martistas", como são chamados internamente os apoiadores da ex-prefeita, se empenhou em pavimentar o caminho para que Ciro Gomes (PSB-CE) tenha o apoio do PT na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Marta, no entanto, trabalha por uma candidatura própria da sigla, de preferência a do deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que seria uma espécie de herdeiro natural, na visão da ex-prefeita, do comando de seu grupo.

No mês passado, Marta afirmou que Ciro "não tem nada a ver com São Paulo".

Líder do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (SP), por exemplo, alega que Ciro poderia ajudar Dilma Rousseff (pré-candidata do PT ao Planalto) e concorrer com chances de vitória no Estado.

"É nessa medida, a de um palanque forte para a Dilma e de um nome forte junto ao eleitor, que a candidatura de Ciro Gomes ganha força", diz Vaccarezza --que sempre foi identificado como um "martista".

A posição de Vaccarezza é compartilhada internamente pelos também deputados federais José Mentor, Devanir Ribeiro e Jilmar Tatto, expoentes da gestão de Marta na Prefeitura de São Paulo (2001-2004).

Ao lado da ex-prefeita na defesa de Palocci como pré-candidato permaneceram Rui Falcão, líder do partido na Assembleia paulista, Antonio Donato, vereador na capital, e Carlos Zaratini, deputado federal, os três ex-secretários de Marta.

"Entendo que o PT deva apresentar uma candidatura própria aos aliados, e acho que o Palocci é nosso melhor nome, mas reconheço que hoje há um importante movimento pró-Ciro", afirmou Donato.

Vaga aberta

Palocci se reuniu recentemente com seus correligionário em São Paulo e disse que não pretende se colocar como pré-candidato antes que Ciro decida qual eleição irá disputar --o Palácio do Planalto ou o Palácio dos Bandeirantes.

Na prática, isso significa que o PT ficará sem ter um nome para trabalhar eleitoralmente até o início do ano que vem, quando o deputado do PSB deverá tomar sua decisão.

A despeito da recusa de Palocci, seus correligionários vão inscrevê-lo como pré-candidato no diretório estadual.

Na avaliação dos que tentam convencer o deputado petista a entrar na disputa, uma eventual candidatura Ciro ao governo paulista poderá criar um novo polo de oposição ao PSDB no Estado, vaga hoje automaticamente ocupada pelo PT.

A outra opção anti-Ciro aventada no PT seria convencer Marta a concorrer novamente ao governo, mas a ex-prefeita já avisou o seu entorno que pretende se candidatar novamente a deputada federal.





http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u648512.shtml

5 de nov. de 2009

Marina evita comentar críticas de Caetano a Lula

LEANDRO COLON - Agencia Estado

BRASÍLIA - A pré-candidata à Presidência senadora Marina Silva (PV-AC) evitou comentar as declarações do cantor Caetano Veloso contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicadas hoje no jornal O Estado de S. Paulo. Na entrevista, Caetano chamou Lula de "analfabeto" e afirmou que Dilma não tem "experiência" para ser presidente. Procurada pelo jornal, Marina apenas agradeceu o apoio de Caetano à sua candidatura. "Isso mais do que agrega, congrega. Quero registrar meu agradecimento pela avaliação positiva que Caetano faz do que ele considera minhas qualidades", afirmou. "Quanto às opiniões dele que envolvem outras pessoas, não gostaria de discutí-las", ressaltou.

Na entrevista, Caetano anunciou o voto em Marina Silva em 2010 com o seguinte argumento: "Marina é Lula e Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é uma cabocla, é inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar". O cantor ainda defendeu o "desbravamento" e a "vanguarda tecnológica" da Amazônia. A reportagem questionou Marina sobre essa posição de Caetano, mas ela preferiu não comentar o assunto.

O PT reagiu às declarações de Caetano Veloso. Incomodou aos petistas não só os ataques desferidos a Lula por um ex-eleitor do presidente, mas o apoio do músico à candidatura de Marina, uma recém-dissidente do partido e adversária da ministra Dilma Rousseff na corrida eleitoral de 2010. Antigo aliado de Marina no Acre, o senador Tião Viana (PT-AC) chamou o cantor de "preconceituoso" por declarar que votará na senadora porque ela "não é analfabeta como o Lula". "Não é a primeira vez que o Caetano é ofensivo, preconceituoso. Ele passa uma visão elitizada de valores, sobretudo, os culturais", afirmou Viana. "O presidente Lula é um dos homens mais inteligentes do País", ressaltou.

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), desprezou a influência de Caetano como formador de opinião política no País. "A posição dele não interfere na política. Ele é um compositor, marcou a minha geração, mas é apenas uma opinião política. É a opinião de um brasileiro. A maioria dos brasileiros admira o presidente Lula", afirmou o petista. Ex-ministro da Educação de Lula e hoje um sutil opositor, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) condenou os termos usados pelo músico. "Ele foi grosseiro com o presidente. Não é esse o critério que me leva, por exemplo, a simpatizar com a Marina. O Caetano foi muito infeliz. O erro do Lula não foi ter pouca instrução formal, mas não ter feito as mudanças necessárias ao País", frisou.

A oposição adotou um discurso de apoio, com ressalvas a Caetano. Elogiou o discurso eleitoral dele, mas evita alimentar a polêmica em torno da expressão "analfabeto". O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), sinalizou que Caetano optou pelo apoio a Marina no primeiro turno, mas conta com ele ao lado dos tucanos no segundo. "Achei a entrevista deliciosa. Eu louvo o bom gosto dele. Ele entendeu o espírito da votação em dois turnos. No primeiro turno vai com o coração. Depois, com o que acha melhor entre dois candidatos", afirmou. "Só não concordo quando ele diz que Lula é analfabeto. Faz muito tempo que o presidente não é. Ele tem vivência, conheceu vários países, entende de jargões de economia", disse o senador.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-evita-comentar-criticas-de-caetano-a-lula,461908,0.htm

Aécio nega que ultimato ao PSDB para definir candidato seja manobra política

da Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), negou nesta quinta-feira que o ultimato dado ao PSDB para definir o candidato que disputará à Presidência da República em 2010 seja uma manobra política.

Aécio disputa com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a indicação de seu partido para se candidatar à Presidência. Ele defende que o PSDB defina o seu candidato até dezembro, enquanto Serra espera que a escolha seja feita em março de 2010.

"Quando determino um prazo, não faço isso apenas como uma manobra política. Faço isso como um gesto de correção para com o partido, dizendo que até dezembro me considero em condições de ampliar essa aliança, de apresentar um projeto novo para o Brasil, falando do pós-Lula, agregando outras forças políticas", afirmou Aécio em entrevista divulgada por sua assessoria.

Ontem, Aécio admitiu que poderá concorrer ao Senado caso o PSDB não tome uma decisão até o início de 2010.

Na semana passada, reportagem da Folha informou que Aécio exigiu que PSDB defina seu candidato até dezembro. Caso contrário, lançará sua candidatura ao Senado.

"Se o partido em dezembro ainda não tiver decidido seu candidato a presidente, seja por prévias ou não, eu sou candidato ao Senado já a partir de janeiro. Não posso esperar. Preciso então cuidar de Minas", disse Aécio à Folha.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u648210.shtml

Paulo Bernardo rebate FHC e o compara a desafeto de Mozart

Ministro responde às críticas do ex-presidente, que, em artigo, aponta 'riscos' de uma eventual vitória de Dilma

Evandro Fadel, da Agência Estado

CURITIBA - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, rebateu nesta quinta-feira, 5, as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparando-o a um músico ressentido. Para Bernardo, FHC está tentando "suprir a deficiência da oposição".

Em artigo publicado no Estado do último domingo, 1, o ex-presidente analisa o que, a seu ver, seriam os riscos de uma vitória do governo nas eleições do ano que vem. "Se Dilma ganhar as eleições, sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão", escreveu FHC.

Para Bernardo, no entanto, as críticas refletem a falta de discurso da oposição. "Como ele é uma pessoa brilhante, de grande talento, e a oposição está numa mediocridade imensa, colossal, ele está tentando suprir isso", disse. "Agora, o risco que corre é ele ficar parecendo o Salieri (maestro Antonio Salieri), que ficava criticando o talento de Mozart (músico Wolfgang Amadeus Mozart) porque ele não conseguia ter o mesmo talento, não conseguia ter o mesmo reconhecimento."

De acordo com Bernardo, que esteve em Curitiba para uma palestra a professores, alunos e servidores da Universidade Federal do Paraná sobre o desempenho do governo federal e as perspectivas para 2010, o papel desempenhado por FHC traz um risco muito grande "para uma pessoa com a história do Fernando Henrique, que já foi considerado o príncipe da sociologia".

Na quarta-feira, 4, o ex-presidente voltou a criticar o governo Lula. Em palestra proferida no instituto que leva seu nome, Fernando Henrique também mirou na "inércia da oposição", e voltou a mostrar ceticismo sobre o futuro do País nas mãos da administração petista.

Franco-atirador

"Ele faz o discurso de que, se não concorda comigo, é autoritário, deve ser alguma coisa desse tipo, mas isso é muito pobre para um Fernando Henrique, que era um dos maiores pensadores do Brasil em termos de realidade", reagiu Bernardo. "Uma pessoa com toda essa bagagem ficou sozinho, de franco-atirador, tentando resolver o problema que a incompetência do PSDB e do DEM não consegue resolver, que é ter um discurso para o País, que é ter uma proposta alternativa."

Em sua palestra, o ministro disse que ás vezes o governo é criticado por estar planejando os próximos anos sem ao menos saber se o PT continuará no poder. "Nós achamos que é obrigação do atual governo preparar o terreno para o próximo, independentemente de quem ganhar a eleição", disse. "Se tivermos um trabalho previamente estruturado o governo terá apenas que fazer opções e poderá trabalhar com economia de tempo e economia de recursos porque vamos fazer isso."

Para Bernardo, os investimentos que o Brasil tem feito, principalmente por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vão se constituir em um "ritual de passagem do país em desenvolvimento para o país de primeiro mundo". E ressaltou que o Brasil tem uma democracia consolidada: "As mudanças se dão no voto, se quiserem mudar tem uma possibilidade no ano que vem."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,paulo-bernardo-rebate-fhc-e-o-compara-a-desafeto-de-mozart,461737,0.htm