30 de jan. de 2010

Dilma diz que vai discutir com PMDB a escolha do vice

da Folha Online

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse ontem que vai discutir com o PMDB a escolha do vice na sua chapara para disputar a Presidência da República nas eleições de outubro, informa reportagem de Ana Flor publicada neste sábado na Folha (íntegra disponível apenas para assinantes do jornal ou do UOL).

Segundo a reportagem, Dilma afirmou que a definição deve ser "um misto" da vontade de ambos. "Se eu responder sobre o vice, eu vou estar colocando o carro na frente dos bois", disse a ministra ao deixar a Rede TV!, onde gravou participação em um programa.

A declaração de Dilma contradiz o esforço do PMDB de lançar o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), como candidato a vice sem debate interno.

Para fortalecer o nome de Temer, a cúpula do PMDB decidiu antecipar a convenção nacional que deve referendar a reeleição do deputado na presidência nacional do partido. O encontro, que estava marcado para 10 de março, foi antecipado para 6 de fevereiro.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u686941.shtml

29 de jan. de 2010

Dilma e Marina visitam feira de Internet em busca de voto

SÃO PAULO (Reuters) - Em busca de votos de jovens aficionados por tecnologia, as pré-candidatas à Presidência Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) visitaram uma feira de Internet e tiveram posturas diferentes sobre campanhas antecipadas. Dilma disse que ainda não foi indicada pelo partido, enquanto Marina admitiu que não foi ao evento "de forma artificial."

"Eu não posso me afirmar candidata. Eu não sou candidata. Só quando o PT se reunir no congresso em meados de fevereiro eu serei", disse Dilma ao responder a uma pergunta de um participante da feira Campus Party que lhe perguntou o que faria sobre as regras para a Internet se eleita presidente.

"Isso não é uma questão formal, é uma questão de respeito político pelo partido ao qual sou filiada", acrescentou.

A oposição ingressou na Justiça eleitoral com várias ações contra a ministra por antecipação de campanha, mas ainda não houve condenação. Pela legislação, a campanha eleitoral só tem início a partir de julho.

Marina afirmou que passou a jogar o jogo dos adversários, admitindo que começou a antecipar a campanha.

"Eles anteciparam a campanha, infelizmente anteciparam. Agora, não dá para você antecipar o jogo e dizer para os outros jogadores, olha, não joguem. Aí fica injusto", disse. "Obviamente que eu não estou aqui de forma artificial."

Dilma e Marina não se cruzaram na feira repleta de bancadas de jovens internautas. A petista atraiu mais público na sessão de perguntas e respostas, o que levou um internauta a exibir a pergunta na tela de seu laptop: "Por que a Marina não teve a mesma cobertura?"

Outra tela trazia o protesto: "Dilma pistoleira, você não será eleita." O autor, Fabio Silva, de 24 anos, de Campinas (SP), disse que pertencia ao movimento estudantil. Dilma não dirigiu o olhar para as telas e saiu sem dar entrevistas.

(Reportagem de Carmen Munari)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE60S0UJ20100129

Palanque do PV no Rio não terá Serra, avisa Marina

Senadora, que participou da Campus Party, disse que a internet terá papel importante na campanha

Estadão - Anne Warth e Rodrigo Alvares

SÃO PAULO - A senadora Marina Silva, pré-candidata à Presidência da República pelo PV, disse nesta sexta-feira, 29, que o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) não dará palanque a José Serra, provável candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Gabeira deve ser o candidato do PV ao governo do Rio de Janeiro, com apoio, explícito ou indireto, do PSDB.

"O Gabeira já decidiu: o palanque lá é da candidatura do PV", disse Marina, durante visita à Campus Party, encontro mundial de comunidades e redes sociais da internet realizado em São Paulo.

Ao chegar ao evento, a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente participou de um "batismo digital", projeto que pretende evitar o analfabetismo digital, como é chamada a situação das pessoas que possuem computador e acesso à internet mas não sabem usufruir todos os seus benefícios.

Durante a aula, Marina foi interrompida diversas vezes para tirar fotos com os participantes da Campus Party. Ela disse que a experiência a fez lembrar da época em que foi alfabetizada, aos 16 anos de idade. "Eu me reencontrei com aquele início, em que fui pela primeira vez a uma escola, começando a me alfabetizar pelo Mobral aos 16 anos", contou.

Campanha na internet

Para a senadora, a internet terá papel importante durante a campanha eleitoral deste ano. "Será uma ferramenta que pode facilitar, sim, sobretudo, para aqueles que têm uma mensagem e coerência política com essa mensagem", declarou.

A senadora ponderou, entretanto, que o contato de candidatos com internautas não será tão simples. "Acho que a tendência é que as pessoas voluntariamente se liguem a projetos que não sejam projetos de poder pelo poder", disse, sem revelar a quem serviria a crítica.

Seguida por vários jornalistas e curiosos, a senadora conversou com participantes do evento, e chegou a colocar óculos especiais para ver uma demonstração de um jogo em 3D.

A senadora também participou de um debate sobre como a internet pode apoiar causas sociais. Marina falou sobre a influência das novas tecnologias durante sua infância no Acre, questões eleitorais e em como a internet pode ajudar o brasileiro a exercer um papel mais representativo no processo político.

De acordo com Marina, o governo Lula tem aperfeiçoado os mecanismos de inserção digital, mas ressaltou: "Não vou falar mal da Dilma, do Serra ou do Lula até por ser pré-candidata à Presidência, mas o desenvolvimento (digital) ainda está aquém do seu potencial".


'Desconferência'

A organização da Campus Party realizou a discussão em um formato de "desconferência", no qual os internautas fariam perguntas através de #marinasilva no Twitter. Questionada sobre a internet como um direito do cidadão, Marina respondeu que "é fundamental que as pessoas tenham acesso, mas é preciso uma mediação". Ela também defendeu que o governo possa atuar como provedor.

Comparada ao presidente americano Barack Obama, Marina ironizou: "Quando se é para discutir quebra de paradigma, é no ambiente dos outros. Aqui, ninguém quer discutir sobre uma reforma eleitoral, por exemplo". Sobre a questão de ser evangélica, a senadora foi enfática ao negar que isso seja um problema para sua campanha. "Fernando Henrique e Lula não têm religião", afirmou.

A pré-candidata do PV se mostrou otimista quanto à inclusão digital no País: "Estamos aperfeiçoando os meios de representação".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,palanque-do-pv-no-rio-nao-tera-serra-avisa-marina,503719,0.htm

Ala do PMDB ameaça suspender convenção caso não participe da chapa de Temer

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O grupo do PMDB contrário à aliança nacional do partido com o PT promete entrar na Justiça contra a convenção da legenda, marcada para 6 de fevereiro, se não tiver representantes na chapa que vai disputar o comando peemedebista.

A cúpula do PMDB articula a apresentação de chapa única liderada pelo atual presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), mas o grupo contrário à união com o PT quer melar a convenção caso não seja incluído na chapa de Temer.

A convenção tem como objetivo eleger a nova Executiva Nacional do PMDB (cúpula do partido). O encontro foi antecipado do dia 10 de março para 6 de fevereiro. O grupo de Temer trabalha para reconduzi-lo ao comando da legenda com o objetivo de fortalecer o seu nome para disputar a vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.

"Vamos esperar para ver a chapa. Se o conjunto do partido não estiver contemplado, excluindo as pessoas que não concordam com esse acordo com o PT, havendo essa radicalização, nós vamos acionar judicialmente", disse à Folha Online o presidente do PMDB de Curitiba (PR), Doatico Santos.

O paranaense, favorável à candidatura própria do PMDB ao Palácio do Planalto, disse que o prazo para o registro de chapas que vão disputar o comando do partido termina hoje, no final do dia. Na segunda-feira, o grupo contrário à aliança com o PT promete analisar a composição da chapa para conferir se terá representantes na futura executiva do partido.

"Eles [comando do PMDB] falam em exclusão dos descontentes. Se houver exclusão, é um ato de força que será repelido com um ato de força", afirmou Santos.

O grupo argumenta que tem poderes para questionar a convenção judicialmente porque, pelo estatuto do PMDB, as chapas deveriam ser registradas até 8 dias antes da convenção nacional. Como ainda não há acordo no grupo de Temer para a composição da chapa, o que deve ocorrer até o final da próxima semana, Santos disse que a convenção poderá ser anulada caso o grupo decida ingressar na Justiça.

"Para se montar uma chapa, você precisa ter adesões, não se faz isso em dois dias. Portanto, é possível impugnar a chapa. Nos assustamos com a possibilidade de exclusão do Diretório Nacional, composto só com o grupo do Temer", disse o paranaense.

Candidatura própria

O PMDB do Paraná apoia, em sua maioria, a indicação do governador do Estado, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato do PMDB à Presidência da República. O comando do partido, porém, já fechou um pré-acordo com o PT para apoiar a ministra Dilma nas eleições de outubro --consolidando a aliança nacional com o PT.

Temer é o nome mais cotado no partido para disputar a vice-presidência na chapa de Dilma, por isso interlocutores peemedebistas admitem que a pressa na sua reeleição para o comando do PMDB tem o objetivo de mostrar a sua liderança na legenda.

Em dezembro, Requião lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. O governador do Paraná conquistou o apoio do PMDB de São Paulo, contrário à aliança nacional do partido com o PT.

Requião afirma que a sua candidatura é apoiada por representantes de 15 diretórios municipais do partido. De acordo com o governador, desde 1994, com Oréstes Quércia, o PMDB não tem candidatura própria à Presidência.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u686631.shtml

Internet é ferramenta para quem tem coerência política, diz Marina Silva

DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online

A senadora Marina Silva (PT-AC), pré-candidata à Presidência da República, ressaltou nesta sexta-feira a importância do uso da internet na campanha eleitoral. Durante visita a Campus Party Brasil, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, Marina disse que a web é uma ferramenta para quem tem coerência política.

"A internet pode ser uma ferramenta importante na eleição para aqueles que têm mensagem e coerência política. A tendência é as pessoas, voluntariamente, se ligarem a projetos que não sejam de poder pelo poder", afirmou a senadora, ao ressaltar que os políticos não sabem usar a internet.

Marina chegou à feira por volta das 15h para assistir a uma aula de inclusão digital para cerca de 70 crianças carentes. Durante cerca de 20 minutos, a senadora aprendeu a usar o aplicativo Google Maps. Após a aula, recebeu um diploma pela participação.

Além de Marina, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência, também participa da Campus Party. Não está previsto que Dilma e Marina se encontrem na feira.

Por volta das 18h, Dilma deve se encontrar com Lawrence Lessig, palestrante da Campus Party e professor da Universidade de Stanford (EUA). Lessig é um dos fundadores do Creative Commons --modelo de licenciamento de direitos autorais na internet.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u686622.shtml

'Gostaria que me escolhessem sucessora de Lula', diz Dilma

Em lançamento de gasoduto, ministra dedicou a maior parte de seu discurso a temas da campanha presidencial

Estadão - Clarissa Oliveira, enviada especial

JACUTINGA, MG - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata a do PT à Presidência, deixou claro nesta sexta-feira, 29, que está cada vez mais próxima de assumir, publicamente, a intenção de disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro. Questionada se já se considera a sucessora, Dilma respondeu: "Eu acho que o presidente tem de ter um sucessor à altura do governo dele. Eu gostaria muito que me escolhessem como essa sucessora. Não sou hoje."

A afirmação foi feita logo após ter inaugurado o Gasoduto Paulínia-Jacutinga, em Jacutinga, no extremo sul de Minas Gerais, em cerimônia da Petrobras. Ela praticamente ignorou o assunto energia, preferindo dedicar quase a totalidade do seu discurso à promoção de temas que serão parte da campanha presidencial.

Dilma conseguiu encaixar até mesmo o assunto das creches e das enchentes na fala, reservando também espaço à nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apelidado de PAC 2. "Nós vamos dar um salto com o PAC 2", disse, adiantando o tom que deverá dar aos comícios a partir da segunda metade do ano.

A chefe da Casa Civil não perdeu a chance de afagar prefeitos mineiros presentes, prometendo a liberação de recursos do PAC 2 para obras de drenagem, minimizando, assim, o risco de alagamentos. "Que existe chuva, existe. Mas a gente não tem de se conformar." Dilma caprichou no tom social. Ao comentar que o Brasil tem chances de se transformar na quinta maior economia do mundo, a chefe da Casa Civil emendou: "O que nos interessa é transformar o povo em quinta potência."


Lula

Sem a companhia de Lula, que está em repouso após uma crise de hipertensão, Dilma tranquilizou os presentes. "O presidente não é uma pessoa doente", afirmou. A ministra da Casa Civil brincou, dizendo que, diferentemente do presidente, não pode se dar ao luxo de não fazer caminhadas diárias para prevenir eventuais picos de pressão.

"O presidente pode ficar sem caminhar, fazendo essa agenda que faz, e a pressão dele é 11 por 7."

Dilma disse ter aconselhado Lula a diminuir um pouco o ritmo e evitar emendar uma semana na outra, com a agenda muito intensa.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,gostaria-que-me-escolhessem-sucessora-de-lula--diz-dilma,503678,0.htm

Dono da Natura deverá ser vice de Marina

congressoemfoco - Rudolfo Lago

A senadora Marina Silva (PV-AC) confirmou nesta quinta-feira (28) que o candidato a vice-presidente na sua chapa deverá ser mesmo o empresário Guilherme Leal, co-presidente do conselho de administração da indústria de cosméticos Natura, como provável candidato à vice de sua chapa para a Presidência da República. Com essa formação, Marina repete, com toques ecológicos, o perfil que levou o presidente Lula à vitória em 2002: um nome vindo do povo, de origem de esquerda, somado a um empresário, para aplacar possíveis desconfianças do mundo industrial e financeiro. No caso, com um viés ambientalista, já que a Natura trabalha para si a imagem de ser uma empresa preocupada com a sustentabilidade.

"Há o desejo de ambas as partes, do PV e de grande parte do empresariado brasileiro", disse Marina, em entrevista coletiva em Porto Alegre, onde participa do Fórum Social Mundial, sobre a formação da chapa com Guilherme Leal.

Leal, por sua vez, disse que a confirmação da chapa ainda passará por um processo de amadurecimento. "Quando me filiei, foi um gesto político. Tinha o significado de que estou a serviço do movimento que a Marina está promovendo. Os desejos, as disponibilidades políticas estão colocadas, precisam ser amadurecidas", afirmou. Leal filiou-se ao PV em setembo do ano passado.

Marina minimizou o anúncio do Psol de que não apoiará oficialmente sua candidatura. Ainda que não se concretize a aliança, ela garantiu que continuará apoiando a candidatura de Heloísa Helena, presidente do Psol para o Senado por Alagoas. Marina também evitou polemizar sobre o apoio que o candidato do PV à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2008, deputado Fernando Gabeira, receberá do PSDB e do DEM, razão para o afastamento do Psol da sua candidatura. "São questões regionais", disse ela.

http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=31629

Sem Ciro, PT de São Paulo quer viabilizar alternativa

MARIA CLARA CABRAL
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Diante da insistência do PSB em deixar para março a decisão sobre a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), petistas de São Paulo prometem intensificar a partir de agora as negociações com os demais partidos atrás de alianças e "turbinar" a agenda dos pré-candidatos do PT ao governo.

Dirigentes do partido também cobram do presidente Lula e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência, uma maior participação em eventos no Estado, para dar mais visibilidade à legenda e levar os pré-candidatos juntos para o palanque. "Precisamos fortalecer a agenda popular e a agenda política [em SP], inclusive com a participação dos dois maiores nomes do partido", disse o deputado federal José Genoino (PT-SP).

Anteontem, em Pernambuco, Lula fez mais um apelo aos dirigentes do PSB para que Ciro abrisse mão de sua candidatura à Presidência e aceitasse concorrer ao governo de São Paulo em uma chapa apoiada pelo PT. Ele acha que o melhor cenário para a eleição presidencial é uma eleição plebiscitária entre Dilma e o governador José Serra (PSDB-SP).

Como o presidente saiu do encontro sem resposta, os petistas acham que está mais do que na hora de reagir. "[Deixar a decisão para março] compromete a construção de um nome, principalmente se for alguém que nunca disputou nenhuma eleição majoritária", disse o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP).

A estratégia é intensificar a pré-campanha, mas sem desagradar Lula: apesar do esforço para dar visibilidade para os nomes petistas, o martelo só será oficialmente batido em março. Mas os petistas têm convicção de que as chances de Ciro concorrer ao governo de São Paulo são pequenas.

"Todo mundo sabe que o PT paulista, que todos os dirigentes preferem uma candidatura própria, mas todo mundo também sabe que tem que aguardar o presidente Lula", afirmou Chinaglia. "Não podemos fazer política que dependa dele [Ciro] só", completou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

Neste um mês e meio que falta para o lançamento oficial de uma pré-candidatura, quatro petistas podem ganhar força: Aloizio Mercadante, Marta Suplicy, Emidio de Souza e Antonio Palocci. O primeiro já saiu na frente. Em encontro com deputados anteontem em Brasília, o próprio Lula disse que, sem Ciro, prefere o senador.

Ele prometeu que vai começar a "falar duro" para que Mercadante seja o candidato no Estado. Até agora, Mercadante diz que quer disputar o Senado.

A intensificação da agenda dos petistas tem o aval do presidente. Segundo deputados que estiveram com ele anteontem, Lula quer fazer uma reunião com os dirigentes do PT de São Paulo para acertar os detalhes dessa articulação no Estado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u686418.shtml

28 de jan. de 2010

PDT estará de corpo e alma na campanha de Dilma, afirma Lupi

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Ao anunciar nesta quinta-feira o apoio do PDT à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, o presidente licenciado do PDT, ministro Carlos Lupi (Trabalho), disse hoje que o partido está "de corpo e alma" na campanha da ministra.

Lupi admitiu que o apoio seria "diferente" se o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), estivesse na disputa ao Palácio do Planalto. Mas negou que fosse abandonar o apoio a Dilma.

"É claro que, se o Aécio fosse candidato, essa configuração poderia ser outra. Mas eu nunca disse que o partido não apoiaria a ministra Dilma", afirmou.

Lupi disse que, como o PDT integra a base de apoio do governo federal, é natural que faça coligação com o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma. "Nós estamos no governo, você não pode fazer jogo duplo. Nós não podemos estar no governo e ir para o palanque da oposição. Nem a população compreenderia e nós teríamos o mínimo de lealdade nesse processo", afirmou.

O presidente do PDT disse que, há mais de dois anos, firmou o compromisso com o presidente Lula de seu partido apoiar Dilma se o PT decidisse lançá-la à Presidência. "O que queremos dizer é uma sinalização que o partido tem compromisso nacional. Não criamos dificuldades para obter facilidades. Não vamos esperar e fazer charme. Nossa candidata é a ministra Dilma. Vamos de corpo e alma, sem nenhuma contrapartida, estar na campanha dela."

Lupi disse que governo e oposição devem fazer uma "eleição plebiscitária", mostrando ações feitas pelo governo de cada um. "Temos que saber quem é contra, quem é a favor do governo do presidente Lula", disse Lupi.

Na opinião do pedetista, o governo de Dilma deve ser "ainda melhor" que o de Lula, porque será o aperfeiçoamento das ações realizadas pelo petista.

Dilma almoça hoje com a cúpula do PDT para ouvir a decisão do partido de apoiar a sua candidatura à Presidência. Oficialmente, os pedetistas vão bater o martelo em junho, na convenção nacional da legenda. Como a maioria do PDT é favorável à coligação com o PT, o comando da legenda resolveu adiantar seu apoio para a ministra.

Impasses

Lupi disse que o PDT vai buscar a solução de impasses regionais que dificultam a aliança nacional com o PT. "As questões regionais, nós estamos com a direção do PT para elencar realidades. Claro que temos uma base de apoio grande", afirmou.

O ministro citou como exemplo Estados como o Paraná e o Maranhão, onde há risco de candidatura do PDT se chocar com outras da base aliada governista. No Rio, Lupi reconheceu ser difícil mudar o atual cenário diante da disposição do ex-governador Anthony Garotinho (PR), ex-pedetista, ingressar na disputa.

"O partido se fortaleceu no Rio. O caso do Garotinho é mais difícil por causa dos problemas internos. Mas nacionalmente, ele [Garotinho] apoia a Dilma. O PDT tem compromisso nacional. Nossa candidata é a ministra Dilma. vamos entrar na campanha dela", afirmou.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u685978.shtml

Para Dilma, conversa com PSB sobre candidatura só deverá avançar em março

Agência Brasil - Luciana Lima

Brasília - Uma definição sobre os rumos do PT e do PSB nas eleições presidenciais deverá ocorrer somente em março, na avaliação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, possível candidata do PT à Presidência da República.

Ontem (27), em Pernambuco, Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiveram um jantar com o governador Eduardo Campos, prefeitos e secretários do governo do PSB, mas, de acordo com Dilma, não houve condições de aprofundar um diálogo sobre a intenção do PT de ter uma única candidatura da base para sucessão de Lula.

“O que ficou acertado é que voltaremos a conversar em março. Até lá, dará tempo para os partidos conversarem internamente. Era um jantar com muitas pessoas, com prefeitos, com secretários de governo, por isso não foi possível entrarmos em detalhes sobre isso”, disse a ministra Dilma, em sua casa, antes de almoçar com o ministro Trabalho, Carlos Lupi, e outros integrantes do PDT que foram formalizar apoio à possível candidatura de Dilma à Presidência da República.

O PSB, histórico aliado do PT, terá que conversar internamente para decidir entre o apoio à candidatura petista ou se carregará a candidatura já anunciada de Ciro Gomes, deputado federal e ex-ministro de Lula, ao Planalto.


http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2010/01/28/materia.2010-01-28.2859460815/view

Marina Silva quer co-presidente da Natura como vice

Terra - Fabiana Leal

A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (PV), afirmou, nesta quinta-feira, na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), em Porto Alegre (RS), que é seu desejo, como pré-candidata à Presidência da República, assim como do partido, que o candidato a vice na chapa seja o co-presidente do conselho de administração da Natura, Guilherme Peirão Leal.

"Eu fiz questão que ele se filiasse em tempo hábil, exatamente pelo fato da contribuição que aporta, do ponto de vista político e social e da importância que tem com a agenda socioambiental do País, como empresário que tem trabalhado a questão da sustentabilidade quando esse tema ainda não era moda. E, obviamente, que filiá-lo em tempo hábil tem sim a ver com o desejo do PV e o meu que ele possa compor a chapa, mas ele mesmo disse que está fazendo essa avaliação. O desejo á de ambas as partes", disse Marina.

Leal, que é administrador formado pela Universidade de São Paulo (USP) e empresário, se filiou ao PV no dia 30 de setembro. "Quando me filiei, disse que isso era um gesto político. A data de filiação tem um significado, obviamente. Um significado de que eu estava a serviço de um movimento que a senadora Marina Silva estava fazendo". Antes mesmo de se filiar, o empresário disse que já discutia seu posicionamento com a sociedade e com o meio empresarial.

Além da senadora, Leal e o presidente emérito do Instituto Ethos, Oded Grajew, também palestraram a empresários na Federasul. Apesar de ambos demonstrarem o desejo da chapa puro sangue - composta por Marina e Leal-, a confirmação do nome do vice deverá mesmo só ser divulgada na convenção do partido, que tem de ocorrer, de acordo com o calendário eleitoral, em junho.

O Psol informou, em nota divulgada no dia 21 de janeiro, que a legenda encerrou a negociação com o PV em torno da pré-candidatura da senadora Marina Silva. Descontente com a aproximação do PV com o PSDB no Rio de Janeiro, a Executiva do Psol anunciou Martiniano Cavalcanti, fundador do Psol, como pré-candidato à Presidência. A nota foi assinada pela presidente do Psol, Heloisa Helena, pela deputada federal Luciana Genro (RS) e outros membros do partido.

Marina Silva disse que não houve uma retirada do apoio do Psol ao PV, porque não havia uma aliança formal ainda. "Havia uma conversada entre o Psol e o PV. Nós chegamos a constituir uma comissão de ambas as partes para aprofundar o diálogo, havia um interesse muito grande meu e de Heloísa que pudéssemos caminhar juntas. Sabíamos que era difícil, mas o Psol chegou ao entendimetno, e nós, do PV, também, de que não era possível uma aliança formal. Mas o diálogo continua", afirmou a senadora acreana, que disse ainda que está trabalhando, com outras lideranças, para eleger Heloísa Helena ao Senado pelo Estado de Alagoas.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4233008-EI7896,00-Marina+Silva+quer+copresidente+da+Natura+como+vice.html

CUT e Força unificam agenda e reforçam apoio a Dilma

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

SÃO PAULO - As duas maiores centrais sindicais do País, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, resolveram juntar forças em 2010, ano eleitoral e de provável crescimento econômico, para tentar avançar em antigas reivindicações trabalhistas, como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. A agenda comum também servirá para reforçar a posição favorável à candidatura da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

"É a primeira vez que estaremos juntos", disse o presidente da Força e do Diretório Estadual do PDT de São Paulo, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho. Aliadas de primeira hora do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as centrais funcionarão como uma linha auxiliar da eleição plebiscitária pretendida pelo presidente.

De acordo com Paulinho, não haverá uma posição oficial das centrais a respeito das candidaturas, mas o apoio a Dilma será majoritário. "Não posso dizer que todo mundo vai apoiar a Dilma; a grande maioria vai. Tem sindicato na Força que é ligado ao DEM, o meu vice-presidente é do PSDB", disse ele, referindo-se a Melquíades Araújo, filiado ao partido do governador José Serra (PSDB), provável candidato da legenda à Presidência.

Mais enfático, o secretário nacional de Saúde do Trabalhador da CUT, Manoel Messias Nascimento, avisa que não haverá espaço para dissidência. "A candidatura Serra não contempla a continuidade dos projetos de distribuição de renda. O PSDB não tem uma plataforma desse tipo. Eles defendem a política de redução de direitos."

Vigília

O início da agenda sindical será na terça-feira, quando CUT, Força e mais quatro entidades farão uma vigília dentro do Congresso para exigir que os parlamentares votem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz a carga de trabalho semanal de 44 para 40 horas. A PEC, que tramita desde 1995 e está pronta para votação, recebeu um adendo que remunera as horas extras em 75% a mais que as normais. Não há acordo, contudo, para que o plenário aprecie a proposta.

Os compromissos comuns das centrais culminarão com a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1º de junho, quando o movimento sindical deve elaborar um documento a ser entregue aos candidatos a presidente da República, cuja definição ocorrerá, obrigatoriamente, até junho. O evento será realizado em São Paulo e pretende reunir milhares de dirigentes e militantes de sindicatos no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, na zona oeste da capital paulista.

Lista mais ''pesada''

Segundo Nascimento, por causa do ano eleitoral e da expectativa de desenvolvimento econômico no País, a lista de reivindicações estará mais "pesada" e as centrais, mais duras nas negociações. "É sempre mais fácil mobilizar as categorias em épocas de crescimento econômico. As pessoas ficam menos ameaçadas pela possibilidade de desemprego", explica.

Paulinho diz que a redução da jornada será o principal assunto do ano para as centrais. No programa partidário gratuito que a sigla apresentará no dia 11 em rede nacional de rádio e televisão, Paulinho falará, exclusivamente, sobre o assunto. Outros pontos que constarão da pauta das centrais são a mudança dos Índices de Propriedade da Terra e a PEC do Trabalho Escravo.

Em nota publicada na página da CUT na internet, o presidente da central, Arthur Henrique, enfatizou que a convenção de junho "será um instrumento de mobilização que contribuirá no processo eleitoral, demarcando campo com a direita".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,cut-e-forca-unificam-agenda-e-reforcam-apoio-a-dilma,503030,0.htm

Conversas informais com PSOL devem continuar, afirma Marina

Pré-candidata à presidência disse existir 'um desejo muito forte' para confirmar a aliança entre as siglas

Sandra Hahn, da Agência Estado

SÃO LEOPOLDO - A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República, disse nesta quarta-feira, 27, que mesmo sem conseguir viabilizar uma aliança com o PSOL os dois partidos devem continuar conversando informalmente. Além disso, o PV apoiará a candidatura da presidente do PSOL, Heloísa Helena, ao Senado. Marina citou que havia "um desejo muito forte" dela e de Heloísa Helena para confirmar a aliança, mas também afirmou que os dois partidos sabiam das dificuldades para obter o acordo.

Conforme a pré-candidata, PV e PSOL têm diferenças de visão ideológica e programática. "Era um processo de diálogo que nós sabíamos que era muito difícil", constatou. "O fato de não ter aliança formal não significa que informalmente não vamos continuar conversando." O PSOL decidiu lançar candidato próprio ao Palácio do Planalto. Heloísa Helena defendia apoio a Marina, mas sem aliança por causa da opção do PV de se unir ao PSDB em alguns Estados.

Como o PV tem pouco tempo de televisão, a senadora considerou que a chance de obter um desempenho adequado na eleição é "preservar as conquistas de 16 anos (numa referência aos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso), apontar novos rumos e não ficarmos presos a uma disputa entre passados". Questionada sobre que marcas do governo Lula poderá destacar na campanha presidencial, Marina respondeu que tem ressaltado o que é consenso na sociedade brasileira, que são as conquistas sociais.

Fernando Henrique

Ao mesmo tempo, ela defendeu a preservação de conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso. "É assim que se faz a grande política", justificou. "Você não precisa ter a insegurança de negar as conquistas para poder se autoafirmar", disse Marina, em entrevista.

Sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma plataforma da potencial adversária petista, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, Marina comentou que ele é um programa de gestão, mas suas obras são pulverizadas. A senadora participou ontem em São Leopoldo, a 30 quilômetros da capital gaúcha, de painel com o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, em atividade paralela ao Fórum Social Mundial Grande Porto Alegre.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,conversas-informais-com-psol-devem-continuar-afirma-marina,502994,0.htm

Josias de Souza: Lula dá xeque-mate em Ciro Gomes

da Folha Online

Josias de Souza, colunista da Folha e blogueiro da Folha Online, comenta neste podcast a última preocupação de Luiz Inácio Lula da Silva em relação à sucessão presidencial.

Para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consiga eleger Dilma Rousseff (Casa Civil), é necessário que poucos candidatos concorram. Por enquanto, além da ministra, os adversários são José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV-AC).

O problema para Lula é que Ciro Gomes (PSB) quer entrar na disputa. Lula deseja, entretanto, que o deputado desista para participar da eleição ao governo de São Paulo. Ciro diz que manterá sua pré-candidatura à Presidência.

ouça

http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u685872.shtml

'Quem vai definir o vice é o PMDB', diz presidente do PT

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O governo e a cúpula do PT tentaram ontem abafar a crise com o PMDB por causa da escolha do vice na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ministros e dirigentes petistas passaram a dirigir afagos ao presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), cotado para a vaga. "Quem vai definir o vice é o PMDB e o PT não vai dar palpite", afirmou o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Questionado sobre comentários de que Temer não agrega apoio, Dutra tentou consertar as declarações dos companheiros. "O critério para a indicação do vice não é agregar voto, mas, sim, dar liga política. O bom vice é o que mantém bom relacionamento com o titular."

Em conversas reservadas, Lula chegou a admitir a preferência por uma dobradinha entre Dilma e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, filiado ao PMDB. No entanto, o presidente sempre soube da dificuldade em concretizar essa operação, já que o PMDB fincou pé no nome de Temer, que deverá ser reconduzido ao comando do partido em convenção marcada para o dia 6 de fevereiro. Ontem, Lula disse que não existe veto ao presidente da Câmara.

"Temer trouxe o conjunto do PMDB para a base do governo e sua recondução à presidência do partido dá força à tese da aliança com Dilma", reforçou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, escalado pelo governo para apagar o incêndio político com o PMDB.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,quem-vai-definir-o-vice-e-o-pmdb-diz-presidente-do-pt,502960,0.htm

Oposição ainda sonha com chapa puro-sangue

Integrantes das cúpulas do DEM e do PPS insistem para que Aécio Neves reconsidere decisão de não ser vice de José Serra na disputa pelo Palácio do Planalto

Correio Braziliense - Thiago Herdy


Dirigentes da cúpula dos dois principais aliados do PSDB na campanha presidencial voltaram ontem a defender o nome do governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, como vice na candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República. O deputado federal Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) e o presidente nacional do PPS, ex-senador Roberto Freire (PE), estiveram com o governador mineiro para discutir a estratégia política da oposição para este ano. Apesar da negativa de Aécio em ser vice, ACM Neto e Freire voltaram a afirmar que ele seria o melhor nome para compor a chapa que tentará derrotar a candidata do presidente Lula, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).

“O nome do governador é inquestionável e é unanimidade em todos os campos da oposição. Mas essa decisão não cabe ao DEM, nem ao PSDB, cabe ao governador Aécio Neves. Pessoalmente, eu gostaria muito que isso acontecesse. Agora, é evidente que nós temos que respeitar a opinião presente e a decisão futura do governador Aécio Neves”, disse o deputado ACM Neto, na saída de um almoço no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte. No encontro, os dois discutiram não apenas a candidatura de José Serra à Presidência, mas também a formação das chapas da oposição nos estados, inclusive em Minas Gerais. O DEM integra a base aliada de Aécio desde o início de seu governo.

O dirigente democrata afirmou ainda que, caso Aécio não reconsidere sua decisão, o DEM não abrirá mão da indicação do candidato a vice. “O Democratas procurará discutir com o PSDB e vai analisar nomes internamente”, disse ACM Neto, que evitou citar possíveis nomes da legenda ao cargo. “Vamos continuar torcendo para que, quem sabe, lá na frente, o governador reconsidere sua decisão e aceite ser vice. Hoje, ele não admite compor a chapa nacional. Mas isso não impede que a gente continue torcendo”, completou ACM Neto.

Expectativa
Três horas depois, no Palácio da Liberdade, o presidente do PPS, Roberto Freire, disse ter a mesma expectativa de ACM Neto. “Se eu pudesse seduzi-lo ou sensibilizá-lo, já o teria feito”, afirmou o dirigente pernambucano, antes de lembrar que, “política é como nuvem, muda de formato a todo momento”. “Não sei quem disse isso, Magalhães (Pinto) ou Tancredo (Neves). Eu preferia que fosse Tancredo”, brincou.

Freire disse ainda que ter Aécio e Serra em uma mesma chapa seria a melhor opção, não apenas por juntar candidatos dos dois maiores colégios eleitorais do país, mas por se tratar de “dois governadores muito bem avaliados e lideranças expressivas nacionais”. O presidente do PPS lembrou que a decisão caberá mais a Aécio do que a qualquer pessoa. “Ele tem muita consciência do papel que deve desempenhar nessa disputa eleitoral”, disse o dirigente, que hoje participa de um encontro do PPS em Minas Gerais, com a presença de Itamar Franco (PPS).

O ex-presidente da República reagiu anteontem a uma declaração de Freire, que havia dito que Itamar seria um “plano B” para o lugar de vice na chapa de Serra, caso Aécio mantivesse sua negativa. “Nunca fui, nem vou ser plano B de ninguém”, disse Itamar na ocasião. Ontem, Freire mudou o tom de seu discurso e afirmou que caberá a Itamar escolher a sua posição em 2010. “O craque não fica subordinado ao técnico. Ele vai escolher qual será o seu papel, e será um papel importante”, contemporizou.

"Ele (Aécio) tem muita consciência do papel que deve desempenhar nessa disputa eleitoral"
Roberto Freire, presidente do PPS

"O nome do governador é inquestionável e é unanimidade em todos os campos da oposição. Mas essa decisão não cabe ao DEM, nem ao PSDB, cabe ao governador Aécio Neves. Pessoalmente, eu gostaria muito que isso acontecesse"
Antônio Carlos Magalhães Neto, deputado federal pelo DEM-BA

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/28/politica,i=169668/OPOSICAO+AINDA+SONHA+COM+CHAPA+PURO+SANGUE.shtml

PT estuda oferecer a Ciro um posto de destaque na campanha de Dilma

Tudo na tentativa de tirá-lo da corrida ao Planalto

Correio Braziliense - Tiago Pariz

Sabendo que o PSB vai esticar a corda na negociação para a retirada do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) da disputa presidencial, o PT desenha uma saída honrosa para o parlamentar. A ideia é formar uma coordenação de campanha estrelada para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ter Ciro Gomes (PSB-CE) como um dos expoentes.

A estratégia da campanha seria dividida entre o ex-ministro de Lula e o deputado federal Antônio Palocci, numa forma de compensá-lo pela desistência da corrida ao Planalto. A oferta, que ainda não foi oficializada, evitaria forçar Ciro a concorrer ao governo de São Paulo. A disputa paulista era o desejo inicial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas já foi rejeitada pelo parlamentar do Ceará.

Na nova fórmula, manejada com cautela pelo PT, Ciro Gomes teria, além do poder de decisão, papel de catalisador de votos em regiões do Nordeste. Essa negociação é uma operação de xadrez, na visão de petistas. Todo o esforço é articulado para evitar vender a proposta como um Plano B ou uma barganha. Há um setor minoritário no PT que vê em Ciro o vice ideal de Dilma.

O presidente Lula reuniu-se ontem novamente com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, para discutir os cenários(1) da eleição presidencial. Lula reafirmou que deseja uma disputa polarizada entre Dilma e o candidato do PSDB, provavelmente o governador de São Paulo, José Serra. Lula entende que a divisão da base, com dois candidatos, Dilma e Ciro, prejudicaria os votos governistas e beneficiaria o PSDB. O PSB, apesar de sensível aos apelos do presidente, disse que vai manter a candidatura do deputado e praticamente descartou a disputa ao governo paulista.

Sem barganha
“O presidente está convicto da sua disposição de falar para o conjunto dos partidos da base que a gente tem de ter uma disputa polarizada, com uma candidatura única da base”, disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Nós compreendemos a visão do Ciro e do PSB. Essa é uma decisão do PSB e não do PT”, enfatizou o presidente petista, Ricardo Berzoini. Ele rejeitou a proposta de negociar com os socialistas na base da barganha. “Não é fazendo qualquer movimento ou oferecimento que vamos fechar a aliança”, disse.

O prazo para a consolidação da candidatura é março, um mês antes de a ministra Dilma Rousseff deixar o governo para se dedicar à campanha. Até lá, o PSB vai tentar fechar um apoio próprio para aumentar o tempo de televisão no horário eleitoral gratuito. A primeira aposta é o PTB, do deputado cassado Roberto Jefferson (RJ), repetindo em parte a aliança da eleição de 2002.

1 - Caminho tortuoso
Embora faça aparente jogo duro, o PSB sabe que a trilha para viabilizar a candidatura de Ciro à Presidência é praticamente inexistente. “Não tem caminho fácil. O PDT e o PCdoB já estão com a Dilma. Podemos tentar aumentar o tempo de tevê em parceria com o PP ou o PTB”, disse o senador Renato Casagrande (ES), secretário-geral do PSB. O PTB está entre o apoio a Dilma e a Serra. O líder do PP, Mario Negromonte (BA), não vê espaço para a discussão com o PSB devido ao perfil confrontador que Ciro assumiu na Câmara, e trabalha pela aliança com Dilma.

Oposição sob cerco
O presidente Lula aproveitou a cerimônia de inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do SUS, em Paulista (PE), para atacar políticos de oposição, pedir aos pernambucanos que não votem neles e fazer mais um lançamento da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Sem citar nomes, ele dirigiu os ataques, principalmente, ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Lula os responsabilizou pela derrubada da CPMF, que acabou tirando R$ 24 bilhões da saúde. “Essa mesquinharia política”, segundo o presidente, impediu ações para a saúde, como o programa de médicos na escola.

Dirigindo-se aos eleitores pernambucanos, Lula pediu que todos guardem a data da eleição, porque “políticos como esses têm prazo de validade vencida, cabeça atrasada, maldade e não pensam de forma moderna”. Lula fez ainda elogios à ministra Dilma Rousseff e disse que ela é uma companheira de coragem e competência. Para os críticos que dizem que ela é brava e não sorri, respondeu: “A Dilma é brava porque mulher tem que ser brava mesmo, porque quem tem que ficar mostrando os dentes é o homem. Mulher tem que ser séria. A Dilma, com esse comportamento, coordenou o PAC, o Minha Casa, Minha Vida. Esse país, com um pouco de planejamento, ninguém segura”, comentou.

Ao governador Eduardo Campos, candidato à reeleição, Lula aconselhou não fazer o “jogo rasteiro do adversário, não baixar o nível da campanha” e disse que, quanto mais os rivais baixarem o nível, mais Campos deve levantar o nível. Afirmou ainda ao governador que, aconteça o que acontecer, “coloque a tropa na rua, porque minha tropa vem junto para que a gente possa continuar o desenvolvimento pelo qual Pernambuco passa”.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/28/politica,i=169666/PT+ESTUDA+OFERECER+A+CIRO+UM+POSTO+DE+DESTAQUE+NA+CAMPANHA+DE+DILMA.shtml

PT se reúnem com líderes do PMDB

Petistas reforçam que a decisão sobre o vice de Dilma caberá aos peemedebistas. Michel Temer permanece na disputa pela indicação

Correio Braziliense  -  Ricardo Brito


Para não melindrar o noivo, o PT estendeu ontem o tapete vermelho para a cúpula do PMDB e manteve viva a pretensão do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), de se tornar candidato a vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em encontros ao longo do dia, dirigentes petistas reafirmaram aos peemedebistas que caberá a eles a definição da vaga. O movimento tenta acabar com o mal-estar reforçado no último fim de semana pelo ex-ministro José Dirceu que, durante reunião da principal corrente do PT em São Roque (SP), defendeu que o PMDB apresente uma lista tríplice (1) com pretensos nomes ao cargo.

Num café da manhã promovido pelos petistas, o atual e o futuro presidente do partido, Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra, reiteraram que PT e PMDB vão rumar juntos nas eleições presidenciais. “A escolha é do PMDB”, garantiram Berzoini e Dutra, segundo o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), um dos presentes ao encontro. Eles preferiram circunscrever as divergências às correntes minoritárias dentro do PT. Queixaram-se até da imprensa, que tem dado voz a essas declarações. “O PT vai aceitar seja lá quem for”, disse Berzoini ao Correio.

De parte a parte, ninguém quis bater o martelo sobre o nome de Temer para compor a chapa com Dilma. “Não tratamos disso”, disse o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE). Também participaram do encontro, pelo lado do PT, o ex-líder do partido e futuro líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza, e o deputado José Eduardo Cardozo (SP), secretário-geral da legenda; pelos peemedebistas, além de Eunício e Henrique Eduardo Alves, o líder do Senado, Renan Calheiros (AL), e o deputado Eduardo Cunha (RJ), aliado de primeira hora de Temer. No clima de armistício, Vacarezza almoçou com o presidente da Câmara e peemedebistas para reforçar o compromisso eleitoral dos partidos.

A cúpula do PMDB, por seu lado, continua com o discurso de unidade para fortalecer o nome do presidente da Câmara na chapa de Dilma. Na tarde de ontem, a Executiva do partido decidiu antecipar em um mês o encontro que prorrogará por mais dois anos o mandato de Temer à frente da legenda. A votação estava prevista para ocorrer em 6 de março. Foi remarcada para 6 de fevereiro.

“A recondução do presidente Michel Temer é positiva para trazer o conjunto do PMDB para a campanha numa aliança com a ministra Dilma e dar estabilidade no fim do governo”, afirmou o deputado Eliseu Padilha, cacique do PMDB gaúcho. Na saída da reunião, Temer — presidente do partido desde 2001, mas licenciado há 11 meses do cargo — chegou a enumerar as qualidades necessárias a um postulante a vice. Precisa agregar as tendências do partido e ser conciliador, qualidades que os peemedebistas dizem ser as principais dele. Mas despistou se seria ele o nome ideal. “Não tem nem candidato, quem dirá vice”, respondeu.

Nos bastidores, setores do PT e assessores palacianos torcem contra a indicação de Temer por duas razões: não acreditam na capacidade de cabalar votos dele e prefeririam outro nome, como o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), ou do deputado e ex-ministro Ciro Gomes (PSB). Ou até topam o nome de Temer, mas não querem escolhê-lo logo, sob pena de aumentar o poder de barganha do partido.

1 - Agregador de votos
No fim do ano passado, o presidente Lula declarou que o PMDB deveria apresentar uma lista com três nomes do partido. A declaração caiu como bomba no colo dos peemedebistas, já que, para os aliados, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), seria o político que mais agregaria apoio na legenda para ser vice.

Colaborou Tiago Pariz

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/28/politica,i=169600/PT+SE+REUNEM+COM+LIDERES+DO+PMDB.shtml

Apoio do PC do B a Dilma enfraquece Ciro

CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

Alvo de boicote do PT, a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência deverá sofrer novo abalo na semana que vem. Suporte de Ciro dentro do já desfalcado bloquinho, o PC do B vai informar ao comando do PSB a disposição de apoiar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na corrida presidencial.

"Não há dúvida de que estaremos com o projeto Lula. E esse projeto tem um nome: Dilma", disse o líder do PC do B na Câmara, Daniel Almeida (BA).

O PC do B dará sinais dessa opção já nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando, reunido em São Paulo, o seu comitê central pregará candidatura única no campo governista, e sob patrocínio do presidente Lula.

Pelo cronograma do partido, a aliança com o PT, no entanto, só seria formalmente anunciada em abril, num segundo encontro partidário.

Presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo chegou a defender a candidatura de Dilma numa reunião com o presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), já em dezembro.

Campos pediu, porém, que o PC do B só se manifestasse depois de uma nova conversa. "Temos que dar curso às conquistas do governo Lula. E a Dilma está no meio disso tudo. Se fosse candidato de outra corrente, talvez andássemos em zigue-zague", disse Rabelo, reproduzindo argumentos apresentados a Campos.

Segundo Rabelo, o PC do B propõe candidatura única na base governista para explicitar "polarização entre tucanos e o campo de Lula".

"Com uma campanha polarizada fica mais claro para o eleitor e o nosso campo não dispersa", justificou Rabelo.

Segundo integrantes do próprio PC do B, o partido ainda não declarou apoio formal a Dilma por dois motivos: além de poupar Ciro do isolamento, petistas teriam alegado que, com a retirada da candidatura do PSB, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), herdaria boa parte de seus votos.

Embora Rabelo negue negociações nesse sentido, a estratégia foi, segundo integrantes do partido, a de manter a candidatura Ciro até que Dilma ganhasse musculatura, evitando que fosse explicitada vantagem expressiva do PSDB sobre o PT.

Como o PDT já anunciou adesão à candidatura de Dilma, o bloquinho (PSB, PDT, PC do B, PRB e PMN) se desintegrará.

Segundo o deputado Flávio Dino (MA), o PC do B deverá endossar a aliança nacional com o PMDB. Mas ela não deverá ser reproduzida em todos os Estados. "Estamos esperando o lançamento da candidatura da Dilma em fevereiro para reforçar a diretriz de aliança com o PT, feita desde 1989."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u685822.shtml

PDT oficializa hoje apoio à pré-candidatura de Dilma à Presidência

da Folha Online

O PDT vai oficializar nesta quinta-feira o apoio à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto. A cúpula do partido e os líderes na Câmara e no Senado marcaram um almoço com Dilma para formalizar a decisão da legenda em integrar a coligação da pré-candidata do PT.

A convenção nacional do PDT para referendar o apoio vai ocorrer somente em junho, mas como a maioria do partido decidiu apoiar o nome de Dilma, a legenda vai antecipar o anúncio.

"O almoço vai oficializar o nosso apoio, depois a convenção, em junho, referenda o que já foi decidido pelo partido", disse o líder do PDT na Câmara, deputado Dagoberto (MS).

Participam do almoço o ministro Carlos Lupi (Trabalho), o presidente do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), e os líderes do partido na Câmara e no Senado, Dagoberto e Osmar Dias (PR), respectivamente.

O almoço deve ocorrer na residência de Dilma em Brasília. Além do PDT, o PMDB também caminha para formalizar o apoio à candidatura de Dilma com a provável indicação do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para disputar a vice-presidência na chapa da ministra.

Uma ala do PMDB lançou o nome do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato do partido à Presidência da República, mas a cúpula da legenda trabalha para emplacar Temer na chapa do PT.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u685817.shtml

Dilma precisa de Meirelles

Folha

O presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, o mais longevo no cargo, é também um dos mais atacados, apesar de ele ser um dos maiores responsáveis pela eficiência dos programas sociais e econômicos do governo, tão defendidos e admirados por seus críticos.

Meirelles cumpriu as metas rígidas de inflação determinadas pelo governo Lula. A inflação média sob FHC foi de 9,1%. Com Lula, está em 5,7%.

A inflação baixa turbinou a renda das famílias, os aumentos reais já generosos do salário mínimo, o caraminguá do Bolsa Família.

Nesta reta pré-eleitoral, ainda teve queda expressiva dos alimentos, aliviando mais os pequenos orçamentos. O preço do feijão carioquinha caiu 47,39% em 12 meses. Produtos como feijão, arroz, carne, ovo, macarrão e óleo de soja tiveram deflação.

Todo final de mês, sobra mais dinheiro para a população de baixa renda, a que mais sofre com inflação alta. Nessa faixa, tão destituída de bens de consumo, cada real a mais que sobra no final do mês depois dos gastos básicos vira gasto extra, movimentando a economia. A tardia ascensão ao consumo desses milhões de brasileiros é nosso único caminho para a prosperidade.

Mas os ataques a Meirelles são incansáveis, talvez pela falta de entendimento ou discurso melhor. De José Serra a José de Alencar, passando por José Dirceu, os críticos do conservadorismo do BC erram, entre muitos motivos, por não levarem em conta causas importantes dessa prudência conservadora: uma economia ainda fechada, pouco concorrencial, com indexações. E forças políticas irresponsáveis.

O conservadorismo na condução econômica, principalmente a monetária, é o que há de mais revolucionário no lulismo (depois do próprio Lula).

Mas o que garante que a fundamental guinada ao centro de Lula e do PT será mantida num eventual governo Dilma? O último dos "lame ducks", o presidente em algum momento começará a perder poder, se já não começou.

Os aloprados em volta dele (e dela) dão sinais de radicalização muito antes de a campanha esquentar. Os projetos enviesados de controlar a mídia e distribuir lucros das empresas por lei, a radicalização patética da política externa, a revisão atabalhoada da anistia e a reunção dos mensaleiros são um verdadeiro coquetel molotov atirado contra a ministra-candidata.

Dilma precisa de uma âncora no lulismo-centrismo.

Meirelles é sua melhor opção.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/sergiomalbergier/ult10011u685756.shtml

Lula deve intervir em Estados para fechar aliança PT-PMDB

Terra

Em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do PT Dilma Rousseff podem ser chamados para intervir nos Estados em que o partido ainda não tiver feito acordo com o PMDB. Minas Gerais deve ser o primeiro Estado a ser visitado: atualmente, o ministro Hélio Costa (PMDB) disputa a candidatura ao governo de Minas Gerais com dois petistas: Patrus Ananias e Fernando Pimentel. Dirigentes de ambas as siglas estiveram reunidos na última quarta-feira à noite. Na ocasião, o presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP) teria dito que é "suicídio eleitoral" lançar dois candidatos da base aliada em Minas Gerais. As informações são da edição desta quinta-feira do jornal Folha de S.Paulo.

Já no Pará e na Bahia, Estados em que PT e PMDB já se conformaram em ter dois candidatos, os dirigentes pretendem definir algumas regras. Casos mais dramáticos como Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde há pouca esperança de acordo, também foram pauta do encontro. "Em alguns lugares não podemos nos iludir", disse Berzoini.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4232065-EI7896,00-Lula+deve+intervir+em+Estados+para+fechar+alianca+PTPMDB.html

Oposição vê objetivo 'eleitoreiro'

Partidos questionam desautorizações de Lula aos órgãos fiscalizadores

Estadão - Rosa Costa

BRASÍLIA
Os partidos da oposição acusaram ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manipular o Orçamento da União de 2010 com fins eleitorais. Parlamentares do DEM e do PSDB afirmaram que a exclusão de investimentos da Petrobrás da "lista negra" de obras irregulares do Tribunal de Contas da União (TCU), proibidas de receber dinheiro do orçamento, visa favorecer a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, a petista Dilma Rousseff.

Para o deputado Gustavo Fruet (PDSB-PR), a decisão do presidente Lula é uma espécie de aval para que os demais candidatos e seus patronos sigam o seu exemplo. "Será uma campanha próxima do vale-tudo", resume Fruet.

Na avaliação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o que está em jogo "é a tentativa desesperada e alucinante de eleger a ministra", a ponto de Lula desautorizar órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU), que é contrária à liberação de recursos para obras irregulares, e o Tribunal de Contas da União (TCU), que já se manifestou contrário, entre outras, às obras da Petrobrás e à criação de mais cargos de confiança no País.

"O presidente Lula prefere obras concluídas a preços exorbitantes, superfaturados e nitidamente viciados do que cumprir determinações pela moralidade pública", criticou Demóstenes.

Ontem, o DEM divulgou nota apontando o que considera "mais um grave crime praticado pelo governo federal com o dinheiro público". O partido anunciou que adotará as medidas cabíveis para anular os efeitos dos vetos de Lula à lei orçamentária, aprovada pelo Congresso. "O veto é que, nunca antes na história desse país, desdenhou-se tanto da atividade fiscalizadora desempenhada pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da União", diz a nota.

FAVORECIMENTO

Além de assegurar o apoio de governadores dos Estados onde estão as obras suspeitas da Petrobrás, como Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Espírito Santo, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) prevê que a ministra Dilma Rousseff, candidata do presidente Lula à Presidência, será igualmente favorecida pelas doações das empreiteiras responsáveis por esses empreendimentos. "Não há como deixar de ver indícios de que seu interesse facilita as doações para campanha", afirma Dias. "Tudo isso aí tem um viés eleitoreiro, tem os olhos voltados para as eleições."

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), cabe à ministra Dilma - "que é sempre tão corajosa" - dizer se considera ou não autoritária a iniciativa do presidente da República de romper o acordo feito com a oposição para votar o Orçamento, derrubando pontos essenciais para sua aprovação no Congresso.

"Fala, ministra, é essa a democracia do presidente Lula", declarou Guerra. "Como é que fica o Congresso com essa desautorização?", questionou o tucano.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100128/not_imp502672,0.php

27 de jan. de 2010

Marina Silva afirma que vai pedir votos para Heloísa Helena em Alagoas

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em São Leopoldo (RS)

A senadora Marina Silva (PV-AC) foi aplaudida de pé ao ser anunciada nesta quarta-feira no Fórum Social Mundial e disse que pretende ir a Alagoas pedir votos para a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), apesar de o PSOL ter declarado que não apoiará a candidatura de Marina à sucessão presidencial.

Ao chegar ao auditório da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), em São Leopoldo (RS), uma das sedes do fórum, na região metropolitana de Porto Alegre, Marina foi assediada por fãs que queriam tirar fotos com ela.

A senadora disse que PV e PSOL sabiam das dificuldades de uma aliança por causa de suas diferenças políticas.

"Eu quero apoiá-la [Heloísa Helena] lá em Alagoas para que ela seja senadora. Continuamos em diálogo, ainda que a aliança formal não tenha sido possível", disse Marina.

Questionada se sua trajetória na defesa da causa ambiental a tornaria uma candidata natural de parte dos ativistas do FSM, Marina desconversou.

"O fórum é um espaço plural, de uma série de ideias, qualquer um que queira se apropriar disso está fazendo discurso oportunista", afirmou.

Marina dividiu a mesa de debates com o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Ele disse que a próxima década deverá ser mais difícil para os projetos políticos de esquerda na América Latina do que a atual.

Sua previsão fundamenta-se no crescimento da importância da América Latina na política externa dos EUA, após as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Como inovações da esquerda latino-americanas, ele citou as recentes constituições da Bolívia e do Equador, que incorporaram demandas e conceitos da população indígena.

Em sua conferência, Boaventura criticou o Ministério Público gaúcho por inviabilizar o funcionamento das escolas itinerantes nos acampamentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

"Como é que as crianças podem frequentar escolas fixas se vivem em acampamentos itinerantes? Querem separá-las dos pais? É uma insensibilidade total", declarou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u685666.shtml

Aliança PT-PMDB não deve ser contaminada por impasses regionais, avalia Berzoini

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Na tentativa de solucionar impasses nos Estados para a aliança nacional entre PT e PMDB nas eleições presidenciais deste ano, integrantes dos dois partidos se reuniram nesta quarta-feira em mais uma rodada de conversas para agilizar o apoio dos peemedebistas à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.

A avaliação nos dois partidos é que a aliança nacional não deve ser contaminada por impasses regionais que impeçam o PT e PMDB de se coligarem nacionalmente.

"Os impasses não chegam a impedir a aliança nacional. Mas queremos um bom ambiente, que seja tranquilo. Por isso queremos minimizar insatisfações e conciliar alianças", disse à Folha Online o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP).

A comissão formada por cerca de dez petistas e dez peemedebistas quer apresentar até o início de março uma avaliação conjunta sobre os impasses que dificultam a aliança nacional PT-PMDB. Berzoini disse que a disposição do grupo é apresentar os resultados do trabalho depois do 4º Congresso Nacional do PT, marcado para os dias 18 a 20 de fevereiro --quando o partido vai discutir sua política de alianças e o programa de candidaturas para as eleições deste ano.

"Vamos fazer uma rodada final de conversas para fechar o trabalho e apresentar os seus resultados. Sabemos que, em alguns Estados, isso vai depender da sua própria dinâmica. Em outros, poderemos solucionar isso nacionalmente", afirmou Berzoini.

A comissão de petistas e peemedebistas deu início às reuniões em novembro do ano passado. O objetivo principal do grupo é apresentar soluções para Estados onde a relação PT-PMDB não está equacionada. Em Estados como Rio Grande do Sul e Minhas Gerais há dificuldades para a aliança nacional se repetir em nível local, já que os dois partidos têm candidatos distintos aos governos estaduais.

No Rio Grande do Sul, o ministro Tarso Genro (Justiça) já lançou sua pré-candidatura ao governo do Estado pelo PT, enquanto o ex-governador José Fogaça (PMDB) também já anunciou sua intenção de entrar na disputa. Em Minas, por sua vez, o ministro peemedebista Hélio Costa (Comunicações) deve enfrentar nas urnas um petista --o ex-ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) ou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT).

Apesar dos impasses regionais, as cúpulas do PT e do PMDB descartam um recuo na chapa nacional em consequência de divergências estaduais.

Impasse

No PMDB, não há consenso sobre a aliança nacional do partido com o PT. Apesar do comando do partido, liderado pelo deputado Michel Temer (PMDB-SP), considerar como certa a aliança com o PT, os dissidentes se mobilizam para azedar o pré-acordo. O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto com o apoio de parte do PMDB --numa promessa de mais um racha na legenda.

Há também dentro do PMDB simpatizantes do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), principal adversário de Dilma nas urnas. O grupo, liderado pelo ex-governador Orestes Quércia, tenta mobilizar aliados para impedir a aliança PT-PMDB.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u685585.shtml

PDT-SP espera definição de Ciro para integrar oposição

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

SÃO PAULO - O PDT de São Paulo espera a definição da candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência da República ou ao governo paulista para decidir se integrará o bloco de oposição ao PSDB em São Paulo. "Ainda não definimos nada. Estamos à espera do Ciro", afirmou o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente estadual da legenda.

O PDT está pronto a apoiar a candidatura do deputado cearense ao governo paulista. Sem ele, porém, a história pode ser diferente, embora Paulinho diga que o partido não tem restrições a quaisquer nomes do PT. "Temos boa relação com o (Geraldo) Alckmin", disse. Ex-governador e atual secretário de Planejamento do governo José Serra (PSDB), Alckmin lidera as pesquisas de intenção de voto em São Paulo, embora ainda não esteja confirmado se ele será o escolhido pelos tucanos para a disputa estadual.

O PDT reforçou o apoio em torno da pré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, durante a reunião da Executiva Nacional realizada na terça-feira da semana passada e deve oficializá-lo amanhã, durante almoço de lideranças pedetistas com a ministra em Brasília. Contudo, a mesma aliança pode não ser replicada em São Paulo. No palanque com PT ou PSDB, a moeda de troca dos trabalhistas é a posição de vice-governador. "Queremos indicar o vice na chapa", afirmou o deputado.

Estados

Na reunião com Dilma amanhã, o PDT quer discutir o apoio do PT às candidaturas pedetistas nos Estados, principalmente aquelas que enfrentam problemas de duplo palanque, como no Maranhão. Ali, a legenda pretende lançar o ex-governador Jackson Lago contra a candidatura de Roseana Sarney (PMDB). O mandato de Lago foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político nas eleições de 2006. Roseana assumiu em seu lugar e deve concorrer à reeleição.

A disputa no Paraná também estará em pauta. O PDT tem um forte candidato no Estado, o senador Osmar Dias, que estava empatado em primeiro lugar com o prefeito de Curitiba, Beto Richa, na pesquisa Datafolha de dezembro. Historicamente, o PDT paranaense nunca formou aliança com o PT e Osmar pode até renunciar à candidatura em favor do irmão, o senador Alvaro Dias, que disputa com Richa a indicação do PSDB para concorrer ao governo paranaense.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pdt-sp-espera-definicao-de-ciro-para-integrar-oposicao,502444,0.htm

PMDB decide manter data da convenção nacional

Executiva Nacional vai ignorar o apelo dos dissidentes do partido, que queriam o adiamento do pleito

Christine Samarco, da Agência Estado

BRASÍLIA - A Executiva Nacional do PMDB, que se reúne logo mais à 15 horas, vai ignorar o apelo dos dissidentes do partido para adiar a convenção nacional, que elegerá a nova direção partidária.

Apesar dos apelos do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, em favor do adiamento da convenção, a cúpula peemedebista, que se reuniu ontem à noite em Brasília, decidiu manter o calendário e realizar a reunião no dia 6 de fevereiro.

A avaliação é de que o adiamento só servirá para dar mais tempo aos dissidentes para se mobilizarem contra a parceria do PMDB com a possível candidata do PT e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Ficou acertado que o deputado Michel Temer será reeleito presidente nacional do partido e que o grupo dos contra também não terá espaço no novo diretório nacional, a quem cabe decidir as alianças eleitorais.

Com esse movimento, a cúpula governista garante ao PT a formação tranquila de uma chapa encabeçada pelo PT e com o PMDB de candidato a vice-presidente. Tudo isso será sacramentado na reunião de hoje à tarde.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-decide-manter-data-da-convencao-nacional,502309,0.htm

Cúpula do PMDB tenta manter antecipação da data da convenção do partido

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A cúpula do PMDB quer manter a convenção nacional do partido no dia 6 de fevereiro, apesar da pressão de grupos peemedebistas para que a data anterior seja retomada --dia 10 de março. Em jantar na noite de ontem, o comando da legenda decidiu apresentar hoje, durante reunião da executiva nacional do PMDB, a proposta para que a data da convenção seja mantida no dia 6 de fevereiro.

Na convenção, será eleito o novo comando do PMDB, com a formação da Executiva Nacional. Inicialmente, a cúpula do PMDB chegou a admitir a possibilidade de mudar a data para evitar um racha na legenda. O grupo voltou atrás porque avaliou que, se houver questionamentos na Justiça sobre a mudança na data da convenção, os argumentos não serão suficientes para derrubar o encontro.

O impasse teve início depois que o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), e o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia ameaçaram questionar judicialmente a mudança na data da reunião --do dia 10 de março para o dia 6 de fevereiro.

Para a cúpula do PMDB falou mais alto a disposição de reeleger o deputado Michel Temer (PMDB-SP) para o comando do partido, motivo que provocou a antecipação da convenção.

O grupo tem pressa em fortalecer Temer dentro do partido com o objetivo de indicá-lo como única opção do PMDB para a vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --pré-candidata do PT.

Pela estratégia, Temer disputaria a vice-presidência na chapa de Dilma com o apoio da maioria do PMDB. A cúpula do partido vai tentar um acordo para evitar rachas, mas a disputa promete ser inevitável já que o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), foi lançado pré-candidato à Presidência da República por uma parcela do PMDB.

Executiva

Antes de definir a chapa presidencial, o comando do PMDB quer tentar criar uma chapa única para disputar a nova executiva da legenda no dia 6 de fevereiro --com Temer disputando a presidência.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é cotado para a vice-presidência do partido, mas o cargo também é cobiçado pela atual presidente interina do PMDB, Íris de Araújo (GO), e pelo deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O grupo contrário à aliança do PMDB com o PT, como Quércia e Luiz Henrique, afirmaram publicamente que a antecipação da convenção seria uma espécie de "golpe" para reconduzir Temer e seus atuais aliados à presidência do partido.

Jucá disse esta semana que o grupo pró-Temer deseja apresentar uma chapa de consenso para a presidência do partido.

Ele afirmou que o objetivo da legenda, ao aprovar uma chapa consensual, é mostrar que tem unidade para fazer uma composição nacional com o PT e outros partidos aliados em torno da candidatura de Dilma.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u685312.shtml

Itamar Franco descarta ser vice de Serra

Correio Braziliense - Thiago Herdy

Após encontro com Aécio Neves, Itamar Franco disse que não será
O ex-presidente Itamar Franco (PPS) praticamente descartou ontem a possibilidade de ser vice-candidato à Presidência da República na chapa do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Embora tenha dito que ainda discutirá seu destino político em 2010 com os aliados de seu partido, Itamar foi taxativo quando perguntado sobre a possibilidade de representar Minas Gerais na chapa da oposição nas eleições de outubro. “Não pedi, não penso e não desejo”, disse Itamar, depois de passar quase duas horas reunido com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte.

Itamar voltou a criticar José Serra por ainda não ter se posicionado publicamente a respeito de sua candidatura ao governo federal. Há algumas semanas, Itamar tinha dito que, por causa disso, a oposição corria até mesmo o risco de perder as eleições por w.o. “Quem é o candidato do PSDB, eu pergunto aos senhores e senhoras? Temos um candidato? O cidadão, lá, vai ou não vai?”, perguntou aos jornalistas, referindo-se ao governador José Serra. Nos últimos meses, Itamar foi um dos principais defensores da candidatura de Aécio Neves à presidência.

Desde o fim do ano passado, o presidente nacional do PPS, o ex-senador Roberto Freire, defende o nome de Aécio como vice de Serra. As recorrentes negativas do governador mineiro levaram Freire a citar Itamar como eventual plano B para a candidatura, caso a oposição resolva adotar como estratégia a escolha de um nome de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, para integrar a chapa. Embora tenha dito ter grande respeito por Freire, Itamar reclamou da declaração. “Coisa feia, né? Nunca fui, nem vou ser plano B de ninguém”, disse.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/27/politica,i=169357/ITAMAR+FRANCO+DESCARTA+SER+VICE+DE+SERRA.shtml

Tucanos sugerem que candidatura de Serra seja coordenada por homem de confiança de Aécio Neves

Correio Braziliense - Tiago Pariz

Aliados do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), defendem que a coordenação de campanha presidencial tucana seja dividida com um homem de confiança do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). O nome mais lembrado pelos serristas é o do secretário de Governo de Minas, Danilo de Castro. A sugestão seria uma tentativa de tirar Serra da inércia. Potencial concorrente à Presidência da República, ele resiste em fazer movimentos internos ou externos por sua candidatura, o que tem criado obstáculos aos tucanos para pensarem em qualquer estrutura da corrida eleitoral.

Depois que Aécio anunciou sua candidatura ao Senado, o PSDB passou a se dedicar à construção da chamada unidade entre os dois governadores. A preocupação é o mineiro desembarcar da corrida presidencial e não contribuir com a disputa pelo Palácio do Planalto, uma vez que Minas é o segundo colégio eleitoral do país, atrás de São Paulo. Uma das formas de reverter esse temor seria, na avaliação de tucanos, Serra fazer um gesto de aproximação a Aécio.

A jogada foi pensada para manter acesa a tese de ter o político mineiro como vice na chapa. O problema é que, como Serra não se mostra como candidato, cessaram as conversas entre os dois sobre a corrida presidencial. “Ele tem muita coisa para fazer com as enchentes em São Paulo. Não dá tempo de pensar em eleição”, ironizou um político mineiro.

Na avaliação de aliados, não bastaria apenas o governador paulista colocar na linha de frente um homem de Aécio. Serra também teria que dar voz ao subordinado, tomando cuidado para não escanteá-lo. Segundo tucanos, esse é o principal problema do governador paulista, que tende a centralizar decisões em seu núcleo de pessoas mais próximas.

Desde que Aécio(1) anunciou sua intenção de disputar o Senado, Serra não o procurou para conversar. Não bastasse isso, o paulista, dizem os tucanos, fechou-se para conversas políticas sobre eleição a pessoas fora de seu núcleo. Seus únicos movimentos pela candidatura são comentários sobre o papel propositivo, e não de ataque, que um candidato de oposição deve ter em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Babaca”
A pré-campanha acabou pegando fogo graças às palavras ríspidas das cúpulas de PT e PSDB, cujo ápice foi o presidente Lula dizendo que o senador Sérgio Guerra (PE), presidente tucano, é um “babaca”. Serra saiu incólume dessa briga. Os tucanos concordam que o governador paulista não deve entrar em rinhas políticas, mas defendem a necessidade de ele ter postura mais pró-ativa. O exemplo citado é o da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que, mesmo não se assumindo candidata, tem postura de concorrente ao Palácio do Planalto ao dar declarações, participar de eventos públicos e andar Brasil afora promovendo ações do governo.

A oposição reagiu ontem novamente e entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a suposta campanha antecipada que Lula e Dilma promovem pelo país. PSDB, PPS e DEM os acusam de transformar a cerimônia de inauguração da sede do Sindicato dos Trabalhadores e Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Estado de São Paulo em palanque eleitoral.


1 - Chapa puro-sangue
Apesar de o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, assumir-se como candidato ao Senado, aliados de José Serra ainda apostam na possibilidade de ele ser vice na chapa que disputará o Palácio do Planalto, formando a “chapa puro-sangue”. Os serristas ficaram ainda mais animados quando o mineiro classificou “só a morte” como “irreversível” quando questionado sobre sua decisão de abandonar a corrida presidencial.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/27/politica,i=169356/TUCANOS+SUGEREM+QUE+CANDIDATURA+DE+SERRA+SEJA+COORDENADA+POR+HOMEM+DE+CONFIANCA+DE+AECIO+NEVES.shtml

Para pressionar petistas, reeleição de Temer à presidência do PMDB será um mês antes

Correio Braziliense - Ricardo Brito | Tiago Pariz

A cúpula do PMDB formaliza hoje, na reunião da Executiva Nacional, a antecipação em um mês da reeleição do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), para mais dois anos à frente do partido. A prorrogação do mandato de Temer, acertada ontem à noite num jantar oferecido por ele a senadores e ministros peemedebistas, é um movimento para fortalecê-lo nas costuras de sua indicação para ser candidato a vice na chapa presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). A votação estava marcada inicialmente para 6 de março. A nova data é 6 de fevereiro.

De última hora, um movimento do grupo independente e oposicionista, capitaneado pelo presidente do diretório do PMDB paulista, o ex-governador Orestes Quércia, além do governador do Paraná, Roberto Requião, que controla a legenda no estado, e do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, tentou manter a data original. Luiz Henrique, inclusive, ligou para Temer sugerindo-lhe o recuo pelo bem da unidade do partido. Temer viu a ideia com bons olhos e prometeu apoiá-la.

Os aliados do presidente da Câmara bateram o pé pela antecipação, decidida desde a quarta-feira da semana passada em jantar promovido pelo próprio Temer com a presença de caciques da Câmara e do Senado. Eles concordaram apenas em limitar a discussão partidária à prorrogação do mandato de Temer, licenciado desde março passado do comando partidário. Não haveria decisões sobre apoio à Dilma ou à candidatura própria.

“Ganha o bom senso. Em ano eleitoral, mostramos que somos um partido organizado e com uma Executiva equilibrada”, afirmou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). “Não vamos discutir a candidatura da Dilma ou a própria. Vamos armar o time para o adversário, que vem forte”, completou o líder. “O PMDB vai jogar para ganhar”, reforçou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), aliado de Temer.

Tríplice
A decisão de antecipar em um mês a reeleição da cúpula do partido é uma jogada para acabar com a resistência de setores do PT ao nome de Temer. No fim do ano passado, o presidente Lula declarou que o PMDB deveria apresentar uma lista com três nomes. A declaração caiu como bomba no colo dos peemedebistas, já que o presidente da Câmara, para os correligionários, é o político que mais agregaria apoio na legenda para ser vice.

No fim de semana, na reunião da principal corrente do PT em São Roque (SP), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu botou mais fogo na divergência. Defendeu novamente a ideia da lista tríplice, dizendo que a decisão sobre o melhor nome para vice cabe ao candidato e não ao aliado. No encontro, petistas aventaram a possibilidade de indicar à vaga o deputado e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE). A razão para a resistência ao nome de Temer estaria na dificuldade dele em agregar votos para Dilma.

O PMDB rebate e sustenta que, na verdade, o que importa na aliança presidencial é a unidade e a força do partido, o maior do país em número de filiados, prefeituras e governos estaduais. Mas há peemedebistas que compraram a tese de parte do PT. Nos bastidores, os ministros das Comunicações e de Minas e Energia, Hélio Costa e Edison Lobão, tentam se cacifar como alternativas viáveis a Temer.

No jantar de ontem, também ficou acertado a volta dos senadores do PMDB para compor a direção do partido – eles haviam boicotado à última eleição do presidente da Câmara.

"Vamos armar o time para o adversário, que vem forte"
Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/27/politica,i=169354/PARA+PRESSIONAR+PETISTAS+REELEICAO+DE+TEMER+A+PRESIDENCIA+DO+PMDB+SERA+UM+MES+ANTES.shtml

Prioridade do Congresso do PT será enfatizar a unidade do partido em torno de Dilma

A legenda pretente também discutir a ampliação do mandato dos dirigentes

Correio Braziliense - Flávia Foreque

O foco do próximo Congresso do Partido dos Trabalhadores, em fevereiro, será a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O encontro, instância máxima da legenda, pretende definir o programa de governo da “mãe do PAC” e fechar alianças em torno da escolhida do presidente Lula. Mas os militantes petistas também terão a chance de propor mudanças no estatuto da legenda. A duração do mandato dos diretórios será a principal delas. Desde o último congresso, em 2007, o partido discute a ampliação do mandato dos dirigentes. O atual diretório, eleito para o biênio 2008/09, tem à sua frente o deputado federal Ricardo Berzoini (SP), que assumiu a função de presidente do PT por dois mandatos consecutivos. Em novembro, José Eduardo Dutra (SE) foi eleito seu sucessor.

A decisão caberá aos cerca de 1,3 mil delegados, também escolhidos no ano passado. A expectativa é de que o mandato seja ampliado para quatro anos no âmbito nacional e nos estados. Os diretórios municipais permaneceriam com o mandato de dois anos, devido à maior rotatividade dos integrantes.

A discussão sobre as prévias internas também pode ganhar a atenção dos participantes. O motivo é o cenário indeciso em Minas Gerais, onde o partido ainda não confirmou o nome do candidato ao governo do estado. O ministro de Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel disputam a indicação. A disposição do ministro de Comunicações, Hélio Costa (PMDB), em entrar na disputa, complica ainda mais a situação, já que o PMDB já garantiu a aliança com a chapa governista.

Consenso
Para evitar rusgas, os petistas farão o possível para obter uma decisão consensual, sem a necessidade de prévias. O objetivo é garantir a maior unidade possível em torno da candidatura nacional e evitar a exposição dos “intestinos do partido”, como afirmou um petista. “A maioria política não resolve o problema em Minas”, afirma o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), contrário às prévias.

Por isso, a expectativa é de poucos embates internos — não só para fortalecer a imagem da candidatura de Dilma como também pela data comemorativa dos 30 anos do PT. O clima está longe de repetir aquele do congresso anterior, em 2007, que ainda estava abalado pelas denúncias do esquema do mensalão. O pagamento de propina para parlamentares da base aliada do governo derrubou nomes de peso da cúpula petista, como o então ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele e outros acusados de participar do esquema estarão de volta neste congresso, quando os 81 membros do diretório nacional para o biênio 2010/11 tomam posse.

O número
1,3 mil - Número de delegados com direito a voto


Ideologia amansada
Há três anos, as discussões do congresso foram predominantemente teóricas e ideológicas. Dessa vez, o debate terá foco eleitoral e prático. Para o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), o próprio discurso a ser elaborado pelo partido terá novas diretrizes. “Não podemos remeter as dificuldades do país para os governos anteriores porque nós já estaremos responsabilizados por sete anos de gestão. A produção teórica e doutrinária do PT tem que estar em outro patamar”, resume o parlamentar.

O encontro, que será realizado entre 18 e 20 de fevereiro, será a chance de Dilma Rousseff ganhar a simpatia dos delegados petistas e motivar a campanha que terá início no segundo semestre. Para muitos, será o “batismo” da titular da Casa Civil. “Isso permite à ministra Dilma fazer uma imersão na história do PT, na forma de o PT se organizar e discutir suas ideias. Ela será aclamada”, sentencia Cunha.

Viés
A previsão é de que a mãe do PAC discurse no sábado pela manhã, quando sua candidatura à Presidência da República será selada. O discurso seguirá o mantra já adotado pela ministra em viagens com o presidente Lula: sua candidatura representa a continuidade do governo Lula. “Este ano terá um corte eleitoral. O congresso de 2007 foi feito depois da nossa vitória”, pondera o Secretário Nacional de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/27/politica,i=169351/PRIORIDADE+DO+CONGRESSO+DO+PT+SERA+ENFATIZAR+A+UNIDADE+DO+PARTIDO+EM+TORNO+DE+DILMA.shtml

PT e PSB retomam negociações sobre destino de Ciro

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Paralisadas desde o fim do ano passado, as negociações entre o Palácio do Planalto e o PSB para a eleição presidencial serão retomadas hoje em clima tenso. Dizendo-se irritados com a pressão petista para retirar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) da disputa, líderes do PSB já difundem a ideia de que os aliados estão sendo desleais. Já os colegas de legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se queixam da demora de Ciro em definir seu futuro político, amarrando a montagem do palanque da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no maior colégio eleitoral do País.

A tentativa de buscar uma solução para o imbróglio vai dominar o cardápio do jantar marcado para hoje no Palácio do Campo das Princesas, em Recife, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB. Também participam o vice-presidente do PSB, ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, e o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra.

O PSB insistirá no discurso de que o melhor é que a base aliada lance dois nomes da base. "A ministra Dilma Rousseff pode estar na frente hoje, mas em abril quem diz que não será o Ciro Gomes? Por isso apostamos na nossa candidatura", disse Campos, após conversa que teve com o presidente. Aliados avisam que Lula entrará em cena com o discurso de que a derrota de Michelle Bachelet, no Chile, prova que essa estratégia poderá custar a Presidência.

Abertamente, petistas optaram por manter o tom ameno na véspera do encontro. "Vamos aguardar com tranquilidade o desenrolar do jantar", disse Dutra. Nos bastidores, o sentimento que circula no PT é o de que não há mais tempo a perder esperando por Ciro, enquanto ele "passeia no exterior". O deputado esticou a folga de fim de ano e só retornou das férias esta semana.

O Planalto já dá como praticamente enterrada a tese de que Ciro poderia concorrer em São Paulo. Por enquanto, a ordem é não fazer nenhuma outra proposta, até que ele responda ao convite. Mas já circulam no PT fórmulas alternativas para buscar uma eleição plebiscitária entre Dilma e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-e-psb-retomam-negociacoes-sobre-destino-de-ciro,502213,0.htm

PMDB se reúne para resolver impasse no partido e rever data de convenção

da Folha Online

A Executiva Nacional do PMDB vai decidir nesta quarta-feira sobre o possível adiamento da convenção nacional do partido, marcada para o dia 6 de fevereiro, que vai escolher o novo comando da legenda. Como parte do PMDB promete questionar na Justiça a data da reunião do diretório --inicialmente prevista para o dia 10 de março--, a cúpula do partido negocia outra data para evitar o confronto.

O impasse teve início depois que o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), e o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia ameaçaram questionar judicialmente a mudança na data da reunião do diretório.

Como a ala do presidente do PMDB, Michel Temer (PMDB-SP), quer evitar um racha público do partido durante a reunião, o grupo negocia uma nova data --e não descarta manter o dia 10 de março, como previsto inicialmente.

A cúpula do PMDB tenta negociar com a maioria do partido uma data consensual para evitar questionamentos na Justiça. A ideia é chegar na reunião da Executiva com uma solução negociada, minimizando os impactos negativos das ameaças.

Quércia e Luiz Henrique afirmaram publicamente que a antecipação da reunião do diretório seria uma espécie de "golpe" para reconduzir Temer à presidência do partido. Os aliados de Temer dizem que a ideia da cúpula peemedebista é aclamá-lo novamente presidente do partido. O grupo quer definir uma chapa de consenso para garantir a reeleição de Temer.

Interlocutores peemedebistas admitem, nos bastidores, que o grupo tem como principal objetivo fortalecer o nome de Temer dentro do partido para que seja o único indicado pelo PMDB para integrar a chapa ao Palácio do Planalto da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --pré-candidata do PT à Presidência da República.

Pela estratégia, Temer disputaria a vice-presidência na chapa de Dilma com o apoio da maioria do PMDB. A mudança na data da reunião do diretório, que gerou o impasse, seria uma tentativa de fortalecer o nome de Temer para a vice, apesar de oficialmente a cúpula peemedebista negar a manobra.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse esta semana que o grupo pró-Temer deseja apresentar ao diretório nacional uma chapa de consenso para a presidência do partido. Jucá disse que o objetivo da legenda, ao aprovar uma chapa consensual, é mostrar que tem unidade para fazer uma composição nacional com o PT e outros partidos aliados em torno da candidatura de Dilma.

"Sem dúvida a reeleição do Michel, com o apoio da ampla maioria, é mais um ponto favorável na capitalização dessa capitalização institucional do PMDB", disse.

A reunião do diretório do PMDB tem como objetivo definir a nova Executiva Nacional do partido. Além de escolher o novo presidente, os peemedebistas vão eleger os demais membros da Executiva. O vice-presidente terá um papel de destaque dentro do partido, já que Temer deve licenciar-se da presidência do PMDB se efetivamente for disputar a vice.

Ameaças

Em entrevista ao blog do Josias, o governador Luiz Henrique disse que as articulações do grupo pró-Temer querem inviabilizar o lançamento de candidatura própria do PMDB à Presidência da República.

"Está me cheirando a golpe para inviabilizar que o partido lance candidato próprio à Presidência da República", afirmou o governador. No comando de uma aliança catarinense que junta num mesmo balaio PMDB, PSDB e DEM, Luiz Henrique é avesso à ideia de apoiar Dilma Rousseff.

Uma ala peemedebista chegou a lançar, no final do ano passado, o nome do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato do PMDB ao Palácio do Planalto.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u685253.shtml

PMDB reage à possível veto a Temer na chapa de Dilma

Articulação do PT para barrar a indicação do presidente da Câmara provocou protestos nos bastidores

Agência Estado

SÃO PAULO - A articulação do comando da campanha presidencial do PT para barrar a indicação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para vice na chapa de Dilma Rousseff, provocou protestos nos bastidores do PMDB. Mais do que fincar pé no nome do presidente do partido, afirmando que "o vice da Dilma será o Michel", um dirigente peemedebista avisa que, "se tiver de ser outro vice, talvez não seja da Dilma, e sim do PSDB".

Desconfortável com a movimentação petista, Temer diz que é candidato a deputado federal. Ele considera "deselegante" a campanha petista contra sua indicação. "Quem vai resolver isto é o PMDB, não há a menor dúvida, e é claro que vamos conversar com o PT e a candidata no devido tempo. Não é preciso fazer campanha pelos jornais", reclamou Temer.

"Tiroteio e bala perdida em política sempre vão ocorrer, mas temos de criar contenções. Cada partido tem de cuidar dos seus, para não azedar as relações", cobra o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Em conversas reservadas, no entanto, integrantes da cúpula reagem à tentativa de veto, advertindo que o nome do ministro das Comunicações e senador Hélio Costa (PMDB-MG), sugerido por petistas, vestiria melhor o figurino de vice na chapa tucana do governador de São Paulo, José Serra. Argumentam que o mineiro seria o vice ideal para um candidato paulista, e não para Dilma, que também é de Minas.

"Temos de evitar problemas fazendo logo a nova executiva e mostrando unidade partidária. Não dá para deixar hiato de poder nem ficar espaço de dúvida", defende Jucá, destacando que só a partir daí é que o PMDB vai discutir polêmicas como a da escolha do vice. É este o pensamento predominante na executiva nacional do partido, que se reúne hoje para marcar a data da convenção que elegerá a nova direção, no mês que vem.

O mandato de Temer na presidência do partido só termina em 10 de março, mas os peemedebistas querem reelegê-lo no dia 6 de fevereiro. A preocupação da cúpula em empossar o quanto antes a nova direção partidária atende a dois objetivos: mostrar aos dissidentes que os governistas têm ampla maioria para tomar as decisões no partido e dar uma demonstração de força ao PT.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-reage-a-possivel-veto-a-temer-na-chapa-de-dilma,502180,0.htm