13 de ago. de 2010

Datafolha: Dilma lidera com 41% das intenções de voto, contra 33% de Serra

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Pesquisa Datafolha divulgada na noite desta sexta-feira (13) mostra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, com 41% das intenções de voto, contra 33% do candidato José Serra, do PSDB. Marina Silva, do PV, teve 10%.

Juntos, os demais candidatos não chegaram a 1% das intenções de voto. Votos brancos e nulos somam 5%, enquanto 9% do eleitorado se mostrou indeciso. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Na última pesquisa, de feita entre 20 e 23 de julho, Serra havia registrado 37%, contra 36% de Dilma, dentro da margem de erro. É a primeira vez que a ex-ministra da Casa Civil assume a liderança nas pesquisas realizadas pelo Datafolha.

Na simulação de segundo turno, Dilma obtém a preferência de 49% do eleitorado, ante 41% de Serra. Votos brancos e nulos chegam a 5%, mesmo percentual dos que se mostraram indecisos.

Segundo o instituto, Dilma está a três pontos de vencer a disputa no primeiro turno, caso sejam levados em conta apenas os votos válidos apurados pelo levantamento.

Aprovação

A pesquisa também apurou a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 77% dos entrevistados, sua gestão é ótima ou boa; 18% a consideram regular, 4% ruim e 1% não soube precisar.

O Datafolha realizou 10.856 entrevistas entre os dias 9 a 12 deste mês com eleitores de 16 anos ou mais em 382 cidades brasileiras. O levantamento foi encomendado pelo jornal "Folha de S.Paulo" e pela Rede Globo, e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 22734/2010.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/13/datafolha-presidente.jhtm

12 de ago. de 2010

Serra defende DEM e nega que papel de vice seja atacar

GUSTAVO URIBE - Agência Estado
 
O candidato do PSDB a presidente, José Serra, defendeu na noite de ontem o DEM e negou que o candidato a vice-presidente na chapa, Indio da Costa (DEM-RJ), tenha como papel na campanha atacar os adversários. Em entrevista ao Jornal das Dez, do canal pago Globo News, Serra foi perguntado sobre o envolvimento do partido no "mensalão" do Distrito Federal, escândalo que teve como principal envolvido o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), que foi filiado ao DEM.
"Olha, tem uma diferença entre DEM e PT", começou o candidato do PSDB. "O Arruda fez muita coisa errada e está sendo punido ainda, além de ter sido mandado embora do DEM. Os que fizeram o ''mensalão'' do PT, em muito maior quantidade, estão todos no poder." A munição de Serra sobrou ainda para o ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu (PT-SP), que teve o mandato parlamentar cassado. "Tem até um deles, o José Dirceu, que é um dos comandantes do PT e da campanha do partido hoje", afirmou.

Perguntado, o candidato do PSDB enumerou as qualidades de Indio da Costa e negou que ele desempenhe a função de fazer críticas. "Ele é um homem jovem, combativo, líder da Lei da Ficha Limpa no Congresso Nacional. Um homem preparado", disse. "Não há nenhuma divisão de trabalho com ele, você bate ou não bate", acrescentou.
Serra informou que, num eventual governo do partido, Indio da Costa atuaria como uma espécie de supervisor, percorrendo o Brasil para verificar se as iniciativas do governo chegarão de maneira eficiente aos Estados. "Nós vamos ter pela primeira vez um vice que vai trabalhar e ajudar o presidente a governar o País melhor."

Ainda sobre a campanha, Serra se contradisse e afirmou não estar preocupado por ter arrecadado em julho quantia inferior à dos adversários na corrida eleitoral. "Não me preocupou, não é uma coisa que me angustia. Eu estou preocupado em ganhar a eleição e isso não depende de uma campanha milionária." No fim de julho, o candidato havia reconhecido num evento em São Paulo que a questão o havia preocupado.

Trem-bala

Durante a entrevista de 15 minutos, Serra posicionou-se contra o investimento de dinheiro público no projeto do trem-bala e a votação em ano de eleição do projeto de lei que altera o Código Florestal Brasileiro, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O candidato tucano não se opôs à construção do trem, "se fosse absolutamente privado e sem dinheiro do governo".
"São estimados R$ 45 bilhões para este projeto. Sabe o que vou fazer com esse dinheiro? Irei fazer metrôs em Porto Alegre, Rio, Belo Horizonte, Salvador e Recife", afirmou. Serra prometeu que, se eleito, pretende equacionar em seis meses a questão da proposta ambiental. "Eu quero dizer e insisto, eu sou muito ambientalista."

Banco Central

Serra reafirmou ainda na entrevista que manterá a autonomia do Banco Central (BC) e propôs como mudança na seara econômica a formação de uma equipe "homogênea de governo", composta pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão e pelo presidente da instituição financeira. "Convém ao Brasil ter juros menores (Selic), então, você tem de ter uma equipe responsável, trabalhando de maneira correta e com metas."

O candidato social-democrata defendeu mais um vez o compromisso em manter o atual modelo macroeconômico - ancorado no tripé câmbio flutuante, regime de metas inflacionárias e superávit primário - e disse que combaterá, numa eventual gestão, um outro tripé, que em outra ocasião chamou de "maligno".

"O Brasil tem os maiores juros reais, a maior carga tributária e a menor taxa de investimento governamental, exceto a do Turcomenistão", criticou. Ele propôs ainda redefinir os gastos da administração federal para investir mais na saúde, uma das principais vitrines eleitorais dele na campanha.
 
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-defende-dem-e-nega-que-papel-de-vice-seja-atacar,594039,0.htm

ENTREVISTA-Aécio: "Querem meu peso eleitoral, não político"

Por Natuza Nery

BELO HORIZONTE (Reuters) - Aécio Neves rebateu uma a uma as alegações de que não se engaja na campanha do aliado José Serra em Minas Gerais. Reagiu às críticas veladas, mas frisou que o presidenciável tucano nada tem a ver com as maledicências.

Candidato ao Senado pelo PSDB, é um popular cabo eleitoral no Estado, patrimônio longe do desprezível nesta sucessão polarizada. Minas é o segundo maior colégio do país e, possivelmente, o fiel da balança desta eleição.

"Eles querem minha força eleitoral e não querem minha força política", ponderou o ex-governador. "Algumas pessoas têm preocupação de perder a hegemonia do partido", alfinetou, sem nomear os "preocupados" nem explicar se essa hegemonia seria a de São Paulo.

"Na cabeça de alguns analistas, se o Serra ganhar, ganha apesar de Aécio. Se perder, perde por causa de Aécio", acrescentou, falando na terceira pessoa e reproduzindo a versão já feita algumas vezes por membros do PSDB fora de Minas.

A intenção de ser ele o candidato do partido ao Planalto no ano passado alimentou a avaliação de que não gastaria verbo nem sola de sapato pelo colega. Contra essa tese, Aécio apresenta contas.

"A base de apoio ao Serra é mais ampla em Minas que em São Paulo. O PP, que é muito forte no Estado, não está com ele lá e está aqui", rebate. "O PSB, PDT e PR, coligados a Dilma Rousseff (candidata do PT) no âmbito federal, eu consegui, num esforço enorme, trazer para nossa campanha e isso beneficia o Serra."

Foi por sugestão do mineiro que Serra intensificou sua agenda no Estado. Passa por lá ao menos uma vez por semana. Também por conselho do aliado, o comando nacional decidiu montar um comitê exclusivo para o presidenciável em Minas.

O objetivo é conferir mais densidade e energia cinética à campanha, inclusive para resolver problemas operacionais como a distribuição de material na quantidade que o desafio local exige. A ausência de adesivos e santinhos com a imagem de José Serra já foi apontada como evidência de problema.

"Falam do material de campanha. Eu não cuido deles, não controlo quando chegam nem se são entregues de maneira casada. O que eu posso garantir é que não há nenhum outro lugar tão engajado na campanha do Serra como Minas."

Nesta manhã, o ex-governador concedeu entrevista a uma rádio local e enfatizou o projeto conjunto para eleger o tucano presidente. Citou o nome do aliado apenas uma vez menos que o do seu afilhado político, Antonio Anastasia, a quem tenta reconduzir ao Palácio da Liberdade.

Para ele, o desenho da atual corrida presidencial aponta para uma definição apenas no segundo turno e o desempenho estadual é decisivo para o resultado nacional.

"A vitória do Anastasia é fundamental para a vitória do Serra", afirmou. "Temos que trabalhar para Serra chegar no segundo turno e que nossos candidatos vençam em São Paulo e aqui no primeiro turno. São Paulo e Minas vão fazer a diferença", explicou.

A frase expõe um cálculo: o sucesso de José Serra em outubro depende fortemente do desempenho de Anastasia e Geraldo Alckmin. O segundo é o favorito das sondagens. O primeiro, vice de Aécio e atual governador do Estado, está bem atrás, mas tende a crescer à medida que aumentar sua associação com o padrinho.

"Com essas duas vitórias, teremos uma convergência muito grande em torno desses governos e em torno da candidatura Serra. Atrairemos mais apoios. Por isso, a vitória nesses dois colégios é vital."

O último levantamento do Ibope realizado no Estado indicou Dilma com vantagem de 12 pontos percentuais sobre Serra.

"Não é bom pra ninguém que ela vença as eleições."

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE67A0PN20100811

Briga virtual entre Dilma e Serra está quente

Correio Braziliense | Josie Jeronimo

Após a campanha "cala a boca, Dilma" chegar ao trending topics do Twitter, militantes virtuais do PT contra-atacam e lançam o "cala a boca, Serra"

Publicação: 12/08/2010 07:37 Atualização: 12/08/2010 09:02
A temperatura da disputa presidencial deste ano começou a subir na internet. Militantes virtuais dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) travam na rede o duelo que os aliados dos presidenciáveis evitam no universo físico. A bem-sucedida estratégia do PSDB de manter a campanha “cala a boca, Dilma” no trending topics do microblog Twitter provocou a ira dos petistas.

O coordenador de redes sociais da ex-ministra, Marcelo Branco, acusou os tucanos de “usarem robôs para retuitarem o marcador calaabocadilma”. “É uma estratégia que o mercado usa, mas, em campanhas, é meio complicado fazer isso para potencializar o ‘cala boca, Dilma’ usando mecanismos para repetir a mesma mensagem. Robôs e scripts são uma forma de burlar os indicadores na internet. E eles não votam”, critica Branco.

Os tucanos reagiram com ironia e criaram um avatar de robô para provocar o coordenador da campanha virtual de Dilma. “Robô é a Dilma, inventada pelo Lula para sucedê-lo! Ela é um vazio na cédula”, escreveu um militante da campanha tucana na rede. O movimento teve início depois da entrevista da presidenciável no Jornal Nacional, da Rede Globo. Adversários criticaram o desempenho da candidata e pegaram no pé de Dilma quando ela chamou a Baixada Fluminense de Baixada Santista.

Como resposta, a militância virtual da campanha petista foi convocada na tarde de ontem para iniciar o “cala a boca, Serra” assim que o presidenciável tucano terminasse a entrevista de ontem no Jornal Nacional.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/12/politica,i=207348/BRIGA+VIRTUAL+ENTRE+DILMA+E+SERRA+ESTA+QUENTE.shtml

Ex-professora de Serra e Dilma pede votos à petista

Folha

ANA FLOR
DE SÃO PAULO

Ex-professora dos dois principais candidatos à Presidência, a economista Maria da Conceição Tavares gravou um vídeo pedindo votos para a candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff.

No depoimento, colocado no ar pela campanha petista, a professora embasa seu apoio no fato de Dilma ser mulher e ter "coração aberto". Ela chega a dizer que a candidata do PT é "estupidamente inteligente".

"Preferia ela porque as mulheres têm mais bom coração que os homens, e este povo está precisando que alguém olhe por ele."

Tavares vai na linha da campanha e chama Dilma de "mãezona", mas erra os nomes de programas como Bolsa Família.

Ao falar de Lula, a economista critica a "grande imprensa", que adjetiva como "sempre venenosa".

Maria da Conceição é amiga pessoal de José Serra, principal adversário de Dilma na corrida ao Planalto, e já o havia avisado que iria optar pela petista.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/781883-ex-professora-de-serra-e-dilma-pede-votos-a-petista.shtml

Dilma critica modelo de pedágios de SP e defende mudança radical

Folha

LUIZA BANDEIRA

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, criticou hoje o sistema de pedágios das rodovias de São Paulo, Estado governado até abril por seu principal adversário, José Serra (PSDB).

"Defendo modelo radicalmente diferente do paulista", afirmou. No modelo federal, diz, ganha a concessão aquele que cobrar o menor valor de pedágio. No modelo de concessão paulista, segundo ela, vence a licitação quem paga mais.

"E quem paga mais não vai ficar com o prejuízo. É, de certa forma, uma cobrança de imposto disfarçada de pedágio."

A afirmação foi feita durante entrevista da candidata ao programa "Painel RBS", em Santa Catarina, nesta manhã.

No último dia 28, Serra defendeu a política de concessões realizada pelo governo de São Paulo, com a cobrança de pedágios. Segundo ele, a política paulista elevou a qualidade das estradas e poupou 11 mil vidas desde 1999.

PESQUISAS

Questionada sobre como pretende reverter a vantagem do candidato tucano na região Sul, que vem sendo apontada por pesquisas de intenção de voto, respondeu que pretende mostrar seus projetos e que há uma diferença entre quem faz e quem fala. "Nós temos um patrimônio. O meu patrimônio é o governo do presidente Lula."

Dilma voltou a acusar a oposição de usar a estratégia do medo por não ter propostas ao responder uma pergunta de por um telespectador sobre a relação do PT com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"O PT nunca teve ligações com as Farc, muito menos a minha campanha. Lamento que usem de expedientes tão desqualificados para tentar criar um clima que não vão conseguir. Não conseguiram em 2002, quando a gente ainda não tinha o que mostrar, só tinha esperança no coração. E agora, quando a gente tem realizações, acho muito difícil."


ESTALEIRO

A candidata se disse ainda favorável à construção do estaleiro em Biguaçu (região metropolitana de Florianópolis), que deve ser usado para a construção de navios voltados para a extração de petróleo.

O projeto é da OSX, empresa de Eike Batista, e enfrenta problemas com licenciamento ambiental, pois ficaria próxima a reservas ecológicas e a uma comunidade indígena. O Instituto Chico Mendes, do governo federal, já emitiu parecer contrário ao projeto.

"Acho que sempre é possível combinar respeito ao meio ambiente e desenvolvimento. Aqui em Santa Catarina é isso que a gente tem que buscar. Preservar diversidade e ao mesmo tempo fazer estaleiro."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/781846-dilma-critica-modelo-de-pedagios-de-sp-e-defende-mudanca-radical.shtml

Ficha Limpa já tirou 19 candidatos de maneira definitiva da corrida eleitoral, diz site

Folha

A Lei da Ficha Limpa já excluiu 19 candidatos de maneira definitiva da disputa eleitoral, segundo o site "Congresso em Foco".

Os políticos que renunciaram à candidatura após impugnação do MPE (Ministério Público Eleitoral) ou que tiveram suas inscrições canceladas pelos partidos antes de serem analisadas pela Justiça Eleitoral não têm possibilidade de recurso.

Figuram na lista o ex-deputado distrital Júnior Brunelli, flagrado na "oração da propina" no mensalão do DEM, e Alceni Guerra (DEM-PR), ex-ministro da Saúde no governo Collor. Eles renunciaram para escapar do risco de ver suas candidaturas cassadas por conta da Lei da Ficha Limpa.

Alceni possui condenação por improbidade administrativa e teve suas contas rejeitadas quando esteve à frente da Prefeitura de Pato Branco (427 km de Curitiba).

No dia 16 de julho, o PSC havia informado que Brunelli tinha sido expulso do partido por improbidade e por tentar registrar sua candidatura sem permissão da legenda.

Além dos 19 que estão fora da eleição, outros 169 candidatos correm o risco de não permanecer na corrida eleitoral.

O total de 188 candidatos barrados --indeferidos, renúncias e cancelamentos-- representa 39% das 482 contestações feitas pelo MPE com base na Lei da Ficha Limpa.

Os números, entretanto, devem aumentar, pois São Paulo começou a julgar o registro de mais de 3.000 candidatos só na semana passada.

O levantamento do "Congresso em Foco" teve como base a lista de impugnações feitas pelo Ministério Público nos Estados e no Distrito Federal e a situação processual de cada candidato no sistema Divulga, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

http://www1.folha.uol.com.br/poder/781821-ficha-limpa-ja-tirou-19-candidatos-de-maneira-definitiva-da-corrida-eleitoral-diz-site.shtml

TSE arquiva representação do Ministério Público contra PT e Dilma

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A representação do MP (Ministério Público) contra o diretório nacional do PT e a candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff, por propaganda antecipada eleitoral, foi arquivada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por ter sido ajuizada fora do prazo.

De acordo com a ação, o PT teria usado as inserções veiculadas no rádio nos dias 6, 8 e 11 de maio de 2010 para divulgar a candidata da legenda. Entre os conteúdos divulgados estão propostas de governo que evidenciariam que Dilma dará continuidade à atual administração, conduzida pelo atual presidente da República, na intepretação do MP.

O examinar a ação, o ministro Aldir Passarinho Junior considerou que o pedido do MP ocorreu fora do tempo.

De acordo com a Lei dos Partidos Políticos, a representação contra os candidatos ou partidos deve ser apresentada até o último dia do semestre em que foi veiculado o programa, “ou se este tiver sido transmitido nos últimos 30 dias desse período, até o 15º dia do semestre seguinte”.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/12/tse-arquiva-representacao-do-ministerio-publico-contra-pt-e-dilma.jhtm

Dilma terá 3 minutos a mais que Serra na TV e no rádio

Do UOL Eleições
Em São Paulo

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou nesta quinta-feira (12) o tempo de cada candidato à Presidência na propaganda eleitoral gratuita. A candidata do PT, Dilma Rousseff, da coligação “Para o Brasil seguir mudando”, terá 10 minutos 38 segundos e 54 centésimos em cada um dos dois blocos de 25 minutos que serão veiculados em cadeia de rádio e televisão.

O segundo maior tempo é o do candidato do PSDB, José Serra, da coligação “O Brasil Pode Mais”. O tucano terá sete minutos, 18 segundos e 54 centésimos. Já a candidata Marina Silva (PV) terá um minuto, 23 segundos e 22 centésimos.

O socialista Plínio Arruda Sampaio (PSOL) terá um minuto, um segundo e 94 centésimos para apresentar suas propostas no rádio e na TV. Já os outros cinco postulantes ao cargo, Rui Costa Pimenta (PCO), José Maria de Almeida (PSTU), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB) terão com 55 segundos e 56 centésimos cada um.

A propaganda eleitoral gratuita para presidente, na modalidade bloco, será veiculada a partir do dia 17 de agosto até 30 de setembro, às terças, quintas e aos sábados, às 7h e 12h no rádio e às 13h e 20h30 na televisão.

De acordo com sorteio realizado no último dia 3, Serra abrirá o horário eleitoral gratuito seguido de Plínio de Arruda Sampaio, Rui Costa Pimenta, José Maria de Almeida, Dilma Rousseff, José Maria Eymael, Levi Fidelix, Marina Silva e Ivan Pinheiro.

Inserções diárias

Além dos 25 minutos da modalidade bloco, a propaganda gratuita também será veiculada por mais seis minutos diários, divididos em inserções de, no máximo, 60 segundos, distribuídos ao longo da programação das emissoras, entre 8h e 24h, inclusive aos domingos.

Assim como na divisão por bloco, Dilma também terá o maior tempo diário nas inserções: 2 minutos e 33 segundos. Já José Serra terá 1 minuto e 45 segundos. Os outros candidatos contarão com menos de um minuto diário.

Como é feita a distribuição

A distribuição dos tempos do horário eleitoral gratuito segue regras estabelecidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ao todo, serão 25 minutos de propaganda política para os candidatos à Presidência. Destes, um terço (cerca de 8 minutos) são divididos igualmente entre todos os candidatos. Já os dois terços restantes são distribuídos proporcionalmente de acordo com a bancada eleita por cada partido nas eleições de 2006.

O tempo de cada candidato

10min38s54
Dilma Rousseff (PT)

7min18s54
José Serra (PSDB)

1min23s22
Marina Silva (PV)

1min1s94
Plínio Arruda Sampaio (PSOL)

55s56
Rui Costa Pimenta (PCO), José Maria de Almeida (PSTU), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB)

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/12/dilma-tera-3-minutos-a-mais-que-serra-na-tv-e-no-radio.jhtm

Análise: Serra evoca o samba de Noel: "Com que roupa"?

Folha

JOSIAS DE SOUZA
DE BRASÍLIA

A estratégia de campanha de José Serra está escorada numa ilusão. Na entrevista ao "Jornal Nacional", o presidenciável tucano deu asas à quimera: "O Lula não é candidato a presidente", disse.

"Meu foco não é o Lula", repetiu mais adiante. Revelou-se capaz de tudo, menos de dirigir uma crítica a Lula.

Restou evidenciado que, há uma semana do início da propaganda eleitoral televisiva, Serra ainda não logrou construir um discurso de oposição. Sabe que Lula, não sendo candidato, comanda o baile da sucessão. Sem ele, a candidatura da petista Dilma Rousseff, sua principal antagonista, não existiria.

Quem convida Serra para o samba é Lula, não Dilma. E ele roda em círculos, como se entoasse Noel Rosa: "Esta vida não está sopa e eu pergunto: com que roupa? Com que roupa eu vou pro samba que você me convidou?"

Dos três presidenciáveis, Serra foi o menos fustigado pelo "casal JN". Ainda assim, não se livrou de falar sobre o apoio de Roberto Jefferson.

Apresentou-o como "denunciante" do mensalão. Meia verdade. Denunciou depois que os holofotes focaram o esquema que o PTB montara nos Correios.

Como José Dirceu (PT), Jefferson teve o mandato de deputado cassado. E desceu ao banco de réus em que o STF acomodou a "quadrilha".

Serra disse que não lhe cabe julgar. Afirmou que Jefferson conhece o seu estilo de governar. Se está com ele, é porque se sujeita. Talvez dissesse o mesmo sobre Orestes Quércia (PMDB). Mas não foi inquirido a respeito.

Por que foge da comparação de FHC com Lula? "Não estamos fazendo disputa do passado", rodeou.

Insinuou que, eleita, Dilma governaria "na garupa". A questão é que, para seduzir o eleitor que Lula transfere para Dilma, Serra teria de apregoar um sonho novo. Antes, precisa responder à pergunta: "Com que roupa?"

http://www1.folha.uol.com.br/poder/781781-analise-serra-evoca-o-samba-de-noel-com-que-roupa.shtml

Temer ainda não foi chamado para gravar propaganda de Dilma

Folha

Até ontem, o vice na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), não havia sido chamado a gravar participação na propaganda de televisão da candidata, no ar a partir de terça, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

Peemedebistas afirmam, no entanto, que não há motivo para preocupação. Foram avisados de que o foco dos primeiros programas será a associação entre as imagens de Lula e Dilma.

Além das 13 diretrizes do programa de governo de Dilma, serão registradas propostas específicas para áreas como saúde, educação, cidades, previdência e... comunicação, dizem integrantes da equipe.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/781651-painel-temer-ainda-nao-foi-chamado-para-gravar-propaganda-de-dilma.shtml

11 de ago. de 2010

Análise: Entrevistas com candidatos interessam mais ao "Jornal Nacional" do que à eleição

UOL

Mauricio Stycer

As entrevistas realizadas pelo “Jornal Nacional” com Dilma Rousseff, Marina Silva e José Serra provocaram três tipos principais de avaliação: se a performance midiática do candidato foi boa ou não, se falou bobagens ou não e, especialmente, se os dois apresentadores do noticiário agiram bem ou mal como entrevistadores.

O primeiro tipo de avaliação não é mais novidade há muito tempo. Eleição é um exercício de convencimento, não de discussão de ideias – saber vender o peixe é muito mais importante do que o peixe em si. Se o candidato foi simpático ou não, se olhou para a câmera ou para os entrevistadores, se parecia calmo ou nervoso, se escolheu as cores certas para a roupa – tudo isso é mais importante do que suas ideias e propostas.

A atenção que se dá aos erros, exageros e mentiras dos candidatos seria útil se ajudasse o eleitor a formar uma opinião sobre o grau de preparo e o caráter de quem pede o voto. Mas, bem adestrados, eles cometem cada vez menos deslizes, o que explica o destaque desproporcional dado a certas bobagens (caso da confusão que Dilma fez ao colocar a Baixada Santista no Estado do Rio).

Mais peculiar, e interessante, é a preocupação geral com a performance de William Bonner e Fátima Bernardes. Para a Globo, dado o seu passivo, é fundamental demonstrar isenção. Isso começa pelo enfoque adotado para as entrevistas. “Vamos abordar aqui temas polêmicos das candidaturas e também confrontar os candidatos com as suas realizações em cargos públicos”, avisou Bonner no dia da entrevista com Dilma.

Qualquer jornalista sabe que a entrevista com um candidato a cargo público deve, obrigatoriamente, abordar temas polêmicos e realizações passadas. É como se Bonner e Fátima, ao advertirem o público e os candidatos antes de cada entrevista, estivessem dizendo: “Atenção, vamos ser jornalistas!” Por que o “JN” faz questão de enfatizar o óbvio?

Outro aspecto que chama a atenção no comportamento da dupla é a preocupação com as “regras” da entrevista, em especial o tempo de sua duração e a explicação de que a ordem das entrevistas obedeceu a um sorteio. Mais uma vez, é uma forma de enfatizar o óbvio: todos os candidatos têm direitos iguais.

Por fim, Bonner e Fátima procuram mostrar isenção sendo duros com os candidatos. Mais uma vez, estamos falando de um comportamento que se espera de qualquer entrevistador, mas cuja receita, no caso das entrevistas do “Jornal Nacional”, desandou. Talvez por falta de cacoete, talvez por nervosismo ou, ainda, por pressão externa, o editor-chefe do “JN” endureceu e perdeu a ternura nas três entrevistas, um pouco mais com Dilma e Marina, dando aos encontros, em algumas passagens, a aparência de interrogatório.

Todo este esforço de mostrar isenção termina por ser o que mais chama a atenção nas entrevistas. O que mais vamos lembrar? Dilma defendeu as alianças do PT com Collor e Jader. Marina disse que permaneceu no PT durante o mensalão para ajudar. Serra elogiou Lula e defendeu a aliança do PSDB com Roberto Jefferson. Alguma surpresa? Alguma novidade?

Resta, portanto, ao espectador com interesse político apenas discutir se o “Jornal Nacional”, neste seu esforço hercúleo de parecer isento, alcançou seu objetivo. Não está em discussão se foi, ou não, imparcial – mas se conseguiu convencer quem o assiste disso.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/11/analise-entrevistas-com-candidatos-interessam-mais-ao-jornal-nacional-do-que-a-eleicao.jhtm

Impedido de usar nomes de Dilma e Lula, Collor chama decisão de "reserva de mercado"

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Eleições

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas negou nesta quarta-feira (11) recurso impetrado pela coligação "O povo no governo" e confirmou, por unanimidade de votos (6x0), que o senador e candidato ao governo do Estado, Fernando Collor de Mello (PTB), não pode utilizar os nomes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua candidata Dilma Rousseff (PT).

A decisão confirmou o que já havia sido sentenciado pelo juiz da propaganda eleitoral, Antônio Carlos Gouveia, que argumentou que um candidato não pode utilizar o nome de político de partidos a qual não esteja coligado. Ele atendeu a uma ação da coligação o “Frente Popular por Alagoas”, que reúne em Alagoas, entre outros partidos, PT, PDT, PMDB e PCdoB.

As decisões do juiz e do TRE se baseiam no fato de, em âmbito nacional, o PTB de Collor estar coligado com o PSDB, do candidato à presidência José Serra. Já em Alagoas, o PT de Dilma e Lula se coligou com o candidato do PDT, Ronaldo Lessa. Com a nova decisão, Collor ainda pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Pela manhã, durante sabatina na rádio Difusora de Alagoas, Collor comentou a ação da coligação “Frente Popular por Alagoas” e foi irônico ao dizer que “achava que tinha acabado com todas as reservas de mercados do Brasil” quando era presidente da República. “Mas percebi que sobrou uma, que foi a eleitoral. Essa proibição é uma coisa nonsense. A candidata Dilma e o presidente Lula têm dois palanques em Alagoas, e isso já foi deixado claro por eles, é uma coisa salutar”, afirmou.

Sempre citando Dilma como "futura presidenta", o senador ainda aproveitou para fazer elogios ao presidente Lula. “Digo, sem medo de errar, que ao término do seu mandato Lula será o melhor presidente do Brasil até então”, afirmou Collor.

Protesto pela manhã

Ainda pela manhã, no centro de Maceió, um ato intitulado “Collor nunca mais”, liderado pelo MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), levou cerca de 800 pessoas às ruas da capital alagoana. No mesmo horário e local, uma outra manifestação, com cerca de 500 pessoas, declarava apoio ao ex-presidente e repudiava o protesto.

No encontro das duas manifestações, na praça Sininbu, houve tumulto, e a Polícia Militar precisou intervir. Duas pessoas ligadas a Collor, que provocaram os manifestantes com uma faixa dizendo que o movimento “Collor nunca mais” seria “hipocrisia”, chegaram a ser detidos pela Polícia Militar, mas foram liberados instantes depois, ainda no local.

Um deles afirmou que recebeu R$ 20,00 da coligação de Collor para ir com a faixa até o meio dos manifestantes. “Vamos levar essa denúncia ao Ministério Público Eleitoral. Temos informações de que cada pessoa que está nessa passeata recebeu R$ 50”, disse o coordenador do MCCE em Alagoas, Antônio Fernando, o Fernando CPI.

Já Collor declarou que não via problema na manifestação e disse que não organizou passeata a seu favor. “Assim como existe o movimento ‘Fora, Collor’, existem outros, como o ‘Collor para sempre’, ‘Volta, Collor’. Ou seja, há Collor para todos os gostos, e cada um desfruta da forma que achar conveniente. O protesto faz parte do jogo democrático”, disse.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/alagoas/ultimas-noticias/2010/08/11/treal-proibe-collor-de-citar-nomes-de-dilma-e-lula-ex-presidente-diz-que-decisao-e-reserva-de-mercado.jhtm

Hélio Costa diz que "faltou coragem" para Aécio ser candidato de Lula à Presidência

Maurício Savarese
Do UOL Eleições




O candidato ao governo de Minas Gerais Hélio Costa (PMDB) disse nesta quarta-feira (11) que, se o ex-governador Aécio Neves (PSDB), hoje candidato ao Senado, tivesse “tomado uma decisão há tempos atrás, ele poderia ser hoje o candidato do presidente Lula”. Para o ex-ministro, Aécio errou ao não se filiar ao PMDB ou ao PT para disputar a Presidência.

“Houve um vácuo de candidatos quando nós perdemos o candidato natural, que seria José Dirceu [afastado do governo depois do Mensalão], e depois perdemos o [ex-ministro da Fazenda Antonio] Palocci. E havia uma simpatia do Lula por ele [Aécio]. Faltou desprendimento político, para não dizer coragem [para sair do PSDB]”, disse Costa, em sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL, em Belo Horizonte.

Costa afirmou que, em uma eventual candidatura de Aécio à presidência da República, ficaria fora das eleições. “Eu já tinha dito a ele que se ele fosse candidato a presidente da República, eu não seria candidato a nada. Seria impossível para um mineiro ficar contra uma candidatura de Aécio”, afirmou.

Sobre a relação com o ex-governador, Costa declarou que sempre foi “amigo” do tucano, e afirmou que entrou na política depois de um conselho de Tancredo Neves, avô do ex-governador mineiro.

Tecendo elogios ao governo de Aécio, Costa desmentiu que as críticas feitas durante a pré-campanha eram dirigidas ao hoje candidato ao Senado. “Não consegui passar a mensagem que eu queria. O Aécio fez um ótimo governo. Agora o candidato [Anastasia] quer passar a imagem de que ele é o Aécio. E não dá, são duas coisas diferentes”.

Hélio negou acusações de que parte da imprensa mineira estaria alinhada à sua candidatura. “Eu não estou alinhado com ninguém. E se tiver alguém vocês me avisem porque eu não estou sabendo”, disse o peemedebista, ao ser questionado sobre as críticas do adversário Antonio Anastasia (PSDB) de que parte da imprensa mineira estaria poupando o ex-ministro e o governo federal de críticas.

Professores

Com relação à situação dos professores no Estado, Hélio afirmou que irá se reunir com uma comissão escolhida pelos professores para analisar a proposta atual de aumento de salário e ver o que se pode mudar. “No dia seguinte à posse, vamos sentar com eles. Vamos ver que essa proposta foi colocada de forma injusta na Assembleia Legislativa, por goela abaixo, para evitar uma greve durante o período eleitoral”.

Ele ainda criticou o que chamou de “achatamento salarial”, expressão que usou para definir o contraste entre a arrecadação do Estado e o salário pago aos professores.

Mais vídeos das sabatinas com os candidatos ao governo de Minas Gerais

http://eleicoes.uol.com.br/2010/minas-gerais/ultimas-noticias/2010/08/11/helio-costa-diz-que-faltou-coragem-para-aecio-ser-candidato-de-lula-a-presidencia.jhtm

Relação entre o DEM e o PSDB está cada vez mais desgastada

Correio Braziliense - Daniela Almeida | Ivan Iunes

Falta de recursos, centralização excessiva de decisões estratégicas e crescimento da candidatura petista de Dilma Rousseff abalam a relação dos integrantes do PSDB e do DEM. Ontem, um José Serra (PSDB) irritado bem que tentou varrer para debaixo do tapete a crise entre as duas legendas: “O ti-ti-ti não acaba”, reclamou, durante visita a São Bernardo do Campo (SP). Mas o descompasso vai além de uma simples frase de efeito. Movimentações e declarações recentes evidenciam que os dois grupos aliados já não falam o mesmo idioma. Pior, o volume das reclamações cresce a cada dia. O cardápio do desgaste seria tema de conversa entre o presidente do PSDB e coordenador da campanha de Serra, Sérgio Guerra, e o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, escalado para tentar contornar as desavenças. O encontro estava marcado para a noite de ontem.

Os ruídos de comunicação entre tucanos e democratas tiveram início nas composições regionais, mas já colocam Serra e o presidente do DEM, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), em mesas distintas. Em pelo menos cinco estados (veja quadro), as duas legendas não se entendem quanto aos rumos na campanha. Em Sergipe e no Rio Grande do Sul, a falta de sintonia, mais do que explícita, é oficial. O quadro se agravou ainda mais com o baixo repasse de recursos da campanha nacional para os estados. Diante da reclamação de Fernando Gabeira (PV), de que daria a mesma “banana” depois das eleições, dispensada a ele agora pelos aliados, Maia recomendou que ela fosse transferida a Serra, pois ele não teria prometido nada ao candidato verde. A fala irritou o presidenciável tucano.

Embora tenha irritado especialmente Serra, os efeitos da frase foram além. Ela atingiu a campanha no Rio de Janeiro e reforçou a reclamação recorrente do DEM de abandono do aliado nos estados em que lidera a cabeça de chapa. “Toda a oposição está reclamando é da campanha milionária do outro lado. A campanha estadual dos nossos adversários é mais forte, especialmente no Nordeste. Em todos os lugares, as pessoas estão reclamando, pedindo mais recursos, mas ainda não temos como combater isso”, admite Guerra.

Para Sérgio Guerra, existe um exagero nas reclamações dos aliados, que teriam sido prejudicados apenas na composição eleitoral no Pará, onde Valéria Pires Franco (DEM) não teve a legenda ao Senado. Em contrapartida, os tucanos teriam sacrificado aliados em Santa Catarina, na Paraíba, no Espírito Santo, em Sergipe e no Rio Grande do Norte em favor dos democratas. “Chegamos a fazer uma intervenção no Rio Grande do Norte para colocar um aliado que favorecesse o acordo com o DEM”, ressalta Guerra. O candidato ao Senado pelo Paraná, Gustavo Fruet (PSDB), admite que há uma tensão entre os aliados, especialmente por conta dos repasses financeiros. “Todos nós enfrentamos problemas, até porque a arrecadação está muito aquém do previsto, mas não adianta sair reclamando. Em campanha é difícil manter a sintonia o tempo todo”, minimiza Fruet.
Outra reclamação recorrente dos aliados é a total inoperância do conselho político montado por Serra, composto pelo próprio candidato e os presidentes nacionais das legendas aliadas (PSDB, DEM, PPS, PTB), além de Aécio e Fernando Henrique Cardoso. Para tentar controlar o incêndio na campanha tucana, Guerra pediu pessoalmente que o ex-governador mineiro intercedesse perante a Rodrigo Maia. Hoje, o presidenciável tucano estará no Rio de Janeiro para dar entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. O esforço seria para que a viagem incluísse uma conversa apaziguadora entre Serra e o presidente do DEM, mas a agenda ainda não foi confirmada. À imprensa, o democrata desencorajou a viagem.

Situação atual
Confira como andam os rachas entre o DEM e o PSDB nos estados:

Bahia
O deputado federal Jutahy Júnior (PSDB) nunca foi ligado aos aliados do ex-senador Antônio Carlos Magalhães. A morte do senador apazigou as desavenças, mas não o suficiente para o parlamentar se engajar na campanha de um dos herdeiros do carlismo. O candidato a governador Paulo Souto (DEM) reclama da falta de empenho de Jutahy.

Pará
Vice-presidente do DEM, Valéria Pires Franco tinha pretensões reais de concorrer ao Senado. Sonhava ainda com a vice de José Serra (PSDB). Por conta das composições regionais e nacionais, os dois planos acabaram naufragando.

Paraíba
Embora o PSDB esteja fechado com o DEM pela candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) no pleito local, o senador tucano Cícero Lucena tem feito movimentos claro em direção a José Maranhão (PMDB). Oficialmente, o parlamentar mantém o apoio ao socialista, mas liberou o suplente, o empresário João Rafael de Aguiar, para embarcar na campanha de Maranhão.

Rio Grande do Sul
A governador Yeda Crusius cortou dobrado por quatro anos com o vice Paulo Feijó, do DEM. O segundo nome do Palácio Piratini liderou um movimento de cassação da titular. A batalha desgastou a relação entre os dois partidos, que romperam oficialmente.

Rio de Janeiro
Tucanos e democratas fluminenses simplesmente não se bicam, e isso desde o início das eleições. A escolha de Índio da Costa (DEM-RJ) como vice de José Serra fez políticos locais do PSDB, como Márcio Fortes e Andrea Gouvêa Vieira, criticarem publicamente o partido. Para azedar ainda mais a relação, os tucanos ainda se uniram ao candidato do Partido Verde ao governo fluminense, Fernando Gabeira, em uma tentativa frustrada de barrar o nome de Cesar Maia (DEM) ao Senado. Com as duas legendas rachadas no estado, falta tudo para a campanha presidencial e para a de Gabeira no Rio. De recursos a materiais de mobilização.

Sergipe
O candidato tucano ao Senado, Albano Franco, sempre preferiu reforçar a campanha à reeleição do petista Marcelo Deda do que apoiar João Alves Filho (DEM). Por conta do movimento de Franco, o PSDB estava pronto para deixar o aliado à deriva. Uma intervenção do diretório nacional garantiu a legenda no palanque de Alves Filho — e minutos preciosos no horário eleitoral. O acordo, contudo, não dobrou Franco. O tucano faz campanha sozinho.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/11/politica,i=207095/RELACAO+ENTRE+O+DEM+E+O+PSDB+ESTA+CADA+VEZ+MAIS+DESGASTADA.shtml

Marina diz ser 'solução' para agronegócio do País

GUSTAVO URIBE - Agência Estado

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou na noite de ontem ser a "solução" para o agronegócio brasileiro e negou que tenha dificuldades com a maior parte dos representantes do setor. Em entrevista ao Jornal das Dez, do canal pago Globo News, Marina reafirmou que tem como proposta dobrar a produção de alimentos no País, mas de uma maneira que evite o desmatamento.

"A gente não pode generalizar as coisas, parece que todo mundo brigava comigo", afirmou, referindo-se ao período em que atuou como ministra do Meio Ambiente. "Quem faz certo e quem pretende fazer certo concorda comigo. Mas tem uma minoria, que faz bastante barulho, que acha que se pode fazer sem se preocupar com a biodiversidade e com a terra."

Ela defendeu o uso da tecnologia na produção de alimentos e a elaboração de uma nova matriz energética que inclua as energias eólica e solar, bem como a biomassa. "Não é possível que todos os anos fiquemos reféns do apagão. Temos de começar a planejar a infraestrutura energética do País", afirmou.

Durante a entrevista de 15 minutos, Marina reafirmou o compromisso em manter o atual modelo macroeconômico - ancorado no tripé câmbio flutuante, regime de metas inflacionárias e superávit primário -, mas propôs a diminuição da taxa básica de juros (Selic) e o controle do aquecimento da demanda por meio da redução dos gastos públicos.

A candidata do PV repetiu que tem como objetivo num eventual governo a limitação dos gastos para a metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "Temos de ter mais investimentos e eles virão com uma política de juros que não os inviabilize."

Experiência

Para Marina, a experiência à frente do Ministério do Meio Ambiente (MMA) é suficiente para que ela exerça o cargo de presidente. "Eu cheguei a coordenar 22 ministérios em alguns projetos. Então, fui aprendendo a fazer mediações e ser firme quando tinha de ser."

A candidata do PV voltou a dizer que PT e PSDB foram "reféns do fisiologismo" à frente da administração federal, por parte do PMDB e do DEM, respectivamente, e propôs que, numa eventual gestão dela, petistas e tucanos trabalhem juntos.

"Eu quero governar com os melhores. O presidente Lula não precisa nem de um opositor pelo opositor nem de um continuador pelo continuador. Ele precisa de um sucessor." Marina reafirmou que contaria com uma base de sustentação num eventual mandato do PV, formada, principalmente, pelos verdes e pelo PT.

Ela não excluiu a possibilidade de serem incluídos a essa possível aliança membros do PMDB e do DEM. "Há lideranças boas nessas siglas." No fim da entrevista, voltou a se posicionar como a primeira mulher de origem humilde que poderá governar o País.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-diz-ser-solucao-para-agronegocio-do-pais,593495,0.htm

Serra quer mudar suposta imagem 'elitista' do PSDB

AE - Agência Estado

Não é com a "cara do PSDB" que o candidato tucano a presidente, José Serra, vai se apresentar na entrevista desta noite ao Jornal Nacional da TV Globo e no programa eleitoral gratuito, na semana que vem. Serra quer que o PSDB tenha a cara dele na disputa presidencial - e não o contrário. Em reuniões com a coordenação da campanha, Serra e seus conselheiros avaliaram que, no embate com o PT, a acusação de representar um partido que defende menor presença do Estado na economia não é o que mais pesa. O problema maior é a suposta imagem elitista do partido que, na avaliação dos tucanos, não bate com o discurso nem com o perfil do candidato.


Diante disso, a ordem é reforçar a linguagem e a imagem de candidato distante da figura elitista. Seja no programa eleitoral ou na campanha de rua, o certo é que Serra vai bater bumbo naquilo que considera suas melhores marcas: os medicamentos genéricos, o seguro-desemprego, o perfil antifinancista, a defesa contundente da educação e da saúde públicas de qualidade e de empresas estatais postas a serviço da sociedade, e não de partidos políticos que se aboletam nos cargos os seus aliados.

Os tucanos entendem que Serra é "uma marca popular muito forte", forjada ao longo da própria trajetória política e administrativa dele, e querem reforçar isto no horário eleitoral. Os estrategistas da campanha trabalham para descolar o candidato dos pontos negativos que pesariam sobre a imagem do PSDB e, assim, fazer valer as marcas pessoais do próprio Serra.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-quer-mudar-suposta-imagem-elitista-do-psdb,593443,0.htm

Lula diz que oposição já sabe que Dilma será eleita presidente

Por Natuza Nery

BELO HORIZONTE (Reuters) - Um Lula salivante subiu no palanque na noite de terça-feira. Falou, como esperado, maravilhas de sua candidata no primeiro comício em Minas Gerais, mas dedicou o dobro do tempo para desferir duros golpes aos adversários, a quem desafiou a "passar o Brasil a limpo".

O presidente previu a vitória de Dilma Rousseff nas eleições de outubro, mas admitiu que o pleito pode ser decidido somente no segundo turno.

"Se não der no primeiro turno, não tem problema. Eu não ganhei no primeiro turno... Como ela é melhor do que eu, mais capaz do que eu e já sabe mais do que eu, ela pode conseguir", disse ele a uma plateia de 7 mil pessoas, segundo dados oficiais da Polícia Militar.

Minas, Estado que exibe a cobiçada vitrine de segundo maior colégio eleitoral do país, é constantemente apontado como o fiel da balança da sucessão. Dilma e o adversário tucano, José Serra, disputam cada palmo dessa arena.

Para quem testemunhou o evento da noite passada, Lula parecia querer responder às críticas recentes feitas pela campanha do PSDB a seu governo. Ao mesmo tempo, tentava puxar o oponente para o ringue do "nós contra eles".

"Eles estão incomodados porque eles sabem. Antes, Dilma, diziam assim pra mim: 'onde o Lula inventou essa Dilma? Essa Dilma nunca foi candidata, essa Dilma nunca debateu em lugar nenhum, onde Lula foi arrumar essa Dilma?' E eles, agora, que (antes) não sabiam onde o Lula arrumou a Dilma, já sabem que a Dilma será a futura presidenta da República", alfinetou.

O presidente, habituado a discursos inflamados em agendas de campanha, estava ainda mais ácido. Bradava e gesticulava além do habitual. Estava ali na condição de cabo eleitoral e defensor de seu "legado".

Investiu sempre que pôde na associação com a petista. Num sinal de confiança, declarou que daria não um, mas "dez talões de cheque em branco" a ela.

Para ele, Dilma é portadora de seus votos não por sua popularidade, mas porque o governo é bem avaliado. Segundo analistas, esse dado é visto, de fato, como uma das razões do crescimento de Dilma nas pesquisas.

"Eu acho bom que eles queiram debater o governo; acho bom que eles queriam debater obras. Nós estamos dispostos a fazer comparação, fio de bigode por fio de bigode, estamos dispostos a passar esse país a limpo", provocou.

Inspirado, não poupou nem o Jornal Nacional, da TV Globo. Ao elogiar a presidenciável na entrevista concedida ao telejornal na véspera, queixou-se de uma alegada abordagem agressiva por parte dos entrevistadores. Fez isso dando uma rosa a Dilma "pela calma" nas respostas. Era a deixa para entrar na questão de gênero.

"O maior legado que vou deixar pra esse país não é o Luz para Todos, o Bolsa Família... O maior legado que posso deixar para esse país é não ter tido medo de indicar uma mulher para tomar conta deste país com coração de mãe. E a palavra correta é cuidar, não é governar. Esse país precisa ser cuidado."

CPMF

Remontando o debate na TV Bandeirantes na semana passada, em que Serra acusou o Executivo de pouco investimento e má gestão na saúde, Lula insinuou que o tucano nada fez para evitar a derrota da CPMF no Senado. Disse isso acusando o PSDB de tirar "120 bilhões de reais do governo" (40 bilhões por ano) em recursos para a área.

"Pra depois, na campanha, vir dizer que a saúde não está boa? Era o partido dele, ele era governador (de São Paulo)."

A oposição conseguiu derrotar a proposta de prorrogar o imposto porque o PMDB, parceiro preferencial hoje e na época, decidiu trair o governo e votar com DEM e PSDB.

Não por acaso, Lula pediu votos para eleger uma bancada majoritária no Senado para que Dilma Rousseff não passe o mesmo "sufoco" que ele passou no Senado "com PSDB e DEM".

Dilma falou pela metade do tempo. Antecedeu o presidente, dono do discurso mais forte e normalmente o mais esperado. Disse que seu Estado se orgulhará de ter uma mineira na Presidência da República.

"Nós vamos, sim, ter saudade do presidente Lula, mas vamos honrar a memória de seu governo (elegendo a continuidade)", disse a candidata.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE67A03F20100811

Dilma inflou dados ao mencionar investimento federal na Rocinha

Gastos com saneamento serão de R$ 80 milhões, mas candidata disse no 'Jornal Nacional' que eles irão a R$ 270 milhões

Bruno Boghossian /RIO - O Estado de S.Paulo

O valor investido em projetos de saneamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Favela da Rocinha, zona sul do Rio, deve chegar a R$ 80 milhões - menos de 30% da quantia citada pela candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em entrevista anteontem ao Jornal Nacional.


A ex-ministra citou a comunidade carente como exemplo dos investimentos federais e afirmou que teriam sido destinados ao setor "mais de R$ 270 milhões" - o que corresponde, na verdade, ao custo total das obras na região.

Segundo a Empresa de Obras Públicas do Rio (Emop), órgão do governo fluminense que acompanha as obras do PAC no Estado, o orçamento de todo o projeto chega a R$ 272 milhões. Com os recursos, foram construídos um complexo esportivo, um centro de saúde e uma creche. As obras de urbanização e a criação de redes de esgoto e de abastecimento de água ainda estão em andamento.

Horas antes da entrevista de segunda-feira, a candidata havia gravado imagens para sua propaganda eleitoral de TV dentro do complexo esportivo construído na favela.

Rocinha. Questionada pelos apresentadores do Jornal Nacional sobre os gastos do governo com saneamento, a candidata disse que havia se empenhado especialmente nesta área e citou os investimentos na Rocinha.

"O Brasil investia menos de R$ 300 milhões (em saneamento) no País inteiro. Hoje, aqui no Rio, numa favela, a da Rocinha, nós investimos mais de R$ 270 milhões", afirmou Dilma, sem especificar o destino dos recursos.

A Emop estima que, até o fim das obras do PAC na comunidade, o valor consumido com projetos de saneamento na Rocinha chegue a R$ 80 milhões, o equivalente a 29,4% do orçamento.

Parte desses gastos foi destinada à construção de infraestrutura de água e esgoto necessária para as novas construções, como o moderno complexo esportivo da favela, que tem duas piscinas.

Para a vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), que integrou a comissão de acompanhamento do programa na Câmara Municipal do Rio, o impacto das obras só pode ser visto em cerca de 3% da comunidade, que tem 100 mil habitantes.

"Não é que o PAC não tenha sido bom. As obras que foram feitas são maravilhosas, mas a Rocinha continua sendo um esgoto a céu aberto e o saneamento continua sendo o maior problema", avaliou.

Siafi. Na entrevista à Globo, Dilma admitiu que os gastos do governo federal com saneamento no Brasil se intensificaram apenas a partir de 2007.

Entre 2005 e 2009, os investimentos do governo federal com obras do setor cresceram quase 20 vezes, passando de R$ 81,9 milhões para R$ 1,6 bilhão, de acordo com números do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) obtidos pela ONG Contas Abertas a pedido do Estado.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100811/not_imp593341,0.php

Na propaganda, Dilma cola em Lula, e Serra foca 'social'

Folha

Na estreia do horário eleitoral gratuito, na próxima terça-feira, Dilma Rousseff (PT) apostará todas as fichas na associação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto José Serra (PSDB) vai investir em mostrar programas de seu governo, para tentar mostrar que tem "sensibilidade social".

Fora da polarização entre os dois líderes nas pesquisas, Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) apostam em recursos gráficos, artistas e no suporte da internet para compensar a falta de tempo na TV.

O programa do PSDB, comandado por Luiz Gonzalez, incluirá quadros em que Serra visita beneficiários de programas criados por ele.

Ele já gravou ao lado de trabalhadores rurais beneficiados pelo Pronaf, de enfermeiras e mutuários da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano). Em recente viagem, visitou pessoas atendidas pela Apae. Nas cenas, Serra atua sempre como "âncora".

O PSDB vai comparar a biografia dele com a de Dilma. Num primeiro momento, os ataques ao PT deverão ser reservados às inserções, comerciais de 30 segundos.

Os primeiros programas de TV de Dilma mostrarão quase tantas imagens de Lula quanto da candidata. A estratégia do marqueteiro João Santana é grudar no eleitor a ideia de que ela é a continuadora do governo.

Obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e beneficiários do Luz Para Todos e do Minha Casa, Minha Vida serão mostrados.

A equipe tem captado imagens e coletado histórias pelo país. Dilma faz gravações em diferentes Estados ao menos duas vezes por semana.

Também será fundamental apresentar a petista, novata nas urnas. Para isso, foi coletado material histórico e foram gravadas imagens da candidata em Minas, onde nasceu, e no Rio Grande do Sul, sua base política.

Na tentativa de aplacar a linguagem técnica e "suavizar" a imagem da candidata, os programas vão apostar em uma linguagem popular.

Está em estudo uma espécie de "talk show", no qual a petista responderia a perguntas de uma plateia.

O programa de Marina Silva (PV) investirá na linguagem pop para tentar chamar atenção do eleitorado em um minuto e 24 segundos.

A principal aposta são filmes em formato de história em quadrinhos, ideia do cineasta Fernando Meirelles, que não atua nas gravações.

O modelo é o documentário "The Story of Stuff", da norte-americana Annie Leonard. Quando a candidata falar sobre habitação, por exemplo, será mostrada a animação de uma casa ganhando novos cômodos.

O PV usará artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Adriana Calcanhoto.

Na primeira semana, a prioridade é apresentar a senadora, que ainda é desconhecida por 34% do eleitorado, segundo o Datafolha.

Os programas são coordenados pelo publicitário Paulo de Tarso Santos, que fez as campanhas de Lula em 89 e 94, e devem custar de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões.

Com previsão de gastos de R$ 120 mil e só 61 segundos, a propaganda do PSOL será dividida em temas e criticará o governo Lula na área social.

O programa, feito pela Realejo Filmes, vai intercalar recursos gráficos e falas de Plínio, quase sempre em estúdio. Na peça que aborda a reforma agrária, por exemplo, uma maquete com a bandeira do Brasil aparece fincada com legumes, frutas e verduras para mostrar como a terra é usada no Brasil.

Para compensar a falta de tempo, Plínio convidará os eleitores a visitar seu site de campanha, onde haverá vídeos mais longos.

Editoria de Arte/Folhapress


10 de ago. de 2010

Maioria do TSE vota contra 'verticalização' de propaganda eleitoral

Folha

FELIPE SELIGMAN
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA

A maioria dos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) votou nesta terça feira contra a chamada "verticalização" da propaganda eleitoral, recuando de uma decisão tomada no final de junho.

Os ministros Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Aldir Passarinho e Marcelo Ribeiro entendem que um candidato a presidência e o próprio presidente Lula podem participar dos programas de rádio e TV de candidatos a governador e senador de seu partido, mesmo que eles estejam unidos regionalmente com partidos que são rivais em nível nacional.

O julgamento, porém, foi interrompido por um pedido de vista do ministro José Antonio Dias Toffoli e deve ser retomado na próxima quinta feira.

No final de junho, o TSE havia tomado uma decisão que impediria a maioria dos candidatos a governador e senador de usar em suas propagandas as imagens dos candidatos à Presidência e do próprio Lula, criando uma espécie de verticalização na propaganda eleitoral.

Exemplo: um candidato a governador do PT que tivesse em sua coligação um partido comprometido com outra candidatura presidencial que não a do PT ficaria impedido de usar em sua propaganda a imagem de Dilma Rousseff (PT) ou de Lula.

No caso do Rio, por exemplo, o PSDB apoia o candidato do PV, Fernando Gabeira, sendo que ambos os partidos tem candidato a presidência: José Serra e Marina Silva. Por aquela decisão, eles não poderiam participar dos programas de Gabeira.

Até agora, 4 dos 7 ministros do TSE entendem de forma contrária. Marcelo Ribeiro, porém, fez uma ressalva. Para ele, no caso de Gabeira, somente Marina poderia participar de sua propaganda, por também ser do PV.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/781079-maioria-do-tse-vota-contra-verticalizacao-de-propaganda-eleitoral.shtml

Lula estreia na campanha em MG com enfoque em Dilma

MARCELO PORTELA - Agência Estado

Em sua estreia na campanha eleitoral oficial em Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigiu sua atenção praticamente toda a defender a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.

Apesar de estar no palanque ao lado do candidato de sua base aliada ao governo mineiro, Hélio Costa (PMDB) e do candidato a vice, o petista Patrus Ananias, o discurso de pouco mais de 30 minutos para uma plateia estimada pela Polícia Militar em aproximadamente 12 mil pessoas, o presidente citou o peemedebista apenas três vezes, uma delas por sua atuação no Senado e as outras duas, rapidamente, para pedir voto para o aliado mineiro.

O restante do tempo, porém, Lula dedicou a defender a candidatura de Dilma, a quem deu uma rosa no início do discurso. "Se a mulher é tão preciosa no dom da vida como é que pode um homem ter medo de votar em uma mulher, que o criou. O maior legado que posse deixar a esse país é não ter tido medo de indicar uma mulher", ressaltou, ao lado da candidata.

Diante de uma faixa da militância que dizia: "Lula, já estou com saudade de você", o presidente rebateu. "Ela (Dilma) não vai ter saudade de Lula, nem vocês. Vamos ter saudade porque ela poderia ter sido presidente antes", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-estreia-na-campanha-em-mg-com-enfoque-em-dilma,593223,0.htm

Marina critica alianças e diz que Dilma e Serra repetirão fisiologismo de Lula e FHC

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta terça-feira (10) que seus concorrentes, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), irão repetir - se eleitos - a prática de fisiologismo dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Serra e Dilma já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram que eles só podem fazer mais do mesmo", criticou a ex-ministra do Meio Ambiente. "O mesmo do governo FHC, que ficou refém do fisiologismo do DEM, e do governo Lula, que ficou refém do fisiologismo do PMDB", afirmou.

A declaração foi dada pela senadora acreana ao ser questionada sobre a ausência de alianças em sua candidatura. "Eu quero governar com os melhores (...) com a ideia de que temos que acabar com a oposição pela oposição, com a situação pela situação", disse.

Marina participou da segunda de uma série de entrevistas realizadas pelo Jornal Nacional da Rede Globo com os presidenciáveis. Ontem (9), a candidata do PT inaugurou a sequência; nesta quarta-feira (11), será a vez do ex-governador de São Paulo.

Para a ex-ministra do Meio Ambiente, o fato de disputar o Palácio do Planalto sozinha não a faria lotear cargos no governo para garantir apoio político caso fosse eleita. Ela disse ainda que não pretende governar só com quadros de seu partido. "Eu vou governar com os melhores", afirmou.

Mensalão

Marina foi questionada sobre a crise do Mensalão, em 2005. "Eu permaneci no partido para dar a contribuição que eu tinha a dar no governo, e não por conivência", afirmou. "Mas o que eu sempre digo é: nem todos praticaram erro".

Ela também defendeu a demora na concessão de licenças ambientais para obras de infraestrutura durante sua atuação à frente do Ministério do Meio Ambiente. "Na época eu encarava com naturalidade", disse. "No governo anterior (de FHC) era uma média de 145 licenças por ano; depois (no governo Lula), foi uma média de 265 licenças por ano", afirmou.

Em 2008, Marina pediu demissão da pasta após travar uma disputa dentro do governo com ministros de áreas ligadas o desenvolvimento da infraestrutura no país.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/10/marina-defende-candidatura-e-diz-que-dilma-e-serra-repetirao-fisiologismo-de-lula-e-fhc.jhtm

Dilma promete ampliar crédito para estimular empresas

BELO HORIZONTE (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, prometeu ampliar a concessão de crédito se eleita e citou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como exemplo de política bem-sucedida de estímulo a empresas.

Segundo a petista, essa é uma das formas de garantir a geração "sistemática" de emprego em sua eventual gestão. Dilma negou-se a dar metas para o aumento da força de trabalho, preferindo o genérico "muitos".

Ela voltou a comemorar o saldo de postos de trabalho criados ao longo dos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, em torno de 14 milhões, de acordo com a petista.

"Vamos criar muitos empregos. O Brasil mostrou que pode crescer sem inflação", afirmou a ex-ministra, em campanha em Belo Horizonte (MG) nesta terça-feira.

"(A política do governo) garantiu que empresas utilizassem crédito para se expandir', argumentou.

Dilma falou com jornalistas antes do comício que fará ao lado do presidente Lula e dos candidatos aliados no Estado, crucial para determinar o vencedor desta corrida. Na última pesquisa Ibope, Dilma tinha 12 pontos percentuais de vantagem sobre seu adversário tucano, José Serra.

(Reportagem de Natuza Nery)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE6790Q620100810

Coordenadores da candidatura de Serra escalam a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) para com o agronegócio

Correio Braziliense - Ivan Iunes | Igor Silveira

De olho na arrecadação de campanha, os coordenadores da candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência escalaram a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) para passar o chapéu entre os representes do agronegócio. Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia tem o plano de reforçar consideravelmente o caixa de Serra e montar uma estrutura centralizada de captação de recursos para deputados e senadores da bancada ruralista. A intenção é que a representação do setor nas duas Casas cresça 20% no pleito de outubro.

A estratégia de arrecadação entre os empresários do agronegócio ainda está sendo traçada por Kátia Abreu. Inicialmente, a ideia é enviar uma carta de apresentação solicitando a doação de recursos e um boleto bancário, para facilitar o processo. A senadora estuda arrecadar pelo menos R$ 100 de cada contribuinte. Os potenciais doadores são estimados em 2 milhões de produtores rurais e pecuaristas — o Brasil conta com cerca de 5 milhões de pequenos e grandes agricultores e criadores de gado. “Vamos pedir R$ 100, R$ 1 mil, pegaremos qualquer quantia desde que a contribuição seja transparente. Não faremos nada que não for republicano”, afirma.

Embora a prioridade seja a campanha presidencial, recursos pingarão nas contas de candidatos a deputado e senador, desde que alinhados aos ruralistas.

“Os que apoiam a agropecuária terão meu empenho total”, afirma Kátia. Oficialmente, a bancada ruralista conta com 82 deputados e 12 senadores, proprietários diretos de terras. A contar os quem têm interesses indiretos na causa, a soma sobe para 120.

Causa
Os planos da Frente Parlamentar da Agropecuária incluem ganhar de 24 a 36 novos defensores a partir de outubro. Mesmo com divisões partidárias internas, todos teriam o caixa reforçado pela estratégia agressiva de arrecadação. “Não discutimos ideologia. A luta é pela causa e, por isso, não há problema no fato de a bancada ser formada por parlamentares de partidos diferentes”, garante o presidente da Frente, o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). Segundo especialistas na articulação parlamentar, os planos de arrecadação de Kátia Abreu mostram uma tendência atual, de entidades patronais se empenharem para elegerem bancadas.

Embora a senadora garanta que não utilizará a estrutura da CNA, a mera presença dela à frente do plano já serviria para girar a máquina da entidade, formada por diversas federações estaduais. Além dos ruralistas, o setor industrial também anunciou que implementaria uma estratégia para aumentar a representatividade no Congresso. “O maior problema desse movimento é que a condução do Congresso fica entregue a um número reduzido de corporações e movimentos”, diz o presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, Antônio Queiroz.


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/10/politica,i=206876/COORDENADORES+DA+CANDIDATURA+DE+SERRA+ESCALAM+A+SENADORA+KATIA+ABREU+DEM+TO+PARA+COM+O+AGRONEGOCIO.shtml

Campanha da petista começa a testar serviço de telemarketing

Meta é divulgar as ações da ex-ministra da Casa Civil

Correio Braziliense - Josie Jeronimo

Um dia a moça da operadora do celular; no outro, a do cartão de crédito; e, durante as eleições, Dilma Rousseff. A campanha petista testa a utilização de mensagens de telemarketing para aproximar a presidenciável dos lares brasileiros. O Disque-Dilma já está em fase de testes. O resultado das primeiras ações da equipe de telemarketing foi elogiado por petistas que atuam na campanha, mas o preço do serviço preocupa um pouco. A cada telefonema feito para um eleitor, o cofrinho da campanha fica de R$ 0,12 a R$ 0,18 mais magro, segundo o secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR). “A gente faz sorteio e liga. Vale a pena, todo contato em uma eleição judicializada como essa tem valor. Mas é um método muito caro. É preciso calcular melhor, receber as receitas para ver se é possível, se é viável ligar para todos os eleitores”, explica Vargas.

Na primeira prestação parcial de despesas de campanha, o comitê financeiro da candidata registrou que as primeiras incursões na área de publicidade por telemarketing custaram R$ 120 mil. A equipe de Dilma informa que nessa primeira etapa as mensagens não serão utilizadas para pedir, diretamente, o voto do eleitor. O objetivo das mensagens, alegam aliados, seria convidar moradores de bairros ou cidades próximas aos locais em que a candidata participa de eventos públicos a comparecerem ao ato pró-Dilma. Para levar gente para a rua, a central de telemarketing usará banco de dados de eleitores cadastrados pelo comitê de campanha e do PT.

Mas a cereja do bolo da estratégia do Disque-Dilma é a voz da candidata. Os marqueteiros ainda analisam a viabilidade de a ex-ministra gravar mensagens específicas convidando o eleitorado para os eventos de campanha. Em casa ou no celular, o sorteado atenderia o telefone e ouviria a presidenciável do outro lado da linha. Os petistas apostam no sucesso da proximidade com o eleitor. Mas o telemarketing personalizado esbarra na agenda apertada da petista. Segundo Vargas, a possibilidade de Dilma gravar mensagens será avaliada pelo momento da campanha.

Outro cuidado que os coordenadores de campanha têm, ao iniciar o telemarketing político, é não deixar o eleitor saturado. Os responsáveis pela criação do sistema de mensagens de Dilma não poderão usar o mesmo banco de dados da internet, para não bombardear um só cidadão com dezenas de mídias. Quem já integra ou recebe materiais das redes sociais não deve ser alvo dos telefonemas. O PT não quer “duplicar” a mobilização sobre um mesmo eleitor, para não gerar efeito contrário, de rejeição aos “chatos virtuais”.

Militância
O PT também planeja criar uma outra central de telemarketing. Mas em vez de mirar os eleitores de Dilma, a ideia é montar estrutura para resolver problemas da militância em relação ao uso da internet. O suporte via telefone ajudaria candidatos, assessores e militantes do PT a utilizarem todos os recursos de redes sociais, como o Facebook, Twitter e Orkut. Para Vargas, a internet modificou a características das eleições e para levar pessoas aos comícios antes de tudo é preciso encontrar os eleitores no universo virtual. De acordo com o secretário de Comunicação do partido, o preço da central é alto e não poderia ser pago totalmente com recursos da campanha presidencial. “Ao contrário do que dizem, a tecnologia não barateou a eleição, encareceu. Antes, com R$ 10 mil se fazia um comício e todo mundo participava. Agora, não”, afirma.

Sabatina na televisão
A candidata do PT, Dilma Rousseff, passou por um verdadeiro corredor polonês ontem no telejornal mais popular do país, o Jornal Nacional, da TV Globo. Sabatinada durante 12 minutos e 23 segundos, ela não teve chance de transformar a entrevista em um monólogo de números positivos do governo Lula. Terminou nervosa e suando muito, ao ponto de sair da bancada com o rosto brilhando, mas não deixou nenhuma pergunta sem resposta.

Um dos momentos em que a candidata demonstrou mais tensão foi quando os entrevistadores, Fátima Bernardes e William Bonner, quiseram saber a respeito do temperamento dela. “As pessoas têm que escolher: umas dizem que sou uma mulher forte, outras que tenho tutor” e, mais à frente, emendou dizendo-se uma pessoa firme: “Em relação aos problemas do povo brasileiro, eu não vacilo”, disse Dilma, partindo para um discurso em favor do diálogo com os movimentos sociais.

Dilma achou que estava livre de perguntas sobre seu temperamento, mas não conseguiu disfarçar o nervosismo quando eles perguntaram se era verdade que ela maltratava colaboradores do governo, como disse o presidente Lula na posse dos novos ministros. Dilma insinuou que Lula não teria usado a palavra maltratar e apelou para o espírito maternal: “Governar é como se a gente fosse mãe: você tem que cobrar resultados”.

Os entrevistadores quiseram saber ainda sobre as alianças do PT com Jader Barbalho, Renan Calheiros, José Sarney e Fernando Collor, figuras tão criticadas pelos petistas no passado, e se o partido havia errado ou a fazer as críticas ou errava agora com as alianças. Dilma saiu pela tangente: “O PT acertou quando percebeu que para governar tinha que ter a capacidade de fazer uma ampla aliança”, respondeu a candidata. Pela manhã, Dilma participou de gravações do programa eleitoral do partido no Complexo Esportivo da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

“ELA ACHA QUE ESTÁ ELEITA”, DIZ PLÍNIO
Plínio de Arruda Sampaio, o candidato do PSol ao Planalto do Planalto, disse que a candidata do PT, Dilma Rousseff, acha que já ganhou as eleições, por isso recusa convites para eventos, como ocorreu ontem para o encontro com empreendedores, promovido pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em São Paulo. O cancelamento da presença da ex-ministra levou os organizadores a convidarem Plínio de última hora. “Ela acha que está eleita, ou, então, tem certa dificuldade de enfrentar esse debate direto”, disse. “Vocês viram como ela estava nervosa no debate da TV Bandeirantes”, completou Plínio, em referência ao programa transmitido na noite da última quinta-feira.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/10/politica,i=206874/CAMPANHA+DA+PETISTA+COMECA+A+TESTAR+SERVICO+DE+TELEMARKETING.shtml

Reformulação do Planalto está em pauta por estrategistas de Dilma

Proposta é inspirada nos Estados Unidos

Correio Braziliense - Tiago Pariz

A campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff, estuda uma proposta de reformulação de algumas atribuições na Presidência da República. A ideia petista é ter controle direto sobre questões estratégicas como segurança pública e economia, criando cargos de assessores seniores para essas áreas. A proposta é inspirada no modelo dos Estados Unidos, que dispõe de conselhos e escritórios específicos com responsabilidade fornecer informação ao presidente. Na hierarquia do governo, os auxiliares ficam abaixo dos ministros e têm função consultiva e não propositiva de políticas públicas.

A proposta de se criar um assessor para segurança pública dentro da Presidência tem como objetivo mostrar o comprometimento da candidata petista com o combate e a repressão à criminalidade. Além disso, há componente político de contraponto à sugestão do candidato do PSDB, José Serra, que disse que, se eleito, criará o Ministério da Segurança Pública.

Dilma apresenta como uma de suas bandeiras enfrentar a expansão do crack. O órgão consultivo seria incluído dentro das ações da Presidência para atacar o problema. Outra medida para diminuir a expansão do derivado da cocaína seria dar ao Ministério da Justiça a incumbência de tocar a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), hoje sob o guarda-chuva do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Essa ideia é antiga dentro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos tentou deixar a Senad sob sua responsabilidade, mas esbarrou na contrariedade dos militares. O coordenador-geral da campanha de Dilma, José Eduardo Dutra, confirmou que a ideia foi apresentada, mas disse que ainda não se discutiu o formato disso.

Casa Branca
Na esteira dessa ideia de ter uma pessoa cuidando de segurança pública próximo ao gabinete presidencial, estrategistas da campanha de Dilma gostariam de emplacar também um assessor para Assuntos Econômicos. Os dois se juntariam a um posto já existente, o assessor para assuntos internacionais. Essa cadeira é ocupada por Marco Aurélio Garcia, que tem como função auxiliar o presidente Lula em questões da América Latina. Dutra é contra a criação de um cargo de assessor para Assuntos Econômicos. “Já temos o Ministério da Fazenda para isso”, afirmou o coordenador e presidente do PT.

A movimentação da campanha de Dilma espelha-se no modelo norte-americano, mas ainda está longe de ser igual. Na Casa Branca funcionam conselhos de assessores para assuntos econômicos, qualidade ambiental, segurança nacional, administração, orçamento, política de controle de drogas, ciência e tecnologia e representante de comércio exterior. Nenhuma dessas funções se sobressaem ou são redundantes com as dos chefes de departamentos (o equivalente a ministros no Brasil).

Em paralelo à encorpada da Presidência da República, Dilma também gostaria de ter uma Casa Civil mais poderosa, resgatando atribuições de negociação política perdidas pela pasta quando Lula criou em 2004 a Secretaria de Assuntos Institucionais, em meio ao escândalo do caso Waldomiro. O ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci, braço direito de Dilma na campanha, seria um nome para ocupar esse cargo. O ex-ministro José Dirceu (PT) tenta se movimentar nos bastidores para boicotar os poderes de Palocci antes mesmo do auge da campanha eleitoral. Uma das iniciativas é vender que o nome mais forte para ocupar uma Casa Civil num eventual governo Dilma seria o do atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/10/politica,i=206873/REFORMULACAO+DO+PLANALTO+ESTA+EM+PAUTA+POR+ESTRATEGISTAS+DE+DILMA.shtml

Fichas sujas têm R$ 4 mi para gastar na campanha

Levantamento do iG foi feito com o valor arrecadado por 100 candidatos impugnados com base na Lei da Ficha Limpa

Severino Motta, iG Brasília

Candidatos considerados como fichas sujas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s) conseguiram captar pelo menos R$ 4,05 milhões para suas campanhas. O dado foi levantado pelo iG analisando as prestações parciais de contas de 100 concorrentes que tiveram as candidaturas impugnadas com base na Lei da Ficha Limpa.

Como ainda há casos baseados na nova lei a serem julgados no Estado de São Paulo, o montante, que ultrapassa a arrecadação da campanha presidencial de José Serra (PSDB) - R$ 3,7 milhões – ainda pode ser maior.

Do total captado pelos fichas sujas, candidaturas ao governo e ao Senado foram as que conseguiram o maior volume de recursos. Em Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), que disputa a cadeira do Palácio República dos Palmares, angariou R$ 1 milhão para sua campanha.

No Distrito Federal, o ex-senador Joaquim Roriz (PSC), que também teve seu registro de candidatura barrado pela Lei da Ficha Limpa, conseguiu levantar R$ 778 mil para sua campanha ao governo. Na Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), que disputa uma vaga no Senado, recebeu R$ 1,2 milhão.

Há ainda casos como o do candidato barrado a suplente de senador pelo Rio de Janeiro, José Bonifácio Novellino (PDT), que levantou R$ 750 mil na fase inicial da campanha. Ou o de Carlos Alberto Pereira (PDT), que em busca de uma cadeira na Câmara Federal conseguiu recolher R$ 311 mil para sua candidatura considerada como ficha suja pela Justiça Eleitoral.


Corda bamba

Até agora, todas as candidaturas barradas com base na Lei da Ficha Limpa foram julgadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s). Elas se mantém vivas através de recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O assunto, contudo, deve ultrapassar essa instância e ter sua conclusão somente no Supremo Tribunal Federal (STF).

Enquanto as instâncias superiores da Justiça não derem uma palavra final sobre os fichas sujas, mesmo barrados pelos TRE’s, os candidatos podem seguir com suas campanhas. A doação, nestes casos, é feita por conta e risco dos colaboradores da campanha, uma vez que não há lei que determine a devolução de recursos no caso de uma impugnação definitiva das candidaturas incompatíveis com a Lei da Ficha Limpa.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/fichas+sujas+tem+r+4+mi+para+gastar+na+campanha/n1237744183570.html

Ciro acerta com Luizianne campanha de Dilma no Ceará

Deputado e prefeita de Fortaleza organizam dois comícios para a presidenciável no Estado

Lauriberto Braga, iG Ceará

A expectativa de conseguir uma votação com mais de 70% dos votos no Ceará juntou os desafetos Ciro Gomes (PSB) e Luizianne Lins (PT) a favor da campanha da candidata Dilma Rousseff. O deputado federal e a prefeita de Fortaleza e coordenadora da campanha da petista no Estado organizam dois comícios para a presidenciável e têm planos de subir no palanque na ocasião.

Das conversas entre os antigos desafetos surgiu a iniciativa de focar esforços para a campanha conjunta dos comitês de Cid Gomes (PSB), candidato à reeleição para governador, e de Dilma, comandado por Luizianne. Desde que fez uma crítica sobre a cidade de Fortaleza, Ciro e Luizianne não se falavam.

Pedindo que as críticas feitas à administração municipal da prefeita fossem esquecidas, Ciro afirmou que a iniciativa de procurar a prefeita de Fortaleza partiu dele e que o objetivo é focar esforços para trabalhar em prol da candidatura de Dilma no Estado.

Já Luizianne não se mostrou tão disposta a acertar a situação com Ciro e deixou escapar que ainda guarda mágoa das críticas de Ciro à sua administração. "Não discutimos relação", declarou a prefeita.

Os três comitês de Dilma no Ceará possuem um amplo material de campanha. No de Cid Gomes os pedidos de votos são para ele, Dilma e para os dois candidatos a senador apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB). O de Dilma, comandado pelo PT, faz campanha exclusiva para ela, uma vez que existe um terceiro comitê para Dilma bancado pelo candidato a governador Lúcio Alcântara (PR). Este também faz campanha casada de Lúcio e Dilma.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/ciro+acerta+com+luizianne+campanha+de+dilma+no+ceara/n1237744487724.html

Anastasia rejeita comparação com Dilma por nunca ter sido candidato

Folha

O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Antonio Anastasia (PSDB), rejeitou nesta terça-feira a comparação com Dilma Roussef (PT), por não ter experiência eleitoral e por supostamente ter sido "fabricado" pelo ex-governador Aécio Neves.

"Há uma questão muito artificial entre quem é técnico e quem é político. Os políticos têm que ter conhecimento técnico e técnicos tem que ter sensibilidade politica. Eu me dediquei a vida inteira à administração pública. Acredito que no âmbito da política, ainda que não tenha me candidatado, tenho uma larga experiência política", disse ele em sabatina promovida pela Folha e pelo UOL em Minas Gerais.

Anastasia disse que, ao contrário de Dilma, não aparece bem colocado nas pesquisas porque não teve a visibilidade do governo federal.

"O presidente da República e ministros têm visibilidade muito distinta dos governos estaduais. A dimensão do alcance do nome e do reconhecimento público são muito maiores do que qualquer governador poderia fazer. Esse desconhecimento será superado ao curso da campanha."

O governador mineiro admitiu que parte dos eleitores do Estado ainda não o conhece, mas avaliou que o problema será resolvido com a propaganda eleitoral na TV.

"Se sairmos para perguntar quem é o governador, muita gente ainda não sabe. como superar isso? Com a propaganda eleitoral. O que nós temos é pouco acesso à informação. E não é em Minas, mas no cenário nacional".

AÉCIO

O candidato garantiu que, embora vá participar do processo, Aécio não indicará nomes do secretariado mineiro, caso os tucanos vençam a eleição.

"Não indicará porque ele será senador da República. Os secretários serão indicados pelo governador e pelos partidos que nos apoiam."

HÉLIO COSTA

Após reconhecer que não está bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto, recorreu à pesquisa espontânea --a que não fornece nomes de candidatos ao perguntado-- para dizer que a maior parte do eleitorado mineiro ainda não escolheu o candidato.

"Até por ser racional eu não brigo com nenhuma pesquisa. São todas feitas por institutos quase todos muito sérios e corretos. Agora, quando é o voto espontâneo, os dois [ele e o adversário Hélio Costa, do PMDB] estão empatados com 12, 13%. Quase 80% dos mineiros não têm candidato ainda", disse.

Sobre Hélio Costa, o governador mineiro afirmou que "adversário não é inimigo", e disse que recebeu do ex-presidente da República Itamar Franco o conselho de que se "se não se deve falar mal, também não se deve falar bem".

Apesar disso, rejeitou Costa como um nome forte para o governo.

"O meu adversário é muito conhecido, foi ministro, senador, candidato duas vezes no Estado. O nome dele é forte, rígido? Não me parece. Marqueteiros do lado adversário confessaram que há um lado volátil e com pouca base."

Provocado diversas vezes, acabou por dizer: "Ele é cruzeirense. Tem o meu respeito por isso".

Anastasia disse ainda que o governo federal "nunca deu valor à gestão profissional".

SABATINA

O evento com Anastasia acontece no Royal Golden Hotel, na Savassi, na região central de BH.

O tucano é apoiado pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB), que concorre ao Senado. Anastasia foi vice de Aécio até março deste ano.

Segundo o último Datafolha, o governador tem 18% das intenções de voto, contra 44% do senador Hélio Costa, que será sabatinado amanhã.

A ordem em que os candidatos serão sabatinados foi definida segundo a colocação no último Datafolha. O mais bem posicionado nas pesquisas será o último a ser sabatinado. Os convidados para o evento tiveram índices de intenção de votos igual ou superior a 10% do universo pesquisado.

Por duas horas, os candidatos responderão a perguntas de quatro entrevistadores e da plateia, que poderá enviar questões por escrito. A bancada será composta por Vinicius Mota, secretário de Redação, Júlio Veríssimo, coordenador da Agência Folha, Valdo Cruz, repórter especial, e Paulo Peixoto, correspondente da Folha em Belo Horizonte.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/780661-anastasia-rejeita-comparacao-com-dilma-por-nunca-ter-sido-candidato.shtml

Fala de Dilma em debate gera crítica de sindicalistas

Folha

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

Com apoio quase irrestrito no meio sindical, a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) desagradou às centrais sindicais ao tergiversar no debate da Band sobre a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

A declaração da petista foi debatida internamente pelas principais centrais no final de semana. A conclusão foi que Dilma será pressionada nas próximas agendas com trabalhadores a se manifestar sobre o tema.

A primeira oportunidade será no dia 17, em encontro com mulheres sindicalistas. O evento é organizado pela CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), em parceria com CGTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT.

A diminuição da jornada é a maior bandeira da classe em tramitação no Congresso.

Provocada por Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) na TV, a petista evitou se posicionar: "Não é papel do governo substituir o movimento social e determinar qual é a jornada de trabalho que esse ou aquele setor deve ter".

"O Brasil é composto por milhões de situações diferentes e por milhares de empresas diferenciadas", afirmou.

CRÍTICAS DAS CENTRAIS

Até agora, ela não atendeu ao pedido para receber a "Agenda da Classe Trabalhadora", documento formulado no evento de 1º de junho, no estádio do Pacaembu.

A Força, que reúne a militância do PDT, foi a primeira a disparar: "Causa constrangimento a posição dela ser a mesma usada pelo presidente da CNI [Confederação Nacional da Indústria] no Congresso", reclamou o secretário-geral da central, João Carlos Gonçalves.

"Estávamos vendo o debate e de repente ficamos um olhando para a cara do outro. Gerou desconforto", disse Sérgio Leite, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas paulistas.

"Posição favorável dela ajudaria muito. Isso vai desprender muita pressão", disse Wagner Gomes, da CTB.

Ligada ao PT, a CUT foi a única a minimizar o dilema. "O que esperamos dela é o trabalho de mobilizar a base no Congresso quando for eleita. É um tema do Congresso", disse o presidente da CUT, Arthur Henrique.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/780484-fala-de-dilma-em-debate-gera-critica-de-sindicalistas.shtml

Cineasta Fernando Meirelles diz que Dilma tenta ocultar seu passado

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Alvo de críticas na biografia oficial de Marina Silva (PV), a presidenciável Dilma Rousseff (PT) voltou a ser atacada pelos verdes no lançamento do livro em São Paulo.

Autor do prefácio, o cineasta Fernando Meirelles afirmou que a petista não faz uma obra semelhante porque teria que esconder sua atuação na luta armada contra a ditadura militar.

"Não sei se existe uma biografia da Dilma, mas como ela tem esse passado de guerrilha, que 90% da população não sabe, no caso dela não seria oportuno. Ela iria omitir uma parte."

Enquanto Marina autografava exemplares do livro, Meirelles acusou Dilma de tentar esconder a trajetória e as ideias na campanha.

"Talvez fosse melhor para ela ficar mais quietinha. Não fazer biografia, não ir aos debates. Quanto menos exposição, melhor", disse o cineasta, que colabora no programa de TV de Marina.

Dois integrantes do PV que foram ao lançamento atuaram na luta armada: Fernando Gabeira, candidato ao governo do Rio, e Alfredo Sirkis, candidato a deputado.

Escrito pela jornalista Marília de Camargo César, "Marina - A vida por uma causa" cita Dilma oito vezes e José Serra (PSDB), cinco.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/780479-cineasta-fernando-meirelles-diz-que-dilma-tenta-ocultar-seu-passado.shtml

Anastasia diz que visitas de Serra a Minas não são cobrança de apoio

Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Antonio Anastasia, descartou a hipótese de que o candidato tucano à Presidência, José Serra. esteja intensificando as visitias ao Estado para cobrar um esforço maior dos mineiros em sua campanha.

"Não dá para impor voto casado ao eleitor"



Veja trecho da sabatina com Antonio Anastasia

“A eleição em Minas é importante. São dois colégios importantes: São Paulo, onde ele foi ex-governador e é o maior colégio eleitoral, e Minas. É um local que ele tem que prestigiar”, disse Anastasia durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL.

Ao comentar a possível candidatura de Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência, Anastasia disse que o tucano tem total condição de ser um excelente presidente, mas que não poderia de prever o que vai acontecer.

“Ele será candidato a presidente se quiser. É jovem e pode ser daqui há 8 anos [considerando a eleição e reeleição de Serra]. Agora, a essa altura, não podemos ficar como uma bola de cristal sobre o que vai acontecer. Agora temos é que ganhar as eleições de 3 de outubro", disse Anastasia que também defendeu um mandato de 6 anos para o presidente da República.

Sobre a Lei Ficha Limpa, que em Minas já barrou mais de 300 candidaturas, ele disse ser "uma legislação que veio para avançar”.

Carga tributária

Anastasia também criticou a carga tributária atual do Brasil e disse que pretende “traçar estratégias para adotar um tratamento tributário diferenciado "para empresas mineiras localizadas em zonas francas".

"O Estado sente falta de agregar valor ao produto mineiro”, disse. Para isso, seriam criadas zonas francas, “para identificar vocações regionais” e estimular o emprego.

Com relação à nova distribuição dos royalties do pré-sal, Anastasia disse ser "a favor de manter os atuais royalties no modelo para não prejudicar o status quo dos Estados"."Todos os Estados devem ser favorecidos com esses royalties, de acordo com a sua população", disse. Sobre o percentual dos royalties de minérios, ele diz que o valor distribuído deve ser acrescido e outros tributos reduzidos.

Política social

Ao comentar a frase do adversário Hélio Costa (PMDB-MG), que declarou que tudo o que foi feito em Minas Gerais na área social foi feito pelo governo federal, Anastasia disse que “Minas teve limitações orçamentárias”, e por isso não realizou mais. Segundo ele, "não há Estado da federação que tenha apresentado uma política social tão positiva quanto a nossa”.


Meio ambiente

Sobre o crescimento de 15% de desmatamento em Minas Gerais, Anastasia defendeu que é preciso transformar a preservação em bom negócio. “Tem que haver um equilíbrio entre produção agrícola e meio ambiente. Acho que a solução adequada é transformar a preservação em um bom negócio. À medida que a preservação for rentável ao seu dono, ela será feita”. No entanto disse que ''determinadas faixas vão ser sacrificadas porque é preciso cumprir outros pedidos''

Copa de 2014

Ao ser questionado por um internauta sobre a possibilidade de transferir a abertura da Copa do Brasil em 2014 de São Paulo para o estádio do Mineirão, em Minas, Anastasia disse concordar. “Acho até que os paulistas também [concordam]”. Ele destacou a necessidade de transformar Belo Horizonte em um centro de turismo, investimentos e de negócios, com a construção de mais hotéis e de um centro de convenções.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/minas-gerais/ultimas-noticias/2010/08/10/anastasia-diz-que-idas-de-serra-a-minas-nao-sao-para-cobrar-apoio.jhtm

9 de ago. de 2010

Ao justificar alianças com Collor e Sarney, Dilma diz que PT "não tinha experiência"

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, justificou nesta segunda-feira (9) as alianças do PT com antigos desafetos do partido como fruto da experiência adquirida pela sigla desde que chegou ao governo federal.

"O PT não tinha experiência de governo e agora tem", disse a presidenciável, ao ser questionada sobre os apoios dados pelos ex-presidentes Fernando Collor (PTB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e por Jader Barbalho (PMDB-PA) a sua candidatura ao Palácio do Planalto.

"A pergunta é outra: onde o PT acertou? O PT acertou ao perceber que é preciso governar o país com uma aliança ampla. Nós não aderimos ao pensamento de quem quer que seja", completou.

A ex-ministra da Casa Civil estreou nesta segunda-feira uma série de entrevistas realizadas pelo Jornal Nacional da Rede Globo com os presidenciáveis. Nesta terça-feira (10) será a vez de Marina Silva, do PV, e na quarta (11), do tucano José Serra.

Experiência e capacidade de negociação

Dilma foi questionada sobre sua falta de experiência eleitoral e como isso poderia afetar seu governo caso fosse eleita. "Tenho experiência administrativa suficiente", disse. "Fui a primeira secretária municipal de fazenda de uma capital".

"O pessoal tem que escolher o que eu sou. Uns dizem que eu sou uma mulher forte; outros, que eu tenho um tutor", disse, para depois elencar os cargos que ocupou na trajetória pública até ser nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em 2005.

Ela também foi perguntada sobre a imagem de "dura" que mantinha em sua passagem pelo governo e de que forma essa pecha afetaria as negociações políticas durante uma eventual administração petista. Acho que sou uma pessoa firme", disse.

"Em relação aos problemas do povo brasileiro, eu não vacilo. Pelo cargo que ocupei (no governo Lula), me considero preparada para o diálogo", afirmou. Ela negou ter "maltratado" ministros, como afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um discurso.

Crescimento

Dilma atribuiu o crescimento menor do Brasil em relação a outras economias emergentes ao legado deixado pelos governos anteriores no país. Ao ser questionada sobre os baixos investimentos em saneamento público, afirmou que o governo mostrará "um resultado excepcional" já em 2010.

"No governo anterior [do tucano Fernando Henrique Cardoso], foram investidos menos de R$ 300 milhões no Brasil inteiro", criticou. "Hoje, investimais mais de R$ 270 milhões só na favela da Rocinha (no Rio de Janeiro)", defendeu.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/09/ao-justificar-aliancas-com-collor-e-sarney-dilma-diz-que-pt-nao-tinha-experiencia-de-governo.jhtm