16 de abr. de 2010

Isolado, Ciro ataca o próprio partido

Por meio de artigo publicado em seu site, deputado cearense pressiona o PSB a decidir sobre sua candidatura à Presidência

Eugênia Lopes e Lucas de Abreu Maia - O Estado de S.Paulo

Depois de mais de 15 dias isolado, sem sequer ir à Câmara, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) decidiu ontem pressionar publicamente seu partido a decidir sobre sua candidatura à Presidência. Ciro fez um desabafo em seu site, em artigo intitulado A história acabou? Uma reunião da cúpula do PSB, na próxima semana, deve definir o futuro da candidatura Ciro.

"O que é o PSB? Um ajuntamento como tantos outros, ou a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre o Brasil? Vai se decidir isto agora", escreveu o deputado. "Eu cumprirei com disciplina e respeito democrático o que decidir meu partido. Respeito suas lideranças. Mas, tenham meus companheiros clareza: eu não desisto! Considero meu dever com o Brasil lutar até o fim. Se for derrotado, respeito. Mas amanhã algum brasileiro mais atento dirá que alguns não se omitiram quando se quis tirar o povo da jogada."

O secretário-geral do PSB, senador Renato Casagrande (ES), minimizou as críticas de Ciro e pediu ontem para o deputado ter "um pouco mais de paciência". "Nós vamos decidir nos próximos dias sobre a candidatura. Nós compreendemos a aflição dele (Ciro), mas não é uma decisão fácil", argumentou o senador.

As lideranças do partido atribuem o texto ao temperamento explosivo de Ciro e à necessidade de pressionar os colegas de legenda à medida que a homologação das candidaturas se aproxima. "O Ciro é um craque. E quem joga com craques no time precisa aprender a acomodá-los", amenizou o deputado Márcio França, presidente do PSB em São Paulo.

O artigo, contudo, poderá causar ainda mais danos a uma pretensão presidencial já bastante ameaçada. Políticos do PSB julgaram que Ciro adotou um "tom messiânico" que "atrapalha mais que ajuda".

Líderes ressaltam que as avaliações de Ciro têm se mostrado falhas. A princípio, ele teria apostado na estagnação de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas e depois na saída de José Serra (PSDB) da disputa. Ambas as previsões falharam.

Os socialistas afirmam ainda que é impossível decidir sobre a candidatura de Ciro sem "discutir a questão" com o presidente Lula. Parte do partido é favorável ao lançamento da candidatura presidencial do deputado, mas outra parcela significativa é contra e quer fechar uma aliança formal em torno da candidatura da petista Dilma Rousseff.

"Uma candidatura própria tem aspectos positivos, com uma exposição nacional do partido", disse o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF). "Mas uma candidatura própria isolada, com poucos apoios políticos, pode ter consequências negativas nos Estados."

Pressão. Ao pôr o PSB contra a parede, Ciro faz um desabafo sobre sua situação política. "Jamais imaginei, após 30 anos de vida pública, viver uma situação política como a em que me encontro. A pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias que formalizam as candidaturas às eleições gerais de 2010, não consigo entender o que quer de mim o meu partido", disse o deputado. As convenções para definir os candidatos nas eleições de outubro vão do dia 10 a 30 de junho.

No artigo, Ciro criticou novamente a aliança do PT com o PMDB. "E estas transas tenebrosas de PT com PMDB é o melhor que nossa política pode oferecer como exemplo de prática aos nossos jovens?", indagou.

Recriminou ainda o caráter plebiscitário dado à corrida presidencial, com as candidaturas de Dilma e Serra. Lembrou que os partidos que lançaram candidatos próprios cresceram, enquanto os que ficaram a reboque de outras legendas "definharam".

Para Ciro, a retirada de sua candidatura não é boa para o País. "A quem interessa tirar do povo as opções que no passado recente permitiram a um sindicalista chegar à Presidência? A história acabou? Não há mais o que criticar ou discutir? Oito de Lula, quatro de Dilma, mais oito de Lula é o melhor que podemos construir para o futuro de nosso País?"

PARA ENTENDER
Escolha da chapa será em junho

Os partidos políticos e coligações têm de 10 a 30 de junho, de acordo com a Justiça Eleitoral, para realizar convenções internas para definição dos candidatos que vão compor a chapa. Este ano, estarão em disputa os cargos de presidente e vice, governadores e vices, senador e deputados federal e estadual. Depois disso, têm prazo de 5 dias para registrar as candidaturas no TSE. A partir de 6 de julho, é permitida propaganda eleitoral.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100416/not_imp539113,0.php

Serra:"Não necessariamente o sucessor replica o antecessor"

Coreio Braziliense

Em entrevista a uma rádio de São Paulo, o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, buscou criar um vínculo entre uma situação ocorrida em São Paulo em meados da década de 1990 com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto. Ao citar como exemplo a eleição de Celso Pitta em 1996, morto no ano passado, para prefeito de São Paulo, com o engajamento de Paulo Maluf na campanha, Serra disse: “Não necessariamente o sucessor replica o antecessor, mesmo se tiver sido apoiado por ele. Pode acontecer e pode não acontecer.”

“Maluf estava bem avaliado e bancou Pitta. Pitta foi diferente de Maluf. Foi outra coisa”, completou. Durante a entrevista, Serra manteve a postura de criticar o presidente Lula, mas agiu exatamente como em Salvador na quarta-feira: apontou as deficiências do país em infraestrutura, prevenção de tragédias, tributos e a falta de segurança. “Nos últimos 25 anos, o Brasil avançou. Lula também colocou muita coisa por diante. Sou de acordo com ele de que devemos dar os créditos a quem fez. E podemos fazer mais.”

Para Serra, a abordagem do passado durante a campanha presidencial deve ficar restrita ao currículo de cada candidato ao Palácio do Planalto. “Não procurei me descolar de Fernando Henrique Cardoso. Fui ministro da Saúde convidado por ele. Eu posso discutir o que eu fiz”, comentou. “Lula não é candidato, assim como não são os ex-presidentes (Fernando) Collor (atual senador pelo PTB de Alagoas), (José) Sarney (atual presidente do Congresso), Itamar Franco e Fernando Henrique. Discutir quem não é candidato não faz muito sentido”, emendou.

Viagem a Minas
Depois de passar pela capital baiana na última quarta-feira, Serra se prepara agora para ir até Belo Horizonte, na próxima segunda-feira. Haverá um ato político com a participação do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB), possível candidato ao Senado nas próximas eleições. A expectativa é de que 300 pessoas participem do evento.

O evento vai marcar ainda a entrega a Serra de um plano de ação com foco em Minas. A ideia é que o documento, em fase final de elaboração, integre o programa de governo do presidenciável. Entre os pedidos dos mineiros estão obras viárias e a revitalização do Rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra.

INVESTIGAÇÕES ABERTA NO TSE
» O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Joelson Dias, acatou pedido do PSDB para investigar a pesquisa Sensus divulgada na terça-feira que mostra empate técnico entre o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff. O pedido foi fundamentado sobre a polêmica em torno do financiamento do levantamento. Primeiro o instituto informou ter sido contratado pelo Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias (Sindecrep). A entidade negou e o Sensus corrigiu a informação alegando que o contratante era o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapa). Outra reclamação está centrada no prazo de divulgação do levantamento.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/16/politica,i=186552/SERRA+NAO+NECESSARIAMENTE+O+SUCESSOR+REPLICA+O+ANTECESSOR.shtml

Marina descarta levantar bandeiras

Após a polêmica com o movimento gay, candidata do PV à Presidência pretende ficar longe de qualquer imagem de grupos de base social durante a campanha

Correio Braziliense - Tiago Pariz

Depois de ser acusada de esconder a bandeira do movimento gay num ato favorável à sua candidatura, a presidenciável pelo PV, Marina Silva, descartou levantar a flâmula de qualquer grupo de base social durante a campanha. Para minimizar a polêmica, a senadora saiu pela tangente dizendo reconhecer a legitimidade das reivindicações, mas negou empunhar ou posar para fotos ao lado da bandeira “arco-íris”.

Marina justificou sua posição ao afirmar que não levantará sequer a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do qual se considera uma aliada. Essa posição na campanha contrasta com a imagem que ela mantinha quando era ministra do Meio Ambiente (leia abaixo). “Posso ser aliada de movimentos, mas não sou o movimento em si”, afirmou em Sorocaba (SP).

Com a polêmica instalada, os estrategistas de sua campanha preferiram se agarrar ao lado positivo do episódio, lembrando que se abriu a oportunidade para ela esclarecer o que pensa sobre o movimento de direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT). Evangélica criada no movimento de base da Igreja Católica no meio do seringal, Marina Silva tem posição conservadora em relação ao grupo. É contra o casamento de pessoas do mesmo sexo . Em seu blog na Internet, Marina disse: “O Estado deve assegurar a todos — sem distinção — igualdade. As políticas públicas, democraticamente aprovadas pelo Parlamento, e implementadas pelo governo, devem atender a todos”. A pré-candidata disse que o tema da união trata-se de uma questão de consciência por isso não vai abraçá-la. “Quando se trata de sacramento, reivindico minhas questões de consciência como no caso do aborto”, afirmou.

A polêmica com os gays começou quando em ato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marina evitou posar com a bandeira arco-íris depois de ser presenteada pelo vereador de Alfenas (MG), Sander Simaglio (PV), presidente da Comissão de Direitos Humanos de Câmara da cidade mineira. Em mensagem difundida na rede mundial de computadores, o vereador disse que a senadora escondeu a bandeira após demonstrar espanto com o presente.

Internet
Em seu blog, Marina disse que tratou a oferta como todos os presentes e a repassou para um assessor. “Como fiz com tantas outras lembranças que me foram dadas naquele dia — livros, artesanatos e flores —, passei a oferta do vereador para a minha assessoria. Então nos abraçamos, nos despedimos, e não notei nenhum desapontamento de sua parte”, escreveu Marina, que negou a reação negativa ao receber a bandeira. A avaliação entre integrantes da campanha do PT é que o episódio não trará adversidades à Marina Silva.

Como seus adversários, Marina fez ontem a estreia em uma rede de interação social da internet. Disse que pretende usar o Twitter como uma tribuna política e não para a promoção marqueteira eleitoral. Ela aproveitou para afirmar que já está seguindo Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Ciro Gomes (PSB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSol).

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/16/politica,i=186548/MARINA+DESCARTA+LEVANTAR+BANDEIRAS.shtml

PT e do PMDB acordam que prévias petistas vão indicar quem será o candidato ao Senado na chapa de Hélio Costa

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

Numa reunião na casa do presidente da Câmara, Michel Temer, os comandos do PT e do PMDB recorreram ao velho jeitinho brasileiro para evitar um racha definitivo entre os dois partidos em Minas Gerais: a prévia que deveria escolher o candidato do PT a governador do estado está mantida, mas a cúpula do partido acertou que não será mais para fechar o nome para disputar o Palácio da Liberdade. Indicará apenas aquele que será apresentado para a vaga do Senado na chapa do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, candidato do PMDB para o governo de Minas.

O acordo entre os dois partidos só tem um obstáculo: ninguém acredita que dará certo. Tanto PT quanto PMDB consideram muito difícil que o ex-ministro do Desenvolvimento Patrus Ananias ou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel recuem da candidatura depois da prévia, marcada para 2 de maio. A avaliação dos petistas mineiros, feita nos bastidores, é a de que escolhido o candidato, acabou. O PT não recuará de ter um nome seu na disputa pelo governo de Minas Gerais.

Da parte do PMDB, a avaliação é a mesma. Ainda que os presidentes do PT, José Eduardo Dutra, e do PMDB, Michel Temer, tenham combinado uma declaração conjunta logo depois da prévia para afirmar a chapa única entre os dois partidos em Minas, o risco do acordo fracassar não está afastado. E até que a situação esteja mais clara, a ideia dos partidos é manter Dilma longe de Minas.

O encontro entre petistas e peemedebistas reuniu, além de Temer e Dutra, os petistas José Eduardo Cardozo (SP); o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci; o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e o líder do governo, Cândido Vaccarezza. Da parte do PMDB, participaram ainda os líderes na Câmara, Henrique Eduardo Alves; no Senado, Renan Calheiros; o do governo no Senado, Romero Jucá, o senador Valdir Raupp e os deputados Eunício Oliveira (CE) e Eduardo Cunha (RJ). Nas mais de três horas em que ficaram na casa de Temer, a discussão se deu em torno de Minas Gerais, onde, o fracasso de um acordo põe em risco a aliança nacional entre os dois partidos. “Há duas saídas: ou o casamento sai no acordo, ou na polícia, E não dá para casar na polícia”, definiu o deputado Eduardo Cunha, durante a reunião.

Bahia

Os demais 14 estados onde existem problemas entre PT e PMDB ficaram de ser tratados depois. No caso da Bahia, entretanto, os comandos partidários querem acertar um pacto de não agressão entre o governador candidato à reeleição, Jaques Wagner, e o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), que também vai concorrer ao governo baiano. Os partidos ficaram preocupados com a intenção de Geddel de polemizar com o governo estadual. A intenção deles é que Geddel bata no ex-governador Paulo Souto (DEM) e deixe Wagner de lado. Ocorre que o PMDB baiano sabe que só estará no segundo turno se conseguir tirar votos do PT e não dos herdeiros de Antonio Carlos Magalhães, que agora terão o apoio do PSDB e do PPS.

No caso do Pará, outro estado em que PT e PMDB não se entendem, a perspectiva também é a de que Dilma Rousseff terá que se conformar com dois palanques. Há problemas ainda no Rio Grande do Sul, para onde Dilma viajou ontem. A agenda da ministra será definida pelos partidos na próxima segunda-feira. Por ordem do presidente Lula, conforme antecipou o Correio na terça-feira, haverá uma reunião com os líderes dos partidos aliados para definir as viagens nesse período de pré-campanha. O local escolhido foi a casa do deputado Eunício Oliveira, candidato do Senado pelo PMDB do Ceará.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/16/politica,i=186546/PT+E+DO+PMDB+ACORDAM+QUE+PREVIAS+PETISTAS+VAO+INDICAR+QUEM+SERA+O+CANDIDATO+AO+SENADO+NA+CHAPA+DE+HELIO+COSTA.shtml

Software usado por Obama classificará militância pró-Dilma

Folha

FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília

A operação do PT na internet a favor de Dilma Rousseff começou nesta semana com o recadastramento de milhares de filiados ao partido em todo o Brasil. Quando o banco de dados estiver pronto, a expectativa é contar com até 200 mil ativistas trabalhando no dia a dia da campanha, segundo Marcelo Branco, um dos coordenadores das ações petistas na web.

Mas o principal será a complexa tecnologia usada no manejo dessa militância virtual. "A ideia é identificar cada um dos internautas de maneira diferenciada", diz Danielle Fonteles, proprietária da Pepper Interativa, contratada pelo PT para a campanha de Dilma.

Além de identificar os militantes segundo parâmetros socioeconômicos, um programa de computador da norte-americana Blue State Digital permitirá qualificar os simpatizantes.

"Quando um militante cadastrado nos autorizar a enviar e-mails, será possível saber como ele se comporta e o grau de engajamento. Primeiro, se ele abriu o e-mail e se clicou no endereço ali anotado. Em seguida, se esse internauta encaminhou a mensagem para amigos. E se essas pessoas receberam o arquivo, se clicaram no link", explica Danielle.

O programa da Blue State Digital foi usado na campanha de Barack Obama, eleito presidente dos EUA em 2008. Todas as vezes que um militante registrado protagoniza alguma ação, ganha pontos nos computadores da campanha de Dilma. "É como um sistema de fidelização", afirma Danielle.

Depois de algum tempo de implantado esse modelo de gerenciamento, o comando petista saberá quem são os militantes mais ativos. Esses voluntários terão um tratamento "vip". Receberão mensagens diferenciadas. Serão convidados a participar de reuniões com as equipes locais pró-Dilma em suas cidades. Essa foi a estratégia de Obama na web.

O comando político da campanha petista alimentará a equipe de internet de maneira constante com informações sobre as deficiências eleitorais da candidata. Por exemplo, se Dilma vai mal no Sul entre mulheres na faixa etária acima de 30 anos, o software identificará quais são os eleitores do PT nessa região dispostos a ajudar.

A Pepper Interativa terá a assessoria direta de alguns empresários do setor de internet que trabalharam na campanha de Obama. Um deles é Scott Goodstein, da Revolution Messaging, especializado em mensagens para telefones celulares. Também devem contribuir Joe Rospars e Andrew Paryze, ambos da Blue State Digital.

A contratação desses especialistas fica sob responsabilidade da Pepper. Os valores envolvidos não são revelados.
Scott Goodstein afirma ter se interessado pela campanha do PT e de Dilma por admirar o que o governo petista fez "na área social". Ele trabalhou a favor de Obama inicialmente como voluntário em 2008.

O grande desafio inicial da equipe de Dilma Rousseff é atualizar uma base de dados inconsistente de mais de 1 milhão de filiados petistas pelo Brasil. Estima-se que existam cerca de 400 mil e-mails, mas não se sabe quantos são válidos.

Ao longo das próximas semanas, serão disparados vários comunicados para esses supostos petistas pedindo que preencham um formulário com dados como nome, sexo, idade, endereço, perfil no Twitter, endereço de blog (se tiver algum), faixa de renda e escolaridade.

Até junho, na expectativa dos dilmistas, a rede de colaboradores pelo país já terá uma hierarquia, com militantes "vips" em quase todas as cidades.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721707.shtml

Em visita a Minas, José Serra buscará apoio do PTB e PP

Folha

BRENO COSTA
da Reportagem Local

A passagem de José Serra por Belo Horizonte, prevista para a próxima segunda-feira (19), além de servir como um tentativa de demonstração de força do pré-candidato no Estado considerado decisivo para a definição das eleições, também representará mais um round na batalha pela atração do PTB e PP para a chapa de Serra.

Os partidos constam, ao lado de PSDB, DEM e PPS, como promotores do encontro batizado de "Minas é Serra e Anastasia", que deve reunir cerca de 600 pessoas no Teatro Sesiminas, na capital mineira. Os presidentes das legendas deverão discursar no evento, segundo o presidente do PSDB-MG, deputado Nárcio Rodrigues.

Entre eles, está Roberto Jefferson (PTB-RJ), que já declarou seu apoio a Serra, mas ainda tenta derrubar resistências da ala pró-Dilma do partido. E, do lado do PP, o senador Francisco Dornelles (RJ), que, diante das negativas de Aécio, está na lista de cotados para assumir a vice na chapa de Serra.

Na cerimônia, o governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato à reeleição, entregará formalmente a Serra um documento batizado de "Agenda de Minas", com pontos de "contribuição" para o programa de governo do tucano.

Pela manhã, antes do evento, o tucano reúne-se com empresários na Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), entidade presidida por Robson Andrade, que, em outubro, deve assumir o comando da CNI (Confederação Nacional das Indústrias).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721591.shtml

Serra, Marina e Ciro

Folha - Kennedy Alencar

Ciente das dificuldades de enfrentar um governo popular, que articulou o fundamental apoio do PMDB ao PT na disputa presidencial, o tucano José Serra tenta dar o troco. Pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Serra faz gestos a fim de tentar assegurar o apoio de Marina Silva (PV) num eventual segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).

O tucano avalia que, numa segunda etapa, poderá ter Marina em seu palanque. Isso explica concessões no Rio de Janeiro, onde deverá dividir o palanque estadual e a formação da chapa para as duas vagas do Senado.

Mais: gente do PSDB com experiência em arrecadação de recursos tem dado conselhos a Marina e a sua equipe. Interessa a Serra viabilizar uma candidatura Marina razoavelmente sólida no primeiro turno. Para isso, são necessários recursos que o universo de financiadores não está disposto a fornecer a uma candidata que, aos olhos de hoje, não chegará ao segundo turno.

Na visão do tucano, daqui até outubro, a senadora do PV do Acre atuará mais no sentido de desgastar o PT do que o PSDB. Ele sabe que Marina tem objeções a Dilma, fruto do tempo em que ambas travaram disputa no ministério de Lula.

Titular da pasta do Meio Ambiente durante quase seis anos, Marina colecionou trombadas com Dilma, que ocupou os ministérios das Minas e Energia e a poderosa a Casa Civil. Nas entrelinhas, fica evidente certa mágoa da senadora em relação a Dilma nas disputas arbitradas por Lula.

A orientação de Serra a aliados é dar gás a Marina. Já houve gente dizendo ao PV que o tucano a considera uma ministra dos sonhos para o Meio Ambiente, caso o PSDB conquiste a Presidência da República.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/kennedyalencar/ult511u721578.shtml

TSE autoriza PSDB a fiscalizar pesquisa Sensus

Folha

DANIEL RONCAGLIA
da Reportagem Local

O ministro Joelson Dias, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), autorizou o PSDB nesta quinta-feira a fazer uma fiscalização na pesquisa do Instituto Sensus.

Pesquisa do instituto, encomendada pelo Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo), apontou anteontem empate técnico na corrida presidencial entre o tucano José Serra (32,7%) e a petista Dilma Rousseff (32,4%) -- resultado mais apertado já obtido entre os dois candidatos até agora.

"O ministro Joelson Dias determinou a entrega para o partido de toda a documentação, inclusive dos formulários utilizados na pesquisas", afirmou o advogado Ricardo Penteado, que defende o PSDB.

O pedido de fiscalização foi apresentado hoje pelo advogado. Ontem, o partido ajuizou um pedido de multa ao instituto. Segundo Penteado, o Sensus desrespeitou o prazo legal de cinco dias entre o registro da pesquisa no TSE e a divulgação dos resultados.

Nesta quinta-feira, o ministro mandou notificar o instituto para que apresente sua defesa. A reportagem ainda não conseguiu falar com representantes do instituto.

A pesquisa foi registrada inicialmente no último dia 5 em nome do Sindecrep (sindicato de trabalhadores em concessionárias de rodovias). No entanto, diz Penteado, após a Folha ter revelado que a entidade negava a encomenda ao Sensus, houve o registro, no dia 9, de um outro sindicato como autor do registro, o Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo).

A partir daí, conforme argumenta o advogado do PSDB, um novo prazo deveria ter sido contado, e a pesquisa só poderia ter sido divulgada hoje. Penteado pede multa de R$ 100 mil ao instituto.

De acordo com a sondagem, Ciro Gomes (PSB) teria 10,1%, e Marina Silva (PV), 8,1%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Segundo dados apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral, sob o registro de número 7594/2010, o levantamento foi feito entre os dias 5 e 9 de abril em 24 Estados, com 2.000 entrevistas.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721583.shtml

15 de abr. de 2010

Marqueteiro de Serra apara arestas, reduz resistências e centraliza decisões

Marcelo Diego, iG São Paulo

Terça-feira, final de tarde gelada em São Paulo. Em um escritório localizado no Itaim Bibi, região de alto poder aquisitivo da cidade, estão reunidos os presidentes do PSDB, do PPS, do DEM, além das lideranças na Câmara e no Senado dos três partidos. Todos recebem a orientação de falar uma só língua durante a campanha presidencial e evitar desgastes desnecessários. Os políticos são lembrados de que fazem parte do mesmo time. O recado é dado pelo jornalista Luiz Zinger González, que deixa claro: “Assim meu trabalho fica mais fácil”.

González, neto de espanhóis, sócio das agências GW e Lua Branca, é o marqueteiro oficial da campanha de José Serra à Presidência da República. Também irá conduzir a comunicação da candidatura de Geraldo Alckmin ao governo do Estado de São Paulo. Seu nome não era unanimidade dentro do PSDB e teve que enfrentar resistências para ser apontado chefe da área. Tenta eleger pela primeira vez um presidente da República e mostrar que pode ser vitorioso fora das fronteiras de São Paulo.

Alguns dirigentes tucanos torciam o nariz para o marqueteiro desde 2006. Atribuíam a ele parte da culpa pela derrota de Geraldo Alckmin para o presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A eleição chegou a ir para o segundo turno. Alckmin teve uma votação menor - fato inusitado - no segundo termo em comparação com o primeiro. Na ocasião, entre as vozes dissonantes, estavam a dos senadores Álvaro Dias (PR) e Sérgio Guerra (PE). O clima entre tucanos azedou mais quando González deu uma entrevista ao jornal “Valor Econômico”, reclamando da falta de apoio no segundo turno da eleição de 2006.

“Teve também a reação do Lula no segundo turno. Fez a famosa reunião no Palácio do Planalto com 17 ministros. Despachou um para cada Estado, escalou quatro para aparecer no “Bom Dia Brasil”, “Jornal Hoje”, “Jornal Nacional” e “Jornal da Globo”. Várias entrevistas do PT metendo a ripa no Alckmin e no nosso lado ninguém. O Tasso (Jereissati) estava no interior do Ceará, o Sérgio Guerra em Pernambuco, o César Maia sumiu. Consegui o Heráclito Fortes para dar uma coletiva”, declarou o marqueteiro, na ocasião.

As declarações causaram incômodo e reação. Lideranças tucanas disseram que o marqueteiro tinha uma visão apenas de São Paulo e que lhe faltava traquejo para entender as diferenças regionais do Brasil. Setores do PSDB chegaram a sugerir que o comando da campanha presidencial de 2010 ficasse nas mãos do publicitário Duda Mendonça, que conduziu Lula a vitória em 2002.

Quem bancou González foi Serra. Ambos estabeleceram uma relação de parceria e amizade desde 2004. Quem promoveu a reunião entre os dois foi outro tucano, Geraldo Alckmin, que o tinha como uma espécie de guru. Serra estava desgastado após ter brigado com Nizan Guanaes durante a campanha presidencial de 2002. Ouviu de Alckmin que González era um “craque”.

Semelhanças

A campanha de 2004 guarda, salvadas as devidas proporções, características semelhantes à disputa de 2010. Serra estava na oposição, enfrentava uma candidata do PT - Marta Suplicy -, com bons índices de popularidade e amparada por programas sociais de boa aceitação popular, como o CEU (Centro Educacional Unificado) e o Bilhete Único. A campanha foi centrada em uma grande mensagem: Serra é mais experiente, vai manter os programas e ainda conseguirá melhorá-los. Durante a campanha, Serra adotou uma nova postura. Evitou confrontos diretos, não respondeu a ataques e acusações. Saiu vencedor.

Renovou a parceira em 2006, quando foi candidato a governador. Participou da decisão que bateu o martelo no nome de González para comandar a campanha de Gilberto Kassab (DEM) à Prefeitura de São Paulo em 2008. Havia uma razão para isso. Durante a campanha de 2002, Serra se afastou do antigo PFL, agora DEM. O partido o acusava de ter implodido a pré-campanha de Roseana Sarney à Presidência. Ela foi abatida quando uma operação da Polícia Federal descobriu R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo em uma das empresas ligadas a ela. Para poder pensar em voltar a ser um candidato competitivo à Presidência, Serra precisaria ter o DEM de volta ao seu lado. Isso passaria por fazer de seu antigo vice Kassab o prefeito eleito de São Paulo. González foi para a empreitada deixando de lado o antigo aliado Geraldo Alckmin. O democrata foi reeleito.

A dupla será refeita agora, tanto na campanha para o governo de São Paulo quanto na da Presidência. Essa foi também uma condição negociada por Serra, para não haver atritos entre as linhas gerais de comunicação das duas candidaturas.

Aversão aos holofotes

González terá de conciliar as duas agendas. Pouco afeito, segundo pessoas que trabalham com ele, com descentralização, costuma trabalhar quase 20 horas no auge da campanha. Não gosta de dar entrevistas, muito menos de ser fotografado. Conta com um time de profissionais de sua confiança como PC Bernades (responsável pelos programas de rádio e pelas músicas) e por Antonio Prado, o Paeco (responsável pelas pesquisas).

Participa de todas as decisões, seja dos programas de rádio e TV, aos discursos, contratação de profissionais, montagem das estruturas regionais. Ele diz que “campanha dividida é sinônimo de derrota”. Na primeira campanha que participou ao lado de Serra, um episódio tornou-se folclore. No início da gravação do programa de televisão, o tucano propôs uma alteração. Recebeu a seguinte resposta: “Fora daqui, o senhor manda, mas neste programa mando eu”. Nada foi alterado.

Sua participação na campanha presidencial só foi oficializada na semana passada. As cifras ainda são um mistério. Especula-se, nada além disso, que irá receber entre R$ 7 milhões e R$ 10 milhões - isso é faturamento, não lucro. Em campanhas presidenciais as despesas também são altas. É preciso montar uma equipe, pagar o custo da reinserção desses profissionais no mercado de trabalho, comprar equipamentos, montar complexas estruturas de apoio.

Depois da campanha, suas empresas de publicidade costumam ser contempladas com contratos dos governos. A agência alega que participa de licitações públicas. Ganha algumas, perde outras. Nega relação de causa e efeito.

Foi na condição de contratado do governo do Estado de São Paulo que ajudou o então governador José Serra com o discurso proferido no dia 30 de março no Palácio dos Bandeirantes. Ali, o tucano fez um balanço de sua gestão e terminou usando o bordão “O Brasil pode mais”. O mesmo slogan foi repetido no último sábado, quando Serra se lançou oficialmente como pré-candidato do partido à Presidência.
A mensagem já havia sido utilizada por Geraldo Alckmin em 2006 e na campanha da chapa oposicionista que ganhou as eleições para o comando do Santos Futebol Clube no ano passado (“O Santos pode mais”). Fábio González, irmão do marqueteiro, é sócio do clube, participou da chapa vitoriosa e hoje trabalha no departamento jurídico santista. Fábio diz que não participou da tomada de decisão do mote de campanha. "Até onde eu sei, foi a equipe de marketing que desenvolveu este slogan. E parece que o Alckmin já tinha citado também uma vez", disse Fábio. Ele achou toda a celeuma curiosa.

Mão na massa

Não só o slogan, mas praticamente todo o evento teve a mão do marqueteiro. Em 2006, a campanha tucana foi lançada em Minas Gerais. Desta vez, o cenário escolhido foi Brasília. Mais central, com a presença de um número maior de jornalistas, mais bem preparada para reverberar e repercutir a mensagem transmitida.

A festa partidária aconteceu em um sábado de manhã. González foi responsável por escolher as imagens que ilustravam o centro de convenções, pela montagem do palco de cerca de 30 metros de comprimento. Por sugestão dele, Serra abandonou o terno e a gravata e se apresentou de camisa social azul, com as mangas arregaçadas. Seu discurso reforçou esta imagem de homem simples, de origem humilde. O tom do discurso foi mais cordial, com poucos números, evitando ataques, mas passando mensagens. O conteúdo foi revisado inúmeras vezes, numa constante troca de mensagens entre ele e o pré-candidato.

Entre as mensagens transmitidas, a de que Serra vai manter os programas do governo Lula e até melhorá-las e a de que ele é um candidato conhecido e não uma aventura - numa alusão velada ao fato de Dilma Rousseff, postulante ao cargo pelo PT, estar disputando a sua primeira eleição.

Foi também dele a idéia de chamar a apresentadora Ana Hickmann para apresentar a cerimônia. O intuito era utilizar um rosto novo, evitando artistas consagrados. E estabelecer uma comunicação com os mais jovens. O evento custou R$ 500 mil - dos quais parte para pagar o cachê da apresentadora, contratada da Rede Record.

O evento foi considerado bem sucedido, até porque transmitiu a imagem de unidade do partido. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) chegou a ter sua participação ameaçada. No sábado, porém, entrou no palco ao lado de Serra e fez um discurso muito aplaudido pelos presentes.

O cenário também foi montado para que não houvesse constrangimento ao ex-governador Aécio Neves. O próprio González admitiu, em conversas privadas, que, se Aécio fosse o vice de Serra, também facilitaria muito o seu trabalho.

González diz que Marta saiu derrotada da eleição de 2004 porque apostou numa divisão da cidade entre ricos e pobres. Não por acaso este foi um dos temas do discurso de Serra no último sábado. “O nós contra eles não cabe numa nação”, disse o tucano.

O marqueteiro assumiu um compromisso com Serra - neste ano não haverá oscilações no discurso como em 2002. Naquela ocasião, o tucano titubeou entre defender o legado de FHC e adotar uma postura mais independente, com um discurso de mudança. “Não tenho problema com o meu passado”, diz Serra.

Para González, o primeiro passo numa campanha é a chamada “disputa pela agenda”, determinar os assuntos considerados os mais importantes. Para o marqueteiro, ou o candidato impõe a agenda ou é dominado por ela.

Em sua estratégia, a campanha de Serra pode se consolidar a partir dos seguintes passos. Primeiro, apontando como e por que o tucano é diferente de Lula e do PT, mas sem provocar a hipótese de ruptura. Depois, ressaltar sua experiência como tocador de obras, lembrando inaugurações como o Rodoanel e o Metrô de São Paulo. O terceiro passo é a comparação de biografias, chamando Dilma para uma discussão programática, evitando o clima de confronto. E por fim nacionalizar o discurso. Da cor da camisa a estratégias de campanha, González deve participar de cada um desses passos.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/15/marqueteiro+de+serra+apara+arestas+reduz+resistencias+e+centraliza+decisoes+9457720.html

Marina Silva volta a se explicar sobre bandeira gay

'Posso ser aliada de movimentos, mas não sou o movimento em si', declarou a pré-candidata

Flávia Tavares - O Estado de S.Paulo

Depois de realizar uma palestra na manhã desta quinta-feira, 15, na Faculdade de Direito de Sorocaba, a pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, deu entrevista coletiva na Câmara Municipal da cidade a respeito do o episódio ocorrido em Minas Gerais, no qual ela foi acusada de ter "escondido" uma bandeira do arco íris, símbolo do movimento gay, em evento no fim de semana na capital mineira.

Acompanhada de membros do partido e do presidente José Luiz de França Penna, Marina afirmou que "não costuma levantar bandeiras". "Posso ser aliada de movimentos, mas não sou o movimento em si", declarou. Ela também argumentou que entregou a bandeira a assessores porque acreditou que este se tratasse de um presente, e que não precisaria posar para fotos com ele.

Questionada sobre a união civil de homossexuais, Marina fez uma diferenciação entre a união de bens e o sacramento, que é o casamento. Da Câmara, ela seguiu para um encontro com empresários da região.

Na última terça-feira, 13, Marina publicou em seu blog de campanha (minhamarina.org.br) uma resposta ao vereador de Alfenas (MG), Sander Simaglio, também do Partido Verde, que a acusou de ter "escondido" a bandeira do arco íris. Simaglio, homossexual assumido e defensor do movimento LGBT, publicou um texto em blogs e sites afirmando que Marina teria ignorado seu pedido de estender a bandeira.

A pré-candidata diz "não se recordar" de ter tido qualquer diálogo com Simaglio durante o evento. Apenas tirou fotos. "De forma simpática e respeitosa, ele me passou a bandeira que retirou do bolso de seu paletó. Como fiz com tantas outras lembranças que me foram dadas naquele dia - livros, artesanatos e flores -, passei a oferta ,do vereador para a minha assessoria. Então nos abraçamos, nos despedimos, e não notei nenhum desapontamento de sua parte", relatou a senadora.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-silva-volta-a-se-explicar-sobre-bandeira-gay,538721,0.htm

Serra vai a MG e reforça apoio de Aécio a sua pré-candidatura

Tucano desembarca em Belo Horizonte na segunda-feira para participar de evento que espera presença de 300 pessoas

Carolina Freitas, de O Estado de S.Paulo

Tucanos de Minas Gerais preparam uma festa para receber em Belo Horizonte o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. O ato político, marcado para segunda-feira, 19, tenta fazer frente aos boatos de que o ex-governador de Minas Aécio Neves - preterido pelo partido para essa disputa - estaria pouco empenhado na eleição do paulista. Com um público estimado em 300 pessoas, o evento recebeu provisoriamente o nome de "Aécio aponta o caminho: Minas é Serra e Anastasia".

No Estado, segundo maior colégio eleitoral do País, Serra enfrenta o risco de voto conjunto na presidenciável do PT, Dilma Rousseff, e no candidato tucano ao governo estadual, Antônio Anastasia. A dobradinha foi apelidada de "Dilmasia". Em entrevista na semana passada, Dilma disse admitir essa possibilidade e chegou a sugerir que "Anastadilma" soaria melhor. Já Serra descartou a hipótese e disse que "Dilmasia parece nome de doença".

Coube ao fiel escudeiro de Aécio, o presidente do PSDB-MG, Narcio Rodrigues, organizar a recepção a Serra. "Vamos mostrar aos eleitores mineiros que a eleição de Serra e Anastasia ajuda Aécio", disse Rodrigues. Apesar das tentativas de tucanos paulistas, Aécio nega-se a concorrer como vice na chapa presidencial e insiste em disputar o Senado Federal.

O evento vai marcar ainda a entrega a Serra de um plano de ação com foco em Minas. A ideia é que o documento, em fase final de elaboração, integre o programa de governo do presidenciável. Entre os pedidos dos mineiros estão obras viárias e a revitalização do Rio São Francisco, que nasce no Estado.

Serra confirmou na madrugada desta quinta-feira, via Twitter, que estará em Minas Gerais na segunda-feira. Ontem, em visita à Bahia, negou que tivesse começado pelo nordeste sua pré-campanha. "Não troquei Minas por Bahia, aqui estou fazendo uma visita. Em Minas vai ser mais do que uma visita. Não há nenhum ato político organizado aqui", disse ontem em Salvador.

Serra deve aproveitar a ida ao Estado para almoçar com empresários na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). À tarde, o presidenciável é esperado em um evento sobre economia verde do aliado PPS.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-vai-a-mg-e-reforca-apoio-de-aecio-a-sua-pre-candidatura,538796,0.htm

'Teremos mais dinheiro para fazer a reforma tributária', afirma Dilma

Durante discurso, pré-candidata também defendeu que 'o Brasil precisa de desoneração fiscal'

Sandra Hahn - Agência Estado

A ex-ministra e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira, 15, que "a hora da reforma tributária chegou", durante palestra a 130 empresários na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). No discurso, também defendeu que "o Brasil precisa de desoneração fiscal", ao relembrar medidas adotadas para enfrentar a crise financeira mundial.

No contexto de combate à crise, Dilma citou que "provamos e sentimos na carne", numa referência à experiência de desoneração. "Mudou a visão de cada um de nós a respeito da importância da desoneração tributária", relacionou.

Em seu discurso, Dilma considerou fundamental a existência de um fundo de compensação aos Estados que serão afetados pela reforma tributária e defendeu que o contexto é favorável à mudança, citando as previsões de crescimento econômico. "Nós teremos mais dinheiro para poder fazer reforma tributária", analisou.

Ao abrir o evento, o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, fez elogios à ex-ministra e afirmou que "não podemos perder a chance da lição da crise para incorporar uma ampla reforma tributária como parte essencial do desenvolvimento brasileiro".

Em entrevista após a palestra, Dilma não quis avançar sobre o possível modelo da reforma. "Temos que ter noção de que não se faz isso sem muito diálogo, sem muita conversa", enfatizou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,teremos-mais-dinheiro-para-fazer-a-reforma-tributaria--afirma-dilma,538742,0.htm

Ciro cobra do PSB posição sobre candidatura à Presidência

Folha

MÁRCIO FALCÃO
da Sucursal de Brasília

Em busca de um aval do PSB para ser pré-candidato do partido à Presidência, o deputado Ciro Gomes (CE) partiu para o ataque nesta quinta-feira contra sua legenda cobrando que o partido seja "audacioso e idealista" para sustentar sua candidatura. Em mais um artigo escrito em seu site, Ciro afirma que a polarização eleitoral entre PSDB e PT é uma "briga provinciana dos políticos de São Paulo".

Ciro disse que vai respeitar a decisão do PSB, que está entre lançar candidatura própria e apoiar a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, mas vai continuar disposto a entra na corrida presidencial de outubro.

"É fato notório o mal que faz ao Brasil esta polarização amesquinhada, porém mutuamente conveniente, entre o PT e o PSDB. É a imposição ao Brasil, por um preço cada vez mais impagável, da briga provinciana dos políticos de São Paulo. Lá eles são iguais, especialmente nos defeitos. Isto definitivamente não é verdade no Brasil", disse.

O deputado afirmou que não entende a indefinição do partido. "Jamais imaginei, após trinta anos de vida Pública, viver uma situação política como a em que me encontro. A pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias que formalizam as candidaturas às eleições gerais de 2010, não consigo entender o que quer de mim o meu partido- o Partido Socialista Brasileiro", afirmou.

Segundo Ciro, as eleições não podem ser decididas por trocas fisiológicas. "Basta a ação de pressão e/ou ofertas fisiológicas sobre uma mera meia dúzia de pessoas. Assim mesmo: sobre seis pessoas fechadas e isoladas em gabinetes de Brasília ou de São Paulo pode-se hoje definir as opções todas a serem "escolhidas" pelo povo nas eleições. Isto não é, infelizmente uma hipótese. É o que está acontecendo no Brasil aqui e agora. Omitir-se sobre isto é criminoso", disse.

Na tentativa de convencer seus correligionários, Ciro afirma que alianças são impostas no segundo turno. "O sistema eleitoral prevê dois turnos por respeitar a realidade do país. Uma federação cheia de maravilhosas contradições! Uma realidade de grande fragmentação partidária, parte por sequelas de uma ordem política viciada, parte, entretanto, por expressão de muitas realidades que pedem muitos olhares sobre a vida dura de nossas maiorias. As alianças se impõem e são naturais no segundo turno", disse.

O deputado questiona no texto a quem interessa reduzir o número de candidato e critica a aliança do PT com o PMDB.

"A quem interessa tirar do povo as opções que no passado recente permitiram a um sindicalista chegar à presidência? A história acabou? Não há mais o que criticar ou discutir? Oito de Lula, quatro de Dilma, mais oito de Lula é o melhor que podemos construir pro futuro de nosso Pais? A única alternativa é voltar a turma da privataria como diz o Elio Gaspari? E estas transas tenebrosas de PT com PMDB é o melhor que nossa política pode oferecer como exemplo de prática aos nossos jovens?", questionou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721391.shtml

Dilma Rousseff diz que Brasil precisa de desoneração fiscal

Folha

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

A pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) disse nesta quinta-feira que "o Brasil precisa de desoneração fiscal" e que as administrações anteriores ao governo Lula não pensavam em política industrial. O discurso foi feito em palestra na Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre.

"Nos teremos que fazer política industrial no nosso país, algo que muitos antes de nós consideraram provas de insensatez e atraso", afirmou Dilma.

"Estagnação e desigualdade nos desafiaram ao longo de décadas numa espécie de enigma de uma esfinge perversa: ou decifra ou eu te devoro. E fomos de certa forma sendo derrubados todos. Não fisicamente, mas em nossos sonhos", disse ela na palestra, referindo-se ao período anterior ao governo Lula.

A ex-ministra acrescentou ainda que "desenvolver o país sem comprometer a estabilidade foi o grande desafio que tivemos que responder". "Não foi trivial. As apostas eram que a gente não ia conseguir. Nós vencemos a esfinge."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u721382.shtml

PMDB e PT fecham acordo para lançar candidato único em Minas

Folha

MÁRCIO FALCÃO
RANIER BRAGON
da Sucursal de Brasília

Sem levar em conta a disputa entre os petistas mineiros, líderes do PMDB e PT fecharam um acordo para que os dois partidos lancem um único candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições deste ano. O arranjo é para evitar que um racha entre os partidos prejudique o palanque no Estado da pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, e fortaleça a candidaturas da oposição no segundo maior colégio eleitoral do país.

Segundo o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccareza (SP), o candidato ao governo de Minas deve ser anunciado até o dia 9 de maio. "Nós decidimos que ficaremos todos juntos em Minas. Será um único palanque, um único candidato da base ao governo", disse.

A expectativa é de que o senador e ex-ministro Hélio Costa (PMDB-MG) seja o candidato e um petista seja indicado para a vaga ao Senado. Lideres do PT e do PMDB avaliam que seria muito difícil convencer um petista a ficar com a vice de Costa.

O entendimento foi fechado na noite de ontem em um jantar na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), no qual os peemedebista pressionaram para que o PT recuasse e desistisse das prévias para escolher o candidato. Os petistas, no entanto, decidiram manter a disputa interna pela indicação para a chapa majoritária.

Vaccareza negou que o acordo tenha sido uma imposição. "O PT é um partido nacional. O PT tem tradição de decidir a situação em Minas. Não houve nada incomum", afirmou.

Os peemedebistas estavam incomodados com a movimentação dos tucanos no Estado, o ex-governador Aécio Neves e o atual Antonio Anastásia que estão em pré-campanha. Na avaliação do PMDB, a divisão em Minas Gerais poderia ser estendida a outros palanques prejudicando ainda mais a formação da aliança nacional.

"Nós fomos claros com o PT e apresentamos o cenário de que Minas tem 10% dos votos na convenção do partido que vai oficializar a aliança entre os dois partido durante a convenção em junho. Sem Minas, a situação estaria perigosa", disse.

Divisão

O PT mineiro anunciou na segunda-feira que realizará prévias para escolher o candidato que será indicado pelo partido para a chapa majoritária. Na disputa estão Patrus Ananias, ex-ministro do Desenvolvimento Social, e Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.

A inscrição de Pimentel expõe indícios de um PT rachado em Minas. A legenda busca consenso desde que Patrus insistiu em concorrer ao governo do Estado, embora a diretório nacional do PT considerasse apoiar o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB).

Pimentel, inclusive, está entre os coordenadores de campanha da ex-ministra Dilma Rousseff para a Presidência. Seu nome também é cotado a assumir algum ministério na eventual eleição da candidata petista. As prévias do partido serão no dia 2 de maio.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721349.shtml

Marina diz que não irá posar com bandeira do movimento gay

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
Enviado Especial a Sorocaba

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que não vai empunhar ou posar para fotos com a bandeira arco-íris, símbolo do movimento gay. Ela disse ter sido vítima de um mal-entendido no episódio em que o vereador Sander Simaglio do PV em Alfenas (MG) a acusou de esconder uma bandeira do movimento gay entregue por ele.

Ao comentar a polêmica, Marina disse: "Não vou levantar a bandeira (arco-íris), assim como não faço como os demais movimentos. Não costumo fazer esse tipo de coisa." Marina afirmou fazer o mesmo com o MST (Movimento dos Sem-Terra) apesar de se considerar aliada do movimento.

Evangélica, a senadora reafirmou, porém, ser contra o casamento gay religioso. "Existem políticas públicas e nenhuma pessoa pode ser discriminada. Quando se trata de sacramento reivindico minhas questões de consciência como no caso do aborto."

Em e-mail que circula na rede, Sander Simaglio afirma que Marina se recusou a estender a bandeira em ato na última sexta-feira, em Belo Horizonte. Ele relata ter viajado 800 quilômetros com o presente no bolso do paletó e se diz frustrado com a reação e o "semblante de espanto" da senadora.

"A senhora, para minha surpresa, dá um jeitinho de me abraçar com uma mão e com a outra, por baixo, esconder mais que depressa o símbolo da luta do movimento homossexual brasileiro", afirma no texto.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721331.shtml

Estratégia combina visibilidade e redução de riscos

Cenário: Daniel Bramatti - O Estado de S.Paulo

Longe do palanque fácil das máquinas de governo, José Serra e Dilma Rousseff se lançaram a uma blitz de mídia em busca de exposição até que possam formalmente fazer campanha, a partir de 6 de julho.

A escolha de programas populares como palco revela uma estratégia de redução de riscos: nesse ambiente, dificilmente eles serão submetidos a perguntas incômodas. Mesmo que não alcancem diretamente grandes audiências, terão a garantia de repercussão em todos os demais meios de comunicação.

Em janeiro, Dilma participou do programa Superpop, apresentado por Luciana Gimenez. A informação mais relevante saída dali foi a de que a então ministra da Casa Civil sabia preparar ovos mexidos. O programa foi assistido por menos de 2% dos telespectadores do horário. Mesmo assim, o encontro foi relatado em mais de 25 mil sites na internet.

A mídia regional tem alcance restrito, mas chega diretamente aos nichos de interesse dos candidatos. Não é gratuita a escolha de Salvador, Recife e João Pessoa para o início de uma ofensiva radiofônica de Serra - é no Nordeste que o tucano registra seus piores índices de intenção de voto.

Nas viagens pelo País, o presidente Lula costuma reservar tempo na agenda para entrevistas a radialistas locais. A transcrição das conversas costuma revelar baixo teor de jornalismo crítico, o que deixa o presidente à vontade para exacerbar os autoelogios. Os candidatos jamais admitirão, mas é esse ambiente que esperam encontrar.

Os riscos, ainda que reduzidos, obviamente existem. Na campanha eleitoral de 2002, quando era uma estrela em ascensão, Ciro Gomes sepultou suas chances de vencer a disputa presidencial em uma quase irrelevante entrevista para uma rádio de Salvador. Foi quando chamou de "burro" um ouvinte que, ao vivo, havia lançado uma provocação ao candidato.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100415/not_imp538541,0.php

Marina investe em entrevistas para contar sua história de vida

Pré-candidata já foi aos programas de Ratinho, Netinho e Adriane Galisteu para atrair os eleitores das classes C e D

Roberto Almeida - O Estado de S.Paulo

O esforço por conhecimento público da pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC), levou o comando de sua campanha a investir em programas populares. Foram cinco participações em que Marina pôde apresentar sua história de vida - ponto considerado crucial para conseguir identificação com o eleitorado das classes C e D.

No dia 22 de outubro do ano passado, em seus primeiros passos para expor a candidatura, Marina participou do programa Toda Sexta, de Adriane Galisteu, na TV Bandeirantes. No entanto, a junção de agenda partidária com atuação no Senado e a participação no programa de TV não tornou a candidata conhecida do eleitorado.

Maratona. Em fevereiro deste ano, após pesquisa que constatou que a senadora não era reconhecida por 31% da população, ela emplacou uma rápida maratona em programas de TV. Participou do Programa do Ratinho e do Show da Gente, do vereador e cantor Netinho de Paula (PC do B), ambos no SBT.

Em um último esforço, consolidando as classes C e D com o eleitorado cristão, Marina deu longa entrevista no programa do vereador Gabriel Chalita (PSB), replicada em todo o País pela TV Canção Nova.

No domingo, a senadora realizou seu primeiro encontro com o cineasta James Cameron, do blockbuster Avatar. Em uma conversa de 40 minutos, a pré-candidata do PV garantiu ter conseguido do cineasta apoio às causas ambientais, e recebeu elogios.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100415/not_imp538545,0.php

Serra e Dilma reforçam ofensiva em programas populares de rádio e TV

Vera Rosa, Adriana Carranca, Clarissa Oliveira e Tiago Décimo - O Estado de S.Paulo

Dois meses antes de formalizar as candidaturas nas convenções partidárias, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) lançaram-se em uma agenda de viagens e entrevistas digna de quem está em plena campanha. Programas de TV populares e rádios regionais são os meios preferidos para atingir o eleitorado.

Empenhada em vestir o figurino da simpatia desde que deixou o governo, Dilma fará incursões pela televisão nos próximos dias. Na agenda da petista constam entrevistas ao Programa do Ratinho, no SBT, e ao Brasil Urgente, comandado por José Luiz Datena, na Rede Bandeirantes.

O PT está acertando com Datena uma superprodução, na qual Dilma deve entrar em um helicóptero para sobrevoar São Paulo, a maior cidade do País, justamente onde seu desempenho ainda está aquém das expectativas, segundo as pesquisas.

Foi no programa de Datena que Serra - então governador de São Paulo e hoje pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto - admitiu pela primeira vez sua entrada no páreo para concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Serra percorre, desde segunda-feira, um circuito de emissoras de rádio, a começar pela Jovem Pan e Bandnews, em São Paulo. Na terça, falou à Rádio Sociedade, em Salvador, e à Rádio Jornal, do Recife. Ontem, deu entrevistas às rádios Arapuã e Paraíba Sat, ambas em João Pessoa, e participou do programa Debate com Paulo Lopes, na paulista Capital AM. À noite, deu mais uma entrevista, à Rádio Metrópole, de Salvador.

"Esse modelo vai se repetir bastante durante a campanha", admite o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos articuladores da campanha no Nordeste. Como governador, o tucano já vinha investindo no público de baixa renda, participando dos programas de auditório mais populares da TV brasileira, entre os quais os das apresentadoras Hebe Camargo e Luciana Gimenez, além do principal concorrente de Datena, Ratinho.

Dilma também tem dado entrevistas às rádios locais por onde passa. Neste mês, falou à Itatiaia, de Belo Horizonte, e à Verdes Mares, de Fortaleza, além da Jovem Pan e da Capital, em São Paulo.

Legislação. A estratégia de buscar exposição em programas de rádio e televisão foi a maneira encontrada pelo comando da campanha petista para contornar as restrições impostas pela lei eleitoral. A avaliação do time petista é de que, diante do impedimento de pedir votos abertamente nas ruas antes do início de julho, quando a campanha começa de forma oficial, as entrevistas são a maneira mais eficiente de expor a ex-ministra da Casa Civil a uma fatia mais ampla do eleitorado.

O comando da campanha do PT avalia que a participação de Dilma em programas populares na TV - como os de Ratinho e Datena - e também em emissoras de rádio é "essencial" para a candidata estabelecer uma "comunicação direta" com o eleitor. Sob o argumento de que jornais editam as declarações de Dilma e muitas vezes "distorcem" suas palavras, a preferência dos petistas é por entrevistas ao vivo.

Desconhecimento. Além de reconhecer que Dilma está em forte desvantagem em relação a Serra quando o assunto é o conhecimento dos eleitores, como demonstram os resultados das pesquisas eleitorais, petistas admitem que Serra acertou ao admitir pela primeira vez os planos de se candidatar em entrevista a Datena, no mês passado. Dilma, por sua vez, adotou progressivamente o discurso de candidata, até formalizar sua intenção de concorrer no Congresso Nacional do PT, no fim de fevereiro.

A data da participação da petista no programa de Datena ainda não está marcada. A negociação da pré-candidata está mais avançada com o Programa do Ratinho. Ela concederia ontem, no fim da tarde, uma entrevista ao vivo. Acabou pedindo o adiamento para o dia 29, às 18 horas, alegando problemas de agenda.

Ontem em São Paulo, Dilma jantou na casa da apresentadora Ana Maria Braga, que comanda o Mais Você, um programa matinal de variedades da TV Globo.

Segundo a equipe da apresentadora, o objetivo era apenas organizar um "jantar entre amigas, sem qualquer conotação política". As duas se aproximaram na época em que Dilma, então ministra da Casa Civil, foi diagnosticada com um câncer no sistema linfático. Ana Maria Braga também lutou contra a doença em 2001.

Em rede nacional

José Serra
Depois de lançar sua candidatura, informalmente, no programa Brasil Urgente, o tucano concedeu entrevista a seis rádios. Na segunda-feira, em São Paulo, foi entrevistado pela Jovem Pan e Bandnews. Anteontem, deu entrevistas às rádios Sociedade, em Salvador, e Jornal, em Recife. Ontem, às rádios Arapuã e Paraíba Sat, em João Pessoa
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Dilma Rousseff
Na semana passada, a petista deu entrevista às rádios Jovem Pan, de São Paulo, no dia 5; Itatiaia, de Belo Horizonte, no dia 7, e Capital (SP), no dia 9. Anteontem, falou à Rádio Verdes Mares, de Fortaleza. Ontem, jantou com a apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo. No dia 29, ela deve participar do Programa do Ratinho, do SBT.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100415/not_imp538530,0.php

PSB tende a fechar aliança com Dilma

Valor - Raquel Ulhôa, de Brasília

A direção do PSB deve marcar para a próxima semana reunião com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) com o objetivo de tomar uma decisão sobre sua pré-candidatura à Presidência. Embora setores do partido estejam irritados com o PT e com a ex-ministra Dilma Rousseff, a tendência dos socialistas é fazer uma aliança com a petista.

Dirigentes do PSB tiveram ontem uma conversa informal sobre o assunto. O senador Renato Casagrande (ES), secretário-geral do partido, defende pressa na decisão sobre o lançamento ou não da candidatura própria. Casagrande é defensor da tese da candidatura própria, acreditando que fortaleceria o PSB.
A maior parte da direção da legenda, no entanto, avalia que a candidatura de Ciro não se viabilizou politicamente e que o partido não tem outro caminho senão a coligação nacional com o PT. Um pré-candidato do PSB a governador admite estar "angustiado", porque a incerteza com relação à eleição nacional dificulta a costura da aliança local.

Ciro não tem ido a Brasília nem tem mantido contato com a direção do PSB. Tem ficado principalmente em Fortaleza, São Paulo ou no Rio de Janeiro, sem agenda política. A interlocutores, tem dito que vai acatar a decisão do seu partido. Não vai forçar sua aceitação como candidato.

Embora considere uma afronta a visita feita por Dilma ao Ceará, na segunda e terça-feiras, Ciro não mostra disposição de partir para o ataque contra o PT e o governo. Sua maior preocupação é com a candidatura do irmão, governador Cid Gomes (PSB), à reeleição. Não quer prejudicá-lo. Cid, no entanto, também tem problemas com o PT, partido que integra sua base aliada. Cid tem compromisso de apoiar o deputado Eunício Oliveira (PMDB) para senador. O PT lançou o ex-ministro José Pimentel para a outra vaga, mas Cid gostaria de lançar apenas um candidato em sua chapa. Seria uma forma de fazer uma aliança branca com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), candidato à reeleição.

O PT da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, não aceita essa solução. Ameaça, inclusive, romper a aliança com Cid e lançar um candidato a governador. Um nome cotado é o do ex-governador Lúcio Alcântara (PR), que teve encontro com Dilma recentemente. Cid não gostou da visita da ex-ministra ao Ceará. Chegou a telefonar para o chefe de gabinete de Lula, na véspera - de quem ouviu que Dilma não iria mais. Para sua surpresa, ela foi. O governador faltou a dois eventos com Dilma, nos quais era esperado. Ele a recebeu, mas mostrou seu desagrado com o comportamento do PT local e com o constrangimento pelo qual Ciro passa.

Quem mais protestou contra a ida de Dilma ao Ceará, enquanto Ciro ainda é pré-candidato, foi a senadora Patrícia Saboya (PDT), sua ex-mulher. "Essa hostilidade só afasta os eleitores do Ciro da candidatura da Dilma. Isso já ocorre espontaneamente, porque as pesquisas mostram que, sem Ciro, José Serra (PSDB) cresce. Essa afronta só piora a situação", disse. Para Patrícia, o comportamento de Dilma e do PT foi "uma falta de respeito e o prenúncio de um desastre. É uma campanha que não sabe respeitar os aliados".

Ciro sempre manifestou lealdade ao presidente. Transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo, a pedido de Lula, com a finalidade de deixar uma porta aberta à possibilidade de disputar o governo paulista com apoio do PT - sem nomes fortes para a eleição. O deputado foi, também, um dos mais fiéis a Lula na época do escândalo do mensalão, segundo já declarou o petista.

Mesmo assim, Lula não tem feito qualquer gesto de apreço ou prestígio ao deputado. Não há sinalização de entendimento em troca de sua desistência da candidatura presidencial. Segundo aliados, Ciro está decepcionado. O próprio deputado declarou várias vezes que, se não disputar a Presidência da República, não concorrerá a outro mandato eletivo. Pessoas próximas a Ciro acreditam que ele deve, realmente, se afastar da política.

O PSDB não alimenta qualquer expectativa de Ciro vir a apoiar Serra, tamanha é a divergência entre ambos. Os tucanos acham, no entanto, que um afastamento de Ciro da eleição nacional melhoraria a situação eleitoral de Serra no Ceará e facilitaria as alianças entre PSDB e PSB negociadas nos Estados. O PSDB deve apoiar candidatos socialistas a governador no Amazonas e na Paraíba. Há entendimentos em andamento em outros Estados.

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/6211250/psb-tende-a-fechar-alianca-com-dilma

Serra compromete-se com transposição

Valor - Cristine Prestes, de Salvador

O ex-governador José Serra (PSDB-SP), candidato tucano à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou ontem sua campanha eleitoral enfatizando a manutenção do Bolsa Família e a continuidade da transposição do Rio São Francisco em seu governo, caso seja eleito presidente da República. O tucano esteve ontem em Salvador na primeira viagem de sua agenda eleitoral após o lançamento de sua pre-candidatura às eleições deste ano.

Serra visitou ontem à tarde o Hospital Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, acompanhado de políticos do PSDB e do DEM, que compõem a base aliada dos tucanos, como o candidato ao governo da Bahia Paulo Souto, presidente estadual do partido, e o deputado federal ACM Neto. Em entrevista a jornalistas no Memorial Irmã Dulce, Serra fez questão de garantir que o principal programa social do governo Lula - o Bolsa Família - será mantido e reforçado com outras iniciativas além da transferência de renda associada à manutenção de crianças na escola, como emprego e saúde.

O tucano disse estar feliz em ver que o hospital, fruto da obra de caridade da freira Irmã Dulce, realiza implantes cocleares (chamados de "ouvido biônico") em crianças com surdez, procedimento que afirma ter incluído entre os realizados quando foi ministro da Saúde entre 1998 e 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, quando teria aumentado em 100% os repasses destinados à saúde ao Estado da Bahia. Serra afirmou que "a questão da saúde no Brasil precisa melhorar muito", pois não teria avançado nos últimos anos, principalmente no primeiro mandato de Lula. "Tenho muito respeito por José Gomes Temporão (atual ministro da Saúde), mas não depende dele", disse.

Outro programa do atual governo que, segundo Serra, será mantido é a transposição do São Francisco, que prevê a transferência de águas do rio que corta o Nordeste do país para outras bacias hidrográficas da região. "A transposição continua, mas temos que olhar outros canais onde o rio não passa e não tem água, e isso é o mais importante no que se refere à Bahia", disse. O tucano também afirmou que, além da saúde, a segurança pública precisa dar um salto de qualidade no Brasil.

A visita de Serra à Bahia ocorre em um momento de revés ao governador do Estado, Jaques Wagner (PT-BA). No domingo, o senador César Borges (PR-BA) decidiu fechar com o PMDB do candidato ao governo baiano Geddel Vieira Lima e interrompeu as negociações com o petista, que disputará a reeleição. Tucanos consideram a coligação uma vitoria, pois fortalece a candidatura de Geddel e pode levar ao segundo turno a disputa pelo governo da Bahia, onde Wagner lidera com cerca de 40% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas - o que dá chances ao candidato aliado Paulo Souto. A decisão de Borges também é avaliada pelos tucanos como um aumento do conflito na campanha de Dilma Roussef, candidata petista à Presidência, que terá dois palanques na Bahia - de Wagner e de Geddel, por conta da aliança nacional entre PT e PMDB.

Serra disse ainda que a campanha eleitoral só começará de fato depois da Copa do Mundo, já que a homologação das candidaturas será feita apenas em junho. Em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador, Serra garantiu que a campanha será de alto nível e ocorrerá no campo das ideias, e que não tem nenhum problema em reconhecer feitos do atual governo, como no caso do Rodoanel, "a maior obra viária pública do Brasil", inaugurada no fim de março por ele e que foi concluída com a ajuda do governo federal, que entrou com 24% dos recursos investidos.

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/6211251/serra-comprometese-com-transposicao

Dilma diz que Serra não a assusta e nega

Candidata petista afirma que candidatura Ciro Gomes não “tira o sono” do PT

Do R7

A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou na última quarta-feira que toda a experiência eleitoral e administrativa do ex-governador José Serra (PSDB), seu principal rival nestas eleições, não a assusta. Em entrevista exclusiva à TV Cidade - afiliada da TV Record no Ceará -, ela negou que sua campanha seja milionária e voltou a rasgar elogios ao deputado federal Ciro Gomes (CE), possível candidato do PSB à Presidência.

De acordo com a ex-ministra-chefe da Casa Civil, ela não se assusta com a experiência política de Serra, a quem chamou de “adversário respeitável”:

- A mim não assusta nem um pouco.

Ela preferiu não comemorar o empate técnico com o tucano apontado na pesquisa eleitoral do Instituto Sensus divulgada na última terça-feira. Ela disse que se trata “de um retrato de momento”, e que só a eleição dirá quem os brasileiros realmente preferem.

Questionada sobre as cifras de sua campanha, Dilma negou que ela seja milionária:

- Nós não temos uma campanha milionária e eu acho engraçadíssimo porque os nossos gastos são tratados de uma forma diferente de todos os outros pré-candidatos.

Para exemplificar, ela negou a contratação do marketeiro que ajudou o presidente norte-americano Barack Obama a se eleger nos Estados Unidos. Ela reafirmou a colaboração de João Santana, o mesmo que trabalhou nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma também comentou a possível candidatura presidencial de Ciro. Para ela, o deputado não é um inimigo político, mas um aliado cuja candidatura “não tira o sono” dos petistas.

- O Ciro, sem dúvida nenhuma, é um excepcional candidato à Presidência da República.

Sobre sua fama de durona, a ministra desconversou ao dizer que agora tenta manter uma postura “zen”.

veja o vídeo

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/dilma-diz-que-serra-nao-a-assusta-e-nega-que-campanha-do-pt-seja-milionaria-20100415.html

Escolha de candidato divide PSOL em dois

Correio Braziliense - Josie Jeronimo


A definição do nome do candidato do partido na corrida presidencial provocou uma cisão no PSol, e parte da legenda se prepara para convocar um congresso extraordinário a fim de eleger novos líderes, o que pode até mesmo motivar a criação de outra sigla. A ala do PSol que é simpática à senadora Marina Silva %u2014 pré-candidata do PV na disputa pelo Palácio do Planalto %u2014 acusa um setor do partido de tentar servir de %u201Cforça auxiliar%u201D à petista Dilma Rousseff, concorrente de Marina, ao escolher o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio para representar os socialistas na corrida presidencial.

Segundo aliados da ex-senadora, o Diretório Nacional do partido fez uma manobra para tirar delegados favoráveis a Martiniano Cavalcante e Plínio foi escolhido por 89 votos. O grupo da ex-senadora Heloisa Helena garante ter 91. Agora, a corrente que defendia o nome de Martiniano deixou claro que não se esforçará para pedir votos a Plínio Sampaio. Além de negar apoio ao ex-deputado, a ala de Heloisa Helena e da deputada Luciana Genro saiu da conferência que indicou Sampaio exigindo a realização de congresso extraordinário para eleger nova direção do PSol.

Com o imbróglio, líderes do partido afirmam que de um eventual congresso extraordinário pode nascer até mesmo outra legenda. A tendência seria a manutenção de Heloisa Helena e de seus aliados à frente do PSol e a saída dos insatisfeitos.

A briga dividiu até mesmo o portal do partido na internet. Desde o fim de março, a executiva nacional do PSol tem dois endereços virtuais. Um é alimentado pelos aliados de Plínio Sampaio e o outro é comandado por Heloisa Helena, detentora do domínio oficial da sigla.

Candidatura vencida na conferência, Martiniano Cavalcante afirma que não vai fazer %u201Ccampanha contra%u201D, mas diz que a missão de reunir a militância agora é de Plínio. %u201CIsso é um problema dele. Quem fez intervenção nos diretórios, quem ganhou no tapetão é quem tem que resolver. Não vou fazer campanha contra o Plínio, mas não podemos ser uma força auxiliar da Dilma.%u201D

Já o pré-candidato formal do PSol tenta mostrar tranquilidade e aposta que o tempo aplacará a ira de Heloisa Helena e de Martiniano. %u201CToda disputa tem alfinetada. O Martiniano ainda está bravo, mas não vai fazer nenhum questionamento judicial. Vou procurar a Heloisa Helena. Deixa ela ficar brava uns dias.%u201D

Panos quentes

Escalado para tentar reunir o partido, o deputado Chico Alencar (RJ) aposta no bom senso dos colegas para superar o momento delicado. De acordo com ele, a polêmica dos delegados impugnados envolve apenas 13 dos 166 representantes do partido. O deputado explicou que a impugnação aconteceu porque pessoas não filiadas tentavam votar na conferência. %u201CVamos superar esse momento%u201D, disse.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/15/politica,i=186319/ESCOLHA+DE+CANDIDATO+DIVIDE+PSOL+EM+DOIS.shtml

Partidos nanicos com candidatos à Presidência querem é projeção para eleger deputados

Correio Braziliense - Ivan Iunes

Com o binóculo focado na eleição de deputados estaduais e federais, nove partidos nanicos %u2014 que reúnem menos de 3% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas eleitorais %u2014 devem apresentar postulantes à Presidência da República nas eleições de outubro. Mesmo com pouca ou nenhuma chance de vitória, a maioria dessas legendas escolherá um nome para concorrer ao Palácio do Planalto de olho em aumentar a representatividade política nos estados. Outra parcela investirá no anúncio de candidaturas nacionais com o intuito de difundir bandeiras de cunho ideológico.

A lista de propostas dessas siglas vai do combate ao imperialismo à construção de aerotrens, passando pela difusão da felicidade como solução para os problemas nacionais. Embora descartada por grande parte do eleitorado, a soma dessas proposições pode ser decisiva para levar a eleição para o segundo turno. Em 2006, por exemplo, significaram quase 3% dos votos válidos, mas houve pleitos em que a votação nos partidos considerados inexpressivos chegou a 5,5%.

Este ano, o bloco dos nanicos pode ser dividido entre os que apresentam projetos de modernização e os que almejam uma profunda modificação do Estado brasileiro. Do primeiro grupo, devem concorrer em outubro José Maria Eymael (PSDC), Mário de Oliveira (PTdoB), Oscar Silva (PHS), Américo de Souza (PSL) e Levy Fidélix (PRTB). A parcela dos ideológicos tem como representantes Rui Pimenta (PCO), Zé Maria (PSTU), Ivan Pinheiro (PCB) e Plínio Sampaio (PSol).

Na tentativa de atrair eleitores, muitos desses pré-candidatos têm planos ousados para o Brasil caso cheguem à Presidência da República %u2014 mesmo que algumas dessas metas possam soar inusitadas. José Maria Eymael, por exemplo, quer pautar seu programa de governo à construção da %u201Cfelicidade%u201D. Segundo o ex-deputado constituinte, um futuro governo do PSDC traria ferramentas para colocar o Estado a serviço do cidadão. %u201CÉ tanta coisa que você quer e precisa, que só uma palavra resume tudo: felicidade%u201D, aponta Eymael. Com a projeção de seu pré-candidato nacionalmente, o PSDC pretende eleger pelo menos 10 deputados federais.

Outra proposta irreverente é de Levy Fidélix, que pretende implantar o aerotrem em grandes centros urbanos do país. A ideia é resolver os problemas de trânsito nas grandes cidades brasileiras com a adoção de veículos semelhantes aos metrôs de superfície. Com essa mesma bandeira, Fidélix perdeu oito eleições, incluindo pleitos para governador, para vereador e para deputado federal. Agora, tenta a sorte com a Presidência.

Conservadorismo
Candidato nanico mais bem colocado na pesquisa do Datafolha divulgada em abril, com 1% das intenções de voto, o advogado Mário de Oliveira anuncia que trará a modernidade da iniciativa privada para os escritórios da Esplanada dos Ministérios. As propostas de rejuvenescimento, entretanto, incluem ideias conservadoras, como a desregulamentação da economia, a abertura do mercado de planos de saúde às empresas estrangeiras e o combate severo à corrupção. %u201CPrecisamos exterminar esse cancro que assola o país e consideramos importantíssimo estabelecer autoridade e valores morais%u201D, defende.

No bloco dos ideológicos, as principais propostas de campanha colocariam de ponta-cabeça boa parte do modelo econômico brasileiro. PCO, PSTU e PCB apresentam programas de combate ao imperialismo mundial, empunham bandeiras de libertação da classe operária e flertam com antigas correntes do comunismo. Entre as propostas, há índices pujantes de reajuste do salário mínimo, calote da dívida pública e até a criação da 5ª Internacional Socialista para combater o capitalismo %u2014 ideia difundida pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. Embora menos extremista, o PSol apresenta teses similares, também de forte cunho ideológico.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/15/politica,i=186317/PARTIDOS+NANICOS+COM+CANDIDATOS+A+PRESIDENCIA+QUEREM+E+PROJECAO+PARA+ELEGER+DEPUTADOS.shtml

Serra defende áreas estratégicas da sua proposta de governo em passagem por Salvador

Correio Braziliense - Alana Rizzo


Com números sobre segurança pública, saúde e desemprego na ponta da língua, José Serra, pré-candidato à Presidência da República, defendeu as áreas estratégicas da sua proposta de governo durante a passagem pela capital baiana. Mas engana-se quem pensa que o ex-governador de São Paulo, conhecido pela seriedade, tenha se atado aos números. Bem-humorado, logo que chegou ao hospital da Irmã Dulce, pegou um microfone e cantou: %u201CAtire a primeira pedra, Iaiá. Aquele que não sofreu de amor%u201D, acompanhado de um grupo de pacientes. Não desafinou. %u201CConheço todas do Ataulfo Alves.%u201D Pediram mais. Dessa vez, era Help, dos Beatles. %u201CEssa eu não sei a letra%u201D, disse o ex-governador de São Paulo. Ainda assim, arriscou uns versos. No hospital, visitou a pediatria, o centro de recuperação para portadores de deficiência e o ambulatório.

Para os baianos, vale a máxima de que ganha votos quem reverencia irmã Dulce. %u201CNão dá sorte. Ela é a sorte%u201D, ressaltou o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA). Em 2002, Serra também passou pelas obras socais da irmã. A freira era muito ligada a Antônio Carlos Magalhães, que chegou a proibir a passagem dos trios elétricos na porta do hospital enquanto a irmã estava doente. Ela morreu em 1992 e sua obra filantrópica é a maior do país na área de saúde.

Implantes
Serra conversou com os pacientes, abraçou funcionárias e distribuiu sorrisos. Também fez questão de ressaltar %u2014 a todo momento %u2014 seu desempenho como ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso, quando começou a realização de implante oclear na rede pública de saúde. %u201CAgora que sei que foi ele, vou votar nele%u201D, disse Tatiane Silvestre, 26 anos, mãe de Enrico, 3 anos. Já ao encontrar uma grávida, com outros dois filhos pequenos ao lado, Serra disse brincando: %u201CAgora vai encerrar, né?%u201D. Andrea Alves, de 28 anos, não conhecia o ex-governador de São Paulo, que já foi candidato à Presidência, mas concordou. A amiga Nivalda Sena, de 30, o reconheceu. %u201CÉ o Serra. Foi ministro da Saúde. Ele é muito mais bonito pessoalmente%u201D, disse. %u201CMe lembrou aquele carequinha que morreu num acidente de helicóptero e nunca encontraram o corpo%u201D, completou, em referência a Ulysses Guimarães. Vaidoso, os amigos disseram que Serra não iria gostar da comparação. Com 68 anos, o tucano comentou ontem %u2014 orgulhoso %u2014 que disseram que ele parecia ser bem mais novo.

Com uma calça clara e camisa azul, José Serra enfrentou um temporal na cidade. Mas disse estar acostumado com a combinação de chuva e trânsito. Do hospital seguiu para o Mercado Modelo, também na Cidade Baixa. Tirou fotos com as baianas, ganhou presentes típicos e até uma camisa do Palmeiras, o time do coração. %u201CVai dar sorte%u201D, garantiu o tucano. Durante a passagem pela capital, ele também colocou duas fitinhas do Senhor do Bonfim no braço. %u201CEsse modelo vai se repetir bastante durante a campanha%u201D, admite o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos articuladores da campanha no Nordeste. %u201CVamos fazer algo mais ágil, que mostre contato com a sociedade.%u201D

REPRESENTAÇÃO CONTRA INSTITUTO
O PSDB entrou ontem com uma representação contra o Instituto Sensus, que divulgou na terça-feira pesquisa de intenção de votos para presidente da República, no Tribunal Superior Eleitoral. O levantamento, a pedido do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapav), mostrou que José Serra e Dilma Rousseff estão tecnicamente empatados, com 32,7% para o tucano e 32,4% para a petista. Na representação, o PSDB alega que o instituto descumpriu o prazo estipulado por lei para divulgação do resultado da pesquisa. A legislação determina que o resultado seja divulgado cinco dias depois da inscrição da pesquisa no TSE. O Sensus inscreveu o levantamento em 5 de abril, mas quatro dias depois alterou os dados. Ou seja, com isso, na avaliação do PSDB, a pesquisa só poderia ter sido divulgada ontem, dia 14.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/15/politica,i=186309/SERRA+DEFENDE+AREAS+ESTRATEGICAS+DA+SUA+PROPOSTA+DE+GOVERNO+EM+PASSAGEM+POR+SALVADOR.shtml

Em visita antecipada, Serra percorre pontos turísticos de Salvador e evita críticas ao governo federal

Correio Braziliense - Alana Rizzo

O pré-candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB), desembarcou na capital baiana disposto a estreitar os laços com o Nordeste. Inicialmente, o tucano começaria a corrida eleitoral por Minas Gerais, na próxima segunda-feira. Mas o cenário embolado(1) das eleições atraiu o ex-governador de São Paulo, que antecipou a visita à Bahia, o quarto colégio eleitoral do país. Ao lado de Paulo Souto (DEM), candidato ao Palácio de Ondina, Serra evitou o confronto com o atual governo federal, elogiando a política econômica e de transferência de renda, e ainda garantiu a continuidade de programas como o Bolsa Família, principal arma dos petistas na corrida eleitoral.

%u201CO tema dessa eleição não vai ser nem o presente nem o passado. Vai ser o futuro: quem é que pode continuar tocando bem o Brasil para a frente%u201D, disse, em seu primeiro ato público. Mantendo o discurso de apresentação da sua candidatura no último sábado %u2014 de que o Brasil pode mais %u2014, Serra citou as áreas de saúde, segurança e emprego como as mais frágeis. Questionado sobre a existência de coisas boas no atual governo, Serra citou o enfrentamento %u201Cágil%u201D da crise econômica e a consolidação de áreas de transferência de renda e auxílio.

%u201CNo Bolsa Família, (o governo) foi um avanço. Aliás, na minha perspectiva, deve ser reforçada.%u201D O temporal que atingiu Salvador no fim do dia, alagando ruas, transbordando córregos e congestionando o trânsito, levou Serra a atacar indiretamente o governo. %u201CA União tem que organizar no país inteiro uma Defesa Civil muito especial, com tropas preparadas%u201D, afirma. Segundo ele, as chuvas em São Paulo e no Rio são consequência das mudanças climáticas. Ele completou dizendo que é preciso %u201Cmudar radicalmente%u201D a questão da ocupação do solo e privilegiar a distribuição de moradias para quem vive em áreas de risco. A Secretaria Nacional de Defesa Civil, órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional, era subordinada até 31 de março a Geddel Vieira Lima, atual candidato ao governo da Bahia.

Segundo Serra, a passagem pela Bahia é apenas uma visita. %u201CEm Minas não será só uma visita. Aqui não há nenhum ato político.%u201D Entretanto, no primeiro ato público depois do lançamento da sua candidatura, Serra cumpriu roteiro tradicional dos candidatos. Visitou as obras assistenciais de Irmã Dulce, onde acendeu uma vela para uma amiga que está em tratamento de um câncer e depositou uma moeda de R$ 1. Depois, seguiu para o Mercado Modelo e deu entrevista à imprensa local. Esse tipo de campanha, para os tucanos, tem mais o perfil do ex-governador.

1 - Base rachada
A disputa local promete se transformar em dor de cabeça para os petistas. É que a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está rachada. No último fim se semana, o governador Jaques Wagner (PT), braço direito de Lula, perdeu o apoio do senador César Borges (PR). Ele declarou apoio ao ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB), que também tenta o Palácio de Ondina.

Memória
Votação em queda

O desempenho do PSDB tem diminuído na Bahia a cada eleição presidencial. Em 1998, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu a vitória no primeiro turno, o partido teve 51% dos votos válidos no estado. Quatro anos mais tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para o primeiro mandato com 65,7% dos votos válidos no segundo turno. O então candidato do PSDB, José Serra, recebeu 34,3% dos votos dos baianos. Já em 2006, quando Lula derrotou Geraldo Alckmin, o candidato tucano, no estado por 78% contra 22%.

O número
REPRESENTATIVIDADE
9.291.059
Quantidade de eleitores registrados na Bahia.
Só na capital, Salvador, são 1,8 milhão de votos em disputa.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/15/politica,i=186302/EM+VISITA+ANTECIPADA+SERRA+PERCORRE+PONTOS+TURISTICOS+DE+SALVADOR+E+EVITA+CRITICAS+AO+GOVERNO+FEDERAL.shtml

PT e PMDB se reúnem para aparar arestas de aliança

Correio Braziliense

PT e PMDB se reuniram na noite de ontem para resolver impasses da eleição 2010 entre os dois partidos. De acordo com o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), o encontro foi positivo e confirmou o que já vinha sendo noticiado. A vaga de vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff será do PMDB. “Ainda não foi decidido o nome. Mas, diante dessa decisão, eles sabem que a nossa indicação é Michel Temer”, afirmou.

Com essa definição, ficou decidido também, segundo o parlamentar, que Moreira Franco e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) ficarão responsáveis por responder pelo PT. Enquanto ele, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO) irão tratar das questões do PMDB.

Eunício afirmou também que durante a reunião ficou descartada a possibilidade de o PMDB pedir à senadora Ideli Salvatti (PT-SC) que retire sua candidatura ao governo de Santa Catarina. Esta semana, o ex-vice-governador Eduardo Moreira, em troca de apoio à Dilma Roussef, pediu que o PT catarinense não lançasse nenhum candidato. “Não haverá isso. Decidimos que lá haverá dois palanques”, afirmou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/15/politica,i=186264/PT+E+PMDB+SE+REUNEM+PARA+APARAR+ARESTAS+DE+ALIANCA.shtml

Dilma discute com base problemas regionais

Folha

MÁRCIO FALCÃO
RANIER BRAGON
da Sucursal de Brasília

Em meio a divergências e disputas na montagem de seus palanques estaduais, Dilma Rousseff marcou para segunda-feira um jantar com todos os líderes dos partidos governistas da Câmara dos Deputados.

O encontro ocorrerá no momento em que a pré-candidata e o PT atuam para tentar desatar os nós entre os aliados e deslanchar um roteiro de viagens pelo país, em busca de vitrine e votos.

O jantar será servido na casa do deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), pivô de uma das principais disputas regionais entre PMDB e PT. Candidato ao Senado, Eunício pressiona o PT a retirar a pré-candidatura ao Senado do ex-ministro da Previdência e deputado José Pimentel.

De acordo com o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), os líderes das bancadas governistas devem aproveitar o encontro com Dilma para apresentar a fatura pelo apoio à candidatura.

"Vai ser uma discussão geral. Ela já tinha manifestado o interesse nessa conversa. É claro que essa questão da disputa regional, das rivalidades locais vai entrar em discussão", disse o deputado.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que organiza o encontro, desconversa sobre as dificuldades regionais e sustenta que a prioridade do encontro é a interação de Dilma com os partidos aliados. "É mais um canal de aproximação", afirmou.

O número de palanques de apoio a Dilma é cerca de 40% maior que o de Serra, até porque a base de sustentação do presidente Lula conta com oito grandes e médios partidos (PT, PMDB, PR, PP, PTB, PSB, PC do B e PDT), e a oposição reunida em torno de Serra só tem três (PSDB, DEM e PPS).

Mas a vantagem numérica tem como contrapeso as disputas dentro da base aliada em torno das candidaturas governistas, com a consequente pressão exercida sobre a campanha nacional, alguns cobrando apoio exclusivo, outros exigindo tratamento isonômico.

Na noite de ontem, a coordenação nacional de campanha de Dilma deveria se reunir novamente em Brasília com a cúpula do PMDB para tratar dos problemas regionais, principalmente o de Minas, onde os peemedebistas pressionam o PT a apoiar a candidatura ao governo de Hélio Costa.

Também na segunda o PT lança o site oficial de Dilma, que dará entrevista coletiva a blogueiros e jornais nesse dia.

O site entra no ar uma semana depois de ela aderir ao microblog Twitter. Ontem a ex-ministra já seguia 31 pessoas, entre elas os cantores Ivete Sangalo e MV Bill e a apresentadora de TV Ana Maria Braga, com quem jantaria à noite.

Seus seguidores somavam 22.800 às 16h. José Serra (PSDB), com o microblog ativo há bem mais tempo, tem 199 mil seguidores.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721141.shtml

Marina faz viagem de três dias pelo interior paulista, e Dilma vai a Porto Alegre

Folha - da Reportagem Local

A ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, começa nesta quinta-feira uma viagem de três dias pelo Rio Grande do Sul, onde iniciou a sua trajetória política. Já a senadora Marina Silva, pré-candidata do PV, viajará também em três dias por cidades no interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Depois de visitar Salvador nesta quarta-feira, o ex-governador José Serra (PSDB) volta para São Paulo. Para quinta-feira, a agenda do pré-candidato não foi divulgada. O único evento confirmado para a próxima semana é a viagem a Minas Gerais, onde se encontra com o ex-governador Aécio Neves (PSDB).

Hoje, Dilma tem um almoço marcado na Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) ao meio dia. Na sexta-feira, a ex-ministra faz outro almoço com empresários, desta vez na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços. Durante a tarde, ela visita a ONG Centro de Cuidados Nossa Senhora da Paz.

Na manhã de sábado, Dilma faz uma reunião com movimentos sociais em Porto Alegre. A ex-ministra passou hoje e ontem em Fortaleza. Na semana passada, ela fez viagem de dois duas por Minas Gerais.

Já, em seu giro pelo interior de São Paulo, Marina faz palestra em Sorocaba na manhã desta quinta-feira. No período da tarde, ela tem reunião marcada com lideranças locais de Itu e faz uma em Itu e uma outra palestra Durante a tarde, ela vai para Itu onde terá reunião com lideranças políticas locais e a noite faz outra palestra.

Na sexta, a agenda começa em Araçatuba com uma palestra na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Novamente, ela tem encontro com políticos locais e, à noite, ela viaja para Três Lagoas (MS), onde dá outra palestra. No sábado, a senadora tem almoço e palestra em Presidente Prudente e Teodoro Sampaio.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721034.shtml

Depois do Twitter, Dilma lança na segunda site pessoal

Folha - da Reportagem Local

O PT organiza para a próxima segunda-feira um encontro entre a pré-candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff, e blogueiros para marcar o lançamento do seu site pessoal, segundo o secretário de Comunicação do partido, André Vargas.

A reunião é costurada por Marcelo Branco, ex-diretor da Campus Party e coordenador de mídias sociais da pré-campanha de Dilma. O site da ex-ministra deverá seguir o formato de blog para evitar que a página seja considerada propaganda eleitoral.

No domingo, Dilma estreiou a sua página no microblog Twitter. Nesta quarta-feira, ela já registra 23 mil seguidores. Com a entrada da ex-ministra, os quatro principais pré-candidatos passaram a usar a ferramenta.

Além do Twitter, a senadora Marina Silva, pré-candidata do PT, mantém um blog, onde divulga a sua agenda e seu trabalho. O deputado Ciro Gomes (PSB) também tem um site, que serve como página de divulgação.

Já o ex-governador José Serra teve que recorrer à Justiça para recuperar os endereços joseserra.com.br e joseserra.org.br, que foram registrados em 2008 por uma associação de Minas Gerais que ministra cursos a distância, a maioria de cunho religioso. O PSDB tinha perdido os domínios em 2002, por deixar de pagar a manutenção de R$ 30 anuais por cada endereço. Agora, as páginas trazem links para o Twitter de Serra.

A notícia sobre o encontro com blogueiros de Dilma surge no dia que a página oficial do PT foi atacada, segundo o partido, por piratas virtuais.

O PT divulgou nota dizendo "suspeitas levantadas desde ontem de que o incidente estivesse ligado a uma 'guerra suja na internet' deflagrada pelos aliados do candidato tucano José Serra".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u721030.shtml

14 de abr. de 2010

Serra promete fortalecer Bolsa Família

Correio Braziliense - André Duarte

O pré-candidato José Serra (PSDB) disse ontem que vai “fortalecer” o programa Bolsa Família caso seja eleito presidente da República. Em entrevista na manhã de ontem à Rádio Jornal, do Recife, o tucano prometeu manter a iniciativa de transferência de renda do governo federal, mas salientou que implantará ajustes. “Não só vai ser mantido (o Bolsa Família), mas vamos procurar maneiras de fortalecê-lo”, prometeu o tucano.

O ex-governador de São Paulo também reforçou que pretende ampliar o número de escolas técnicas e profissionalizantes no país, além de promover uma integração entre essas unidades de ensino e o Bolsa Família. Ainda nessa terça-feira, o presidenciável também concedeu entrevista a uma rádio de Salvador. Região do país em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registra altos índices de popularidade, o Nordeste será um dos principais focos da campanha tucana.

Questionado sobre a sua participação na definição da possível candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo de Pernambuco, Serra informou que discutirá o assunto com o peemedebista na próxima semana. O parlamentar vai anunciar em 30 de abril se disputará o governo estadual, mas antes disso quer ter uma conversa “definitiva” com Serra sobre o apoio do PSDB ao palanque da oposição em Pernambuco.

O senador pernambucano já disse que pretende ouvir detalhes do próprio presidenciável sobre o discurso da oposição no Nordeste durante a disputa eleitoral. “A partir de agora, vamos ter seis meses pela frente. Não conversei pessoalmente com Jarbas, fiquei de falar com ele na semana que vem. Vamos ver que decisão ele toma e qual o encaminhamento que vai dar, e vou aceitar o que ele decidir”, declarou Serra. O pré-candidato do PSDB disse ainda que está elaborando uma agenda de visitas aos estados e explicou que vai “começar a conversar, reunir e aprofundar as questões do Brasil”.

Empate entre PT e PSDB
Uma pesquisa de opinião pública realizada pela Sensus a pedido do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapav) divulgada ontem mostra que José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estão tecnicamente empatados nas intenções de voto na disputa para a Presidência da República. Serra aparece com 32,7%, enquanto Dilma tem 32,4%. Ciro Gomes (PSB) receberia 10,1% dos votos se a eleição ocorresse hoje e Marina Silva (PV) teria 8,1%. Brancos e nulos somam 7,7% do eleitorado pesquisado. Se a disputa fosse para o segundo turno, a opção de 41,7% dos eleitores seria por Serra, e 39,7% por Dilma. A margem de erro é de 2,2%.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/14/politica,i=186001/SERRA+PROMETE+FORTALECER+BOLSA+FAMILIA.shtml

Heloísa Helena volta defender apoio do PSOL a Marina

RICARDO RODRIGUES - Agência Estado

A ex-senadora e atual vereadora por Maceió Heloísa Helena (PSOL) disse hoje, em entrevista a uma emissora de rádio local, que vai convocar um congresso extraordinário do partido para rever a escolha de Plínio Arruda Sampaio como pré-candidato à Presidência nas eleições deste ano. "Aceito a decisão da base partidária e não da cúpula", afirmou Heloísa. Para ela, o PSOL deveria apoiar a candidatura da senadora Marina Silva (PV).

"O partido poderia dar uma contribuição enorme ao País se colocasse em pauta as propostas sobre o desenvolvimento sustentável que a senadora Marina Silva quer colocar com a sua candidatura à Presidência", afirmou Heloísa, que é presidente nacional do PSOL, mas perdeu o controle do partido. "É triste. Você constrói a casa e chega alguém, que não fez nada pela construção, e quer tomar essa casa", disse.

Heloísa defendia a pré-candidatura do goiano Martiniano Cavalcante, mas o partido escolheu Plínio Sampaio. A escolha ocorreu no sábado durante a 3ª Conferência Nacional do PSOL, realizada na Casa do Estudante Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em protesto, Martiniano não compareceu e o ex-deputado federal Babá retirou sua candidatura em favor de Sampaio, eleito por unanimidade pelos 90 delegados presentes.

A vitória de Plínio Sampaio, que é promotor público aposentado e presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), provocou um racha no PSOL. Por isso, a grande missão dele é unir o partido, caso contrário sua candidatura será inviabilizada. Ele foi três vezes deputado federal, secretário de Estado e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2006, candidatou-se ao governo de São Paulo pelo PSOL e ficou em quarto lugar.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,heloisa-helena-volta-defender-apoio-do-psol-a-marina,538191,0.htm