24 de abr. de 2010

O último suspiro de Ciro

Correio Braziliense - Denise Rothenburg | Ivan Iunes

Com a candidatura presidencial levada ao despenhadeiro pelo próprio partido, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) decidiu não esperar o anúncio oficial de que estava fora da disputa pela Presidência. Em um espaço inferior a 24 horas, o pré-candidato explodiu, recuou e, como ele próprio disse, "continua esperneando". Com frases de efeito, Ciro alvejou o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, e os dois comandantes do PSB, o presidente, Eduardo Campos, e o vice, Roberto Amaral, em entrevista ao portal IG. Mais tarde, recuou das críticas e diminuiu o tom, durante entrevista ao SBT.

Os principais atingidos pela verve do ainda pré-candidato à Presidência preferiram não comentar os ataques do político cearense. Eles estiveram reunidos para tratar das alianças entre PSB e PT no estados, já com o deputado federal virtualmente fora do baralho presidencial. Os socialistas cobram que o governo libere legendas menores para candidatos dos socialistas aos governos estaduais. As declarações de Ciro só o fizeram ficar mais distante do projeto de concorrer à Presidência. Em conversas reservadas, lideranças do PSB admitem que esperavam dele um conformismo maior com a realidade: o partido está mais disposto a construir seus projetos estaduais do que a enfrentar o presidente Lula e o PT.

Depois de ser informado por Campos e Amaral de que a decisão sobre uma possível candidatura partiria dos diretórios regionais do PSB, o deputado federal entendeu que a senha era para desistir de vez da terceira candidatura ao Planalto. Disparou contra todos os obstáculos que se impuseram entre ele e as eleições presidenciais. Primeiro, atacou o presidente da República: "Lula está navegando na maionese. Ele está se sentindo o todo poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz 'Presidente, tenha calma'".

Na mesma toada, desdenhou das chances de Dilma em outubro. "Minha sensação agora é que o Serra vai ganhar. Dilma é melhor do que o Serra como pessoa, mas o Serra é mais preparado, mais legítimo, mais capaz", opinou. Sobre o próprio partido, também carregou a mão nas críticas. "Tiraram de mim o direito de ser candidato. Mas quer saber? Relaxei. Eles não querem que eu seja candidato? Querem apoiar a Dilma? Que apoiem a Dilma. Estou como a Tereza Batista cansada de guerra", declarou. O comentário mais ácido foi disparado contra Eduardo Campos e Roberto Amaral, comandantes da legenda. "(Eles) não estão no nível que a história impõe a eles", classificou.

Rojões

Procurando diminuir os efeitos da bomba detonada por Ciro Gomes, Eduardo Campos disse que tinha opiniões divergentes do companheiro de legenda. Diante do fogo amigo, deu recado tímido, de que o deputado teria de se curvar à decisão do partido. “A decisão que ocorre na próxima terça-feira vai ser compactuada por Ciro e por todos os companheiros, pois isso foi compactuado com ele”, disse. Aliado de primeira hora do pré-candidato, o deputado federal Márcio França (PSB-SP) contemporizou: "O Ciro é o Ciro e ninguém vai domá-lo. É igual à mulher da gente, vem com defeitos e qualidades. Tem potencial para explodir o mundo. Quando ele só solta meia dúzia de rojões, é para se comemorar".

Oficialmente, o PSB ainda não cortou pelo talo a pré-candidatura de Ciro à Presidência. Para oficializar a retirada, cobra do governo a liberação de partidos menores, como PCdoB e PR, para as alianças estaduais. Em três dias, os diretórios estaduais entregarão posicionamento sobre os rumos do partido em outubro. Cerca de 20 diretórios devem declarar apoio a Dilma Rousseff. Hoje, a legenda tem quatro governadores (Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí). Para outubro, estuda ter candidaturas para governador em 11 estados, e para Senador em oito. A aliança com os petistas é vista como primordial para engordar os quadros do partido.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/24/politica,i=188426/O+ULTIMO+SUSPIRO+DE+CIRO.shtml

Governo minimiza críticas de Ciro por entender que seria apenas um "último ato"

Correio Braziliense -Ivan Iunes

As críticas ácidas de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto, a aliados e ao próprio partido repercutiram de forma diferenciada no governo e na oposição. Depois de minimizar as chances de Dilma Rousseff (PT) na corrida eleitoral contra José Serra (PSDB) e de criticar a atuação do presidente Lula, o deputado federal provocou mal-estar generalizado na aliança governista à Presidência, especialmente frente ao presidente e ao vice do PSB, Eduardo Campos e Roberto Amaral. Ciro, que já foi filiado a cinco partidos, classificou sua vida partidária, durante entrevista ao Portal IG, como uma “tragédia”. A oposição, por sua vez, tenta capitalizar em votos as declarações do político.

A ordem dos caciques da campanha de Dilma Rousseff foi a de não responder aos ataques de Ciro. A avaliação é de que, depois da explosão, o deputado federal irá submergir até outubro — ele descarta disputar qualquer mandato que não seja o de presidente da República. Ontem, apenas os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e do PT, Fernando Ferro (PE), responderam aos torpedos do político. Ambos evitaram elevar o tom. “A orientação para o PT é não entrar nessa briga. Não vamos discutir pela imprensa, até porque o Ciro é aliado”, ponderou Vaccarezza. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, jogou a legitimidade de uma comparação entre Dilma e José Serra, expressada por Ciro, para os eleitores, em outubro.

Indicações
A estratégia do governo com o episódio é abafar ao máximo as declarações do deputado. Ministro durante o primeiro mandato de Lula, Ciro tem indicações na Esplanada, como o ministro de Portos, Pedro Brito. Uma reação exaltada do deputado federal diante da negativa do PSB em conceder a ele a legenda à Presidência já era esperada. A tarefa de esfriar os nervos do ainda pré-candidato nos próximos dias caberá ao próprio partido.

A reação contemporizadora pôde ser observada durante a posse de Cezar Peluso na Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Questionado sobre as críticas do aliado, o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, foi lacônico: “Estou mudo”. Pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra adotou o mesmo tom. “Como candidato e diante de uma situação de problemas entre outros partidos, prefiro não me pronunciar. Não é que eu não tenha opiniões, mas não vou ficar opinando a respeito”, afirmou.

Diante da desistência forçada de Ciro e da fissura na aliança, a oposição contabiliza os ganhos. Pela última pesquisa Ibope, sem o socialista na disputa, a diferença entre Serra e Dilma aumentaria um ponto percentual, de 36% a 29%, para 40% a 32% — dentro da margem de erro da pesquisa. O líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), ressaltou a declaração de Ciro de que os aloprados responsáveis por vender dossiês em 2006 voltariam em outubro. “Ciro está prestando um grande serviço ao país em dizer que a usina da maldade vai continuar”, elogiou Bornhausen.

Dilma Rousseff critica tolerância a drogas
Pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff mostrou-se, ontem, contrária à descriminalização das drogas. “A gente não pode ser seduzido pelas políticas de descriminalização quando no Brasil temos uma epidemia tão grave como o crack”, afirmou. Para ela, o problema é como uma praga que penetrou em pequenas cidades e deve ser enfrentado com autoridade, carinho e apoio. “Apoio para impedir que mais jovens caiam nessa armadilha, carinho para cuidar dos que precisam se libertar do vício e autoridade para combater os traficantes”, afirmou, em entrevista à Rádio JM Difusora, de Uberaba (MG).

Colaborou Luciano Pires

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/24/politica,i=188400/GOVERNO+MINIMIZA+CRITICAS+DE+CIRO+POR+ENTENDER+QUE+SERIA+APENAS+UM+ULTIMO+ATO.shtml

Ciro critica Lula e afirma que Serra é mais capaz que Dilma

Folha - BRENO COSTA
da Reportagem Local

Após atacar, em entrevista ao portal iG, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a capacidade eleitoral da pré-candidata Dilma Rousseff (PT), o deputado federal Ciro Gomes (PSB) disse que suas declarações foram "furtadas", mas na prática ratificou as afirmações ao se manifestar sobre o assunto ao longo do dia.

Ciro disse que conversava informalmente com a reportagem do iG quando disse que "Lula está navegando na maionese" ao acreditar que vai conseguir eleger Dilma com facilidade e que José Serra (PSDB), seu desafeto político, é "mais preparado, mais legítimo, mais capaz" do que a petista.

À tarde, na gravação de uma entrevista para o programa "É Notícia", da Rede TV!, o deputado atacou a divulgação da entrevista, que foi colocada no ar ontem cedo. Ciro afirmou que foi "furtado", mas não contradisse o teor do material.

O iG diz que "as declarações foram extraídas de conversa mantida na noite de quinta-feira em telefonema às 23h35". Segundo o portal, "foram publicadas apenas declarações do deputado" e "várias afirmações feitas em reserva não foram nem serão publicadas".

As entrevistas foram concedidas após o PSB ter decidido que Ciro não será candidato a presidente. O partido marcou uma reunião para terça-feira, a qual formalizará a decisão.

Na entrevista à Rede TV!, Ciro elogiou o caráter de Dilma, ao dizer que, "se há uma pessoa de valor no PT, por quem eu possa botar a mão no fogo, por amor ao país, decência, competência, talento, é a Dilma. Portanto, o Lula acertou em cheio. Mas por desgraça, porque ninguém é completo, ela nunca disputou nenhuma eleição".

As declarações sobre Dilma foram feitas pouco após Ciro atacar o PMDB, chamado por ele de "ajuntamento de assaltantes". Michel Temer, presidente do partido e o nome mais cotado para vice de Dilma, foi considerado por ele "chefe dessa turma de pouco escrúpulo".

No final da entrevista para a TV, Ciro também disparou contra Serra, a quem definiu como um "brasileiro bastante preparado, mas uma personalidade autoritária, tenebrosa. Com o poder na mão, me parece um perigo para o país".

Depois, à Folha, ao falar sobre os atributos eleitorais de Serra, reforçou o que havia sido publicado pelo iG, ao dizer que o tucano é "mais preparado, mais legítimo do que ela", por ter "estrada, serviços prestados, derrotas, vitórias e compromissos cumpridos".

Sobre as declarações contra Lula, Ciro disse que "não diria isso do presidente da República, a não ser numa conversa particular, em que você pode dizer qualquer coisa e o contexto não será desentendido".

Mas, em seguida, afirmou que o presidente "está completamente errado, pelo Brasil e pela causa", ao falar sobre a estratégia de polarização entre PT e PSDB, um dos fatores que levaram ao sacrifício de sua candidatura pelo PSB, aliado do governo Lula.

Afirmou até que a sua pré-candidatura foi uma decisão tomada com o aval do presidente. "Isso [tarefa de correr o país apresentando sua pré-candidatura] foi acertado na mesa do Lula", disse.

Na entrevista à RedeTV!, Ciro afirmou que "a grande mídia brasileira é completamente desequilibrada" em favor do PSDB e atacou a Folha. Disse que, apesar de considerar o jornal "o melhor do país", a Folha "é completamente Serra".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725406.shtml

Dilma copia ex-presidente chilena e quer se lançar candidata a "presidenta"

Folha - UIRÁ MACHADO
da Reportagem Local

A coordenação da campanha de Dilma Rousseff decidiu copiar Michelle Bachelet, primeira mulher presidente do Chile, e dizer que a petista é candidata a "presidenta". Na avaliação do PT, o termo feminino pode marcar um diferencial da candidatura, mas ainda é preciso ter certeza de que não causará estranheza.

As palavras "presidente" e "presidenta" estão corretas, "mas a forma feminina é pouco usada", diz Thaís Nicoleti, consultora de português do Grupo Folha-UOL. Palavras terminadas em "ente", segundo ela, são resultado do antigo particípio presente e formam substantivos neutros. O que define o gênero é o artigo: "o" presidente, "a" presidente.

Para Pasquale Cipro Neto, o uso da forma "presidenta" "é desnecessário se considerarmos todos os outros casos. Os dicionários dão como forma possível, não obrigatória. Talvez a 'exigência' decorra do politicamente correto".

Maria Helena de Moura Neves, professora do Mackenzie e da Unesp, concorda que não é necessário usar "presidenta", mas diz que, do ponto de vista da campanha, "faz sentido, porque valoriza o fato de o PT estar lançando uma mulher à Presidência".

Para Regina Dalcastagnè, professora da UnB, é impossível saber se isso terá impacto eleitoral positivo, mas diz que a questão "é política em sentido amplo, pois marca a presença do feminino e rompe com a uniformização na língua, sempre no masculino".

Também da UnB, Susana Moreira de Lima diz que "o correto é usar 'presidenta', pois é a palavra registrada para designar a mulher que preside": "A discussão é saudável, porque traz a questão do machismo na linguagem".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725397.shtml

Ciro Gomes: "Estão querendo enterrar o defunto com ele vivo ainda"

Folha  - da Reportagem Local

Entre duas entrevistas concedidas nesta sexta-feira (23) para a RedeTV! e para o SBT, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) falou com exclusividade ao repórter Breno Costa, da Folha. Na entrevista, ele diz que, caso o PSB decida efetivamente abdicar da possibilidade de candidatura própria, irá respeitar a decisão do partido e seguir as orientações da legenda em relação a apoios nas eleições presidenciais. Segundo ele, o PSB é feito por gente "boa e decente", mas "um pouco inexperiente em certa dimensão". O deputado não descartou colaborar com o programa de governo de Dilma Rousseff. No entanto, na entrevista, ele volta a afirmar que Serra é mais capaz do que Dilma, por conta da inexperiência eleitoral da candidata do presidente Lula.

Leia a seguir a íntegra da entrevista:


Folha - O PSB já definiu que terça-feira será o dia D de sua pré-candidatura e está claro que eles vão optar por acabar com ela. O senhor já se conforma em não ser candidato à Presidência da República nas eleições deste ano?

Ciro Gomes - Eu vou lutar até segunda-feira à noite. Porque considero fundamental para o Brasil, para a democracia brasileira, que o Brasil decida, e não os esquemas de gabinetes em Brasília, confinando as opções até deixar o povo sem alternativa praticamente nenhuma. Eu não quero tomar a Presidência da República de ninguém. Eu quero participar de um debate, trazer uma experiência de 30 anos de vida pública decente, de vivências na área econômica. Mas se o partido entender que não, eu respeitarei. Porque uma democracia se faz não com donos da verdade, se faz com respeito às maiorias. Se a maioria do meu partido entender que não devo ser candidato, eu respeitarei completamente.

Folha - A essa altura dos acontecimentos, o que o faz não declarar efetivamente que não é mais candidato a presidente?

Ciro - Boa-fé, confiança, porque a direção do partido me disse que essa discussão será tomada numa reunião com todos os diretórios estaduais, representados em Brasília. E eu confio, estou entre companheiros. É um partido de gente boa, de gente decente, de gente bem intencionada. Pode ser de gente um pouco inexperiente em certa dimensão. Talvez o momento histórico colocou a encruzilhada complexa demais para o nível de experiência de alguns companheiros, mas são gente boa.

Folha - Até que momento o senhor efetivamente acreditou na sua candidatura em termos pragmáticos politicamente, no sentido de o partido efetivamente abraçar sua candidatura, a ponto de buscar alianças com outros partidos?


Ciro - Até o presente momento. Porque com a minha experiência, eu não sou nenhum inocente. Eu sei que a natureza da minha candidatura é rebelde ao dispositivo que a grande estrutura do Brasil marcou. A partir da confrontação paroquial, provinciana da política de São Paulo, muito reciprocamente conveniente para eles, PT e PSDB de São Paulo. Eles querem fazer disso a realidade do Brasil. Eu me insurjo contra isso desde sempre. Acho que tem feito muito mal ao país, eu tenho explicado com detalhes, com nomes, o mal que isso tem feito ao Brasil. Então, não terei vida fácil jamais, pela natureza mesmo da candidatura.
Evidente que não tirei aliança nenhuma, se o meu partido não estava seguro de bancar os riscos inerentes a uma candidatura que se rebela contra tudo que está posto na mídia, no poder econômico, nas oligarquias partidárias. Se não for essa a expressão da vontade da maioria, cabe a mim pedir que o partido incorpore no passo adiante, que é o entendimento com alguém que o partido resolva apoiar, as ideias que eu estou defendendo. Porque o que importa não sou eu, o que importa é o país.

Folha - O que o senhor acha que levou a essa situação de agora, de na terça-feira o partido declarar que o senhor não é mais candidato?

Ciro - Eu conversei com eles. Olhando a história do Brasil, com essa candidatura o partido só ganha. Porque está provado que quem disputou cresceu. O partido que não disputou definhou. Inclusive, na minha opinião, com razão. Só deveriam sobreviver partidos que tivessem o que dizer para o país. Porque tem feito muito mal ao Brasil essa pulverização de burocracias partidárias que existem para barganhar minutos de televisão, que têm imenso poder no Congresso Nacional, mas nenhuma responsabilidade com a vida da República, com a vida do povo. Vivem chantageando o poder, e o PSB não é isso.

Folha - No caso de haver a confirmação de o PSB abdicar da candidatura própria, qual será o seu comportamento político a partir daí para as eleições presidenciais? Há possibilidade de apoio a Dilma Rousseff, ou o senhor vai se manter neutro?


Ciro - Eu nunca fui neutro na minha vida, nunca deixei de tomar posição. Eu vou seguir a orientação do meu partido, a posição que o partido tomar é aquela que eu seguirei. O nível de entusiasmo, entretanto, vai depender do nível de incorporação das minhas preocupações com o futuro do país, com as diretrizes éticas, programáticas, ideológicas do passo seguinte que o partido der, se eu não for candidato.

Folha - O senhor pretende se reunir com a candidata Dilma Rousseff para discutir colaborações suas para o programa de governo dela?

Ciro - Sua entrevista está completamente fora de tempo, ou então você está querendo enterrar o defunto com ele vivo ainda. É preciso refrasear as perguntas aí.

Folha - Insisto. Na hipótese da decisão de terça-feira ser desfavorável aos seus anseios, o senhor pretende colaborar com o programa de governo da ex-ministra Dilma Rousseff?

Ciro - Eu acho que é uma falta de delicadeza você tratar como defunto quem está vivo, antes de ser enterrado. Publique isto.

Folha - Durante todo esse tempo em que o senhor tentou viabilizar a sua candidatura, o senhor sempre foi crítico da aliança PT-PMDB. O senhor vai manter o discurso público nesse sentido ou vai se recolher?

Ciro - Eu nunca fui crítico da aliança PT-PMDB. Eu sei que interessa para eles reduzir a minha opinião a essa miudice. Eu não sou crítico de aliança nenhuma. Eu sou crítico da hegemonia moral e intelectual que preside essa aliança. Se você compreende o Brasil, você sabe que precisa ter aliança. A pretexto de que isso é correto e necessário, o que está se fazendo é tráfico de minuto de televisão, é acobertamento de malfeito, manipulação de CPI. E isso não tem nada a ver com governabilidade, tem a ver com frouxidão moral, concessão de espaço público para fisiologia, corrupção e clientelismo. Essa opinião não muda, é uma opinião de vida minha.

Folha - Em entrevista ao portal iG, o senhor declarou que José Serra é mais capaz do que Dilma Rousseff. A sua visão é essa, efetivamente?

Ciro - Eu não dei nenhuma entrevista para o portal iG.

Folha - Independentemente da entrevista, o senhor acredita que José Serra é mais capaz do que a ex-ministra Dilma?

Ciro - O que eu digo a todo mundo que me pergunta é que a Dilma é uma pessoa muito melhor do que o Serra, mas infelizmente para nós outros, o Serra é mais preparado do que ela, mais legítimo do que ela.

Folha - O que confere legitimidade a um candidato?

Ciro - Estrada, serviço prestado, experiência, derrotas, vitórias, compromissos assumidos. Isso é o que confere legitimidade a alguém.

Folha - Já que ele prestou serviços ao país, cumpriu compromissos, por que o senhor o vê como uma figura ruim para o país?

Ciro - A vinculação a um projeto de país que prejudicou o Brasil de forma quase criminosa. Ele foi ministro do governo Fernando Henrique durante quase oito anos. Não adianta fazer de conta, manipular, fazer conivência da grande mídia, lavagem cerebral, não adianta. Ele foi ministro do Planejamento no tempo em que se formatou a privataria. Ele foi ministro da Saúde, ele foi o sucessor do Fernando Henrique, ele foi a Dilma do Fernando Henrique. Isso, infelizmente, é o real. Então, na política, você é você e as suas circunstâncias. Eu, por exemplo, era da mesma turma e rompi quando vi o Fernando Henrique fazer o que estava fazendo. Fui para o deserto, fui falar contra, apelar contra, sofri o pão que o diabo amassou, para sustentar a coerência da minha percepção de mundo em relação ao Brasil.

Folha - O senhor pretende, se não vier a ser candidato a presidente da República, se candidatar a algum outro cargo eletivo este ano?


Ciro - Se eu não for candidato a presidente da República, eu vou me aquietar. Vou sair da política, não sei se definitivamente, mas pelo menos por um longo tempo.


Folha - Sair da política por um longo tempo significa se ausentar dos debates agora das eleições presidenciais?


Ciro - Depende, se eu for candidato a presidente da República, eu não posso me ausentar. Se eu não for, você espera o defunto ser enterrado para você tripudiar em cima, cuspir na cova.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725326.shtml

23 de abr. de 2010

Marina avalia saída de Ciro como um retrocesso democrático

Folha - da Reportagem Local

A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência, classificou de retrocesso democrático a saída do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) da disputa presidencial. "Não é admissível que se queira manipular o direito de escolha por meio da redução forçada do leque de opções", afirma a senadora em seu blog.

Ela lembra que, em uma eleição em dois turnos, o primeiro serve para oferecer ao eleitor alternativas políticas. "A partir da diversidade de idéias e do debate entre elas, compete ao cidadão escolher as que entende serem as melhores para si e para o país."

Para Marina, o veto à candidatura de Ciro foi um exemplo de intolerância "É fácil prever que os mesmos grupos que trabalharam para tirar Ciro da disputa presidencial tentarão agora assimilá-lo."

Ela diz que esses grupos não admitem a alternância de poder. "Primeiro, buscam eliminar os adversários que querem disputar legitimamente a preferência dos eleitores. Depois, tentam se colocar como o único hospedeiro possível para que os expurgados consigam sobreviver na vida pública."

Na próxima terça-feira, a Executiva do PSB irá se reunir para avisar a Ciro que o partido não terá candidatura própria. Já Ciro disse que ainda não desistiu de ser candidato à Presidência. "Até terça feira de manhã, vou lutar e espernear, mas vou obedecer a decisão do partido", afirmou.

Pesquisa Datafolha, divulgada no dia 17 de abril, mostra pela primeira vez Marina numericamente na frente de Ciro, embora do ponto de vista estatístico ambos estejam empatados. Ele contava 10% das intenções e o deputado, 9%.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725320.shtml

Em nova entrevista, Ciro volta a questionar habilidade política de Dilma

Em nova entrevista, Ciro volta a questionar habilidade política de Dilma

Estadão - André Mascarenhas, Carol Freitas e Gustavo Uribe

SÃO PAULO - Após ver sua candidatura ao Palácio do Planalto ameaçada pela cúpula do PSB, dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "navega na maionese" e prever uma vitória do pré-candidato da oposição, José Serra (PSDB), o deputado federal Ciro Gomes (PSB) voltou a mirar o PT na noite desta sexta-feira, 23. Entrevista ao Jornal do SBT, Ciro disse que a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, tem errado no início da campanha e voltou argumentar que Serra está mais preparado do que Dilma para ganhar as eleições. Afirmou também que "Lula está perdendo a humildade".

O deputado federal disse novamente que Dilma é melhor do que Serra como pessoa, mas ressaltou que o tucano tem mais experiência e é mais preparado que a petista. "O Serra é mais preparado que Dilma. Já foi deputado federal e governador de São Paulo", salientou. Mas não poupou Serra, a quem chamou de solitário e autoritário. "É um inimigo a ser destruído", criticou.

O deputado federal reconheceu que cometeu erros graves em sua carreira política, mas salientou que os primeiros movimentos políticos de Dilma o deixaram "de cabelo em pé". De acordo com ele, a presidenciável do PT não tem experiência política. "Os primeiros movimentos dela já me deixaram de cabelo em pé, ela não tem experiência política", criticou. Para Ciro, a ex-ministra errou ao ir ao túmulo de Tancredo Neves, em Belo Horizonte, reduto do tucano Aécio Neves.

E não deveria ter viajado ao Ceará "sem nem sequer me dar um telefonema". O deputado lembrou que, na ocasião, o PSB ainda cogitava sua candidatura e acrescentou que a atitude da ex-ministra foi o motivo para o não comparecimento de seu irmão, o governador do Estado, Cid Gomes (PSB), aos compromissos de Dilma. À época, o governo do Ceará alegou que Cid não foi ao encontro de Dilma por motivos pessoais. "Sem falar que Zé Dirceu voltou ao comando da campanha", completou. Segundo o parlamentar, o retorno Dirceu "é um desacato à Justiça e um desacato à opinião pública".

Mas essa não foi a única reclamação do deputado contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Segundo ele, o deputado chegou a chantagear Cid Gomes, dizendo que o apoio do PT à reeleição estaria em perigo caso o PSB mantivesse a candidatura de Ciro. "O José Dirceu esteve no Ceará, na casa do meu irmão, dizendo que o PT retiraria o apoio (a reeleição do) meu irmão se eu fosse candidato", disse o deputado federal.

Ciro reiterou ter a impressão de que Serra é mais forte do que Dilma na corrida presidencial. "O Serra é mais preparado porque foi prefeito, foi ministro e governador", voltou a dizer. Mas não poupou críticas ao PSDB e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo Ciro, o caso Alston ainda poderá comprometer a candidatura Serra. Ainda assim, criticou atitude do governo federal em pedir, pelo ministério da Justiça, a quebra do sigilo da empresa.

Lula

Mais uma vez, o deputado não poupou o presidente Lula das críticas. Embora tenha elogiado seu governo e o identificado como merecedor dos altos níveis de popularidade, disse que o presidente deixou de procurá-lo para conversar. "O Lula está perdendo a humildade", disse. "Quem disputa a eleição e sabe que o povo é o deus superior tem que saber perder e ganhar", criticou.

Apesar de todos os indícios de que sua candidatura não tem mais sustentação, Ciro mas ressaltou que vai "espernear até terça-feira (27)", quando o PSB decidirá seu destino político. "Vou respeitar democraticamente a decisão do partido, mas vou espernear até terça-feira", afirmou. "Se não der, vou ler, escrever, cuidar dos meus filhos e da minha mulher", acrescentou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,em-nova-entrevista-ciro-volta-a-questionar-habilidade-politica-de-dilma,542262,0.htm

Na TV, Ciro diz que Serra é melhor que Dilma e promete espernear por candidatura própria

Folha - da Reportagem Local

O deputado Ciro Gomes (PSB) voltou a afirmar nesta sexta-feira que ainda não desistiu de ser candidato à Presidência e criticou a aliança entre o PT e PMDB na disputa presidencial. O PSB se reúne na terça-feira para oficializar o apoio da legenda à pré-candidata petista, Dilma Rousseff.

"Até terça feira de manhã, vou lutar e espernear, mas vou obedecer a decisão do partido", disse ele em entrevista ao programa "SBT Brasil", do SBT. Ciro disse, no entanto, que não estará presente da reunião.

Na entrevista, Ciro criticou a aliança fechada entre PT e PMDB e insinuou que ela levou em conta apenas o interesse de ganhar maior tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV. "A coligação do PT-PMDB é tráfico de minutos de televisão nas barbas do TSE", disse.

Para Ciro, o presidente Lula está perdendo a humildade por conta de sua popularidade e que alguém deveria avisá-lo disso. "Por que ele não trata isso [a candidatura] cara a cara?", perguntou.

Ciro voltou a dizer que o pré-candidato tucano, José Serra, é mais preparado que Dilma. "A Dilma não teve nenhuma eleição na vida dela. Os primeiros movimentos dela me deixaram preocupados", afirmou ao jornalista Carlos Nascimento.

Segundo Ciro, Dilma já errou três vezes nessa campanha. A primeira foi a visita ao túmulo de Tancredo Neves em Minas, a segunda foi a visita ao Ceará, seu Estado; e a terceira, a participação do ex-ministro José Dirceu. "O Zé Dirceu voltar a comandar a campanha, isso é um desacato. Sou amigo dele, mas ele tem problemas na Justiça", afirmou.

O deputado também negou a entrevista ao iG publicada hoje, mas confirmou os questionamentos. Segundo a entrevista, Ciro disse que o presente Lula está "navegando na maionese".

Para ele, o presidente Lula erra ao impedir que ele seja candidato. "Serra quer que eu sai e não seja candidato e o PT quer eu sai e não seja candidato. Um dos dois está errado", afirmou. Na sua avaliação, sua saída da disputa favorece o candidato tucano.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725190.shtml

Serra diz que greve dos professores foi propaganda eleitoral antecipada

Procurador já havia considerado manifestação da Apeoesp como peça negativa ao pré-candidato tucano

Christiane Samarco - O Estado de S.Paulo

Candidato do PSDB à Presidência, José Serra disse nesta sexta-feira, 23, que a greve dos professores da rede estadual em São Paulo, no mês passado, foi uma propaganda eleitoral antecipada.

Nesta semana, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, publicou parecer onde considera procedente a denúncia apresentada pelos partidos de oposição em que acusam o Sindicato dos Professores de São Paulo de usar a greve da categoria, em março, para fazer propaganda eleitoral negativa contra Serra.

Os grevistas interromperam, na ocasião, uma cerimônia de inauguração de uma obra na capital com manifestações de repúdio e vaias ao então governador paulista. "A iniciativa da denúncia não foi minha - os autores são o PSDB e o DEM - mas eu também creio que foi propaganda antecipada", disse Serra pouco antes de participar, ontem, da solenidade de posse do ministro Cezar Peluso na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer, enviado na véspera ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gurgel avaliou que, em vez de debater as condições de trabalho dos professores da rede estadual paulista, o movimento grevista mirou o candidato a presidente, detendo-se na "depreciação do candidato ao cargo majoritário do governo federal pelo PSDB". Serra concordou com todas as letras do parecer.

"Aquela realmente foi uma decisão tipicamente político eleitoral, a pretexto de uma ação sindical", disse o presidenciável tucano, sem contudo arriscar um palpite sobre a repercussão deste parecer na atuação dos sindicatos ligados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT durante a campanha. Indagado se a manifestação de Gurgel vai inibir ações semelhantes ao movimento do sindicato dos professores de São Paulo, Serra disse apenas que "não ajuda".

O tucano se recusou a comentar os elogios recebidos do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que até agora vinha fazendo oposição ferrenha ao PSDB paulista e críticas severas ao governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista ao portal IG, Ciro o considerou "mais preparado" do que a adversária petista Dilma Rousseff para governar o País. "Não vou fazer nenhuma declaração a esse respeito. Não costumo comentar questões de outros possíveis candidatos, ou não", afirmou Serra. A candidatura Ciro está na iminência de ser oficialmente descartada pelo PSB.

Indagado sobre a defesa do fim da reeleição com cinco anos de mandato, que ele fez no início da semana ao lado do ex-governador mineiro Aécio Neves, Serra observou que esta não é uma questão que envolve as eleições, tampouco é um item de seu programa de governo e, destacou, "muito menos um vale". Segundo ele, o tema não é prioritário porque "o Brasil não está pedindo uma definição a esse respeito".

Aos que consideraram sua manifestação "um aceno ou um carinho" a Aécio Neves, como sinal de que ele poderá abrir espaço à candidatura presidencial do mineiro em 2014 caso vença as eleições de outubro, Serra disse que "isto é over" porque não foi o que ele quis dizer quando indagado sobre a reeleição. "Esta é uma posição minha, que vem de longe, e eu não precisaria, para ter Aécio a meu lado, defender uma posição dessas".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-diz-que-greve-dos-professores-foi-propaganda-eleitoral-antecipada,542245,0.htm

PT de SP aposta no mesmo mote de Serra para eleição

ELIZABETH LOPES E GUSTAVO PORTO - Agência Estado

Petistas e tucanos travam nessas eleições gerais a batalha pela preferência do voto do eleitorado. Mas, em termos de slogan, as duas legendas estão mais próximas do que nunca. Depois do bordão "O Brasil pode mais" utilizado pelo presidenciável do PSDB, José Serra, no lançamento de sua pré-campanha, o PT paulista - que enfrenta a difícil missão de quebrar a hegemonia de 15 anos dos tucanos no Estado - também decidiu apostar nesse mote. Documento que reúne as diretrizes do partido para tentar eleger o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao Palácio dos Bandeirantes, obtido com exclusividade pela Agência Estado, prega que "Em São Paulo muito mais é possível".

Em comum, além dos slogans e de tentar tirar da outra legenda o comando político de São Paulo, no caso dos petistas, e do Brasil, no caso dos tucanos, petistas e tucanos enfrentarão nas duas esferas de poder governos bem avaliados. E, no caso de São Paulo, cristalizado no poder. Para o cientista político Fábio Wanderley, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nos dois casos a linha seguida é a da "política do eu também", na qual "os que querem remover os titulares do poder não têm outro recurso senão aderir às políticas que estão sendo executadas e inventar um diferencial, neste caso a promessa de um avanço".

Na avaliação de Sidney Kuntz, especialista em pesquisa eleitoral e em marketing político, a semelhança no bordão mostra que os governos federal e paulista estão consolidados e são muito bem avaliados pela população em geral. Por isso, é preciso passar a ideia de que as ações positivas serão mantidas, mas os avanços ocorrerão. "Vender esperança ainda é a melhor forma de se conquistar um voto. Agora, os candidatos terão a missão de convencer o eleitor, de passar a mensagem de que realmente colocarão suas promessas em prática. Daí, não adianta ficar só no discurso, tem que convencer", destacou.

O cientista político da UFMG ressalta que em São Paulo há uma hegemonia do PSDB e um antagonismo ao PT "que certamente não deve se resolver apenas na base deste ou daquele slogan". E complementa: "No Brasil, com a popularidade do presidente Lula, a dificuldade do Serra é muito grande, apesar de ele estar na liderança nas pesquisas de intenção de voto e de ainda haver alguma dúvida na transferência de votos (do presidente) para a candidata Dilma (Rousseff)." Já Sidney Kuntz destaca que essa campanha será pautada pelas comparações das gestões anteriores e com a marca do "avanço", pois usualmente o eleitor não quer mexer em time que está dando certo.

Para o cientista político Humberto Dantas, conselheiro do Movimento Voto Consciente, se o PT apostar, em São Paulo, no slogan semelhante ao do PSDB nacional, estará cometendo um erro. "Pelo PSDB o slogan é lógico, mas se o PT cair nessa será uma provocação, um apelo".

Documento

No documento das diretrizes de campanha de Aloizio Mercadante rumo ao governo paulista, é destacado que as metas de governo propostas pelo PT "estão pautadas por uma visão mais ampla de futuro e pelo convencimento de que está na hora de São Paulo trilhar um novo caminho". Por isso: "Em São Paulo Muito Mais é Possível". O texto avalia que repensar São Paulo, "no contexto da grande transformação pela qual passa o Brasil, supõe dar uma nova direção e uma nova dinâmica ao seu desenvolvimento: a força do crescimento precisa ser temperada pelo desejo de justiça, igualdade, democratização econômica, social e cultural".

Para os petistas, esse novo modelo de desenvolvimento também deve incorporar a sustentabilidade ambiental, aliando o progresso técnico, o crescimento econômico e a distribuição de renda. O documento cita ainda a descoberta do Pré-Sal como "um novo marco para sua economia". "Se investidos prioritariamente em educação, ciência e tecnologia e no combate à pobreza e às desigualdades sociais, e na preservação do meio ambiente os recursos do Pré-Sal podem representar, para o Brasil e para São Paulo, uma oportunidade histórica de dar um novo salto de qualidade."

Já sobre o maior cabo eleitoral da legenda, o presidente Lula, o documento diz: "Nossa inspiração é a grande transformação que está ocorrendo no Brasil com o governo Lula, nos últimos sete anos. O país voltou a crescer, mas obedecendo a uma lógica distinta daquela do passado: o crescimento, hoje, acontece com estabilidade, distribuição de renda, justiça social e fortalecimento da democracia."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-de-sp-aposta-no-mesmo-mote-de-serra-para-eleicao,542243,0.htm

Contra Alckmin, Mercadante clona slogan de Serra

Depois do 'Brasil pode mais' do tucano, pré-candidato petista ao governo do Estado aposta no 'Em São Paulo muito mais é possível'

Gustavo Porto e Elizabeth Lopes, da Agência Estado

SÃO PAULO - Petistas e tucanos travam nessas eleições gerais a batalha pela preferência do voto do eleitorado. Mas, em termos de slogan, as duas legendas estão mais próximas do que nunca. Depois do bordão "O Brasil pode mais" utilizado pelo presidenciável do PSDB, José Serra, no lançamento de sua pré-campanha, o PT paulista - que enfrenta a difícil missão de quebrar a hegemonia de 15 anos dos tucanos no Estado - também decidiu apostar nesse mote. Documento que reúne as diretrizes do partido para tentar eleger o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao Palácio dos Bandeirantes, obtido com exclusividade pela Agência Estado, prega que "Em São Paulo muito mais é possível".

Em comum, além dos slogans e de tentar tirar da outra legenda o comando político de São Paulo, no caso dos petistas, e do Brasil, no caso dos tucanos, petistas e tucanos enfrentarão nas duas esferas de poder governos bem avaliados. E, no caso de São Paulo, cristalizado no poder. Para o cientista político Fábio Wanderley, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nos dois casos a linha seguida é a da "política do eu também", na qual "os que querem remover os titulares do poder não têm outro recurso senão aderir às políticas que estão sendo executadas e inventar um diferencial, neste caso a promessa de um avanço".

Na avaliação de Sidney Kuntz, especialista em pesquisa eleitoral e em marketing político, a semelhança no bordão mostra que os governos federal e paulista estão consolidados e são muito bem avaliados pela população em geral. Por isso, é preciso passar a ideia de que as ações positivas serão mantidas, mas os avanços ocorrerão. "Vender esperança ainda é a melhor forma de se conquistar um voto. Agora, os candidatos terão a missão de convencer o eleitor, de passar a mensagem de que realmente colocarão suas promessas em prática. Daí, não adianta ficar só no discurso, tem que convencer", destacou.

O cientista político da UFMG ressalta que em São Paulo há uma hegemonia do PSDB e um antagonismo ao PT "que certamente não deve se resolver apenas na base deste ou daquele slogan". E complementa: "No Brasil, com a popularidade do presidente Lula, a dificuldade do Serra é muito grande, apesar de ele estar na liderança nas pesquisas de intenção de voto e de ainda haver alguma dúvida na transferência de votos (do presidente) para a candidata Dilma (Rousseff)." Já Sidney Kuntz destaca que essa campanha será pautada pelas comparações das gestões anteriores e com a marca do "avanço", pois usualmente o eleitor não quer mexer em time que está dando certo.

Para o cientista político Humberto Dantas, conselheiro do Movimento Voto Consciente, se o PT apostar, em São Paulo, no slogan semelhante ao do PSDB nacional, estará cometendo um erro. "Pelo PSDB o slogan é lógico, mas se o PT cair nessa será uma provocação, um apelo. Segundo ele, isso poderá demonstrar que a campanha será apenas para enfraquecer o PSDB e o Serra no Estado. "É repetir o erro de 2006, uma medida aloprada", ironizou Dantas, numa alusão ao suposto dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo José Serra e ao ex-candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin, no pleito de 2006. Na época, os petistas envolvidos no caso foram chamados pelo presidente Lula de "aloprados", pois o escândalo foi apontado por especialistas como o responsável por levar as eleições presidenciais para o segundo turno.

Documento

No documento das diretrizes de campanha de Aloizio Mercadante rumo ao governo paulista, é destacado que as metas de governo propostas pelo PT "estão pautadas por uma visão mais ampla de futuro e pelo convencimento de que está na hora de São Paulo trilhar um novo caminho". Por isso: "Em São Paulo Muito Mais é Possível". O texto avalia que repensar São Paulo, "no contexto da grande transformação pela qual passa o Brasil, supõe dar uma nova direção e uma nova dinâmica ao seu desenvolvimento: a força do crescimento precisa ser temperada pelo desejo de justiça, igualdade, democratização econômica, social e cultural".

Para os petistas, esse novo modelo de desenvolvimento também deve incorporar a sustentabilidade ambiental, aliando o progresso técnico, o crescimento econômico e a distribuição de renda. "Esse novo modelo deve, ainda, considerar a grande diversidade social e cultural de São Paulo." O documento cita ainda a descoberta do pré-Sal como "um novo marco para sua economia". "Se investidos prioritariamente em educação, ciência e tecnologia e no combate à pobreza e às desigualdades sociais, e na preservação do meio ambiente os recursos do Pré-Sal podem representar, para o Brasil e para São Paulo, uma oportunidade histórica de dar um novo salto de qualidade."

Já sobre o maior cabo eleitoral da legenda, o presidente Lula, o documento diz: "Nossa inspiração é a grande transformação que está ocorrendo no Brasil com o governo Lula, nos últimos sete anos. O país voltou a crescer, mas obedecendo a uma lógica distinta daquela do passado: o crescimento, hoje, acontece com estabilidade, distribuição de renda, justiça social e fortalecimento da democracia." E destaca que para fazer a transição do modelo neoliberal, considerado esgotado pelo PT, a legenda apresenta a candidatura Mercadante. "Com Senador Mercadante Governador de São Paulo, muito mais é possível."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,contra-alckmin-mercadante-clona-slogan-de-serra,542218,0.htm

Petista diz esperar por apoio de Ciro a Dilma

Folha - da Reportagem Local

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), disse que espera pela colaboração do colega Ciro Gomes (PSB-CE) na campanha da pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. Na opinião dele, as críticas de Ciro foram pontuais.

"O Lula tem muita estima por Ciro. O PT tem muita estima por ele. Vejo com muita naturalidade o apoio dele a Dilma", disse Teixeira.

Logo depois de o PSB se reunir para definir que apoiaria a candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT), Ciro Gomes deu entrevista ao portal iG. Além de dizer que Lula "avega na maionese", afirmou que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, é mais preparado do que Dilma para o enfrentamento de crises futuras na economia.

Mesmo após essas declarações, Teixeira disse que acredita no apoio de Ciro à petista. "Acredito que ele vai integrar a campanha. Tudo é uma questão de tempo."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725114.shtml

PSB reformula consulta ao TSE sobre tempo de propaganda na TV

colaboração para a Folha

O PSB reformulou nesta sexta-feira (23) consulta ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que se pronunciasse sobre a duração do horário de propaganda eleitoral gratuita.

O partido questiona se a soma dos tempos de todos os partidos integrantes da coligação será igual para eleições majoritárias (governador, senador e presidente) e proporcionais (deputados estadual e federal) em que todos os partidos integrantes da coligação têm pelo menos um candidato aos cargos em disputa.

Com relação às eleições majoritárias, a dúvida dos pessebistas é se a soma dos tempos dos partidos das coligações, que não têm cabeças de chapa, deveria ser mesmo equivalente aos tempos dos partidos que tenham candidato àquela eleição.

"A soma dos tempos de todos os partidos integrantes da coligação não se aplicaria à eleição majoritária somente se a coligação for, ao mesmo tempo, majoritária e proporcional, com os mesmos partidos?", perguntam.

O relator da consulta é o ministro Aldir Passarinho Junior.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725093.shtml

Saída de Ciro facilita a vida de Skaf, afirma presidente do PSB-SP

Folha - DANIEL RONCAGLIA
da Reportagem Local

O presidente do PSB de São Paulo, deputado Márcio França, afirmou nesta sexta-feira que a retirada do deputado Ciro Gomes (PSB) da disputa presidencial facilita a candidatura ao governo paulista do empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

"A ausência do Ciro facilitou a vida do Skaf", afirmou. Na próxima terça-feira, a Executiva do PSB deve anunciar que Ciro não será candidato a presidente da República.

O deputado disse que apoiava a candidatura de Ciro. "Era favorável a Ciro se sua candidatura tivesse condições. Mas não conseguimos essas condições."

Segundo ele, além de Skaf, a chapa deve ser formada pelos vereadores Gabriel Chalita e Netinho de Paula na corrida ao Senado.

França disse que o PSB também busca o apoio do PP dos deputados Paulo Maluf e Celso Russomanno. A ideia é colocar Russomanno como vice de Skaf, segundo o dirigente socialista. Outro reforço na campanha do PSB é o do marqueteiro Duda Mendonça, que já teve contrato fechado.

O deputado afirmou que somente aceitaria uma aliança com o PT paulista se o PSB indicar o candidato ao governo. "A chance do Skaf desistir é a mesma do Mercadante desistir."

O presidente do PSB avalia que a eleição vai ser decidida por cerca de 30% do eleitorado que gosta do governo do PSDB, mas quer alguma mudança. Para ele, essa situação coloca o presidente da Fiesp em vantagem. "Quem é mais fácil de puxar um voto tucano: Mercadante ou Skaf?", pergunta.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725028.shtml

Lula 'foge' da imprensa para evitar falar sobre Ciro

TÂNIA MONTEIRO - Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quis falar com a imprensa ao chegar, nesta tarde, para a cerimônia de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso. Questionado pelos jornalistas que o aguardavam sobre as recentes declarações do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), Lula apenas disse: "estou mudo".

Já o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também presente à cerimônia, ao ser questionado se a polarização da campanha às eleições presidenciais entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), com a possível saída de Ciro Gomes do quadro da sucessão presidencial, seria positiva para Serra, disse: "nem ganha, nem perde".

A solenidade de posse de Cezar Peluso na presidência do STF reúne, além de Lula, os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP); da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP); e o pré-candidato do PSDB José Serra.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-foge-da-imprensa-para-evitar-falar-sobre-ciro,542185,0.htm

Para tucanos, Ciro foi "cozinhado grosseiramente" por Lula

Folha - GABRIELA GUERREIRO
da Sucursal de Brasília

Lideranças do PSDB endossaram nesta sexta-feira as palavras do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que o tucano José Serra é "mais preparado" para assumir a Presidência da República do que a pré-candidata petista Dilma Rousseff. Além de comemorar as farpas de Ciro disparadas a Dilma, os tucanos também se mostraram surpresos com o fato de um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticá-lo publicamente --já que Ciro disse que Lula "navega na maionese".

Na opinião dos oposicionistas, Ciro reagiu depois de ser "escanteado" pelo presidente Lula, que optou por fazer de Dilma a sua candidata. "Ele foi cozinhado grosseiramente, depois percebeu que sequer seria candidato a governador de São Paulo. O tratamento que deram a ele não foi leal", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

Para o líder tucano na Câmara, deputado João Almeida (BA), Ciro se "iludiu" com o presidente Lula quando acreditou que seria o candidato da base aliada ao Palácio do Planalto. "O Ciro não entendeu a personalidade do Lula. Achou que seria valorizado, mas o projeto do Lula é a Dilma", afirmou.

Na opinião de Almeida, as recentes declarações de Lula mostram que o presidente está "cada vez mais distante da realidade", por isso acha que Lula "viaja na maionese".

Para Virgílio, as críticas de Ciro beneficiam diretamente a pré-candidatura de Serra ao governo federal. "Com o peso nacional do Ciro, é relevante reconhecer que o melhor para o Brasil é o Serra. Ele não é obrigado a gostar do Serra, mas é importante reconhecer que a eleição com ele seria muito mais interessante do que com a Dilma", afirmou.

O tucano disse que Ciro errou ao transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo, atendendo um pedido de Lula, para que disputasse o governo estadual. Como Ciro insistiu na sua candidatura ao Palácio do Planalto, o PT elevou o senador Aloizio Mercadante (SP) a pré-candidato do partido ao governo do Estado.

Críticas

Em entrevista ao portal IG, Ciro disse hoje que Lula "navega na maionese" e se acha o "todo poderoso" em referência ao apoio desmedido de Lula a Dilma. Embora afirme que ele merece a alta aprovação de seu governo, Ciro diz que "Lula não é Deus". Sua mágoa é com a influência do presidente nas resoluções internas de seu partido de tirar o seu nome da corrida presidencial.

"Estou como a Tereza Batista cansada de guerra. Acompanho o partido. Não vou confrontar o Lula. Não vou confrontar a Dilma."

Para ele, a candidatura de Dilma pode sofrer revezes devido à atuação indevida de radicais no PT. "Sabe os aloprados do PT que tentaram comprar um dossiê contra os tucanos em 2006? Veremos algo assim de novo."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725071.shtml

Reação de Ciro foi imatura, critica Jucá

MARCELO MORAES - Agência Estado

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reagiu fortemente às críticas feitas pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) que, em entrevista ao IG, disparou contra o presidente Lula, o PMDB e PSB. Para Jucá, foi imatura a reação de Ciro em relação à iminente decisão do PSB de derrubar sua candidatura presidencial. "Ele virou uma metralhadora giratória e atirou para todos os lados. Está agindo com imaturidade. Eu lamento as declarações dele, especialmente porque o deputado é uma pessoa que pode ajudar muito o País e não está contribuindo, não está ajudando", disse esta tarde à Agência Estado.

Jucá afirmou que é natural que o comando do PSB faça a opção por apoiar a candidatura presidencial da petista Dilma Rousseff, em vez de bancar a candidatura de Ciro. E lembrou que o projeto governista de eleger o sucessor de Lula é fundamental para todos os partidos de sua base de apoio. "Chegou um momento da campanha em que não dá para piscar mais, e ao PSB era importante definir o apoio para Dilma. Esse projeto de dar sequência ao trabalho do governo do presidente Lula é maior do que qualquer pessoa. Maior do que o deputado Ciro Gomes", disse.

O senador também acha que Ciro foi injusto com o PMDB ao dizer que a aliança com o PT em torno de Dilma não será capaz de ajudar a enfrentar uma eventual crise fiscal e cambial que, na sua visão, poderá ocorrer no Brasil em 2011 e 2012. "Não concordo com essas críticas. O PMDB tem sido importantíssimo para a governabilidade do País. Tem sido assim sempre porque o partido sabe da sua responsabilidade com o Brasil. O partido tem garantido no Congresso a aprovação de propostas apresentadas pelo governo que evitaram, por exemplo, efeitos negativos sobre o País por conta da crise econômica que aconteceu no mundo em 2009. Ele foi intempestivo e deu declarações desnecessárias", disse.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,reacao-de-ciro-foi-imatura-critica-juca,542177,0.htm

Sem Ciro, presidente do PSB discute alianças estaduais com Lula

Andréia Sadi, iG Brasília

Presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, evitou nesta sexta-feira polemizar com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) sobre as declarações dadas ao iG, mas disse que Ciro terá de aceitar a decisão do partido sobre o impasse envolvendo a sua candidatura.

Na tentativa de diminuir o mal estar pelo vazamento da decisão, Campos afirmou que Ciro "não está fora do páreo". No entanto, segundo o iG apurou, durante encontro nesta manhã com o presidente Lula, no Palácio do Alvorada, foi iniciada a discussão sobre as alianças entre o PSB e o PT nos Estados beneficiadas com a saída de Ciro da disputa presidencial.

O PSB espera uma contrapartida do PT e quer apoio do partido nos Estados do Espírito Santo, Piauí, Amapá e no Distrito Federal. O caso do deputado federal Rodrigo Rollemberg serve de exemplo. Ele quer sair candidato ao Senado no Distrito Federal numa chapa encabeçada pelo PT. O ex-ministro Agnelo Queiroz vai disputar o governo e Geraldo Magela ficará com outra vaga para o Senado.

Outro caso similar é do senador Renato Casagrande, que pretende disputar o governo do Espírito Santo pelo PSB. Como o PT prefere a aliança com o PMDB, ele planeja fazer uma coligação com o PR. O problema é que esse partido quer apoiar Dilma como candidata a presidente .“É uma realidade que se impõe”, afirmou Rollemberg.

Atualmente, há quatro Estados em que os pré-candidatos do PSB estudam formar aliança com o PSDB, partido de oposição ao governo federal. São os diretórios socialistas de Alagoas, Amazonas, Paraíba e Paraná. Quase vinte diretórios do PSB preferem o partido na campanha de Dilma, para não ter de dividir palanques, enquanto só oito sustentavam Ciro, sem exigir contrapartidas.

Durante a entrevista ao iG, Ciro assumiu pela primeira vez que sua candidatura à presidência da República chegou ao fim. Oficialmente, aguardará a decisão da executiva do partido, marcada para o dia 27 de abril, terça-feira da semana que vem.

Além de citar pressões do Palácio do Planalto no PSB para derrubar sua candidatura, Ciro ainda deu a entender que o tucano José Serra deve vencer a eleição presidencial. Para ele, o desafeto político é mais preparado para enfrentar crises do que a ex-ministra Dilma Rousseff.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, foi procurado pela reportagem para comentar as previsões de Ciro de que, com a sua saída, o candidato tucano, José Serra, tem mais chances de vencer a eleição do que Dilma Rousseff. Dutra, no entanto, disse que não iria comentar as declarações.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/23/presidente+do+psb+evita+polemizar+mas+diz+que+ciro+tem+de+aceitar+decisao+do+partido+9466705.html

Presidente do PSDB diz que saída de Ciro favorece Serra

Folha - GABRIELA GUERREIRO
da Sucursal de Brasília

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse nesta sexta-feira que a retirada da candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao Palácio do Planalto aumenta as chances do presidenciável José Serra (PSDB) vencer a disputa --com a migração de votos de Ciro para Serra especialmente no primeiro turno das eleições.

Ao comentar as declarações de Ciro de que Serra é "mais preparado" que a petista Dilma Rousseff para assumir o comando do país, Guerra disse que a ex-ministra da Casa Civil não tem experiência para ocupar o mais alto cargo do Brasil.

"O deputado Ciro Gomes confirma as pesquisas que, sem exceção, mostram que sem a candidatura de Ciro crescem as intenções de voto para o Serra, em especial no primeiro turno. Claro que a retirada do Ciro nos favorece", afirmou.

Guerra disse que, apesar dos votos de Ciro "tenderem para a Dilma", a petista adotou estratégias erradas em sua campanha eleitoral, por isso o próprio Ciro reconhece a superioridade do tucano. "O governo tenta impor uma estratégia cujo único objetivo é esconder a candidatura Dilma que, como disse o Ciro, não existe. Ela não está preparada para liderar uma campanha, nem as eleições."

Guerra disse que Dilma se acha "acima de pau e pedra" e "da lógica dos fatos", por isso quer discutir governos passados ao invés de discutir o futuro. "O Lula botou na cabeça que é Deus. O mais grave é ele acreditar nisso e agir como se fosse."

Em entrevista ao Portal IG, Ciro disse que o presidente "Lula está navegando na maionese" e se sentindo "todo-poderoso" ao achar que vai "batizar Dilma presidente da República". Na opinião de Ciro, Serra é mais preparado que Dilma para assumir o cargo de presidente da República, embora Dilma seja melhor "como pessoa".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u724910.shtml

Presidente do PSB evita polêmica com Ciro e diz que decisão final só sai na terça-feira

Folha - LARISSA GUIMARÃES
da Sucursal de Brasília

O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, evitou comentar hoje as declarações do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Em entrevista ao portal iG, Ciro afirmou que o presidente Lula "navega na maionese" e que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, é mais preparado que a candidata do PT, Dilma Rousseff, para o enfrentamento de crises futuras na economia.

"Não vou comentar essas declarações. Meu comentário não ajuda em nada", afirmou Campos, após sair de um encontro com Lula no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.

Na entrevista ao site, Ciro admitiu que não existe mais possibilidade de sua candidatura à Presidência pelo PSB. Ele atacou até Eduardo Campos e o vice-presidente do partido, Roberto Amaral, por não estarem "no nível que a História impõe a eles".

Campos, no entanto, disse que Ciro "não está fora do páreo ainda" e que a decisão final sobre uma candidatura própria do PSB só sairá na próxima terça-feira, após a reunião da direção executiva do partido.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u724888.shtml

Dilma defende PMDB após críticas de Ciro à aliança

Após reunião de duas horas com Lula, Eduardo Campos disse que decisão é do partido

Leonencio Nossa, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse há pouco que o pré-candidato do partido à Presidência da República, Ciro Gomes, terá de aceitar a decisão da legenda sobre o destino da sua candidatura. Em entrevista na portaria do Palácio da Alvorada, após encontro de duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos relatou que Ciro já tinha aceito essa posição do partido. "A decisão que ocorre na próxima terça-feira vai ser compactuada por Ciro e por todos os companheiros, pois isso foi compactuado com ele", disse.

Embora Campos tenha dito que o partido ainda não decidiu se a candidatura Ciro vai ser levada adiante, a maioria dos diretórios do PSB já deixou claro que quer uma aliança com a pré-candidata do PT e preferida de Lula, Dilma Rousseff.

Campos evitou comentar a entrevista de Ciro ao Portal IG em que o pré-candidato do PSB disse que Lula está "viajando na maionese" e Dilma é menos preparada que o tucano José Serra para enfrentar uma possível crise cambial no próximo governo. "Vamos fazer esse debate com tranquilidade. Essa opinião do Ciro não é a minha", disse Campos. "Agora é a hora de ouvir a base do partido como o Ciro pediu. Cada um é livre para dar sua opinião", completou.

Na entrevista, o governador ressaltou que Ciro já foi candidato a presidente duas vezes e que sabe que precisa ter um partido unificado. Diferentemente de Ciro, ele avaliou que o partido não corre risco de perder espaço se não apresentar candidatura própria. "Em 2006, não tivemos candidato próprio e crescemos. De lá para cá, sempre tivemos crescido", disse.

Campos, a todo momento, procurava demonstrar uma posição de árbitro no processo interno do PSB. "Quem disser que está decidido, está mentindo, está chutando, está mal informado. O debate está aberto. Eu sempre defendi uma candidatura própria", disse. No entanto, logo depois, Campos reconheceu que Lula é o coordenador do processo de sucessão na base aliada, que tem o PSB como um dos seus partidos. "Seria estranho, depois de participar de duas eleições do presidente, se não entendêssemos que ele é o coordenador do projeto. Ele sempre deu a direção".

Questionado se Lula conseguiu asfixiar o PSB e impor o apoio do partido a Dilma, o governador disse apenas que era preciso levar em conta a realidade do PSB, que conta com quatro governadores (Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí) e representantes em cinco governos do PT. Ao final da entrevista, Campos evitou responder a uma pergunta se a missão dele agora era tentar acalmar Ciro Gomes.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psb-ciro-tera-de-aceitar-decisao-sobre-candidatura-a-presidencia,542090,0.htm

Dilma defende PMDB após críticas de Ciro à aliança

AE - Agência Estado

No dia em que o governo começou a acertar com o PSB a retirada de Ciro Gomes do páreo presidencial, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, defendeu o aliado PMDB. Em entrevista à Rádio 730, de Goiânia, Dilma afirmou que a corrupção pode acontecer "em todos os lugares" e deu estocada em Ciro ao dizer que ninguém deve ter a "soberba" de associá-la a um determinado partido.

"A questão da corrupção não pode ser confundida com um partido ou uma sigla", afirmou a pré-candidata à Presidência. "Os seres humanos são diferentes, a corrupção é uma questão de desvio de conduta e isso pode acontecer em todos os lugares. A gente não pode ter essa soberba ao analisar os outros."

Magoado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o PT, que o isolaram ainda na largada da corrida ao Planalto, Ciro bombardeou a parceria dos petistas com o PMDB. Dono de língua afiada, chegou a dizer que aliança entre o PT e o PMDB era "terreno fértil" para a corrupção e um "roçado de escândalos semeados".

Apesar de elogiar Ciro e destacar que respeita suas opiniões, Dilma deixou claro que o PMDB é seu aliado preferencial na campanha. Após muita polêmica em relação ao nome do vice em sua chapa, a petista afirmou que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), é mesmo o mais cotado para fazer dobradinha com ela.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-defende-pmdb-apos-criticas-de-ciro-a-alianca,542059,0.htm

PT traça estratégias para aproximar Dilma das eleitoras

AE - Agência Estado

O cúpula que vai comandar a campanha do PT à Presidência da República vai reforçar a estratégia preparada para aproximar a pré-candidata Dilma Rousseff das mulheres. Não sem motivo: em todas as pesquisas de intenção de voto ela tem desempenho aquém das expectativas do partido nessa faixa do eleitorado.

No levantamento mais recente, feito pelo Ibope para o Diário do Comércio (jornal da Associação Comercial de São Paulo), Dilma aparece com 11 pontos de desvantagem em relação a José Serra (PSDB) no eleitorado feminino. A petista também é menos conhecida entre as mulheres que entre os homens.

Além de organizar aparições de Dilma em programas e encontros voltados para o público feminino - como o seminário do qual ela participou ontem, intitulado Mulher e Política na América Latina - a equipe petista molda o discurso da candidata.

No PV, pesquisas internas mostram forte identificação de mulheres das classes C e D com a pré-candidata do partido à Presidência, senadora Marina Silva, que vem de uma família pobre. No campo tucano, não é de hoje que Serra corteja as eleitoras. Ele coleciona uma lista de ações voltadas ao público feminino, a maioria com foco na saúde, mas há também iniciativas na área de transportes e da habitação.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-traca-estrategias-para-aproximar-dilma-das-eleitoras,542047,0.htm

Eduardo Campos se reúne com Lula para discutir situação de Ciro Gomes

Situação do PSB na sucessão presidencial estará na pauta do encontro em Brasília

Rosana de Cassia, da Agência Estado

BRASÍLIA - Está marcado para a manhã desta sexta-feira, 23, no Palácio da Alvorada, o encontro do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na pauta, a situação do PSB na sucessão presidencial. Lula e Campos se reuniram na quinta-feira para discutir a obra da ferrovia Transnordestina com outros dois governadores do partido, mas não houve tempo de tratar da questão política.

O PSB tem encontrado dificuldade para convencer o deputado Ciro Gomes a não lançar candidatura própria à Presidência da República e apoiar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, na corrida eleitoral. Ontem, em reunião realizada em Brasília, Ciro, Campos e o vice-presidente do partido, Roberto Amaral, discutiram uma saída honrosa para que o deputado abandone de vez a corrida pela sucessão do presidente Lula.

A proposta de candidatura própria será submetida aos diretórios regionais da legenda e discutida na reunião da Executiva Nacional, na próxima terça-feira. Como a maioria dos diretórios é favorável ao apoio a Dilma, a expectativa é de que essa discussão seja encerrada.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,eduardo-campos-se-reune-com-lula-para-discutir-situacao-de-ciro-gomes,542034,0.htm

Maioria dos diretórios deve dar 'saída honrosa' a Ciro

AE - Agência Estado

A maioria dos diretórios regionais do PSB vai declarar apoio à proposta de aliança em torno da petista Dilma Rousseff e selará a retirada de candidatura do deputado Ciro Gomes à Presidência da República. A manobra atende ao desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer o PSB coligado oficialmente ao PT. O comando nacional do PSB deu ontem a Ciro a saída política honrosa que ele desejava para que o partido possa abandonar definitivamente sua candidatura presidencial sem provocar uma crise interna na legenda.

Em reunião com o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e com o vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, ficou combinado com Ciro que a proposta de candidatura presidencial será submetida aos diretórios regionais da legenda e discutida na próxima terça-feira, na reunião da Comissão Executiva Nacional.

Mesmo sendo derrotado nessa consulta formal, o processo de apuração da opinião dos integrantes do PSB dará a Ciro o discurso de que sua saída da disputa foi decisão tomada pela maioria e não um sinal de interferência externa de Lula ou falta de restígio interno.

Até lá, o deputado manterá o discurso de que pretende, sim, concorrer ao Planalto. Na noite de ontem mesmo, Ciro divulgou nota oficial afirmando que jamais desistirá da candidatura presidencial, como chegou a ser divulgado durante a tarde.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,maioria-dos-diretorios-deve-dar-saida-honrosa-a-ciro,542022,0.htm

Lula só ajudará Ciro caso não ofereça ameaça à candidatura de Dilma

Folha - colaboração para a Folha

Hoje na Folha Encerrada a reunião do PSB, em que foi decidida a retirada de sua pré-candidatura, Ciro Gomes (PSB) seguiu para um restaurante com sua mãe, a dona Ana. A informação é do "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

"Se ele não for candidato, melhor não votar em ninguém", recomendou dona Ana.

Com a saída, a avaliação é que o presidente Lula só oferecerá a mão se Ciro não oferecer riscos à candidatura de Dilma Rousseff ao Planalto, à política de alianças PT-PMDB e o que surgir à sua frente.

Em reunião realizada ontem (22), a cúpula do PSB informou a Ciro que o partido está isolado politicamente e que isso dificultará sua candidatura ao Palácio do Planalto. Também revelou que a retirada de sua candidatura será oficializada na próxima semana. Até lá, o partido cumprirá um ritual para dar uma saída honrosa a Ciro: consultará os diretórios sobre uma aliança com o PT.

Ciro também foi avisado ontem, em reunião com a cúpula partidária, de que as conversas com a campanha de Dilma Rousseff avançaram e que o PSB entregou ao PT uma lista de cinco Estados em que espera alguma contrapartida dos aliados.

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que a prioridade hoje é a de eleger uma bancada parlamentar maior e dar apoio aos candidatos ao governo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u724855.shtml

Ciro diz que Lula "navega na maionese" e que presidente se acha o "todo-poderoso"

colaboração para a Folha

Ciro Gomes, deputado federal pelo PSB e até ontem (22) à noite possível candidato à Presidência, disparou ao ver o partido retirar apoio à sua candidatura: "Lula está navegando na maionese". Em entrevista ao portal iG, o pessebista fez referência ao "apoio desmedido" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sua pré-candidata, a ex-ministra petista Dilma Rousseff.

"Ele está se sentindo o Todo-Poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz 'Presidente, tenha calma'. No primeiro mandato eu cumpria esse papel de conselheiro, a Dilma, que é uma pessoa valorosa, fazia isso, o Márcio Thomaz Bastos fazia isso. Agora ninguém faz", disse.

Embora afirme que ele merece a alta aprovação de seu governo, Ciro diz que "Lula não é Deus". Sua mágoa é com a influência do presidente nas resoluções internas de seu partido. "Estou como a Tereza Batista cansada de guerra. Acompanho o partido. Não vou confrontar o Lula. Não vou confrontar a Dilma."

Para ele, a candidatura de Dilma pode sofrer revezes devido à atuação indevida de radicais no PT. "Sabe os aloprados do PT que tentaram comprar um dossiê contra os tucanos em 2006? Veremos algo assim de novo."

Ciro também criticou aquilo que ele classifica como subserviência ao PT por parte do governador de Pernambuco Eduardo e o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral. "[Eles] não estão no nível que a História impõe a eles", disse.

Na entrevista, o deputado afirmou que pode deixar a política para viajar ou "virar intelectual" a partir da confirmação, no próximo dia 27, da retirada de sua candidatura.

Ciro ainda reforçou a ideia de que sua candidatura "trata-se de uma missão estratégica, que não será desempenhada por mais ninguém". Ele diz acreditar que sua presença entre os presidenciáveis ajudaria a colocar em pauta durante os debates questões a serem enfrentadas nos primeiros anos de mandato do novo presidente.

"Em 2011 ou 2012, o Brasil vai enfrentar uma crise fiscal, uma crise cambial. Como estamos numa fase economica e aparentemente boa, a discussão fica escondida. Mas precisa ser feita."

Segundo ele, Serra teria mais condições de enfrentar essa crise negociando uma coalizão com o PMDB.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u724843.shtml

PSB decide que Ciro não vai disputar Presidência

Folha - da Reportagem Local

Hoje na Folha O PSB deve anunciar na próxima terça-feira que o deputado Ciro Gomes não será candidato a presidente da República, informa reportagem de Vera Magalhães, Fernando Rodrigues e Maria Clara Cabral (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Até lá, o partido cumprirá um ritual para dar uma saída honrosa a Ciro: consultará os diretórios sobre uma aliança com o PT.

Como a maioria dos diretórios opinará por uma aliança com o PT, caberá ao governador de Pernambuco e presidente da sigla, Eduardo Campos, anunciar a retirada de Ciro.

Ciro foi avisado ontem, em reunião com a cúpula partidária, de que as conversas com a campanha de Dilma Rousseff avançaram e que o PSB entregou ao PT uma lista de cinco Estados em que espera alguma contrapartida dos aliados.

Foram relatados vários casos regionais em que caciques que antes manifestavam apoio à candidatura própria já estão se acertando com o PT.

Em queda nas pesquisas, o deputado se comprometeu a aceitar a decisão. No cenário sem Ciro do mais recente levantamento do Datafolha, a diferença entre José Serra e Dilma Rousseff se amplia de 10 para 12 pontos. O tucano passa de 38% a 42%, enquanto a petista oscila de 28% a 30%. Marina Silva (PV) também sobe dois pontos e chega a 12%.

Ciro decidirá em quais campanhas estaduais do PSB pretende ajudar.

Isolamento

Em reunião realizada ontem, a cúpula do PSB informou a Ciro que o partido está isolado politicamente e que isso dificultará sua candidatura ao Palácio do Planalto.

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que a prioridade hoje é a de eleger uma bancada parlamentar maior e dar apoio aos candidatos ao governo. Durante o encontro, Ciro viu uma exposição sobre o cenário em todos os Estados, do cenário nacional e das pesquisas de intenções de votos.

"Hoje o partido tem condições de ter candidato próprio e de não ter. A questão é que vamos avaliar todos os fatores e chegar a uma decisão consensual. Não tem nenhuma chance de adiarmos nada, a decisão sai na terça-feira", disse Amaral.

Outro lado

Em nota, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) diz que nunca desistirá de disputar a Presidência.

"Ciro afirma que continua candidato, que considera sua postulação importante para o PSB e para o País e que jamais desistirá de concorrer à Presidência. Se o seu partido decidir por não apresentar candidatura própria que assuma o ônus da decisão, a qual ele aceitará e respeitará como filiado", diz nota divulgada por sua assessoria.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u724774.shtml

Fora da disputa, Ciro manda recados a Lula, Dilma e PMDB

Eduardo Oinegue, iG São Paulo

Na noite da última quinta-feira, o deputado Ciro Gomes estava magoado com a decisão do PSB de abandonar sua candidatura para apoiar a petista Dilma Rousseff, como se pode perceber nesta entrevista concedida ao iG.

As palavras duras empregadas na entrevista que concedeu ao iG, contudo, não vinham acompanhadas de um tom eufórico. Ciro estava sereno, mesmo quando declarou que “Lula está navegando na maionese”. Na conversa, assumiu pela primeira vez que sua candidatura à presidência da República chegou ao fim. Oficialmente, aguardará a decisão da executiva do partido, marcada para o dia 27 de abril, terça-feira da semana que vem. Mas o próprio teor das declarações que fez ao iG indica o grau de entrosamento entre candidato e legenda. Citando nominalmente o presidente nacional do partido, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, e o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, Ciro disse que os líderes pessebistas “não estão no nível que a História impõe a eles”.

Pela primeira vez, Ciro admitiu também que pode largar a política partidária neste ano. Ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará, ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso e ex-ministro de Lula, Ciro Gomes tem uma carreira política vitoriosa. Aos 53 anos, poderá se ver obrigado a fazer uma parada técnica e ficar de fora da política por dois anos se se dispuser a voltar na condição de prefeito, ou até quatro anos, se quiser voar mais alto. Terá então 57 anos, jovem para padrões políticos.

A parte mais forte da entrevista concedida ao iG foi reservada ao presidente Lula, a quem acusa pessoalmente de agir de maneira desmedida na tentativa de eleger a candidata Dilma: “Lula está navegando na maionese. Ele está se sentindo o Todo-Poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz ‘Presidente, tenha calma’. No primeiro mandato eu cumpria esse papel de conselheiro, a Dilma, que é uma pessoa valorosa, fazia isso, o Márcio Thomaz Bastos fazia isso. Agora ninguém faz”.

Ciro Gomes afirma que Lula tem a popularidade que merece ter, pois seu governo tem realizações. “Mas ele não é Deus”. Ciro critica a decisão do Palácio do Planalto de interferir no debate interno do PSB e critica ainda o que classifica de subserviência partidária: “Tiraram de mim o direito de ser candidato. Mas quer saber? Relaxei. Eles não querem que eu seja candidato? Querem apoiar a Dilma? Que apoiem a Dilma. Estou como a Tereza Batista cansada de guerra. Acompanho o partido. Não vou confrontar o Lula. Não vou confrontar a Dilma.”

Na entrevista, Ciro Gomes diz que sua presença na eleição cumpriria uma missão. “Trata-se de uma missão estratégica, que não será desempenhada por mais ninguém”. Ciro afirma que não tinha ilusões eleitorais, mas via uma chance de ajudar num debate que, ao seu ver, é urgente. “Em 2011 ou 2012, o Brasil vai enfrentar uma crise fiscal, uma crise cambial. Como estamos numa fase econômica e aparentemente boa, a discussão fica escondida. Mas precisa ser feita.” Segundo Ciro, a candidatura de Dilma Rousseff tem menos chance de enfrentar o problema do jeito que ele precisa ser enfrentado. “Como o PT, apoiado pelo PMDB, vai conseguir enfrentar esta crise? Dilma não aguenta. Serra tem mais chances de conseguir”.

Embora prometa acatar a decisão do partido de apoiar a candidata petista, até porque não restam alternativas, Ciro Gomes avisa que não se envolverá na campanha: “Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou. Sei lá. Vai ver viajo, vou virar intelectual. Vou fazer outra coisa”. Ciro acredita que a eleição deste ano será marcada por baixarias, entre as quais inclui uma ação de grupos radicais abrigados no PT: “Sabe os aloprados do PT que tentaram comprar um dossiê contra os tucanos em 2006? Veremos algo assim de novo. Vai ser uma m…”

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/23/fora+da+disputa+ciro+manda+recados+a+lula+dilma+e+pmdb+9466301.html

22 de abr. de 2010

Candidatura de Ciro rumo ao túmulo

Candidatura de Ciro rumo ao túmulo Deputado tenta convencer o PSB da viabilidade de se lançar na corrida pelo Palácio do Planalto, mas o partido reluta em apoiá-lo. Situação será resolvida na próxima terça-feira

Correio Braziliense - Alana Rizzo | Josie Jeronimo | Ivan Iunes

Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem exatos seis dias para tentar reverter um jogo que os próprios aliados consideram perdido. Até o próximo dia 27, ele tem de apresentar credenciais suficientes para convencer o partido da viabilidade de sua terceira tentativa de chegar ao Palácio do Planalto. A legenda já sinalizou que não tem condições financeiras e políticas de bancar a campanha. O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, também não esconde o clima de sepultamento em torno da candidatura de Ciro.

Oficialmente, o martelo só deve ser batido na próxima terça-feira, em reunião nacional do PSB. No mesmo dia, Ciro encontrará o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O socialista deixou claro que não cogita permanecer no Legislativo. A única moeda para convencê-lo a abandonar a disputa seria um ministério importante em caso de vitória petista nas eleições de outubro. “Ele (Ciro) está frustrado porque contou com a rejeição (dos petistas) a Dilma Rousseff. Pensou que o PT não conseguiria emplacar outro candidato e abraçaria sua candidatura se ele polarizasse com Serra”, resume o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vacarezza (PT-SP).

A própria Executiva Nacional do PSB já admite que o cenário não comportaria uma segunda candidatura governista à Presidência. “As circunstâncias e o conjunto das forças políticas precisam ser levados em conta”, reforça o secretário nacional do partido, Carlos Siqueira. Com a direção nacional praticamente convencida da candidatura única governista, o PT teme que a frustração de Ciro Gomes se traduza em ataques contra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto. Nos últimos dias, aliados do pré-candidato ameaçaram apoiar a senadora Marina Silva (PV-AC). O PSB, porém, garante não cogitar o abandono da nau governista.

“O PSB trabalha com duas hipóteses apenas: ter candidato próprio ou apoiar alguém da base do governo, que é Dilma Rousseff. Não há hipótese de o partido apoiar uma candidatura fora da base”, antecipa Roberto Amaral, vice-presidente do PSB.

PRESSÃO NA INTERNET
Sem força no PSB, militantes favoráveis à campanha de Ciro Gomes começaram a atacar pela internet. O blog Deixa o Ciro concorrer publicou uma lista de contatos das principais lideranças do partido para que os manifestantes pressionem a legenda a manter a candidatura própria. Até o fim da tarde de ontem, mais de 30 comentários estavam registrados na página.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/21/politica,i=187670/CANDIDATURA+DE+CIRO+RUMO+AO+TUMULO.shtml

Contra Serra, Dilma diz que Rodoanel e Heliópolis fizeram parte do PAC

colaboração para a Folha

Em pouco mais de uma hora de entrevista ao programa "Brasil Urgente", de José  Luiz Datena, na TV Bandeirantes, a pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, rebateu críticas do ex-governador e pré-candidato tucano José Serra a obras que coordenou, como as do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento).

No início da semana, Serra disse que o PAC era uma "lista de obras". Em resposta ao adversário e questionada por Datena sobre obras que não saíram do papel, ela disse que obras como a do Rodoanel, de Heliópolis, de Paraisópolis, das represas Billings e Guarapiranga, vitrines da publicidade do governo do Estado recentemente inauguradas, faziam parte do PAC.

"Como que o PAC não existe?", questionou a ex-ministra. Datena insistiu em perguntar sobre o nível da campanha e a constante troca de farpas entre Serra e Dilma. O apresentador lembrou de evento recente em que a ex-ministra chamou Serra de "biruta de aeroporto", ao que a petista respondeu afirmando que a oposição mudou de discurso. "Por sete anos eles fizeram oposição a nós e criticaram nossas propostas. Não é possível que o povo acredite que quem tanto nos criticou seja a favor dos nosso programas",
disse.

Sobre o tom de suas críticas, Dilma se defendeu: "Nem eu sou tão brava quanto dizem, nem eles são tão bonzinhos quanto parecem."

Durante a entrevista, a ex-ministra também foi questionada sobre a pesquisa Ibope, divulgada nesta sábado (21), que aponta Serra sete pontos percentuais à frente. "Estou saindo lá de baixo e chegando", disse, para depois afirmar, em referência à recente pesquisa do Instituto Sensus, que "não briga com pesquisa" e que os resultados têm sido variados.

A pré-candidata ainda disse que é difícil descolar sua imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando questionada sobre sua identidade política.

"Não posso dizer que não vivi de 2003 a 2010", disse, em referência ao tempo que permaneceu no governo.

Dilma também lembrou de seu passado como guerrilheira --ela integrou o movimento VAR-Palmares durante a ditadura militar-- e falou de seu processo de recuperação contra um câncer linfático, diagnosticado em 2009.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u724107.shtml

21 de abr. de 2010

PSB articula para abortar pré-candidatura de Ciro

AE - Agência Estado

A cúpula do PSB iniciou articulação com o Palácio do Planalto para abortar a pré-candidatura à Presidência da República do deputado Ciro Gomes (CE). A ideia é promover um encontro entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para minimizar danos e, dessa forma, garantir o apoio do deputado à candidatura da petista Dilma Rousseff. O Planalto teme que, uma vez rifado pelo próprio partido com o patrocínio do governo, Ciro saia atirando. "O apoio do Ciro para a Dilma é muito importante", resumiu ontem o líder do
governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Coube ao presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a missão de encontrar a saída menos traumática para sacramentar a desistência de Ciro da disputa presidencial. Campos, que estava ontem à noite em Brasília para participar de jantar com o presidente Lula em comemoração
aos 50 anos da cidade, pretendia conversar com um grupo de socialistas sobre o futuro da candidatura de Ciro.

Ciro passou o dia de ontem em Brasília, mas não apareceu na Câmara nem procurou seus colegas de bancada. Na noite anterior, o deputado jantou com a família em um restaurante badalado da capital federal. A Executiva do PSB se  reúne na terça-feira para bater o martelo sobre futuro da candidatura de
Ciro. Uma das hipóteses é que o partido apoie informalmente a candidatura de Dilma, a exemplo do que ocorreu em 2006. Sem a aliança formal, o PT não teria o tempo de TV do PSB. Em troca da desistência de Ciro, o PSB espera ganhar contrapartidas nos Estados. Os socialistas querem que, em alguns locais, o PT
apoie seus candidatos ao governo do Estado.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psb-articula-para-abortar-pre-candidatura-de-ciro,541201,0.htm

Não vou brigar com institutos, diz Dilma sobre pesquisas

Ricardo Galhardo, iG São Paulo

A pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, disse nesta
quarta-feira em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, que não vai brigar com institutos sobre pesquisa. Na semana
passada, o PSDB entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
contra o Instituto Sensus.

O partido alega que o Sensus descumpriu o prazo estipulado por lei para
divulgação do resultado da pesquisa. A legislação determina que o resultado
seja divulgado 5 dias depois da inscrição da pesquisa no TSE. O Sensus
inscreveu o levantamento no dia 5, mas alterou dados no dia 9. Portanto, na
avaliação do PSDB, a pesquisa só poderia ser divulgada no dia 14, e não em 13 de abril como foi feito.

A pesquisa Sensus apontou empate técnico na corrida presidencial entre o
tucano José Serra (33%) e a petista Dilma Rousseff (32%). Este foi o
resultado mais apertado entre os dois candidatos.

"Eu não vou brigar com o instituto. Vou respeitar o instituto. Não se pode
desconsiderar, mas não é a última palavra", disse. Questionada se a afirmação
era uma resposta ao PSDB, Dilma disse que não. "Eu respeito a pesquisa e não
acho que seja decisiva. Se me falarem que estou em cima, tudo bem. Mas se
falarem que estou embaixo, não vou brigar", destacou.

Pesquisa Ibope

A pré-candidata pelo PT também comentou a pesquisa do Ibope, na qual aparece
com 29% das intenções de voto contra 36% de José Serra, divulgada nesta
quarta-feira. "Pesquisa é um sinal do momento. Os ventos mudam... Eu acredito
que a pesquisa é um ponto, uma referência, mas não serve para dizer como vão
ser as coisas daqui para a frente".

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/21/nao+vou+brigar+com+instituto+diz+dilma+sobre+pesquisas+9464971.html

PSB marca reunião para decidir sobre desistência de Ciro

Adriano Ceolin e Andreia Sadi, iG Brasília

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, marcou para
terça-feira (27) a reunião do partido que decidirá o destino de Ciro Gomes em
2010. A tendência é que o deputado federal do Ceará seja convencido a
abandonar a disputa pela Presidência da República, o que abrirá caminho para
o PSB fechar com Dilma Rousseff (PT).

Nesta quarta-feira Campos encontrou-se em Brasília com lideranças do PSB na
Fundação João Mangabeira. A reunião contou com a presença do vice-presidente
do partido, Roberto Amaral, do primeiro-secretário Carlos Siqueira e do
senador Renato Casagrande (PSB-ES). O partido começou a rascunhar uma carta
aberta para justificar a saida de Ciro da corrida eleitoral

Segundo o iG apurou, o PSB vai cobrar do PT apoio do partido nos Estados.

Atualmente, há quatro Estados em que os pré-candidatos do PSB estudam formar
aliança com o PSDB, partido de oposição ao governo federal. São os diretórios
socialistas de Alagoas, Amazonas, Paraíba e Paraná.

A avaliação do partido é que Ciro errou ao publicar em seu blog uma carta em
que critica o partido por articular uma coligação com a candidata do PT. “A
pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias, eu não
consigo entender o que quer de mim o meu partido”, escreveu, no dia 15.

Quase uma semana depois da decisão, o senador Renato Casagrande tentou
minimizar as declarações de Ciro. “Isso já passou. Não vai influir na decisão
sobre a candidadura”, afirmou.

Casagrande, no entanto, fez questão de destacar que Ciro sempre acompanhou as
discussões do partido sobre a possibilidade da candidatura própria ou da
coligação com Dilma Rousseff.

“As coisas sempre foram discutidas de forma aberta, transparente. Tudo na
mesa, com ele participando”, disse Casagrande.

Até o fim do ano passado, o senador do Espírito Santo era o principal
defensor no partido da tese de candidatura própria. Isso porque tenta ser
candidato ao governo do Estado e, para ele, era importante haver uma chapa
presidencial do partido.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/21/psb+marca+reuniao+para+decidir+sobre+desistencia+de+ciro+9464968.html

Pesquisa Ibope mantém Serra à frente de Dilma

iG São Paulo

O pré-candidato do PSDB José Serra tem 36% das intenções de voto e Dilma
Rousseff, do PT, aparece 29%, segundo pesquisa Ibope encomendada pela
Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e divulgada nesta quarta-feira. No
levantamento anterior feito pelo Ibope, em março, Serra tinha 35% e Dilma,
30%.

Ainda de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela ACSP, a
pesquisa traz os pré-candidatos Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV) com 8%
das intenções de voto.

Em um possível segundo turno entre os pré-candidatos do PSDB e do PT, segundo
a pesquisa, Serra venceria com 46% dos votos e Dilma teria 37%.

O Ibope ainda fez a pergunta espontânea sobre quem o eleitor votaria nas
eleições sem indicar os nomes dos candidatos. Lula aparece em primeiro lugar
com 16% das intenções, seguido por Dilma, com 15%, e Serra, com 14%. Ciro,
Marina Silva e Aécio Neves (PSDB) aparecem com 1%.

Questionados sobre a taxa de rejeição, 48% disseram que não votariam em Ciro
Gomes "de jeito nenhum", 43% em Marina Silva, 34% em Dilma Rousseff e 32% em
José Serra.

Pesquisa anterior

O último levantamento Ibope, divulgado em 17 de março e encomendado pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou o pré-candidato do PSDB a
presidente com 35% das intenções, seguido pela pré-candidata do PT com 30%.

Ciro registrou 11% e Marina teve 6%. Naquela sondagem, o porcentual de votos
em branco e nulos alcançou 10% e o dos que disseram não saber em quem votar
ou não quiseram responder somou 8%. De acordo com o "Diário do Comércio", os
levantamentos encomendados pela CNI e pela ACSP usam a mesma base de apuração
e, logo, podem ser comparados entre si.

No cenário sem Ciro, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta Serra com
40%, Dilma com 32%, Marina com 9%, em branco e nulos 11% e não sabem ou não
opinaram, 9%. Na simulação de um eventual segundo turno entre os
pré-candidatos do PSDB e do PT, Serra lidera com 46% e Dilma tem 37%. A maior
rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro, com 48%, seguido de Marina, com
43%, Dilma, com 34%, e Serra, com 32%.

Popularidade de Lula

A pesquisa Ibope/Diário do Comércio mostra também crescimento na popularidade
do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 76% dos
entrevistados, a gestão de Lula é ótima ou boa; para 18%, é regular, e 5%
afirmaram ser ruim ou péssima. Na última edição do levantamento, 75% dos
entrevistados avaliavam a gestão do presidente como ótima ou boa.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 18 de abril com 2002
entrevistados em 141 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos. Foi registrada no TSE sob o número
9070/2010.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/21/pesquisa+ibope+mantem+serra+a+frente+de+dilma+9464388.html

PSB marca reunião para decidir sobre desistência de Ciro

Adriano Ceolin e Andreia Sadi, iG Brasília

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, marcou para
terça-feira (27) a reunião do partido que decidirá o destino de Ciro Gomes em
2010. A tendência é que o deputado federal do Ceará seja convencido a
abandonar a disputa pela Presidência da República, o que abrirá caminho para
o PSB fechar com Dilma Rousseff (PT).

Nesta quarta-feira Campos encontrou-se em Brasília com lideranças do PSB na
Fundação João Mangabeira. A reunião contou com a presença do vice-presidente
do partido, Roberto Amaral, do primeiro-secretário Carlos Siqueira e do
senador Renato Casagrande (PSB-ES). O partido começou a rascunhar uma carta aberta para justificar a saida de Ciro da corrida eleitoral

Segundo o iG apurou, o PSB vai cobrar do PT apoio do partido nos Estados.
Atualmente, há quatro Estados em que os pré-candidatos do PSB estudam formar
aliança com o PSDB, partido de oposição ao governo federal. São os diretórios
socialistas de Alagoas, Amazonas, Paraíba e Paraná.

A avaliação do partido é que Ciro errou ao publicar em seu blog uma carta em
que critica o partido por articular uma coligação com a candidata do PT. “A
pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias, eu não
consigo entender o que quer de mim o meu partido”, escreveu, no dia 15.

Quase uma semana depois da decisão, o senador Renato Casagrande tentou
minimizar as declarações de Ciro. “Isso já passou. Não vai influir na decisão
sobre a candidadura”, afirmou.

Casagrande, no entanto, fez questão de destacar que Ciro sempre acompanhou as
discussões do partido sobre a possibilidade da candidatura própria ou da
coligação com Dilma Rousseff.

“As coisas sempre foram discutidas de forma aberta, transparente. Tudo na
mesa, com ele participando”, disse Casagrande.

Até o fim do ano passado, o senador do Espírito Santo era o principal
defensor no partido da tese de candidatura própria. Isso porque tenta ser
candidato ao governo do Estado e, para ele, era importante haver uma chapa
presidencial do partido.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/21/psb+marca+reuniao+para+decid

ir+sobre+desistencia+de+ciro+9464968.html

Para Plínio de Arruda Sampaio, reforma agrária é o principal tema do país

Para Plínio de Arruda Sampaio, reforma agrária é o principal tema do país

Elaine Patricia Cruz

Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O pré-candidato à Presidência da República Plínio de Arruda Sampaio (P-SOL) participou na tarde de hoje (21), na Praça da Sé, em São Paulo, de uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Usando um boné vermelho do MST, Plínio reclamou da ausência dos demais pré-candidatos e afirmou que a reforma agrária é um problema sério, que deveria estar na plataforma política das eleições deste ano.

Segundo ele, o P-SOL está preparando um programa político para as próximas eleições e a reforma agrária deve ser o ponto principal, seguido pela educação. “Este é o tema do país. Este é o problema mais sério do país”, afirmou

Plínio também aproveitou para negar divergências em seu próprio partido quanto à sua pré-candidatura. “No meu partido, fatura liquidada. Lá dentro tem um grupo recalcitrante, mas isso é um direito de todos. O esperneio é permitido”, disse.

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PV bate o martelo do vice de Marina Silva

Correio Braziliense - Igor Silveira

Mais um traçado para a arquitetura da próxima eleição presidencial, em outubro, foi desenhado ontem, com a confirmação do nome para a vaga de vice na chapa da senadora Marina Silva (PV-AC). Pelo menos foi o que garantiu o presidente do partido, o vereador José Penna (PV-SP), à reportagem do Correio. De acordo com ele, o empresário e sócio da empresa de cosméticos Natura Guilherme Leal, 60 anos, foi mesmo o escolhido para o posto. O anúncio oficial, ainda segundo o líder do Partido Verde, será feito no dia 12 de junho, na convenção da legenda, que será realizada na capital federal ou em São Paulo.

“Não há qualquer dúvida. A escolha foi feita e o acordo está consolidado. Não adianta ficar procurando cabelo em ovo. Guilherme Leal é um exemplo do espírito empreendedor moderno no Brasil”, destacou Penna. Apesar da certeza dada pelo presidente do PV, Leal ainda mantém o mistério sobre a decisão de concorrer ao pleito. Para quem o pergunta sobre a possibilidade, afirma que está estudando a proposta com a família e os amigos.

Marina Silva é mais cautelosa em relação à decisão de Leal. “Uma coisa é o nosso desejo, a vontade do PV. Outra é o que ele quer. Ele vem de um trabalho com a agenda sócioambiental há mais de 30 anos e estamos batalhando juntos. Isso é muito animador. Mas ele tem o tempo dele para aceitar o convite. Acho bonita essa atitude de consultar as pessoas próximas”, ressaltou.

Desde que se filiou ao partido, em setembro do ano passado, Guilherme Leal engrossou o coro de boatos sobre a corrida à sucessão presidencial. Nome preferido da candidata Marina Silva, o empresário enfrentava resistência dentro da própria legenda, incluindo José Penna. Na época da filiação, os jornalistas também tentaram arrancar alguma declaração que confirmasse a escolha de Leal, mas ele despistou. “Qualquer cidadão que cumpriu esses procedimentos até 3 de outubro de 2009 (data limite para poder concorrer às eleições de 2010) pode fazer parte de um projeto político”.

Constância
Em 16 de maio, no Rio de Janeiro, Marina Silva será apresentada como pré-candidata do partido. Penna confirmou que Guilherme Leal estará presente na ocasião. A companhia do empresário nas viagens da senadora pelo Brasil é uma constante, o que é um forte indício de que ele será vice na chapa do PV. A reportagem tentou entrevistar Leal ontem, mas, segundo a assessoria, ele está viajando e ficará incomunicável até domingo, quando vai aos Estados Unidos com Marina Silva. Os dois participarão da 40ª edição do Dia da Terra (The Earth Day), em Washington.

Serra retoma visitas ao Nordeste
O comando da pré-campanha de José Serra (PSDB) à Presidência da República agendou visitas pontuais do candidato ao Nordeste e a Brasília até o fim da semana. A agenda do ex-governador de São Paulo tem encontros confirmados no Rio Grande do Norte, com empresários locais, na quinta. No mesmo dia, Serra viaja até Brasília, onde acompanha as posses de Ricardo Lewandowski como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de Cézar Peluzo no Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira. A estratégia de campanha estuda explorar o descompasso entre governo federal e prefeitos, que estariam insatisfeitos com o corte no Fundo de Participação dos Municípios e a demora pela votação do modelo de distribuição dos royalties do pré-sal.

 http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/21/politica,i=187664/PV+BATE+O+MARTELO+DO+VICE+DE+MARINA+SILVA.shtml