12 de dez. de 2009

PT pretende gastar R$ 6,5 mi para lançar campanha de Dilma

Terra

O Partido dos Trabalhadores pretende gastar R$ 6,5 milhões na festa que lançará a candidatura à presidência de Dilma Rousseff, segundo o jornal Folha de S.Paulo. O 4º Congresso do partido acontecerá em fevereiro de 2010 e deverá ser o maior evento da história do PT, com previsão de público total de 3 mil participantes, segundo dados contábeis fechados na última semana.

O partido teria uma dívida de R$ 35 milhões nas suas contas segundo a reportagem, principalmente devido ao escândalo do mensalão em 2005. Entrevistado, o tesoureiro Paulo Ferreira afirmou que os gastos são justificados pois é um "momento definidor" na história do partido, e que parte dos gastos serão cobertos pela taxa de R$ 15 cobrada dos filiados. Os principais gastos devem ser com passagens aéreas, que devem custar R$ 1,6 milhão, e o aluguel do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, avaliado em R$ 475 mil.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4153622-EI7896,00-PT+pretende+gastar+R+mi+para+lancar+campanha+de+Dilma.html

PMDB não abre mão de Michel Temer para vice

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

O PMDB se lixou para o fato de o presidente Lula dizer um palavrão durante discurso no Maranhão. Mas não tolerou a cobrança de uma lista tríplice para a escolha do candidato a vice na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República em 2010. O partido já tem um pré-candidato para essa composição: o presidente da Câmara, Michel Temer (SP). E a cúpula partidária não aceita vetos. Nos bastidores, a disposição do partido é, no caso de alguém vetar Temer, "acabou a aliança".

Para mostrar que não estão brincando, os peemedebistas cancelaram a reunião da próxima quarta-feira, quando os dois partidos iriam discutir os palanques estaduais nas eleições do ano que vem. E há ainda um movimento em curso para obstruir as votações do marco regulatório do pré-sal na próxima terça-feira. Em duas notas oficiais, o PMDB registrou a sua indignação e classificou o pedido de três nomes como uma intromissão indevida de Lula nas decisões internas de outra legenda que não o PT.

"É o debate, é a decisão democrática e soberana da convenção nacional que escolherá, se for aprovada a aliança, o seu único candidato à Vice-Presidência da República. Essa prerrogativa, esse direito, por favor, ninguém tente restringir. Em respeito ao PMDB", afirmou, em nota, o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). O tom usado é parecido com o texto redigido em conjunto pela presidente do PMDB, deputada Íris de Araújo (GO), e pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães, deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), ex-ministro dos Transportes do governo Fernando Henrique Cardoso e defensor da candidatura própria.

A nota de Íris e Padilha, com aval dos líderes da Câmara e do Senado, Renan Calheiros, fala em intromissão indevida em assuntos do PMDB e reforça que "só a Convenção Nacional, a se realizar em junho vindouro, no exercício de sua exclusiva competência, decidirá se o pré-acordo será transformado em aliança e o nome do candidato a vice ou daquele que representará o PMDB na sucessão presidencial, em caso de candidatura própria".

Diante da ameaça do PMDB de manter o suspense sobre a aliança até junho do ano que vem, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, correu cedo para o telefone, no sentido de tentar aliviar a irritação da cúpula do PMDB com o presidente Lula e afastar as desconfianças que ameaçam minar a parceria entre os dois partidos. Ele disse a Henrique Eduardo Alves que a decisão do PMDB será respeitada e que a declaração do presidente Lula havia sido provocada a partir de uma pergunta sobre as chances de o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, maranhense, compor a chapa. O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, foi direto: "Quero é botar água na fervura. O que nos une é maior do que isso".

Opções na surdina
Os peemedebistas estão mesmo desconfiados das reais intenções do PT de aceitar Michel Temer como candidato a vice. Em conversas reservadas, há, dentro do PT, quem considere que Temer não trará os votos que a ministra Dilma precisa para agregar aos 20% que as pesquisas colocam como o patamar de transferência de Lula. Reservadamente, integrantes da cúpula petista estão com os olhos voltados para o nome do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Além de abrir caminho para uma candidatura de Lindberg Farias (PT) ao governo do Rio, a composição com Cabral dá ao PT alguém que já foi testado nas urnas, dirige o terceiro maior colégio eleitoral do país e, para completar, é visto como um político leve e simpático.

Ocorre que, hoje, os deputados e senadores que comandam o diretório nacional do PMDB não têm segurança suficiente para fazer de Cabral o candidato a vice da chapa encabeçada pelo PT. O mesmo vale para o nome de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, recém-filiado ao partido. Ambos não têm votos no diretório nacional para assegurar a vaga de vice. Por isso, a ordem interna é que, se houver veto a Michel Temer, acabou a aliança.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/12/12/politica,i=160524/PMDB+NAO+ABRE+MAO+DE+MICHEL+TEMER+PARA+VICE.shtml

Deputado admite largar candidatura se Dilma tiver chance de vencer no 1º turno

O POVOonline

O deputado federal Ciro Gomes (PSB) afirmou ontem que caso a ministra da Casa-Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), dispare nas pesquisas de intenção de voto, ele retira a sua candidatura. ``É natural. Se a Dilma, representando nossas forças, disparar, a ponto de ter uma chance de ganhar no primeiro turno, minha responsabilidade muda. Minha responsabilidade passa a ser não dividir e sim garantir a vitória``, explicou.

Ao mesmo tempo, no entanto, Ciro acredita que essa não deve ser a tendência. "A minha candidatura será essencial, seja para ganhar os valores que esse projeto representa, seja para dar a garantia de um segundo turno, em que o que for ao segundo lugar, terá o apoio do terceiro``, destacou.

Ciro também se disse tranquilo com o resultado da última pesquisa CNI/Ibope, em que ele caiu quatro pontos percentuais (de 17% para 13%), enquanto seus outros dois adversários diretos & o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra Dilma & cresceram três e dois pontos, respectivamente. Serra foi de 35% para 38%, e Dilma saiu de 15% para 17%.

"Pesquisa, a tal distância do processo, deve ser vista sempre com muita moderação, com muito cuidado, com muita atenção. O que eu acho, no caso, é que as indicações vão se aproximando daquilo que parece ser a realidade da largada``, declarou o deputado.

Ele também compartilhou suas esperanças de crescer nas próximas pesquisas. "Na medida em que a minha candidatura se defina, ou seja, se esclareça, que o meu partido me apóie, que a gente supere o isolamento partidário, que fique esclarecido que eu sou uma candidatura também do arco de forças de sustentação so presidente Lula, aí eu vejo chance de crescer bastante``, analisou. (IC)

http://www.noolhar.com/opovo/politica/936620.html

Quércia, na contramão, apoia a lista tríplice no PMDB

Correio do Brasil, com ACS - de São Paulo

A disputa interna no PMDB vem ganhando contornos cada vez mais pitorescos. Embora já tenha declarado publicamente sua preferência por uma aliança com o PSDB, e o nome de José Serra para a Presidência, o ex-governador Orestes Quércia, presidente do PMDB paulista, agora já admite que o partido apresente a lista tríplice para indicar o vice de Dilma, como quer o presidente Lula, contrariando, assim, as pretensões do presidente da Câmara Michel Temer.

– Tudo bem o Lula querer uma lista tríplice. Por que não? – afirmou Quércia aos jornalistas de um diário paulistano.

Se isso já não bastasse, Quércia também começa a desenhar uma aproximação com o governador do Paraná, Roberto Requião, que defende candidatura própria do partido para a sucessão de Lula.

Diante desse quadro é que acontecerá neste domingo a eleição que definirá a futura direção do PMDB de São Paulo. De um lado, Quércia, que comanda o partido no Estado há cerca de 20 anos, e de outro o ex-prefeito de Osasco e atual deputado federal, Francisco Rossi, que defende que o partido tenha candidato próprio à sucessão de José Serra e lidera a ala dos que não querem que o PMDB se alinhe aos tucanos no ano que vem.

– Apesar de o Quércia ficar alardeando que o Temer está na chapa dele, a verdade é que ele está contrariando o Temer, em todos os sentidos. Além de estar trabalhando pelos interesses do PSDB e de José Serra, o Quércia agora até defende a lista tríplice para indicar o vice da Dilma (Roussef). E, para completar, começou a defender uma candidatura do Requião ao Planalto. Ele está atirando para todos os lados e acha os membros do PMDB de São Paulo são fossem ignorantes – afirma o principal articulador da candidatura Rossi, Fernando Fantauzzi, ex-secretário de Planejamento da cidade de São Paulo.

A eleição do PMDB paulista acontece neste domingo, na Assembleia Legislativa de São Paulo a partir das 9h.

http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=161076

11 de dez. de 2009

PMDB critica intromissão de Lula na escolha de vice do PMDB e ameaça com candidatura própria

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A cúpula do PMDB divulgou nota oficial nesta sexta-feira com duras críticas à afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o partido deve enviar uma "lista tríplice" para que o PT decida quem deve ser o vice da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em 2010. Na nota, o PMDB não descarta lançar candidato próprio ao Palácio do Planalto no ano que vem e classifica a declaração de Lula de "intromissão de terceiros" no partido.

"O PMDB ainda não aferiu a extensão e a profundidade dos danos que tal notícia causou ao pré-acordo celebrado entre o PMDB e o PT, com vistas a uma possível aliança para a eleição presidencial de 2010. De qualquer forma, o PMDB, maior partido do Brasil, não vê como devida a intromissão de terceiros, por mais respeitáveis que sejam, em assuntos de sua exclusiva competência interna."

A nota é assinada pela presidente interina do PMDB, Íris de Araújo (GO), pelos líderes do PMDB na Câmara e no Senado, Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL), além do presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha (RS). O grupo integrava a ala do partido favorável à aliança com o PT em 2010.

Os quatro afirmam que somente a convenção nacional do PMDB, que será realizada em junho de 2010, poderá decidir se o pré-acordo com o PT vai se transformar num acordo e, posteriormente, em uma aliança definitiva.

A convenção também é que vai decidir, segundo a nota, o nome do PMDB a ser indicado na possível chapa de Dilma --se o partido desistir de candidatura própria.

"Só a convenção nacional do PMDB, a se realizar em junho vindouro, no exercício de sua exclusiva competência, decidirá se o aludido pré-acordo converter-se-á em acordo e aliança definitiva e sobre a escolha do nome que representará o partido para possível aliança ou para candidatura própria à presidência e a vice-presidência da República."

Declaração

Durante visita ao Maranhão, Lula disse ontem que o PMDB "tem todo o direito de exigir a vice' numa chapa liderada por Dilma, mas sugeriu que o partido, em março, prepare uma lista tríplice e apresente à ministra da Casa Civil para que ela escolha um nome.

Na opinião do presidente, Dilma deve ter autonomia para escolher o vice-presidente em sua chapa porque precisa ter afinidade com o seu futuro companheiro de trabalho --caso eleita. "Você não pode empurrar para ela alguém que não tenha afinidade com ela, porque aí será a discórdia total", disse Lula. O presidente prometeu não interferir na escolha da ministra.

PT e PMDB firmaram um pré-acordo há mais de um mês para que os peemedebistas indiquem o vice-presidente na chapa de Dilma. O partido, no entanto, está rachado entre três correntes: a que apoia a aliança com o PT, a que defende uma aliança com o PSDB em 2010, além do terceiro grupo que defende a candidatura própria da legenda.

Na tentativa de mostrar à cúpula do partido que parte da legenda defende a candidatura própria, um grupo de peemedebista lançou o nome do governador do Paraná, Roberto Requião, como pré-candidato do PMDB para a Presidência da República.

Na ala governista do PMDB, o nome do presidente licenciado da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), era dado como certo para integrar a chapa de Dilma na vice-presidência.

O terceiro grupo, que tem à frente o ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), defende a aliança com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), numa ruptura direta com o presidente Luiz Inácio

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u665315.shtml

PMDB de SP declara apoio à candidatura de Requião para a Presidência

da Folha Online

A Executiva Estadual do PMDB de São Paulo declarou hoje apoio à candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), para a Presidência da República. Com isso, o PMDB-SP rompe com o grupo do partido que defende uma aliança com o PT.

A Executiva Nacional do partido já fechou um pré-acordo com o PT em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Presidido pelo ex-governador Orestes Quércia, o PMDB-SP nunca foi favorável à aliança em favor de Dilma. Inicialmente, o grupo de Quércia defendia um entendimento com o PSDB, do governador paulista José Serra.

Como o PSDB demora para decidir o nome do candidato à Presidência, o grupo o PMDB-SP se aproximou de Requião.

Leia abaixo a íntegra da nota do PMDB-SP:

"Em reunião nesta sexta-feira (11.12) decidiu, por unanimidade, apoiar a candidatura do governador do Estado do Paraná, Roberto Requião, para concorrer à Presidência da da República nas eleições de 2010.

Essa posição deverá ser externada ao senhor Requião no próximo domingo, quando deverá participar da Convenção Estadual do PMDB paulista.

Por outro lado, confirmada a candidatura própria em âmbito nacional, o PMDB de São Paulo também se empenhará para viabilizar uma candidatura do partido ao governo do Estado de São Paulo."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u665312.shtml

PMDB se irrita com Lula e cobra respeito à escolha do vice do partido

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
da Reuters, em Brasília

O PMDB reagiu nesta sexta-feira à afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o partido deve indicar uma "lista tríplice" para que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) escolha o candidato a vice em 2010. Irritado com as palavras de Lula, o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disse que o partido respeita a discussão interna do PT, mas que a recíproca tem que ser "absolutamente verdadeira".

"O PT já definiu sua candidatura à Presidência. Seus critérios e discussões internas merecem o respeito, a lealdade e a confiança do PMDB. Mas a recíproca tem, e terá, que ser absolutamente verdadeira. E o nosso partido sequer admite pensar diferente. O 'correto' para o PMDB é o que o PMDB entender ser o correto", afirmou líder.

Em nota, Alves diz ainda que a declaração de Lula "não bate à porta do PMDB" porque fica situada em "imprevisíveis caminhos que levarão à eleição presidencial".

O líder reitera que há um pré-acordo entre o PT e o PMDB para a indicação à vice-presidência, mas afirma que a convenção nacional da legenda, prevista para março, é que definirá se a aliança vai sair do papel.

"É o debate, é a decisão democrática e soberana da convenção nacional que escolherá, ser for aprovada a aliança, o seu único candidato à vice-presidência da República. Essa prerrogativa, esse direito, por favor, ninguém tente restringir. Em respeito ao PMDB", disse.

Na nota, Alves afirma que o "grande patrimônio do PMDB" são as suas bases, lideranças estaduais e municipais.

Além de Alves, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também reagiu à afirmação de Lula. O peemedebista encaminhou ofício nesta sexta-feira ao diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, com o pedido para que a instituição divulgue supostas "munições" que teria contra ele --em meio à Operação Caixa de Pandora, que investiga irregularidades no governo do DF.

Temer cita, no ofício, afirmação de um petista ligado à campanha de Dilma teria "bala na agulha" contra Temer.

"Essa informação teria nascido de dirigente petista insinuando que este a teria colhido na Polícia Federal. Em face dessa circunstância, requeremos a Vossa Senhoria que nos informe ou dê a público eventuais fatos comprobatórios", diz Temer.

Antes da denúncia do mensalão do DEM, Lula não havia sugerido ao partido apresentar vários candidatos para a chapa de Dilma --uma vez que o nome de Temer era dado como certo dentro do PMDB para a vice-presidência ao lado da petista.

Ontem, Lula disse que PMDB tinha todo o direito de "exigir" a vaga de vice porque é o maior partido aliado, mas não deve impor somente um nome. "O correto não é nem o PMDB impor um nome só. O correto é o PMDB discutir dentro do PMDB, indicar três nomes para a ministra Dilma para que ela possa escolher, porque isso é que nem casamento. Quem vai casar com o vice é a candidata, e você não pode empurrar pra ela alguém que não tem afinidade com ela porque aí será discórdia total", afirmou.

Questionado se o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) seriam bons candidatos a vice de Dilma, Lula disse que ainda é muito prematuro discutir nomes, "seja quem quer que seja". Porém, ressaltou que Temer e Lobão têm vida política "comprovada e aprovada".

Operação abafa

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), saiu a campo nesta sexta-feira para tentar reduzir o constrangimento gerado no PMDB pelo presidente. "Não houve nenhum tipo de encaminhamento nesse sentido e quem está conduzindo as conversas com o PMDB é o PT. Eu já liguei para o Michel Temer e para o Henrique Eduardo Alves (líder do PMDB na Câmara) e já disse que isso não corresponde à posição do PT", disse Berzoini à Reuters.

Para Berzoini, a manifestação de Lula foi "impensada" e não corresponde ao que já foi conversado entre PT e PMDB. Os dois partidos fecharam um pré-acordo que prevê a parceria na disputa presidencial.

"Chapa se compõe sempre pelo entendimento de dois lados. Nós estamos indicando a Dilma. Se eles tiverem alguma opinião em relação a Dilma, eles têm que dizer. E vice e versa. Até agora, todas as conversas são o seguinte: quem indica o vice é o PMDB", ressaltou o presidente do PT.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u665264.shtml

Temer cobra da PF dados que o prejudicariam como vice de Dilma

Terra - Keila Santana

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), encaminhou nesta sexta-feira um ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, solicitando informações sobre possíveis provas que a instituição teria contra a cúpula do PMDB que poderiam inviabilizar a escolha de Temer como vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), nas eleições presidenciais de 2010.

O deputado Michel Temer questiona uma nota publicada na coluna "Painel" do jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira que relata mudanças na intenção do governo de ter o presidente do PMDB como o candidato à vice-presidente. Segundo Temer, a nota "infamante" insinua que a PF tem "bala na agulha" suficiente para convencer o PMDB a formar a chapa para a disputa presidencial com o ministro Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, e o mais novo filiado do PMDB.

"Em face das circunstâncias, requeremos a V.S.a que nos informe ou dê a público eventuais fatos comprobatórios dessa infamante nota", disse Temer. A nota da coluna se baseou em declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem no Maranhão, sugerindo que o PMDB envie até março uma lista tríplice para que a própria ministra Dilma Rousseff possa escolher quem será o vice dela. "Você não pode empurrar para ela alguém que não tenha afinidade com ela, porque aí será a discórdia total", disse Lula em São Luís.

Até agora, o nome de Michel Temer era o mais cotado para formar a chapa PT-PMDB. O líder do partido na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN) aumentou o tom e divulgou uma nota hoje considerando inoportuna a declaração do presidente Lula.

"A declaração do Presidente Lula, com todo respeito, não bate à porta do PMDB. Ela fica nesses, ainda, imprevisíveis caminhos que levarão à eleição presidencial. O PT já definiu sua candidatura à presidência. Seus critérios e discussões internas merecem o respeito, a lealdade e a confiança do PMDB. Mas a recíproca tem, e terá, que ser absolutamente verdadeira. E o nosso partido sequer admite pensar diferente. O 'correto' para o PMDB é o que o PMDB entender ser o correto", disse.

Segundo Henrique Eduardo, os peemedebistas é que vão decidir na Convenção Nacional quem será o nome do partido para compor a chapa presidencial com o PT. "É o debate, é a decisão democrática e soberana da convenção nacional que escolherá, ser for aprovada a aliança, o seu único candidato à vice-presidência da República. Essa prerrogativa, esse direito, por favor, ninguém tente restringir. Em respeito ao PMDB", disse.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4152832-EI7896,00-Temer+cobra+da+PF+dados+que+o+prejudicariam+como+vice+de+Dilma.html

PT tenta reduzir mal-estar com o PMDB provocado por fala de Lula

da Reuters, em Brasília

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), saiu a campo nesta sexta-feira para tentar reduzir o constrangimento gerado no PMDB pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na quinta-feira, Lula afirmou em entrevista que o PMDB não deveria impor um nome ao PT para compor a chapa a ser liderada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na eleição presidencial de 2010.

Para o presidente Lula, o partido aliado terá de apresentar a Dilma uma lista com três nomes, e assim a ministra poderia escolher seu candidato a vice-presidente. A declaração foi mal recebida por peemedebistas, que consideram o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), o mais cotado para o cargo.

"Não houve nenhum tipo de encaminhamento nesse sentido e quem está conduzindo as conversas com o PMDB é o PT. Eu já liguei para o Michel Temer e para o Henrique Eduardo Alves (líder do PMDB na Câmara) e já disse que isso não corresponde à posição do PT", disse Berzoini à Reuters.

Para Berzoini, a manifestação de Lula foi "impensada" e não corresponde ao que já foi conversado entre PT e PMDB. Os dois partidos fecharam um pré-acordo que prevê a parceria na disputa presidencial.

"Chapa se compõe sempre pelo entendimento de dois lados. Nós estamos indicando a Dilma. Se eles tiverem alguma opinião em relação a Dilma, eles têm que dizer. E vice e versa. Até agora, todas as conversas são o seguinte: quem indica o vice é o PMDB", ressaltou o presidente do PT.

Berzoini reconheceu que há um "mal-estar" entre os dois partidos, mas ressaltou que, pelo lado do PT, as relações nada mudaram.

"Ambos (Michel Temer e Henrique Eduardo Alves) disseram que ficaram satisfeitos com a minha declaração, mas é evidente que havia um mal-estar porque não foi isso que foi conversado antes", comentou.

O Palácio do Planalto também tentou desfazer o incidente. O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, telefonou ao presidente da Câmara reforçando a versão de que nada havia sido feito de caso pensado. Segundo uma fonte, o ministro teria dito ainda durante a conversa que o presidente Lula ligaria para Temer com o mesmo objetivo.

Líder do PMDB diz que partido tem prerrogativa de escolher candidato a vice se houver aliança

Agência Brasil - Iolando Lourenço

Brasília - O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), distribuiu hoje (11) nota à imprensa rebatendo as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feitas ontem (10) no Maranhão.

“A declaração do presidente Lula, com todo respeito, não bate à porta do PMDB”, disse. Segundo o líder, a declaração fica nos “imprevisíveis caminhos que levarão à eleição presidencial”. Lula disse que, diante da possibilidade de uma aliança com o PMDB, o partido teria o direito de indicar o candidato a vice-presidente nas eleições de 2010. Mas, no entanto, o presidente defendeu que o PMDB apresentasse uma lista tríplice para ser avaliada pela possível candidata do PT à presidência, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Na nota, Alves afirma haver um pré-compromisso entre o PT e o PMDB, atendendo a um apelo do presidente da República, para “estarmos juntos em 2010”. O líder comenta que o PT já definiu sua candidata e que os seus critérios e discussões internas merecem o respeito, a lealdade e a confiança do PMDB. “Mas a recíproca tem, e terá, que ser absolutamente verdadeira. E o nosso partido sequer admite pensar diferente. O correto para o PMDB é o que o PMDB entender ser o correto.”

Ele lembrou que a Convenção Nacional do PMDB é que vai definir os rumos do partido de forma democrática e soberana e, se for aprovada a aliança com o PT, definirá um único candidato a vice-presidente da República. “Essa prerrogativa, esse direito, por favor, ninguém tente restringir. Em respeito ao PMDB”, disse Alves.

O líder encerra a nota reafirmando que, em qualquer direção, “o nosso compromisso maior com as nossas bases, lideranças estaduais e municipais é o grande patrimônio do PMDB”.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/12/11/materia.2009-12-11.9292505891/view

DEM acompanha eleições no Chile para tirar lição para 2010

Terra

O DEM enviou quatro representantes para observar as eleições no Chile. Oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o partido está convencido de que a eventual derrota de Michelle Bachelet, mesmo com 80% de popularidade, pode servir como uma espécie de lição para os partidos oposicionistas brasileiros nas eleições de 2010. Para analistas políticos chilenos, não há transferência de votos de Bachelet para o candidato governista Eduardo Frei Ruiz.

Estão no Chile o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia - pai do presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) -, os deputados Alceni Guerra (PR), Germano Bonow (RS) e Matteo Chiarelli (RS). Todos estão sendo custeados pelo partido nos dias que passarão em Santiago.

"Estas eleições têm muito a nos ensinar. O Chile tem um passado de violência e derramamento de sangue e agora pode fazer uma transição da esquerda para a direita sem traumas nem choques", disse Guerra. Para ele, "é muito interessante observar que a presidente Bachelet, com uma altíssima popularidade, pode sair derrotada".

Para os deputados Bonow e Chiarelli, as eleições no Chile devem ser observadas como uma lição. "Estive nas eleições no Uruguai e vi como a população participa nas ruas e tem interesse pela política. Isso é do latino-americano. Mas aqui me espantou ver como são poucas as propagandas de rua", disse Bonow.

"Na América Latina vivemos uma contradição perigosa, que é o surgimento do não comprometimento com os valores democráticos e republicanos. Temos de estar atentos", afirmou Chiarelli. A corrida eleitoral no Chile envolve o candidato da oposição Miguel Sebastián Piñeira, da coligação Alianza (centro-direita), o ex-presidente Eduardo Frei Ruiz, da coligação Concertación (de Bachelet), o independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio e Jorge Arrate (Juntos Podemos Mais), ambos da esquerda.

Os cerca de nove milhões de chilenos irão às urnas no próximo domingo. Mas, de acordo com pesquisas recentes de opinião, deve haver segundo turno em 17 de janeiro. O presidente eleito no Chile assume o governo em 11 de março de 2010.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4152240-EI7896,00-DEM+acompanha+eleicoes+no+Chile+para+tirar+licao+para.html

Comissão de prefeitos do PT pró-Dilma reúne-se hoje em MS

MS Notícias

Prefeitos e vices do PT em Mato Grosso do Sul reúnem-se às 15h30 desta sexta-feira (11), no Hotel Bahamas, centro de Campo Grande, para formalizar e discutir as estratégias da Comissão de Prefeitos e Vices do PT Pró-Dilma Rousseff no Estado. O encontro será conduzido pelo prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira (PT), que foi escolhido coordenador do grupo político no início de novembro, durante o Encontro Nacional de Prefeitos, Prefeitas e Vices do partido, em Guarulhos-SP. O grupo tem a atribuição de promover debates, articular apoio e traçar estratégias para a campanha da ministra-chefe da Casa Civil à presidência da República em 2010.

De acordo com Ruiter, a criação de comissões regionais e estaduais de prefeitos e vices faz parte de uma estratégia do partido de destinar substancial responsabilidade aos governantes municipais, assim como ocorrera em campanhas petistas passadas, para viabilizar a eleição de Dilma Rousseff. “Isso se deve a algumas razões: primeiro, pela liderança dos prefeitos em suas cidades, que estão mais próximo está da população e podem evidenciar as conquistas que o país teve nos oito anos da gestão petista; e segundo, porque não serão candidatos em 2010 e, portanto, terão totais condições de contribuir efetivamente com a campanha presidencial”, explicou.

O encontro de prefeitos antecede o ato político que o Diretório Regional do PT promove também hoje, às 19 horas, na sede da Seleta Sociedade Caritativa, para aclamar a pré-candidatura do ex-governador Zeca do PT ao governo do Estado. Na ocasião, de acordo a assessoria de imprensa do partido, estão previstas as presenças de todos os parlamentares, prefeitos e vice-prefeitos do PT. “Vamos fazer uma grande festa para fechar um ano muito importante para o partido em Mato Grosso do Sul, coroado pela consolidação da unidade interna e a definição das pré-candidaturas ao governo e ao Senado”, explicou o presidente eleito do diretório, Marcus Garcia.

http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=29602

Dilma ainda não existe, é candidata de Lula, diz FHC

SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Washington

Pré-candidata petista à sucessão presidencial, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) não decola nas pesquisas porque não existe de fato, sua candidatura é uma decisão tomada unilateralmente pelo presidente Lula. A opinião é do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Para ele, Dilma "é candidata de Lula, ainda não é do partido, porque Lula nunca perguntou [ao PT] e nem mesmo a ela, ele decidiu. Então, para a opinião pública, quem existe até agora é Lula, não uma candidata".

Em Washington, o tucano comentou ainda sobre a capacidade de Lula de transferir votos para Dilma, que tem ficado em segundo lugar nas pesquisas no cenário mais provável para a disputa.

"Mas [ele] já fez isso! Ela não tinha nada, zero, nunca teve posição política, nunca foi candidata, ninguém a conhece."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u665040.shtml

Para FHC, Dilma é mais suscetível a pressões que Lula

Valor Econômico - Ricardo Balthazar, de Washington

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem duvidar que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, seja capaz de resistir a pressões como as que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu de grupos insatisfeitos com a maneira cautelosa com que ele administrou a economia do país em seus dois mandatos.

"Não sei se ela será capaz de conter o ímpeto que existe no seu campo contra o que precisa ser feito no país", afirmou Fernando Henrique, ao responder a uma pergunta sobre a eleição presidencial do próximo ano durante um evento promovido pelo Wilson Center, um centro de estudos sediado em Washington.

Ressaltando a continuidade existente entre o seu governo e o de Lula na gestão da economia, o ex-presidente disse que ela só foi possível porque Lula "foi capaz de negar tudo que disse a vida inteira" e soube resistir a pressões do PT, dos movimentos sociais e de outros grupos que o ajudaram a alcançar o poder.

"Não sei se ela seria capaz de lidar com esses grupos", afirmou Fernando Henrique Cardoso. Ele disse considerar Dilma "séria", mas classificou a candidata de Lula como mais "imprevisível" que os dois aspirantes que disputam a indicação do seu partido, o PSDB, os governadores de São Paulo, José Serra, e Minas Gerais, Aécio Neves.

O ex-presidente disse que o sucessor de Lula herdará uma situação fiscal "difícil", como resultado da acelerada expansão dos gastos do governo federal. Ele defendeu a realização de reformas para conter a deterioração das contas da Previdência Social, apesar de reconhecer que seria difícil vencer a oposição dos sindicatos e de outros grupos no Congresso.

Fernando Henrique acusou o governo Lula de ser "complacente" com as tentativas que o Congresso tem feito para acabar com o fator previdenciário, um mecanismo criado no governo tucano para frear o crescimento dos gastos da Previdência. "O próximo presidente precisará de vontade política para lidar com isso", disse. "Nessa área, a continuidade será um desastre."

Reafirmando a tese que defendeu num artigo publicado em novembro, Fernando Henrique disse que a chegada de Lula ao Planalto enfraqueceu o sistema político brasileiro ao estimular a formação de blocos de poder dominados pelos aliados do PT nos fundos de pensão e nas empresas que eles controlam, e que seriam capazes de exercer sua influência à margem dos partidos políticos tradicionais.

O ex-presidente afirmou que a "fragmentação" do sistema político do país transformou os partidos em "câmaras de compensação de grupos de interesse" que teriam dado às costas para a sociedade. Mas ele considerou inviável a convocação de uma assembleia constituinte para discutir reformas no sistema eleitoral e nos partidos, como Lula sugeriu na semana passada.

Em outro evento do qual participou ontem em Washington, organizado pelo Diálogo Inter-Americano, um centro de discussões sobre o relacionamento entre os Estados Unidos e a América Latina, Fernando Henrique criticou a política externa brasileira e os esforços que Lula tem feito para ampliar sua atuação no palco internacional.
O ex-presidente acredita que Lula errou ao tentar interferir em questões espinhosas como a crise política em Honduras e o conflito entre Israel e a Palestina sem ter força para obter resultados. "O Brasil devia aprender com a China", disse Fernando Henrique. "Nós achamos que precisamos ter uma posição sobre tudo, eles são muito mais cautelosos."

Numa rápida entrevista a um grupo de jornalistas depois do evento, o ex-presidente afirmou que o Brasil deveria fazer como os EUA e reconhecer a legitimidade da eleição presidencial realizada por Honduras há duas semanas, em que foi eleito o conservador Porfírio Lobo. O Brasil exige a restauração do presidente deposto Manuel Zelaya, derrubado por um golpe de Estado há cinco meses.

Encontro Serra-Aécio sobre 2010 é cancelado

da Agência Folha

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), citou a "agenda" de José Serra (PSDB) como um dos motivos para o cancelamento do encontro entre os dois previsto para hoje, em Teresina (PI).

No início da semana, Aécio havia elevado a importância política do encontro, ao dizer que a reunião poderia definir a data em que será anunciado o candidato do PSDB à Presidência da República.

"Vou conversar com o governador [José] Serra [SP] na sexta-feira [hoje]. O que posso garantir a vocês é que não passará do início de janeiro [a escolha do candidato]", disse Aécio na última segunda-feira.

Ontem, no entanto, o partido cancelou a programação alegando problemas de agenda e de passagens aéreas.
Serra não quis comentar o assunto. Segundo sua assessoria, ele nunca confirmou participação no compromisso do Piauí.

A explicação de Aécio que cita a "agenda" de Serra como um dos motivos do cancelamento foi dada também por meio de sua assessoria.

Ainda segundo os assessores, Aécio foi avisado somente anteontem à noite sobre o adiamento do encontro. O recado, segundo a assessoria do governador, veio em telefonema do presidente do partido, o senador Sérgio Guerra (PE).

Além das dificuldades na agenda do governador paulista, que não foram especificadas pela assessoria do mineiro, Aécio também citou problemas logísticos do diretório estadual do partido no Piauí, responsável pela organização do evento.

Aécio não se manifestou acerca de possíveis implicações políticas do adiamento do encontro com Serra.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u665001.shtml

Propaganda do PT na TV mira gestão tucana

da Folha Online

Às portas de 2010, o PT usou seu programa no horário eleitoral gratuito de TV para polarizar a disputa com o PSDB. Fez comparações claras entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula (âncora do programa) e destacou a imagem da pré-candidata do partido.

Dilma apareceu logo no início da propaganda. "Presidente, eu penso igual ao senhor", diz a ministra da Casa Civil, em determinado momento.



Na semana passada, o PSDB apresentou os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais), os dois pré-candidatos do partido à Presidência da República nas eleições de 2010, durante seu programa partidário de TV

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u664935.shtml

Na TV, PT mostra Dilma gestora e compara Lula com FHC

Reuters

O programa do PT exibido nesta quinta-feira em cadeia nacional de rádio e TV mostrou a pré-candidata do partido, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como coordenadora da equipe de governo e responsável por gerir os programas sociais. Também centrou o foco em comparações entre as gestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Dilma, ainda pouco conhecida do eleitor, dividiu o tempo de 10 minutos com o presidente Lula, que elogiou sua equipe ao mesmo tempo em que a ministra aparece numa cena na ponta de uma mesa repleta de ministros. A candidata, com um traje vermelho, foi associada também às principais iniciativas do governo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o programa Minha Casa, Minha Vida e os projetos do pré-sal. O Bolsa Família ficou de fora da apresentação.

Entre os elogios a Dilma, Lula mencionou o aspecto feminino, em uma tentativa de quebrar a fama de "durona" da ministra. "Dilma confirma a regra de que mulher faz tudo com muito amor, dedicação e competência", disse o presidente no programa concebido pelo marqueteiro João Santana.

Coube a Dilma exaltar as conquistas do governo. "Hoje o Brasil é um país bem diferente daquele que o governo Lula encontrou sete anos atrás. É um país mais forte, mais justo e principalmente muito mais preparado para o futuro", afirmou a ministra.

Em outro trecho, Dilma procura se aproximar ainda mais de Lula. "Presidente, eu penso igual ao senhor", afirma, para dizer que "a gente fez muito, mas sabe que é preciso fazer muito mais." Nas comparações com o governo anterior, o PT cita nominalmente o PSDB e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O partido apresentou uma pesquisa "recente", sem informação da procedência, que afirma que, para 68% dos entrevistados, o governo FHC se preocupava mais com os ricos do que com os pobres, e para 66%, a gestão anterior privatizou mal as estatais. Na criação de empregos com carteira assinada, Lula, segundo o programa, criou 12 milhões, enquanto FHC, 5 milhões.

Além de Lula e Dilma, o atual presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), dividiu a tela com seu sucessor, José Eduardo Dutra, que assume o posto em fevereiro.

Discurso verde de Dilma não convence ambientalistas

GUSTAVO URIBE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Às vésperas da viagem da delegação brasileira à Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, a virtual candidata petista à sucessão no Palácio do Planalto, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que vem esverdeando seu discurso com vistas a 2010, assumiu de vez a causa da defesa do meio ambiente. Ela vem declarando que sempre brigou pelo uso de combustíveis renováveis e que é defensora de uma política de desenvolvimento sustentável por meio da expansão da geração hidrelétrica brasileira. A mudança de discurso, entretanto, ainda não convenceu os ambientalistas.

Na avaliação de especialistas consultados pela Agência Estado, Dilma tem vislumbrado na defesa do meio ambiente apenas uma oportunidade de colher dividendos eleitorais. Os ambientalistas apontam que a ministra ainda não conseguiu dissociar sua imagem pública do imbróglio político que culminou na saída da senadora Marina Silva (PV-AC) do Ministério do Meio Ambiente. As duas entraram mais de uma vez em divergência por conta da concessão de licenças ambientais para a realização de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como as usinas do Rio Madeira. Marina deixou a pasta em 2008, depois de se sentir desautorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que repassou o comando do Plano da Amazônia Sustentável para o então ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. Desde então, Dilma ficou conhecida como a gerente do PAC.

Para o coordenador de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Jacobi, as últimas declarações de Dilma não têm sido "muito convincentes", uma vez que o governo do presidente Lula costuma adotar posições ambíguas em temas ambientais. "De um lado, o governo se mostra como defensor do meio ambiente em conferências e debates internacionais. De outro, não age com punho firme, dentro do País, na adoção de políticas que defendam o uso de energias renováveis", critica Jacobi.

O especialista afirma que a ministra nunca demonstrou de "forma explícita" sua preocupação ambiental e ressalta que o tema tem sido tratado pelo governo federal como "vitrine pública". "Não adianta ficar apenas no discurso", critica. Jacobi afirma ainda que a Conferência de Copenhague e a entrada da senadora Marina na disputa ao Palácio do Planalto têm obrigado os prováveis candidatos à Presidência da República a abordar o tema ambiental, "mesmo que não carreguem essa bandeira". "Todos os candidatos vão ter de dizer que defendem o meio ambiente, isso é inegável. É um dos temas de maior relevância na atualidade", sustenta.

O ex-secretário de Meio Ambiente da Presidência da República e do Estado de São Paulo José Goldemberg afirma não ter dúvida de que o esforço do Palácio do Planalto para familiarizar a ministra Dilma com a temática ambiental "tem cara eleitoral". De acordo com ele, a posição do governo federal "até três meses atrás" ainda era bastante obscura em relação à adoção de políticas públicas de desenvolvimento sustentável. "Todo esse esforço da Dilma tem cara eleitoral, uma vez que a ministra era caracterizada como a gerentona do PAC", afirma. "Com a presença da Dilma, Serra e Marina no encontro da ONU, sem dúvida que Copenhague vai ser um dos palcos das eleições de 2010."

Para o diretor-adjunto da ONG Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Peter May, é conveniente para a ministra adotar um "tom verde" às vésperas das eleições de 2010. "É um momento muito favorável para ela se envolver nessas questões, mesmo tendo tido uma postura desfavorável em relação ao meio ambiente como ministra-chefe da Casa Civil", afirma. O ambientalista espera que a aparente mudança da ministra no tocante ao meio ambiente gere ações substanciais do governo. "O que se espera é que a ministra desista de alguns projetos de construção de hidrelétricas na Amazônia, por exemplo, e passe a adotar uma agenda ambiental", afirma.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,discurso-verde-de-dilma-nao-convence-ambientalistas,480116,0.htm

10 de dez. de 2009

'Aliança com o DEM é muito necessária', diz Alckmin

CAROL PIRES - Agencia Estado

BRASÍLIA - Em visita ao Congresso Nacional, o secretário de Desenvolvimento de São Paulo e ex-governador do Estado, Geraldo Alckmin, disse à Agência Estado que a crise política envolvendo o único governador eleito pelo DEM, José Roberto Arruda, do Distrito Federal, não enfraquece a aliança com o PSDB. "A aliança com o DEM é muito necessária. É o maior partido de oposição que temos para compor aliança", disse.

Alckmin tomava café com senadores do DEM e do PSDB quando recebeu a notícia de que Arruda pedirá desfiliação do DEM antes que o partido se reúna para decidir se irá expulsá-lo ou não. Na sua avaliação de Alckmin, se o DEM indicar ou não um candidato a vice, o partido continuará sendo uma aliança estratégica para o PSDB nas eleições de 2010. No DEM, José Roberto Arruda era um dos mais cotados para ser indicado a vice na chapa nacional com o PSDB.

De acordo com Alckmin, a hipótese de o PSDB concorrer à eleição presidencial do próximo ano com uma chapa puro sangue já vinha ganhando força antes de o DEM se ver envolvido na crise política no Distrito Federal. "A chapa puro sangue vinha sendo discutida porque, afinal, uniria os dois maiores colégios eleitorais do País", disse o secretário tucano, referindo-se a possível chapa com os governadores José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais.

Alckmin defendeu ainda a posição do governador José Serra de que o PSDB não deve ter pressa para definir quem será seu candidato. "Só temos eleições em ano par, e hoje ainda estamos em 2009", disse. Segundo ele, o candidato tucano só será definido no próximo ano.

Em entrevista recente, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, disse que uma definição sobre quem será o presidenciável tucano poderia ocorrer amanhã, numa conversa que teria com o governador paulista, José Serra, durante um evento partidário no Piauí. O evento, porém, foi desmarcado porque o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), está indisposto e não poderá conduzir o encontro.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,alianca-com-o-dem-e-muito-necessaria-diz-alckmin,480012,0.htm

Aécio diz que deixará governo de MG até fim de março

RAQUEL MASSOTE E LUCIANO COELHO - Agencia Estado

BELO HORIZONTE E TERESINA - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reafirmou hoje a intenção de deixar o cargo até o fim de março de 2010, conforme a Lei Eleitoral. "Nos próximos três meses e meio, não serei mais governador de Minas Gerais", disse, em discurso durante o lançamento do Instituto Tecnológico Vale (ITV).

No entanto, Aécio não mencionou a qual cargo pretende se candidatar. Em recentes declarações, Aécio afirmou que estabeleceu um prazo de até o fim de dezembro para optar por uma candidatura e cobrou do partido uma definição sobre o candidato tucano a presidente até o início de janeiro. O governador de Minas Gerais trava uma disputa interna com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pela indicação.

Agenda partidária

O PSDB adiou para janeiro o seminário do partido que reuniria os presidenciáveis José Serra e Aécio Neves, em Teresina. A informação foi confirmada pelo presidente regional do PSDB no Piauí, deputado Luciano Nunes Filho. A nova data ainda será confirmada, mas será em janeiro, provavelmente, já com o nome do candidato a presidente dos tucanos definido.

O encontro estadual estava previsto para amanhã. O partido debateria as experiências do PSDB em estados e municípios administrados por tucanos. O prefeito Sílvio Mendes esteve em Brasília e se reuniu com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Comentou-se que a definição sobre quem seria o candidato a presidente pelo PSDB, Serra ou Aécio, sairia em Teresina. Sérgio Guerra disse que isso ainda não pode ser feito por causa das indefinições.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-diz-que-deixara-governo-de-mg-ate-fim-de-marco,479978,0.htm

PMDB deve apresentar lista tríplice para vice, diz Lula

SILVIA AMORIM - Agencia Estado

SÃO LUÍS - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, em uma entrevista a rádios locais no Maranhão, que o PMDB apresente uma lista tríplice de possíveis nomes para o posto de vice numa eventual chapa de Dilma Rousseff à presidência em 2010. Para o presidente, o recomendável é que a escolha seja da ministra-chefe da Casa Civil: "Primeiro eu defendo a ideia de que o vice seja dos partidos aliados. Segundo o PMDB é o maior partido aliado que compõe a base do governo", afirmou. "O correto não é nem o PMDB impor um nome forte. O correto é o PMDB discutir dentro do partido e indicar três nomes para a ministra Dilma, para que ela possa escolher".

Para Lula, é prematura a discussão do assunto no momento. Segundo ele, isso deve acontecer a partir de março. Lula disse que candidato e vice tem de ter afinidade. "Porque é que nem casamento. Quem vai casar com o vice é a candidata. Você não pode empurrar para ela alguém que não tenha afinidade com ela". No PMDB, estão cotados para vice em uma chapa do PT à presidência, o presidente da Câmara, Michel Temer (SP) e o ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MA).

Corrupção

Durante 35 minutos de entrevista, Lula disse que aprendeu a ser pragmático em política e voltou a defender a aprovação rápida do projeto de lei que vai enviar ao Congresso para transformar em hediondos os crimes de corrupção passiva e ativa, peculato e concussão, tornando-os inafiançáveis, se forem praticados por autoridades. "Espero que o Congresso aprove, porque assim a sociedade começa a ter mais confiança na política".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-deve-apresentar-lista-triplice-para-vice-diz-lula,479960,0.htm

Denúncias de corrupção no DF não comprometem aliança DEM-PSDB, diz Alckmin

Agência Brasil - Marcos Chagas

Brasília - As denúncias de corrupção que envolvem o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), “foram ruins” mas ainda não comprometem a aliança entre o PSDB e o DEM para as eleições presidenciais de 2010 na avaliação do secretário de Desenvolvimento e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que concorreu à Presidência da República, em 2002, numa aliança entre os dois partidos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“É óbvio que é ruim, mas é uma questão local e a aliança [nacional] está mantida. Trata-se de uma aliança muito bem alicerçada e isso não altera em nada”, afirmou Geraldo Alckmin. Ele acrescentou que o PSDB tem que tratar da questão da ética e “de uma visão voltada para o futuro” na campanha presidencial em 2010.

O ex-governador tratou as denúncias de corrupção contra José Roberto Arruda como uma questão local. Perguntado se o partido está prevenido para a eventual exploração deste episódio durante a campanha, Alckmin considerou que “a população está madura” e que o caso não deve ter maiores repercussões na aliança.

O secretário descartou a possibilidade de que as denúncias de pagamento de propina do Distrito Federal fortaleçam a ideia de chapa-pura tucana na composição da chapa majoritária com os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). “Não em razão desse episódio mas a hipótese de chapa-pura foi lembrada pela força das duas lideranças [Serra e Aécio Neves]”.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/12/10/materia.2009-12-10.3477274282/view

PSDB adia encontro de Aécio e Serra no Piauí só para 2010

cidadeverde.com

Pré-candidatos tucanos à Presidência da República viriam ao Piauí somente em janeiro do próximo ano.

O PSDB adiou a vinda dos governadores de São Paulo, José Serra, e Minas Gerais, Aécio Neves, a Teresina. O encontro, que deveria acontecer na próxima sexta-feira (10), só será realizado no final de janeiro de 2010.

O Cidadeverde.com obteve informações de que o prefeito Sílvio Mendes esteve ontem (9) em Brasília reunido com o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, onde foi avaliado que o anúncio do pré-candidato tucano à Presidência da República ainda não pode ser feito por conta da indefinição no próprio partido.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente do PSDB no Piauí, Luciano Nunes, confirmou a mudança. "O Aécio disse que deu uma entrevista afirmando que iria aproveitar para os dois (Serra e Aécio) conversarem e definirem uma data para anunciarem quem seria o candidato. A imprensa nacional entendeu que o nome seria divulgado no Piauí, e não era isso", disse o tucano Nunes.

A imprensa nacional foi mobilizada por nota de Aécio Neves, que garantiu ter um anúncio importante a se fazer em Teresina sobre as eleições do próximo ano.

Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
redacao@cidadeverde.com

http://www.cidadeverde.com/psdb-adia-encontro-de-aecio-e-serra-no-piaui-so-para-2010-49464

PMDB deve indicar vice que tenha afinidade com Dilma, diz Lula

Letícia Lins - O Globo; Agência Brasil

SÃO LUÍS - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira que o PMDB ocupe a vaga de vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão presidencial em 2010. Segundo ele, o partido deveria indicar, até março, três nomes para que a ministra possa escolher aquele com quem tem mais afinidade. Lula disse ainda que não pretende participar desse processo, para não atrapalhar. ( Leia também: Atração de festa do PT, Dilma confraterniza com Dirceu )

- Defendo a ideia de que o vice seja dos partidos aliados. Segundo, o PMDB é o maior partido aliado que compõe a base do governo, é um partido que está espraiado em todo o território nacional, então, tem todo o direito de exigir a vice - afirmou Lula, em entrevistas às rádios Mirante e Educativa, do Maranhão.

Segundo ele, vice é como um "casamento", é preciso ter afinidade, caso contrário, a consequência é a "discórdia total", por isso o PMDB deveria apresentar os nomes para que Dilma escolha. Lula disse, no entanto, que ainda é prematuro discutir o nome do vice.

- O correto não é nem o PMDB impor um nome só, o correto é discutir dentro do PMDB, indicar três nomes para a ministra Dilma para que ela possa escolher, por que vice é igual a casamento, você não pode empurrar para ela alguém que não tem nenhuma afinidade com ela, por que ai será a discórdia total - afirmou.

- O PMDB é o maior partido aliado que compõe a base do governo, e o correto não é nem o PMDB impor um nome forte, mas um nome que tenha afinidade com a ministra - afirmou Lula, após visitar o conjunto residencial Camboa, em São Luís, que recebeu investimentos de R$ 9 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O presidente afirmou ainda que o país não aguenta mais tanta corrupção e voltou a defender o financiamento público de campanha que, segundo ele, é mais econômico que o privado. Lula disse ainda que o Brasil não é mais o país do futuro, uma vez que o futuro já chegou.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/12/10/pmdb-deve-indicar-vice-que-tenha-afinidade-com-dilma-diz-lula-915137939.asp

Frente tenta agilizar veto aos "fichas sujas"

Folha

Movimento admite flexibilizar punições a políticos condenados para que texto seja votado rapidamente

Depois de receber a notícia de que o projeto que proíbe a candidatura de políticos com "ficha suja" somente será colocado em pauta no ano que vem, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral já admite flexibilizar a proposta original.

Ontem, durante ato de entrega de mais 200 mil assinaturas de apoio ao texto de iniciativa popular (que tinha sido entregue já com 1,3 milhão de assinaturas), integrantes do movimento disseram que o projeto precisa começar a ser discutido e que, no decorrer de sua votação, poderá ser aperfeiçoado.

A mudança que tem mais força hoje entre os deputados é a de tornar inelegível políticos condenados só por uma decisão colegiada, de segunda instância. O texto original previa que condenados em primeira ou única instância por crimes graves (racismo, homicídio ou estupro) não poderiam disputar.

Condenados em representações por compra de votos ou uso eleitoral da máquina administrativa e parlamentares que renunciassem ao cargo para evitar abertura de processo também ficariam inelegíveis.

"Aceitamos discutir e aprimorar o projeto, mas o mais importante é discutir e votar, pois quanto mais selecionarmos os candidatos, menos teremos que nos preocupar com CPIs e cassações", disse dom Dimas Lara Barbosa, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A alteração tem apoio de integrantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção e do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que a inelegibilidade por decisão colegiada evitaria que juízes de primeira instância cometessem abusos. "Mas, para mudarmos isso, temos que começar a discutir para que já apliquemos em 2010", disse. (MARIA CLARA CABRAL)

Projeto prevê que prática seja crime hediondo

Folha

O projeto de lei que o governo encaminha hoje ao Congresso endurece as penalidades para crimes de corrupção cometidos por políticos e os diferencia legalmente de servidores públicos. Como passará por Câmara e Senado, é provável que o texto seja abrandado.

Segundo o projeto, corrupção cometida por autoridades com poder decisório e ocupantes de cargos elegíveis passa a ser crime hediondo, portanto inafiançável, e abre possibilidade para prisão temporária de até 60 dias. Hoje, o prazo previsto para prisão é de cinco a dez dias. O projeto amplia para 30 a 60 dias.

O projeto amplia as penas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato (uso de cargo público em benefício próprio), hoje de dois a 12 anos, e concussão (extorsão praticada por funcionário público), hoje de dois a oito anos, para oito a 16 anos.
Estão entre as altas autoridades abrangidas pela proposta presidente, vice-presidente, ministros, governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais, vereadores, deputados, senadores, presidentes e diretores de estatais, juízes, desembargadores, promotores de Justiça, comandantes das Forças Armadas, conselheiros e membros do Tribunal de Contas da União e dos tribunais de contas dos Estados. (SI)

Aécio lidera pesquisa eleitoral sem Serra na disputa

Instituto Vox Populi mostra o governador de Minas à frente de Ciro e Dilma

Do R7

Pesquisa do instituto Vox Populi divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Jornal da Band mostra que o governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, continua na liderança da corrida eleitoral para 2010 com 39% das intenções de voto, contra 17% da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência e 13% do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE).

A novidade na pesquisa é o desempenho do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, quando ele é apresentado ao eleitor como o candidato do PSDB. Aécio aparece como 25%, à frente de Ciro (19%), Dilma (15%) e da senadora Marina Silva (PV-AC), com 10%.

O governador mineiro se sai ainda melhor sem Ciro e sem Serra na disputa. Neste cenário, Aécio aparece com 29%, contra 21% de Dilma e 13% para Marina.

O resultado difere do levantamento feito pelo Ibope e divulgado no último dia 7. Em um cenário em que o candidato do PSDB é Aécio, é Ciro quem aparece em primeiro com 26%, seguido por Dilma, com 20%, e o governador mineiro com 14%.

O Vox Populi, que tem sede em Belo Horizonte, também consultou os eleitores sobre os vices. Uma chapa formada por Aécio com Ciro de vice aparece com 35%, contra 20% da dupla Dilma e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e 11% por uma chapa formada por Marina e Guilherme Leal, executivo da Natura recém-filiado ao PV.

Em um outro cenário, uma chapa PSDB-DEM formada por Serra e a senadora Kátia Abreu (DEM-GO) tem 41% das intenções de voto, enquanto a chapa Dilma/Temer tem 20% e Marina/Leal 11%.

Na reportagem, o jornal não divulgou quando a pesquisa foi feita e nem quantas pessoas foram ouvidas no levantamento.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/aecio-lidera-pesquisa-eleitoral-sem-serra-na-disputa-20091210.html

Na TV, Dilma é apresentada como sucessora de Lula

ANNE WARTH - Agencia Estado

SÃO PAULO - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi a grande estrela do programa de TV do Partido dos Trabalhadores (PT) exibido na noite de hoje (10). Vestida de vermelho, Dilma foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma das ministras mais importantes do governo, competente e com capacidade de unir e melhorar a vida das pessoas.

"Tem gente que pensa que eu faço tudo sozinho, mas a verdade é que eu tenho uma excelente equipe, com ministros de vários partidos. Os ministros do PT têm um papel importante neste trabalho. Um grande exemplo é a ministra Dilma, que, além de coordenar o ministério, é responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pelo pré-sal e pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Dilma confirma a regra de que mulher faz tudo com muito amor, dedicação e competência", afirma o presidente.

Em diversos momentos, Dilma e Lula dialogaram sobre os programas de governo e os avanços do País na área econômica e social. "Sabemos que ainda há problemas para resolver, mas sabemos também que já encontramos o melhor caminho", diz Lula. "Presidente, eu penso igual ao senhor. Tem governo que fez pouco e acha que fez muito. Nós, não. A gente fez muito, mas sabe que é preciso fazer muito mais. O Brasil melhorou, mas, como o senhor mesmo disse, devemos sempre fazer mais", responde a ministra, a preferida de Lula para concorrer à Presidência da República em 2010.

Em outro momento, Dilma apresenta suas ideias e se coloca como a sucessora de Lula. "Para mim, o mais importante é termos uma educação e uma saúde entre as primeiras do mundo. Isso é possível. O governo Lula está fazendo o Brasil ficar do tamanho que merece. Nós já aprendemos o caminho", diz a ministra. "Sem dúvida presidente, o Brasil hoje está pronto para dar um novo salto em sua história."

Boa parte do programa foi dedicada a criticar o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula e Dilma se abstiveram dessa função, que coube aos demais apresentadores e locutores. "Antes do PT, eles governavam para poucos. Cuidavam da economia para melhorar a própria economia e não a vida das pessoas, e separavam o que consideravam coisa de pobre de coisa de rico."

Carne na mesa, universidade e luz foram os exemplos citados como coisas que eram para ricos e que agora também são para pobres. "Para eles apenas os ricos pareciam ter o direito de ser feliz."

O programa ironizou as relações que eram mantidas pelo governo FHC com outros países. "Pois não pra lá, sim senhor pra cá, ou melhor, yes sir of course. Sim, eles sabiam se humilhar muito bem em inglês na frente dos poderosos." Também receberam críticas as privatizações de empresas estatais.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,na-tv-dilma-e-apresentada-como-sucessora-de-lula,480165,0.htm

PT leva Dilma e Lula à TV nesta quinta-feira

Do R7

O PT leva ao ar nesta quinta-feira (10) na TV e no rádio o seu programa político gratuito. A estrela do programa será a pré-candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil.

Lula também aparecerá falando das conquistas de seu governo.

O programa petista vai ao ar uma semana após o PSDB dividir o seu tempo na TV e no rádio entre os governadores Aécio Neves e José Serra, que disputam a indicação tucana para a disputa presidencial de 2010.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/pt-leva-dilma-e-lula-a-tv-nesta-quinta-feira-20091210.html

Aécio libera acesso a blogs e redes sociais no serviço público

Funcionários públicos de todo o Estado poderão usar serviços como redes sociais, comunidades virtuais e blogs

O governador Aécio Neves assinou, nesta quinta-feira (10/12) decreto que autoriza todos os órgãos e entidades da administração pública estadual a liberarem o acesso de seus funcionários às ferramentas interativas da Web 2.0. O objetivo da medida é facilitar a troca de informações entre os servidores por meio de novas tecnologias de comunicação da internet.

O decreto considera ferramentas interativas da Web 2.0 os sistemas de informação por meio de redes sociais estruturadas na internet, como comunidades virtuais, blogs, wikis, serviços de edição, hospedagem e compartilhamento de arquivos digitais, serviços de difusão audiovisual por IP.

“O governo entende que precisa buscar esses novos instrumentos que a nova tecnologia traz para passar informações de tudo aquilo que o governo faz e também de forma que os nossos próprios servidores possam interagir com as informações que são geradas através desses instrumentos. Hoje, informação é geração de conhecimento. Não há como um governo que quer se abrir, se aproximar da sociedade, fazer com que os servidores estejam mais próximos dos cidadãos, ficar criando restrições a esse tipo de acesso”, explicou a secretária de Estado de Planejamento, Renata Vilhena.

O acesso à Web 2.0 começa a ser liberado ainda este mês. O decreto assinado pelo governador será publicado no Diário Oficial Minas Gerais na edição dessa sexta-feira (11/12).

“O gestor de cada secretaria está orientado como deve ser feita essa liberação. Haverá um monitoramento, mas sem restrição do uso dessas ferramentas. Vamos saber quanto tempo o servidor está ficando logado, como já se sabe hoje. Mas a abertura é ampla e irrestrita. A liberação é gradual, depende de cada órgão ou entidade. Vamos nos reunir com todos os gestores para dar as instruções, e a partir da segunda quinzena de dezembro, já na semana que vem, o acesso já fica liberado”, explicou Renata Vilhena.

O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da Internet, com a troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. Com a Web 2.0, a internet tornou-se mais dinâmica.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/12/10/politica,i=160282/AECIO+LIBERA+ACESSO+A+BLOGS+E+REDES+SOCIAIS+NO+SERVICO+PUBLICO.shtml

Recadastramento biométrico em Minas Gerais ultrapassa 40 mil atendimentos

 Agência TSE

Exatos 40.288 eleitores já compareceram aos postos instalados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) nas quatro cidades mineiras onde se realiza o recadastramento biométrico - Curvelo, Pará de Minas, Ponte Nova e São João Del Rei. Esse percentual corresponde a 18,3% do total de 217 mil eleitores desses quatro municípios, que deverão, obrigatoriamente, participar desse processo até fevereiro de 2010.

Segundo os dados enviados à Secretaria de Tecnologia da Informação do TRE-MG pelos cartórios eleitorais das quatro cidades, de 30 de novembro a 5 de dezembro, 13.564 pessoas procuraram os postos de recadastramentos instalados pela Justiça Eleitoral mineira, enquanto no período de 23 a 28 de novembro houve um total de 15.108 atendimentos. Já desde o seu início, no dia 16 de novembro até o dia 21 de novembro, 11.616 eleitores haviam se recadastrado.

A cidade que teve o maior número de eleitores recadastrados, até o momento, é São João Del Rei, com 13.028. Em seguida vem Curvelo, com 10.308. Pará de Minas teve 9.220 atendimentos, e Ponte Nova, 7.732.

O recadastramento biométrico, sistema no qual são coletados as impressões digitais e a foto dos eleitores para o banco de dados da Justiça Eleitoral, é obrigatório aos 217 mil eleitores dessas quatro cidades mineiras, que deverão comparecer, de segunda a sábado, das 7 às 19 horas, nos postos de atendimento montados pelo TRE-MG. A documentação exigida é documento de identidade com foto e comprovante de residência (anterior a agosto de 2009).

Quem tiver dúvidas pode consultar o portal do Tribunal mineiro na internet (www.tre-mg.jus.br) ou ainda o "Disque-Eleitor", por meio do (31) 3291-0004.


http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1260465

Ciro só desiste se Dilma disparar, diz Eduardo Campos

Do UOL Notícias
Em Brasília

A candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao Palácio do Planalto só não se concretizará caso o seu partido entenda que isso possa atrapalha os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010.

Em entrevista exclusiva ao colunista do UOL Notícias e da Folha de S.Paulo Fernando Rodrigues, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, defendeu duas candidaturas à Presidência no lado governista: Ciro Gomes, do PSB, e a da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT. A única hipótese de Ciro não ser candidato é se Dilma disparar nas pesquisas e se isolar em primeiro lugar.

"A nossa estratégia é que duas candidaturas no lado do governo possam somar votos e levar a disputa para o segundo turno. Queremos que essa soma dos dois candidatos seja maior que o campo da oposição. Até agora tem dado certo. Mas se a ministra Dilma sozinha tiver mais que a oposição, não convém lançarmos candidatura", disse o governador. Segundo Campos, a decisão do partido será tomada até março de 2010.

Nas pesquisas recentes, a soma de pontos obtidos por Dilma e Ciro não é superior à pontuação obtida pelo principal pré-candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB). Para ter acesso a todas as pesquisas disponíveis, clique aqui.

Na entrevista, o governador reforçou a disposição do PSB em trabalhar pelos planos eleitorais traçados pelo presidente Lula.

"Eu, o Ciro e o Lula conversamos e decidimos que o PSB não fará nada que atrapalhe o campo do governo de ganhar as eleições", disse Eduardo Campos. "É preciso olhar o tabuleiro. Além do candidato, precisamos da estrutura política, apoios nos Estados, palanques. Queremos entrar para ganhar".

Indagado sobre a declaração de José Serra no dia 24 de novembro de que "Ciro não fará nada que o Lula não queira", Campos disse que Ciro "merece mais respeito" e que "ele fará apenas o que for melhor para o Brasil".

O presidente do PSB disse que a possibilidade de Ciro Gomes se candidatar ao governo de São Paulo está em aberto.

"É uma possibilidade. O campo de oposição em São Paulo não tem uma candidatura tida como natural e o Ciro está muito bem posicionado nas pesquisas por lá", disse Campos.

Serra não abandonará disputa
Em entrevista ao UOL Notícias no último dia 3, Ciro disse que Serra abandonará a disputa à Presidência para concorrer ao governo de São Paulo. Eduardo Campos discorda da avaliação.

"A menos que o PSDB decida lança o Aécio [Aécio Neves, governador de Minas], acho improvável que o Serra desista da candidatura a essa altura", disse.

De acordo com o governador, a candidatura de Aécio Neves, governador de Minas Gerais e um dos possíveis candidatos à Presidência pelo PSDB, representaria um problema maior para os partidários do governo Lula do que a candidatura de Serra.

"O Aécio reduziria o campo de alianças governistas. Ele é mais amplo e vem de alianças mais amplas. Isso prejudicaria a candidatura do governo", disse.

Eleições em Pernambuco
Eduardo Campos faz parte de uma nova leva de governadores que têm renovado as direções partidárias. Ele deve ser candidato à reeleição ao governo de Pernambuco em 2010. Se vencer, pensa em disputar o Palácio do Planalto em 2014.

O político pernambucano, que é neto de Miguel Arraes (1916-2005), declarou que sua vitória "virá com tranquilidade", citando pesquisas que hoje o colocam como favorito (veja aqui as pesquisas disponíveis sobre a disputa em Pernambuco).

"Graças ao bom trabalho temos um alto índice de aprovação, ampla maioria na Câmara Legislativa, amplo apoio dos deputados federais do Estado e uma grande aliança com 17 partidos compondo o governo", falou o governador.

O principal adversário de Eduardo Campos é o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que está em segundo lugar nas pesquisas.

Jarbas já foi governador de Pernambuco duas vezes. Ganhou projeção por conta de sua militância contra a corrupção no Congresso.

"É preciso combater a corrupção não só no discurso, mas na prática de governo. E quem fez isso fomos nós", disse Campos.

Futuro do PSB
Parte da base de apoio do governo Lula, o PSB (Partido Socialista Brasileiro) tem hoje 30 deputados federais, dois senadores e três governadores.

O governador Eduardo Campos diz esperar um crescimento do partido na eleição de 2010. Segundo ele, o PSB deve fazer 50 deputados federais, seis senadores e terá candidatos a governador em oito Estados com chance de vitória.

O PSB esteve envolvido no mensalão do DEM, suposto esquema de pagamento de propinas a políticos no Distrito Federal. O deputado distrital Rogério Ulysses (PSB) foi citado em vídeos como um dos beneficiados pelo esquema.

O partido não expulsou o deputado dos seus quadros. Campos justificou a atitude da Executiva Distrital da legenda.

"A gente é surpreendido até por amigos e pessoas próximas. O importante é a atitude firme e nesse ponto o PSB não vacilou. Saímos do governo e abrimos um processo interno contra o deputado", disse Campos.

Ao comentar casos recentes de corrupção no país, Campos criticou a reforma eleitoral, aprovada em setembro pelo Congresso. Ele defendeu o financiamento público de campanha.

"Financiamento de campanha é um ponto que precisa ser atacado. Temos que limitar os gastos, reduzir a campanha à internet, debate, televisão. O financiamento de campanha tem que ser público", disse o governador. "O problema é ter reforma eleitoral a cada eleição. Na ausência dos parlamentares a Justiça fica legislando".

O presidente do PSB defendeu a criação de uma cláusula de barreira como limitação aos partidos pequenos. Quem tiver poucos votos (um percentual a ser estabelecido) ficaria sem acesso amplo à propaganda eleitoral em rádio e TV, por exemplo.

"A lei foi derrubada na Justiça porque tinha falhas de elaboração. Mas a norma tem que se sustentar. Vamos voltar a defender o estabelecimento da cláusula de barreira", disse.

Pré-Sal
O governador de Pernambuco defendeu a distribuição igual dos recursos provenientes da exploração de petróleo na camada pré-sal entre todos os Estados do país. Segundo o governador, é preciso superar os regionalismos na hora de debater a partilha dos recursos.

"Hoje, nós somos excluídos da arrecadação de R$ 22 bilhões em royalties. Só o Estado do Rio recebe cerca de R$ 7 bilhões, o que equivale quase ao orçamento total de Estados como o Ceará e Pernambuco. Em tese o valor deveria ser dividido de forma equânime entre os todos os Estados com base na população, no IDH", disse o governador.

A distribuição dos royalties do petróleo está atualmente em discussão no Congresso Nacional. A intenção do governo é concluir a votação do marco regulatório do pré-sal até março do próximo ano.

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/12/10/ult5773u3308.jhtm

Eduardo Campos descarta desistência da candidatura Serra

UOL

Eduardo Campos fala sobre os planos do PSB em 2010

UOL

FGV: corrupção custa R$ 30 bi ao ano para a economia do País

Terra

A economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, de 1% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a um valor mínimo de R$ 30 bilhões, de acordo com estimativa da Fundação Getúlio Vargas.

Dados da Controladoria-Geral da União (CGU), por sua vez, apontam que o setor da saúde é o recordista em desvios no País - foram R$ 613 milhões detectados de 2003 a 2007. A área da educação vem em seguida, com desvios de cerca de R$ 470 milhões no mesmo período.

"Quem perde mais com a corrupção em nosso País é o povo mais pobre, aquele que deveria ser atendido com políticas de saúde e educação de qualidade", afirmou o procurador-regional da República Fábio George Cruz Nóbrega. "Infelizmente, temos no Brasil um sistema judicial ainda bastante moroso. Em média, são necessários dez ou 12 anos para que os processos tramitem até a última instância."

Ainda conforme a CGU, três em quatro prefeituras fiscalizadas pela instituição - que atua em coordenação com o Ministério Público Federal (MPF) - apresentam irregularidades, evidenciando a existência de indícios de desvios de recursos públicos federais.

Levantamento divulgado pela Advocacia-Geral da União (AGU), com dados do trabalho desenvolvido pela instituição até agora durante este ano em defesa do patrimônio público, mostra que as execuções de condenações do Tribunal de Contas da União (TCU) e de ações judiciais de improbidade administrativa, em 2.763 processos, resultaram na cobrança de um total de R$ 1,68 bilhão a políticos, agentes públicos e empresários.

De acordo com o relatório elaborado pelo Departamento de Probidade Administrativa e Patrimônio Público da Procuradoria-Geral da União (PGU), a maior concentração de processos oriundos do TCU (53%) verificou-se na 1ª Região jurídica, que engloba os Estados das regiões Norte, Centro-Oeste (incluindo o Distrito Federal), Minas Gerais, Maranhão, Bahia e Piauí.

Ex-prefeitos acumulam 41% das condenações impostas pelo TCU (620 ações), sendo o restante dividido entre empresas (122), prefeitos municipais (107) e agentes públicos, como diretores, chefes, presidentes de entidades e órgãos públicos (65). Ainda conforme o levantamento da AGU, nas ações de improbidade administrativa, Minas Gerais lidera a lista, com 69 ações, à frente do Paraná, com 45.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4149320-EI7896,00-FGV+corrupcao+custa+R+bi+ao+ano+para+a+economia+do+Pais.html

Aécio volta a sinalizar que pode disputar Senado

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

BELO HORIZONTE - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reafirmou hoje que nos primeiros dias de janeiro irá anunciar sua candidatura ao Senado, caso não haja uma definição sobre o presidenciável tucano até o fim do ano. Sem especificar data, Aécio reiterou que na sexta-feira irá conversar sobre a sucessão com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Os dois participam de um encontro do PSDB em Teresina.

Ao contrário do que sugeriu no início da semana, Aécio afirmou que não espera que haja nenhuma definição quanto ao candidato do partido para 2010. "Nós temos um encontro marcado na sexta-feira e é uma oportunidade de nós conversarmos. Eu não acredito que nós teremos qualquer decisão na sexta-feira, mas é mais uma conversa dentre algumas que já tivemos e outras que precisaremos ter. Eu continuo dizendo que no começo do mês de janeiro tomarei a minha decisão", afirmou durante solenidade no Palácio da Liberdade. "Na sexta-feira teremos um pouco mais de tempo, talvez até viajemos juntos, não está acertado ainda, para conversarmos".

Demonstrando disposição de não ceder à pressão para ser vice numa chapa encabeçada por Serra, o governador mineiro tem dito que sua prioridade passou a ser a sucessão estadual e a eleição do seu vice, Antônio Anastasia (PSDB).

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-volta-a-sinalizar-que-pode-disputar-senado,479431,0.htm

9 de dez. de 2009

Serra diz ter 'diferença de timing' com Aécio

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - "Eu e o Aécio temos timings diferentes." Foi com esta frase que o governador de São Paulo, José Serra, procurou explicar a razão da divergência que tem com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, sobre o momento para definição do candidato do PSDB à Presidência da República. Enquanto o mineiro faz pressão sobre o partido e o concorrente, na tentativa de forçar Serra a assumir logo a pré-candidatura, o paulista insiste em que não tem pressa. Serra afirmou que a conversa que terá com Aécio na sexta-feira, em Teresina (PI), não trará definição alguma.

Serra e Aécio pretendem viajar no mesmo avião para o Piauí, onde haverá o último encontro temático do partido. A ideia é que no trajeto os dois discutam o impasse no prazo para definir o presidenciável. Tucanos ligados aos dois governadores duvidam que algo será resolvido. O tema escolhido para o evento foi infraestrutura.

"Será mais um encontro do PSDB, como tantos que fizemos no País", disse Serra, que esteve em Brasília, onde foi condecorado com a medalha da Ordem do Mérito da Defesa em solenidade no Clube dos Fuzileiros Navais. Segundo ele, não haverá candidatura tucana a presidente antes de março de 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-diz-ter-diferenca-de-timing-com-aecio,479241,0.htm

8 de dez. de 2009

Votação do projeto da ficha limpa ficará para fevereiro

Agência Câmara

O presidente da Câmara, Michel Temer, afirmou nesta terça (8/12) no Salão Verde que, por causa da discussão sobre o sistema de partilha de produção do petróleo do pré-sal, deve ficar para fevereiro de 2010 a votação dos projetos sobre a ineligibilidade dos políticos condenados pela Justiça. Apesar de apoiar o projeto da ficha limpa (PLP 518/09), Temer admitiu que não será possível votar agora o projeto.

A Frente Parlamentar Anticorrupção promove nesta quarta-feira (9), Dia Mundial de Combate à Corrupção, ato pela aprovação de 13 propostas que já estão prontas para serem votadas pelo Plenário da Câmara. São projetos que estabelecem, por exemplo, punição mais rigorosa para os crimes praticados por detentores de mandato eletivo, maior transparência na gestão pública e exigência de ficha limpa para os candidatos a eleição. O ato está marcado para as 16 horas, no anexo 2 da Câmara.

Quanto aos escândalos de corrupção, Temer disse que o Brasil não deve se envergonhar, mas combater esse mal. “Combater a corrupção em primeiro lugar e depois esclarecer os exageros que ocorrem. Só se combatem os exageros quando se tomam gestos concretos. Por exemplo, se alguém te acusa, você tem de propor queixa crime contra ele.”

Emenda sobre partilha O presidente disse ainda que, se houver oportunidade nesta terça-feira, vai colocar em votação no plenário outra matéria além do projeto da partilha do pré-sal.

Reunião de líderes mais cedo acertou que as sessões de hoje e amanhã vão tratar da discussão e votação da proposta, que também aborda a distribuição dos royalties.

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse que o governo apoia a emenda proposta pelo deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) ao projeto que introduz o sistema de partilha da produção na exploração de petróleo na camada do pré-sal (PL 5938/09). Na opinião de Fontana, os estados não produtores correm o risco de perder o que já conseguiram se começarem a querer ainda mais.

Rollemberg disse que sua emenda tem o apoio de vários partidos da base. "É uma proposta equilibrada que mantém os recursos dos estados produtores; reduz pouca coisa dos municípios produtores, que continuarão recebendo muitos recursos; e faz uma distribuição mais equilibrada para estados e municípios não produtores nas áreas já licitadas do pré-sal".

Já o líder do PSDB, José Aníbal, disse que a base aliada está dividida, pois existem mais duas propostas em jogo: "Estão discutindo números e não estão se entendendo. Isto certamente vai ser motivo de muitos conflitos na discussão de mérito. É muito pouco provável que se conclua hoje esta votação".

Aposentados
Fontana explicou, porém, que a divergência será decidida no voto. Aníbal e o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), disseram que continuam a obstruir as votações por causa da não votação dos projetos que beneficiam os aposentados. Mas Fontana informou que o governo deve editar em breve uma medida provisória para reajustar os benefícios a partir de janeiro.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/12/08/politica,i=159759/VOTACAO+DO+PROJETO+DA+FICHA+LIMPA+FICARA+PARA+FEVEREIRO.shtml

Reforma política poderá ser tema de plebiscito em 2010

Agência Câmara

Protocolado nesta terça-feira (8/12) na Câmara dos Deputados, o Projeto de Decreto Legislativo 2301/09, do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), prevê a realização de plebiscito para que os eleitores decidam se o Congresso deve aprovar a reforma política na próxima legislatura. Segundo a proposta, o plebiscito acontecerá na mesma data do primeiro turno da eleição de 2010.

O projeto define que o eleitor responderá à seguinte pergunta: “O Congresso Nacional deve aprovar uma reforma política que promova maior transparência, controle social e o combate efetivo à corrupção?”

Caso a maioria simples do eleitorado responda sim, a próxima legislatura será obrigada a votar a reforma política em sua primeira sessão legislativa, que começará no dia 2 de fevereiro de 2011. "Se ficarmos esperando uma iniciativa do Congresso a reforma política não sairá nunca", afirma Jungmann.

Campanhas Na opinião do deputado, a nova lei deverá criar mecanismos efetivos de combate à corrupção — cuja origem tem, em grande parte dos casos, o sistema de financiamento de campanhas. "É o que ocorre, por exemplo, no atual escândalo que atinge o governo do Distrito Federal. Não mudaremos esse horroroso cenário sem uma ampla reforma", sustenta.

Embora sejam os maiores interessados na reforma, que poderia reconstituir o prestígio da classe política, os parlamentares não farão as mudanças sem pressão popular, acredita Jungmann: "Aqueles que fazem parte do sistema atual e aprenderam a lidar com as suas peculiaridades encontram-se, em regra, acomodados, de maneira que dificilmente deixarão a inércia e aprovarão mudanças significativas".

O deputado argumenta que a reforma é necessária porque a população não se organizou espontaneamente para cobrar mudanças. "Por razões culturais e principalmente por um sentimento de profunda desesperança, a sociedade brasileira ainda não saiu às ruas para cobrar de seus representantes a imprescindível reforma política. O perigoso sentimento que se colhe das ruas é de absoluto desprezo pelo Legislativo e, sobretudo, pelos seus integrantes", ressalta.

Propostas
O projeto de Jungmann menciona a necessidade de votação de “uma reforma política”, sem especificar de qual proposta se trata. Na justificativa do projeto, o deputado lembra que há diversas matérias em tramitação na Câmara sobre o assunto. Ele cita como exemplos os PLs 1210/07, 5277/09, e 4883/09, respectivamente dos deputados Regis de Oliveira (PSC-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Tramitação
A Mesa Diretora ainda não definiu quais comissões analisarão a proposta, que terá de ser votada em Plenário.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/12/08/politica,i=159756/REFORMA+POLITICA+PODERA+SER+TEMA+DE+PLEBISCITO+EM+2010.shtml

Aécio pressiona PSDB e ressalta alianças como seu principal trunfo para vencer o PT em 2010

Governador de MG, que disputa candidatura com Serra, diz que está à disposição até janeiro

Andréia Sadi, Do R7

O governador de Minas, Aecio Neves, disse nesta segunda-feira (7) que o PT tem dificuldade "quase que insuperável" em reconhecer o óbvio: que o Brasil vai ser lido no futuro antes e depois do Plano Real, uma das principais bandeiras da gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso e disse que esta foi a "verdadeira ruptura nos últimos 20 anos". Aécio voltou a pressionar o PSDB para definir seu candidato para 2010 e disse reconhecer os avanços do governo Lula, mas que quer tirar desta eleição o caráter plebiscitário.

- Esta disputa é absolutamente inócua de quem fez mais, quem é o pai desse ou outro programa , mãe dessa ou daquela ação. É preciso saber o que é preciso ser feito para construir a nova convergência para fazermos as reformas que nao foram feitas até aqui.

Aécio disse que estará à disposição do partido para disputar a Presidência até começo de janeiro e que não acredita numa decisão nesta sexta-feira, quando se encontra com o também pré-candidato José Serra. Para o governador, depois de março ficará difícil oferecer o seu principal trunfo, que, segundo ele, são as alianças que pode agregar à candidatura do PSDB na sucessão de Lula.

-Meu nome está à disposição do partido, até início de janeiro eu tomo a decisão. Se o partido optar por estender este prazo aí eu volto para Minas como soldado do partido ajudando a dar a vitória ao candidato do PSDB.

O governador de Minas falou com jornalistas após receber o prêmio de personalidade do ano na política e disse, durante o seu discurso, que lamenta receber o prêmio em um momento delicado para a política brasileira, sem citar diretamente o escândalo envolvendo o maior partido aliado dos tucanos, o mensalão do DEM.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/aecio-pressiona-psdb-e-ressalta-aliancas-como-seu-principal-trunfo-para-vencer-o-pt-em-2010-20091208.html

Dilma anuncia férias para 'recarregar as energias'

Correio do Brasil

Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff decidiu seguir as recomendações do presidente Lula e tirar férias de 21 de dezembro a 10 de janeiro de 2010 para descansar. Candidata do PT ao Palácio do Planalto, ela prevê uma campanha difícil e duelos muitos duros com o candidato tucano que tanto poderá ser o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), quanto o governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Na dúvida, ela optou por "recarregar as energias" antes do confronto.

Dilma teria comentado com assessores que gostaria de passar alguns dias no litoral, para relaxar. Para onde ela vai, por enquanto somente os círculos mais internos da ministra sabem informar, mas o período de descanso já está certo: Após encontro com o possível adversário, em Copenhague, durante a conferência sobre mudanças climáticas, em Copenhague, ela volta ao Brasil e segue para seu período de repouso.

A última aparição de Dilma, em público, aconteceu durante a festa do PT, nas comemorações dos 30 anos da legenda, durante ato político em homenagem a todos os ex-presidentes do PT, desde sua fundação, em 1980.

Recuo

Um dos possíveis adversários de Dilma, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), preferiu aguardar um pouco mais pela decisão do partido e disse, na noite passada, que o candidato tucano à Presidência na eleição do próximo ano deverá ser escolhido até janeiro de 2010.

– O encontro de sexta-feira não vai decidir nada – afirmou Aécio a jornalistas, após receber o prêmio de Brasileiro do Ano na Política, concedido durante evento em São Paulo, onde cumprimentou afetuosamente o presidente Lula.

O governador mineiro havia dito, em conversa com os jornalistas, pouco antes do evento, que a definição do nome do PSDB para disputar o pleito do ano que vem sairia até o final desta semana, após encontro com o governador de São Paulo, José Serra, também postulante à candidatura tucana, durante evento do partido no Piauí, na sexta-feira.

Mais tarde, ele disse ter sido "mal interpretado" em suas declarações, mas que se a decisão do partido for prorrogada para março é porque a legenda "tomou a decisão pelo outro candidato".

http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=160874

Indefinição de Ciro reabre disputa no PT de São Paulo

Valor Econômico - Paulo de Tarso Lyra

A chefe da Casa, ministra Dilma Rousseff, repetiu ontem, em entrevista à rádio Jovem Pan, que o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) é o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para concorrer ao governo de São Paulo e, portanto, dela mesma. "O presidente Lula tem uma preferência inequívoca por Ciro Gomes. Esse é um processo que ainda tem muitas incógnitas, depende de como isso vai se desdobrar daqui até março para que gente possa ver como vai fechar essa equação", completou. Mas a demora do parlamentar pessebista em se decidir reforçou a tese de setores do PT em ter um candidato próprio na disputa local. Já existem seis pré-candidatos petistas ao cargo - o mais recente, o senador Eduardo Suplicy.

"O Ciro não se decide e também não faz movimentos políticos aqui em São Paulo, um Estado com um peso político enorme", reclamou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), coordenador da última campanha de Marta Suplicy à prefeitura paulistana. "Se ele fizesse isso, poderia inclusive consolidar sua candidatura presidencial, se ele de fato insistir nessa tese", completou o petista.

Mesmo assim, Zarattini acha que não há receio de uma disputa interna tensa pela pré-candidatura. "Não haverá prévias. Todos no diretório paulista estão imbuídos do sentimento de que a nossa candidatura deve ser aquela com melhores condições de ganhar a eleição em São Paulo e, ao mesmo tempo, aquela que mais unificar a base de apoio ao governo , fortalecendo a candidatura de Dilma ", disse Zarattini.

Nesse sentido, a reeleição de Edinho Silva (PT-SP) para a presidência do diretório estadual foi significativa. Edinho - que integra a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) foi reconduzido ao cargo com mais de 90% dos votos. "É um sinal de unidade muito grande. O PT de outros estados pode até estar enfrentando crises internas. Nós não", declarou o deputado petista.

Para outro integrante da direção petista, o movimento intenso de pré-candidatos petistas serve também como um aviso para Ciro Gomes. "Estamos dizendo que queremos que ele seja candidato. Mas se ele não quiser, não vamos ficar "esperando Godot" sem movimentar nossos quadros internos". Para esse petista, Ciro sabe que ele é o preferido de Lula, mas precisa também demostrar que deseja, de fato, disputar o governo de São Paulo. "Eu acho que ele está fazendo charme. Mas é fato que, até o momento, Ciro jura que vai tentar um projeto nacional", completou uma liderança petista.

Desde o final do ano passado, Lula externou à cúpula do PSB e ao próprio Ciro a preferência pelo nome dele para o governo paulista. Na análise do presidente, Ciro teria condições de "infernizar" os tucanos em São Paulo, estado governado pelo PSDB há 16 anos, além de abrir o caminho para Dilma como única representante dos aliados. Além disso, sem o PSB na disputa nacional, os partidos da base tenderiam a fechar, em bloco, o apoio à candidatura Dilma, reforçando o caráter plebiscitário da sucessão presidencial.

Ciro transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo em outubro, afirma abertamente que não pretende colocar em risco a continuidade do projeto político que governa o país atualmente. Mas tanto ele quanto o PSB mantêm, até o momento, o argumento de que mais de um candidato presidencial na base aliada é bom, pois deixa margem para uma composição em 2turno.

Para um petista que integra a Executiva Nacional, a recolocação do nome de Antônio Palocci na disputa é um claro sinal que o partido busca uma alternativa consistente caso Ciro não aceite disputar o governo local. Além de Palocci e Eduardo Suplicy, outros nomes cotados são do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, do ministro da Educação, Fernando Haddad, da ex-prefeita Marta Suplicy (que apoia Palocci) e do deputado Arlindo Chinaglia.