6 de fev. de 2010

Temer é reeleito no PMDB e se fortalece para chapa com Dilma

Deputado, que pleiteia vaga de vice em chapa com a ministra, irá conduzir o partido nas negociações com o PT

Renato Andrade, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O deputado Michel Temer (SP) conseguiu hoje se reeleger presidente do PMDB apesar da resistência do grupo liderado pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. A vitória da chapa única encabeçada pelo atual presidente da Câmara, na convenção nacional do partido também consolidou seu nome como candidato a vice da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República. A recondução de Temer foi aprovada por 591 dos 597 correligionários que participaram do encontro.

Apoiado pelos diretórios regionais de Pernambuco, Paraná e Santa Catarina, o grupo de Quércia chegou a obter ontem uma decisão liminar da Justiça do Distrito Federal impedindo o encontro, mas o recurso foi cassado na mesma noite. Quércia, que apoia a candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência, é contrário à formação de uma aliança nacional entre o PMDB e o PT. Há ainda setores do partido que defendem a candidatura própria peemedebista - o governador do Paraná, Roberto Requião, chegou a lançar o seu nome na disputa.

A vitória de Temer foi celebrada pelo Palácio do Planalto. "Essa recondução do presidente Michel Temer reforça a participação do PMDB na ideia da pré-candidatura da ministra Dilma como sucessora do presidente Lula", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que fez questão de comparecer ao encontro para mostrar a importância do PMDB dentro dos planos do governo para as eleições de outubro. "O PMDB precisa de muito mais espaço nacional", defendeu Temer. "Sem o PMDB não há condições de conduzir o País."

Apesar de ter saído claramente fortalecido, Temer evitou tratar a sua possível indicação para o posto de vice na chapa de Dilma como fato consumado. "Vice é circunstância política, portanto, só mais adiante é que vamos verificar qual é a consolidação da aliança e em seguida qual é o melhor nome para vice", disse.

Meirelles

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, também foi à convenção, mas evitou dar indicações sobre seu futuro político. "A minha absoluta atenção no momento, até o começo de abril, é o Banco Central", disse ele, que se filiou ao partido em setembro.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,temer-e-reeleito-no-pmdb-e-se-fortalece-para-chapa-com-dilma,507394,0.htm

Convenção do PMDB consolida aliança do partido com o PT

BBC Brasil - Fabrícia Peixoto

Um dos principais aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Michel Temer (SP) foi reeleito neste sábado para a presidência nacional do PMDB, resultado que consolida a aliança do partido com o PT.

Temer também sai fortalecido como principal opção do PMDB à vice-presidência em uma futura chapa presidencial com o PT, provavelmente liderada pela ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.

Nas paredes do auditório emprestado pela Câmara ao evento, faixas saudavam não apenas a reeleição de Temer, como também o "apoio" à ministra Dilma Roussef.

A manutenção de Temer no principal cargo da Executiva Nacional é vista por seus aliados como uma "vitória" sobre os chamados dissidentes - membros do partido que defendem uma aliança com o PSDB na chapa do governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra.

O presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, principal aliado de Serra dentro do partido, chegou a entrar com uma liminar que suspendia a convenção, mas o grupo de Temer recorreu e horas depois o evento voltou a ser confirmado.

O argumento da ala alinhada ao PSDB, que, além dos paulistas, inclui sobretudo lideranças de Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul, é de que a antecipação do evento não permitiu a formação de uma chapa concorrente a Temer. A convenção estava inicialmente marcada para o começo de março.

Um dos principais desafios do PMDB, agora, será o de discutir as alianças regionais, já que em alguns estados será mais difícil formar palanques com o PT.

Programa

Em discurso aos cerca de 600 filiados presentes à convenção, Temer disse que "sem o PMDB não há condições de conduzir o país".

O deputado evitou falar abertamente sobre a formação da chapa presidencial com a ministra Dilma, mas disse que sua eleição neste sábado é uma "mensagem" de que o partido está "unido" em torno da aliança com o PT.

Ainda de acordo com Temer, o partido começa, logo após o Carnaval, a elaborar o programa de governo que o PMDB vai apresentar ao PT e aos outros partidos da coalizão.

"Confirmada a aliança (com o PT), aí sim vamos sentar para discutir um programa único", diz. "Dessa vez vamos participar desde o início".

Sua avaliação é de que a aliança com o PT "entra em uma nova fase". "A gente vai entrar em um programa de governo antes de ele ser colocado em prática. Ou seja, vamos ajudar a montar o programa de governo", acrescentou.

Críticas

A participação de Michel Temer em uma possível chapa presidencial com a ministra Dilma enfrentou a resistência não apenas da ala paulista, mas a desconfiança de diversos setores ligados ao Palácio do Planalto.

Um dos argumentos é de que Temer agrega pouco à chapa petista, e uma opção melhor como vice seria o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Para esse grupo, a crise econômica ainda não está totalmente derrotada e Meirelles daria credibilidade à chapa de Dilma.

Mas o presidente do BC recém-entrou no partido e, por isso, não é considerado um peemedebista "autêntico" pela ala mais ligada a Temer.

Correm por fora como possíveis vices de Dilma o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (MA), e o das Comunicações, Hélio Costa (MG), ambos do PMDB.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/02/100206_pmdbfabriciag.shtml

Para PMDB, é difícil Meirelles disputar Goiás ou assumir a vice

BRASÍLIA (Reuters) - Pelas contas de lideranças peemedebistas, há apenas duas hipóteses fortes para o destino do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: o Senado ou permanecer à frente da autoridade monetária.

Nenhum de seus correligionários ouvidos pela Reuters contempla a chance de que assuma a vaga de vice ao lado da ministra Dilma Rousseff. Para eles, esse lugar já tem dono, o deputado o deputado Michel Temer (SP).

A contabilidade do governo ainda contempla Meirelles ao posto, embora as análises internas e do próprio presidente da República vejam essa opção cada vez mais improvável.

Meirelles é "cristão-novo" no PMDB. Por erro ou maldade, elesequer foi incluído na chapa do diretório nacional da legenda que reconduzirá Michel Temer ao comando da sigla neste sábado.

Além de dar direito a voto nas decisões partidárias, uma vaga no diretório confere também peso e organicidade partidária a seus membros.

"Foi uma falha. Infelizmente, não o incluímos no diretório. Agora, não dá mais, a chapa já foi registrada", disse à Reuters o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Praticamente todos os deputados, senadores e estrelas peemedebistas têm lugar nessa estrutura. Cada integrante tem direito a um voto na próxima convenção, em junho. O encontro do meio do ano deve chancelar a política de alianças para as eleições de outubro e confirmar o nome do candidato a vice-presidente ao lado do PT.

"O Meirelles é um grande quadro. Pode ser qualquer coisa dentro do (novo) governo. Ele receberia nossa indicação para ser ministro da Fazenda sem problemas. Só que ele ainda é cristão-novo, ainda não tem articulação política no partido. Isso vai acontecer com o tempo", acrescentou Cunha, referindos-se à vice.

Henrique Meirelles compareceu à convenção neste sábado. Como chegou depois dos discursos oficiais, foi anunciado com pompa por Temer. Tirou fotos com os convencionais e não parou de sorrir um minuto sequer.

"A minha absoluta atenção no momento até o começo de abril é o Banco Central. E eu tenho compromisso como presidente", disse Meirelles a jornalistas ao deixar a convenção.

"No final de março, aí sim, eu devo pensar e tomar uma decisão. Se fico no BC ou se vou contemplar alguma via eleitoral."

O líder do partido da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), acredita na via do Senado.

"Eu acho que o candidato do governo de Goiás vai ser o Iris Rezende (atual prefeito da capital). Na minha opinião, ele vai para o Senado", disse.

Meirelles vai bater o martelo sobre seu futuro no fim de março. Lula o quer à frente do BC até o final de seu mandato.

"A delegação do Rio de Janeiro defende que esse projeto de país continue com uma aliança com a ministra Dilma Rousseff para a Presidência da República e com a indicação de um nome do PMDB (para a vice), que eu particularmente defendo sempre que seja o presidente Michel Temer", afirmou o governador do Rio, Sergio Cabral, também já cotado para a chapa nacional.

Ele, porém, optou por disputar a reeleição.

Ameaçada de suspensão por opositores internos do partido, a convenção foi garantida pela Justiça.

(Edição de Carmen Munari)

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE61504620100206

Temer tenta garantir liderança no PMDB para ser vice de Dilma

Em convenção partidária, deputado busca a própria reeleição à frente da legenda para mostrar força política

Estadão - Renato Andrade

BRASÍLIA - Apesar das resistências do grupo liderado pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, o deputado Michel Temer (SP) conseguiu neste sábado, 6, apoio majoritário para realizar a convenção nacional do PMDB. Na convenção, os partidários do PMDB vão eleger o novo diretório nacional e a executiva que irá liderar o partido nos próximos dois anos. O resultado da votação só será divulgado após as 17h.

A intenção de Temer é utilizar o encontro para a sacramentar sua reeleição à presidência do partido e solidificar seu nome como candidato à vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na corrida presidencial.

Apoiado pelos diretórios regionais do Paraná, Santa Catarina e Pernambuco, o grupo de Quércia chegou a obter na noite desta sexta-feira uma decisão liminar da Justiça do Distrito Federal para impedir a realização do encontro, mas o recurso foi cassado. Quércia, que apoia a candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência, é contrário à formação de uma aliança nacional entre o PMDB e o PT.

Ainda assim, a discussão sobre a aliança com o PT com vistas às eleições presidenciais de outubro não ficou de fora. "O PMDB precisa de muito mais espaço nacional", defendeu Temer no início do encontro. "Sem o PMDB não há condições de conduzir o País", acrescentou o deputado.

Mesmo argumentando que a discussão sobre a aliança com o PT só será feita no encontro do partido em junho, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), defendeu a indicação de Temer como vice na chapa de Dilma. "Esse não é o momento para tratar desse assunto, mas o candidato que mais aglutina forças, em fechando a aliança nacional e cabendo ao PMDB a vice-presidência, é o deputado Michel Temer", disse.

Para garantir apoio majoritário para a recondução de Temer à presidência do PMDB e tentar demonstrar maior unidade, os líderes peemedebistas fecharam um acordo para garantir ao senador Valdir Raupp (RO), aliado de Renan Calheiros (AL), a vice-presidência da legenda.

Ao longo das últimas semanas, o partido trabalhava com a ideia de conduzir ao cargo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). Para agradar o grupo de Renan e evitar outra cisão, os dois lados concordaram com a indicação do senador de Rondônia. "Não podemos quebrar o PMDB, podemos até ter disputas, mas no final temos que unificar", disse Raupp.

O esforço em mostrar união e sustentar o nome de Temer como vice de Dilma não deve, necessariamente, se reproduzir em alianças regionais, segundo avaliou Geddel. Para o ministro, a unidade entre o PMDB e o PT será em torno de um "projeto nacional" e nos Estados onde os dois partidos têm candidatos aos governos locais essa união pode não se repetir.

Temer buscou enfatizar por diversas vezes em seu discurso, na abertura da convenção, que o PMDB sairá mais unido e fortalecido do encontro. "Fizemos uma grande aliança para mostrar que o PMDB é um só no País", disse o deputado. "Queremos chegar no mês de junho inteiramente unificado", acrescentou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,temer-tenta-garantir-lideranca-no-pmdb-para-ser-vice-de-dilma,507351,0.htm

Meirelles reitera silêncio sobre possível candidatura possível candidatura

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, repetiu neste sábado que só anunciará a decisão a respeito de uma possível candidatura no final de março, no limite do prazo definido pela Justiça Eleitoral para a desincompatibilização de cargos públicos.
"A minha absoluta atenção no momento até o começo de abril é o Banco Central. E eu tenho compromisso como presidente", disse Meirelles a jornalistas ao deixar a convenção nacional do PMDB.

"No final de março, aí sim, eu devo pensar e tomar uma decisão. Se fico no BC ou se vou contemplar alguma via eleitoral."

Meirelles, presidente do BC desde o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, filiou-se ao PMDB em setembro do ano passado em meio a especulações de que poderia disputar o governo de Goiás, uma cadeiras no Senado ou até a vice-presidência na chapa de Dilma Roussef (PT).

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE61503F20100206

Carvalho: Planalto aceita Temer para chapa com Dilma

LEONENCIO NOSSA - Agencia Estado

BRASÍLIA - O Planalto aceita "sem problemas" o nome do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para vice na chapa da pré-candidata Dilma Rousseff à Presidência, disse Gilberto Carvalho, chefe de gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele avalia que é "irrepreensível" a postura de Temer no comando da Câmara em relação ao governo. "Se eles trouxerem mesmo o nome do Temer, vai ser acolhido", afirmou. "Não vamos fazer marola nesse tema, não." Carvalho afirmou que não há orientação para "plantar" o nome do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, filiado no ano passado ao PMDB - ele deve continuar no BC até o fim do governo.

A declaração tem significado simbólico, já que nas últimas semanas houve uma série de articulações nos bastidores para derrubar a provável indicação do peemedebista. Carvalho confidenciou ainda que Lula já tem uma solução para o quadro confuso em Minas, onde três aliados querem disputar o governo estadual - o ex-prefeito Fernando Pimentel (PT) e os ministros Patrus Ananias (PT) e Hélio Costa (PMDB). A solução é lançar o vice-presidente José Alencar ao Palácio da Liberdade.

Segundo o auxiliar, "a saúde do presidente está ótima", principalmente agora que parou de fumar, depois do susto da hipertensão, semana passada. A respeito da candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE), ele disse que o presidente continua na expectativa de contar com ele na disputa pelo governo de São Paulo. Carvalho disse também que o governo não teme a candidatura de José Serra. "Eu acho que hoje o candidato da oposição é o Serra. Se vier o Aécio Neves como vice, ninguém vai tremer deste lado. A chapa é forte? É. Mas não é imbatível." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,carvalho-planalto-aceita-temer-para-chapa-com-dilma,507327,0.htm

STJ permite realização da convenção do PMDB

EQUIPE AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu no final da noite de ontem uma decisão liminar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e, com isso, permitiu a realização da convenção nacional do PMDB. A decisão foi tomada pelo ministro Cesar Asfor Rocha, presidente do STJ. A suspensão da convenção, marcada para hoje, foi tomada a pedido de presidentes dos diretórios estaduais de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco.

Segundo o site do STJ, a ação aceita inicialmente pelo TJ-DF foi impetrada sob o argumento de que a condução do processo da convenção do partido teria afrontado as diretrizes e o estatuto do partido. Já a direção do PMDB argumentou que "as eleições internas de partidos políticos são precedidas de grande disputa, sendo que essas discussões envolvem matéria interna corporis e não devem ser objeto de análise do Judiciário, exceto quando não observadas as regras impostas pelo estatuto do partido e pelos insuperáveis princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e devido processo legal". Para o presidente do STJ, a suspensão da convenção na véspera do evento, quando a estrutura já estava toda montada, causava desordem e também insegurança jurídica.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,stj-permite-realizacao-da-convencao-do-pmdb,507311,0.htm

Serra defende Judiciário autônomo

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Ao defender um Poder Judiciário "cada vez mais forte", o governador José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, criticou ontem iniciativas que afrontem a autonomia e a independência dos juízes. "Uma das marcas do pensamento autoritário mesmo disfarçado de democrático no nosso País é a conduta de impor restrições ao exame da violação dos direitos por parte do Judiciário e das instituições de fiscalização e controle", disse Serra na cerimônia de posse do desembargador Antonio Carlos Viana Santos na presidência do Tribunal de Justiça do Estado.

O endereço da mensagem do governador é o Palácio do Planalto, que, por meio do Programa Nacional de Direitos Humanos, quer impor audiências públicas no âmbito do Executivo como pré-requisito para concessão de liminares judiciais em reintegração de posse. "Da mesma forma que o regime brasileiro militar limitou a concessão de habeas corpus, absolutamente inaceitável, é também inaceitável a ideia de se dificultar, por exemplo, a concessão de liminar em reintegração de posse no caso de conflito agrário. Essa é uma prerrogativa do Poder Judiciário, que obedece à lei e à Constituição", argumentou Serra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-defende-judiciario-autonomo,507307,0.htm

Justiça cassa liminar que impedia convenção do PMDB

Presidente do STJ concluiu que decisão interferia em matéria interna do partido

Estadão - Mariangela Gal lucci

BRASÍLIA - O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cesar Asfor Rocha, cassou no final da noite de sexta-feira uma liminar que impedia a realização da convenção do PMDB marcada para sábado, 6, em Brasília.

Rocha invalidou uma decisão da desembargadora Vera Andrighi, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que impedia que a convenção ocorresse.

Ele concluiu que a liminar representava uma interferência em matéria interna do partido.

O presidente do STJ também ponderou que a suspensão da convenção na véspera do evento, quando a estrutura já estava toda montada, causava desordem e insegurança jurídica.

Ao suspender a convenção, a desembargadora Vera Andrighi tinha atendido a um pedido de diretórios do partido de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco. Para conseguir suspender a convenção, a ala do partido autora do pedido de liminar tinha alegado que não foi respeitado o prazo mínimo para o registro das chapas.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,justica-cassa-liminar-que-impedia-convencao-do-pmdb,507176,0.htm

5 de fev. de 2010

Justiça suspende convenção nacional do PMDB

MARIÂNGELA GALLUCCI - Agencia Estado

BRASÍLIA, 5 (AE) - A Justiça do Distrito Federal suspendeu hoje (5) a realização da convenção nacional do PMDB que estava marcada para amanhã (6) em Brasília para reconduzir à presidência da legenda o deputado Michel Temer (SP), apontado para a vaga de vice na chapa da ministra Dilma Roussef à Presidência. Autora da decisão, a desembargadora Vera Andrighi, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, atendeu a um pedido de diretórios do partido de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco, que fazem oposição à direção nacional.

De acordo com a assessoria de Temer, que no momento é o presidente licenciado do PMDB, os advogados do partido tentariam cassar a liminar para garantir a realização da convenção ainda amanhã.

Em seu site oficial na Internet, o PMDB publicou uma nota na noite de hoje convocando seus filiados a comparecerem à convenção, apesar da liminar. De acordo com a nota, o partido "já recorreu da decisão liminar, contra a convenção nacional". "O Partido tem certeza de que a convenção será mantida em grau de recurso, porque todas as providências exigidas no Estatuto Partidário foram cumpridas regular e tempestivamente", afirma o PMDB na nota.

O partido encerra a nota dizendo que a orientação é para que todos os convencionais compareçam ao local da convenção, que está marcada para ocorrer a partir das 9 horas de amanhã no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.

Para conseguir suspender a convenção, a ala do partido autora do pedido de liminar alegou que não foi respeitado o prazo mínimo para o registro das chapas. Em seu despacho, a desembargadora Vera Andrighi afirma que a convocação não respeitou o prazo de oito dias para que qualquer filiado pudesse apresentar e registrar sua chapa. Segundo a desembargadora, o estatuto estabelece que o registro das chapas deve ser requerido por escrito até oito dias antes da convenção. No caso, o prazo para registro das chapas teria ficado limitado a 24 horas e não teria atendido ao estabelecido pelo estatuto, de acordo com Vera Andrighi.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,justica-suspende-convencao-nacional-do-pmdb,507122,0.htm

Ala oposicionista do PMDB suspende convenção nacional

Argumento é de que Executiva não respeitou prazo para registrar chapas do encontro deste sábado

estadao.com.br

SÃO PAULO - A ala do PMDB alinhada com os partidos de oposição entrou nesta sexta-feira, 5, com medida judicial para impedir a realização da convenção nacional que vai eleger a nova direção partidária neste sábado, 6. A decisão foi tomada pela a Executiva Nacional no dia 27 de janeiro. Na decisão, a desembargadora Vera Andrighi aceitou o argumento de que a convocação para o registro de chapas não respeitou o prazo oficial de oito dias.

Leia abaixo a íntegra da decisão:




http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ala-oposicionista-do-pmdb-suspende-convencao-nacional,507105,0.htm

Aécio nega que aguarde pesquisas para decidir entre candidaturas

Estadão

BELO HORIZONTE - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), classificou hoje como "absurda" e "irresponsável" a especulação de que ele estaria aguardando resultado de pesquisas para decidir se muda de opinião e aceita ser candidato a vice-presidente na chapa do governador paulista José Serra.

Aécio reafirmou que será candidato ao Senado e chamou de "ilação" a aposta de tucanos de que poderá mudar de opinião futuramente. "É absurda e irresponsável essa ilação de que aguardo pesquisas. Serei candidato ao Senado por Minas porque, não sendo candidato à presidência, é esta a melhor forma de contribuir para que o PSDB seja vitorioso nessas eleições", disse o governador, em declaração divulgada por sua assessoria.

"Ilações absurdas como essa servem apenas para apequenar um debate que é tão relevante para o País e, or isso mesmo, merece ser tratado com responsabilidade e seriedade".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-nega-que-aguarde-pesquisas-para-decidir-entre-candidaturas,507092,0.htm

PT buscará nos Estados apoio à aliança nacional

AE - Agencia Estado

BRASÍLIA - Empenhada em garantir palanques estaduais para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência, a cúpula do PT ameaça até mesmo intervir em diretórios que se recusarem a cumprir a orientação nacional de aliança com o PMDB. Documento a ser apresentado no 4º Congresso Nacional do PT - encontro que homologará a candidatura de Dilma e definirá a política de alianças - enquadra as seções estaduais do partido e, sem usar o verbo intervir, afirma que a "prioridade máxima" é o projeto nacional.

"Compete ao Diretório Nacional a missão de examinar em caráter terminativo as alianças estaduais, à luz das resoluções deste congresso, e do objetivo de prosseguir com as mudanças que o povo aprova e o Brasil tanto necessita", diz um trecho do documento, intitulado Os Desafios de 2010: A vitória na eleição presidencial e o crescimento do PT, que será apresentado no congresso, marcado para os próximos dias 18 a 20, em Brasília. Para justificar a orientação, o texto investe na necessidade de formar uma ampla frente de partidos, capaz de se opor aos "neoliberais", termo que, segundo o próprio documento, se aplica ao bloco PSDB, DEM e PPS.

O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, disse estar confiante na solução dos impasses regionais, apesar da dificuldade para fechar parcerias entre seu partido e o PMDB em alguns Estados, como Minas. "Não vai haver intervenção", disse o ex-senador, autor do texto. "Não haverá um processo de chantagem, mas, sim, de debate político."

As direções do PT e do PMDB ainda não conseguiram fechar acordo em Minas, Pará, Ceará, Mato Grosso do Sul, Bahia e Maranhão. No Rio, o PT vai apoiar o governador Sérgio Cabral (PMDB), mas o ex-governador Anthony Garotinho (PR), pré-candidato ao Palácio Guanabara, quer Dilma em seu palanque. "Apoio não se rejeita", comentou Dutra. "Se o Garotinho diz que apoia a Dilma, a Dilma vai chutá-lo?" Além do texto sobre política de alianças, o Congresso do PT vai aprovar as diretrizes do programa de governo de Dilma e o manifesto de lançamento da candidatura da ministra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-buscara-nos-estados-apoio-a-alianca-nacional,507341,0.htm

TSE diz que Lula e Dilma não fizeram propaganda eleitoral antecipada

Da Agência Brasil

Brasília - O ministro auxiliar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Joelson Dias, julgou incoerente a representação proposta pelos partidos de oposição (DEM, PSDB e PPS) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por propaganda eleitoral antecipada.

Na ação, os partidos pediam ao TSE a condenação do presidente Lula e da ministra Dilma ao pagamento de multa no valor entre 20 mil e 50 mil Unidades de Referência Fiscal (UFIR), algo entre R$ 21 mil e R$ 52 mil, que é o maior valor aplicável por propaganda antecipada.

Os partidos alegaram que a propaganda antecipada teria ocorrido durante os discursos do presidente Lula na inauguração da Barragem Setúbal, em Jenipapo (MG), e do Campus de Araçuaí (MG), ocorridas no dia 19 de janeiro deste ano.

O relator afirmou que nos discursos do presidente não há manifestações de apoio a qualquer eventual candidato, menção a candidaturas, pedido de voto, nem declarações que desabonem partidos oposicionistas ou algum de seus integrantes.

A propaganda eleitoral somente é permitida pela Lei das Eleições após o dia 5 de julho do ano eleitoral.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2010/02/05/materia.2010-02-05.8346285536/view

Marina turbina presença na internet com blog e Twitter

CAROLINA FREITAS - Agencia Estado

SÃO PAULO - De olho nas eleições de outubro, a pré-candidata do Partido Verde à Presidência, senadora Marina Silva, turbinou nessa semana sua presença no mundo virtual. A senadora estreou quarta-feira o blog "Minha Marina" (www.minhamarina.org.br), onde promete, já no primeiro post, mostrar passo-a-passo sua rotina de candidata. Ontem, voltou a escrever em sua página na rede de microblogs Twitter (www.twitter.com/silva_marina), criada em 22 de janeiro.

Marina visitou na semana passada a Campus Party, evento mundial de internet e tecnologia realizado em São Paulo, onde participou de um "batismo virtual" e avisou: "Vou usar a internet durante a campanha." Antes de Marina, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi o primeiro presidenciável a apostar no Twitter, em junho de 2009. Hoje, o tucano conta com 162 mil seguidores. Sem qualquer divulgação, a senadora do PV arregimentou em 14 dias mais de 1,3 mil seguidores.

Além das postagens em estilo de diário, o blog "Minha Marina" reúne biografia, artigos e fotos da senadora. A novidade fica por conta de uma aba de "Fatos e Versões", onde ela pretende responder a boatos venham a surgir durante a campanha eleitoral e esclarecer sua opinião sobre assuntos polêmicos. Espaço semelhante era usado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante sua vitoriosa campanha, em 2008.

A primeira polêmica abordada por Marina foi a descriminalização do aborto. A senadora defende um plebiscito para decidir sobre o assunto. "Eu não faria um aborto e não advogo em favor dele", escreveu Marina. "Mas reconheço que existem argumentos relevantes dos dois lados da discussão. Essas situações acontecem em momentos de muito sofrimento e desamparo e não podem ser tratadas de forma simplista e maniqueísta."

No Twitter, Marina, por enquanto, mantém o foco em informações sobre as articulações para sua candidatura, sem contar detalhes de seu dia-a-dia, como fazem outros políticos. A primeira postagem da senadora deu o tom pretendido para sua campanha: "Espero que esta campanha seja feita com debates e não com embates."

Marina já demonstra habilidade em interagir com seus seguidores - requisito fundamental para um perfil bem sucedido em redes sociais. Só hoje, até o início da tarde, a senadora já havia respondido a 13 mensagens de leitores, com muitos agradecimentos e "risadas" virtuais.

Ela aproveitou ainda para elogiar a atuação de Heloísa Helena, presidente do PSOL. "Tenho imensa gratidão pela forma como Heloísa Helena conduziu a negociação de apoio ao PV. Ela é uma irmã e vou fazer tudo para ela se reeleger", disse, em referência à possível candidatura ao Senado de Heloísa. Atualmente, a ex-senadora é vereadora em Maceió.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-turbina-presenca-na-internet-com-blog-e-twitter,506975,0.htm

Dilma sai em abril, mas eu continuo viajando, diz Lula

Terra - Fabiana Leal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, que a ministra-chefe da casa Civil e pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, deixará o ministério em abril. "A Dilma, em abril, vai ter de se afastar do governo para fazer outras tarefas", disse Lula, durante inauguração de obras em São Leopoldo (RS). Após a frase, o público que acompanhava o evento começou a gritar "Dilma presidente".

O presidente chegou a São Leopoldo por volta das 12h30, após sobrevoar a área em um helicóptero. Vestido com uma camisa de manga curta de cor clara e uma calça jeans, o presidente, acompanhado dos ministros, deputados estaduais e federais, subiu ao palco por volta das 12h50.

De acordo com o presidente, o Brasil era conhecido como um País de obras inacabadas. Situação que, segundo ele, está sendo revertida graças à ministra Dilma. "Estou transformando este País em um País de obras concluídas", disse.

O presidente afirmou também que o motivo dele e a ministra Dilma terem feito diversas viagens por todo o País foi acompanhar e inaugurar obras. "Quem o engorda o porco é olho do dono. Se não tivermos atrás da obra, ao invés dela durar um ano, leva dez anos".

O presidente também brincou com a crise de hipertensão que sofreu na semana passada. Lula disse que tinha pressa porque o prefeito da cidade, Ary Vanazzi, não iria lhe oferecer almoço e que teria que comer no avião de volta a Brasília. "Vou ser rápido, porque estou com fome. Vocês viram quando passei mal em Pernambuco, a gente não tinha almoçado e era meia-noite e não tínhamos jantado, então temos que nos cuidar", disse o presidente.

Durante discurso da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, havia crianças no palco ao lado de Dilma, de Lula e do ministro da Justiça, Tarso Genro (pré-candidato petista ao governo gaúcho). "Aquela imagem ali é a imagem do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2", disse Dilma, se referindo à presença das crianças.

Quando viram o helicóptero que trazia Lula, as pessoas no local começaram gritar frases pedindo a chegada do presidente, como: "Lula, cadê você, eu vim aqui só para te ver". Nesta tarde, Lula inaugura a Estação de Tratamento (ETE) de Feitoria e também entrega 600 chaves de residências populares, partes delas construídas com dinheiro do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC). Esta é a segunda viagem de Lula após a crise hipertensiva da semana passada.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4248379-EI7896,00-Dilma+sai+em+abril+mas+eu+continuo+viajando+diz+Lula.html

Marina Silva entra no Twitter após “batismo digital”

Senadora é pré-candidata à Presidência pelo PV e aposta na internet na campanha eleitoral

Mônica Aquino, do R7

A senadora Marina Silva (PV), pré-candidata à Presidência da República, aderiu ao Twitter depois de fazer o “batismo digital” na semana passada na Campus Party, encontro sobre tecnologia que aconteceu em São Paulo. Na quinta-feira (4), a senadora anunciou o “lançamento” de seu perfil no Twitter e do blog Minha Marina.

Marina Silva conta com a ajuda de assessores e de uma equipe para atualizar o perfil e o blog. O microblog da senadora já estava em testes desde o dia 22 de janeiro, quando foram feitas as primeiras postagens.

“Espero q esta campanha seja feita c debates e ñ c embates. Devemos demonstrar na prática os princípios éticos q defendemos p gestão publica”.

A internet deve ser uma das apostas do PV para alavancar a candidatura de Marina, uma vez que o partido não terá muito tempo no rádio e na TV em comparação a outros candidatos com mais alianças partidárias.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/marina-silva-entra-no-twitter-apos-batismo-digital-20100205.html

"Prazer, eu sou Marina"

Correio Braziliense - Izabelle Torres

Em busca da redução do número de eleitores que rejeitam a candidatura de Marina Silva à Presidência da República, o PV adotou uma nova estratégia. Deixou de lado o debate em torno das propostas da senadora sobre o meio ambiente e vai apostar na divulgação da sua história de vida. A cúpula da legenda acredita que personalizar o discurso e utilizar o tempo de televisão durante alguns meses para falar da história de Marina pode reduzir rapidamente o índice de rejeição ao seu nome que, segundo a última pesquisa CNT/Sensus, gira em torno de 36,6%.

De acordo com o secretário de Relações Internacionais do partido, Marco Mroz, pesquisas internas feitas pela legenda para tentar entender a origem da rejeição mostraram que o maior obstáculo à candidatura da senadora é o desconhecimento das classes C, D e E sobre ela. “Não nos preocupamos com esse número porque é uma questão de tempo para que os brasileiros que compõem essas faixas da população saibam quem é Marina e conheçam sua história. O horário eleitoral será uma boa oportunidade para isso”, comentou.

A estratégia do partido começou a ser colocada em prática nessa quinta (4/2), durante o horário eleitoral. Em um vídeo de 10 minutos coordenado pelo produtor e cineasta carioca Marcello Maia, o PV deu pouco espaço às questões ambientais e usou muitos minutos para que Marina falasse sobre ela. A ideia dos coordenadores é manter o foco na vida pessoal da candidata até abril, quando acreditam que ela pode chegar ao patamar de 15% nas intenções de votos, deixando os 6,5% apontados na última sondagem.

Ontem, na cidade paulista de Americana, Marina disse que quem acredita em uma campanha voltada somente para o tema ambiental está enganado e comentou seus índices nas pesquisas. Para ela, sua diferença em relação aos outros candidatos decorre da exposição pública que eles têm há anos. “O governador José Serra é candidato desde que perdeu a última eleição. A ministra Dilma é candidata desde que o presidente Lula, pelo menos três anos atrás, a vem colocando como candidata. O Ciro Gomes, desde que perdeu as eleições, é um quadro colocado. A novidade é a candidatura do PV, que há cinco meses foi criada. Então ainda é cedo para ficar impressionado com pesquisas”, disse a candidata. “Sempre brinco dizendo que se tivesse me impressionado com pesquisas da primeira vez que me candidatei ao Senado, eu poderia nem ter sido senadora. As pesquisas indicavam um dos meus rivais com 65% e outro com 40%. Eu tinha 3%”, recordou.

De acordo com a última pesquisa CNT/Sensus, divulgada na última segunda-feira, Serra possui 33,2% das intenções de voto, seguido por Dilma, com 27,8%, e por Ciro, com 11,9%. Marina aparece em quarto lugar, com apenas 6,8% . Os indecisos, brancos e nulos somam 20,4%.

"Se tivesse me impressionado com pesquisas na primeira vez que disputei o Senado, poderia nem ter sido senadora"
Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência da República

O número
15% - Intenção de votos que o PV quer atingir em abril. Hoje, Marina soma 6,5%

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/05/politica,i=171476/PRAZER+EU+SOU+MARINA.shtml

Entrevista: Hélio Costa

Denise Rothenburg

Correio Braziliense - Karla Mendes

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, se despede do cargo no início de abril para concorrer à eleição de 2010, mas ainda mantém um certo ar de mistério sobre o quê irá disputar. “A princípio, serei candidato a governador. Mas, não sei, posso ser candidato ao Senado ou a outras coisas”, disse em entrevista ao Correio. Ele garante ainda que não vê chance de seu partido rejeitar a aliança nacional com o PT e, diante ao atual cenário político em Minas e no plano nacional, só admite de pronto uma única hipótese de não concorrer ao governo estadual: “Se o Zé Alencar for candidato, eu e o PMDB abrimos mão para apoiá-lo”, anuncia.

O senhor prevê algum problema para a convenção de amanhã, há descontentes no PMDB…
Esses problemas não refletem o ambiente nacional do PMDB. Antecipar a convenção em algumas semanas não faz a menor diferença do ponto de vista estratégico do partido. Só acrescenta.

O senhor vai ficar com a secretaria-geral?
A secretaria-geral, tradicionalmente, fica com Minas Gerais. O meu nome foi apresentado, mas eu preferiria que fosse um deputado federal, por uma razão: há uma certa limitação na participação do Senado e da Câmara na executiva do PMDB. Se eu fosse para a secretaria-geral, é uma concessão que a Câmara teria que fazer. Mas eu deixei a critério do presidente do PMDB em Minas Gerais. Para mim, neste momento, ainda ministro, e depois como candidato, vou ter muito pouco tempo.

O senhor fala em candidato…
A governador ou a vice da ministra Dilma?
Me sinto candidato a governador, a princípio.

Esse “a princípio…”
Não sei, posso ser candidato ao Senado ou a outras coisas. A candidatura que está para ser colocada, no instante eu que eu puder me desincompatibilizar, é o lançamento da candidatura a governador.

Isso é o que o senhor mais deseja?
Essa é a primeira opção.

E se o PT não quiser lhe apoiar?
Ficamos de fazer duas ou três pesquisas. O resultado é que dará o candidato. Estou muito tranquilo. Quem tem votos não se preocupa.

E se o vice-presidente José Alencar decidir ser candidato a governador?
Aí, eu e o PMDB abrimos mão da candidatura para apoiá-lo.

O senhor acha que está fechada a aliança nacional do PMDB com o PT e Temer como vice da Dilma, isso ainda pode mudar?
O seu nome tem sido tão falado…
O PMDB está muito afinado com a proposta da candidatura da ministra Dilma. A chapa está fechada. Não vejo chance de não fechar. O PMDB é um grande partido, está muito bem posicionado em todos os municípios brasileiros, tem militância, mas, infelizmente, não tem um nome nacional que possa sensibilizar agregando votos de outros partidos.

E a candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião?
Ele seria um grande candidato se tivesse começado o trabalho há um ano, um ano e meio atrás. Um trabalho só de convenção, infelizmente, fica prejudicado. Não adianta só dizer vou à convenção e quero ser candidato. Requião tem todas as qualificações e mérito e seria um ótimo candidato. Faltou a visão de ter se lançado antes.

E se o senhor for convidado a ocupar a vaga de vice?
A decisão do vice cabe ao PMDB e será tomada no momento certo. Temos o nome do nosso presidente, Michel Temer.

Qual é o portifólio que o governo vai ter na gestão na área de comunicações?
Deixamos marcas bem significativas. A primeira é a implantação da TV digital, hoje em quase 40 cidades, cobrindo mais de 60% da população brasileira. Conseguimos fazer chegar pelo menos um ponto de banda larga em 66% das escolas públicas. Esse projeto é absolutamente formidável. Hoje todos os municípios têm nem que seja um ponto de banda larga.

A ministra Dilma já foi visitar esse programa?
Ela participa de tudo. Tudo. Aliás, não é só na área de comunicações não. Ela é quase onipresente.

"Não sei, posso ser candidato ao Senado ou a outras coisas"

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/05/politica,i=171463/ENTREVISTA+HELIO+COSTA.shtml

Peemedebistas iniciam neste sábado na convenção do partido a guerra para escolher vice da chapa de Dilma

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

A convenção que o PMDB faz amanhã para escolher o futuro presidente da legenda é apontada por setores do PT como o início oficial de uma queda-de-braço. Com um diretório favorável à aliança com a ministra Dilma Rousseff, será travada um confronto entre a parcela do PMDB que deseja a vaga de vice para o presidente da Câmara, Michel Temer, e alas do PT ansiosas pela escolha de alguém com outro perfil. Se o cenário na época da campanha for buscar alguém que complemente a chapa com votos, por exemplo, a vaga estará mais para o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Se for para dar tranquilidade a grupos econômicos, o nome mais adequado será o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Até o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, admite que, se for preciso reavaliar, o PMDB o fará. Mas, por enquanto, não vê necessidade. “O PT não tem como fazer essa avaliação. Só quem fará essa avaliação, se precisar lá na frente, será o PMDB. Queremos ganhar a eleição. Se amanhã sair uma chapa Serra-Aécio, o que eu não acredito, o próprio PMDB avaliará”, diz Alves, referindo-se à hipótese de uma dobradinha tucana entre os governadores de São Paulo, José Serra, e o de Minas Gerais, Aécio Neves.

Antes de chegar a esse ponto de avaliar os candidatos, o PMDB tentará fazer do nome de Temer fato consumado no sábado. Até como forma de tentar agregar votos dentro do partido em favor da ministra Dilma Rousseff. “Não há como um peemedebista deixar de votar numa chapa em que estará o presidente do partido”, diz Eduardo Alves.

Licença
Assim que for reeleito na convenção deste sábado, Temer se licenciará do cargo para se dedicar a tocar outras ações(1), como os afazeres da Câmara e os movimentos de bastidores no sentido de agregar votos para a futura aliança com o PT de Dilma Rousseff. A presidência do partido, então, pelo acordo que garantiu a união do partido, ficará nas mãos de um senador. Ontem, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-líder da bancada Valdir Raupp (RO) prometiam ir até o fim na disputa pela primeira-vice presidência do PMDB e, por tabela, o comando do partido. “Pedi a eles que se entendessem. Se não, a tendência da bancada é indicar Raupp”, diz o líder Renan Calheiros (PMDB-AL).

Parte da bancada no Senado considera que Raupp, no papel de líder do governo, tenderá a fazer as vontades do PT de Lula na hora de negociar os palanques estaduais. E Raupp é visto como mais disciplinado e seguidor da vontade da maioria dos senadores que segue a cartilha de Renan. Só que Jucá é conhecido como um político desenvolto e audaz na hora de sentar-se à mesa com os caciques petistas. Há dois dias, numa reunião na casa de Temer, Jucá foi direto com Renan: “Raupp é ótimo, mas acho que eu tenho o perfil mais adequado para o momento. E estou à vontade para colocar isso em qualquer fórum”.

Renan apenas ouviu. Mas para a maioria dos presentes estava claro: Jucá está disposto a se apresentar como candidato a vice-presidente na convenção para concorrer contra Raupp na hipótese de perder a indicação da bancada de senadores. A briga pela vice é uma rachadura na unidade entre as alas do PMDB que, por enquanto, está fechada em torno de Temer: “Essa convenção demonstra a união das correntes em torno de Temer. Torna ele a liderança mais expressiva do partido. É uma grande solução (para a vice de Dilma), mas só trataremos disso na hora adequada”, diz Renan.

1 - No Congresso
Temer quer se dedicar a dois projetos: manter a Câmara atuante e capaz de aprovar projetos populares este semestre, de forma a ajudar a reeleição dos parlamentares, e movimentos de bastidores para garantir a vaga de vice e uma maioria expressiva de votos na convenção em prol da aliança com Dilma Rousseff. Enquanto isso, o presidente em exercício do PMDB cuidará das conversas sobre alianças estaduais.

O número
568 - Total de convencionais do PMDB, que somam 807 votos no encontro de amanhã

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/05/politica,i=171459/PEEMEDEBISTAS+INICIAM+NESTE+SABADO+NA+CONVENCAO+DO+PARTIDO+A+GUERRA+PARA+ESCOLHER+VICE+DA+CHAPA+DE+DILMA.shtml

Aécio nega em público, mas já avalia ser vice de Serra na disputa pela Presidência

da Folha Online

Hoje na Folha O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), já admite em conversas com interlocutores a hipótese de disputar como vice na chapa do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência da República, informam nesta sexta-feira Catia Seabra e Paulo Peixoto em reportagem publicada na Folha (íntegra disponível somente para assinantes do jornal ou do UOL).

Publicamente, Aécio continua negando a possibilidade de uma chapa pura tucana e admite apenas que vai concorrer ao Senado por Minas. Porém, a decisão só sairá em abril, quando já estiver fora do governo.

Segundo a reportagem, nas conversas com Aécio, os aliados ponderam que ele poderá ser responsabilizado por uma eventual derrota do PSDB, caso resista ao apelo.

Ontem, em entrevista coletiva, Aécio disse claramente sua intenção de concorrer ao Senado. "Ter passado sete anos como o governo mais bem avaliado do país é motivo de honra. Não para mim apenas, mas para todos os mineiros. Quanto ao futuro, fiz uma opção muito clara hoje. Serei candidato ao Senado da República por Minas Gerais e no Congresso quero dar continuidade ao trabalho que iniciamos aqui, defendendo lá, os interesses de Minas Gerais", afirmou Aécio em entrevista divulgada por sua assessoria.

Segundo a assessoria de Aécio, não houve nenhum encontro do governador com o comando do PSDB para definir a candidatura, o que poderia justificar a declaração de hoje. A assessoria ressaltou que o governador apenas manteve o seu discurso de se colocar à disposição do partido, que deverá ratificar o nome de Aécio para a disputa.

Após falar sobre sua decisão, Aécio foi novamente perguntado na entrevista sobre o Senado. Na resposta, o governador manteve o discurso de que "seu caminho natural é uma candidatura ao Senado". Ele acredita que, a partir de Minas, poderá dar todo o seu empenho e dedicação ao candidato a presidente do PSDB.

Questionado sobre a possibilidade de o PSDB ganhar as eleições presidenciais, Aécio ressaltou que a eleição será "dura", mas que o partido tem condições de vencer porque tem um um nome "extremamente qualificado", o de Serra.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689813.shtml

PT quer eventual governo Dilma movido a conferências

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Alvo de críticas da oposição, as conferências nacionais promovidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar dos temas mais diversos - de segurança alimentar a direitos humanos - ganharão peso num eventual governo da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. No documento que esboça as diretrizes para o programa da pré-candidata à sucessão do presidente Lula, um dos tópicos diz que as conferências "serão convocadas para subsidiar as políticas públicas do governo e suas iniciativas no Legislativo".

Desde o primeiro mandato de Lula, em 2003, foram realizadas 65 conferências, mas poucas tiveram resultado prático. A última delas, de Direitos Humanos, passou incólume. Em dezembro, porém, a terceira versão do Programa Nacional dos Direitos Humanos provocou crise no governo ao apresentar propostas polêmicas, como liberação do aborto e taxação de grandes fortunas.

Ao contrário das conferências, que serão reforçadas, programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, "perderão a importância que têm", segundo o documento petista, com o "crescimento acelerado" da economia. No cenário idealizado pela coordenação da campanha de Dilma, haverá portas de saída para esses programas, porque o Brasil terá "mais empregos, renda e bem-estar social". Mas o texto não diz como isso ocorrerá.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-quer-eventual-governo-dilma-movido-a-conferencias,506843,0.htm

Aécio espera pesquisas de abril para definir se aceita ser vice de Serra

Se avaliar que paulista sustenta dianteira, é provável que abrace a causa; do contrário, investirá na eleição mineira

Estadão  -  Ana Paula Scinocca e Julia Duailibi

Cotado para ser vice na chapa do PSDB que disputará a Presidência, o governador mineiro, Aécio Neves, tomará uma decisão entre a abril e maio deste ano e, até essa data, pretende ponderar o desempenho de José Serra nas pesquisas de intenção de voto, dizem aliados. Se avaliar que o paulista sustenta a dianteira, é provável que abrace a causa. Do contrário, se dedicará à eleição em Minas.

Aécio diz que não está nos seus planos compor a vice. A cautela, no entanto, baseia-se no temor de que o favoritismo de Serra seja recall das eleições passadas e a tendência do governador seria perder espaço para os demais candidatos. Para os aliados de Aécio, ele não pretende entrar num projeto que, além de não ser seu, tem chances de derrota.

A cúpula do PSDB está convencida de que a chapa puro-sangue é a forma de vencer a candidatura governista da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Ter um bom desempenho em Minas, dizem os caciques, seria a única forma de compensar a provável derrota no Nordeste. "Serra será candidato em qualquer circunstância, mas sabe que com Aécio a vitória fica mais próxima", afirmou um líder do partido.

Mas, enquanto Aécio caminha cautelosamente e pondera as chances de vitória do projeto tucano, os caciques do PSDB avaliam que a união entre os governadores seria o ingrediente que falta para abrir uma dianteira maior entre Serra e Dilma. Parte do PSDB sustenta a avaliação de que a consolidação do nome da ministra junto ao eleitorado, o ambiente econômico e a alta popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são fatores suficientes para Aécio decidir a favor da composição.

O governador de Minas vem repetindo publicamente de forma sistemática que pretende disputar o Senado e se dedicar à eleição de seu vice, Antonio Anastasia, no Estado. "No Nordeste a vantagem do PT é esmagadora, seja com qualquer candidato. Mas em uma chapa Serra-Aécio levaríamos vantagem nos maiores colégios eleitorais do País de maneira a equilibrar e até ficarmos com vantagem", observou um importante líder dos tucanos. São Paulo e Minas são os dois maiores colégios eleitorais no País. No terceiro, o Estado do Rio, os tucanos acreditam também ter vantagem em relação ao PT, se tiverem na disputa "a dupla do Sudeste".

"Há um compromisso no PSDB, inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de não tratar disso agora", afirmou ontem o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), na tentativa de pôr um fim na discussão.

AFAGO

Tucanos próximos a Aécio acreditam que uma possível adesão do mineiro ao projeto de Serra também dependerá de um gesto do governador de São Paulo. "A habilidade política do Serra vai pesar muito. Ele vai precisar fazer um afago no Aécio", anotou um parlamentar.

Na tentativa de sensibilizar Aécio para o projeto do PSDB, um discurso deverá ser repetido como mantra nos próximos dias. "É hora de pensar no partido, de pensar no todo, de pensar no Brasil. A democracia pode estar em risco." Na segunda-feira, o presidente do PSDB desembarca em Minas.

No partido, a relação entre Serra e Aécio, que sempre foi de altos e baixos, tem sido avaliada como "a melhor possível" pelo momento e pela atual conjuntura política. "Eles não morrem de amores um pelo outro, mas se respeitam", avaliou outro líder do PSDB.

No caso de Aécio decidir ficar de fora do projeto Serra, outro nome tucano começa a circular nos bastidores. É o do senador Tasso Jereissati (CE). A explicação é simples: ele é do Nordeste e tem ótimo trânsito com o empresariado. "São duas importantes características que o Serra não tem", resumiu um integrante do PSDB.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100205/not_imp506722,0.php

4 de fev. de 2010

Marina é estrela em programa do PV, que cita Lula e traz Gabeira

SÃO PAULO (Reuters) - Apresentada como a "nova voz" do Partido Verde, a senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à sucessão presidencial, foi o destaque do programa eleitoral da legenda que foi ao ar pela TV nesta quinta-feira.

Marina, que tem 6,8 por cento em recente pesquisa de intenção de voto para presidente, esteve presente em quase todos os dez minutos do programa, dividindo o tempo apenas com seu provável vice, o empresário Guilherme Leal, e com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

O tema do meio ambiente, caro a Marina, não foi a única bandeira defendida pela senadora, ex-ministra da área. A educação também foi lema de destaque, em uma tentativa de atrair o eleitor jovem.

"Estou no PV porque sinto que as pessoas, principalmente os jovens, começam a se reencontrar com o sonho. Eu também quero ser uma mantenedora de utopias e participar de um movimento político que, através dos sonhos e dos ideais, seja possível mobilizar as pessoas para construir no presente o futuro que queremos para nossos filhos e netos", disse Marina no programa, justificando sua adesão ao PV, depois de 30 anos de militância no PT.

Quanto a seu afastamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a escolheu como ministra do Meio Ambiente em 2002, Marina foi econômica e resumiu sua posição afirmando que "a vida tem sua dinâmica e a política também."

"A minha relação com o presidente Lula sempre foi de respeito e de amizade. Afinal de contas, fomos companheiros de partido e jornada durante 30 anos. É claro que a vida tem sua dinâmica e a política também", disse.

Lula foi citado uma última vez ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando a senadora afirmou que ambos deram uma grande contribuição colocando "quase todas as crianças na escola, mas ainda é preciso dar um passou adiante, a educação de qualidade."

Coube a Gabeira, até agora a principal liderança do PV e que deve se candidatar ao governo do Rio de Janeiro, atuar como mestre de cerimônias e dar as boas-vindas à novata na legenda.

"Valeu a pena manter o Partido Verde vivo por mais de 20 anos para esperar esse momento histórico. Para ter a oportunidade de receber a Marina Silva. Para ter a oportunidade de, junto com ela, interferir na vida política deste país."

Guilherme Leal, um dos controladores da empresa de cosméticos Natura, falou da parceria com o PV e com a pré-candidata e chegou a dizer que deseja um país "mais bonito."

"Com Marina, o PV e milhões de brasileiros eu sonho em construir um Brasil melhor, mais justo, mais generoso, mais bonito. Um Brasil feliz", disse o empresário.

A trajetória da senadora mereceu destaque, desde seu nascimento em um garimpo no Acre, a alfabetização aos 16 anos, o supletivo, o curso superior em História e a carreira política como vereadora, deputada estadual e senadora nos últimos 15 anos.

O ingresso na política foi pelas mãos do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988. "Ganhei um irmão mais velho", disse ela.

A defesa do direto à educação e a preservação do meio ambiente, no entanto, ganharam frases vagas. "(A educação é a) alavancagem para o desenvolvimento econômico, cultural e social." Ou "catástrofes que têm acontecido no campo e na cidade nos mostram que a luta pela melhoria da qualidade de vida e a defesa pelo meio ambiente caminham juntas, lado a lado."

(Reportagem de Carmen Munari)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE61400D20100205

Serra precisa fazer campanha agora se quiser ser presidente, diz "The Economist"

colaboração para a Folha Online

A revista inglesa "The Economist" publicou editorial na edição desta semana no qual avalia que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), corre risco de perder a eleição presidencial se continuar a tática de não se mostrar como candidato. "Serra precisa subir no banquinho e começar a entoar as próprias loas agora, se quer evitar ser lembrado como o melhor presidente que o Brasil nunca teve", afirma a revista.

Segundo "The Economist", Serra fez um trabalho decente no governo de São Paulo, mas tem perdido a liderança nas pesquisas de intenção de votos. "O tumultuado sistema multipartidário brasileiro, no qual os candidatos têm de costurar delicadamente amplas coalizões, é duro com aqueles cujos comboios perdem a força do momento", diz a publicação inglesa.

O texto lembra que o governador administra um "gigantesco Estado industrial" que está acostumado a ter importância na escolha dos presidentes do Brasil. Os dois recentes presidentes --Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva-- têm raízes políticas em São Paulo.

A revista menciona as críticas que Serra tem sofrido por conta das enchentes que atingiram São Paulo nos últimos meses. "Apesar das acusações de falhar em melhorar as defesas do estado contra enchentes, a equipe de Serra ainda pensa que seu currículo como governador é sólido o suficiente para levá-lo à presidência na eleição de outubro", avalia a publicação.

De acordo com a revista, "Serra com certeza é um candidato forte para ocupar o cargo. Mas ele é um personagem curioso. Um amigo diz que ele anunciou quando tinha apenas 17 anos que se tornaria presidente do Brasil. Colegas o descrevem como um notívago maluco por controle com um traço de obstinação".

O editorial prossegue contando como Serra construiu a reputação que tem depois de ter sido senador, ministro, prefeito e governador. "Difícil como possa ser, ele é um homem que inspira lealdade naqueles que trabalham com ele", segundo a revista.

"The Economist" diz ainda que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) é uma administradora capaz, no entanto, é menos carismática que o governador. "Por isso as taxas de Serra devem se recobrar quando entrar em campanha."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689666.shtml

Propaganda do PV apresenta biografia de Marina e evita polarizar com governo

colaboração para a Folha Online

A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência, estrelou praticamente sozinha o programa do PV de 10 minutos na noite desta quinta-feira. Sem se colocar como oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina apresentou a sua biografia e falou de educação e ambiente.

"Quero ser mantenedora da utopia e participar de um movimento político para construir o presente e futuro que nós queremos ", afirma a senadora. Na propaganda, aparecem também o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato ao governo do Rio, e o empresário Guilherme Leal, co-presidente da Natura e possível vice da senadora.

Marina contou passagens de sua biografia, como a de que só aprendeu a ler na adolescência. "Tudo o que aconteceu na minha vida foi graças a oportunidade que tive de estudar", disse a senadora.

A propaganda também destacou, com imagens, a relação de Marina com o seringueiro Chico Mendes, morto em 1988. Segundo ela, a sua entrada na política aconteceu quando fez um curso de sindicalismo com Chico Mendes.

O PV ainda tratou do envolvimento da senadora com as questões ambientais. "O trabalho de Marina Silva no meio ambiente logo ganhou o reconhecimento internacional", diz a propaganda.

A senadora ressaltou que mantém uma relação de amizade como presidente Lula. Ela também afirmou que os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula apresentaram uma evolução na educação. No entanto, para ela, é preciso ainda de uma "virada histórica". "O que vai mudar estruturalmente este país é a educação", disse Marina.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689639.shtml

Regras das eleições devem prevalecer sobre uso da máquina, afirma Serra

DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online

Durante a cerimônia de posse do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o governador do Estado, José Serra (PSDB), pré-candidato à Presidência, afirmou que a Justiça Eleitoral deve garantir o funcionamento "das regras das eleições dentro de um ambiente onde as liberdades políticas e o pluralismo predominem sobre o messianismo, a demagogia e o uso da máquina governamental".

Em um discurso rápido, Serra fez uma defesa da "democracia representativa". "Essa parece ser uma ideia consensual, mas, na verdade, não é na política brasileira", afirmou. O governador também pediu eleições mais limpas.

Segundo Serra, a Justiça Eleitoral é uma peculiaridade brasileira, que ajuda a impedir que políticos governem com a manipulação da opinião pública.

Nesta quinta-feira, o desembargador Walter de Almeida Guilherme tomou posse do TRE de São Paulo em uma cerimônia com a presença de autoridades do Judiciário e Executivo. Ele irá presidir as eleições em São Paulo, onde votarão 28 milhões de eleitores.

Em seu discurso, Guilherme listou como principal preocupação desta eleição as doações de campanha. "É preciso que o eleitor saiba quem é o doador", afirmou o desembargador, que elogiou a intenção do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de obrigar os partidos a identificarem os doadores. "É preciso reduzir o nefasto caixa dois", disse.

O novo presidente também se mostrou favorável ao voto dos presos provisórios. Apesar da Constituição dar direito de voto aos presos não condenados, a Justiça Eleitoral de São Paulo decidiu que isso não pode ser feito por falta de estrutura.

"Ou tiramos esse direito da Constituição ou o tornarmos exequível", afirmou o desembargador. Ele foi voto vencido no TRE, mas espera uma mudança nessa decisão com novo julgamento no TSE.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689617.shtml

PAC deve ganhar força este ano nos palanques eleitorais

ELIZABETH LOPES E GUILHERME MEIRELLES - Agencia Estado

SÃO PAULO - Apesar do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não ser ainda um termo muito conhecido da população de menor renda, a sigla deverá estar entre os principais temas em debate nos palanques eleitorais deste ano. A análise é do especialista em pesquisas eleitorais Sidney Kuntz. Ele conta que avaliações feitas nos bastidores do próprio governo indicam que a criação de emprego e a distribuição de renda desses projetos deverão render importantes dividendos eleitorais neste ano de eleições presidenciais.

"Por conta dos dividendos que o programa poderá render nas urnas, mesmo que o nome PAC ainda não tenha impacto direto no eleitorado, sobretudo o de baixa renda, que usualmente é quem decide um pleito, o programa deverá ganhar ainda mais divulgação e propaganda para se transformar em um dos principais temas dessas eleições", destaca Kuntz. Ele diz, inclusive, que a oposição também vem contribuindo para disseminar esse termo, ao criticar o programa. "A oposição, ao criticar sistematicamente o PAC, citando a sigla, está contribuindo para gravar essa marca na cabeça do eleitorado", diz o especialista, lembrando o dito popular: "Fale mal, mas fale de mim."

O cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise, também concorda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda é desconhecido da população de baixa renda. Ao contrário de Kuntz, Carlos Almeida acredita que, por esse motivo, o programa não pode ser considerado um fator de alavancagem eleitoral. "É diferente do caso do Bolsa-Família", explica. "O Bolsa-Família é um benefício direto, o qual vai todo mês para o bolso do cidadão. Já o PAC é um benefício indireto, por tratar-se de obras que dependem do andamento."

Mas se depender da divulgação que o governo federal vem fazendo desses projetos e do empenho da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff - possível candidata do PT à Presidência da República e considerada "mãe" do PAC -, o programa deverá mesmo se tornar uma das grandes peças dessa campanha.

Balanço

Hoje pela manhã, em Brasília, a ministra apresentou o balanço de três anos deste programa - o último antes de se desincompatibilizar do governo para entrar na disputa eleitoral. No vídeo do balanço do PAC, apresentado antes da apresentação da ministra, o governo não deixou de lado o tom eleitoral ao citar, por exemplo, que este programa foi uma resposta para deixar o Brasil preparado para crescer e que em algumas áreas, como a ferroviária, foram retomados investimentos que estavam paralisados há muitos anos.

Pesquisas realizadas pelo Instituto Análise indicam que o governo terá de fazer um grande esforço para levar o PAC ao conhecimento da maioria do eleitorado. Alberto Almeida, autor dos livros "A Cabeça do Brasileiro" e "A Cabeça do Eleitor", avalia o grau de desconhecimento por meio de pesquisas qualitativas feitas com pessoas de distintos estratos socioeconômicos. "Em um grupo de 10 pessoas, apenas uma é capaz de dizer de que se trata o PAC, mesmo assim de forma superficial."

Para o especialista Sidney Kuntz, contudo, o desconhecimento do que se trata o PAC não deverá ser empecilho para a candidata da situação. "Se Dilma for capaz de traduzir em números os reflexos da geração de emprego e distribuição de renda para a grande massa do eleitorado, poderá ter no PAC uma de suas principais peças de sustentação de campanha." E Kuntz acredita que a sigla de três letras vai se tornar cada vez mais conhecida pela população, seja pela propaganda do governo federal ou pela "força" que a oposição vem dando nessa disseminação, ao criticar o PAC.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pac-deve-ganhar-forca-este-ano-nos-palanques-eleitorais,506561,0.htm

DEM, PT e PSDB querem alterar minuta sobre conta específica para os partidos

Agência TSE

Por meio de petição apresentada hoje ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PT, o PSDB e o DEM pediram alteração na minuta de resolução que trata de prestação de contas eleitorais e que possibilita a identificação dos doadores de recursos captados pelos partidos e transferidos para candidatos e comitês financeiros. A minuta prevê, por exemplo, a abertura pelos partidos políticos de conta bancária específica para movimentação de recursos de campanhas eleitorais.

A proposta de resolução foi discutida ontem durante audiência pública presidida pelo relator da proposta, ministro Arnaldo Versiani. O ministro é responsável por elaborar as resoluções que vão orientar o processo eleitoral em 2010. De acordo com ele, o objetivo da conta específica é exercer um controle maior e poder fiscalizar os gastos e a arrecadação de recursos, durante a campanha eleitoral. A abertura desta conta pelo partido é uma novidade deste ano, pois até hoje a exigência de conta bancária específica com esse fim era somente em relação ao comitê financeiro e ao candidato.


Argumento dos partidos

Na ação apresentada hoje ao TSE, os partidos alegam que a Lei 9.504/97, Lei das Eleições, trata como agentes arrecadadores e gestores das contas eleitorais, exclusivamente os comitês financeiros e candidatos, pois os comitês são constituídos pelos próprios partidos políticos. Aponta que a minuta do TSE criou um novo sistema de gestão financeira de campanhas que não está previsto em lei e tornou os partidos políticos “agentes de campanha eleitoral” obrigados a prestar contas à Justiça Eleitoral.

Questiona ainda a exigência de identificação dos doadores e também dos candidatos para os quais os recursos desses doadores seriam direcionados ao dizer que esta missão é “ingrata e impossível”.

“É que a captação de recursos de diversos doadores e os eventuais repasses a diversos donatários não se dá a um só tempo e em quantias coincidentes, de modo a possibilitar dizer qual candidato recebeu especificamente de qual doador”, afirmam na ação.

Pedem, por fim, que os dispositivos que tratam dessas exigências sejam excluídos da minuta ou modificados.

Apoio do PSOL à minuta

Por outro lado, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) encaminhou um ofício ao presidente do TSE, ministro Ayres Britto, por meio do qual manifesta apoio e elogia a iniciativa de “tornar mais transparentes as doações feitas aos candidatos no período eleitoral”.

Na nota, assinada pelos deputados federais Chico Alencar, Luciana Genro e Ivan Valente, consta que o PSOL compartilha da preocupação do TSE e, este ano, propôs um projeto de lei “tornando obrigatório que os partidos declarem a procedência dos recursos repassados aos candidatos”.

De acordo com eles, empresas doadoras têm usado brechas para “incidir de forma oculta no processo eleitoral, privilegiando setores públicos com os quais tenham maior afinidade ou interesses em comum”. Entre as brechas apontadas, estariam as doações feitas aos partidos e repassadas aos candidatos.

“As preocupações do TSE, que esperamos sejam transformadas em resolução, garantirão transparência plena, vinculando cada recurso recebido pelo candidato com a empresa que o doou”, destacou o partido.

CM/SF

http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1277494

Temer minimiza ações de grupo do PMDB e diz ter apoio de mais de 90% do partido

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), minimizou nesta quinta-feira as ações judiciais de integrantes do partido contrários à realização da convenção da legenda que vai reelegê-lo para o comando peemedebista neste sábado. Temer disse que tem o apoio de "mais de 90% do partido" e elogiou a decisão da Justiça de manter a convenção no sábado.

"Simplesmente não teve sucesso, foram duas ações na esperança de que, se uma negasse, a outra fosse concedida, e foram negadas conforme fundamentos, mostrando o acerto da posição que foi tomada pela Comissão Executiva Nacional designando a data dia 6 de fevereiro", afirmou.

Temer disse que o PMDB vai seguir "unidíssimo" na convenção para a escolha do novo presidente do partido. "Vamos fazer uma convenção muito tranquila, com uma unidade quase absoluta, mais de 90% do partido, de modo que vamos ter muito sucesso, espero, e muita tranquilidade", afirmou.

A Executiva Nacional do PMDB decidiu antecipar a convenção de 10 de março para o dia 6 de fevereiro com o objetivo de acelerar a vitória de Temer para o comando da legenda. A cúpula do partido quer fortalecer o seu nome para que seja indicado à vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

O grupo, ligado ao ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP), promete continuar tentando embargar a convenção para impedir que ocorra no sábado. O grupo é contra a aliança nacional do PMDB com o PT, por isso quer ganhar tempo para discutir a tese da candidatura própria dentro da legenda.

O argumento formal do grupo, porém, é o de que não foram incluídos na chapa única, encabeçada por Temer, que vai disputar o comando do PMDB no sábado. A ala peemedebista reivindica assentos na Executiva Nacional para tentar impedir que o partido firme a aliança com o PT.

O comando do PMDB, liderado por Temer, sustenta que a convenção não vai discutir a aliança do PMDB com o PT, mas apenas eleger a nova Executiva Nacional da legenda.

Temer disse ainda que o grupo de Quércia não tem poderes para questionar a data da convenção, uma vez que ela não havia sido marcada para o dia 10 de março. "É natural que algumas pessoas pensem diferentes. na questão da data, mas não havia razão para insurgência. A data jamais foi marcada. A executiva se reuniu e marcou. Garantimos o mandato até o dia 10 de março", afirmou.

O peemedebista disse que tem hoje "unidade nunca vista" no PMDB e se mostrou disposto a trabalhar pela unificação maior da legenda. "Alguns poucos companheiros que resolveram impetrar a medida estarão conosco. Eu sempre procuro fazer unidade do partido."

Temer afirmou, porém, que não há mais tempo para mudanças na sua chapa ao comando do PMDB diante da proximidade da convenção. "Eu acho que eles não querem entrar. Agora já fechou a chapa, não há mais como. Você tem até 48 horas antes da convenção para modificar a chapa."


Recurso

Dois juízes de Brasília negaram o pedido do grupo do PMDB contrário à aliança nacional do partido com o PT. Com isso, a data ainda está mantida para este sábado, mas o partido pode entrar hoje com mais recursos.

A cúpula do PMDB articula a apresentação de chapa única liderada por Temer, mas o grupo contrário à união com o PT queria melar a convenção caso não fosse incluído na chapa de Temer.

O PMDB do Paraná e de São Paulo apoia, em sua maioria, a indicação do governador do Estado, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato do PMDB à Presidência da República. O comando do partido, porém, já fechou um pré-acordo com o PT para apoiar a ministra Dilma nas eleições de outubro --consolidando a aliança nacional com o PT.

Em dezembro, Requião lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. O governador do Paraná conquistou o apoio do PMDB de São Paulo, contrário à aliança nacional do partido com o PT.

Requião afirma que a sua candidatura é apoiada por representantes de 15 diretórios municipais do partido. De acordo com o governador, desde 1994, com Orestes Quércia, o PMDB não tem candidatura própria à Presidência.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689308.shtml

Dilma diz que ainda não pode discutir sobre vice

LEONARDO GOY - Agencia Estado

BRASÍLIA - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou-se no começo desta tarde a fazer comentários sobre qual seria seu vice favorito para compor a chapa na disputa presidencial deste ano. "Não sou candidata, nem sou pré-candidata. Ainda não posso discutir isso", afirmou a ministra ao deixar o Palácio do Itamaraty, onde apresentou um balanço dos três anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao ser indagada sobre a questão do vice, Dilma disse que estavam colocando a "carroça na frente dos bois".

A ministra, possível candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez hoje a sua última participação no balanço do PAC. O próximo levantamento será divulgado em maio. Se Dilma for mesmo candidata à Presidência, terá de se desincompatibilizar do cargo até o início de abril. Ao longo da apresentação de hoje, a ministra procurou dissociar o PAC das eleições e afirmou, em mais de uma ocasião, que o programa foi feito "respeitando prefeitos e governadores de todos os partidos".

Dilma, conhecida por ser muito rigorosa, procurou mostrar bom humor, hoje, no balanço do PAC. Em alguns momentos ela teve dificuldade para ler na tela do computador o conteúdo das apresentações que estavam sendo expostas em um telão para a imprensa. Em algumas dessas ocasiões, Dilma foi socorrida pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que terminava a leitura de itens que ela aparentava dificuldades. Algumas vezes, Dilma se referiu a Paulo Bernardo como "Paulinho olhos de águia".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-diz-que-ainda-nao-pode-discutir-sobre-vice,506427,0.htm

PV aposta na TV para alavancar candidatura de Marina

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A senadora Marina Silva, do Acre, deve ocupar quase integralmente o programa político do PV, que será exibido hoje à noite em rede nacional de televisão. Os verdes querem aproveitar os dez minutos disponíveis no horário nobre de audiência para tornar mais conhecida sua virtual candidata à Presidência e turbinar seu avanço nos índices de pesquisas eleitorais.

De acordo com avaliação interna do PV, tendo em conta a sondagem mais recente, realizada pelo Instituto Sensus e divulgada nesta semana, as intenções de voto em Marina crescem de forma sustentada, mas em ritmo mais lento do que o desejável. Na pesquisa anterior do mesmo instituto, de novembro, a senadora tinha 5,9% dos votos do eleitorado pesquisado. Agora apareceu com 6,8%, o que significa uma oscilação inferior a 1%. Ela ocupa a quarta posição entre os prováveis candidatos, atrás de José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Ciro Gomes (PSB).

No programa, Marina deverá falar sobre educação e dos seus esforços para aprender a ler e escrever. Ela só foi alfabetizada aos 16 anos de idade e quase desistiu de retornar à escola após o primeiro dia de aula por causa de um mal-entendido. Segundo a narrativa da senadora, ao ouvir seu nome na hora da chamada ela se levantou e foi até a mesa da professora, que se irritou e disse: "Você é abestada, menina? Chamada é pra responder presente."

Humilhada, a adolescente pensou em não mais voltar à escola. Mas acabou concluindo que, se não estudasse, corria o risco de ser chamada de "abestada" pelo resto da vida. Segundo Alfredo Sirkis, vice-presidente nacional do PV, ela voltou e aprendeu a ler e escrever em 15 dias. Esse foi o primeiro grande passo que deu na vida, deve dizer ela hoje aos eleitores.

A proposta dos produtores do programa é dar um ar coloquial à conversa da provável candidata com o eleitorado e valorizar sua história de vida. "A maioria da população não conhece a Marina nem sua história", diz Sirkis. "De modo simples, sem o esquema das superproduções que vemos por aí e que pasteurizam os candidatos, ela vai falar diretamente com o espectador, olho no olho.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pv-aposta-na-tv-para-alavancar-candidatura-de-marina,506388,0.htm

PT: carta de Serra ao Legislativo paulista é propaganda

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A oposição classificou ontem como "overdose de propaganda" a mensagem ao Legislativo encaminhada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nesta semana. Para parlamentares do PT e do PSOL, Serra usou um instrumento institucional cujo objetivo é prestar informações sobre as ações do governo para o ano que se inicia como peça publicitária da sua gestão.

"Essa mensagem se encaixa muito bem na onda de propagandas que o governo Serra intensificou a partir do fim do ano passado. É mais uma propaganda no meio dessa overdose", acusou o vice-líder do PT na Casa, Simão Pedro. "O texto fala muito pouco sobre o que o governo fará em 2010 e mais do que fez nos últimos anos. Não é esse o objetivo da mensagem", prosseguiu o petista.

Na carta, entregue segunda-feira pelo secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, o governador faz uma lista extensa de referências a programas e projetos vitrines do seu governo e conclui que sua gestão fez, em 2009, investimentos "sem precedentes" na história de São Paulo.

O mesmo tipo de abordagem foi utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua mensagem ao Congresso na abertura do ano legislativo. Lula também teceu elogios ao Bolsa-Família e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tudo como parte de um período de sete anos de um governo próspero.

O líder do PSDB na Assembleia, Samuel Moreira, rechaçou as críticas. Disse que o governador "prestou contas", já que a gestão está terminando. "Acho correto informar o que o governo fez nestes três anos. Além disso, o governador aponta para uma política forte de investimentos para 2010. Se quiser saber quais as ações para este ano é só pegar o Orçamento", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-carta-de-serra-ao-legislativo-paulista-e-propaganda,506358,0.htm

Candidatos a vice na chapa de Dilma irão participar de congresso petista no dia 20

Intenção é isolar peemedebistas contrários à aliança e reforçar palanques estaduais

Correio Braziliense - Daniel Pereira

Caciques do PMDB favoráveis à aliança com a petista Dilma Rousseff participarão do Congresso Nacional do PT, em Brasília, no qual será ratificada a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil. A ideia é reforçar em público o noivado entre os dois partidos, considerado um dos principais trunfos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para derrotar os tucanos em 2010. Segundo os mentores da iniciativa, a participação dos peemedebistas renderia pelo menos dois dividendos. Serviria para constranger a ala da legenda contrária à coligação com a petista. E teria um efeito pedagógico, ao retratar suposta união num momento em que PT e PMDB enfrentam dificuldades para fechar os palanques estaduais.

Mantido o roteiro original, o comando peemedebista subirá ao palanque do congresso petista em 20 de fevereiro, quando o encontro será encerrado. Prestigiarão o discurso de Dilma Rousseff, já devidamente aclamada candidata, os presidentes da Câmara, Michel Temer (SP), e do Banco Central, Henrique Meirelles, os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Hélio Costa (Comunicações), além de líderes da legenda, como Henrique Eduardo Alves (RN), que está à frente da bancada de deputados. Temer, Meirelles e Costa são lembrados como possíveis vices na chapa da ministra.

O plano de reuni-los para uma fotografia ao lado de Dilma foi costurado na noite de terça-feira, durante jantar oferecido pela cúpula do PMDB — na casa do deputado Eunício Oliveira (CE) — ao novo líder do governo na Câmara, o petista Cândido Vaccarezza (SP). “O jantar serviu para reforçar a identidade entre PT e PMDB. O Vaccarezza é uma das pessoas que mais apostam na aliança entre os dois partidos”, disse Alves. No jantar, também ficou acertado que é preciso colocar na rua o bloco de parlamentares que defendem a eleição de Dilma. Por enquanto, a pré-campanha é tocada por Lula e embalada por “cerimônias oficiais” nas quais o presidente e a ministra têm papel de protagonistas. Sejam inaugurações de pedras fundamentais ou balanços de ações oficiais.

Peemedebistas disseram a Vaccarezza que estão prontos para sair às ruas já na próxima semana. Lembraram que a próxima convenção nacional da sigla, responsável pela escolha da nova direção partidária, foi antecipada para sábado justamente a fim de permitir dedicação à pré-campanha de Dilma e de candidatos nos estados. Na convenção, Temer deve ser reeleito presidente nacional do PMDB. O favorito para a vice-presidência é Romero Jucá (RR), líder do governo no Senado e ministro da Previdência no primeiro mandato de Lula. O cargo de tesoureiro ficará com Eunício Oliveira, ex-ministro das Comunicações.

Obstáculos
O PMDB só anunciará uma posição oficial sobre a sucessão presidencial em junho. Apesar do empenho de Lula, os dois maiores partidos governistas estão às voltas com uma série de problemas. Um deles é a formação dos palanques estaduais. Em Minas(1), o segundo maior colégio eleitoral do país, ambas as siglas querem lançar candidato ao governo. Os peemedebistas apostam em Hélio Costa. Os petistas se dividem entre o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias.

Outra dificuldade é a escolha do vice de Dilma. Temer desponta como favorito para o posto. Dia após dia, no entanto, é bombardeado nos bastidores. Vê, por exemplo, subir a cotação de Meirelles entre petistas. Nem que seja da boca para fora. Esse movimento é capitaneado por uma ala do PT que defende composição com o bloco de esquerda — PSB, PCdoB e PDT. Se dependesse dessa corrente petista, o deputado Ciro Gomes (CE) seria o vice na chapa de Dilma. “O Meirelles tem todas as condições de ser vice. Ele agregaria a mesma coisa que o Temer”, declarou um dos ministros mais influentes do governo. “Agregaria a fotografia. Vice é só fotografia”, acrescentou.

1 - Critérios
Para desatar o nó, uma das propostas é realizar uma pesquisa em março. Na verdade, dois levantamentos, encomendados por institutos escolhidos por PT e PMDB. O nome preferido pelo eleitorado seria o concorrente da dupla. O problema é que petistas discordam desse critério. Entre outros motivos, porque Hélio Costa lidera as sondagens. “É preciso resolver a questão. Se não, a gente perde a eleição em Minas. O governador Aécio está comendo pelas beiradas e pode eleger o candidato dele (o vice Antonio Anastasia), o que teria reflexos na eleição nacional”, afirmou Alves.

Oposição “doida”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a crise de hipertensão que ele teve na semana passada não vai impedi-lo de continuar inaugurando obras por todo o Brasil. Provocando a oposição, afirmou que “muita gente vai ficar doida de raiva” com isso, e lamentou o fato de que não poderá ter a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao seu lado, quando a campanha eleitoral começar.

“Quem esperar que vou ficar sentado em Brasília pode tirar o cavalo da chuva porque vamos inaugurar obra este ano. Tem gente que vai ficar doida de raiva, mas nós vamos. É uma pena que a Dilma não vai poder ir comigo, mas nós vamos, porque esse país não pode parar mais. Esse país encontrou o caminho”, afirmou, em discurso na inauguração do gasoduto Cabiúnas-Reduc 3, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Lula voltou a garantir que não costuma ter problema de pressão, e que a mede todos os dias. Em tom de brincadeira, disse que o problema da semana passada está ligado ao fato de ser corintiano. “Tive problema de pressão esses dias. Esse negócio de ser corintiano é uma desgraça, porque vi comprar tanto jogador e vi três jogos e não vi o Corinthians deslanchar. Vocês viram domingo? O Corinthians marcou um gol aos 6 minutos, e o Palmeiras passou os outros 84 minutos jogando a bola dentro da nossa área. Rapaz, vi a hora que o coração ia sair pelo pé.”

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/04/politica,i=171251/CANDIDATOS+A+VICE+NA+CHAPA+DE+DILMA+IRAO+PARTICIPAR+DE+CONGRESSO+PETISTA+NO+DIA+20.shtml

Dilma, Serra e Ciro testarão popularidade nos carnavais do Recife, do Rio e de Salvador

Correio Braziliense - Daniela Lima

Nem só da discussão de projetos para o país viverão os pré-candidatos à sucessão presidencial. Neste fevereiro, três dos quatro nomes que se colocaram na disputa pela sucessão presidencial testarão sua popularidade junto ao eleitorado. Eles terão como destino os maiores expoentes do carnaval no Brasil: Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. Os palanques, no entanto, serão diferentes. Ao invés de bandeiras dos partidos e fotos com aliados, exibirão estandartes de clubes, blocos e agremiações de frevo, samba e axé music. Sobre eles, sorridentes, estarão a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, José Serra, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), distribuindo charme entre os foliões.

- (Kacio/CB/D.A Press)
Dilma Rousseff já bateu o martelo. Marcará presença nos três maiores carnavais do país: Recife, Rio e Salvador. No ano passado, ela fez o primeiro teste. Desembarcou no Galo da Madrugada, maior bloco do mundo, e ensaiou passinhos de frevo para um público estimado em cerca de um milhão de pessoas. Na ocasião, a ministra havia acabado de fazer uma plástica. E disse para jornalistas que cobriram o evento que o lifting facial havia sido um “sucesso de crítica”.

Ela também posou para fotos com um chapéu típico de carnaval, estampado com a bandeira de Pernambuco. Sua presença no camarote do governo do estado foi registrada em vídeos amadores postados no site YouTube. Em um deles, a ministra aparece ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), com óculos escuros na cabeça, trajando uma mortalha de carnaval. São 57 segundos de filme. No início, ela distribui acenos tímidos para o público. Mas a batida do som aumenta, e o governador se solta, jogando os braços para cima e para baixo, e sacudindo as pernas sem parar. Dilma não deixa para menos. Bate palmas e levanta o bracinho. Uma típica foliã. Neste carnaval, ela deve caprichar ainda mais na coreografia. Afinal, em ano eleitoral, pré-candidato que se preze tem que colocar o bloco na rua.

O governador José Serra foi pressionado pela cúpula de seu partido, o PSDB, para curtir a folia fora de São Paulo. O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), presidente da legenda, já fechou um camarote na capital pernambucana contando com a presença do aliado paulista. Sabe-se que Serra gosta de forró. O.k., não é frevo, mas já é alguma coisa. E que gosta de dançar. Mas o governador ainda não confirmou a presença.

Serra só confirmará a ida às vésperas do feriado. O motivo da demora é o mau tempo que assola o estado de São Paulo desde o início do ano. Só a capital paulista contabiliza 43 dias seguidos chuvas. E o governador já avisou aos aliados que, se chover, não sai do estado.

Ele sabe que não pegaria bem ser fotografado sob confetes e serpentinas enquanto ruas ou cidades inteiras estariam debaixo d’água no estado que dirige. Quer evitar o fiasco que afligiu o governador do Rio, Sérgio Cabral (1) (PMDB), na virada do ano. Cabral ficou fora do ar até 2 de janeiro, enquanto Angra dos Reis contabilizava as vítimas dos deslizamentos de terra desde a madrugada do dia 1º.

O deputado Ciro Gomes, que reafirmou ontem a disposição em concorrer ao Palácio do Planalto, deve descansar no Rio de Janeiro, ao lado de sua esposa, a atriz Patrícia Pillar. Ciro é figura cativa no carnaval carioca. Ano passado, também ficou por lá.

O Rio, aliás, receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele assistirá aos dois dias de desfile das escolas de samba no Sambódromo, no camarote de Sérgio Cabral. No ano passado, Lula também passou por lá, mas prestigiou apenas os desfiles de domingo. Dilma irá coordenar sua passagem pelo Rio com a agenda do presidente. Em ano eleitoral, vale repetir, pré-candidato que se preze tem que desfilar com os melhores puxadores de voto à tiracolo.

Quem vai ficar de fora da folia é a senadora Marina Silva (PV-AC). Ela nem chegou a cogitar desfilar o ar de sua graça nos destinos mais disputados do país. Marina é evangélica, mas deixou claro para a cúpula de seu partido que não estava deixando o carnaval de lado por conta da religião. A ex-ministra de meio ambiente deu uma justificativa ideológica para sua ausência. Disse que nunca precisou desfilar em bloco de carnaval para fazer política. E não vai começar a fazê-lo agora, só porque vai concorrer à Presidência da República. Avisou que ficará em casa, com a família, e deu o assunto por encerrado.

1 - Demora
As chuvas castigaram o Rio de Janeiro no início do ano. Foram pelo menos 72 vítimas em todo o estado — 52 só em Angra dos Reis. O pesadelo dos cariocas começou na madrugada do dia 31. No dia 1º, o governo do estado divulgou uma nota, em nome de Sérgio Cabral, lamentando “profundamente” as mortes provocadas pelas enchentes e pelos deslizamentos. Questionada sobre o paradeiro do governador, a assessoria de imprensa disse que ele estava monitorando a situação. Cabral apareceu apenas no dia 2. Na ocasião, sobrevoou as áreas mais atingidas em Angra e deu entrevistas. Foi criticado pela demora.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/04/politica,i=171236/DILMA+SERRA+E+CIRO+TESTARAO+POPULARIDADE+NOS+CARNAVAIS+DO+RECIFE+DO+RIO+E+DE+SALVADOR.shtml

"Vazio" no PT fez Dilma Rousseff candidata ao Planalto, diz Tarso

da Folha Online

Hoje na Folha De saída do cargo, o ministro Tarso Genro (Justiça) avalia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu sozinho o nome de Dilma Rousseff para candidata do PT à Presidência porque havia um "vazio" no partido, "fragilizado" pelo mensalão, informa reportagem de Valdo Cruz, publicada nesta quinta-feira pela Folha (íntegra disponível somente para assinantes do jornal ou do UOL).

"Ocorre que o partido estava fragilizado em função daqueles acontecimentos. Tinha de ter alguém que tivesse um mandato subjetivo do partido para isso. E foi isso que o Lula fez, num vazio de vida partidária, apresentou a candidatura da Dilma como de composição, que não permitisse que os grupos políticos passassem a disputar a indicação. Acho que o Lula agiu corretamente porque havia um vazio de capacidade decisória sobre o assunto."

Candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso disse que a eleição de Dilma para suceder Lula não é "garantida", mas aposta que ela é competitiva. "Não, não é eleição garantida. Dilma é uma candidata altamente competitiva e sua vitória dependerá de dois fatos: a capacidade de transmissão de votos do presidente, e o seu desempenho no diálogo político com a sociedade, no debate com adversários. Acho que esses requisitos serão preenchidos e ela tem grandes possibilidades de ganhar a eleição."

Rival político da mineira radicada no Sul, o ministro diz não ser adversário dela, com quem chegou a cogitar disputar a indicação de Lula. "Nunca olhei a Dilma como adversária. Ela foi do PDT no Rio Grande do Sul e a conheço há 30 anos. Fomos até vizinhos, inclusive convivíamos, não cotidianamente, no meio da esquerda durante o regime militar. Sempre tivemos uma relação muito boa."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689178.shtml