9 de out. de 2009

Ciro avisa ao PT que PSB 'não é sublegenda'

ALCINÉA CAVALCANTE - Agencia Estado | 09/10/2009


MACAPÁ - O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PSB-CE) abriu a entrevista coletiva com os jornalistas amapaenses hoje em Macapá avisando que ia elogiar os amigos e falar mal dos inimigos. Ele elegeu o PSDB como o grande inimigo e, apesar de aliado, mandou ao PT um recado: "Nós não somos uma sublegenda." Os elogios foram para Marina Silva (PV), a quem chamou de "irmãzinha".

Ciro reafirmou que está na disputa pela Presidência e que, antes de tomar essa decisão, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem ouviu a orientação para mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, mas que a decisão coube ao PSB. "O partido entendeu que pra ser um bom presidente da República eu teria que aprofundar minhas relações com São Paulo, que é o Estado mais importante sob certos critérios, como economia e cultura", disse. Ele negou que essa mudança de domicílio faça parte de um plano B para ser candidato ao governo de São Paulo caso sua candidatura à Presidência não se consolide.

Ao falar sobre parte do PT que defende sua candidatura ao governo paulista, o deputado mandou um recado aos petistas: "É sempre muito gratificante ver os companheiros do PT fazerem insistentemente menções ao meu nome, dizendo que eu deveria fazer isso ou aquilo, mas quero lembrar que eu sou do PSB e o PSB é um partido e não uma sublegenda".

Ciro descartou ser vice da ministra-chefe da Casa Civil e virtual candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e disse que sabe que o PT já está negociando essa vaga com o PMDB. Ele não condenou o presidente Lula por fazer alianças com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) ou com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Disse que, depois do escândalo do mensalão, o PT perdeu "um pouco" do idealismo e essas alianças foram necessárias para garantir a governabilidade, e adiantou que em sua campanha à Presidência da República vai pregar a renovação do Congresso Nacional, "para acabar com esse ninho de ratos".

Ciro Gomes acusou o PSDB de ter destruído o Brasil. "O marco de economia que eles (o governo Fernando Henrique Cardoso) implantaram destruiu o País." E avaliou que o Brasil quebrou três vezes, passou sete anos sob domínio do FMI, houve o apagão no setor elétrico, se perdeu um terço dos mestres e doutores do ensino público superior e se perdeu 70% das estradas. Na opinião dele, a maior vítima do governo FHC foi a Amazônia, seguida da região Nordeste. A política implantada pelo PSDB, segundo Ciro, fez muito mal a todos os pobres do Brasil e sob o ponto de vista territorial eliminou qualquer expectativa de superação dos desequilíbrios regionais. "Eu não vou deixar que eles enganem o povo de novo", disse.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ciro-avisa-ao-pt-que-psb-nao-e-sublegenda,448484,0.htm

Líderes do PSDB-SP iniciam ofensiva contra Ciro Gomes

GUSTAVO URIBE - Agencia Estado | 09/10/2009

SÃO PAULO - O PSDB-SP deu início ontem a uma ofensiva contra o virtual candidato à Presidência da República pelo PSB, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). A iniciativa acontece no momento em que Ciro engrossou as críticas contra o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aquele que pode ser seu maior adversário nas eleições de 2010.

Em nota divulgada ontem, o presidente estadual do PSDB, deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame, insinuou que Ciro trabalhará em 2010 como "nanico" da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata petista para a sucessão ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff. Thame ainda acusou Ciro de ser um "neopaulista", em virtude da recente mudança de domicílio eleitoral do deputado do Ceará para São Paulo. A nota foi divulgada como uma crítica à propaganda partidária do PT paulista na televisão, que afirma que o governo Lula investirá R$ 100 bilhões no Estado até 2010.

O segundo ataque veio no início da manhã de hoje. O presidente municipal do PSDB em São Paulo, José Henrique Reis Lobo, fustigou Ciro com a acusação de que ele não tem "nenhuma compostura". Em nota, Lobo ressaltou que o discurso do deputado é "totalmente destrambelhado". "(Ciro) deturpa números e subverte a história para adaptá-los às suas invencionices", engrossou as críticas. "É o grande Pinocchio da história recente do Brasil", comparou. O presidente municipal ainda pediu para que as pessoas desconfiem "sempre" das palavras do deputado.

Crítico declarado dos tucanos desde que deixou a legenda, em 1996, Ciro elevou o tom nas últimas semanas, quando se autodeclarou candidato ao Palácio do Planalto em 2010 pelo PSB. Em uma das alfinetadas desferidas contra Serra, o deputado brincou com a "feiura" do governador paulista. "(Serra) é feio para caramba, mais na alma do que no rosto", afirmou. "A conduta pessoal dele em relação aos adversários é feia, destrutiva, impede o diálogo", completou.
 

Políticos antecipam campanhas

Globo.com - 09/10/2009
 
Pela regra, eles só poderiam fazer campanha a partir de julho de 2010. O Ministério Público Eleitoral entrou com representações no TRE contra a propaganda irregular.

Serra critica governo Lula, e PSDB chama Ciro de "nanico de Dilma"

CATIA SEABRA

da Folha de S.Paulo - 09/10/2009
 
Reunido com um grupo de empresários, o governador de São Paulo, José Serra, criticou ontem o governo federal por falta de planejamento e controle de gastos. Ignorando a presença de jornalistas na reunião com integrantes do Movimento Brasil Competitivo, Serra atribuiu a paralisação de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a falta de planejamento e acusou o governo de inflar investimentos.

Após anunciar uma economia de R$ 518 milhões como produto do programa de melhoria da qualidade dos gastos, o governador disse: "Fico pensando na margem de manobra que haveria na esfera federal".

"Em 2011, a gente conversa", brincou o presidente do Grupo Orsa, Sérgio Amoroso. "Quem sabe? Porque isso não existe na esfera federal", respondeu o governador.

Sem citar o nome da ministra Dilma Rousseff --sua potencial adversária na disputa presidencial--, Serra disse que o "Brasil perdeu" a capacidade de planejamento. "Agora, por exemplo, o TCU impugnou dezenas de obras federais. Não impugnou o Rodoanel".

Afirmando que pretende criar um manual de boas práticas de gestão, Serra lembrou que a participação do governo federal para o Rodoanel é de R$ 1,2 bilhão em R$ 4,4 bilhões. E reclamou: "No PAC, quando eles medem --daí, a propaganda do PT na TV--, eles apresentam o conjunto do rodoanel como uma obra federal".

Nanico
 
Já o presidente estadual do PSDB, Mendes Thame, reagiu à reedição de propaganda do PT que contabiliza um investimento federal de R$ 100 bilhões em São Paulo. Em nota, diz que "o PT perdeu a noção". "Deve ser já a influência do seu novo líder, Ciro Gomes, neopaulista e nanico da Dilma".
Thame criticou o governo federal por incluir empréstimos, gastos do Estado e de prefeituras na sua cota. Segundo a nota, o governo Lula investiu apenas R$ 1,9 bilhão do Orçamento de 2009 no Estado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u635795.shtml

Liberação da internet vai aproximar eleitor e candidatos, preveem especialistas

REGIANE SOARES

da Folha Online - 09/10/2009

A liberação da internet durante a campanha eleitoral vai provocar mudanças na forma dos candidatos pedirem votos nas eleições de 2010. Com a alteração, os candidatos poderão usar as redes sociais, blogs e e-mails para divulgar sues nomes, ideias e propostas.

Para especialistas em marketing eleitoral ouvidos pela Folha Online, será uma oportunidade de os políticos interagirem diretamente com os mais de 64 milhões de brasileiros que usam a internet, segundo o Ibope, o que não é possível em outras mídias como TV, jornal ou rádio.

O consultor em marketing político Marco Iten disse que a primeira ação dos candidatos que pretendem usar a internet como ferramenta de aproximação com os eleitores é organizar um banco de dados para uma comunicação eletrônica eficiente.

"Não adianta criar site ou um perfil no Twitter se não tiver um bom cadastro de pessoas com quem o candidato tenha afinidade. Não dá para achar que as pessoas vão procurar você só porque você tem um site. A comunicação por si só não gera relacionamento", afirmou.

Iten também sugeriu que os candidatos usem o e-mail para divulgar suas ideias, mas com a devida atenção para não fazer propaganda antes do prazo determinado pela Justiça Eleitoral: a partir de 5 de julho de 2010. Segundo ele, além de falar direto com seu possível eleitor, o uso do e-mail tem custo zero. "É uma forma de fidelizar o eleitoral", disse.

O publicitário Moriael Paiva, especialista em campanha pela internet, resumiu em poucas palavras o que significa a possibilidade de usar a web nas eleições. "Internet é conversa, não é propaganda", disse.

Responsável pela campanha na internet do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), Paiva disse que a liberação da internet vai aproximar o público que está fora do mundo político. "Os internautas perceberam que podem chegar mais pertos dos políticos, e isso é um caminho sem volta", afirmou.

O publicitário também sugeriu muita criatividade para conseguir a atenção dos eleitores. Na campanha de Kassab, por exemplo, quando ainda havia restrição no uso da rede, Paiva disse que teve que criar vários sites dentro do site oficial para poder interagir com o eleitor. Com a possibilidade de usar as redes sociais como Orkut, Twitter ou FaceBook ou sites de vídeo, como o YouTube, a interação será maior.

Novidade

Uma das novidades da reforma eleitoral aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a doação para a campanha pela internet. Movidos pelo efeito Barack Obama --que nas eleições presidenciais de 2008 nos Estados Unidos arrecadou US$ 500 milhões apenas pela internet--, os congressistas brasileiros incluíram no texto a possibilidade de arrecadar de recursos de pessoas física ou jurídica diretamente pela web.

Porém, para o publicitário Fernando Barros, presidente da Propeg - Agência de Publicidade e Marketing Político, os candidatos ainda vão ter que conquistar os eleitores, porque não existe no Brasil a cultura de contribuição pela internet.

"Muitos estão sequiosos para degustar a doação pela internet. Mas não vai ser fácil. Doar dinheiro pela internet não vai ser moleza como aconteceu com Obama", afirmou o publicitário.

Barros acredita que quem conseguir combinar a TV e a internet durante a campanha terá o melhor resultado nas eleições. Porém, ainda não dá para descartar outras mídias porque o Brasil é um país continental e muitos eleitores ainda não têm acesso à internet.

Pesquisa

Para o consultor e pesquisador do Centro de Estudos da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Marcelo Coutinho, a influência da internet nas eleições depende de três fatores: do número de eleitores, do interesso do político em se comunicar e do grau de interesse dos eleitores nos políticos.
PUBLIFOLHA/PUBLIFOLHA

E qual vai ser o grau de interesse nas eleições de 2010? "Não sei", disse Coutinho. O motivo, segundo ele, é o fato de que pela primeira vez em 20 anos o Lula não é candidato a presidente e, por isso, talvez exista a dificuldade de envolver o eleitor na campanha. "Mas isso são hipóteses, que só poderemos comprovar a partir de julho do ano que vem", afirmou.

Na avaliação de Coutinho, a liberação do uso internet nas eleições de 2010 terá mais importância para os candidatos a deputado estadual ou federal, pois eles têm menos espaço na mídia. Além disso, o eleitor presta mais atenção nas propostas dos candidatos a presidente e a governador, deixando para decidir o voto para deputado às vésperas da eleição.

Na sua mais recente pesquisa sobre a influência da internet nas eleições de 2008 (A internet e as eleições municipais em 2008 - o uso dos sítios eletrônicos de comunidades na eleição paulistana), Coutinho destaca que a internet é um canal de comunicação com alcance limitado.

Pelos números do Ibope Inteligência, citados na pesquisa, apenas 5% dos entrevistados disseram que usaram a internet como principal fonte de informação para decidir o voto, principalmente os jovens com maior escolaridade.

Porém, como uma campanha eleitoral é constituída por diversas dinâmicas, 5% pode decidir uma eleição. "Dependendo da eleição, a internet pode ter um peso decisivo", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u635483.shtml

Tucanos estão "perdidinhos" e desconhecem país, diz Ciro

JOÃO CARLOS MAGALHÃES

da Agência Folha, em Belém -  09/10/2009
 
O deputado federal Ciro Gomes (PSB), pré-candidato à Presidência, afirmou ontem, em Belém (PA), que os tucanos estão "perdidinhos da silva".

O PSDB estuda a possibilidade de pedir a suspensão do mandato de Ciro porque ele mudou seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo.

"Eu acho, e não é de agora e nem por causa desse episódio, que eles andam 'perdidinhos da silva'", afirmou Ciro.

Para Ciro, segundo o qual sua viagem ao Pará teve entre seus objetivos preparar a candidatura ao Palácio do Planalto, o PSDB vive em uma "redoma" e não conhece o país.

Como exemplo, Ciro citou que o PSDB distribuiu em Natal (RN) uma cartilha "para provar para o povo do Nordeste que quem fez o Bolsa Família foram eles, o Fernando Henrique [Cardoso], e não o Lula".
"Só que eles estão fazendo isso na frente de oito milhões de famílias que sabem que dia começaram a receber, a partir de qual responsabilidade política esse benefício lhes chegou ou não", afirmou Ciro.

"Como eles vivem nessa redoma, protegidos pela redoma plutocrata de conveniências, eles não conhecem o Brasil."

O deputado voltou a ironizar a possível participação do governador José Serra (PSDB-SP) na tentativa de lhe tirar o mandato. "De vez em quando acontece dessas contra mim, quase sempre com a mesma fonte, mas o Serra sempre nega que foi ele", afirmou.

"A Roseana [Sarney] também acredita que não foi ele que tentou. Ela acredita, e eu também", disse Ciro.
Em 2002, a Polícia Federal apreendeu R$ 1,34 milhão numa empresa que tinha Roseana como sócia. Depois que a foto do dinheiro chegou à imprensa, Roseana desistiu da candidatura à Presidência. Na época, ela acusou a PF de beneficiar Serra, que disputou aquela eleição.

Na noite de ontem, a reportagem não conseguiu localizar nenhum representante da presidência do PSDB para comentar as declarações de Ciro.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u635669.shtml

"Marina Silva não representa o projeto de Lula", diz Dilma

 O Globo - 09/09/2009

SALVADOR, 9 de outubro (Reuters) - Em um primeiro embate com a senadora Marina Silva (PV-AC), sua provável adversária na sucessão presidencial de 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil, PT) disse nesta sexta-feira que a ex-ministra do Meio Ambiente não representa o projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ela tem um projeto alternativo que não podemos desconsiderar, que merece o nosso respeito. Mas é preciso deixar claro que a ex-ministra não representa o projeto do presidente Lula", afirmou Dilma Rousseff a jornalistas, após participar de missa na mais famosa igreja da Bahia, a de Nosso Senhor do Bonfim.
Vestida de branco, como manda a tradição, Dilma Rousseff chegou à igreja às 7h15. Antes de subir as escadarias do templo, tomou um "banho de axé" -folhas de aroeira e pingos de água foram jogados em seu corpo.

Em seguida, ganhou dez fitinhas do Senhor do Bonfim (todas na cor branca). Ao lado do governador Jaques Wagner (PT), a ministra permaneceu durante toda a cerimônia ao lado do altar.

Ela cantou parte do hino em homenagem ao Senhor do Bonfim e comungou. Poucos minutos depois do início, o padre Edson Menezes pediu uma "saudação especial pela saúde" da ministra, quando os cerca de 500 fiéis que lotaram as dependências do templo bateram palmas.

Há quase três semanas, Dilma foi considerada livre de qualquer evidência de câncer pelos médicos responsáveis por seu tratamento.

No final da cerimônia, quando deixava as dependências da igreja, a ministra se aproximou de uma criança, Rian Santos, de um ano de oito meses, e pediu um beijo. A criança, que estava no colo da mãe, respondeu: "Não". Mesmo assim, a ministra teve jogo de cintura para contornar a situação e beijou a criança.

Do lado de fora da igreja, a ministra colocou uma fitinha no pulso e elogiou a religiosidade do baiano. "Quem chega à igreja do Bonfim entende perfeitamente os motivos de os baianos serem tão religiosos. Aqui (na igreja), sinto o coração, a alma e a imensa generosidade dos baianos."

A pré-candidata tem se aproximado de religiosos. Na segunda-feira, esteve em culto da Assembléia de Deus em São Paulo e há cerca de um mês participou de evento em Brasília que contou com a participação de representantes das principais igrejas evangélicas do país. Em março, esteve na missa do padre Marcelo, membro da Renovação Carismática Católica.

Dilma Rousseff, que cumpre agenda na Bahia desde quinta-feira à noite e durante toda a sexta-feira, admitiu, ainda nas escadarias da igreja, que haverá uma polarização entre o PT e o PSDB na campanha do ano que vem à Presidência da República.

"Queremos confrontar o que aconteceu após 2003 (quando o presidente Lula chegou ao poder pela primeira vez) e como era o Brasil antes. A polarização é inevitável", declarou.
(Edição de Carmen Munari)

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/10/09/marina-silva-nao-representa-projeto-de-lula-diz-dilma-767983459.asp

Lula autoriza 'blitz' para unir base em torno de Dilma

09/10/2009 | AE - Agencia Estado


SÃO PAULO - Preocupado com a estagnação da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas pesquisas eleitorais e com o crescimento do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), o governo decidiu fechar o cerco sobre todos os partidos da base aliada, cobrando apoio e adesão imediata à campanha. A ideia da "blitz", avalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é garantir a candidatura única de Dilma e empurrar Ciro para a disputa pelo governo de São Paulo ou deixá-lo na corrida presidencial sem o apoio de legendas aliadas que lhe garantam tempo de TV e palanques estaduais.

Apenas nas últimas 48 horas, representantes do governo e a própria ministra se reuniram com dirigentes de três partidos (PMDB, PDT e PRB) e a ofensiva será estendida a todas as outras legendas da base. Na terça-feira, a pressão ocorrerá sobre o PR. Na reunião, deverão estar presentes até os novos líderes, como o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.

O Planalto aposta que o auge da manobra será a formalização do compromisso com o PMDB. Ontem, o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), cotado para vice de Dilma, conversou por telefone com Lula e deixou praticamente acertada a data do evento. Deve ocorrer em Brasília, no dia 20 ou 21, com a presença da cúpula das duas siglas, de Lula e da ministra. Nesse encontro, deverá ser anunciada a parceria política em torno de Dilma, com a cessão da vaga de vice para o PMDB, e a intenção de que essa parceria se reproduza regionalmente.

Interlocutores de Lula dizem que ele autorizou a estratégia por causa dos números preocupantes em pesquisas de intenção de voto. Em locais importantes, como Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, pesquisas oficiais e levantamentos informais mostram que Dilma aparece com desempenho próximo ao de Ciro ou pior. No Estado gaúcho, onde Dilma construiu a sua carreira, pesquisa do Ibope feita entre 25 e 29 de setembro mostra que Serra tem 30% das intenções de voto e Dilma aparece praticamente empatada com Ciro - ela com 20% e o deputado cearense, com 19%.

"O governo hoje está trabalhando para isolar a candidatura presidencial de Ciro Gomes", afirma o senador Renato Casagrande (ES), secretário nacional do PSB. "A intenção do PSB é ter candidatura presidencial própria, com o deputado Ciro Gomes. Mas esse é um processo que está em construção. Se o governo for contra essa candidatura e atrair para o lado da ministra Dilma o apoio de todos os partidos da base, a consolidação da campanha será, obviamente, muito mais difícil." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dilma deve sair do governo logo após congresso do PT

UOL - 09/10/2009
Poder e Política, com Fernando Rodrigues: a campanha de Dilma Rousseff está praticamente definida. A ministra deve deixar o governo Lula no final de fevereiro, logo depois do Congresso Nacional do PT, quando será aclamada como a candidata do partido.



http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/dilma-deve-sair-do-governo-logo-apos-congresso-do-pt-04023570D8C14366?types=A&

Sobre o blog Candidatos 2010

O Blog Candidatos 2010 NÃO cria notícias, ele reúne as principais notícias (Desde Setembro de 2009) relacionadas aos Candidatos para Eleições 2010 publicadas nos sites mais relevantes.

A responsabilidade das matérias é dos jornais e portais que as publicam.

O Blog Candidatos 2010 tem como principal característica a imparcialidade e busca reunir as notícias com conteúdos sem extremismos.

Sua visão é proporcionar aos leitores/eleitores um histórico de todo o caminho percorrido pelos Candidatos até as eleições 2010.

Sua missão é proporcionar aos usuários/leitores/eleitores informações para a melhor escolha e com isso conquistar para o Brasil o máximo de votos conscientes na busca da democracia ideal.

Manter um histórico cronologico para consultas futuras e uma área dedicada para as promessas e propostas feitas pelos candidatos.

Seus valores são governados pela imparcialidade e a busca na transparência das informações.

8 de out. de 2009

Foi bem sucedida a primeira investida da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, para ganhar o apoio de partidos governistas em 2010.

IG - 08/10/2009

No jantar oferecido à cúpula e às bancadas do PDT na Câmara e no Senado na terça-feira, a ministra da Casa Civil obteve a simpatia dos convidados, os convenceu de que o Planalto trabalha para ter apenas uma candidatura na base aliada e uma eleição polarizada entre governo e oposição e ainda conseguiu "desmontar" a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).

"O Ciro, hoje, está descartado como candidato até pelo convencimento geral de que a candidatura dele está sendo administrada pelo presidente Lula", resume o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Ele é um dos raros pedetistas que não compareceu ao jantar, mas, depois de conversar com os companheiros de bancada e com o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, foi quem melhor traduziu o resultado do encontro.

Mais do que se apresentar como candidata tanto ao PDT como ao PRB, com quem também se reuniu anteontem, Dilma procurou se mostrar capaz de superar a vantagem que Ciro exibiu sobre ela nas últimas pesquisas de intenção de voto.

Os pedetistas chegaram ao encontro dispostos a obter o apoio da ministra para a proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais.
Ao final, foi Dilma quem contabilizou lucro. "Ela virou o jogo e ganhou o PDT. Ficamos todos encantados", diz o líder da bancada na Câmara, deputado Dagoberto (MS).

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/08/pdt+descarta+ciro+e+defende+candidato+unico+do+governo+8775969.html

Coordenação de campanha vai lançar livro que contará história da vida de Dilma Rousseff

O Globo - 08/10/2009

RIO - A coordenação informal de campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, decidiu lançar um livro contando a história da vida da provável candidata do PT à sucessão presidencial em 2010, informou nesta quinta-feira o colunista do GLOBO Ilimar Franco. A biografia vai funcionar como instrumento de trabalho para Dilma entre março, quando deixará o governo, e junho, período em que os partidos realizam convenções para oficializar seus candidatos. ( Leia também: Para isolar Ciro, Dilma tenta apressar alianças )
- É preciso uma versão oficial da vida dela, como fez o Obama nos Estado Unidos - comentou um dos mais próximos colaboradores da ministra.

Ainda não está definido se a obra terá um autor ou será autobiográfica.

A comissão de campanha, responsável por definir a plataforma política da candidata e organizar o diálogo com os partidos aliados, será coordenada pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais , Marco Aurélio Garcia. Alguns temas já estão definidos: política social, educação, investimentos em ciência e tecnologia e preocupações com os recursos ambientais, como a água, por exemplo.
Além de Garcia, fazem parte do grupo o presidente do PT, Ricardo Berzoini, o assessor pessoal do presidente da República, Gilberto Carvalho, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá. O marqueteiro João Santana, responsável pela campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, também está assessorando a candidata e programando pesquisas qualitativas junto ao eleitorado.

Na terça-feira, ao chegar a um jantar com o PDT - o primeiro com partidos aliados do governo Lula -, Dilma disse que a base deve ter uma única candidatura. A tese é defendida pelo presidente, mas enfrenta resistências no PSB, que pretende lançar a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Para Dilma, Lula precisa eleger o seu sucessor para assegurar a continuidade das conquistas dos últimos oito anos.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/10/08/coordenacao-de-campanha-vai-lancar-livro-que-contara-historia-da-vida-de-dilma-rousseff-767959812.asp

Ciro critica Serra e diz que tucano joga no "tapetão"

 Folha Online -  08/10/2009

Deputado federal e pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PSB-SP) criticou ontem o governador de São Paulo e também pré-candidato, José Serra, pelo fato de o PSDB estudar uma maneira de retirar seu mandato na Câmara dos Deputados.

Ciro classificou a intenção do PSDB como "um disparate" e "patética". E disse ainda: "Isso revela como o Serra gosta de enfrentar os seus adversários nas eleições, sempre no tapetão". Questionado se ele achava que essa era uma ideia do próprio governador, respondeu ironicamente: "Não, o Serra não tem nada a ver com isso, aliás, ele nunca tem". O deputado também disse acreditar que a pretensão tucana "não vai dar em nada".

Em São Paulo, Serra disse que "nunca ouviu falar" da proposta do PSDB de tentar suspender o mandato de Ciro e que é contra a ideia.

"Acho que é fofoca", disse Serra. "Acho que não é necessário. Nunca ouvi falar disso, também não seria a favor. Deixa todo mundo que quiser ser candidato, que quiser falar, mudar domicílio, não mudar. Que cada um faça o que bem entenda a esse respeito", afirmou o governador paulista.

Segundo reportagem da Folha de ontem, a tese sustentada pelo advogado Ricardo Penteado -responsável pela assessoria jurídica de campanhas do PSDB- é a de que Ciro está sujeito a perder o mandato por ter transferido o seu título eleitoral do Ceará para São Paulo.

Para os tucanos, o Estado do Ceará, que elegeu o deputado, perdeu um representante, passando de 22 para 21 deputados. Pela tese, Ciro poderia disputar o governo de São Paulo, mas sem o mandato na Câmara. A intenção é explorar o assunto, ao menos para indispor Ciro com o eleitorado do Ceará.

Essa é a segunda vez em poucos dias que Ciro ataca o seu desafeto político José Serra. Há alguns dias, o deputado disse que o governador "era feio para caramba, mais feio na alma do que no rosto".

Ontem, ao ser questionado sobre a decisão do PT paulista de enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e construir uma candidatura própria ao governo de São Paulo para 2010, Ciro não quis responder.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u635215.shtml

PDT descarta Ciro e defende candidato único do governo

AE - Agencia Estado - 08/10/2009


SÃO PAULO - Foi bem sucedida a primeira investida da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, para ganhar o apoio de partidos governistas em 2010. No jantar oferecido à cúpula e às bancadas do PDT na Câmara e no Senado na terça-feira, a ministra da Casa Civil obteve a simpatia dos convidados, os convenceu de que o Planalto trabalha para ter apenas uma candidatura na base aliada e uma eleição polarizada entre governo e oposição e ainda conseguiu "desmontar" a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).

"O Ciro, hoje, está descartado como candidato até pelo convencimento geral de que a candidatura dele está sendo administrada pelo presidente Lula", resume o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Ele é um dos raros pedetistas que não compareceu ao jantar, mas, depois de conversar com os companheiros de bancada e com o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, foi quem melhor traduziu o resultado do encontro.

Mais do que se apresentar como candidata tanto ao PDT como ao PRB, com quem também se reuniu anteontem, Dilma procurou se mostrar capaz de superar a vantagem que Ciro exibiu sobre ela nas últimas pesquisas de intenção de voto. Os pedetistas chegaram ao encontro dispostos a obter o apoio da ministra para a proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais. Ao final, foi Dilma quem contabilizou lucro. "Ela virou o jogo e ganhou o PDT. Ficamos todos encantados", diz o líder da bancada na Câmara, deputado Dagoberto (MS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PMDB acerta apoio a Dilma em 2010

Partido espera que, já na próxima semana, Lula reúna o partido e a direção do PT para sacramentar pré-acordo

Estadão - 08/10/2009  Denise Madueño, BRASÍLIA


Distante oito meses da convenção partidária que vai definir oficialmente com quem o PMDB dividirá o palanque presidencial em 2010, a cúpula do partido decidiu formalizar já o apoio à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a indicação de um peemedebista para a vice-presidência da chapa. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), vai conversar hoje com o presidente Lula informando o resultado do jantar dos dirigentes peemedebistas na noite de terça-feira, no qual setores do partido aprovaram por unanimidade o acordo.

O PMDB espera que, na próxima semana, Lula reúna o partido e a direção do PT para sacramentar o que vem sendo chamado de pré-compromisso. As duas siglas vão deixar claro que estarão juntas na disputa presidencial em 2010. O partido não apresentará o nome do vice agora, mas Temer é o cotado para o cargo. "O PMDB está pronto para sinalizar ao País inteiro que, coerentemente, estaremos juntos no palanque de Dilma", afirmou o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), organizador do jantar.

Assim que Lula apresentar publicamente o acordo, o PMDB vai buscar entendimentos nos Estados e os votos dos convencionais para garantir em junho, mês em que serão realizadas as convenções partidárias para as eleições de 2010, a aprovação da aliança nacional. "Com o pré-compromisso acertado, vamos nos dedicar, como aliados, a tentar resolver as questões nos Estados", disse o líder do partido

Ele considera que o pré-acordo vai acabar com inseguranças e inquietações no partido. "Vamos cessar as especulações e definir o rumo (do partido e da aliança)", continuou Alves. As dificuldades em alguns Estados provocaram uma inversão da estratégia da legenda. Anteriormente, o caminho era partir dos acordos regionais para concretizar o apoio para a Presidência. Agora, a tática foi consolidar a chapa para influenciar a movimentação nos Estados.

DISPUTAS

Peemedebistas que enfrentam problemas estaduais com os petistas estavam presentes e aceitaram a decisão do partido de aliança nacional com o PT e Dilma. Mas na avaliação da cúpula partidária, em alguns Estados será quase impossível fechar uma aliança dos dois partidos e a disputa será inevitável.

A preocupação do PMDB nesses locais é garantir tratamento igual do presidente Lula para os candidatos peemedebistas e petistas. Esse é o caso, por exemplo, da Bahia. O ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, expressou, durante o jantar, sua decisão irreversível de disputar o governo do Estado contra o governador Jaques Wagner (PT), que deseja a reeleição. Há problemas também no Pará, onde o deputado peemedebista Jader Barbalho pretende disputar com a governadora petista Ana Júlia Carepa.

Em Minas Gerais, o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), e os petistas Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, e Patrus Ananias, ministro de Desenvolvimento Social, querem ser o candidato ao governo. No Rio Grande do Sul, um acordo entre PMDB e o PT é considerado quase impossível. O ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), se lançou candidato e o PMDB vai decidir entre José Fogaça e Germano Rigotto. No Mato Grosso do Sul, Zeca do PT declarou que vai disputar o cargo do governador, André Puccinelli, em busca da reeleição.

7 de out. de 2009

Em blog, Dirceu defende candidatura de Ciro ao governo de São Paulo

O Globo - 07/10/2009

RIO - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu defendeu nesta quarta-feira a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para o governo de São Paulo. Para Dirceu, o PT deveria lutar pelo apoio do PSB nas eleições de 2010 e lançar Dilma para presidente e Ciro em São Paulo.

"Outra tática que o PT poderia seguir, e à qual sou favorável, é disputar o apoio do PSB e convencê-lo a fechar com Dilma e a lançar Ciro candidato a governador de São Paulo. Essa é uma estratégia que exigiria uma ação conjunta das direções do PT paulista e nacional, coordenada pelo presidente Lula e pela nossa candidata, Dilma Rousseff", disse Dirceu no seu blog.

Na semana passada, Ciro mudou seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo para, segundo ele, adquirir intimidade com o estado . Apesar da troca, o deputado disse que iria disputar a presidência no ano que vem.

O presidente Lula defende que ele se candidate ao governo paulista. Mas isso não é uma unanimidade no PT. Na segunda-feira, a ex-prefeita Marta Suplicy disse que Ciro "não tem a ver" com São Paulo e defendeu a candidatura própria do partido . Em resposta, Ciro afirmou que trocou o o domicílio eleitoral "a contragosto" .

Para Dirceu, a situação em São Paulo "não é nada boa":

"O fato é que a situação no Estado não é nada boa em se tratando da base do governo Lula. O PSB, PMDB, PV e PTB, além do PPS e do DEM, apóiam o governo Serra. O PSB e o PTB, aliás, tem uma longa tradição de apoio aos tucanos, iniciada com o governo Mário Covas, passando pelo de Geraldo Alckmin e agora com José Serra".

Caso não seja possível fazer uma aliança, Dirceu diz que o PT terá que lutar em três frentes nas eleições de 2010: contra o governador de São Paulo, José Serra, a senadora Marina Silva (PV-AC) e Ciro.

"Sem ilusões, é certo que, em busca de um lugar no 2º turno, todos estarão contra Dilma e o PT".

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/10/07/em-blog-dirceu-defende-candidatura-de-ciro-ao-governo-de-sao-paulo-767949303.asp#

Heloísa Helena cogita apoiar Marina Silva em 2010

Presidente do PSOL de Alagoas defende que vereadora dispute vaga no Senado nas eleições

Agência Estado - 07/10/2009

SÃO PAULO - A presidente do PSOL, Heloísa Helena, já cogita abrir mão de concorrer à Presidência da República para apoiar a candidatura da senadora Marina Silva (PV). A vereadora pode disputar uma vaga ao Senado por Alagoas em nome dessa estratégia.

A proposta foi apresentada à executiva nacional do partido pelo diretório de Alagoas depois que um dos possíveis adversários dela na disputa pelo Senado, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), sinalizou que concorrerá ao Executivo estadual. A movimentação facilitaria a vitória de Heloísa no Estado.

"Caso eu não possa ser candidata a presidente, meu candidato será Milton Temer (PSOL) ou Marina Silva", afirmou Heloísa Helena à Agência Estado. O cenário daria impulso ao possível candidato a presidente Ciro Gomes (PSB) e prejudicaria a presidenciável do PT, Dilma Rousseff.

A última pesquisa de intenções de voto, da CNI/Ibope, indica que, excluindo o nome de Heloísa da simulação, Serra lidera com 35%, Ciro Gomes aparece com 17%, Dilma Rousseff soma 15% e Marina Silva, 8%. Com Aécio no lugar de Serra e sem Heloísa, Ciro lidera com 28%, seguido de Dilma com 18%, Aécio com 13% e Marina com 11%. Com ela no páreo, num cenário com Serra, Dilma, Ciro e Marina, a presidente do PSOL aparece com 8%.

Além de Milton Temer, ex-petista e um dos fundadores do PSOL, o partido trabalha com a possibilidade de lançar à Presidência Plínio de Arruda Sampaio, de São Paulo, ou Martiniano Cavalcante, de Goiás. A definição sobre apoio ou candidatura própria só deve sair em dezembro, quando o PSOL faz sua Conferência Eleitoral.

Volta ao Senado

O presidente do PSOL em Alagoas, Mário Agra Junior, comanda o movimento por Heloísa no Senado. A proposta foi aprovada por consenso em uma reunião do diretório alagoano no último sábado, que contou com a participação de mais de cem filiados. "Ela aparece até 15 pontos porcentuais à frente do (senador) Renan Calheiros (PMDB) nas pesquisas locais de intenção de voto para o Senado. Está bem à frente dos outros possíveis candidatos, enquanto na disputa à Presidência ela fica em terceiro lugar", disse Agra. "A situação, matematicamente, é muito boa para Heloísa no Estado."

Apesar de defender a tese da candidatura própria ao Palácio do Planalto, Agra admite as dificuldades de uma candidatura no âmbito nacional. "Mostrar estrutura para uma candidatura a presidente não é fácil. A campanha ao Senado é infinitamente menor."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,heloisa-helena-cogita-apoiar-marina-silva-em-2010,447510,0.htm

PTB acerta filiação de ex-ministros para eleições 2010

07/10/2009 - Agencia Estado

SÃO PAULO - Com vistas a 2010, o PTB informou nesta quarta-feira que arregimentou dois ex-ministros para as suas fileiras partidárias. Sob a chancela do presidente da sigla em São Paulo, o deputado estadual Campos Machado, o ex-ministro do Trabalho do governo José Sarney, Almir Pazzianotto, e o ex-ministro da Administração e Infraestrutura do governo Fernando Collor de Mello, João Santana, assinaram na última semana o documento de filiação à legenda.

Apesar dos ex-ministros não manifestarem desejo aparente em concorrer a cargo eletivo no pleito do ano que vem, o PTB já costura nos bastidores o destino político dos dois novos filiados, o que inclui o lançamento do nome de ambos à Câmara dos Deputados em 2010. "É uma grande satisfação para nós ter como filiado esse (Pazzianotto) extraordinário ministro", enalteceu Machado, que não poupou também elogios a Santana. "Temos orgulho e honra na filiação dele."

Em nota sobre a filiação, Machado ressaltou que os dois ministros fazem parte de um projeto maior que a disputa por votos nas eleições de 2010. Segundo ele, ambos fortalecem o partido para as eleições de 2012 e 2014, quando a legenda pretende lançar candidatura própria para todos os cargos eletivos. "Deixaremos de entrar como vagão nas eleições e seremos a locomotiva", acredita Campos.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ptb-acerta-filiacao-de-ex-ministros-para-eleicoes-2010,447542,0.htm

PMDB formalizará apoio à candidatura de Dilma

estadao.com.br - quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nesta quinta, Temer deve informar Lula de que setores do partido aprovaram acordo entre as siglas

Denise Madueño, da Agência Estado

BRASÍLIA - A oito meses da convenção partidária que vai definir quem o PMDB terá como candidato à presidência da República, a cúpula do partido decidiu formalizar o apoio à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a indicação de um peemedebista para a vice-presidência da chapa. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), vai informar Lula, na quinta-feira, 7, do resultado do jantar de terça-feira, 6, no qual setores do partido aprovaram por unanimidade o acordo.

O PMDB espera que, já na próxima semana, Lula reúna o PMDB e o PT para sacramentar o que vem sendo chamado de pré-compromisso. Os dois partidos vão deixar claro que estarão juntos na disputa presidencial em 2010. O partido não apresentará o nome do vice agora, mas Temer é o cotado para o cargo.

"O PMDB está pronto para sinalizar ao País inteiro que, coerentemente, estaremos juntos no palanque de Dilma", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), organizador do jantar. A partir de agora, o partido vai buscar acordos nos Estados e os votos dos convencionais para garantir em junho a aprovação da aliança nacional.

"Com o pré-compromisso acertado, vamos nos dedicar, como aliados, a tentar resolver as questões nos Estados", disse Henrique Alves. O líder considera que o pré-acordo vai acabar com inseguranças e inquietações no partido. "Vamos cessar as especulações e definir o rumo (do partido e da aliança)", continuou o líder.

Peemedebistas que enfrentam problemas estaduais para fechar acordo com os petistas estavam presentes e aceitaram a decisão do partido de aliança nacional com o PT e Dilma. A cúpula partidária considera que em alguns Estados será quase impossível fechar uma aliança dos dois partidos e a disputa será inevitável. Esse é o caso, por exemplo, da Bahia. O ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, disse, durante o jantar, ser irreversível sua decisão de disputar o governo do Estado contra o governador Jaques Wagner (PT), que deseja a reeleição.

Dilma Rousseff quer candidatura única dos aliados

UOL - 07/10/2009

Os líderes do PMDB pressionam para que o governo decida logo quem será o vice de Dilma.


Aécio: Lula não aconselhou desistir da Presidência

07/10/2009

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves se encontrou com empresários e políticos, em Roma, na Itália. Ele aproveitou para desmentir que teria sido aconselhado pelo presidente Lula a não se lançar à presidência pelo PSDB.

Marco Aurélio Garcia coordenará plataforma política de Dilma em 2010

07/10/2009

BRASÍLIA - O PT criou o grupo que dará as diretrizes gerais do programa de governo para a campanha da ministra Dilma Rousseff, provável candidata do partido à sucessão presidencial em 2010. Coordenada pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, a comissão será responsável por definir a plataforma política da candidata, organizar o diálogo com os movimentos sociais e os partidos aliados.

Alguns temas já estão definidos: política social, educação, investimentos em ciência e tecnologia e preocupações com os recursos ambientais, como a água, por exemplo. Além de Garcia, fazem parte do grupo o presidente do PT, Ricardo Berzoini, o assessor pessoal do presidente da República, Gilberto Carvalho, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá.

O marqueteiro João Santana, responsável pela campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, também está assessorando a candidata e programando pesquisas qualitativas junto ao eleitorado. Segundo um integrante do Diretório Nacional do PT, o grande desafio será dar forma ao discurso de Dilma no palanque.

- Ela não pode ser apenas a mãe do PAC. Isto é muito pouco. O governo Lula é muito mais do que isto - declarou um dirigente do partido.

Até o momento, a pré-campanha está apoiada nos avanços obtidos nos oito anos do governo Lula. O desafio é avançar.

- Quando Dilma subir no palanque, o que ela vai dizer? O que ela vai trazer além do que já fizemos? - questiona um petista.

Avanço na educação será um dos temas atrelados à figura da ministra

A educação, principalmente o ensino fundamental, está nesta nova diretriz. Existe a avaliação interna de que todas as conquistas recentes, como a inauguração de escolas técnicas, universidades e extensões de campi precisam ser atrelados à figura da chefe da Casa Civil.

Articuladores do partido desprezam a avaliação de que um discurso voltado para educação não empolga o eleitorado. Citam como exemplo o Prouni, que atende a 500 mil jovens carentes matriculados em universidades particulares de todo o país.

- Discursar para este público é falar diretamente com um grupo que tem um poder de mobilização política enorme - defende um parlamentar.

Dirigentes também se debruçam sobre os investimentos em ciência e tecnologia. Nos últimos anos, por esforço próprio do setor acadêmico, cresceu a produção e a publicação de textos científicos brasileiros em revistas especializadas internacionais.

Vencida a tarefa de estabilizar a economia e apontar os rumos do crescimento econômico, chegou a hora de apostar no conhecimento "para que o país possa dar um salto qualitativo", na avaliação de um integrante do comando de campanha. Lula antecipou estas diretrizes, ao incluir os dois setores dentre aqueles beneficiados pelos recursos do pré-sal.

- Mas o pré-sal começa a gerar divisas apenas em 2016. Precisamos ter uma política clara para estes setores, com fontes de financiamento efetivas - defendeu o dirigente.

Lula defende a elaboração de um 'discurso social' para Dilma

Falta ainda a elaboração de uma política ambiental e de unificação dos diversos programas sociais. Estes dois últimos ainda estão em fase embrionária. Há cerca de dois meses, Lula, em reunião com aliados próximos, disse que "era preciso dar um discurso social para Dilma". Surgiu lá a ideia de consolidar todos os programas de governo em uma lei única. Na área ambiental, o foco será a água.

- Por diversas razões: temos a maior matriz de energia limpa do mundo, o pré-sal e uma costa marítima a ser defendida, o que requer a compra de navios e submarinos nucleares - justificou o petista.

Na terça-feira, ao chegar a um jantar com o PDT - o primeiro com partidos aliados do governo Lula -, Dilma disse que a base deve ter uma única candidatura . A tese é defendida pelo presidente, mas enfrenta resistências no PSB, que pretende lançar a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Para Dilma, Lula precisa eleger o seu sucessor para assegurar a continuidade das conquistas dos últimos oito anos.

A ministra teve o cuidado de não afirmar que ela deve ser a única candidata. A tarefa coube ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e ao deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).

O Globo

Congresso “fecha as portas” para debater eleições 2010

UOL - 07/10/2009

O colunista do UOL em Brasília, Fernando Rodrigues, fala sobre a sucessão do presidente Lula



http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/congresso-fecha-as-portas-para-debater-eleicoes-2010-04023564C0B94366?types=A&

6 de out. de 2009

Dilma defende candidatura única na base governista

06/10/09

Em jantar, ministra se reúne com cúpula do PDT em busca de apoio.
Ministro do Trabalho, que é do partido, disse apoiar nome de Dilma.

Jeferson Ribeiro
Do G1, em Brasília

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (6) que a base do governo deve ter apenas uma candidatura para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. É a primeira vez que ela defende uma coalizão de governo em torno de apenas um nome.

“Nós achamos que o governo tem que ter uma continuidade. Não são dois candidatos [que representarão a base], vai ser um candidato que vai representar o governo”, salientou a ministra, ao ser questionada sobre o tema.

A posição contraria o movimento de um dos principais aliados políticos do governo Lula, o PSB, que tem defendido a tese de que Lula terá mais facilidade de eleger um sucessor com mais de uma candidatura dentro da base aliada. O PSB defende que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) também seja lançado, com apoio de Lula.

Dillma se reuniu na noite desta terça-feira com a cúpula do PDT para negociar o apoio do partido para o ano que vem. Pouco antes do início do jantar, o presidente licenciado da sigla, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse ao lado de Dilma que também defende que o governo tenha apenas um candidato 2010 e que ministra é o nome mais adequado para a disputa.

“Isso é uma questão que estamos discutindo [o apoio à ministra Dilma] internamente. Eu não escondo nunca minhas manifestações pessoais, eu penso que o governo tem que ter uma candidatura única, inclusive para dar oportunidade à população de saber que de um lado tem oposição, representada pelo [José] Serra [governador de São Paulo] e o Aécio [Neves, governador de Minas Gerais], e do outro lado penso que tem que ter candidatura única. Para que a população possa avaliar e julgar se deve ter continuidade o governo Lula ou não”, analisou o ministro.

Segundo ele, neste momento a ministra representa a melhor candidatura do governo para as próximas eleições. Dilma foi filiada ao PDT até 2000, quando deixou a sigla para se filiar ao PT.

Dilma disse que já tem se reunido com outros partidos da base aliada. “Eu já encontrei com vários partidos ao longo desse processo todo, já falei com o PCdoB, com o PRB. Inclusive com o PMDB eu tive também ótimas reuniões recentes e com o PTB também, que integra a base do governo”, disse.

TSE nega liminar para PMB concorrer em 2010

06/10/2009

CAROL PIRES - Agencia Estado

BRASÍLIA - O ministro Felix Fisher, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou liminar impetrada pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB) que pedia autorização para a legenda lançar candidatos nas eleições de 2010. No relatório, Fisher salienta que a agremiação não atendeu aos "requisitos necessários para o deferimento do registro".

Pela Lei Eleitoral, se quiserem concorrer às eleições, os partidos políticos precisam estar registrados até um ano antes do pleito. A eleição de 2010 está marcada para 3 de outubro.

O mérito do pedido de criação do partido ainda será julgado, assim, apesar de a liminar impedir o partido de concorrer no pleito de 2010, o PMB ainda pode ter o requerimento de criação aprovado pelo TSE.

No estatuto, o PMB se apresenta como "um instrumento político legal para propor com abrangência uma discussão da causa do papel da mulher junto à sociedade brasileira, tanto pela sua natureza biológica, ideológica e doutrinária, como pela participação efetiva nos processos políticos e eleitorais".

http://www.estadao.com.br

PMDB prepara bases e pré-acordo com PT fica próximo

06/10/2009

Reuters/Brasil Online

Por Natuza Nery e Fernando Exman

BRASÍLIA (Reuters) - Com medo de perder o dote e o padre, o PMDB dará nesta terça-feira os primeiros passos para formalizar um pré-acordo em torno da candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Planalto em 2010.

Um jantar da cúpula nacional da legenda marcará o primeiro passo para celebrar esse noivado, cujo anúncio oficial pode estar mais próximo do que se imagina: até novembro.

A decisão de acelerar as negociações de uma chapa presidencial conjunta veio do temor de não ter o popular presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos palanques regionais do PMDB e de perder a já cobiçada vaga de vice ao lado da ministra da Casa Civil.

"O partido está trabalhando internamente a discussão de 2010", disse à Reuters o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), presidente licenciado da agremiação.

Um pré-acordo, avaliam integrantes peemedebistas, balisaria os Estados.

Até dias atrás, o partido sustentava com obstinação que qualquer entendimento para 2010 deveria passar pela definição de alianças locais com o PT. Diante das dificuldades em celebrar esses matrimônios, a lógica acabou se invertendo.

Foi o próprio Temer quem verbalizou a mudança tática, urgindo para um acordo eleitoral ainda este ano.

No encontro desta noite, oferecido pelo do líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o PMDB traçará um plano para formalizar esse compromisso com o governo. A cúpula deve comparecer em peso, de senadores e ministros aos presidentes da Câmara e Senado.

Segundo uma fonte do partido, Michel Temer -cotado para assumir a vaga de vice na chapa da ministra- já conversou com Lula a respeito durante viagem a Copenhague, na Dinamarca, na semana passada e informou que irá preparar as bases da união.

Tradicionalmente dividida, a legenda tem em suas fileiras alas que defendem o apoio a Dilma e outras que intercedem por uma aliança com o PSDB do governador de São Paulo, José Serra, também pré-candidato. Orestes Quércia, presidente do diretório paulista, é defensor da parceria com os tucanos.

No encontro de mais tarde, serão definidos o cenário, os personagens e a mensagem que o PMDB dará quando anunciar o compromisso.

"Vamos preparar a foto (do anúncio) e mostrar a força dentro do partido para fazer a aliança em 2010. O jantar de hoje é o primeiro passo", disse a fonte.

Apesar de tantos esforços e antecipações, a arena final será a convenção peemedebista no meio do ano que vem. Ganhará o grupo que formar maioria primeiro.

Até lá, vale a velha máxima: no PMDB, nada é certo até acontecer.

O PATRIMÔNIO LULA

Apesar de uma mudança tática, pacificar PT e PMDB nos Estados ainda é um passo fundamental para garantir apoio ao projeto da aliança nacional.

Nos casos onde houver racha, candidatos do PMDB não querem abrir mão de ter Lula em seus palanques. O partido avalia que parte do seu sucesso na eleição municipal de 2008, quando elegeu mais de 1.200 prefeitos, se deve à ajuda do presidente. Diversos candidatos não querem perder esse patrimônio em 2010 para um concorrente petista local.

Nos planos peemedebistas, fica assim: onde houver disputa com o PT, Lula pisaria nos dois palanques. Dilma, por consequência, também teria território duplo para navegar.

Diversos expoentes peemedebistas, entre eles o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) -pré-candidato ao governo da Bahia contra ao projeto de reeleição do petista Jaques Wagner-, manifestaram o receio de não poder usar a imagem do presidente da República, com popularidade superior a 80 por cento.

Soma-se a isso o temor de que o governo seja levado a uma aliança formal com outro partido. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE), por exemplo, é sempre mencionado nas cotações.

A sigla é a mais robusta do país, com 91 deputados federais, 17 senadores e nove governadores.

http://oglobo.globo.com

Partidos do governo e da oposição fazem dança das cadeiras

Terça-feira, 06/10/2009

Nos últimos dois meses, houve um intenso troca-troca entre partidos em Brasília. Deputados e senadores ignoraram decisão da Justiça de que poderiam perder o mandato se saíssem de onde estavam.

Dificuldades do PT em São Paulo

Marina Silva nega que esteja em campanha, mas se apresenta como opção para o país

Leonardo Augusto

06/10/2009 09:30

Na primeira visita a Minas Gerais depois de se filiar ao Partido Verde e de assumir a possibilidade de disputar a Presidência da Repúblicas, a senadora Marina Silva (AC) até negou que estivesse em campanha, mas a sua passagem por Ipatinga, no Vale do Aço, e o discurso mostraram que a pré-candidata à sucessão presidencial no ano que vem já está na estrada. Na cidade governada por quatro mandatos pelo seu ex-partido, Marina disparou contra possíveis adversários e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o principal nome do PT, a quem acusou de antecipar o processo eleitoral ao lançar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para sucedê-lo. “Isso tem constituído prejuízo ao Brasil. Termina a disputa pelas prefeituras e já começa a corrida à presidência.”

Para a senadora, a antecipação da discussão em torno da disputa pela sucessão presidencial acaba se sobrepondo ao debate de projetos para desenvolvimento do país. O PT e o PSDB também entraram na mira da ex-ministra do Meio Ambiente. Marina afirmou que o principal desafio da política nacional é fazer com que os dois partidos dialoguem. “Infelizmente, esses partidos, quando Fernando Henrique Cardoso era presidente e nós éramos oposição, não tinham nenhum ponto de contato. E agora acontece o mesmo durante o governo Lula. É fundamental que, naquilo que é essencial para o Brasil, haja possibilidade de diálogo, para que se qualifique uma base de sustentação dentro do Congresso Nacional e não exista o fisiologismo”, argumentou a pré-candidata.

Diálogo

Sobrou também para outro pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Ao ser indagada sobre comentário feito pelo parlamentar de que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), era mais feio por dentro que por fora, a senadora disse que não faz política de forma "destrutiva". "Não temos problemas em reconhecer os avanços na área econômica graças a Fernando Henrique Cardoso e ao Plano Real, e ao presidente Lula, que aprofundou essas mudanças com ajuste fiscal e distribuição de renda." Em seguida, no entanto, retomou o discurso de pré-candidata: “A história não para aí. Nós queremos dar continuidade às mudanças e alterar o processo produtivo no país de insustentável para sustentável, na indústria e na agricultura. Nenhum partido colocou isso, mas o PV está colocando”.

Mesmo com todo o discurso, Marina disse que estava em Ipatinga para dar palestra sobre sustentabilidade em uma escola. “É o que faço há 30 anos”, disse. O encontro com estudantes estava marcado para as 21h. A senadora, no entanto, chegou por volta das 16h, em um avião de carreira. Antes da palestra, se encontrou com correligionários em um parque da cidade, onde discursou para crianças e professores.

Com os pastores, contra o preconceito

A agenda da senadora Marina Silva em Ipatinga incluiu ainda participação em encontro com cerca de 800 pastores da Assembleia de Deus, igreja a qual pertence desde 1997, conforme fez questão de frisar. Antes, Marina fazia parte das comunidades eclesiais no Acre, período em que despontou para a política. A senadora foi anunciada pelo pastor Antônio Rosa, que coordenou o encontro, como ex-ministra do Meio Ambiente. O pastor lembrou, durante a reunião, que Marina é pré-candidata à Presidência da República.

A senadora foi saudada com as palavras “sois querida em nome de Jesus”. Ao falar aos fiéis, a senadora citou trechos bíblicos que pregam contra o preconceito e relatou já ter sido empregada doméstica e que só foi alfabetizada aos 16 anos. Marina não quis comentar a visita da ministra Dilma Rousseff a uma igreja evangélica, também na segunda-feira, em São Paulo. Para a senadora, as igrejas não podem ter partidos, mas devem estar abertas a todos os candidatos.

http://www.correiobraziliense.com.br

No FT, Marina Silva cobra política de metas para emissões

 Terça-feira, 6 de outubro de 2009,

"Não há exemplo no mundo a ser seguido. O Brasil precisa ser o exemplo", afirmou a senadora do
PV

Daniela Milanese, da Agência Estado


LONDRES - O Brasil deveria se comprometer com metas de redução de gases poluentes, afirmou a ex-ministra de Meio Ambiente e senadora Marina Silva (AC) ao jornal britânico Financial Times (FT), em entrevista que ganha destaque na edição desta terça-feira. Conforme a publicação, o País deve se comprometer com uma redução de 80% do desmatamento até 2020, mas não está claro se aceitará metas para diminuir as emissões de gás carbônico (CO2) na conferência do clima marcada para dezembro, em Copenhague. A ex-ministra deixou o PT no mês passado e foi para o PV, partido pelo qual deve disputar a Presidência da República em 2010.
"Deveríamos assegurar que o Brasil está comprometido com metas, mas que devem ser globais - não apenas para reduzir o desmatamento, mas para cobrir todos os setores que realizam emissões", disse Marina. Ela defende que a redução dos gases poluentes deve ser parte de um compromisso mais amplo de mudança de modelo econômico nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No entanto, avalia que falta visão ao governo para mudar a forma como a questão é conduzida. "O Brasil e outros países precisam fazer o ambiente e o desenvolvimento parte da mesma equação e não persistir no pensamento de que um está em oposição ao outro", afirmou a ex-ministra. "Não há exemplo no mundo a ser seguido. O Brasil precisa ser o exemplo."

O Financial Times diz que o País "é um dos grandes contribuintes para o aquecimento global, em razão da grande quantidade de floresta perdida para o cultivo e outras atividades a cada ano". Sob o comando de Marina, o desmatamento desacelerou fortemente, aponta o jornal. A ex-ministra acredita que uma liderança do Brasil nessa área encorajaria outros países, como China, Índia, África do Sul e México, a seguirem a mesma linha.

5 de out. de 2009

Caiado fala sobre pré-candidatos

05/10/2009

Em entrevista ao UOL Notícias, o deputado Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara e possível candidato do partido ao governo de Goiás, fala sobre os pré-candidatos à sucessão presidencial: Dilma Rousseff, José Serra, Ciro Gomes e Marina Silva

Ciro Gomes vai ser candidato ao governo de São Paulo

05/10/2009
Confira o comentário político de Fernando José, repórter e apresentador da Jovem Pan Online.

Eleições, começa a se configurar cenário de disputa

05/10/2009

Com o fim do prazo para as filiações partidárias, começam a ganhar contorno as maiores disputas nas eleições 2010. Patrick Santos, repórter e apresentador da Jovem Pan Online, apresenta.



Plínio comenta Dilma, Serra, Ciro, Aécio e Marina

04/10/2009

Para Plinio de Arruda Sampaio, Dilma, Serra, Aécio e Ciro Gomes seguirão, apenas com nuances, o programa de Lula. "A minha diferença com eles é ideológica e programática. Eles vão continuar o modelo Lula, com uma nuance para cá, uma nuance para cá. E eu acho que esse modelo Lula gera a longo prazo aquilo que todo mundo está vendo, uma espécie duma Índia, com castas miseráveis. Castas, não classes.” Sobre Marina, ele afirmou: “Não vai fazer nenhuma proteção [do meio ambiente]. Não fez como ministra. Ficou seis anos lá, engoliu todos os sapos, a começar pelos transgênicos, porque não conseguiu. E quando cansou demais e pulou fora, vai ser presidente, como presidente não fará. Porque ou tem um discurso socialista ou não resolve.”

 

Marta descarta Ciro em SP e reitera preferência por Palocci

Ex-ministra contraria o desejo do presidente Lula e diz que deputado do PSB 'não tem a ver com São Paulo'

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Anne Warth, da Agência Estado

SÃO PAULO - A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) disse nesta segunda-feira, 5, que o deputado federal Ciro Gomes, uma das opções do PSB para concorrer ao governo do Estado, "não tem a ver com São Paulo". Ela ressaltou que essa sempre foi sua posição, mas que a avaliação está ganhando força entre outros membros do PT.

"Eu acho que estamos chegando a uma percepção de que a candidatura Ciro não tem a ver com São Paulo. A minha posição sempre foi essa, desde o início", afirmou ela após reunir-se com membros da legenda na sede do diretório estadual do PT na Capital.

Foi a primeira vez que Marta, ex-ministra do Turismo, fez uma manifestação tão contundente em relação ao tema e que contraria o desejo do presidente Lula de apoiar a candidatura de Ciro para o governo de São Paulo. Na semana passada, o deputado transferiu seu domicílio eleitoral para a capital paulista e deixou as portas abertas para concorrer nas eleições de 2010 para o cargo de governador no Estado.

Marta reiterou apoio à candidatura do ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) para o cargo. "Eu apoio a candidatura de Palocci e fiz um longo discurso de apoio", afirmou. Segundo ela, a entrada de Ciro no cenário estadual não atrapalha o PT nem o obriga a seguir o PSB.
"Ao contrário, a maioria dos membros do PT nas três instâncias (municipal, estadual e federal) é a favor da candidatura própria, sem fechar as portas para uma conjuntura nacional, eventualmente. A candidatura própria é quase unanimidade. Isso ficou claríssimo nessa reunião", explicou.

De acordo com a ex-ministra, o presidente estadual do PSB, o deputado federal Márcio França, não deu mostras de que quer discutir uma aliança estadual com o PT.

"Eu acho que o PSB nunca fez caminho de flores para nós no Estado. Acho que o Márcio França falou muito claramente que, se não for o Ciro, será o Skaf (Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, recém filiado ao PSB). Então, o que o PT está fazendo nessa conversa? Temos que ter candidato e vamos ter", defendeu.

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PSB aposta na atuação de Ciro Gomes para evitar voos nacionais de José Serra

Tiago Pariz
 
05/10/2009  

Um dia depois de Ciro Gomes (PSB-CE) explicar as razões que o levaram a transferir seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo - entre as quais, aproximar-se do eleitorado paulista -, o PSB reforçou que a manobra de seu deputado também tem outros motivos: manter o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), preocupado com o próprio estado. O partido aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta evitar que o pré-candidato tucano à Presidência da República se lance na agenda nacional e deixe de lado o estado nos próximos meses. O plano tem como pilar Ciro Gomes. A estratégia atenderia aos interesses de Lula, que teria alguém para acorrentar Serra a São Paulo, evitando que o tucano passasse a ser pró-ativo na discussão da política federal.

Nos próximos cinco meses em que ficará no ar caso Ciro se lance ao governo do estado ou à Presidência da República, o PSB quer que ele se transforme num anti-Serra. Claro que isso não significa que o deputado aceitou ser candidato a governador, como quer Lula. Significa apenas que ele encarnará o papel de desconstruir o discurso de um partido que completará 16 anos à frente da política paulista no ano que vem.

"Nós vamos manter o Serra ligado em São Paulo e não deixando ele falar só sobre o Brasil. O Ciro vai falar sobre São Paulo, vai começar a andar mais em São Paulo, visitar cidades, e isso vai exigir preocupação do Serra", avaliou o líder do PSB na Câmara, deputado Rodrigo Rollemberg (DF). O PSB quer manter o governador na defensiva, tendo que explicar suas decisões e as políticas para os mais diversos temas, como saúde, educação e transportes.

A estratégia se desenha em duas vias. Ciro Gomes não só buscará ajudar para minar a agenda de Serra, como expandirá seu potencial no maior colégio eleitoral do país. "São Paulo tem eleitorado muito grande e esse trabalho fortalece a candidatura a presidente também", disse Rollemberg. A meta é fazer essa figura do anti-Serra dar tão certo que ela se torne indispensável no debate nacional. "Estou absolutamente convencido de que o Ciro será candidato a presidente porque o Lula não vai abrir mão do Ciro", emendou o líder. A tese dos socialistas é que mais um nome da base aliada contra os tucanos forçará o segundo turno e evitará uma eventual vitória na primeira rodada de votações. E, depois de servir como o contraponto no estado, Lula precisará de um anti-Serra na eleição presidencial, argumentam os socialistas.

Fortalecimento

Na política paulista, o PSB conseguiu se fortalecer com as filiações do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e do vereador da capital Gabriel Chalita, o mais votado na última eleição municipal. Skaf corre como um dos postulantes ao governo e Chalita deverá ser lançado ao Senado. Como o PT tem patinado há anos no estado, os socialistas têm potencial de se tornar a alternativa viável aos tucanos. Apesar de os petistas serem fortes em seu berço de nascimento - o PT tem dois dos três senadores paulistas -, o partido encontra dificuldades quando o assunto é a capital e o estado.

Hoje, há divergências entre as vontades do PT paulista e de Lula. O partido quer encabeçar uma chapa ao governo estadual, enquanto o presidente gostaria de ver alguém da legenda como vice de Ciro. Hoje, são pré-candidatos o deputado Antonio Palocci, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o prefeito de Osasco, Emídio de Souza. Eles tentarão minar a estratégia traçada por Lula de ter Ciro disputando a cabeça de chave com um nome do PT como vice. Hoje, o favorito nessa briga é Palocci, que recentemente teve processo no Supremo Tribunal Federal arquivado.

Outro filiado ao PSB também servirá aos interesses de Lula. O ex-ministro Walfrido Mares Guia, que deixou o PTB, ficou encarregado de estruturar o partido em Minas Gerais. Sem meta de disputar a eleição de 2010, Mares Guia quer ajudar realizando trabalho de cabo eleitoral.



4 de out. de 2009

Filiações dão primeiro esboço das eleições 2010

03/10

O fim do prazo, neste sábado, para que pretendentes a candidatos nas eleições de 2010 se integrem aos partidos pelos quais querem concorrer já sinaliza o cenário em que a disputa deverá ocorrer. Para o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Cesar Romero, um indicativo claro é de que a disputa para a Presidência será polarizada entre o PT e o PSDB, mas sem relação direta com a questão da aprovação ao governo atual.

“As questões regionais ainda não podem ser medidas, mas, em qualquer hipótese, as duas forças políticas, PT e PSDB, vão polarizar as eleições”, destacou o professor. A polarização é explicada pelo fato de que os dois partidos têm força em São Paulo, que representa um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e detém 22% do eleitorado.

Datas importantes

Romero enumera três datas como as mais significativas para a definição de um cenário eleitoral: o fim do prazo para filiações; a data-limite para descompatibilização e o período das convenções partidárias. “Em março, os detentores de cargos no Executivo devem fazer a descompatibilização, deixando os cargos. Depois disso, teremos uma visão mais clara de como será as eleições”, destaca.

Neste período, será possível, por exemplo, avaliar se as apostas no lançamento do presidente do Banco Central, Henrique Meireles, recém-filiado ao PMDB a algum cargo é factível ou não. Também ficará delineada a entrada do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na disputa por algum cargo, que acabou de entrar no PT. “A vitória do Brasil para sediar a Olimpíada de 2016 teve forte empenho de Amorim. Ele transita entre o presidente do Irã e o de Israel. Então, tem qualidades que podem credenciá-lo a um cargo”, arriscou.

O quadro final estará posto quando os partidos concluírem as convenções partidárias, em junho. Neste momento, são oficializados os nomes e as alianças que conduzirão o processo eleitoral entre julho e outubro.

Perfis

Os perfis dos egressos aos partidos também indicam as intenções das legendas para os cargos em disputa. Artistas e atletas, como o ex-jogador Romário e jogador de futebol do Santo André, Marcelinho Carioca, que se filiaram ao PSB, atendem a objetivos para cargos proporcionais, como deputado estadual, por exemplo.

Já nomes do meio empresarial, como o do presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, recém-filiado também ao PSB, serviriam como reforço para chapas na concorrência por vagas majoritárias. “Skaf é um nome popular, mas tem peso em uma disputa do PSB pelo governo de São Paulo, por exemplo”, avalia Romero, lembrando que Skaf também teria perfil para pleitear uma vaga no Senado.

No PV, a entrada de um “empresário verde” como o presidente da Natura, Guilherme Leal, une o mercado aos ambientalistas. “A figura do empresariado verde mostra que o partido não é anti-capitalista”, pondera Romero. Relações com a economia também reforçam o nome do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, como vice da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em uma possível disputa presidencial. “Seria um sinal de que a política econômica não iria mudar”, afirma.

Troca-troca

Quanto à importância de políticos eleitos para os partidos, o cientista político assinala que há interesses pessoais e partidários. “De um lado, o político espera espaço maior para se manter no cenário. Quem já tem mandato quer manter a visibilidade”, disse. Para os partidos, visibilidade também é um fator importante na hora de atrair políticos. Mesmo os que não têm expressão nacional podem reforçar a atuação das legendas nas localidades que representam.

Pelo menos dois dos membros do Senado que trocaram de legenda na última semana, declararam a intenção de se reeleger. Mão Santa (PI) trocou o PMDB pelo PSC, na previsão de que o antigo partido não irá lançar candidato no estado. Já o senador Expedito Júnior (RO), deixou o PR para ingressar no PSDB, visando se candidatar ao governo do Estado.

Neste contexto, a fidelidade partidária dá lugar ao anseio de voltar ao poder em 2011. Porém, para o professor, a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impedindo o “troca-troca” inibiu as mudanças neste ano. “Os grandes nomes evitaram a mudança”, avalia. E Romero acredita que, mesmo sem a manifestação dos partidos pela reivindicação dos mandatos, a Justiça Eleitoral poderá fazê-lo por meio da Procuradoria Eleitoral.