15 de out. de 2010

Em cenário estável, Dilma mantém vantagem de oito pontos sobre Serra, diz Datafolha

Folha

ALEC DUARTE
EDITOR-ADJUNTO DE PODER

A segunda pesquisa Datafolha no segundo turno da eleição presidencial apresenta um cenário de estabilidade. Dilma Rousseff (PT) tem 54% dos votos válidos (excluem brancos, nulos e indecisos), contra 46% de seu oponente, José Serra (PSDB).

Os dados são exatamente os mesmos registrados em levantamento realizado na semana passada. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A taxa de indecisos, porém, oscilou para cima e agora está em 8% (era 7% na pesquisa anterior). Os que pretendem anular o voto ou votar em branco, 4%, eram em número idêntico na semana anterior.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/815388-em-cenario-estavel-dilma-mantem-vantagem-de-oito-pontos-sobre-serra-diz-datafolha.shtml

Dilma Rousseff - Plano de Governo

Aguardando envio.

José Serra - Plano de Governo

Aguardando envio.

6 de out. de 2010

Marina diz que apoio no 2o turno, se houver, será programático

SÃO PAULO (Reuters) - A ex-candidata do PV à Presidência Marina Silva, disse nesta quarta-feira que seu apoio a Dilma Rousseff (PT) ou a José Serra (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, se houver, será dado em bases programáticas.

"Nós não podemos nos apequenar a uma discussão de conveniência", disse Marina em entrevista à rádio Jovem Pan. Ela teve quase 20 milhões de votos e foi a terceira mais votada no primeiro turno da eleição presidencial realizada no domingo.

"Não adianta apenas ter declaração de intenção. As pessoas têm que entender o que as urnas estão dizendo", afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente, acrescentando que a plataforma defendida por sua candidatura e por seu partido será apresentada para Serra e para Dilma.

A ex-candidata reiterou que uma decisão sobre um eventual apoio no segundo turno será tomada após consulta a todos os setores de seu partido.

Perguntada se pretende seguir a posição do PV após a consulta, Marina respondeu que: "Vou me submeter a esse processo." A ex-candidata não deu mais detalhes.

Marina foi a candidata que mais cresceu na reta final para o primeiro turno e, no domingo, conseguiu votação bastante superior ao que vinha sendo apontado pelas pesquisas de intenção de voto antes da eleição.

O desempenho da verde, apontado como um dos fatores que impediram vitória de Dilma já no domingo e que provocou o segundo turno, fez que com Marina passasse a ser cortejada por PT e PSDB, que buscam o apoio da ex-ministra de olho na parcela do eleitorado conquistada por ela.

"Eu nem estou colocando essa palavra apoio ou não apoio. Estou colocando a palavra posição", disse. "Quando eu decidir a minha posição em relação a esse processo, ela será de conhecimento dos brasileiros e dos candidatos. O que eu vou fazer com ela, eu vou decidir depois", disse quando questionada se participaria da propaganda eleitoral do candidato que eventualmente decidir apoiar.

Marina reclamou também dos institutos de pesquisa, e deu a entender que as sondagens impediram que ela amealhassem mais votos.

"Eu diria que foi um problema, porque muita gente se referenciava nas pesquisas", avaliou. Para a ex-ministra, os institutos não capturaram "metodologicamente o que se via nas ruas".

(Por Eduardo Simões)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE69506K20101006

Marina trava disputa dentro do PV para ficar neutra no 2º turno

Correio Braziliense - Alana Rizzo - Vinicius Sassine


Brasília e São Paulo — O grupo da senadora Marina Silva é minoria dentro do Partido Verde (PV) — corresponde a menos de 20% dos integrantes da executiva nacional — e vem encontrando dificuldades para fazer prevalecer a decisão política mais desejada por Marina e seus aliados: a neutralidade no segundo turno da eleição presidencial, sem declaração de apoio a José Serra (PSDB) ou a Dilma Rousseff (PT). Depois de enfrentar petistas e tucanos e sair das urnas com 19,6 milhões de votos, o que despertou uma corrida pelo apoio da candidata verde, Marina trava agora uma disputa com os dirigentes que dominam o PV.

Dos 58 membros da executiva nacional, 10 são do grupo da senadora. Eles se filiaram ao PV com Marina, em agosto de 2009, e não têm poder suficiente para barrar o apoio do partido a José Serra, como desejam as antigas lideranças verdes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A votação expressiva obtida por Marina e o ganho de capital político — o apoio da senadora passou a ser considerado decisivo para a eleição do novo presidente da República — evidenciaram o racha existente no PV desde a chegada dos ex-petistas. Indicados para cargos na executiva, na secretaria e na coordenação nacional, Marina e aliados chegaram à legenda sob a promessa de mudanças no estatuto e nos programas do partido, o que não ocorreu.

A ala da senadora discorda e critica, por exemplo, as chamadas comissões provisórias, em que o presidente da sigla nomeia dirigentes nos estados e nos municípios. Em troca, esses dirigentes regionais validam as escolhas da executiva nacional, como o Correio constatou em entrevista com as lideranças. Questionadas sobre qual deve ser a posição de Marina no segundo turno, a resposta é quase unânime: vão seguir a decisão da executiva nacional.

O PV é um partido sem unidade regional. Em decisões nacionais, segue a cartilha ditada pelas lideranças de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Partiram de líderes do Rio, 40 dias antes da eleição, as primeiras iniciativas de apoio do partido a José Serra no segundo turno. A dois dias da votação, foi a vez de o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, manifestar a intenção de apoio a Serra. Nas duas ocasiões, a coordenação da campanha de Marina à Presidência negou qualquer aproximação nesse sentido. Os coordenadores da candidatura pertencem ao grupo recém-filiado ao PV.

Representação
Com exceção do desempenho de Marina na disputa presidencial, o partido não obteve êxito nestas eleições. Nenhum dos 11 candidatos próprios aos governos estaduais foi eleito. Juntos, obtiveram menos de 3,5 milhões de votos. O PV elegeu 15 deputados federais, mesma quantidade de parlamentares da atual legislatura. A partir de fevereiro de 2011, quando Marina encerrar o mandato, a legenda não terá senador.

Em outros 14 estados onde a sigla fez parte de coligações para as disputas pelos governos, as composições foram as mais diversas. Seis alianças eram encabeçadas pelo PT ou por partidos da base governista. Outras quatro eram capitaneadas pelo PSDB e, em quatro estados, o PV integrou composições que duelaram com petistas e tucanos. Para driblar essa configuração dentro do PV, Marina e aliados se agarraram a uma resolução interna que determina a realização de convenção em caso de segundo turno na disputa presidencial. Entre a convocação dos filiados com direito a voto e a convenção, são necessários dez dias. Por isso Marina convocou a imprensa para dizer que uma decisão só será anunciada em 15 dias.

“A data da convenção será definida nesta semana”, afirma João Paulo Capobianco, que coordenou a campanha de Marina. Cerca de 200 filiados teriam direito a voto. Eles escolheriam entre o apoio a Serra, a Dilma ou a neutralidade. Mesmo correndo o risco de perder o capital político conquistado, adiar a decisão e envolver os “núcleos vivos da sociedade” foram as armas de Marina para barrar uma decisão apressada do PV. “Ela vai ouvir a sociedade, os movimentos sociais e o partido”, diz o ex-deputado federal Luciano Zica, que ingressou no PV com Marina, saídos do PT.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/06/noticia_eleicoes2010,i=216702/MARINA+TRAVA+DISPUTA+DENTRO+DO+PV+PARA+FICAR+NEUTRA+NO+2+TURNO.shtml

Serra busca reforçar articulação nos Estados

AE - Agência Estado

Na primeira reunião ampliada do segundo turno, o presidenciável do PSDB, José Serra, escalou uma trinca de aliados para reforçar a articulação política nos Estados. Também ficou definido que a campanha tucana intensificará o contato com grupos religiosos cristãos e focará no eleitor de classe média que migrou, na primeira fase da eleição, para Marina Silva (PV).

Num encontro no comitê do PSDB, em São Paulo, Serra convidou o presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen, para formar um trio com o senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira, e com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), atual coordenador político da campanha. No primeiro turno, a função ficou exclusivamente nas mãos de Guerra, o que sobrecarregou o senador e levantou críticas de aliados que não se sentiram contemplados.

"A ideia é somar e não tirar o lugar de ninguém. Cada um terá uma função. Vamos dividir o trabalho", disse Bornhausen. Ele contou que hoje, após o evento de campanha em Brasília que dará partida ao segundo turno, ele, Aloysio e Guerra vão ajustar as linhas de trabalho de cada um.

''Serrinha''

Com o início do horário eleitoral gratuito em rádio e televisão, na sexta-feira pela manhã, a campanha do PSDB pretende humanizar o candidato José Serra e insistir na tese de apresentá-lo como um candidato "do bem", como no primeiro turno.

Serão reeditadas ideias bem sucedidas das disputas anteriores e que já resultaram na vitória do próprio Serra e de aliados. Uma das medidas será a criação de um boneco inflável chamado "Serrinha", que participará de caminhadas e eventos com o candidato - as imagens serão captadas e depois usadas no programa.

A proposta atende à tentativa de tornar o candidato mais próximo do eleitorado e foi usada na disputa municipal de 2008, na reeleição de Gilberto Kassab (DEM), pela mesma equipe de marketing que está trabalhando na campanha presidencial. Na eleição anterior, o "Kassabinho" foi tido como um dos gols marcados pelos marqueteiros.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-busca-reforcar-articulacao-nos-estados,621197,0.htm

Sob pressão, Dilma falará na TV em 'valorização da vida'

AE - Agência Estado

A estratégia traçada pelo comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) para recuperar os votos perdidos após a polêmica sobre o aborto prevê um discurso de "valorização da vida" por parte da candidata do PT à Presidência. O novo tom aparecerá na reestreia do programa de TV de Dilma como um antídoto contra o aborto.

"Eu considero muito importante afirmar que o meu projeto, que foca nas pessoas marginalizadas, é a favor da vida", afirmou Dilma, ontem. "Eu sou e sempre fui a favor da vida. Se não fosse assim, não tinha colocado a minha vida em risco em determinado momento", emendou, numa referência à luta travada por ela contra a ditadura militar.

Ex-militante de organizações de extrema-esquerda, Dilma foi presa em 1970 e ficou três anos detida, em São Paulo. O tema foi tratado no primeiro programa de TV da candidata como uma espécie de escudo contra os previsíveis ataques à sua participação em grupos que pregavam a luta armada. Agora, ao repetir que é a favor da vida, Dilma também quer criar uma vacina no novo horário eleitoral, com reestreia prevista para sexta-feira.

Desde a última semana de campanha, no primeiro turno, a candidata do PT tem reiterado que é contra a legalização do aborto, na tentativa de estancar a sangria de votos entre cristãos. No último dia 29, ela se reuniu, em Brasília, com líderes católicos e evangélicos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a gravar um comercial dizendo que Dilma estava sendo vítima de mentiras vindas do "submundo da política". Agora, a estratégia consiste em tratar o assunto pelo lado da família.

Manifesto

Em meio à polêmica causada pela posição de Dilma em relação ao aborto, uma entidade com representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Federação Espírita e de grupos evangélicos divulgou uma nota atacando declarações que chama de "oportunistas, ambíguas e eleitoreiras".

Colocado na internet na quinta-feira passada, três dias antes do primeiro turno das eleições, o texto do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil Sem Aborto) não menciona Dilma explicitamente, mas fala em "candidatos que manifestaram publicamente, com palavras e ações, posicionamento pela descriminalização do aborto".

No site da entidade, um texto deixa claro quem é a destinatária da mensagem. "Movimento questiona posição de petista", diz o título da nota. Um link no Twitter oficial da organização leva a um vídeo com declaração de Dilma, em 2007, favorável a mudanças na lei do aborto. Em meio à polêmica causada na reta final do primeiro turno da campanha eleitoral, Dilma foi a público para afirmar que é contrária à descriminalização.

"É estarrecedor que algo tão importante como a defesa da vida, desde a concepção, seja tratado sem a devida explicitação do posicionamento de cada candidato", afirma o manifesto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,sob-pressao-dilma-falara-na-tv-em-valorizacao-da-vida,621182,0.htm

Dilma anuncia Ciro Gomes como coordenador de campanha

Camila Campanerut
Do UOL Eleições

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, participou de uma reunião, nesta terça-feira (5), com três governadores reeleitos -Marcelo Déda (PT-SE), Eduardo Campos (PSB-PE) e Cid Gomes (PSB-CE)- e com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). O deputado, que até o meio do ano cogitava participar das eleições presidenciais, mas por orientação de sua legenda apoiou a candidata petista, foi anunciado como um dos coordenadores de sua campanha do segundo turno.

“Ciro vai participar da nossa coordenação de campanha, e tenho certeza de que ele tem grandes contribuições para nos dar”, disse a presidenciável sobre o parlamentar, a quem ela disse que admira e respeita "muito".

Mais cedo, após o café da manhã com o presidente, Ciro reforçou o tom de respeito à decisão do partido e a disposição de ajudar a petista a conquistar o segundo turno das eleições presidenciais.

“Sou cabo eleitoral. Estou à disposição 100%. Minha tarefa é garantir a vitória [de Dilma] lá no Ceará, onde ela tirou 66% [dos votos], no primeiro turno”. Para Ciro, a estratégia da campanha deve ser mantida.

A ex-ministra afirmou que aproveitará este momento da campanha para aprofundar as propostas de desenvolvimento e inclusão social, em especial no Nordeste, já em resposta aos correligionários que, mais cedo, visitaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, e apontaram, como uma das falhas na campanha, o fato de ter dado pouca atenção às regiões Norte e Nordeste do país.

Amanhã (6), Dilma parte para o Rio de Janeiro, onde participará de uma carreata. A petista também já confirmou presença no debate da TV Bandeirantes, no próximo domingo (10).

Religião

"Eu não tenho o menor problema de tocar nas questões religiosas", disse a petista ao comentar a polêmica criada em torno de suas declarações sobre o aborto.

De acordo com Dilma, suas propostas de governo "têm tudo a ver com todas as religiões do Brasil". "Eu sou de uma família católica. Eu sempre fui a favor da vida".

Para a nova campanha, ela disse que vai se empenhar para mostrar as diferenças entre o seu programa e o do tucano. Nas palavras da petista, "o programa tucano é uma volta ao passado", enquanto o dela, "representa a nova era da prosperidade".

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/05/dilma-anuncia-ciro-gomes-como-coordenador-de-campanha.jhtm

PV define convenção para dia 17 e afirma que decisão pode não ser homogênea

Andréia Martins
Do UOL Eleições


A direção nacional do PV marcou para o dia 17 de outubro a convenção em que a legenda irá decidir o seu posicionamento para o segundo turno da eleição presidencial.

Em entrevista aos jornalistas na manhã desta terça-feira (06), o presidente nacional do partido, José Luis Penna, o presidente da legenda no Rio de Janeiro, Alfredo Sirkis, e o coordenador de campanha nacional do PV, João Paulo Capobianco, deixaram claro que o apoio do partido e o de Marina Silva não precisarão ser o mesmo.

Além disso, os dirigentes avisaram que o PV poderá definir um posicionamento e aqueles que não aderirem à opinião do partido poderão dar apoio ao seu candidato de preferencia, mas sem usar o material do PV.

Segundo Penna, a escolha de apoiar a candidata petista Dilma Rousseff ou o tucano José Serra não contraria o discurso da senadora Marina Silva, que em sua campanha no primeiro turno se apresentou como uma terceira via, afirmando que os candidatos Dilma e Serra tinham discurso semelhante. “A própria Marina reconheceu os avanços dos últimos 16 anos”, afirmou ele. “O que nós temos hoje é um conjunto de lideranças que precisa se impor e não vamos jogar no lixo o que foi conquistado”, completou Penna ao destacar “a votação nunca antes esperada nas urnas”.

Questionados sobre o que os adversários precisariam apresentar em seus programas de governo para atrair o apoio da legenda, Penna afirmou que eles “teriam que, primeiro, fazer um”. “O Serra apresentou um discurso, a Dilma apresentou um [programa] e mudou várias vezes”. “Nós vamos apresentar o nosso e eles podem se comprometer com alguns pontos ou não”, disse Sirkis.

Sobre o PV ocupar cargos no próximo governo, Capobianco desconversou: “A questão do partido é programas”, disse ele. “Discussão de novo governo é posterior”, afirmou Sirkis.

Antes da convenção, o PV vai se reunir com vários segmentos da sociedade, entre eles lideranças religiosas. Segundo Sirkis, ao longo dos próximos dias, Marina também irá se encontrar com lideranças que participaram de sua campanha para definir sua posição.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/06/pv-define-convencao-para-dia-17-e-afirma-que-decisao-pode-nao-ser-homogenea.jhtm

Propaganda eleitoral de Dilma e Serra na TV e no rádio começa nesta sexta

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A propaganda eleitoral gratuita dos dois candidatos à presidência da República que disputam o segundo turno, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), começa nesta sexta-feira (8) no rádio e na TV.

Cada uma das coligações terá 10 minutos na TV no período da tarde (13h) e outros 10 minutos à noite (20h30). No rádio, os programas serão transmitidos pela manhã (7h) e ao meio dia.

Nos programas do segundo turno existem duas diferenças em relação aos veiculados no primeiro turno. Agora, o tempo é dividido igualmente entre os candidatos e os programas são exibidos também aos domingos.

A coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”, da candidata petista, será a primeira a exibir a propaganda, uma vez que Dilma obteve maior votação no primeiro turno. Em seguida será a vez do candidato José Serra, apoiado pela coligação “O Brasil Pode Mais”.

Inserções

Também para o segundo turno cada candidato terá direito a 7 minutos e 30 segundos de inserções de, no máximo, 30 segundos a serem distribuídas pelas emissoras ao longo da programação diária.

Entre os dias 8 e 29 de outubro —último dia para veiculação de propaganda—, cada candidato terá alcançado 165 minutos de propaganda eleitoral gratuita, divididos em 330 inserções.

A propaganda eleitoral deverá ser transmitida pelas emissoras de rádio e de televisão, bem como os canais de televisão por assinatura sob a responsabilidade do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/06/propaganda-eleitoral-de-dilma-e-serra-na-tv-e-no-radio-comeca-nesta-sexta.jhtm

Marina diz que não aceitou conversar sobre apoio a Dilma Rousseff

Do UOL Eleições
Em São Paulo

A senadora Marina Silva (PV-AC) afirmou nesta quarta-feira (6), em nota divulgada à imprensa, que o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, a buscou na tarde de ontem para negociar seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da disputa presidencial. Marina, porém, que recebeu quase 20 milhões de votos no primeiro turno do pleito, disse que não irá conversar com o PT sobre uma eventual aliança neste momento.

De acordo com a nota, a senadora irá “escutar parcelas da sociedade civil que se integraram ao seu projeto e às instâncias do próprio partido [o PV]” nos próximos dias, para depois definir seu “posicionamento em relação ao segundo turno”. O documento diz que uma Convenção Nacional do PV será convocada para definir os rumos a serem tomados pela legenda na eleição presidencial, mas não informa em qual data será realizado o evento.

Marina também desmente uma declaração atribuída a Dutra, publicada ontem na imprensa, de que ela já teria aceitado conversar sobre o apoio a Dilma. A verde afirma que a notícia “não passa de puro equívoco ou compreensão incorreta dos esclarecimentos prestados ao dirigente nacional do PT”.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/06/marina-diz-que-nao-aceitou-conversar-sobre-apoio-a-dilma-rousseff.jhtm

4 de out. de 2010

Coordenador de Dilma afirma que aproximação com Marina é natural

Folha

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Integrante da coordenação da campanha de Dilma Rousseff (PT), o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) afirmou nesta segunda-feira que é "natural" a aproximação para o segundo turno com Marina Silva (PV), terceira colocada na disputa presidencial.

"Até outro dia a Marina era do PT. É natural que ocorra essa aproximação. Há setores muito próximos a Marina", afirmou.

Cardozo disse que não há mudança de postura e que a campanha vai continuar propositiva. O petista tentou minimizar a frustração no alto escalão da campanha com a continuidade da disputa sustentando que Dilma venceu a eleição. "O segundo turno foi importante para definir a base do governo Lula e vai ser muito importante agora [...] É preciso ficar claro que vencemos a eleição tivemos 47 milhões de votos", disse.

Segundo Cardozo, ainda não foi definido quando nem onde a campanha de Dilma vai recomeçar. O deputado afirmou que a campanha está avaliando os resultados da eleição de ontem e conversando com aliados para consolidar os apoios. Na tarde de hoje, Dilma se reúne com governadores, senadores, deputados e lideres aliados.

Dilma almoçou com Cardozo e o ex-ministro Antonio Palocci em sua casa no Lago Sul, bairro nobre da capital federal.

Pela manhã, a candidata reuniu a coordenação da campanha em um dos escritórios políticos em Brasília para discutir estratégias para o segundo turno. A chamada "onda verde", de Marina e os boatos anti-Dilma divulgados entre os cristãos foram apontados pela campanha como os principais fatores que provocaram o segundo turno, resultado considerado frustrante pelo alto escalão dilmista.

O crescimento de Marina e o impacto dos rumores entre católicos e evangélicos já alertavam há uma semana a campanha de uma possibilidade de ter que enfrentar o tucano José Serra no dia 31. Entre os religiosos, circulava o boato de que Dilma teria dito que nem Jesus tirava dela a vitória, além de declarações anteriores dela a favor da legalização do aborto.

Dilma desmentiu a frase afirmando que sempre evitou comentar a possibilidade de vitória em primeiro turno para rechaçar a idéia de salto alto. A candidata disse ainda que é contra o aborto e que defende que o tema seja tratado como questão de saúde pública.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/809484-coordenador-de-dilma-afirma-que-aproximacao-com-marina-e-natural.shtml

Serra diz esperar aproximação com PV e que Aécio é "pessoa-chave" no segundo turno

Folha

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta segunda-feira esperar uma "aproximação" com o PV no segundo turno. Questionado se iria procurar a presidenciável derrotada Marina Silva, Serra disse que "a questão é via partido".

"Eu tenho muita proximidade com o PV. Elementos de aproximação existem e eu espero sinceramente que ela aconteça", afirmou o tucano, que não quis comentar a hipótese de Marina ficar neutra no segundo turno.

Serra disse que sempre teve o apoio dos verdes quando comandou a Prefeitura de São Paulo e o governo paulista e que tem "relação de amizade" com integrantes do PV. Afirmou ainda que fez um programa ambiental em parceria com o partido em São Paulo. O tucano disse que a área ambiental é uma prioridade sua e defendeu o sistema de poupança de carbono.

O presidenciável esteve em Belo Horizonte, onde participou do velório de Aécio Cunha, pai do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB). Deputado federal de 1967 a 1987, Cunha morreu aos 83 anos no domingo por insuficiência hepática.

Serra chamou o pai de Aécio de "moderado" e "patriota" e disse que "é em uma hora dessas que os amigos devem estar juntos".

VICE

O candidato do PSDB disse que não participa das especulações sobre a suposta troca de seu vice, Indio da Costa (DEM). "Eu tenho entendido que não há possibilidade legal", afirmou o tucano, sem dizer se gostaria ou não de fazer a troca.

Ao ser questionado sobre a hipótese de Aécio ser um novo vice com mais peso, Serra afirmou: "Eu não creio, não ouvi essa especulação. E é melhor também não avançar muito em muitas especulações dessa natureza".

AÉCIO

Serra disse que Aécio deve agora "guardar o momento de dor" pela morte do pai, mas que espera que o mineiro seja uma "pessoa-chave" no segundo turno.

"Não creio que seja o caso já de o Aécio se envolver em um trabalho direto, mas acredito que ele vai ser uma das pessoas-chaves. Junto com o [governador reeleito Antonio] Anastasia aqui em Minas e no campo nacional", afirmou o tucano.

ALCKMIN

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que também foi ao velório, defendeu a aproximação de Serra com o PV e brincou com o fato de estar de gravata verde.

"Eu acho que, no que depender de nós, eu até já estou com uma gravata verde aqui", afirmou o tucano paulista, que defendeu que o programa de Marina seja incorporado ao de Serra.

MINAS

O candidato derrotado do PV ao governo de Minas, José Fernando Aparecido, também esteve no velório e disse que não existe nada definido sobre apoio a Serra, mas ressaltou as alianças que tucanos e verdes mantêm pelo país.

"O Gabeira apoia o PSDB no Rio, temos alianças em São Paulo e em Minas. Temos já uma parceria regionalizada em três grandes Estados. Mas vamos esperar a reunião da Executiva Nacional", disse Aparecido.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/809475-serra-diz-esperar-aproximacao-com-pv-e-que-aecio-e-pessoa-chave-no-segundo-turno.shtml

Dilma prepara ato com base aliada e discute estratégia do 2º turno

Folha

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Um dia após a disputa presidencial ser levada ao segundo turno, a campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, prepara um ato com aliados para demonstrar unidade e ganhar fôlego para a continuidade das eleições.

São esperados em Brasília: o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), entre outros. Foram convidados ainda senadores e deputados, como a deputada Manuela D'Avila (PCdoB-RS), puxadora de votos entre os jovens, além de presidentes dos partidos da base aliada.

Também está prevista uma reunião com líderes de segmentos religiosos. A expectativa é de que todos estejam presentes na entrevista coletiva que Dilma vai conceder na tarde de hoje.

Dilma, desde o início da manhã, está reunida com a coordenação da campanha em um dos escritórios políticos avaliando o resultado das eleições e discutindo estratégia para o segundo turno. A chamada "onda verde", da candidata Marina Silva (PV), e os boatos anti-Dilma divulgados entre os cristãos foram apontados pela campanha como os principais fatores que provocaram o segundo turno, resultado considerado frustrante pelo alto escalão dilmista.

O crescimento de Marina e o impacto dos rumores entre católicos e evangélicos já alertavam há uma semana a campanha de uma possibilidade de ter que enfrentar o tucano José Serra no dia 31. Entre os religiosos, circulava o boato de que Dilma teria dito que nem Jesus tirava dela a vitória, além de declarações anteriores dela a favor da legalização do aborto. Dilma desmentiu a frase afirmando que sempre evitou comentar a possibilidade de vitória em primeiro turno para rechaçar a idéia de salto alto. A candidata disse ainda que é contra o aborto e que defende que o tema seja tratada como questão de saúde pública.

"Acho que tem de haver a descriminalização do aborto. No Brasil, é um absurdo que não haja, até porque nós sabemos em que condições as mulheres recorrem ao aborto", disse em sabatina à Folha, em outubro de 2007.

Questionada, sua assessoria respondeu que Dilma "reconhece que milhares de mulheres pobres praticam o aborto em condições bárbaras, correm risco de vida, morrem, e a essas mulheres tem que ser dada proteção, e é nesse sentido que ela defende o aborto como questão de saúde pública".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/809429-dilma-prepara-ato-com-base-aliada-e-discute-estrategia-do-2-turno.shtml

Gabeira diz que vai 'honrar a palavra' e apoiar Serra; tucano quer aproximação com PV

Folha

FELIPE CARUSO

RODRIGO VIZEU


Candidato derrotado na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) disse na tarde desta segunda-feira que "não tem a mínima ideia" de como a candidata derrotada do partido à Presidência, Marina Silva, vai se comportar no segundo turno.

"Ela que sabe e é ela quem vai definir", afirmou Gabeira à Folha por telefone.

De acordo com o deputado, nem a sua própria participação na campanha do candidato PSDB, José Serra, na próxima fase da eleição presidencial está definida.

"Eu dei a palavra que apoiaria o Serra no segundo turno, caso a Marina não fosse com ele. Eu vou honrar a minha palavra. Agora, o como vai ser definido em função das posições que o PV tiver. Vou procurar fazer as coisas de uma maneira harmônica."

Gabeira também ainda não sabe o que fará a partir de 31 de dezembro, quando encerra seu mandato na Câmara dos Deputados. Uma das prioridades, diz, é viabilizar projetos que ainda estão no papel.

"Posso escrever livro, fazer reportagens ou documentários. Há um caminho enorme pela frente. Quero continuar contribuindo para o Rio de Janeiro, agora combinando com a sobrevivência", disse ontem.

SERRA

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta segunda-feira esperar uma "aproximação" com o PV no segundo turno. Questionado se iria procurar a presidenciável derrotada Marina Silva, Serra disse que "a questão é via partido".

"Eu tenho muita proximidade com o PV. Elementos de aproximação existem e eu espero sinceramente que ela aconteça", afirmou o tucano, que não quis comentar a hipótese de Marina ficar neutra no segundo turno.

Serra disse que sempre teve o apoio dos verdes quando comandou a Prefeitura de São Paulo e o governo paulista e que tem "relação de amizade" com integrantes do PV. Afirmou ainda que fez um programa ambiental em parceria com o partido em São Paulo. O tucano disse que a área ambiental é uma prioridade sua e defendeu o sistema de poupança de carbono.

VICE

O candidato do PSDB disse que não participa das especulações sobre a suposta troca de seu vice, Indio da Costa (DEM). "Eu tenho entendido que não há possibilidade legal", afirmou o tucano, sem dizer se gostaria ou não de fazer a troca.

Ao ser questionado sobre a hipótese de Aécio ser um novo vice com mais peso, Serra afirmou: "Eu não creio, não ouvi essa especulação. E é melhor também não avançar muito em muitas especulações dessa natureza".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/809495-gabeira-diz-que-vai-honrar-a-palavra-e-apoiar-serra-tucano-quer-aproximacao-com-pv.shtml

Marina Silva deixa a disputa eleitoral como senhora do primeiro turno

Marina Silva deixa a disputa eleitoral com votação expressiva e a responsabilidade de ter prolongado a escolha do próximo presidente

Correio Braziliense - Alana Rizzo Enviada especial - Vinicius Sassine

São Paulo e Brasília — Desafeto atravessado na garganta da petista, Marina Silva (PV) empurrou Dilma Rousseff (PT) para a disputa em segundo turno com José Serra (PSDB). A candidata verde deixa a disputa presidencial como a responsável por adiar a definição do novo presidente da República. Marina teve votação superior à previsão de todas as pesquisas, arrancou votos de Dilma, provocou o segundo turno e dá uma nova perspectiva ao discurso na etapa final da campanha: obrigatoriamente, Dilma e Serra precisarão defender a sustentabilidade, bandeira de Marina, para conquistar os votos da onda verde.

Com mais de 19,5 milhões de votos — 19,4% dos votos válidos —, Marina foi decisiva para evitar a vitória de Dilma em primeiro turno. A importância da senadora para o processo eleitoral não se encerra com o fim da apuração das urnas. Tucanos e petistas disputam o apoio da candidata do PV na segunda e última etapa da disputa presidencial. Lideranças do PV já assediam o PSDB há pelo menos 40 dias, quando começou a se delinear uma aproximação entre cúpulas partidárias. Ao mesmo tempo, emissários do PT do Acre — terra natal de Marina — passaram a sustentar que ela estaria ao lado de Dilma no segundo turno.

Já naquela fase da campanha, Marina irritou-se com as especulações e desautorizou que correligionários ou aliados petistas falassem em seu nome. No primeiro pronunciamento como candidata derrotada nas urnas, a senadora não manifestou apoio a Dilma ou Serra, mas não disse que vai se manter neutra no segundo turno. “A intenção e o gesto revelam o início de um processo que inclui plenárias e que, de fato, sinaliza a nova política que estamos preconizando. Foi nessa política que as pessoas votaram e que aos poucos estão se comprometendo”. Marina disse que o PV, agora, discute o melhor posicionamento, que faça “jus” aos votos recebidos nas urnas.

“A nossa decisão não terá relação com a velha política que se manifesta só por se manifestar e vislumbrando pontos lá na frente”, disse, informando que, durante a semana, vai se reunir com dirigentes da legenda e com “núcleos vivos da sociedade” que a apoiaram para o início de um processo interno de discussão. Independentemente de sua posição, os 19,5 milhões de votos obtidos na disputa presidencial fortaleceram o nome de Marina no atual cenário político. Pela postura de embate demonstrada na fase final da campanha, ao bater em Dilma e Serra, a senadora se coloca no campo da oposição, mesmo sem saber quem vai se sentar na cadeira de presidente a partir de 1º de janeiro de 2011.

Sem cargo a partir de então, Marina deve ganhar força dentro do PV e atuará no terceiro setor — fará da defesa do meio ambiente a mesma bandeira que lhe garantiu uma votação expressiva ontem. No pronunciamento à noite, ela e o candidato a vice, Guilherme Leal, disseram ser “maiores que as circunstâncias”, ao falarem sobre o futuro político dos dois.

Desde a saída do PT, em agosto do ano passado, e a filiação poucos dias depois ao PV, Marina construiu uma aliança com diferentes setores da sociedade. Primeiro, aproximou-se do empresariado alinhado à defesa da sustentabilidade. Depois, assumiu dentro das igrejas evangélicas uma posição de liderança política, apesar dos rachas partidários existentes em cada matiz protestante. O apoio espontâneo de movimentos suprapartidários compensou a completa ausência de coligação a outros partidos.

Mesmo derrotada nas urnas e fora do segundo turno, Marina comemorou os quase 20 milhões de votos. E não é para menos. Em 2006, a então candidata à Presidência Heloísa Helena (PSol) obteve 6,5 milhões de votos. Há quatro anos, Heloísa gerou uma movimentação semelhante à provocada por Marina, mas foi perdendo forças até o dia da votação. Chegar a quase 20% dos votos é uma conquista surpreendente para a própria Marina. Em 1988, quando foi eleita pela primeira vez para o cargo de vereadora em Rio Branco (AC), ela obteve 2,5 mil votos.

Não à toa, ela comemorou o segundo turno das eleições brasileiras. Com os olhos marejados e praticamente sem voz, Marina afirmou que seu projeto foi vitorioso. “O eleitor brasileiro quebrou o plebiscito. Escolheu ouvir duas vezes, olhar duas vezes”, disse, completando que, mesmo percebendo todas as melhorias na vida do brasileiro, o eleitor mostrou que “nem só de pão vive o homem”.


Análise da notícia
Lula vai manter o silêncio?
Marina Silva foi escanteada. A decisão de deixar o Ministério do Meio Ambiente (MMA) em maio de 2008 e de jogar no colo do presidente da República a responsabilidade pela manutenção do combate ao desmatamento da Amazônia irritou Lula. Marina e Lula encontraram-se três ou quatro vezes depois da demissão dela. Marina como senadora, ele como presidente. Encontros protocolares, por acaso, constrangedores. Depois que ela saiu do PT e se lançou na disputa presidencial pelo PV, Lula não fez uma única ligação. Não se falam desde então, o que deve mudar agora. Marina recebeu 19,5 milhões de votos, arrancou votos de Dilma Rousseff (PT), levou a eleição para o segundo turno. Lula vai manter o silêncio?

O presidente não é um “iluminado”, nas palavras da própria Marina. Precisará passar a mão no telefone — se já não o fez na noite de ontem — e ligar para a sua ex-ministra. A ex-ministra preferida, Dilma, tomou um susto no primeiro turno, caiu mais do que projetaram as pesquisas e precisará acolher os votos da onda verde no segundo turno. Há mais de 40 dias, lideranças do PV “vendem” o apoio de Marina e da legenda ao candidato tucano, José Serra. Esse movimento ficou mais evidente na reta final da campanha para o primeiro turno.

Independentemente de sua posição no segundo turno, Marina sai da disputa presidencial com um capital político precioso. Na briga solitária por votos, não teve força suficiente para chegar à disputa final com Dilma, com quem tem desavenças históricas. Ironicamente, um ano depois de deixar o PT pela porta dos fundos, escanteada, Marina deu um troco amargo demais para os petistas. Não imaginaram ter de cotejá-la tão cedo. (VS)

Incansável no corpo a corpo
» O avião que levava Marina Silva a Rio Branco (AC), onde votou, fez uma escala, na noite de sábado, em Goiânia (GO) para reabastecer. Seriam duas horas em solo, tempo precioso para conquistar mais votos. Marina não pensou duas vezes. Depois de intenso corpo a corpo em São Paulo, no Rio de Janeiro e, por último, em Diamantina (MG), a candidata foi para o saguão do aeroporto da capital goiana conversar com eleitores. De lá, pegou um táxi e fez o corpo a corpo não agendado — o último da campanha — na Feira da Lua, uma das mais movimentadas de Goiânia. Depois de caminhar pela feira, a senadora voltou ao aeroporto e seguiu para Rio Branco, onde foi recebida por dezenas de simpatizantes, militantes e familiares. Marina votou no início da manhã e seguiu para São Paulo, onde acompanhou a apuração dos votos. (VS)


Primeiro lugar no DF
Se os eleitores brasileiros se restringissem à população do Distrito Federal (DF), Marina Silva (PV) teria sido içada com folga ao segundo turno da disputa presidencial. A senadora foi a candidata mais votada no DF, com 611,3 mil votos — 148,9 mil a mais do que a segunda colocada, Dilma Rousseff (PT). Em nenhuma outra unidade da federação a candidata verde recebeu tanto apoio nas urnas. Ela obteve 42% dos votos, quase o dobro dos votos depositados para José Serra (PSDB).

Desde o início da campanha eleitoral, Marina já esperava uma votação expressiva no DF. “Tenho 16 anos de trabalho aqui, entre o Senado e o Ministério do Meio Ambiente. Acredito que é uma convivência da população de Brasília com o meu trabalho”, disse a candidata em 19 de setembro, em entrevista ao Correio. “Com certeza, há uma exposição maior. Brasília e Acre são os lugares onde eu tenho maior exposição e convivência com as pessoas.”

Mas, no Acre, terra natal da senadora, o desempenho nas urnas confirmou o que as pesquisas já mostravam. O estado que deu a Marina dois mandatos de senadora e onde ela exerceu os cargos de vereadora e deputada estadual não se empolgou com a candidatura de uma acriana à Presidência. Marina obteve praticamente a mesma quantidade de votos depositados em Dilma e ficou bem atrás de Serra.

A onda verde chegou com força ao Rio de Janeiro, à Amazonas e ao Pernambuco — onde Marina derrotou Serra—, e passou longe da região Sul. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a candidata do PV não atingiu 12% dos votos. As pesquisas de preferência eleitoral mostravam que a onda verde ganhou força principalmente nas grandes capitais, o que se confirmou com o fechamento das urnas. Eleitores do Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) embarcaram na candidatura do PV. (VS)

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/04/noticia_eleicoes2010,i=216298/MARINA+SILVA+DEIXA+A+DISPUTA+ELEITORAL+COMO+SENHORA+DO+PRIMEIRO+TURNO.shtml

TSE totaliza apuração de votos; Dilma vence em 4 regiões e Serra, em uma

Wellton Máximo
Da Agência Brasil
Em Brasília

Com 100% das urnas apuradas, a candidata Dilma Rousseff (PT), que obteve 46,91% dos votos válidos, vai ao segundo turno com José Serra (PSDB), com 32,61%. Marina Silva (PV) conseguiu 19,33% e Plínio Arruda Sampaio (P-SOL) teve 0,87%.

Por uma diferença de quase 6,3 milhões de votos, a petista não conseguiu se eleger no primeiro turno. Dilma venceu em quatro regiões, mas perdeu para Serra no Sul. No Nordeste e no Norte, Dilma ganhou com folga, mas liderou com vantagem menor no Sudeste e no Centro-Oeste.

No Sul, Serra ganhou, com 43,01%. Dilma teve 42,10%; e Marina, 13,64%. No Centro-Oeste, Dilma venceu por pequena vantagem, com 38,89%, contra 37,97% de Serra e 20,94% de Marina.

No Nordeste, Dilma teve o melhor desempenho com 61,63%. Serra obteve 21,48%; e Marina, 16,14%. No Norte, Dilma ficou com 49,23%; Serra, 31,95%; e Marina, 17,88%.

No Sudeste, região com o maior número de eleitores, Dilma obteve 40,88%, contra 34,58% de Serra e 23,18% de Marina.

Dilma venceu em 18 estados e Serra liderou em oito: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Marina ganhou no Distrito Federal, onde conseguiu 41,96% dos votos válidos, e ficou em segundo lugar em cinco estados – Acre, Amapá, Amazonas, Pernambuco e Rio de Janeiro. No Ceará, ela empatou com Serra (16,36%).

Entre os votos no exterior, Dilma perdeu por cerca de quatro pontos percentuais. Ela obteve 36,81%, contra 40,25% de Serra e 20,43% de Marina. Entre os eleitores que votaram em trânsito, Dilma venceu com 39,15%. Serra obteve 31,18% e Marina ficou com 28,11%.

Os votos em branco somaram 3.479.320 (3,13%); e os nulos, 6.124.083 (5,51%). O Brasil tem 135,804 milhões de eleitores. A abstenção foi de 18,12%.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/04/tse-totaliza-apuracao-de-votos-dilma-vence-em-4-regioes-e-serra-em-uma.jhtm

Arrancada de Marina, voto de SP e queda de Dilma na classe C explicam o 2º turno

Folha

FERNANDO CANZIAN


Votações com tendência de alta para Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) levaram a eleição presidencial de 2010 ao segundo turno.

Já Dilma Rousseff (PT) manteve sua trajetória de perda de apoio das últimas semanas. De franca favorita até meados de setembro, terá de enfrentar Serra no próximo dia 31 de outubro.

O resultado de ontem repete o padrão das eleições presidenciais desde 1994.

Desde então, os melhores colocados ou vencedores no primeiro turno tiveram pouco menos ou pouco mais de 50% dos votos válidos.

O resultado das urnas também seguiu e reforçou a tendência captada pelas últimas pesquisas eleitorais realizadas pelo Datafolha.

Elas começaram a sinalizar a partir de terça passada a probabilidade de haver uma nova rodada eleitoral.

As pesquisas captaram três tendências principais, confirmadas pelos resultados da votação de ontem:

1) O desembarque de parcela expressiva do eleitorado da candidatura Dilma, especialmente entre os eleitores da chamada nova classe C (com renda mensal entre R$ 1.020 e R$ 2.550) e entre os menos escolarizados;

2) Uma "onda verde" a favor de Marina nessa mesma classe C, com tendência de crescimento no Sul, Sudeste e Nordeste; e um apoio inédito do eleitorado feminino na reta final da campanha;

3) Um movimento de recuperação das intenções de voto de Serra em sua base eleitoral, São Paulo (maior colégio eleitoral do país, com 30,3 milhões de eleitores); e sua vitória no "arco do agronegócio", que compreende Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.

Entre esses fatores, pesaram mais a arrancada de Marina e a queda de Dilma. Em dez dias, a candidata do PV cresceu 5,5 pontos percentuais, considerando os votos válidos; Dilma recuou 7. Serra subiu 1,7 ponto.

Assim, ganha relevância no segundo turno o espólio eleitoral da candidata do PV e seu posicionamento em favor ou não de PSDB ou PT.

Após a contagem dos votos, Marina quase conseguiu dobrar o total de sufrágios válidos que tinha projetados no início do ano em relação aos que efetivamente conquistou no primeiro turno.

Segundo projeção do Datafolha realizada na semana passada, 51% dos eleitores de Marina migrariam para a candidatura Serra em um eventual segundo turno.

Dilma receberia o apoio de 31%. Outros 15% dizem que votariam em branco ou anulariam o voto. E 3% responderam ainda não ter decidido o que fazer em uma eventual segunda rodada eleitoral.

Segundo projeções do Datafolha feitas antes da votação de ontem, Dilma teria 53% das intenções de voto no segundo turno. Serra, 39%.

Mantida a migração de votos de Marina no dia 31 de outubro para os dois candidatos projetada pelo Datafolha, do total de votos de Dilma, 8% viriam dos eleitores da candidata do PV. No caso de Serra, seriam 18%.

A imposição de um segundo turno para Dilma pelos eleitores começou a ganhar corpo a partir da segunda quinzena de setembro.

A então favorita nesta eleição passou a cair nas pesquisas por conta dos escândalos envolvendo a quebra de sigilos fiscais de tucanos e a queda de sua ex-braço direito na Casa Civil, Erenice Guerra.

Entre a eclosão dos escândalos e a véspera da eleição, Dilma perdeu seis pontos junto aos eleitores com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos.

Cerca de 36% dos eleitores pertencem a essa faixa de renda, que agrupa a nova classe C brasileira.

Ironicamente, o mesmo eleitorado que progrediu economicamente no governo Lula obrigará Dilma a se submeter a nova votação.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/809281-arrancada-de-marina-voto-de-sp-e-queda-de-dilma-na-classe-c-explicam-o-2-turno.shtml

1 de out. de 2010

Debate da Rede Globo 30/10/2010 - 2 de 8

Debate da Rede Globo 30/10/2010 - 1 de 8

Debate da Rede Globo,com a presença dos candidatos a presidência da república:
José Serra (PSDB),Dilma Rousseff (PT),Marina Silva (PV) e Plinio de Arruda Sampaio (PSOL) mediado por William Bonner)

30 de set. de 2010

Supremo aprova ação do PT: eleitor só precisará de um documento para votar

Camila Campanerut
Do UOL Eleições


Por oito votos a dois, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) aprovaram, nesta quinta-feira (30), a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada pelo PT, pedindo que a Suprema Corte negasse a decisão da Justiça Eleitoral de cobrar do eleitor, no dia da votação, a apresentaçãodo título de eleitor e de um documento de identidade com foto.

Com a decisão, o eleitor não é mais obrigado a levar dois documentos para votar, ou seja, de porte de apenas um documento com foto é possível votar; só com o título de eleitor, não.

Em seu voto, a ministra-relatora do caso, Ellen Gracie, ponderou que a dupla documentação era “desnecessária”. “Entendo que não é cabível que coloque como impedimento ao voto do eleitor (...) [Assim] a ausência do título de eleitor não impediria o exercício do voto”, detalhou a ministra, que teve apoio dos ministros José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.

Antes da conclusão da decisão, a ministra frisou que com a decisão o documento “não se torna inútil”, apenas dispensável. “Quem trouxer o título, será atendido com mais celeridade (...) Segue-se exigindo ambos os documentos, mas a ausência do título não impede o direito de votar”.

Na ação, o Partido dos Trabalhadores também afirmava que a retirada do direito de votar pela ausência do título acabaria “por cassar o exercício da cidadania do eleitor”.

Os votos contrários à decisão foram do ministro Gilmar Mendes e do presidente do STF, Cezar Peluso. Mendes pediu vista nesta quarta-feira (29), adiando a decisão sobre o tema para hoje.

A argumentação contrária de Mendes é que “uma liminar a três dias da eleição” seria um fator de “desestabilização do processo eleitoral”.

Já Peluzo, contrariado por fazer parte da minoria, disse: “acabou de ser decretada, a partir de hoje, a abolição do título eleitoral”.

Vale lembrar
O prazo para a solicitar a segunda via do título de eleitor termina nesta quinta-feira. O pedido pode ser feito em qualquer cartório eleitoral, mesmo se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral.

Para as eleições deste ano, 135.804.433 brasileiros estão aptos a votar para presidente, governador, senador, deputado estadual, federal e distrital, segundo o TSE.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/30/supremo-aprova-acao-do-pt-eleitor-so-precisara-de-um-documento-para-votar.jhtm

Em encontro com representantes religiosos, Dilma se diz contra ao aborto

Correio Braziliense - Tiago Pariz


Com a indicação de que Marina Silva (PV) está absorvendo os votos de religiosos, Dilma Rousseff (PT) pediu apoio de bispos de congregações evangélicas e de setores da Igreja Católica, ontem, para tentar conter a drenagem de potenciais eleitores. Numa mobilização de olho em viabilizar a vitória em primeiro turno, pastores e missionários gravaram mensagem de apoio à presidenciável petista e prometeram conversar com seus rebanhos para acabar com o que chamaram de “onda de boataria” na corrida pelo Palácio do Planalto.

A equipe do marqueteiro João Santana aproveitou o encontro com 27 representantes religiosos ontem, no escritório político de Dilma, para gravar declarações de cerca de 10 pessoas. Os depoimentos irão ao ar entre hoje e amanhã, e também serão divulgados na internet. Entre os que prometeram apoio, estão o deputado Manoel Ferreira (PR-RJ), bispo do Ministério Madureira, da Assembleia de Deus, e o vereador e missionário católico Gabriel Chalita (PSB-SP), candidato a deputado federal.

A candidata Dilma Rousseff defende suas posições pró-Vida e favorável à família em reunião com representantes católicos e evangélicos

O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, foi o condutor da reunião. Partiu dele o pedido para os presentes ajudarem a campanha de Dilma. O presidente Lula também se mobilizou em favor de sua candidata. Em vídeo publicado ontem na página de internet de Dilma e também televisionado, Lula diz que “pessoas saíram do submundo da política para falar mentiras”.

Durante o encontro, os religiosos disseram a Dilma que a posição dúbia sobre o aborto e uma suposta frase que ela teria dito, disseminada via internet — na qual afirma que nem Cristo tiraria a vitória dela — estavam causando estragos na campanha. A petista lamentou o que chamou de “fatos do submundo político” e negou a declaração.

Dilma reforçou que é contra a prática do aborto e afirmou que, se eleita, não fará nenhuma lei para legalizar o ato. “Sou contra o aborto. É uma violência contra a mulher”, disse, acrescentando que o Estado deve amparar as mulheres que optam por interromper a gravidez. “Quem recorre ao aborto corre risco de morte e elas têm de ser atendidas.” A petista também rejeitou fazer um plebiscito sobre o tema.

Os bispos prometeram fazer reuniões com os seus fiéis para dirimir as dúvidas e pregar o voto na petista. “Dentro do segmento evangélico, temos reuniões duas ou três vezes por semana. Temos os meios eletrônicos. Faremos um trabalho, um esforço forte”, disse Manoel Ferreira, acrescentando que colocará integrantes de seu grupo religioso para disparar telefonemas em favor de Dilma para esclarecer que ela é contra o aborto e nunca usou o nome de Cristo em vão.

Cartas
Os religiosos divulgaram uma carta contra a “boataria cruel”, assinada pelo bispo Ferreira, e outra de dom Demétrio Valentini, da Diocese de Jales (SP). Valentini criticou a campanha que, em vez de privilegiar o debate e o confronto de programas e ideias, ficou carregada de “ataques pessoais em tentativas de desmoralizar os adversários”, mas evitou pregar voto em algum candidato.

Marina rebate rival do PT
A presidenciável Marina Silva (PV) acusou ontem a rival Dilma Rousseff (PT) de mudar seu discurso sobre a legalização do aborto para ganhar votos. “Eu não faço discurso de conveniência. A ministra Dilma já disse que era a favor e depois mudou de posição. Não acho que em temas como esse se deva fazer um discurso uma hora de uma forma e outra hora de outra só para agradar ao eleitor, afirmou a candidata, que fez campanha no Rio de Janeiro.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/30/noticia_eleicoes2010,i=215560/EM+ENCONTRO+COM+REPRESENTANTES+RELIGIOSOS+DILMA+SE+DIZ+CONTRA+AO+ABORTO.shtml

Serra apela para os indecisos e defende aposentadoria integral

Correio Braziliense


São Paulo — O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) está tão confiante no segundo turno das eleições que renovou as energias nesta reta final de campanha para investir na parcela do eleitorado que ainda não decidiu em quem votar — que, segundo pesquisas de diversos institutos, varia de 18% a 24%. Ontem, durante o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), em São Paulo, o tucano pediu aos indecisos que “deem uma chance” a ele.

Serra também voltou seu discurso para os beneficiários da Previdência Social, prometendo fazer uma nova reforma previdenciária “de maneira realista”. “Eu prefiro mexer na idade do que na remuneração. É necessário examinar a questão para se fazer uma coisa séria”, disse, acrescentando que é favorável à aposentadoria integral dos funcionários públicos.

O candidato ainda defendeu a capacitação e a qualificação permanente do funcionalismo público. “A estabilidade das instituições depende da qualidade do funcionário. Ou o Estado brasileiro se profissionaliza de fato ou vamos amargar péssimos efeitos para a economia”, prevê. Ele também citou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como exemplo de má administração. “O que está acontecendo com os Correios é uma vergonha. A empresa está sendo destruída pelo aparelhamento feito por parte de partidos e de sindicatos ligados ao governo”, discursou.

Partidarização
O tucano também fez críticas à partidarização de empresas públicas. Ele citou como exemplo o que ocorreu nas agências reguladoras, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A Anvisa virou objeto de barganha política. Isso resultou em atrasos na aprovação dos genéricos”, destacou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/30/noticia_eleicoes2010,i=215536/SERRA+APELA+PARA+OS+INDECISOS+E+DEFENDE+APOSENTADORIA+INTEGRAL.shtml

Presidente do PT minimiza telefonema de Serra a Gilmar Mendes

Folha

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, minimizou e classificou de "nada demais" nesta quinta-feira o telefonema do presidenciável José Serra (PSDB) ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes antes do julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Dutra ironizou e insinuou que se fosse Dilma, a repercussão seria outra. "Não sei se esta estória do Serra ligar pro Gilmar Mendes é verdadeira e, se for, não acho nada de mais. Agora, imaginem se fosse a Dilma...", disse o petista no Twitter.

A Folha revelou hoje que após receber uma ligação do candidato do PSDB, Mendes interrompeu o julgamento do questionamento do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha. Serra e Mendes negaram ter conversado.

No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menor nível de escolaridade.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/807219-presidente-do-pt-minimiza-telefonema-de-serra-a-gilmar-mendes.shtml

Nova pesquisa Datafolha mantém indefinição sobre segundo turno

Agência Brasil


Brasília - O Instituto Datafolha divulgou durante a madrugada de hoje (30/9) uma nova pesquisa sobre intenção de voto para a eleição presidencial do próximo domingo (3). De acordo com o levantamento, Dilma Rousseff (PT) tem 52% dos votos válidos, contra 31% de José Serra (PSDB) e 15% de Marina Silva (PV).

Na pesquisa estimulada, Dilma tem 47% das intenções de voto, José Serra, 28%, e Marina, 14%. Plínio de Arruda Sampaio (P-SOL) teve 1% das intenções de voto, e os demais cinco candidatos não atingiram juntos 1%. O percentual de indecisos é de 6%, e outros 3% declararam que votarão em branco ou nulo.

Ao comparar os dados da pesquisa Datafolha divulgada na terça-feira (28), Dilma cresceu 1 ponto percentual. Serra e Marina mativeram o mesmo índice de intenção de voto na pesquisa estimulada – 28% e 14%, respectivamente.

A soma das intenções de voto dos adversários de Dilma é de 48%. Nesse cenário, a petista estaria eleita no primeiro turno, pois precisa de 50% dos votos válidos mais um. A margem de erro amostral da pesquisa, no entanto, não permite assegurar nenhum prognóstico. Segundo cálculo do Datafolha, as intenções de voto podem variar 2 pontos percentuais.

O levantamento foi encomendado pela Folha de S.Paulo e pela Rede Globo e feito entre os dias 28 e 29. Foram ouvidas 13.195 pessoas em 480 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 33.119/2010.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/30/noticia_eleicoes2010,i=215570/NOVA+PESQUISA+DATAFOLHA+MANTEM+INDEFINICAO+SOBRE+SEGUNDO+TURNO.shtml

Dilma estanca queda e oscila 1 ponto para cima--Datafolha

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, oscilou 1 ponto para cima em pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Datafolha, e interrompeu a trajetória de queda observada nos dois levantamentos anteriores do instituto.

Segundo o levantamento, encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo e pela Rede Globo, Dilma tem 52 por cento dos votos válidos, que excluem os brancos e nulos, contra 51 por cento no levantamento anterior realizado no início desta semana. A soma de votos válidos dos demais candidatos variou de 49 para 48 por cento.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos para mais ou para menos, os votos válidos de Dilma podem variar de 50 a 54 por cento, de acordo com o instituto. Já a soma de votos válidos dos adversários pode ir de 46 a 50 por cento. E como são necessários 50 por cento dos votos válidos mais um para decidir a eleição no domingo, o Datafolha aponta incerteza sobre as chances de realização de uma segunda rodada de votação.

Se considerados todos os votos, Dilma variou um ponto para cima entre a pesquisa realizada segunda-feira, para 47 por cento. José Serra (PSDB) manteve os 28 por cento e Marina Silva (PV) ficou com os mesmos 14 por cento do levantamento anterior.

O candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, ficou com 1 por cento dos votos. Os demais candidatos não atingiram 1 por cento, 3 por cento declararam voto branco ou nulo e 6 por cento disseram não saber.

Com a variação, a petista pôs fim a uma trajetória de perda de votos. Segundo o Datafolha, entre os dias 15 e 27 deste mês, Dilma perdeu cinco pontos. Esse período coincidiu com as denúncias de tráfico de influência que atingiram a Casa Civil e provocaram a demissão de Erenice Guerra, ex-assessora de Dilma, do comando da pasta.

Na simulação de um segundo turno entre Dilma e Serra, a petista oscilou um ponto para cima em relação à pesquisa anterior e agora tem 53 por cento. Serra manteve os 39 por cento da sondagem anterior, 5 por cento disseram que votarão em branco ou anularão o voto e 3 por cento disseram não saber.

Na pesquisa espontânea, quando não é apresentada uma lista dos candidatos ao eleitor, Dilma tem 38 por cento, contra 22 por cento de Serra e 11 por cento de Marina.

Na quarta-feira, Ibope e Sensus também divulgaram pesquisas sobre a corrida presidencial e ambos os institutos apontaram vitória de Dilma já no primeiro turno, que será disputado no domingo .

O Datafolha entrevistou 13.195 pessoas entre terça e quarta-feira em 480 municípios.

DILMA SEGUE LÍDER EM TODAS REGIÕES

A candidata do PT manteve a liderança em todas as regiões do país, apontou o Datafolha. A situação mais confortável para a ex-ministra é no Nordeste. Nessa região, Dilma tem 59 por cento da preferência do eleitorado, contra 21 por cento de Serra e 10 por cento de Marina.

No Sudeste, a petista tem 43 por cento, Serra 30 por cento e Marina 17. No Norte e no Centro-Oeste, Dilma aparece com 43 por cento, ante 31 por cento de Serra e 19 de Marina. No Sul, a ex-ministra soma 42 por cento, ante 35 de Serra e 10 de Marina.

Favorita para se tornar primeira mulher a presidir o Brasil, Dilma tem vantagem maior entre o eleitorado masculino do que o feminino. Entre os homens, 52 por cento declaram voto na petista, contra 26 que preferem Serra e 13 por cento que declara voto em Marina.

Entre as mulheres, a candidata do PT soma 43 por cento, ante 31 por cento de Serra e 15 de Marina.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68T0JY20100930

Serra e Dilma reforçam promessas em penúltimo programa de TV

SÃO PAULO (Reuters) - No penúltimo programa do horário eleitoral gratuito na televisão, nesta quinta-feira, os dois principais candidatos à Presidência da República --José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)-- reforçaram as promessas feitas durante a campanha e evitaram ataques diretos.

O programa do tucano humanizou o candidato, mostrando ele e sua relação com a família. "Como ele tem uns horários bem diferente dos meus, era muito bom que, durante a noite, com as crianças pequenas, eu dormia e ele trocava as fraldas, dava mamadeira", disse sua mulher, Monica Serra, referindo-se ao período em que os dois filhos do casal eram pequenos.

Além disso, foram reforçadas as promessas do candidato, como a construção de 400 quilômetros de metrô em grandes cidades e o aumento do salário mínimo para 600 reais.

"Eu lutei muito para chegar até aqui e poder pedir o seu voto de cabeça erguida. A minha história de vida é limpa, íntegra. Você sabe o que penso e sabe que eu tenho capacidade de realizar", disse o candidato.

"Eu vou usar a minha autonomia, o meu peso político, para fazer um governo que enfrente as dificuldades e os grandes interesses contrariados. E que não seja refém de partidos políticos, dessa ou daquela turma", complementou.

O programa da petista pede para que o eleitor vá às urnas no domingo e vote pela continuidade, sem esquecer o título de eleitor e um documento com foto --exigência de uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Com fé e confiança, o brasileiro aprendeu a conjugar o verbo mudar... com estabilidade, sem sustos, sem conflitos. Com Lula, a gente aprendeu como isso é bom. Por isso, vamos às urnas neste domingo para votar em Dilma e, assim, garantir um Brasil que vai seguir mudando, vai seguir em frente e no rumo certo", disse o locutor do programa da petista.

"Hoje, é o último dia da campanha. Domingo vamos decidir entre dois modelos de governo bem diferentes. O nosso modelo, os brasileiros já conhecem: é aquele que mudou o Brasil", falou Dilma.

Uma sequência de cenas faz um giro por todas as cinco regiões do Brasil, com uma série de diálogos entre Lula e Dilma que tratavam da manutenção das políticas implantadas. Ao final, o locutor da campanha diz: "Dilma é a garantia de que o país vai continuar crescendo".

Ao final, Lula aparece ao lado da candidata. "Você que acredita em mim e acha bom meu governo, não tenha dúvida: vote na Dilma. Igual a mim, a Dilma gosta dos pobres, respeita a vida, a paz, a liberdade e as religiões. Votar na Dilma é votar em mim com a certeza de um governo ainda melhor", disse Lula.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68T0JD20100930

Confiante, Marina vê debate desta noite com primeiro do 2o turno

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que considera o debate entre os presidenciáveis desta noite como o primeiro embate do segundo turno.

Apesar de ainda ocupar o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a candidata verde tem convicção de que será a escolhida pelo eleitor para disputar com a petista no final do mês.

"Esse debate é o último do primeiro turno e já é o primeiro do segundo. Estou me preparando duas vezes, como o último e o primeiro", disse Marina a jornalistas em um hotel do Rio de Janeiro onde está reunida com assessores discutindo a estratégia para o debate da Rede Globo, que tem início às 22h30.

Em nova pesquisa Datafolha, Dilma tem 52 por cento dos votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos), Serra tem 31 por cento e Marina, 15 por cento.

Ela acredita que tem mais possibilidades do que Serra de seguir na eleição. Segundo a candidata, se Serra for ao segundo turno poderia sair derrotado como seu companheiro de sigla Geraldo Alckmin na eleição de 2006, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitorioso.

"Quem está preocupado que não seja repetição de 2006 vota Marina presidente. Essa é a vantagem de Marina Silva em relação à outra candidatura que não é competitiva em hipótese alguma no segundo turno", disse, tratando a si própria na terceira pessoa.

Apesar da crítica ao tucano, Marina disse que se chegar lá vai buscar a adesão de Serra. "Nós vamos discutir com quem não estiver no segundo turno de forma muito respeitosa."

Sobre temas polêmicos que podem fazer parte do debate desta noite, disse que não teria porque abordar a questão da legalização do aborto, em que tem posição contrária.

Ela vem afirmando que Dilma mudou o discurso sobre a questão para ganhar votos.

(Reportagem de Pedro Fonseca)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68T0LJ20100930

Serra não é competitivo e seria derrotado em 2º turno, diz Marina

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que o adversário José Serra (PSDB) não é competitivo "em hipótese alguma" e seria derrotado num eventual segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).

Ela disse ser a única opção de "segundo turno viável" contra a petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto e pode ser eleita já no domingo.

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"Tenho certeza de que sou o segundo turno viável, aquele que é capaz de concorrer efetivamente com a candidatura que está em primeiro lugar. A candidatura do PSDB, até pelos erros que cometeu, com certeza não tem essa viabilidade", disse Marina, em entrevista num hotel na Barra da Tijuca, no Rio.

"Nós somos o segundo turno viável, que de fato tem condições de disputar para valer. Esta é a vantagem de votar Marina Silva em relação à outra candidatura [de Serra], que não é competitiva em hipótese alguma no segundo turno", acrescentou.

A senadora disse que um segundo turno entre Dilma e Serra seria uma "repetição de 2006", quando o presidente Lula (PT) venceu com facilidade o tucano Geraldo Alckmin.

"Seria uma espécie de repetição de 2006. A candidatura capaz de fazer uma disputa de igual patra igual com certeza é a minha."

A senadora cancelou a visita a uma favela e vai permanecer no hotel até a hora de se deslocar para o debate dos presidenciáveis nos estúdios da TV Globo em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/807190-serra-nao-e-competitivo-e-seria-derrotado-em-2-turno-diz-marina.shtml

Marina estuda visita a Alagoas para apoiar Heloísa Helena

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A presidenciável Marina Silva (PV) estuda viajar a Alagoas entre sexta-feira e sábado para manifestar apoio a Heloísa Helena, que disputa vaga no Senado pelo PSOL.

Marina disse que a amiga está sendo "massacrada" no Estado. Ela aparece em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP), apoiado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL). Heloísa corre risco de não se eleger.

"Estou vendo como é que eu faço para dar um abraço na Helô", disse a presidenciável. "Aquela mulher lida quase sozinha contra as forças do atraso na política do Nordeste."

Marina fez um apelo para que a imprensa nacional cubra a candidatura de Heloísa, que sofreria boicote dos veículos alagoanos, muitos controlados por políticos adversários.

"Ela está sendo massacrada lá em Alagoas. É uma mulher corajosa e valente, colocada na clandestinidade pelos meios de comunicação daquele Estado."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/807199-marina-estuda-visita-a-alagoas-para-apoiar-heloisa-helena.shtml

Gilmar Mendes e Serra negam ter conversado

Folha

MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA


O tucano José Serra negou ontem que tenha ligado para o ministro Gilmar Mendes.

O ex-presidente do STF também disse que não conversou com Serra ontem.

"Ele pode ter tocado em meu nome quando falava com alguém, questionado como eu iria votar. Mas não falou comigo."

Mendes afirmou que não é o candidato "nem ninguém" que vai dizer como ele deve ou não votar. "Tenho minhas próprias convicções para avaliar quando é ou não é importante pedir vista [durante o julgamento]."

O ministro disse ainda que é amigo de Serra, assim como tem relações pessoais com advogados ligados ao PT.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806925-gilmar-mendes-e-serra-negam-ter-conversado.shtml

Serra aposta em segundo turno e elogia fidelidade de Alckmin

Folha


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, participou de um comício nesta quarta-feira (29) no bairro da Mooca --zona leste de São Paulo. O tucno defendeu que seus aliados estejam prontos para um eventual segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). "Descanso só em novembro, pois vamos ter outubro inteiro para fazer campanha pelo Brasil inteiro", disse.

Durante discurso, Serra também elogiou a fidelidade do candidato tucano ao governo paulista, Geraldo Alckmin, seu ex-rival interno no partido.



http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/807038-serra-aposta-em-segundo-turno-e-elogia-fidelidade-de-alckmin.shtml

Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar

Folha

MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA


Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha.

No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

Gilmar Mendes e Serra negam ter conversado
Gilmar Mendes pede vista e interrompe julgamento sobre obrigatoriedade de documentos
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A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT).

A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menor nível de escolaridade.

Após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens. O funcionário o informou que o ministro do STF estava do outro lado da linha.

Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório onde ocorria o encontro. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"

Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.

Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.

Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.

O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.

Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.

À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.

Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.

Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.

Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.

"A apresentação do título de eleitor não é tão indispensável quanto a do documento com fotografia", afirmou Ellen Gracie.

O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha consigo seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."

A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.

O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.

O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806923-apos-ligacao-de-serra-gilmar-mendes-para-sessao-sobre-documentos-para-votar.shtml

No último dia de TV, Dilma "paz e amor" cola em Lula; Serra aposta em 2º turno

Andréia Martins
Do UOL Eleições


No último dia do horário eleitoral gratuito na TV, durante o programa da tarde, os dois principais presidenciáveis, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mostraram depoimentos especiais na tentativa de conquistar votos.

A petista falou em governar com "paz e amor", defendeu liberdade de religião e voltou a colar sua imagem na do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano optou por reforçar a ideia de ser "candidato do bem" e mostrar que é o mais preparado para administrar o país. Ambos usaram clipes caprichados, com músicas de apelo emocional.

Serra disse que quer governar o país com uma “economia forte, com aumento de emprego e distribuição de renda”. No programa, mostrou momentos com a família e falas da mulher, Mônica Serra, e da filha, Veronica Serra. Ele até cantou antiga canção de Carnaval que costumava entoar para os filhos.Também voltou a mostrar suas principais realizações na área da Saúde.

Entre as principais promessas, destacou que, se eleito, irá aumentar o salário mínimo para R$ 600, dar 10% de reajuste a todos os aposentados e abrir 1 milhão de vagas em escolas técnicas. Serra encerrou sua fala no programa pedindo voto e mostrando-se confiante no segundo turno. “No domingo, eu peço o seu voto. Vamos ao segundo turno e, se Deus quiser, à vitória”.

Serra também teve direito de resposta no programa do PSTU, que numa propaganda de 15 segundos veiculada em 18 de setembro, acusou o tucano de ter "rabo preso" e o vinculou a atos corruptos. “Nunca teve nenhuma mancha em sua biografia. Serra não merece as ofensas e calúnias da qual foi vítima”, disse a mensagem da coligação “O Brasil Pode Mais”.

A líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma Rousseff (PT), abriu seu programa dizendo que, no domingo, o eleitor vai “decidir entre dois modelos de governo”, afirmando que o modelo atual "foi responsável por mudar o Brasil”.

Ao longo do programa, a petista fez um “pingue-pongue” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversos pontos do Brasil, ambos destacaram as realizações do atual governo nas cinco regiões do país, especialmente na área de empregos e agricultura.

Lula, em seu depoimento final, disse que assim como ele, Dilma "gosta dos pobres", respeita a vida, a paz, a liberdade e as religiões.

Dilma tentou mostrar um lado suave, dizendo que, se eleita, vai governar com "paz, amor e serenidade". Ela novamente se defendeu do que o PT chama de "boatos de fim de campanha", negando que fosse fazer qualquer restrição religiosa. Afirmou que vai "defender a democracia e a liberdade, respeitar a fé, as religiões e as convicções das pessoas e defender a vida".

Nesta semana, circularam informações na internet de que a petista teria dito que defendia o aborto, que nem Jesus Cristo tiraria sua vitória nessas eleições e que, se eleita, fecharia templos. Para combater essa campanha, Dilma se reuniu nesta quarta-feira com lideranças religiosas e convocou uma entrevista coletiva.

A terceira colocada nas pesquisas, Marina Silva (PV), dedicou seu programa a reforçar o crescimento apresentado nas últimas pesquisas. A verde direcionou seu discurso às mulheres e aos jovens, dizendo “vamos ao segundo turno”.

Já o candidato do PSOL, Plíno de Arruda Sampaio, acostumado a dizer “vote PSOL, vote 50”, aproveitou para pedir o voto do eleitorado. “Neste dia final, quero o seu voto. Vote PSOL, Vote Plínio”, disse o socialista.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/30/no-ultimo-programa-na-tv-dilma-faz-dobradinha-com-lula-serra-e-marina-apostam-em-2-turno.jhtm

TSE nega direito de resposta a Dilma contra Serra

Priscilla Mazenotti
Da Agência Brasil

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou cinco pedidos da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, para responder afirmações feitas pelo candidato do PSDB, José Serra, em sua propaganda política.

Três deles pediam direito de resposta contra a propaganda em que Serra afirmou que Dilma não “daria conta” de escolher seus ministros, caso seja eleita. O quarto direito de resposta contestava alegação de Serra de que a candidata petista foi a que mais aumentou a conta de luz dos brasileiros nos últimos oito anos.

Ao negar os recursos, os ministros entenderam que os argumentos de Serra são apenas uma crítica política e que não há requisitos para conceder o direito de resposta.

No quinto recurso negado, Dilma pedia direito de resposta por conta da propaganda de José Serra que mostrou matéria da revista Veja falando sobre suposto tráfico de influência na Casa Civil.

Segundo o ministro-relator, Henrique Neves, há jurisprudência do TSE que admite o uso crítico na propaganda eleitoral de notícias publicadas na imprensa.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/30/tse-nega-direito-de-resposta-a-dilma-contra-serra.jhtm

29 de set. de 2010

Dilma e Serra intensificam esforços para afastar boatos

BRUNO BOGHOSSIAN - Agência Estado

Para evitar prejuízos à imagem nos últimos dias antes das eleições, equipes de campanha de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) intensificaram os esforços para desmentir boatos e denúncias falsas que circulam na internet. E-mails que ligam candidatos a temas polêmicos, como aborto e privatizações, são os principais alvos dos candidatos - que também usam sites e redes sociais para tentar divulgar as informações corretas. A avaliação é de que é preciso agir rapidamente, antes que os eleitores cheguem às urnas, para evitar que os boatos se espalhem e sejam tomados como fatos.

Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convocado para rebater a onda de boatos contra Dilma. Em uma gravação que começou a ser exibida na TV e está no site da candidata petista, o presidente defende a ex-ministra e lembra que sofreu com campanhas negativas quando disputou as eleições. "Estou vendo acontecer com a Dilma o que aconteceu comigo no passado, quando pessoas saíam do submundo da política mentindo a meu respeito", diz Lula.

O sinal de alerta na equipe petista foi aceso por uma enxurrada de e-mails e artigos em blogs que afirmavam que Dilma seria favorável ao aborto e que teria declarado que "nem Jesus Cristo" impediria sua vitória no primeiro turno. Hoje, diante de líderes religiosos, a candidata precisou reforçar sua postura "em defesa da vida" e esclarecer que as mensagens são apenas de boatos.

Na candidatura do PSDB à Presidência, o próprio José Serra fez questão de esclarecer afirmações polêmicas sobre seu programa de governo. Na internet, o tucano tenta se descolar do que chama de "mentiras" que circulam pelas redes sociais - como supostos projetos de privatização da Petrobras e o fim do Bolsa-Família, da Zona Franca de Manaus e dos concursos públicos.

"Há uma máquina de mentiras a meu respeito, trabalhando em tempo integral", escreveu o candidato, ontem, na rede de microblogs Twitter. "Eu não vou privatizar a Petrobras, isso é terrorismo do PT", acusou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-e-serra-intensificam-esforcos-para-afastar-boatos,617312,0.htm

Edir Macedo divulga carta em apoio a candidatura de Dilma

Folha

DE SÃO PAULO

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo, publicou na internet uma carta em defesa da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Líder nas pesquisas, Dilma é alvo de ataques de católicos e evangélicos sob a acusação de que defende o aborto. Em sua carta, Macedo diz que a petista é vítima de mentiras e acusou autores de spam de fazer "o jogo do diabo".

Na carta, Edir Macedo nega ainda que Dilma tenha afirmado que nem mesmo Cristo tiraria dela sua vitória.

Ao falar dos ataques contra Dilma via email, o bispo afirma que "se os cristãos fossem tão ágeis e eficientes para usar as ferramentas modernas da comunicação na pregação do Evangelho, assim como parecem ser para disseminar boatos, certamente muitas almas seriam ganhas para o Senhor Jesus".

"Quem pensa que está prestando algum serviço ao Reino de Deus, espalhando uma informação sem ter certeza de sua veracidade, na verdade, está fazendo o jogo do diabo", criticou.

"O Senhor Jesus não precisa de advogados, nem de assessores de comunicação que saiam em "defesa" de Seu Nome. Ele precisa de verdadeiros cristãos, que entendam, vivam e preguem a Verdade".

Reprodução

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806780-edir-macedo-divulga-carta-em-apoio-a-candidatura-de-dilma.shtml

Marina acusa Dilma de mudar discurso sobre aborto para ganhar votos

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO


A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, acusou nesta quarta-feira a adversária Dilma Rousseff (PT) de mudar seu discurso sobre a legalização do aborto para ganhar votos.

"Eu não faço discurso de conveniência. A ministra Dilma já disse que era a favor e depois mudou de posição. Não acho que em temas como esse se deva fazer um discurso uma hora de uma forma e outra hora de outra só para agradar o eleitor".

A senadora reafirmou que é a favor de um plebiscito sobre o assunto. Ela se diz pessoalmente contrária à liberação do aborto por motivos religiosos.

Marina fez uma rápida aparição na Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Cercada por muitos jornalistas e assessores, não conseguiu fazer corpo a corpo com eleitores que passavam pela estação.

Ela passa a noite no Rio e se prepara na quinta-feira para o debate entre os presidenciáveis na TV Globo.

DILMA

Na tentativa de rebater a onda de boatos que circula entre evangélicos e católicos, Dilma reuniu hoje lideranças dos dois segmentos para reforçar que é contra os temas-tabus para os religiosos, como o aborto, e desmentir a fala de que teria dito que nem Jesus Cristo tira dela essa eleição.

Dilma afirmou que esses boatos fazem parte do "submundo da política" e costumam aparecer na reta final das eleições.

A petista disse novamente que é contra o aborto e que não defenderá um plebiscito. Segunda ela, ainda que o PT defenda uma discussão maior sobre o tema, isso não a fará propor nenhuma medida ao Congresso para descriminalizar a prática.

"Somos um partido democrático. Não se trata de desautorizar [a discussão], eu como presidente não irei tomar essa posição. Não sou a favor de modificação a legislação. Deixe ao congresso a iniciativa", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806807-marina-acusa-dilma-de-mudar-discurso-sobre-aborto-para-ganhar-votos.shtml

Dilma nega ter dito que nem Jesus a derrotaria na eleição

Folha

Diante de representantes evangélicos e católicos, a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) desmentiu o boato de que ela teria afirmado que nem mesmo Jesus a derrotaria na eleição, durante um discurso realizado nesta quarta-feira (29).

"Repudio integralmente afirmações que colocaram na minha boca de que eu usei o nome de Cristo para falar que nem ele me derrotava nessa eleição. É uma calúnia, é uma vilania. Esses boatos saíram do submundo político e são típicos de final de campanha", afirmou.



http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/806791-dilma-nega-ter-dito-que-nem-jesus-a-derrotaria-na-eleicao.shtml

Dilma diz que não vai propor flexibilização na legislação sobre aborto

Agência Brasil

Depois de se reunir na manhã desta quarta-feira (29) no escritório polítco, em Brasília, com lideranças religiosas cristãs, a candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que tem o compromisso, caso eleita, de não enviar ao Congresso nenhuma proposta de mudança na legislação sobre o aborto. Ela explicou, no entanto, que vai tratar o assunto como uma questão de saúde pública, ou seja, mulheres com complicações devido ao aborto não podem deixar de ser atendidas na rede de saúde. “Nessa situação, o aborto já ocorreu”.

“Pessoalmente eu não sou a favor do aborto. Sou contra o aborto porque considero uma violência contra a mulher. No entanto, não acredito que uma mulher recorre ao aborto em condições precárias porque quer”, disse a candidata. “Nós já temos uma legislação sobre o assunto”, completou.

O Código Civil não considera crime o aborto quando praticado em casos de gravidez por estupro ou quando a gestação representa risco de vida para a mãe. Algumas igrejas atuam no sentido de manter atual legislação e outras querem até que essas exceções ao crime sejam retiradas. Por outro lado, mulheres organizadas no movimento feministas e até mesmo no próprio PT defendem uma flexibilização maior da lei.

Dilma Rousseff também manifestou ser contrária a um plebiscito sobre o aborto. “Sou contra um plebiscito sobre esse assunto e vou dizer o porquê. Acho que um plebiscito sobre o aborto divide o país e, nesse caso, não é possível dizer quem vai ganhar ou perder. Nesse caso os dois lados perdem”, disse.

Dilma afirmou ainda que, embora o Estado brasileiro seja laico, a parceria com as igrejas é estratégica na luta contra a pobreza, as drogas, a prostituição infantil, no combate à gravidez precoce e pela valorização da família.”Me comprometi que, em caso de haver um governo meu, ele ouvirá sistematicamente os grupos religiosos. Essa parceria é estratégica para nós”, afirmou.

A candidata petista aproveitou para desmentir boatos de que teria dito que “nem Cristo” tiraria dela a vitória nessas eleições. “Repudio integralmente afirmações que colocaram na minha boca de que eu usei o nome de Cristo para falar que nem ele me derrotava nesse eleição. É um absurdo, uma calúnia, é uma vilania contra mim. De acordo com Dilma, os boatos são típicos do fim de campanha e teriam saído do “submundo político”.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/29/noticia_eleicoes2010,i=215468/DILMA+DIZ+QUE+NAO+VAI+PROPOR+FLEXIBILIZACAO+NA+LEGISLACAO+SOBRE+ABORTO.shtml

Crescimento de Marina Silva na reta final anima correligionários

Diferença entre ela e Serra, contudo, ainda é expressiva

Correio Braziliense - Alice Maciel

“Tentaram me ignorar, mas agora não dá mais.” Com esse tom e apostando na chance de chegar ao segundo turno no domingo, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, tentou disseminar no eleitorado ontem, tanto em Belém quanto em Juiz de Fora (MG), a aura de otimismo que considera essencial para consolidar a “onda verde” na reta final da corrida presidencial. “Eu acredito na confiança dos cidadãos e cidadãs e na capacidade de cada um de querer um Brasil melhor”, disse “O Brasil vai decidir no segundo turno se quer a Silva ou uma Rousseff”, afirmou.

Marina atribuiu seu crescimento nas pesquisas ao posicionamento propositivo adotado na campanha, longe do vale-tudo eleitoral. A ex-ministra confia que pode vencer as eleições se passar da primeira rodada, por meio do horário eleitoral, que será o mesmo entre os dois concorrentes. “Com um minuto e vinte nós conseguimos mobilizar as pessoas e, com certeza, com o mesmo tempo, as pessoas vão poder tomar uma decisão com mais clareza, de forma mais confiante”, completou.

O problema de Marina é que a distância dela para José Serra, atualmente o segundo colocado nas sondagens eleitorais, é de mais de 10 pontos percentuais. Segundo Marina, as pesquisas não estão conseguindo alcançar a mobilização da população de todo país e captar o que chamou de onda verde. A candidata disse que nesta reta final não vai modificar a estratégia e negou tratar um candidato ou outro diferentemente. Segundo Marina, sua atitude é de explicitar seu posicionamento e de contribuir para que os concorrentes possam explicitar os seus. “Por que o PSDB e o DEM sempre fizeram críticas ao Bolsa Família e agora estão dizendo que vão dobrar e que vão dar o 13°? A pergunta que eu tenho feito é se fizeram uma auto-crítica ou se é só um discurso para ganhar eleição”, acrescentou.

Marina voltou a afirmar que se vencer o pleito não vai deixar nenhum partido de fora e vai governar o país com o melhor do PT, do PMDB, do PSDB e do DEM. Ela afirmou que vai oxigenar a política. “O país está cansado dessa briga entre vermelhos e azuis”, afirmou. Ela acredita que terá apoio dos dois lados. “Os militantes do PT estão incomodados com as alianças incoerentes que foram feitas e os do PSDB estão incomodados com o promessômetro que se transformou a candidatura de José Serra.”

Conquistas
A candidata disse ainda que vai manter as conquistas dos governos das duas legendas (PT e PSDB) , como o Bolsa Família e o Plano Real, respectivamente. “Mas vamos reparar os erros que hoje existem na educação, onde 40% das nossas crianças não chegam sequer à oitava série.” Além de Belém, Marina visitou Juiz de Fora. A ex-ministra, que é evangélica, participou de um encontro do Conselho de pastores e fez corpo a corpo pelas ruas da cidade no fim do dia. Ela voltou a dizer que é contra o aborto e a liberação das drogas. “Eu tenho defendido o plebiscito para que a sociedade brasileira, na sua maioria, possa debater e decidir. A sociedade brasileira é diversa e a nossa campanha está conversando sobre essa questão. Eu sempre tive uma posição muito clara em relação àquilo que eu defendo publicamente.”

Eu acredito na confiança dos cidadãos e cidadãs e na capacidade de cada um de querer um Brasil melhor”
Marina Silva, candidata do PV à Presidência

Esperança no PSDB

Desde sempre o discurso do candidato tucano à Presidência, José Serra, é de não comentar pesquisas. Ontem, contudo, diante da possibilidade mais factível de um segundo turno entre ele e Dilma Rousseff, de acordo com as projeções do Datafolha divulgadas ontem, o tucano não negou que recebeu uma injeção de otimismo. “Estou confiante como sempre. Acho que vai haver segundo turno, mas não me guio por pesquisas”, comentou José Serra, durante visita a Salvador.

“Nesta mesma época, em 2002, ninguém achava que eu ia para o segundo turno. Depois, achavam que eu ia ter 30% (dos votos) e eu tive quase 40%”, ressaltou. “Na eleição para prefeito de São Paulo foi a mesma coisa, achavam que a Marta Suplicy ia ganhar no primeiro turno e, no segundo turno, que eu ia ganhar por pouco e ganhei por mais. Isso é normal.”

Serra viajou à capital baiana para receber o título de cidadão soteropolitano, concedido pela Câmara Municipal. A Região Nordeste é um dos focos de investimento do tucanato porque é ali que Lula e, por consequência, Dilma, têm grande quantidade de votos. Durante o evento, Serra falou sobre a liberdade de imprensa, citando autores baianos. “Como não citar o grande poeta Gregório de Matos, que nenhuma censura conseguiu calar? Ele exerceu com lucidez e clareza sua crítica política, pagou o preço pela sua ousadia, mas deixou uma obra imortal”, lembrou. “Desconfio que se Gregório existisse ainda hoje, talvez algum dos censores que andam por aí tentasse calar.”

Depois da cerimônia na Câmara, Serra se reuniu com dom Geraldo Magella Agnelo, cardeal de Salvador e arcebispo-primaz do Brasil, na Cúria Metropolitana. No encontro, Agnelo entregou a Serra documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que prega o voto em “pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família e à dignidade humana”.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/29/noticia_eleicoes2010,i=215361/CRESCIMENTO+DE+MARINA+SILVA+NA+RETA+FINAL+ANIMA+CORRELIGIONARIOS.shtml