23 de jan. de 2010

Além de Dilma Rousseff e José Serra

Embora com chances eleitorais remotas, outras candidaturas à sucessão de Lula, especialmente entre os partidos de esquerda, vão surgindo

congressoemfoco - Rudolfo Lago

Desde que foi reeleito em 2006, o presidente Lula tem trabalhado para transformar a sua sucessão, que acontecerá em outubro deste ano, numa imensa enquete nacional sobre o seu governo. O sonho de Lula, e toda a energia política que ele gasta, é para que as eleições presidenciais ocorram apenas entre o seu candidato e o nome que representa a oposição, de modo a que o eleitor se veja unicamente entre duas opções: a que ratificará seu governo e a que o rechaçará, sem meios termos. As pesquisas eleitorais apontam, de fato, uma concentração das intenções de voto nos nomes da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a aposta governista, e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o candidato oposicionista. Ainda que esse dado reforce o caráter plebiscitário desejado por Lula, o fato é que, mesmo que com chances mínimas, haverá nomes na disputa eleitoral além de Dilma e Serra.

O engenheiro civil Martiniano Cavalcanti, 51 anos, é o mais novo nome colocado nessa disputa. Na quinta-feira (21), os principais nomes da Executiva do PSol, como a presidente do partido, Heloisa Helena, e a deputada Luciana Genro (RS), lançaram Martiniano como pré-candidato à Presidência pelo partido. Esquerdista radical, deficiente físico (não tem um braço, perdido em um acidente de motocicleta), Martiniano é do movimento Terra, Trabalho e Liberdade, que defende o direito à moradia e a reforma agrária.

O Psol tomará a decisão final sobre candidatura presidencial no início de abril. Só o que está decidido por enquanto é que o partido terá seu próprio nome na disputa. Até o início do ano, o Psol caminhava para apoiar a candidatura de Marina Silva, do PV. Recuou diante da aproximação do Partido Verde com o PSDB e o DEM, os partidos que, na avaliação do Psol, formam a oposição conservadora ao governo. “Por princípio, o Psol não pode apoiar alianças com partidos de direita”, diz o presidente do diretório do partido em Alagoas, Mário Agra. A aliança com Marina era defendida principalmente por Heloisa Helena, muito amiga da senadora acreana. Mas, por coerência com seu discurso, o Psol decidiu no início da semana que não poderia se aproximar do PSDB e do DEM. Ainda que o PV tenha Marina como candidata, em alguns estados, como o Rio de Janeiro com Fernando Gabeira, o partido se aliará aos tucanos e ao Democratas.

Embora tenha apoios de peso, Martiniano não é o único pré-candidato do Psol. Também pleiteiam a vaga os ex-deputados federais Plínio de Arruda Sampaio (SP) e João Batista Babá (PA). “Vamos buscar um acerto que possa evitar a disputa. Se não, em abril, os três disputarão e teremos nosso nome na sucessão presidencial”, diz Mário Agra.

Zé Maria e Ruy Pimenta

O PSTU, que em 2006 apoiou a candidatura à Presidência de Heloisa Helena pelo Psol, também terá seu candidato. Volta à disputa José Maria de Almeida, velho conhecido de outras disputas presidenciais. Desde novembro, o partido fez reuniões de pré-lançamento da candidatura que, segundo o site do PSTU, reuniram duas mil pessoas. José Maria diz que sua candidatura é justamente uma alternativa de fato à falsa dicotomia pretendida por Lula entre seu governo e a oposição representada pelo PSDB e pelo DEM.

Acostumado a bater pesado, Ruy Pimenta, do PCO, diz que é tudo jogo de cena. Em artigo recente, ele diz que o PSTU formou uma central sindical com o Psol, que José Maria lança a sua candidatura com o mesmo intuito da candidatura de Marina, apenas para forçar um segundo turno entre Dilma e Serra. Ele descarta tanto Marina como Heloisa Helena como alternativas reais de esquerda. “Nenhuma das duas senadoras eleitas pelo PT é ou foi em momento nenhum uma alternativa de esquerda, que dirá de classe. A pré-candidatura do PSTU, por sua vez, também não cumpre absolutamente nenhum papel classista na eleição. É, na realidade, o oposto. Sua tarefa é encobrir o apoio do PSTU a este bloco, cuja política o coloca sempre a serviço da direita”, dispara. “É preciso, tanto nas eleições, como principalmente fora delas, uma alternativa que seja de classe e revolucionária”.

Jogo confuso

Fora do quadro da esquerda nanica, as opções eleitorais ainda não estão claras. Mesmo a candidatura de Marina Silva ainda não parece totalmente consolidada, pela dificuldade que demonstra em agregar apoios. Sozinho, o PV tem pouco tempo de televisão. Os verdes apostam na possibilidade de agregação a partir de uma alavancagem dos números de Marina nas pesquisas. Sonham que isso possa acontecer após o próximo lance na disputa. Os próximos programas eleitorais do PV, que irão ao ar a partir de 10 de fevereiro, serão dirigidos por Fernando Meirelles, o badalado diretor de Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel e Ensaio sobre a Cegueira.

Outra opção, o deputado Ciro Gomes, tem testado os nervos dos líderes do seu partido, o PSB. Apesar das reclamações de socialistas como o senador Renato Casagrande (ES), Ciro mantém uma postura errática com relação à sua candidatura. Ora parece que assumirá a candidatura, até acentuando algumas críticas ao governo, ora desaparece completamente por semanas.

Espectador até o momento da disputa eleitoral, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que já apoiou Ciro Gomes, julga que o quadro eleitoral ainda está bastante confuso. Por isso, tem orientado o PTB a não precipitar a sua decisão. Na semana passada, ele até estimulou o lançamento de uma pré-candidatura no partido, o advogado do Rio Grande do Norte, Geraldo Forte. As chances de a pré-candidatura de Forte prosperarem são praticamente nulas. Tanto que, depois de receber Forte e a sua pretensão, Roberto Jefferson comentou com colegas do partido: “É mais um desses maluquinhos que aparecem de vez em quando”.

Na verdade, o que Roberto Jefferson deseja é não precipitar no partido uma decisão sobre quem apoiará. O PTB não é uma força desprezível, e hoje tem um pé em cada uma das principais candidaturas presidenciais. O próprio Jefferson, que denunciou a existência do mensalão, é um adversário do governo. Em estados como São Paulo e Goiás, o partido é francamente ligado aos tucanos. Em outros, como o Distrito Federal e Pernambuco, explicitamente governista.

Num quadro em que Serra às vezes hesita, Dilma tem dificuldades em decolar e fechar suas alianças (com as discussões em torno do nome do vice, do PMDB), Marina não consegue ainda aparecer como alternativa viável e Ciro Gomes não deixa claro o que fará, Jefferson acha melhor esperar para poder fazer a aposta certa.

http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=31566

22 de jan. de 2010

Em tom eleitoral,Lula chama Dilma de "palanqueira" e defende PAC

SÃO PAULO (Reuters) - O tom de campanha marcou a noite que pôs lado a lado, mais uma vez, nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República e quem ele chamou de "palanqueira".

Lula defendeu a implantação da segunda versão do PAC, chamado pela oposição de "slogan publicitário", durante discurso na inauguração da sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo.

"Eu penso que a cara do Brasil vai mudar muito e quem vier depois de mim, eu por questões legais não posso dizer quem é, espero que vocês adivinhem, vai encontrar um programa pronto, com dinheiro no Orçamento", disse Lula à plateia ao lado de Dilma.

"Estou fazendo o PAC 2 porque preciso colocar dinheiro no Orçamento para as pessoas trabalharem", afirmou. Segundo ele, o novo programa deve ser lançado em março e inclui recursos às obras para a Copa do Mundo de 2014 e projetos de transporte e mobilidade urbana.

A declaração encerrou uma semana polêmica para os dirigentes do PT e do PSDB, que trocaram insultos por meio de notas públicas envolvendo os candidatos à sucessão presidencial.

Na terça-feira, Dilma afirmou em evento público em Minas Gerais que os tucanos, se eleitos, pretendiam acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As afirmações foram baseadas em entrevista do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), à revista Veja na semana passada.

Discursando antes do presidente, Dilma defendeu a continuidade das políticas adotadas nos dois mandatos de Lula.

"Muita gente está hoje discutindo o pós-Lula como se fosse um dia em que a gente começa tudo outra vez", afirmou. "Não é verdade... O pós-Lula é entender a continuidade do processo que levou o país a uma situação exemplar."

(Reportagem de Hugo Bachega)

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE60M00220100123

Lula, Dilma e Serra vivem clima de 'harmonia' em SP

TATIANA FÁVARO - Agencia Estado

CAMPINAS - Após dias de troca de insultos entre lideranças do PT e do PSDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sentou-se hoje entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ambos pré-candidatos à sucessão presidencial, em solenidade de inauguração do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CBTE), em Campinas.

Nenhum dos três falou com a imprensa após a solenidade e, nos discursos, ''brincaram'' entre si. Serra recebeu aplausos após avisar o presidente que o governo estadual já é parceiro do CBTE, pois o terreno em que está instalado ao laboratório pertence ao Estado. "E não é pouco, são 390 mil metros quadrados. Mas o comodato expirou e então quero anunciar aqui publicamente: nós vamos renovar por um tempo muito grande a cessão de uso", aproveitou o governador.

Depois de receber duras críticas do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi defendido pelo presidente. "Quando o Sergio Rezende foi fazer o PAC da Ciência e Tecnologia foi a primeira vez que vi a comunidade científica, por unanimidade, aprovar um programa, com a consciência de que aquele não era um programa do ministro", disse Lula.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-dilma-e-serra-vivem-clima-de-harmonia-em-sp,500137,0.htm

PT aguarda decisão de Ciro até março, avisa Dutra

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

SÃO ROQUE, SP - O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, disse hoje que a legenda não pode ficar esperando uma definição do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) sobre uma possível candidatura a governador do Estado de São Paulo nas eleições de outubro. Embora, pela legislação, Ciro tenha até junho para se decidir, o PT quer uma posição definitiva até março. "O deadline (prazo) é março", afirmou Dutra. "O PT não pode ficar esperando."

Dutra reiterou que a direção do PT se reunirá com o PSB logo após o carnaval para conversar sobre a eventual candidatura de Ciro, que tem dito preferir concorrer à Presidência da República. Dutra afirmou que, se o deputado cearense insistir na candidatura presidencial, o PT quer ter tempo para definir um nome nas fileiras do partido.

Hoje, segundo ele, há seis pré-candidatos no partido. "Quem tem seis não tem nenhum", afirmou, referindo-se a nomes de destaque como Antônio Palocci (ex-ministro da Fazenda e deputado federal), Aloizio Mercadante (senador), Eduardo Suplicy (senador), Marta Suplicy (ex-prefeita de São Paulo), Fernando Haddad (ministro da Educação) e Emídio de Souza (prefeito de Osasco).

Apoio

Dutra acredita que não será difícil convencer o PT paulista a apoiar o nome de Ciro, mas afirmou que isso só ficará claro quando de fato o deputado se decidir por São Paulo.

O atual presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, previu que uma aliança em torno de Ciro seria ampla e agregaria de 8 a 10 partidos no Estado. Mas ele considerou "remota" a possibilidade de Ciro se candidatar a governador. "Ele não tem demonstrado interesse maior", avaliou. Apesar de 6 pré-candidatos, Berzoini disse que São Paulo não deverá ter prévias e que o partido chegará a um consenso.

Dutra e Berzoini participam de seminário organizado em São Roque, no interior do Estado, pela chapa "Partido que Muda o Brasil", que no ano passado venceu o Processo de Eleição Direta (PED) petista. Na reunião, que vai até amanhã, as correntes que integram a chapa vão definir os nomes que integrarão o Diretório Nacional e a Executiva do partido. A chapa nomeará 45 dos 81 nomes do diretório e 10 dos 18 nomes da Executiva.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-aguarda-decisao-de-ciro-ate-marco-avisa-dutra,500129,0.htm

Para Jucá, Temer como vice de Dilma unifica PMDB

LEONARDO GOY - Agencia Estado

BRASÍLIA - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse hoje que a eventual indicação do presidente do partido e da Câmara, Michel Temer (SP), como vice da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa da eleição presidencial, unifica o partido.

"Ele é o presidente do PMDB. Não representa uma facção", disse Jucá, acrescentando que Temer é um nome institucional para representar o PMDB na aliança com o PT.

Dilma em SP

Enquanto o PMDB se articula, a ministra almoça amanhã com prefeitos da região de Rio Claro (SP) e líderes políticos regionais e estaduais, depois de visitar na cidade uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A informação foi divulgada hoje pela Assessoria de Imprensa da Casa Civil.

A obra do PAC é de substituição da rede de distribuição de água de Rio Claro. Segundo a nota, na construção da nova rede foram gastos R$ 10,58 milhões, e a União entrou com R$ 8,3 milhões, enquanto a prefeitura participou com R$ 2,2 milhões. A obra permitirá, segundo a Casa Civil, a distribuição de água a 16 mil famílias.

Após essa visita, Dilma participa, na antiga Estação Ferroviária, do ato de assinatura de documento que cede a Rio Claro o direito real de uso do ramal ferroviário que corta o município.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-juca-temer-como-vice-de-dilma-unifica-pmdb,500105,0.htm

TSE vai analisar em fevereiro ação da oposição contra Lula e Dilma

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai analisar somente a partir de fevereiro a representação protocolada por partidos de oposição para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) sejam investigados por suposta propaganda eleitoral antecipada. Como o Poder Judiciário está de recesso até o dia 1º de fevereiro, o texto será analisado na retomada dos trabalhos.

O tribunal designou o ministro Joelson Costa Dias para relatar a representação contra Lula e Dilma. Esta é a quinta vez que os oposicionistas recorrem à Justiça para impedir a "ilegalidade e o uso de dinheiro público pela pré-candidata petista". A única ação que obteve resposta até agora foi a primeira, que questionou a marcha dos prefeitos --mas foi negada por falta de provas.

Segundo os partidos, Lula e Dilma descumpriram a lei eleitoral durante inauguração de uma barragem na cidade de Jenipapo, em Minas Gerais, na última terça-feira. Em outubro do ano passado, as três legendas já haviam questionado na Justiça a viagem do presidente, acompanhado da ministra, às obras de transposição do rio São Francisco.

"O deboche com que o presidente da República trata o regime de leis do país é algo inusitado, nunca visto na história do Brasil. Nunca tivemos uma falta de vergonha como essa", disse o presidente do PPS, Roberto Freire.

Na terça-feira, Dilma e Lula inauguraram um campus universitário em Araçuaí (MG) e a barragem de Setúbal, em Jenipapo de Minas (MG). Nesta última, a cerimônia de inauguração contou com o serviço de um dos mais tradicionais buffets de Belo Horizonte, o Celia Souto Mayor.

As cerca de 3.000 pessoas que compareceram à cerimônia, organizada pelo governo federal, tiveram à sua disposição canapés, mini hambúrgueres e salgados. Refrigerante e água mineral gelados também eram oferecidos à população de Jenipapo de Minas e municípios vizinhos, em seis mesas montadas sob a tenda erguida exclusivamente para a cerimônia de inauguração da obra.

Em seu discurso, o presidente disse que vai inaugurar "o máximo de obras possível" até março, antes que Dilma e o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) deixem o governo federal para disputar as eleições.

Para a oposição, Dilma e Lula usam os eventos oficiais para fazer campanha eleitoral com dinheiro do contribuinte. Segundo a oposição, desde que Lula escolheu Dilma como candidata, ela o acompanha em viagens no país e no exterior, já que não tem nenhuma experiência eleitoral e a esperança do PT é conseguir transferir votos que poderiam ser do presidente para ela.

Porém, para a oposição, essas viagens violam a legislação eleitoral porque configura propaganda eleitoral antecipada. "A infração é tão clara que o próprio presidente Lula declarou-a em várias ocasiões", diz o partido em nota.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u683232.shtml

Heloísa Helena lamenta fim de negociações com PV

LUCIANA NUNES LEAL - Agencia Estado

RIO - A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, lamentou hoje a decisão da direção partidária de interromper as negociações para apoiar a candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva. Ex-senadora e hoje vereadora em Maceió, Heloísa disse que continua a torcer pela eleição de Marina e que está à disposição da candidata para contribuir na elaboração do programa de governo.

Ontem, a maioria do PSOL optou pelo lançamento de candidatura própria ao Palácio do Planalto. Heloísa defendia apoio formal a Marina, mas sem participar das alianças, por causa da opção do PV de se unir, em alguns Estados, a partidos como o PSDB.

"Quero deixar claro que todo respeito, admiração e amizade que tenho por Marina estão preservados. Ele é competente, honesta, sensível e absolutamente preparada. Torço muito para que seja eleita", disse Heloísa. "Onde Marina entender que eu posso ajudar, com minha experiência, na construção do programa, vou contribuir, especialmente em segurança pública, saúde e educação", ofereceu a ex-senadora.

Gota d´água

A costura de uma aliança dos verdes com o PSDB no Rio, em torno da candidatura do deputado Fernando Gabeira ao governo, foi decisiva para a interrupção das negociações do PSOL com o PV. "Infelizmente a tática eleitoral do PV no Rio acabou por obstaculizar a aliança que seria feita. Minha proposta era apoio a Marina independente de aliança com o PV e com interferência no programa de governo. Infelizmente o PSOL não entendeu dessa forma", lamentou Heloísa.

Internamente, a principal líder do PSOL vai trabalhar pela candidatura do presidente do diretório de Goiás, Martiniano Cavalcanti, ao Palácio do Planalto. Martiniano vai disputar a indicação com o ex-deputados Babá e Plínio de Arruda Sampaio em prévia que deverá acontecer em março.

Heloísa negou a existência de uma divisão no PSOL e disse compreender a decisão do partido que preside. "Vejo com tristeza, mas acato. Nem minha candidatura à Presidência da República era consenso no partido. Existiam pessoas que queriam minha candidatura apenas pelo eleitoralismo, para ajudar nos Estados", afirmou Heloísa Helena. Questionada se continuará no comando do PSOL, ela respondeu: "O que acontecerá com o partido o tempo dirá."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,heloisa-helena-lamenta-fim-de-negociacoes-com-pv,500015,0.htm

PMDB dá carta branca para Temer definir chapa com PT

Convenção vai torná-lo único negociador do partido para escolha de vice

Agência Estado

SÃO PAULO - O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), ganhou carta branca do partido para articular a aliança com o PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cúpula peemedebista decidiu antecipar sua convenção para o dia 6 de fevereiro - 12 dias antes do Congresso Nacional do PT que vai formalizar a candidatura à Presidência da ministra Dilma Rousseff - e reeleger Temer na presidência do partido. Com isso, ele será transformado em único negociador do PMDB com o PT para a escolha do candidato a vice-presidente da República na chapa petista. Ou seja: um eventual veto ao nome de Temer pelo PT terá de passar pelo próprio Temer.

"Qualquer decisão, qualquer articulação envolvendo o PMDB terá de passar pelo Temer", resumiu o senador Wellington Salgado (PMDB-MG). O presidente Lula já deu sinais de que tem interesse por outros nomes dentro do PMDB para integrar a chapa de Dilma. A estratégia para fortalecer Temer foi antecipar a convenção, prevista inicialmente para março. A proposta é lançar uma chapa única para o comando do partido. Dessa forma, a cúpula espera mostrar coesão e unidade dos peemedebistas da Câmara, do Senado e de governadores em torno do nome do também atual presidente da Câmara.

"A ideia é fazer a chapa única expressando o momento de unidade que o PMDB vive", disse o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL). "Nosso objetivo é mostrar que há unidade no partido", emendou o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE). A decisão de antecipar a convenção do PMDB foi tomada na noite de quarta-feira, em reunião na residência oficial da presidência da Câmara.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-da-carta-branca-para-temer-definir-chapa-com-pt,499860,0.htm

Bate-boca motiva manobra do PT para fazer Ciro desistir

Com Dilma e Serra no centro do debate, restaria pouco espaço para o deputado ganhar musculatura na corrida

Agência Estado

SÃO PAULO - O PT começa a enxergar na guerra travada com o PSDB nos últimos dias uma ferramenta para resolver o impasse em torno dos planos do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para a eleição de outubro. Em meio à troca de ataques com líderes tucanos, dirigentes petistas já falam em aproveitar o embate para convencer Ciro a se retirar da disputa presidencial.

O argumento que circulava ontem nas rodas petistas era o de que bastou um único fato político - a entrevista concedida pelo senador Sérgio Guerra (PSDB) à revista "Veja" no último fim de semana - para que se instalasse de vez a polarização que tende a guiar a eleição presidencial. Com a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador José Serra (PSDB) no centro do debate, restaria pouco espaço para Ciro ganhar musculatura na corrida, argumentam dirigentes do partido.

"Ciro tem todo o direito de querer se lançar, mas o fato é que a Dilma está crescendo muito. E esta eleição já está polarizada", afirma o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, da coordenação da campanha de Dilma.

Setores do PT e do PSB pretendem também recorrer ao exemplo eleitoral do Chile para tentar convencer Ciro a sair de cena. Lá o deputado Marco Enríquez-Ominami rachou a base governista e levou quase 20% dos votos no primeiro turno, o que prejudicou Eduardo Frei, apoiado pela presidente Michelle Bachelet, que assim como Lula tem alta popularidade. Acabou vencendo a eleição o oposicionista Sebastián Piñera.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,bate-boca-motiva-manobra-do-pt-para-fazer-ciro-desistir,499830,0.htm

Dilma será a estrela, mas não vai comandar o PAC 2

Lei Eleitoral exige que ministra deixe o cargo em março, quando será lançada a segunda versão do programa

Agência Estado

SÃO PAULO - A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, será a estrela do lançamento da segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), previsto para o fim de março. Mas ela não tocará o plano. Além de deixar o governo justamente nessa época para entrar na corrida à Presidência, como exige a Lei Eleitoral, Dilma sabe que o PAC 2 só pode figurar no Orçamento da União de 2011.

Embora o Planalto tenha conseguido executar apenas um terço do PAC original, que hoje completa três anos, a segunda versão será anunciada com toda pompa. O projeto não está pronto, mas marqueteiros já trabalham na sua propaganda, para impulsionar a campanha de Dilma.

Na prática, o PAC 2 será um pacote que vai amarrar projetos novos e velhos sob nova embalagem. Terá foco em grandes cidades, com o objetivo de atrair os votos das regiões metropolitanas do Sul e do Sudeste, onde a oposição está na frente na disputa com a petista. Mesmo sem poder levar adiante a segunda versão do programa, Dilma vai usá-lo como bandeira de sua campanha ao lado do projeto original.

Confronto

Na primeira reunião ministerial do ano, realizada ontem na Granja do Torto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom da disputa entre o PT e o PSDB e partiu para o ataque. Após dias seguidos de troca de insultos entre os dois partidos, Lula chamou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), de "babaca", disse que ele está "desconectado da realidade", só fala "bobagem" e não conhece o Brasil.

A reação de Lula, de acordo com relato de ministros, foi uma resposta às alfinetadas de Guerra ao PAC e à ministra Dilma. Em nota divulgada na quarta-feira, Guerra acusou a pré-candidata de "mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades". Antes, em entrevista à revista "Veja", o tucano afirmou que o PAC é uma ficção e definiu Lula como "o último presidente a fazer política com as mãos sujas".

Campanha ''plebiscitária''

Apesar da artilharia apontada para os tucanos, Lula pediu aos ministros que fujam da linha de tiro. Deixou claro, porém, que todos devem ter na ponta da língua números e obras do governo para a contraofensiva. O presidente avisou à equipe que vai se empenhar por uma disputa "plebiscitária" com o PSDB, que tem como pré-candidato o governador de São Paulo, José Serra. "Quero fazer a campanha do quem sou eu e quem és tu."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-sera-a-estrela-mas-nao-vai-comandar-o-pac-2,499798,0.htm

Dilma e Serra deixarão a troca de xingamentos para aliados e, por ora, tentarão se preservar

Durante reunião, Lula reforça necessidade de campanha limpa, mas ataca presidente do PSDB

Correio Braziliense - Daniela Lima | Tiago Pariz

A eleição presidencial deste ano ocorrerá em dois planos. Os protagonistas vão ficar na retaguarda pregando o tom zen e deixar todo o jogo sujo para partidos e parlamentares. A guerra deflagrada entre a cúpula do PT e do PSDB — que virou troca de xingamentos — é o retrato fiel dessa estratégia. Termos como “jagunço”, “hipócrita”, “desequilibrado”, “mentirosa”, “incapacitada” e “dissimulada” dominaram o noticiário político ao longo desta semana. Cauteloso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que sua candidata a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não faça o jogo rasteiro da oposição, adotando a mesma estratégia do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

A primeira reunião ministerial do ano — convocada para tratar da ajuda humanitária ao Haiti e das linhas gerais da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — acabou em eleições. O presidente Lula distribuiu orientações aos seus comandados. Demonstrou estar cada vez mais fechado na tese de que a base aliada não pode ter outra candidatura. “A campanha tem que ser plebiscitária. Uma campanha quem sou eu e quem és tu”, disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, citando o discurso com que o presidente fechou o encontro. Lula já vê Ciro Gomes como carta fora do baralho, e voltou a falar que quer o deputado na disputa pelo governo de São Paulo.

O presidente também defendeu uma disputa de alto nível nos holofotes, mas nos bastidores a conversa é outra. Ele acredita que Dilma tem que responder apenas a José Serra e não entrar nas provocações do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). No discurso parece tarefa fácil, mas na prática… O próprio presidente perdeu as estribeiras. Na reunião ministerial, com o espectro do senador pairando na Granja do Torto, Lula disse que o presidente tucano é um “babaca” por não saber o que está dizendo quando faz críticas aos resultados do governo. A cúpula do PT e do governo se animaram com o tom agressivo dos dois lados. O próprio ministro das Relações Institucionais alfinetou os tucanos. “O PT é da paz. A guerra está no PSDB”, disse. De todos os lados tom o zen só ficará na promessa.

A prova está nas declarações de parlamentares do PT e PSDB. Elas dão mostras de que o ano será de embate pesado. “O presidente Lula está certo ao pedir um debate eleitoral de alto nível. Agora, se vierem com chute na canela, para nós, canela vai ser o que vier do pescoço para baixo. Estamos prontos para tudo”, resumiu o deputado petista Fernando Ferro (PE), nome cotado para assumir a liderança da sigla na Câmara. O homem que irá defender o PSDB na Casa em 2010 responde no mesmo tom. “O Serra não vai entrar nessa. Mas o partido e as bancadas no Congresso estão prontos para o embate. Nós vamos desmentir o PT”, afirmou João Almeida (PSDB-BA).

Provocação
O curioso é que a guerra ganhou corpo quando a ministra Dilma Rousseff entrou na provocação, justamente o que não quer Lula. Sérgio Guerra criticou publicamente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Em resposta, Dilma disse que a oposição queria “ acabar com o PAC”. A tréplica veio em tom mais áspero. Em nota, o senador Sérgio Guerra, definiu a ministra como mentirosa e dissimulada. “Dilma Rousseff mente. Usa a mentira como método”, afirmou.

Para tirar a ministra do foco, coube ao homem que se equivale a Guerra em nível hierárquico dentro do PT devolver a ofensa. O presidente da sigla, deputado Ricardo Berzoini, assinou declaração conjunta com o presidente eleito petista, José Eduardo Dutra, para chamar Guerra de “jagunço político” de Serra. Berzoini e Dutra dispararam para todos os lados. “O que mais salta aos olhos é a hipocrisia do candidato de PSDB, José Serra, que ao mesmo tempo em que afirma estar ‘concentrado no trabalho’ e que ‘não vai entrar nenhum bate-boca eleitoral de baixaria’, usa o presidente do seu partido como um verdadeiro jagunço da política para divulgar uma nota daquele teor.” Guerra anunciou que irá entrar na Justiça contra o PT. “Estou entrando na Justiça contra eles. Vamos enfrentar isso desde agora”, disse.

Críticas ao governo
A Associação Brasileira de Templos de Umbanda e Candomblé, ligada às comunidades praticantes das religiões de origem africana, criticou a atuação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial um dia após o cancelamento do lançamento do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa. Segundo a entidade, o governo não tem interesse no tema e as iniciativas são “mais para a mídia, para a propaganda”. O lançamento do plano estava previsto para ser realizado dia 20 mas foi cancelado de última hora. O ministro-chefe Edson Santos disse na ocasião que o projeto precisava nova avaliação da Casa Civil para evitar “constrangimentos” para o governo.

Colaborou Josué Nogueira

» Ação contra discursos

Enquanto PSDB e PT encabeçam o embate eleitoral antecipadamente, partidos que vão ajudar a compor a oposição também se movimentam na tentativa de desestabilizar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Com esse intuito DEM e PPS assinaram, ao lado dos tucanos, uma representação contra a ministra e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral. Os três partidos os acusam de fazer campanha antecipada durante viagem à cidade mineira de Jenipapo.

Para dar sustentação ao documento, os partidos de oposição utilizaram trechos do discurso feito pelo presidente Lula naquele município, durante a inauguração da barragem Setúbal, no Vale do Jequitinhonha, no último dia 19. Foi a primeira agenda da ministra em território mineiro — e tucano. “Vamos precisar pegar todas as obras que tem em Minas Gerais (…) porque a partir de abril, o Geddel (ministro Geddel Vieira, da Integração Nacional) já não estará mais no governo, e a Dilma já não estará mais no governo, e quem for candidato não vai nem poder subir em palanque comigo”, disse o presidente, na fala destacada na representação.

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a postura dos petistas fere a lei eleitoral. “Ela (Dilma) não pode ficar fazendo campanha com esses argumentos. Como que se vai fazer inauguração de obras para combater a oposição?”, questionou. Na representação os três partidos pedem que a ministra e o presidente paguem multas. (TP e DL)

Ouça trechos da entrevista com o deputado Fernando Ferro sobre a reunião ministerial com o presidente Lula

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/22/politica,i=168274/DILMA+E+SERRA+DEIXARAO+A+TROCA+DE+XINGAMENTOS+PARA+ALIADOS+E+POR+ORA+TENTARAO+SE+PRESERVAR.shtml

Ajustes para impor Temer como vice

Correio Braziliense - Izabelle Torres

Os integrantes do PMDB partidários da indicação do presidente da legenda, Michel Temer (SP), para a vaga de vice na chapa encabeçada pela ministra Dilma Rousseff ao Planalto estão realizando uma verdadeira ofensiva para unir o partido em torno do presidente da Câmara. Como a discussão sobre a vaga desperta divisões na legenda, a estratégia do momento é centrar esforços para manter Temer à frente da Presidência do partido sob um discurso de unidade. Para isso, vale até pedir o apoio da cúpula do Senado, que vinha trabalhando nos bastidores pelo nome do ministro Hélio Costa como vice. O líder da legenda no Senado, Renan Calheiros (AL), que não mantém relações próximas com Temer, recebeu do partido a missão de pensar e conduzir a formação da chapa que vai disputar a eleição para a Presidência da legenda no próximo dia 6.

A presença de Renan nas discussões sobre os nomes que vão compor a nova direção do partido é vista como estratégica pelos peemedebistas da Câmara. Primeiro, porque ele sempre foi um dos mais simpáticos à ideia de Hélio Costa ocupar a vaga na chapa de Dilma, já que atuou na nomeação de Costa para o Ministério das Comunicações. Em segundo lugar, o PMDB da Câmara acredita que atrair o senador para o grupo de apoio a Temer na eleição interna pode provocar uma aproximação capaz de agregar o apoio de outros senadores à tese de impor o nome do presidente da Câmara ao PT.

Desafinados
Apesar das articulações dos deputados, os discursos sobre a indicação do vice de Dilma ainda não estão completamente afinados. “Convidamos o Renan e ele será o responsável pela formação da única chapa nessa disputa, que será encabeçada pelo presidente da Câmara. O papel dele é importante porque traz o Senado e vai pensar na direção da legenda com o próprio Temer. Por isso, damos como certo o consenso em nossa eleição interna e, consequentemente, na indicação do nome do vice”, diz o líder da legenda na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

“Vamos trabalhar pela união da legenda na escolha do nosso presidente. Vou participar desse processo. Acho que a unidade é importante, mas isso não é a mesma coisa de discutir um nome para lançar como vice da ministra Dilma. É cedo. Não é bom antecipar esse debate. Cada coisa deve ser discutida no seu tempo”, contrapõe o senador alagoano, mostrando que o consenso em torno de Temer ainda não significa convergência sobre o nome que será indicado para a disputa eleitoral.

Para Alves, no entanto, a afinação será questão de tempo, visto que Hélio Costa teria dito em uma carta que não se interessa pela vaga porque está decidido a disputar o governo de Minas Gerais. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, outro possível postulante à vaga de vice na chapa governista, já entendeu que a maioria do partido pretende apoiar

Temer. “No jantar do partido na última quarta-feira, o Hélio mandou uma carta apoiando Michel e dizendo que pretende sair para o governo de Minas. Meirelles também foi ao encontro e declarou apoio ao presidente Michel. Acho que não tem mais discussão”, afirma Henrique Eduardo Alves.

Prós e contras dos possíveis vices

MICHEL TEMER (SP)
# Controla grande parte do PMDB e conta com o apoio da bancada na Câmara dos Deputados
# Contra ele pesa a avaliação de que não agregaria muitos votos à ministra. Não é visto como carismático e, apesar das tentativas, não conseguiu consenso de senadores em torno do seu nome

HÉLIO COSTA (MG)
# É considerado bom de voto e capaz de agregar votos de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, à chapa da ministra Dilma.
Além disso, conta com a simpatia da cúpula governista
# Contra ele está a pressão da bancada do PMDB na Câmara, que não apoia o nome de um senador para a vaga de vice

HENRIQUE MEIRELLES (GO)
# É citado como o nome preferido do presidente Lula. Os governistas acreditam que ele seria capaz de agregar apoio de setores econômicos à campanha da ministra Dilma
# Entre os argumentos dos que resistem ao seu nome estão a falta de experiência política do presidente do Banco Central e o fato de ser novato na legenda

» Problema triplicado

As articulações em torno do fortalecimento do nome de Michel Temer dentro do partido começaram em dezembro, depois que o presidente Lula defendeu publicamente que o PMDB apresentasse uma lista tríplice de nomes para o posto de vice na provável chapa de Dilma Rousseff como candidata à Presidência da República. Na ocasião, o presidente afirmou que o PMDB não deveria impor um nome, já que a relação entre candidato e vice é semelhante a um casamento. “O correto é o PMDB discutir dentro do partido e indicar três nomes para a ministra Dilma, para que ela escolha. Isso porque quem vai se casar com o vice é a candidata”, disse. As declarações irritaram a cúpula do PMDB, que recebeu pedidos de desculpas de ministros e de líderes do governo. Lula nunca mais falou no assunto.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/22/politica,i=168278/AJUSTES+PARA+IMPOR+TEMER+COMO+VICE.shtml

Palocci desiste de candidatura em SP e deve ir para a coordenação de Dilma

da Folha Online

Hoje na Folha Opção de consenso no PT de São Paulo, o nome do ex-ministro da Fazenda e deputado federal, Antonio Palocci, está fora da lista de pré-candidatos do partido ao Palácio dos Bandeirantes e deverá coordenar a campanha de Dilma Rousseff ao Planalto, informa reportagem de Renata Lo Prete, editora do "Painel" da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, Palocci tem procurado amigos para manifestar a intenção de aceitar o convite feito pelo presidente Lula nos últimos dias de 2009 e repetido pela própria pré-candidata no início de janeiro.

Nessas conversas, informa a Folha, ele conta ter combinado com Lula e Dilma que seu trabalho se dará em várias frentes, mas que a coordenação política, especialmente a negociação institucional com partidos aliados, ficará a cargo do presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Outra preocupação do ex-ministro é frisar que não haverá confronto com Fernando Pimentel. Palocci é mais próximo de Lula. O ex-prefeito de Belo Horizonte, de Dilma. Se Pimentel não for candidato ao governo de Minas, é provável que também assuma tarefas no comando da campanha.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u683132.shtml

Petistas divulgam candidatura de ministra em encontro no exterior

ANA FLOR
da Folha de S.Paulo

Petistas e simpatizantes do governo Lula residentes no exterior se encontram de hoje até domingo em Lisboa para traçar estratégias da campanha presidencial fora do Brasil.

O 3º Encontro dos Petistas no Exterior reunirá cerca de 60 delegados de mais de 15 grupos de filiados no mundo.

Nessa edição, além de discutir questões de interesse para os moradores no exterior, os participantes têm como principal meta planejar "a campanha Dilma 2010 no exterior". A abertura terá vídeos de boas-vindas do presidente Lula, de Dilma e do presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra.

O núcleo anfitrião, o de Lisboa, é considerado "modelo": fundado há 17 anos, faz atividades todos os meses e chega a reunir mil pessoas em seus eventos. Além de filiados, os grupos atraem "simpatizantes" --brasileiros não petistas-- e "amigos do PT" --estrangeiros com afinidade política.

O núcleo português, que ajudou em quatro campanhas de Lula, de 1994 a 2006, já colocou em prática atividades para ajudar a eleger Dilma.

Todas as semanas há panfletagens em frente ao consulado em Lisboa, local de grande concentração de brasileiros. Hoje eles distribuem panfletos para divulgar o encontro de petistas ou para estimular o recadastramento. Em julho, o tom partidário e eleitoral tomará conta do material.

"Nós trabalhamos temas de interesse do governo, como o recadastramento de eleitores", diz Manoel de Andrade, professor universitário que coordena o núcleo lisboeta e responsável pelos grupos europeus.

Dos cerca de 3 milhões de brasileiros que vivem fora do país, menos de 200 mil estão aptos a votar. Para os petistas, sensibilizar o público sobre a importância de ir às urnas aumenta a chance de angariar votos. "O número de aptos a votar é irrisório se comparado ao de residentes no exterior", afirma Jean Tible, do núcleo de Paris.

Residentes no exterior votam apenas para presidente da República. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançará uma campanha na TV para estimular o cadastramento, que deve ser feito até 5 de maio e é a exigência para votar fora do país.

Os principais núcleos estão em Lisboa, Paris, Madri e Londres. Nos Estados Unidos, há forte atividade em Nova York e Boston. Segundo Andrade, há pelo menos 300 filiados ao PT fora do Brasil.

Tible diz que as atividades dos núcleos se tornam pontos de encontro de brasileiros, muitos sem ligação partidária e que poderão votar em Dilma.

Para ajudar a elegê-la, a estratégia será intensificar festas e corpo a corpo em áreas frequentadas por brasileiros.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u683111.shtml

PV e PSOL rumam para desempenho "nanico" nas eleições de 2010

da Folha Online

A Executiva Nacional do PSOL decidiu nesta quinta-feira encerrar as conversas com o PV para o apoio à candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República. Segundo a direção do partido, o principal motivo do rompimento é a decisão do PV de se coligar com o PSDB na disputa para o governo do Rio de Janeiro.

Para Fernando Rodrigues, colunista do UOL e repórter da Folha em Brasília, ambas as candidaturas rumam agora para um desempenho de partido nanico na corrida ao Palácio do Planalto.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u683012.shtml

Dilma teria convidado PDT para coordenação de sua campanha

Terra

O presidente do PDT e ministro do Trabalho Carlos Lupi foi convidado para participar da coordenação da campanha da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, segundo o jornal O Globo. O convite teria sido feito pela própria ministra por telefone.

O PDT teria informado que, além da presença na campanha, quer estabelecer condições para o programa do governo da candidata, especialmente na área de educação. Lupi disse à reportagem que o projeto de escola em tempo integral é uma dessas condições. Segundo Lupi, o apoio a Dilma terá de ser respeitado em todos os Estados, mas nos locais onde há divergências do seu partido com o PT o PDT só não poderá apoiar a candidatura de José Serra.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4220424-EI7896,00-Dilma+teria+convidado+PDT+para+coordenacao+de+sua+campanha.html

21 de jan. de 2010

PSDB, DEM e PPS entram com representação contra Lula e Dilma no TSE

Oposição acusa presidente e ministra de propaganda eleitoral antecipada.
Presidência da República disse que não vai comentar assunto.

Do G1, em São Paulo

Os partidos de oposição PSDB, DEM e PPS entraram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do PT à Presidência da República. Eles são acusados de propaganda eleitoral antecipada.

Na representação, protocolada na tarde desta quinta-feira (21), os partidos pedem que o tribunal aplique multas a Lula e Dilma. A Presidência da República informou que não irá comentar o assunto. O G1 deixou recado na assessoria de imprensa da Casa Civil e aguarda resposta.

A ação se baseia em declarações dadas pelo presidente na terça (19), na cidade de Jenipapo, em Minas Gerais, durante a inauguração de uma barragem. Lula afirmou que é importante que o governo inaugure o “máximo de obras possível” até o fim de março para “mostrar quem foram as pessoas que ajudaram a fazer as coisas nesse país”.

“Eu disse ao companheiro Geddel que nesse trimestre nós vamos precisar visitar muito Minas Gerais. Vamos precisar pegar todas as obras, que são muitas, para que a gente possa inaugurar porque a partir de abril o Geddel já não estará mais no governo, a Dilma já não estará mais no governo e quem for candidato não pode nem subir no palanque comigo", disse Lula.

A representação também cita outras declarações de Lula, dadas no mesmo dia, em outro evento.

"Uma única coisa que eu tenho certeza é que nós vamos fazer a sucessão presidencial. Que me desculpem os adversários, mas nós vamos ganhar pra poder ter continuidade essas coisas. Se para tudo o que está acontecendo nesse Brasil e a gente volta ao passado, todo mundo sabe como é que é. Portanto, ninguém precisa acreditar em fantasias ou em promessa de última hora. Quem faz, faz. Quem não faz, promete."

Na representação, a oposição afirma que a exposição "diuturna e ostensiva" de Dilma caracteriza "propaganda eleitoral sublimar". "Aquele tipo de
propaganda que gera até mesmo mais efeitos do que a direta, exatamente
por propiciar a aceitação inconsciente, por parte dos eleitores, do futuro
candidato", diz.

Esta não é a primeira vez que a oposição acusa Lula e Dilma de propaganda antecipada. Em outubro, uma viagem de três dias da ministra e do presidente em visita às obras de revitalização do Rio São Francisco também foi alvo de representação no TSE.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1457726-5601,00-PSDB+DEM+E+PPS+ENTRAM+COM+REPRESENTACAO+CONTRA+LULA+E+DILMA+NO+TSE.html

Decisão do PMDB de antecipar convenção fortalece aliança com PT, diz Padilha

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse nesta quinta-feira que a decisão do PMDB de antecipar as eleições para a escolha do seu presidente fortalece a aliança do partido com o PT.

Padilha disse que, se o presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), for reeleito, o governo terá "tranquilidade" para negociar com o partido --que deve compor com o PT a chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.

"Eu acho o Temer um excelente presidente do PMDB. Saber que [o PMDB] tem continuidade nos dá tranquilidade para saber que o PMDB está junto na coalizão, ajuda a sustentar o governo", afirmou.

O ministro disse que a presença de Temer na presidência do PMDB também é uma forma de garantir uma boa relação do governo federal com o Congresso Nacional e com os partidos da base aliada governista.

Padilha disse que Temer, que também é presidente da Câmara, pode garantir no Congresso o ritmo de votações necessárias para o governo em 2010. "Estive com o presidente Michel Temer, pedi que a gente mantenha no retorno da Câmara o mesmo ritmo acelerado de aprovações. Conversamos para manter o ritmo acelerado na Câmara e no Senado", afirmou.

Ontem à noite, em jantar, a cúpula do PMDB decidiu antecipar de 10 de março para o dia 6 de fevereiro a convenção da legenda. A mudança seria uma tentativa de fortalecer o nome de Temer para a vice, apesar da negativa do presidente da Câmara dos Deputados.

Temer, por sua vez, confirmou hoje a antecipação da convenção nacional do partido que vai escolher o novo presidente da legenda. O deputado disse que a mudança não tem ligação com a decisão do PMDB de lançá-lo candidato à vice-presidência na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto uma vez que o partido tem "muitos nomes" para a vaga.

"A matéria referente à candidatura à vice-presidência não foi tema de apreciação. Ela só será discutida quando consolidar-se a aliança eleitoral, sendo certo que o PMDB possui inúmeros nomes capazes de ocupar essa vaga, o que será objeto de futuras conversações", disse Temer em nota.

Articulações

Interlocutores do PMDB afirmam que Temer, licenciado doa presidência do PMDB, vai disputar a reeleição para mostrar que, com o apoio dos colegas, tem força dentro do partido para se lançar à vice-presidência.

A reeleição de Temer para comandar o partido integra a estratégia dos peemedebistas de garantir a sua indicação na chapa de Dilma. A expectativa é que Temer, depois de eleito presidente do PMDB, peça afastamento do cargo para se dedicar integralmente à campanha presidencial. A antecipação das eleições seria a maneira de acelerar a composição da chapa com Dilma, antes que o PT comece a flertar com outras legendas aliadas.

Os peemedebistas temem, por exemplo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consiga convencer o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) a integrar uma chapa com Dilma --o que tiraria o partido da aliança. O grupo ainda está preocupado com impasses regionais que poderiam inviabilizar a chapa, já que em muitos Estados não há possibilidade da coligação nacional se repetir em nível estadual.

A decisão de antecipar a escolha do presidente da legenda foi referendada por Temer, Sarney, Renan e o restante da cúpula do partido: o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (pré-candidato ao governo da Bahia), e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (filiado no ano passado), entre outros caciques.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u682752.shtml

PSOL discute apoio a Marina nesta quinta

Aproximação entre PV e PSDB no Rio pode melar acordo eleitoral

Do R7, com Agência Estado

A Executiva Nacional do PSOL reúne-se nesta quinta-feira (21) para discutir o apoio à provável candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva. A presidente da sigla, Heloísa Helena, disse na semana passada que uma das condicionantes acertadas entre o PSOL e o PV para fechar esse entendimento seria que a candidatura não tivesse "atrelada" nos Estados a candidatos do PT, PSDB, PMDB e DEM.

A ex-senadora disse que vem conversando diariamente com Marina sobre essas alianças nos Estados.

- Qualquer que seja a posição que o partido tomar, eu manterei minha relação de amizade, de profundo respeito pela Marina porque a conheço bem e tenho certeza de que ela será uma grande presidente do Brasil.

A ex-senadora não quis conversar sobre a situação no Rio, onde o PV sinaliza que caminhará para as eleições aliado ao PSDB e ao DEM.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/psol-discute-apoio-a-marina-nesta-quinta-20100121.html

Em nota, PT diz que Serra age com hipocrisia

Terra

Em nota divulgada no site do partido nesta quinta-feira, o PT afirmou que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), age com hipocrisia ao dizer que não irá se envolver em bate-boca eleitoral. A publicação veio como uma resposta a uma nota publicada no site do PSBD na quarta-feira, a qual afirmava que a ministrava-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, usava a mentira como método político.

"O que mais salta aos olhos é a hipocrisia do candidato de PSDB, José Serra, que ao mesmo tempo em que afirma estar "concentrado no trabalho" e que "não vai entrar nenhum bate-boca eleitoral de baixaria", usa o presidente do seu partido (o senador Sérgio Guerra) como um verdadeiro jagunço da política para divulgar uma nota daquele teor", afirma a nota, que é assinada pelo presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.

Na última terça-feira, o PT publicou uma nota em que afirmava "torcer para que o PSDB se encontre e produza um programa de governo, para que possamos ter um debate de alto nível neste ano eleitoral".

A resposta do PSDB veio na quarta-feira. Em nota publicada em seu site, o partido chama Dilma de mentirosa e dissimulada. "Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos", afirmou a nota.

Na nota publicada nesta quinta-feira pelo PT, o partido condenou a forma como o PSDB tratou a ministra e afirmou que, mesmo assim, pretende fazer um debate de propostas e projetos de alto nível durante as eleições deste ano.

"De forma desqualificada, vil, caluniosa e grosseira para com a Ministra Dilma Rousseff, o que merece repúdio de todos, a nota revela o desespero por que passa a oposição brasileira, incapaz de produzir um programa de governo que sensibilize os corações e as mentes dos brasileiros".

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4219022-EI7896,00-Em+nota+PT+diz+que+Serra+age+com+hipocrisia.html

De olho nas eleições, PMDB antecipa para 6 de fevereiro convenção nacional do partido

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), confirmou nesta quinta-feira a antecipação da convenção nacional do partido que vai escolher o novo presidente da legenda. Temer disse que a mudança não tem ligação com a decisão do PMDB de indicá-lo para a vice-presidência na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto --uma vez que, segundo ele, o partido tem "muitos nomes" para a vaga.

Ontem à noite, em jantar, a cúpula do PMDB decidiu antecipar de 10 de março para o dia 6 de fevereiro a convenção da legenda que vai escolher o novo presidente do PMDB. A mudança seria uma tentativa de fortalecer o nome de Temer para a vice, apesar da negativa do presidente da Câmara dos Deputados.

"A matéria referente à candidatura à vice-presidência não foi tema de apreciação. Ela só será discutida quando consolidar-se a aliança eleitoral, sendo certo que o PMDB possui inúmeros nomes capazes de ocupar essa vaga, o que será objeto de futuras conversações", disse.

Segundo Temer, o foco do jantar foi discutir a mudança na data da convenção. "[No jantar] Discutiu-se a realização de convenção nacional, que deverá dar-se obrigatoriamente até o mês de março. Foi definido, por unanimidade, o dia 6 de fevereiro para realização do encontro. Analisou-se também o cenário político peemedebista nos Estados brasileiros. Só", afirmou.

Interlocutores do PMDB afirmam que Temer, licenciado da presidência do PMDB, vai disputar a reeleição para mostrar que, com o apoio dos colegas, tem força dentro do partido para se lançar à vice-presidência.

A reeleição de Temer para comandar o partido integra a estratégia dos peemedebistas de garantir a sua indicação na chapa de Dilma. A expectativa é que Temer, depois de eleito presidente do PMDB, peça afastamento do cargo para se dedicar integralmente à campanha presidencial.

A antecipação das eleições seria a maneira de acelerar a composição da chapa com Dilma, antes que o PT comece a flertar com outras legendas aliadas.

Os peemedebistas temem, por exemplo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consiga convencer o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) a integrar uma chapa com Dilma --o que tiraria o partido da aliança.

O grupo ainda está preocupado com impasses regionais que poderiam inviabilizar a chapa, já que em muitos Estados não há possibilidade da coligação nacional se repetir em nível estadual.

A decisão de antecipar a escolha do presidente da legenda foi referendada por Temer, Sarney, Renan e o restante da cúpula do partido: o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (pré-candidato ao governo da Bahia), e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (filiado no ano passado), entre outros caciques.

O ministro Hélio Costa (Comunicações) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), se ausentaram do jantar porque estão fora de Brasília.

Divisão

Atualmente, o PMDB é dividido em três grupos. A cúpula do partido, chefiada por Temer e pelos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), defende a chapa com o PT.

Outro grupo, que tem à frente o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), defende a aliança com o PSDB este ano.

Por fim, há um grupo favorável à candidatura própria à Presidência da República, que lançou o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato dentro do partido.

Em meio à divisão, a cúpula insiste que tem maioria para aprovar dentro da legenda a aliança com o PT. O núcleo peemedebista, porém, ficou irritado com o recado do presidente Lula, que chegou a pedir para o partido indicar três nomes para que o PT escolhesse quem seria o vice da ministra.

Diante do mal-estar, Lula recuou na proposta, enquanto os peemedebistas enfatizam que o nome oficial da legenda para a chapa é o de Temer.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u682678.shtml

Temer nega ter tratado da pré-candidatura a vice de Dilma em jantar com PMDB

Keila Santana
Especial para o UOL Notícias

O PMDB divulgou nota sobre o jantar realizado com a cúpula do partido nesta quarta-feira (20) para negar que o tema do encontro tenha sido as negociações para a disputa eleitoral de 2010.

O presidente licenciado do partido e presidente da Câmara, Michel Temer (SP), fez questão de esclarecer que a reunião com os membros do PMDB apenas discutiu a Convenção Nacional que será realizada em 6 de fevereiro, antecipando a data prevista de 10 de março.

"Analisou-se também o cenário político peemedebista nos estados brasileiros. Só. A matéria referente à candidatura à Vice-Presidência não foi tema de apreciação. Ela só será discutida quando consolidar-se a aliança eleitoral, sendo certo que o PMDB possui inúmeros nomes capazes de ocupar essa vaga, o que será objeto de futuras conversações", diz a nota.

A convenção nacional do PMDB deve reeleger o deputado Michel Temer na presidência da legenda. A decisão deve fortalecer o nome dele para a escolha do vice para a chapa da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República.

http://noticias.uol.com.br/politica/2010/01/21/ult5773u3598.jhtm

PMDB adianta reunião do diretório e reforça Temer

BRASÍLIA (Reuters) - Nomes de peso e líderes do PMDB reuniram-se na segunda-feira à noite para demonstrar unidade no ano eleitoral e ajustar a aliança com o PT. Para dar fôlego a Michel Temer (SP), cotado para ocupar a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) à sucessão presidencial, o partido decidiu antecipar em um mês o encontro que deve reeleger o deputado para a presidência da sigla.

A reunião do Diretório Nacional foi marcada para 6 de fevereiro. Do encontro, inicialmente programado para março, sairá a composição da executiva e o nome do novo presidente do partido.

"A gente quer chegar em março e essas questões estarem resolvidas. Quanto mais você protelar, pior. As campanhas nos Estados já estão deflagradas. Quanto mais tempo demorarmos, pior", avaliou a jornalistas o líder peemedebista da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), após jantar na residência oficial de Temer.

Segundo o deputado, Temer já teria sua reeleição à presidência do partido "assegurada". Caberia a ele a tarefa de costurar acordos para compor a chapa vitoriosa na escolha da direção do PMDB.

O deputado lembrou que o nome a ser indicado para compor a chapa com o PT nas eleições presidenciais será decidido a partir de discussões internas do partido, ratificadas pela convenção nacional em junho. O nome de Temer, no entanto, segundo o líder, "já está sendo colocado, nada mudou."

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recém-filiado ao PMDB, participou do jantar. Seu nome também vem sendo colocado como possível indicação à vice pela sigla na chapa com o PT. No entanto, segundo Alves, não houve debate na reunião sobre sua eventual candidatura, ao Senado, ao governo de Goiás ou à vice .

"Até porque essa discussão não é dele, é dele com o Iris (Rezende), é dele com a base estadual," concluiu. Prefeito de Goiânia, Iris teria interesse em concorrer ao governo do Estado pelo PMDB.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer no ano passado que o PMDB teria de apresentar uma lista tríplice para que Dilma escolhesse um nome para a vice, o que preocupa a sigla.

A cúpula do PMDB também debateu a retomada das conversas com o partido do presidente Lula para resolver as divergências regionais.

As questões estaduais poderiam atrapalhar a aliança pré-negociada com o PT. "Tem que agilizar tudo. E para isso, tem que ter a cara de unidade do PMDB para dentro e para fora," disse Alves. Entre os Estados onde as duas siglas pretendem concorrer estão Minas Gerais e Pará.

O partido quer apressar as negociações com o PT para logo após o período de recesso parlamentar, que se encerra em fevereiro.

Além de Temer, Alves e Meirelles, estiveram no jantar também o presidente do Senado, José Sarney (AP), os ministros Gedel Vieira Lima (Integração Nacional), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Edison Lobão (Minas e Energia), além do senador Renan Calheiros (AL), entre outros.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE60K02220100121

Dilma adia legalização de terreiros de umbanda para evitar nova crise

Plano seria lançado ontem, mas foi barrado por receio de atritos com Igreja Católica e evangélicos no ano eleitoral


Estadão - Vera Rosa

BRASÍLIA
Disposta a evitar novos atritos com evangélicos e a Igreja Católica em ano eleitoral, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, mandou a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial adiar o anúncio do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa. O plano, que prevê a legalização fundiária dos imóveis ocupados por terreiros de umbanda e candomblé e até o tombamento de casas de culto, seria lançado ontem, mas na última hora o governo segurou a divulgação, sob o argumento de que era preciso revisar aspectos jurídicos do texto.

O adiamento ocorre na esteira da polêmica envolvendo o Programa Nacional de Direitos Humanos, que pôs o Palácio do Planalto numa enrascada política, provocando crise dentro e fora do governo. Temas controversos, como descriminação do aborto, união civil de pessoas do mesmo sexo e proibição do uso de símbolos religiosos em repartições públicas, foram alvo de fortes críticas, principalmente por parte da Igreja.

Na avaliação do Planalto, é preciso evitar novos embates que possam criar "ruídos de comunicação" e prejudicar a campanha de Dilma. Desde o ano passado, a ministra tem feito todos os esforços para se aproximar tanto de católicos quanto de evangélicos e já percorreu vários templos religiosos.

"O programa de promoção de políticas públicas para as comunidades tradicionais de terreiro já estava adequado, mas, como é um plano de governo, precisa ser pactuado para não haver constrangimentos", afirmou o ministro-chefe da Secretaria da Igualdade Racial, Edson Santos.

Apesar de dizer que nunca é demais dar "outra passada de olhos" no texto, para maior observância à Constituição e ao Código Penal, Santos não escondeu a decepção com a ordem para suspender o anúncio do plano, que seria feito justamente na véspera do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado hoje.

"Espero que possamos lançá-lo o mais rapidamente possível", disse o ministro, diante de uma plateia de praticantes de umbanda e candomblé, que se reuniram no Salão Negro do Ministério da Justiça. "Somos um Estado laico, mas não seremos neutros e cegos diante das injustiças e do racismo."

REAÇÃO

A informação sobre o adiamento do programa pegou de surpresa as comunidades de terreiro. Muitas mães e pais de santo viajaram de longe para assistir à cerimônia e só souberam na hora que haveria ali apenas um debate.

"Quando o governo chega na encruzilhada e tem de tomar uma decisão, recua. Será medo? Acho que sim", protestou Valdina Pinto de Oliveira, do terreiro Tanuri Junsara, de Salvador (BA). Ela foi além e conclamou a comunidade do candomblé a pensar bem em quem vai votar nas eleições de outubro.

"Está na hora de irmos para o campo político e de educar os nossos para saber quem vamos eleger", insistiu Valdina, sob aplausos. "A gente viu o que aconteceu com o Estatuto da Igualdade Racial e o que está acontecendo com esse plano. Por que para negro e índio não tem terra? Precisamos acabar com esse vírus do racismo."

Coordenador das reuniões realizadas para a confecção do plano, o subsecretário de Políticas para Comunidades Tradicionais, Alexandro Reis, tentou contornar o desapontamento geral. "A preocupação do governo é que determinados setores, por motivos eleitorais, utilizem o plano de proteção à liberdade religiosa como algo negativo", contou. Reis admitiu que o texto "precisa ser pactuado com evangélicos e católicos" para não ser contaminado pelo ambiente político de 2010. Disse, no entanto, que os terreiros não podem participar dessa briga. "Estamos tratando de um segmento que tem sido demonizado, mas não vamos violar direitos de ninguém", argumentou. Depois, garantiu que o governo continuará o mapeamento dos terreiros para nortear as políticas públicas.

Embora a Secretaria da Igualdade Racial tenha informado que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é solidária ao plano, a Pastoral Afro-Brasileira assegurou não ter sido consultada sobre seu conteúdo. Atualmente, apenas seis dos cerca de 10 mil terreiros são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Para o pastor Ronaldo Fonseca, presidente do Conselho Político da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, o Estado não deve gastar dinheiro com tombamento de templos. "O governo está se envolvendo em polêmicas desnecessárias", comentou. "Não existe guerra santa aqui e não é inteligente o Estado se preocupar com símbolos religiosos, tombamentos e união de homossexuais. Isso é coisa de marxista."

PROGRAMA DE POLÊMICAS
21/12/2009
Governo lança a terceira edição do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)
22/12/2009
Contrário à criação de uma Comissão da Verdade, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes das três forças militares pedem demissão. O presidente Lula faz um acordo: não reescreve o texto, mas garante que as propostas não afrontarão as Forças Armadas. O ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, ameaça entregar o cargo caso o programa seja alterado para permitir a punição a militantes da esquerda
8/1/2010
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e a senadora Kátia Abreu protestam contra as mudanças na questão da reintegração de posse, que prevê uma câmara de conciliação. A Igreja Católica também protestou. Neste caso contra a proibição de símbolos religiosos em locais públicos e a descriminação do aborto
13/1/2010
O presidente Lula manteve a Comissão da Verdade, mas retirou o trecho que previa o exame de delitos da "repressão política"
14/1/2010
Embora tenha cogitado fazer alterações nos itens da descriminação do aborto e da mudança nas regras para desocupações de áreas invadidas, Lula resistiu e não mudou esses pontos

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100121/not_imp498975,0.php

20 de jan. de 2010

Aécio Neves afirma que ataques de Dilma têm "componente eleitoral"

BRENO COSTA
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O governador mineiro Aécio Neves (PSDB) disse ontem que os ataques da ministra Dilma Rousseff (PT) à oposição têm "componente eleitoral".

Durante a inauguração de uma barragem em Minas, anteontem, Dilma, pré-candidata à sucessão de Lula, acusou o PSDB de querer acabar com as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

"É um discurso, obviamente, com componente eleitoral", afirmou Aécio ontem. "Acho que a responsabilidade com que o PSDB governou o Brasil é o nosso passaporte para o futuro. Nenhum partido foi mais responsável na administração desse país do que o PSDB."

Sem citar expressamente o PAC, Aécio disse que "os projetos corretos, bem planejados, serão todos mantidos, até com um nível de eficiência maior".

Logo antes, no entanto, Aécio já destacara sua relação "extremamente respeitosa" com Dilma, afirmando que a manterá durante as eleições.

"É preciso que, numa democracia, nós mantenhamos nossas relações. Eu não acho que porque nós teremos uma eleição, eu devo deixar de achar, ou ter as considerações que tinha antes das eleições em relação a determinadas pessoas", disse.

Aécio não compareceu a nenhuma das obras inauguradas por Dilma e Lula em três municípios mineiros, anteontem, no início de um esforço do Planalto em tornar a ministra mais conhecida no Estado em que nasceu e que tem o segundo maior colégio eleitoral do país.

Com o gesto, Aécio busca eliminar ambiguidades em relação ao seu comprometimento com a candidatura do governador José Serra (PSDB-SP).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u682413.shtml

Tucano faz críticas a Dilma e diz que ministra mente

CAROL PIRES - Agencia Estado

BRASÍLIA - O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), divulgou nota nesta noite no qual faz duras críticas à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a quem o senador acusa de "mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades".

"Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão", afirma o senador, logo no início do texto.

Sérgio Guerra também voltou a criticar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como fez ontem a vice-presidente do partido, senadora Marisa Serrano (MS). Na avaliação de Sérgio Guerra, o PAC não é um programa de governo "e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas".

"Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por Estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos - ainda não saíram do papel", afirma o senador.

Esta é a segunda nota divulgada à imprensa pelo PSDB. Ontem à noite, foi a vez do ex-presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), divulgar nota em nome do partido. "O PSDB demonstra que está descontrolado para a legítima disputa de projetos que ocorrerá neste ano de 2010", afirmou o deputado.

A troca de acusações entre PT e PSDB começou após discurso da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que, durante a inauguração de uma obra em Minas Gerais, disse que a oposição pretendia acabar com o PAC e com o programa Bolsa-Família. Prontamente, o PSDB rebateu a afirmação da ministra. Em nota, a vice-presidente do PSDB, senadora Marisa Serrano (MS), disse que a ministra é reconhecida pela sua "falta de experiência política", e afirmou que a ministra adotou a "retórica do medo e da mentira".

Ao rebater o discurso da ministra Dilma Rousseff, o PSDB cumpre estratégia do governador de São Paulo, José Serra, que disse que cabe ao partido e não ele, como pré-candidato, fazer oposição ao governo. Mais cedo, José Serra voltou a dizer que ficará longe do "debate eleitoral" e da "baixaria". José Serra e Dilma Rousseff são os pré-candidatos à presidência da República.

Segue a íntegra da nota:

"Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.


Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas. Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal.


Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.


Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.


Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra.


Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos - ainda não saíram do papel.


Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades.


A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.


Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado.


Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.


Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.


Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos.


Senador Sérgio Guerra


Presidente Nacional do PSDB"

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tucano-faz-criticas-a-dilma-e-diz-que-ministra-mente,498878,0.htm

Aécio Neves nega fim do PAC em possível governo tucano

Segundo o governador mineiro, nenhum partido foi mais responsável na administração do País do que o PSDB

Raquel Massote, da Agência Estado

BELO HORIZONTE - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), rebateu nesta quarta-feira 19, as declarações dadas ontem pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que a oposição planeja o fim do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Este é um discurso com componente eleitoral e que não corresponde à verdade", disse Aécio.

A afirmação de Dilma foi feita durante cerimônia de inauguração de uma barragem em Jenipapo de Minas, no Vale do Jequitinhonha. A declaração foi uma resposta à entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), à revista 'Veja' da semana passada. "As estradas estão esburacadas, os aeroportos estão na iminência de outro apagão, a infraestrutura de transportes, como os portos, foi entregue a políticos e a grupos de pressão. Isso é o PAC, na realidade, e nós vamos acabar com ele", afirmou Guerra na entrevista.

De acordo com Aécio, nenhum partido foi mais responsável na administração do País do que o PSDB. "Os projetos corretos e bem planejados serão mantidos e talvez com nível de eficiência maior porque teremos sempre o cuidado de não partidarizar a máquina pública", afirmou o governador.

Aécio afirmou ainda que é preciso ter uma atenção do governo federal em relação aos compromissos do período eleitoral. "Estes atos administrativos não podem se transformar em atos eleitoreiros porque eles perdem substância", disse.

Ele comentou ainda o constrangimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao perceber que políticos tucanos que o acompanhavam em uma solenidade em Juiz de Fora, na zona da Mata mineira, foram vaiados pela plateia. "Isso é um alerta para que possamos conviver de forma respeitosa."

O governador assinou contrato com o consórcio espanhol Iberinsa-Spim para a execução do estudo de viabilidade da plataforma logística multimodal de transportes do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e o estudo preliminar de traçado do ramal ferroviário entre a Estação Vilarinho até o aeroporto, em uma extensão de 30 quilômetros.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-neves-nega-fim-do-pac-em-possivel-governo-tucano,498846,0.htm

Padilha nega interesse do PT-PMDB em antecipar escolha de vice de Dilma

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em meio às articulações entre PT e PMDB para a indicação de um nome peemedebista que deverá compor a chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse hoje que o governo não tem interesse em "antecipar" a escolha do vice na chapa da petista.

Padilha afirmou que o vice "será composto no momento certo". "Não interessa a ninguém qualquer tipo de antecipação", afirmou.

Segundo o ministro, o PMDB tem "todas as condições" de apresentar um nome que poderá "ajudar na composição de uma chapa vitoriosa".

Padilha disse que a relação PT-PMDB é a "melhor possível", capaz de garantir a governabilidade no Congresso Nacional e conduzir o processo de sucessão presidencial. "Com a retomada do Congresso, as conversas serão retomadas. Ontem, o PDT sinalizou um apoio a Dilma, que foi importante", afirmou.

O ministro disse que as cúpulas do PT e do PMDB vão definir o nome do vice para a chapa de Dilma depois de solucionados os impasses regionais que emperram a formalização da aliança entre as duas legendas.

"Quem debate isso são as direções partidárias, não o governo, inclusive o próprio presidente já disse que acha que as direções partidárias têm que sentar e negociar a campanha nacional e também a regional", afirmou.

Padilha disse que não existe a imposição do PMDB ou do PT para colocar "goela abaixo" o nome de sua melhor preferência para a chapa de Dilma. "Isso não existe. A aliança é sólida, a base aqui é sólida, tanto que aprovamos mais de 20 MPs de combate à crise. A relação é ótima."

Temer

Cotado dentro do PMDB para ser indicado à vice-presidência na chapa de Dilma, o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), desconversou quando questionado hoje sobre a eventual indicação do seu nome.

Temer disse que tem até o dia 10 de março para definir se disputará a reeleição para o comando do PMDB, mas sinalizou estar disposto em disputar uma vaga na Câmara caso não saia na chapa de Dilma.

"Vamos conversar sobre isso, tem que ser até 10 de março. Acho que será um esforço para a minha candidatura de deputado federal, não preciso demonstrar força nenhuma [para ser vice]", afirmou.

Ele minimizou o jantar, que será realizado hoje com a cúpula do PMDB, para discutir a aliança com o PT nas eleições deste ano. "Todo mês almoçamos ou jantamos duas vezes. A conversa já estava combinada, meio como rotina."

Reportagem publicada hoje pela Folha afirma que o PMDB deseja acelerar o projeto de estar unido aos petistas nas disputas eleitorais de 2010.

O assunto será discutido no jantar da cúpula do PMDB. Devem estar presentes os presidentes da Câmara, do Senado, José Sarney (AP), os líderes do partido no Congresso e alguns interessados na disputa deste ano, como o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (pré-candidato ao governo da Bahia), e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (filiado no ano passado).

A avaliação entre dirigentes do PMDB é que, quanto mais o tempo passar, mais o partido corre o risco de perder valor na pretendida coalizão com o PT visando a eleição presidencial em outubro. Dilma, numa hipótese otimista para o PT, ficaria forte a ponto de relativizar a necessidade de apoio formal dos peemedebistas.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u682157.shtml

Apoio do PDT à Dilma ameaça candidatura de Ciro Gomes

da Folha Online

Por unanimidade, a Executiva nacional do PDT decidiu apoiar a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial. A decisão prejudica a pretensão do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de disputar as eleições presidenciais. Essa é a análise de Fernando Rodrigues, colunista do UOL e repórter da Folha em Brasília, no vídeo a seguir.

Segundo o colunista, Ciro esperava ter um partido médio ao seu lado para que sua candidatura desse certo. "O PDT pulou desse barco e tornou a vida do pré-candidato mais difícil", afirma.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u682138.shtml

Sirkis será o coordenador-geral da campanha de Marina

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

SÃO PAULO - Após semanas de conversas entre os integrantes da executiva nacional, o vereador e presidente do Partido Verde no Rio de Janeiro, Alfredo Sirkis, foi nomeado coordenador-geral da pré-campanha da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República. Junto com ele, mais cinco nomes foram definidos ontem à noite, durante reunião no diretório estadual da legenda em São Paulo: o empresário Guilherme Leal, sócio da Natura; João Paulo Capobianco, ex-secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente durante a gestão de Marina; o ex-deputado federal Luciano Zica (PV-SP); Regina Gonçalves, presidente da executiva estadual do PV em São Paulo; e Sérgio Xavier, presidente do PV de Pernambuco.

Juntos, os seis formam o que o partido chamou de Comitê Verde de Pré-Campanha. De acordo com Sirkis, esse será o núcleo inicial da campanha, que será ampliado para 10 a 12 pessoas.

Na prática, os integrantes do comitê recém-criado têm se reunido há pelo menos um mês em São Paulo. O que ocorreu ontem foi a oficialização das pessoas que comandarão a pré-campanha até o final de junho. A partir daí, alguns membros sairão para poder tocar suas próprias campanhas e serão substituídos por outros, de acordo com Sirkis. "Eu mesmo vou passar o bastão para me candidatar a deputado federal", explicou.

Regina Gonçalves e Sérgio Xavier também devem sair para concorrer ao governo paulista e pernambucano, respectivamente. Além dos dois Estados, o PV quer ter candidatura própria no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

O Comitê Verde vai trabalhar paralelamente à coordenação nacional do PV, que conta com 21 integrantes escolhidos pelo partido e por Marina Silva. Enquanto o grupo dos seis trabalhará diretamente com questões de campanha, a coordenação será responsável pela formulação do programa político e a direção que tomará o partido durante o ano eleitoral.

Com relatou a coluna de Sonia Racy na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, outros nomes que foram agregados à pré-campanha de Marina são o do jornalista e consultor de novas mídias Caio Túlio Costa, que cuidará de internet e redes sociais, e Orjan Olsen, especialista em pesquisas. Marina também já conta com uma consultoria informal do cineasta Fernando Meirelles.

Lista quádrupla

O PV carioca definiu em reunião da executiva estadual na segunda-feira à noite que o deputado federal Fernando Gabeira será de fato o candidato do partido ao governo do Rio de Janeiro. A legenda também terá candidatura própria para o Senado. A escolhida foi a vereadora Aspásia Camargo. A executiva carioca garantiu que essas duas candidaturas serão mantidas, em definitivo, para as eleições de 2010.

Sirkis, presidente do PV no Rio, afirmou que o candidato a vice será escolhido pelo PSDB. O indicado sairá de uma lista de quatro nomes: o ex-vice-governador Luiz Paulo Corrêa da Rocha (gestão Marcello Alencar), os deputados federais Márcio Fortes e Otávio Leite e a presidente do Flamengo e ex-nadadora, Patrícia Amorim.

A questão do palanque duplo - para Marina Silva e para o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra (SP) - ainda não foi resolvida. "O candidato a vice do PSDB poderá recepcionar Serra durante a campanha", avaliou Sirkis. Há dúvidas, porém, sobre a situação se houver segundo turno. "É a executiva nacional que vai resolver", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,sirkis-sera-o-coordenador-geral-da-campanha-de-marina,498815,0.htm

Guerra responde ao PT e diz que sigla faz 'terrorismo eleitoral'

Para tucano, 'muito do que o governo chama de PAC não passa de pedras fundamentais para servir de palanque'

Rodrigo Alvares, do estadao.com.br

SÃO PAULO - O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), respondeu na tarde desta quarta-feira, 20, à declaração feita na última terça-feira, 19, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que "não haverá mais espaços para retrocessos". O discurso ocorreu durante a inauguração da barragem do rio Setúbal, em Jenipapo (MG). Para Guerra, "o PT é doutor em terrorismo eleitoral. Foi assim nas eleições de 2006, e vai se repetindo agora. Não respeitam a Lei Eleitoral, fazem campanha com dinheiro público todos os dias e desconhecem o funcionamento de um partido democrático".

De acordo com o senador, "muito do que o governo chama de PAC não passa de pedras fundamentais para servir de palanque eleitoral". "O Brasil precisa de investimentos em infraestrutura desenvolvidos de acordo com a Lei, como os que o Congresso Nacional aprovou ao votar o Orçamento da União. Com cronogramas responsáveis e não apenas mera ficção."

Na última segunda-feira, a ministra-chefe da Casa Civil discursou contra o PSDB e o senador pernambucano. "Muitas pessoas tem dito nos últimos dias, aliás o próprio presidente do partido de oposição disse que acabaria com o PAC porque o PAC não existe e ele acabaria com essa história do PAC", disse a pré-candidata do PT à Presidência da República, referindo-se a uma entrevista de Guerra para a revista 'veja'.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, emitiu nota para manifestar repúdio a recentes declarações dos tucanos. "O PSDB demonstra que está descontrolado para a legítima disputa de projetos que ocorrerá neste ano de 2010", escreveu. O Blog do Planalto destaca o componente eleitoral das últimas declarações do governo em um texto publicado hoje com o título "A partir de agora não há espaço para retrocesso". Nele, o presidente destaca que "a tendência daqui para frente é oferecer aos brasileiros, por exemplo, mais serviços de saúde e educação".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,guerra-responde-ao-pt-e-diz-que-sigla-faz-terrorismo-eleitoral,498812,0.htm

Tucanos do Rio discutem com Serra aliança com Gabeira

Dirigentes vêm a São Paulo negociar estratégia para contornar animosidade entre verdes e César Maia

Luciana Nunes Leal, de O Estado de S.Paulo

RIO - Em conversa com o governador José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, dirigentes tucanos do Rio ficaram encarregados de tentar contornar até o fim de fevereiro as dificuldades que ainda emperram a aliança com DEM e PPS em torno da candidatura do deputado Fernando Gabeira (PV) ao governo do Estado. A oposição pretende anunciar uma aliança em março, quando Serra deverá finalmente assumir a candidatura à sucessão presidencial.

"Queremos encontrar solução para os problemas que ainda existem e, quando tudo estiver resolvido, marcar uma vinda do Serra ao Rio", disse o presidente regional do PSDB fluminense, José Camilo Zito dos Santos, prefeito de Duque de Caxias (Baixada Fluminense). O presidente municipal, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha também participou da reunião com o governador, na sede do governo paulista.

Além da situação inusitada de uma chapa em que Gabeira pediria votos para a senadora Marina Silva, candidata do PV à Presidência, e o candidato a vice-governador, do PSDB, faria campanha para Serra, a animosidade entre os verdes e o DEM também atrapalha a aliança. Na terça-feira, 19, o PV do Rio de Janeiro cedeu à pressão do vereador Alfredo Sirkis e decidiu que não vai apoiar a candidatura do ex-prefeito Cesar Maia (DEM) ao Senado.

Zito e Corrêa da Rocha encontraram Serra confiante em uma solução para os impasses. "Ele nos disse que o caminho é esse que estamos buscando", afirmou o presidente municipal do PSDB. "Não temos todas as arestas sanadas. Em determinado momento, depois do carnaval, vamos conversar com os quatro partidos. Por enquanto, as conversas são dois a dois", afirmou Corrêa da Rocha.

Palanque no Rio

A aliança com Gabeira resolve a dificuldade do PSDB em ter um palanque forte para Serra no Rio de Janeiro. Em 2008, o deputado do PV teve um bom desempenho na disputa pela prefeitura da capital, em aliança com o PSDB, e perdeu por pouco do prefeito Eduardo Paes (PMDB), no segundo turno. Corrêa da Rocha, que foi candidato a vice de Gabeira, diz que a repetição da aliança, acrescida de DEM e PPS, criaria três campos distintos na disputa pelo governo. Além de Gabeira, são candidatos o governador Sérgio Cabral (PMDB), à reeleição, e o ex-governador Anthony Garotinho (PR).

"Há muito tempo a gente não vai para a eleição tão competitivo, tanto no plano estadual quanto federal", diz o presidente do PSDB carioca. Para Zito, os próximos trinta dias são o momento certo para resolver os problemas "e não ter desconforto lá na frente". O próprio presidente regional era contrário à aliança com Gabeira, mas acabou reconhecendo que os tucanos não têm um nome competitivo para enfrentar Cabral e Garotinho. "Temos que pensar política como adultos. Não pode ser 'eu não gosto de você', 'você não gosta de mim'. Temos que ver a realidade e tomar uma decisão final", afirmou Zito.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tucanos-do-rio-discutem-com-serra-alianca-com-gabeira,498807,0.htm

PMDB busca avanços nas alianças com PT nos Estados

CAROL PIRES - Agencia Estado

BRASÍLIA - Iniciado o ano eleitoral, o PMDB faz hoje sua primeira reunião de 2010 com o objetivo de avançar nos acordos com o PT nos Estados onde as duas legendas ainda divergem quanto à escolha de um candidato único. A ideia é formar um palanque forte, capaz de unir os dois partidos para alavancar a pré-candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República. Também está na pauta de debates de hoje a convenção do PMDB marcada para março, quando o deputado Michel Temer (SP) pretende se reeleger presidente da legenda. O encontro dos peemedebistas está marcado para as 20h, na residência oficial da Câmara dos Deputados, no Lago Sul.

O líder peemedebista na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), afirma que é consenso dentro do partido a reeleição de Michel Temer ao comando da legenda. Presidente da Câmara dos Deputados, Temer é o nome mais forte dentro do partido para ser indicado a vice na chapa petista.

Segundo Alves, a permanência de Temer no cargo é importante para manter o partido unido durante o ano eleitoral. "Michel Temer, hoje, é um elo entre os deputados, senadores, e as militâncias. Hoje, o PMDB é um partido unido. Acabaram aquelas divergências entre grupos. Ele representa a força do PMDB", avalia.

Devem participar do encontro os líderes do partido na Câmara e no Senado, respectivamente o deputado Henrique Eduardo Alves e o senador Renan Calheiros (AL), além dos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão (MA); da Integração Nacional, Geddel Vieira (BA); e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (GO), recém filiado à legenda.

Briga nos Estados

PT e PMDB ainda brigam em Minas Gerais, Pará, Bahia, Ceará e Mato Grosso do Sul, onde ainda há dois ou mais postulantes cobiçando o mesmo cargo. A ideia, segundo articuladores do partido, é intensificar os diálogos até conseguir que um dos pré-candidatos aceite não somente desistir da disputa como apoiar o postulante do outro partido, como ocorreu no Rio de Janeiro. Lá, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria (PT), concordou em apoiar a reeleição de Sérgio Cabral, do PMDB, depois de muito insistir em ser indicado pelo partido para disputar o governo. Lindberg deve ser candidato ao Senado.

Ainda não há previsão de um novo encontro entre líderes peemedebistas e petistas para dar continuidade à costura do acordo entre as duas legendas. Por isto mesmo, segundo o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, é importante, na reunião de hoje, "tirar o pulso" das lideranças estaduais. Só depois de saber quais pré-candidatos estão irredutíveis e quais estão dispostos a conversar e possivelmente abrir mão da disputa, o PMDB voltará a conversar com o PT sobre as divergências estaduais.

O nó mais complicado de se desfazer ainda é em Minas Gerais, onde há três pré-candidatos para a vaga de governador: o ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB; o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, ambos do PT.

No Pará, Ana Julia Carepa, do PT, quer tentar a reeleição, enquanto os peemedebistas pleiteiam a indicação de Jader Barbalho. O cenário se repete na Bahia. Jacques Wagner (PT) quer tentar um segundo mandato enquanto o ministro Geddel Vieira cobiça o mesmo posto. No Mato Grosso do Sul, quem tenta a reeleição é o peemedebista André Puccinelli, enquanto o ex-governador Zeca do PT articula a tentativa de retornar ao poder.

No Ceará, o problema envolve a disputa por uma vaga no Senado. A disputa está entre o ministro da Previdência, o petista José Pimentel, e o deputado federal Eunício Oliveira, do PMDB.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-busca-avancos-nas-aliancas-com-pt-nos-estados,498796,0.htm