27 de ago. de 2010

FHC panfleta em ajuda à campanha de Serra em São Paulo

Correio do Brasil

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu dar um apoio ao candidato de seu partido, José Serra (PSDB) e, no dia em que o Datafolha mostrou forte de liderança de Dilma Rousseff (PT) em São Paulo, resolveu ganhar as ruas do centro da capital para fazer o que há muito tempo não fazia: panfletar. Ele pretende repetir o gesto no Centro da capital paulista, ao lado do governador Alberto Goldman e outros correligionários, nos próximos dias.

Em outro front da batalha eleitoral, onde o PSDB também vem perdendo espaço para a adversária petista, o programa eleitoral tucano explorou, na véspera, a quebra de sigilos fiscais de tucanos ligados ao candidato do partido à Presidência, José Serra. Ao termino da exibição de projetos de Serra e, como se o programa tivesse acabado, um apresentador indagou, em tom de denúncia:

– A quem interessa mais esta armação contra José Serra?

Após denúncia de violação de dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e outros três tucanos ligados a Serra, o candidato cobrou de Dilma Rousseff (PT) explicações e, em resposta, recebeu um processo na Justiça Eleitoral, movido pelo PT. A campanha cobrou o fim das “armações”.

– Violar é crime. Quem será que está por trás disso? Até quando Brasil vai conviver e aceitar escândalos, aloprados, armações como essas? – perguntou o apresentador, referindo-se a um dossiê que teria sido feito por petistas contra Serra durante as eleições de 2006.

A oposição entrou, nesta quinta, com um pedido à Procuradoria Geral da República (PGR) para que investigue suposto envolvimento de integrantes do PT e do governo na quebra de sigilos fiscais de tucanos. No restante de seu tempo, Serra explorou a palavra “continuidade”, na tentativa de ‘colar’ seu nome ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele prometeu dar sequência às ações do governo do presidente Lula que estão “dando certo”, inclusive o Bolsa Família, programa de governo coordenado pela adversária dele, que lidera as pesquisas de opinião.

Um tema foi comum aos dois horários: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das bandeiras do presidente Lula, que chama sua ex-ministra de “mãe do PAC”. Enquanto tucanos mostraram imagens de obras que estariam paradas, petistas exibiram exemplos de avanços iniciados pelo programa. O PT também mencionou o Bolsa Família, que “nós criamos”, nas palavras de Dilma, referindo-se a ela e Lula, que novamente apoiou sua candidata.

No final, apresentou postos nos quais Dilma foi “a primeira mulher a ocupar”, entre eles o cargo de ministra-chefe da Casa Civil de Lula, “o cargo mais importante do governo depois do presidente”, segundo o programa.

http://correiodobrasil.com.br/fhc-panfleta-em-ajuda-a-campanha-de-serra-em-sao-paulo/178325/

Serra ataca ''guerra de baixaria'' do PT

Presidenciável diz que vazamento de dados de tucanos teve cunho eleitoral e classifica episódio como ''modalidade criminosa'' de campanha

Carolina Freitas - O Estado de S.Paulo

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, classificou a quebra de sigilo de tucanos como uma "modalidade criminosa" de campanha. "Não é a primeira vez que eu sofro desse tipo de baixaria. Vocês lembram o dossiê dos "aloprados", comandado pelo atual candidato do PT ao governo de São Paulo (Aloizio Mercadante). Agora tem mais essa. Há uma permanente guerra de baixaria."


O vazamento de informações fiscais foi mencionado pelo candidato durante discurso para empresários ligados à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na capital paulista. "Um candidato não pode ter duas caras. Tem de ter uma cara só. Não dá para brincar com o Brasil. É preciso que a pessoa tenha uma só opinião sobre questões como a liberdade de imprensa, o aparelhamento do Estado e crimes contra a Constituição, como foi feito agora com essa quebra de sigilo."

Serra voltou a cobrar da adversária Dilma Rousseff (PT) explicações sobre a violação de sigilo. "Dilma tem de dar explicações ao Brasil do que aconteceu, por que foi feito e quem são os responsáveis."

Crime. O tucano disse que o vazamento teve finalidade eleitoral, para beneficiar Dilma. "A informação inicial para o Eduardo Jorge (vice-presidente do PSDB, que teve dados vazados) foi passada pela Folha de S. Paulo como tendo sido recolhida no comitê do PT, da Dilma", disse Serra.

"Isso é um crime contra a Constituição. É uma transgressão gravíssima. Trata-se do governo entrando na vida privada das pessoas e utilizando informações para finalidades eleitorais, como instrumento de chantagem." Indagado se entraria na Justiça para ter esclarecimentos sobre o caso, Serra disse que a decisão caberá ao PSDB.

Mais tarde, durante caminhada em Bauru, ao lado do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, Serra voltou a acusar o governo federal e Dilma pelo episódio. Alckmin também falou do assunto.

"A injustiça cometida é uma ameaça à sociedade. É injustificável que havendo uma garantia constitucional de que só pode ter quebra de sigilo por ordem judicial, pessoas dentro da Receita Federal quebrem o sigilo, e ainda com interesse político. Se verificarmos as pessoas que tiveram o sigilo quebrado, são da oposição", afirmou o candidato ao governo do Estado. "É preciso investigar, ver as razões disso e haver uma punição exemplar." / COLABOROU JAIR ACEITUNO

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100827/not_imp601128,0.php

Serra critica processo de capitalização da Petrobras

Juliana Ennes | Valor

RIO - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, criticou hoje o processo de capitalização da Petrobras. "É um processo malfeito, inclusive, com divergências graves dentro do governo. Eu não sou contra capitalizar a Petrobras, mas isso tem que ser bem feito. Não pode ser um tiro no pé", afirmou, após participar de um encontro com representantes da reserva das Forças Armadas na sede do clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.

O candidato lembrou que, em países da América Latina, como Equador, Venezuela e México, ter muito petróleo não significou desenvolvimento econômico. Ele afirmou que são necessárias políticas inteligentes para exploração de petróleo e para a obtenção de dividendos econômicos e sociais que o processo pode trazer.

Serra disse ainda que a exploração nacional dos recursos existentes tem que ser feita de uma maneira segura para o meio ambiente. "Esse é um problema que pode acontecer. Não estou desejando, mas se não se tomar medidas mais apropriadas para prevenir, nós podemos ter calamidades naturais como teve no Golfo do México", disse.

(Juliana Ennes | Valor

http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/6461276/serra-critica-processo-de-capitalizacao-da-petrobras

TRE vai cadastrar eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida

O Povo Online

Uma campanha será lançada nesta terça, 31, para identificar todos os eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida no Ceará

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) lança na próxima terça, 31, a Campanha de Cadastramento dos Eleitores com Deficiência ou Mobilidade Reduzida. O objetivo da iniciativa é desenvolver uma campanha de sensibilização com esta parcela do eleitorado a participar cadastro nacional de eleitores e, dessa forma, a Justiça Eleitoral possa adotar medidas que facilitem o acesso às seções eleitorais.

A campanha será lançada na Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza – Auditório Loja Conceito, no Centro, às 9h30min, com o apoio de entidades de assistência e órgãos públicos que desenvolvem ações voltadas para os deficientes e idosos.

O TRE cearense já dispõe de um cadastro com 2.416 eleitores inscritos, dos quais aproximadamente 880 votam em Fortaleza. No dia três de outubro, pretende-se identificar todos os eleitores com deficiência ou mobilidade reduzina no Estado. No momento da votação, o eleitor deverá se dirigir ao mesário da seção eleitoral onde vota. O mesário providenciará o cadastramento, preenchendo o formulário de requerimento individual específico. O formulário, permitindo a identificação no cadastro nacional de eleitores, deve ser assinado pelo eleitor.

Esses dados servirão para auxiliar a Justiça Eleitoral no diagnóstico da real situação das seções eleitorais do Estado com relação a esta parcela do eleitorado e, futuramente, na adoção de medidas voltadas à eliminação das dificuldades de acesso atualmente existentes.
Redação O POVO Online

http://opovo.uol.com.br/app/eleicoes2010/2010/08/27/noticiapolitica,2035522/tre-vai-cadastrar-eleitores-com-deficiencia-ou-mobilidade-reduzida.shtml

Marina: devassa ''é prenúncio do que se fará''

Evandro Fadel - O Estado de S.Paulo

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou ontem, a violação do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros três tucanos. "Não se pode utilizar meios ilícitos para conseguir informação de quem quer que seja", afirmou, em Curitiba. Mais tarde, em Maringá, pediu punição para o que chamou de vale-tudo na campanha.


"Uma campanha já é um prenúncio daquilo que se fará quando se chegar ao poder e quem não respeita a legislação, quem não respeita as instituições antes de ganhar, que garantia teremos de que respeitará depois que chegar lá?", argumentou.

Em razão disso, Marina afirmou que em sua plataforma de governo deixou claras as orientações sobre a questão ética da campanha. "Eu coloquei que não iríamos usar de baixaria com ninguém, não iríamos fazer ataques pessoais a ninguém e não iríamos usar qualquer tipo de informação por meios ilícitos para tisnar a honra de quem quer que seja."

"Arapongagem". Em Maringá, a candidata do PV voltou ao assunto. "Merece o repúdio da sociedade essas tentativas de conseguir informações por meios ilícitos", afirmou. "Já não é a primeira vez que nos deparamos com essa arapongagem. É fundamental que o Estado Democrático de Direito seja respeitado, e quem assume o governo deve respeitar o que estabelece a lei. Rejeito esse vale-tudo. Quero ganhar a eleição falando a verdade."

Marina rejeitou mudanças na estratégia de campanha por causa das últimas pesquisas eleitorais, em que mantém índices abaixo de 10% das intenções de voto. "Vou continuar no mesmo caminho", disse ela. "Farei críticas duras quando o caso merecer, mas sempre baseada no senso de justiça e não no vale-tudo." / COLABOROU ROGERIO FISCHER, ESPECIAL PARA O ESTADO

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100827/not_imp601111,0.php

Receita descarta motivação política sobre caso de quebra de sigilo Leia mais: http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/6460265/receita-descarta-motivacao-politica-sobre-caso-de-quebra-de-sigilo#ixzz0xpQVYkJb

Rafael Bitencourt | Valor

BRASÍLIA - O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, descartou que haja motivação política no caso de quebra do sigilo fiscal de quatro pessoas ligadas ao PSDB.

"Eu não vislumbro nenhuma motivação eleitoral porque na lista de nomes constam empresários sem vinculação política e pessoas notáveis da mídia. Essa vinculação não existe, o que houve foi uma mercantilização de informações sigilosas", disse o secretário em entrevista coletiva à imprensa.

Cartaxo disse estar surpreso com as denúncias e afirmou que está empenhado em tomar as medidas necessárias para responsabilizar os culpados. Além de iniciar o processo de investigação, serão estudadas medidas para aumentar o grau de confiabilidade do sistema de acesso do banco de dados.

"Vamos redesenhar todo o sistema de acesso com a imposição de novas práticas", afirmou Cartaxo. Segundo ele, haverá novos filtros de controle no acesso dos servidores às informações dos contribuintes.

Mesmo com as medidas de segurança, está previsto também a adoção de novo reordenamento normativo do órgão. Nele haverá a reavaliação das penalidades aplicadas e dos procedimentos instalados.

"A Receita Federal espera tornar mais difícil o acesso, reduzindo assim a sua vulnerabilidade", disse. O corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos D´Ávila, admitiu haver indícios de esquema de compra e venda de informação no órgão, classificado por ele como "um balcão de negócios".

D´Ávila também não assumiu que a solicitação tenha partido de pessoas ligadas às campanhas eleitorais. "Quem vai identificar se os acessos foram motivados ou não, será a comissão de inquérito porque ela tem todos os ofícios com os pedidos de acessos utilizados na ocasião", afirmou o corregedor.

Ele assegurou que a celeridade adotada no processo de investigação não estará relacionada com as disputas políticas que antecedem as eleições. "Não estamos preocupados com o calendário eleitoral. Nosso objetivo é dar uma resposta rápida para a sociedade".

O diretor executivo da Polícia Federal, Luiz Pontel, disse que o processo de investigação deve convergir para um inquérito que resultará na responsabilização criminal.

Pontel também negou que haja influência do período eleitoral sobre a apuração que irá apontar os culpados. "O inquérito tem um prazo natural, independente de qualquer interesse alheio às investigações", afirmou diretor da PF.

(Rafael Bitencourt | Valor)

http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/6460265/receita-descarta-motivacao-politica-sobre-caso-de-quebra-de-sigilo

‘Se fosse fazer cálculos, teria saído ao Senado’, diz Marina Silva

Do G1

Candidata diz que acredita em sonhos e diz que estará no 2º turno.
Presidenciável foi entrevistada pela RBS em Florianópolis.

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta sexta-feira (27) que acredita em sua presença no segundo turno e que seu futuro político dentro do Partido Verde não é pautado por planejamento calculista. “Se fosse fazer cálculos, teria saído ao Senado”, diz Marina. Em Santa Catarina, ela participou nesta manhã de encontro na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e depois participou de sabatina.

A presidenciável fez a afirmação ao responder pergunta durante entrevista no Grupo RBS sobre sua importância dentro de um projeto de renovação do PV, para o qual ela é apontada como liderança. Marina disse que se vê como uma pessoa que dá uma contribuição ao partido, minimizando sua importância como pilar de uma nova filosofia e de expansão do partido. Ela disse que, se fosse realizar projeções calculistas sobre seu futuro político, teria optado pela corrida ao Senado, apontado que tinha 60% de intenção de voto.

"Estava muito bem avaliada no Acre para um terceiro mandato", disse. Após o comentário, ela avaliou que a reeleição não a motivava. “Vinte e quatro anos no Senado vira um emprego”, disse, afirmando que a situação para ela não seria confortável, porque trata política como "coisa do coração”.

Ela negou qualquer ressentimento sobre o fato de ter deixado o PT e de não ter seu nome cogitado para concorrer à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores. Marina explicou que, se não houvesse o convite do PV, ela teria voltado para atuar na sociedade civil. “Acredito em sonhos”, disse, justificando sua candidatura e reafirmando a importância dos temas que ela coloca em debate na campanha presidencial.

Marina voltou a dizer que acredita que estará no segundo turno. “Estou preparada para conversar com quem não vai ao segundo turno comigo”, disse. Marina disse que uma nova etapa das eleições será importante para que as discussões ultrapassem “pegadinhas e picuinhas” que, segundo ela, tem dominado os debates entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

Ela disse que foi bom para Lula não ter vencido em 2002 e 2006, mesmo sendo ele já conhecido da população. “Por que agora não termos o segundo turno? Ainda temos 40 dias para reconsiderarmos o que estamos fazendo com o Brasil nesta eleição de 2010”, disse.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/08/se-fosse-fazer-calculos-teria-saido-ao-senado-diz-marina-silva.html

PSDB explora quebra de sigilo de tucanos no horário da TV

SÃO PAULO (Reuters) - O PSDB explorou nesta quinta-feira a quebra de sigilos fiscais de tucanos ligados ao candidato do partido à Presidência, José Serra, durante o horário eleitoral da legenda na televisão.

Ao termino da exibição de projetos de Serra e, como se o programa tivesse acabado, um apresentador indagou, em tom de denúncia: "A quem interessa mais esta armação contra José Serra?"

Após denúncia de violação de dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e outros três tucanos ligados a Serra, o candidato cobrou de Dilma Rousseff (PT) explicações.

A campanha cobrou o fim das "armações". "Violar é crime", disse o apresentador. "Quem será que está por trás disso? Até quando Brasil vai conviver e aceitar escândalos, aloprados, armações como essas?", perguntou, referindo-se a um dossiê que teria sido feito por petistas contra Serra durante as eleições de 2006.

A oposição entrou, nesta quinta, com um pedido à Procuradoria Geral da República (PGR) para que investigue suposto envolvimento de integrantes do PT e do governo na quebra de sigilos fiscais de tucanos.

No restante de seu tempo, Serra explorou a palavra "continuidade". Disse que dará sequência às ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estão "dando certo", inclusive o Bolsa Família --explorar a continuidade dos programas do governo é a principal arma da campanha de Dilma.

Um tema foi comum aos dois horários: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das bandeiras do presidente Lula, que chama sua ex-ministra de "mãe do PAC".

Enquanto tucanos mostraram imagens de obras que estariam paradas, petistas exibiram exemplos de avanços iniciados pelo programa.

O PT também mencionou o Bolsa Família, que "nós criamos", nas palavras de Dilma, referindo-se a ela e Lula, cuja participação foi novamente explorada.

No final, apresentou postos nos quais Dilma foi "a primeira mulher a ocupar", entre eles o cargo de ministra-chefe da Casa Civil de Lula, "o cargo mais importante do governo depois do presidente", segundo o programa.

(Por Hugo Bachega)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE67Q01F20100827

Campanha decide reduzir aparições públicas de Dilma

Folha

ANA FLOR
DE SÃO PAULO

Com o crescimento de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto à Presidência, a coordenação da campanha petista decidiu reduzir as aparições públicas da candidata para blindá-la de imprevistos.

A partir deste fim de semana, a agenda da candidata deverá ser menos intensa. Dilma irá manter um compromisso diário para garantir a aparição nos programas de TV e focar nas gravações do programa eleitoral.

Até mesmo nas viagens pelo país ela deverá reduzir o número de eventos e aumentar as gravações --evitando assim situações de desgaste.

A estratégia, definida antes mesmo da pesquisa Datafolha divulgada ontem --que dá à petista uma dianteira de 20 pontos em relação ao principal adversário, o tucano José Serra--, devia começar já nesta semana.

Chocou-se, entretanto, com a decisão autônoma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de intensificar sua participação em comícios em prol de aliados estaduais. Desde segunda, ele esteve em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia.

Mesmo aconselhada por assessores a não ir a todos os eventos de campanha de Lula, Dilma optou por acompanhar as agendas de seu principal cabo eleitoral.

A decisão de blindar a candidata e evitar desgastes desnecessários reflete a visão da coordenação da campanha de que a petista vive um bom momento na disputa.
Uma "retirada estratégica" evitaria possíveis percalços e declarações desastradas.

Também é consenso no bunker de Dilma os bons resultados dos programas de TV. Por isso, o foco nas gravações ajudaria a mostrar a candidata com uma aparência mais descansada na TV e com as cordas vocais recuperadas de comícios.

A voz de Dilma já foi motivo para adiar gravações de TV na última semana, quando ela deixou o evento com o presidente em Mauá, no sábado, rouca.

"Não se pode esconder o cansaço na TV", afirma o coordenador de Comunicação da campanha, deputado Rui Falcão.

DEBATES

Apesar da decisão de desacelerar as aparições, a campanha afirma que Dilma irá aos três debates ainda previstos desde o início da disputa -Rede TV!/Folha, Record e TV Globo. Ela não deve participar do debate da CNBB.

Além do desejo de Dilma de participar dos eventos com Lula --pelo menos dois estão programados para a próxima semana--, outro percalço para a estratégia de blindar a petista é o afã crescente dos aliados regionais em levar a candidata líder nas pesquisas a eventos nos Estados.

A pressão dos candidatos aos governos estaduais sobre a agenda de Dilma é proporcional ao crescimento dela nas pesquisas. Além do Sul, a petista deve passar nas próximas duas semanas pelo Nordeste e fazer sua primeira viagem ao Norte do país.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/789770-campanha-decide-reduzir-aparicoes-publicas-de-dilma.shtml

PT rebate informações que circulam na internet sobre biografia de Dilma

Folha

O comitê de campanha da candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), divulgou nesta quinta-feira uma nota sobre informações que circulam na internet a respeito da militância política de Dilma durante a ditadura militar (64-85).

De acordo com a nota, circulam e-mails afirmando que Dilma está proibida de entrar nos Estados Unidos e em mais 11 países por conta do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em setembro de 1969.

O comitê rebate essas afirmações e diz que a candidata "jamais teve qualquer ligação com sequestros, assaltos a bancos ou ações armadas. Portanto, não existe razão para ter visto negado nos Estados Unidos ou em quaisquer outros países".

"Os grupos que sequestraram o embaixador estavam no Rio de Janeiro", aponta a nota do comitê petista, sem esclarecer onde a candidata estava neste período.

O leitor também é direcionado para a página da Wikipedia sobre o caso, na qual Franklin Martins e Fernando Gabeira são citados como participantes do sequestro de Elbrick.

Além disso, o comitê afirma que Dilma esteve recentemente nos Estados Unidos e que em 2009 falou diretamente com o presidente Barack Obama. O texto também traz links com as notícias das respectivas viagens.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/789687-pt-rebate-informacoes-que-circulam-na-internet-sobre-biografia-de-dilma.shtml

Aécio pede votos para Serra na tevê

Com a queda do tucano nas pesquisas de intenção de votos para presidente, comando da campanha antecipa a participação do ex-governador de Minas no programa eleitoral

Correio Braziliense - Igor Silveira | Ivan Iunes

Publicação: 27/08/2010 07:45 Atualização: 27/08/2010 08:29
O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) precisou antecipar ontem uma cartada guardada para a reta final de campanha. Com a diferença para a petista Dilma Rousseff batendo na casa dos 20 pontos percentuais nas pesquisas de intenção de votos, o tucano trouxe depoimento do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) para tentar estancar a perda de votos. O atual candidato ao Senado por Minas Gerais encerrou o programa ressaltando que Serra “conhece de verdade os problemas não apenas de Minas, mas do país” e que ele seria o melhor nome para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Repetindo o mesmo tom adotado nos últimos programas na tevê e no rádio, a propaganda de Serra voltou a atacar Dilma por meio do depoimento de eleitores e a vinculação a escândalos envolvendo petistas. Na propaganda noturna, um vídeo fez uma comparação da quebra de sigilo fiscal de integrantes do

PSDB por funcionários da Receita com o episódio dos aloprados. Em sua fala, o próprio presidenciável tucano trouxe mensagens indiretas contra o passado político de Dilma e o possível papel de Lula em um governo dela. “Não cheguei na vida pública ontem. Olhe aqui, olho no olho, não preciso ficar na sombra de ninguém”, afirmou Serra.

A propaganda petista teve foco na educação e em programas do governo federal. Dilma prometeu criar 6 mil creches e pré-escolas em todo o país e mostrou diversos beneficiários de programas federais, entre eles o Bolsa Família. Anunciou ainda que confia na “erradicação da miséria no país”. No encerramento, um jingle sugeriu: “Quem teve coragem de eleger um metalúrgico, agora vai votar em uma mulher”. A candidata verde à Presidência, Marina Silva, manteve o mesmo andamento, com a educação em primeiro plano, entrevistando jovens em uma comunidade carente. O marketing da candidata repetiu o depoimento do cantor e compositor Caetano Veloso. Para os próximos programas, é esperada a participação de outros artistas, como Gilberto Gil e Adriana Calcanhoto.


Fora do ar
Registrado no nome do tesoureiro da campanha verde, Odair Lucietto, o portal www.dilmentiras.com.br foi retirado do ar por determinação da Justiça Eleitoral. Lucietto negou ter criado o site e pediu punição dos responsáveis por clonar seus dados pessoais no registro do portal. O juiz Joelson Dias considerou a propaganda veiculada pelo site irregular. O caso será encaminhado ao Ministério Público para abertura de investigação criminal. Em outra decisão, o Tribunal Superior Eleitoral negou o pedido da coligação de Dilma Rousseff (PT), para descontar tempo de televisão de José Serra (PSDB). Os petistas alegaram que o tucano havia veiculado uma música “com o objetivo de ridicularizar e degradar a imagem de Dilma”. Na decisão, o juiz entendeu que a peça cumpriu com os preceitos legais e que apenas repreendia o comportamento de seus adversários.

Colaborou Diego Abreu

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/27/noticia_eleicoes2010,i=210021/AECIO+PEDE+VOTOS+PARA+SERRA+NA+TEVE.shtml

Mesmo aliados, Roriz e Serra não se esforçam para se manter juntos na campanha

Correio Braziliense - Ana Maria Campos


Joaquim Roriz (PSC) e José Serra (PSDB) dificilmente se encontrarão nesta campanha. Formalmente aliados na disputa eleitoral, os dois candidatos vivem uma distância consensual. Em situação desconfortável na corrida pelos votos no Distrito Federal, o tucano não pretende fazer comício com Roriz. Avalia que perde mais do que ganha ao vincular a sua imagem a uma candidatura contestada pelo Ministério Público Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Roriz, por sua vez, também não faz esforço para acertar encontros que podem desagradar ao eleitor simpático ao presidente Lula.

Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem mostrou que Serra está 19 pontos percentuais atrás de Dilma Rousseff (PT) no Distrito Federal. O tucano tem 25% das intenções de voto, contra 44% registrados pela petista. O desempenho até agora é bastante inferior ao do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006, que venceu o primeiro turno no DF com 44% dos votos válidos. Lula teve 37%. Na última campanha, candidato ao Senado, Roriz ajudou Alckmin. Numa estratégia de pegar carona nas disputas regionais, o tucano participou de comícios ao lado de Roriz e da então governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB), que disputou a reeleição.

Num dos atos de campanha, em julho de 2006, Alckmin chegou a comparar Roriz ao ex-governador Mário Covas. “Tive em São Paulo, como vice-governador, um bom professor, fui copiloto de um grande comandante: Mário Covas. Abadia, vice-governadora, é copiloto de um grande comandante: Joaquim Roriz”, disse. Depois de eleito ao Senado, Roriz fez reuniões para buscar apoio a Alckmin no segundo turno. O tucano, porém, perdeu na onda da virada vermelha de Lula em todo o país.

Serra esteve em Brasília quatro vezes na campanha, mas não procurou Roriz. A aliança com o PSC foi costurada e avalizada pelo vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, mas nunca contou com o entusiasmo do candidato à Presidência da República. Ele sempre avaliou que a dobradinha com Roriz poderia até representar um avanço no eleitorado do DF, onde o ex-governador tem votos justamente no setor mais carente em que Serra perde para Lula e Dilma. Mas a aposta é de que a vinculação traria prejuízos para o candidato tucano no restante do país.

Roriz não esconde o clima ruim. “Ele esteve quatro ou cinco vezes no Distrito Federal e não me telefonou. Eu preciso de voto, onde tem voto eu vou atrás”, disse o ex-governador, ironizando a distância de Serra da campanha no DF. O ex-governador de São Paulo sempre manteve uma relação fria com Roriz. Em 1994, ele chegou a defender a eleição do então petista Cristovam Buarque contra o candidato apoiado por Roriz, Valmir Campelo (PTB). O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao contrário, manteve uma boa relação com Roriz.

Repercussões
Em março último, Fernando Henrique (1) recebeu Roriz em sua casa em São Paulo, quando o ex-governador comunicou disposição de concorrer ao GDF, com o apoio do PSDB. O encontro provocou repercussões negativas, com discurso crítico do líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), segundo o qual uma eventual aliança não contaria com o aval de Serra.

Em 2002, Serra e Roriz fizeram campanha juntos. Desta vez, no entanto, o candidato do PSDB não apareceu nenhuma vez sequer no programa eleitoral de rádio e televisão de Roriz. A única referência à candidatura presidencial ocorreu na última segunda-feira, quando a propaganda do ex-governador apresentou imagens do programa de Dilma em Brasília, numa provocação aos petistas do DF. O presidente regional do PSDB, Márcio Machado, afirma que trabalha para uma aproximação. “O partido está agendando a vinda do Serra”, contou, sem antecipar quando os dois poderão compatibilizar a programação de campanha.

Enquanto Roriz e Serra se estranham, Agnelo Queiroz (PT) faz tudo para associar a sua candidatura à de Dilma e de Lula. Logo no primeiro programa eleitoral, o presidente da República apareceu pedindo votos para o concorrente do PT no DF. O vice-presidente, José Alencar, gravou imagens para a propaganda de Agnelo e a primeira-dama, Marisa Letícia, fez uma peregrinação pelas ruas de Brasília, com o petista. Dilma também já foi em algumas cidades do DF acompanhada de Agnelo. O candidato do PV, Eduardo Brandão, por sua vez, tem buscado uma vinculação com a senadora Marina Silva (PV), no páreo pelo Palácio do Planalto. Serra está sem palanque na capital do país.

1 - Proximidade
Em 2003, logo depois que Fernando Henrique deixou o poder, Roriz fez uma homenagem pública ao ex-presidente, a quem atribuiu o mérito pela criação do Fundo Constitucional do DF. Num leilão de cavalos Mangalarga Marchador, organizado em parceria com o então deputado Pedro Passos, Roriz presenteou uma das filhas de Fernando Henrique com um exemplar da raça.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/27/noticia_eleicoes2010,i=210039/MESMO+ALIADOS+RORIZ+E+SERRA+NAO+SE+ESFORCAM+PARA+SE+MANTER+JUNTOS+NA+CAMPANHA.shtml

Dados do TSE indicam que candidatos gastaram ao menos R$ 140 milhões

Correio Braziliense


Quinze mil casas populares para abrigar 75 mil pessoas. É o que seria possível construir com o total de doações eleitorais já registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São R$ 274 milhões, considerando todos os cargos em disputa, de presidente da República a deputado estadual. Desse total, os candidatos já gastaram ao menos R$ 140,3 milhões. A maior parte das despesas foi destinada à publicidade com material impresso, placas, estandartes e faixas. Esses gastos chegam a R$ 58 milhões, o que corresponde a 36% do total. Os impressos superaram até mesmo a produção de programas de rádio e televisão (23,7 milhões), considerada por especialistas como a maior despesa das campanhas. Na era virtual, os tradicionais comícios estão em baixa. Com as limitações impostas pela Lei Eleitoral, consumiram escassos R$ 642 mil em todo o país.

O levantamento dos gastos praticados pelos candidatos foi feito pelo Correio a partir da base de dados do TSE. Estão contabilizadas as doações e despesas feitas no primeiro mês de campanha. Os gastos com programas de rádio e televisão são os maiores nas campanhas majoritárias, para presidente da República, governador e senador. Candidatos a deputado federal, estadual e distrital, que contam com pouco espaço nesses programas, investem mais em material impresso. Isso também acontece porque as campanhas majoritárias geralmente oferecem os serviços de produção de rádio e TV para os aliados. Na divisão por partidos, uma disputa acirrada entre PMDB e PT, que receberam, respectivamente, R$ 46 milhões e R$ 45 milhões.


Empurrão
Quem mais gastou com produção de programas até agora foi o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante. Foram R$ 10,2 milhões. O curioso é que o petista já gastou R$ 12,6 milhões e só arrecadou R$ 966 mil até agora. Questionado pela reportagem, disse que a diferença entre o total da receita e o total de despesas deve-se “à metodologia aplicada na prestação de contas”, que incluiu a declaração dos valores totais de contratos que serão pagos ao longo de todo o período eleitoral.

Ouça trechos da entrevista com o senador Delcídio Amaral (PT-MS)

A tradicional ajuda dos majoritários aos candidatos a deputado federal e estadual agora é oficial. As “doações a outros candidatos”, registradas no TSE, somam R$ 11,4 milhões. Quem mais doou foi o candidato ao governo do Paraná pelo PDT, Osmar Dias. Ele recebeu doações de R$ 9,7 milhões e repassou R$ 4 milhões a candidatos a deputado que apoiam a sua campanha. Segundo informou a sua assessoria, o dinheiro foi entregue ao comitê da candidatura para ser repassado aos aliados. A ajuda também acontece de deputado federal para estadual. O deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), que tenta a reeleição, recebeu doações de R$ 630 mil e transferiu R$ 400 mil para candidatos a deputado estadual que fazem dobradinha com ele.

Candidato à reeleição, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) doou R$ 1,2 milhão a candidatos a deputado federal. “Normalmente, é para quem dobra com você. Um deputado que me apoia tem a estrutura dele, mas eu ajudo fazendo doações oficiais. Ele usa em material, em cabo eleitoral, combustível, aluguel de carros.” Amaral se mostra incomodado com o perfil dos gastos possíveis pelas atuais regras eleitorais. “O que estão fazendo é afastar o candidato do povo. É uma campanha igual a debate de candidato: absolutamente travada. Com as restrições que estão criando, daqui a pouco, vamos chegar no candidato secreto, que ninguém sabe quem é. Então, para chegar ao eleitor, você estende faixa, faz um bom programa de televisão, monta um bom esquema de internet. É tanta restrição que vão criar o candidato virtual. Estamos fugindo do povo, que é quem vota”, afirmou.

Os gastos com internet são duas vezes maiores do que com comícios, que só superam as despesas com publicidade por telemarketing. “Comício atraía muita gente porque tinha música, banda, show. Hoje não tem nada. Então, são raros os comícios, o pessoal deixou de gastar com isso. Se o comício tiver pouca gente, é ruim para o candidato”, complementa Amaral.


DECISÃO DO STF LIBERA SÁTIRAS A POLÍTICOS
O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) que permite a veiculação de sátiras na programação das emissoras durante a campanha eleitoral. Na quarta-feira, a Abert havia entrado com ação em que pedia a suspensão do artigo nº 45 da Lei Eleitoral, que proíbe rádios e televisões de veicularem programas que degradem ou ridicularizem candidatos ao longo do período eleitoral. Ayres Britto suspendeu o inciso segundo do artigo 45 até o julgamento definitivo da ação protocolada pela Abert no plenário do STF. A partir de agora, as emissoras poderão exibir conteúdo humorístico, conforme reivindicaram atores em uma série de manifestações.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/27/noticia_eleicoes2010,i=210019/DADOS+DO+TSE+INDICAM+QUE+CANDIDATOS+GASTARAM+AO+MENOS+R+140+MILHOES.shtml

Lula, Dilma e ministros participam de comício de Jaques Wagner

Correio Braziliense - Tiago Pariz


Salvador — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mobilizou nove ministros, o presidente da Petrobras e um vice-presidente da Caixa Econômica Federal para fazer campanha para Dilma Rousseff, sua pupila, e para o governador Jaques Wagner (PT), que busca a reeleição, ontem à noite em Salvador. Os candidatos baianos usaram o comício e a trupe para esnobar o apoio de Lula ao candidato do PMDB ao Palácio de Ondina, Geddel Vieira Lima, e ao senador César Borges (PR).

O ato eleitoral teve como objetivo dar fôlego à campanha de Wagner que tenta a acabar com a eleição no primeiro turno evitando uma nova rodada de votação. Geddel, que também se apresenta como o candidato de Lula, ficou longe do palanque. O ex-ministro da Integração Nacional preferiu fazer campanha no interior do estado e espera realizar um comício só com Dilma ainda em setembro. A candidata, no entanto, não colocou como prioridade uma nova visita a Bahia. “Farei um grande esforço, mas não tenho certeza”, afirmou, em entrevista ao chegar em Salvador.

No comício, Dilma fez questão de falar quais são seus candidatos na eleição estadual. “O Wagner, a Lídice e o Walter são meus parceiros na Bahia. Representam comigo a nossa proposta de continuar mudando o Brasil”, disse, referindo-se aos candidatos ao Senado Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT). Lídice, por sua vez, alfinetou seu adversário César Borges (PR), que busca a reeleição, e é aliado de Geddel. “Tem senador aí que está com dor de cotovelo porque diz que não precisa de muleta para se eleger. Mas nós queremos a muleta do maior presidente que o país já teve”, afirmou Lídice.

“Sem goleiro”
César Borges minimizou a importância da participação de Lula dizendo que consegue se eleger sem o apoio do presidente, somente com o reconhecimento de seu trabalho. Jaques Wagner também lançou farpas contra seu adversário, mantendo o tom áspero do discurso que tomou conta da contenda que se tornou a relação com Geddel desde a eleição municipal de 2008. “O time de lá está sem goleiro e sem atacante e vai tomar de w.o .”, afirmou Wagner, que também não poupou Borges, desconsiderando ele da base aliada de Lula, apesar de o PR estar na aliança de Dilma.

Ao começar seu discurso, Dilma foi saudada com o canto “Olé, olá, Dilma, Dilma” e tentou corrigir incluindo um “Lula” no meio. Antes do comício, Dilma voltou a dizer que o candidato do PSDB, José Serra, tenta esconder sua ligação com o governo de Fernando Henrique Cardoso. “Sabe por que eu gosto de olhar para o retrovisor? Quando eu olho para o retrovisor, vejo um monte de realizações de uma liderança fantástica que é o presidente Lula. O meu adversário olha para o retrovisor e não quer ver quem ele está vendo”, afirmou a petista. Entre os ministros que estiveram no comício estão: José Gomes Temporão (Saúde), Márcio Fortes (Cidades), Orlando Silva (Esporte), Paulo Sérgio Passos (Transportes), Franklin Martins (Comunicação), Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, também participou do ato.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/27/noticia_eleicoes2010,i=210022/LULA+DILMA+E+MINISTROS+PARTICIPAM+DE+COMICIO+DE+JAQUES+WAGNER.shtml

Na TV, Dilma pede voto para Mercadante; petista fala em "mudança segura"

Diego Salmen
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Aloizio Mercadante, exibiu em seu horário eleitoral obrigatório desta sexta-feira (27) um depoimento da presidenciável petista Dilma Rousseff, além de repetir falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu apoio.

"São Paulo não pode continuar sendo visto apenas como uma questão econômica; precisa também de um governo com visão social", afirmou a ex-ministra da Casa Civil. "Por isso, para governar São Paulo, vote em Mercadante", disse.

assista aqui

Com a fala de Dilma, Mercadante reforça o vínculo com a campanha petista ao Palácio de Planalto para se aproximar de seu adversário na disputa pelo governo de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta, o ex-governador de São Paulo lidera a corrida eleitoral com 54% das intenções de voto, contra 20% do senador petista, que ganhou quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anteriror após o início da participação de Lula em sua campanha na TV.

O candidato do PT moderou as críticas à gestão tucana no Estado. "Nesses 16 anos de PSDB algumas coisas boas foram feitas, mas sempre para poucos", afirmou, recorrendo ao exemplo das escolas técnicas (ETECs) criadas pelo PSDB em São Paulo.

Mercadante falou ainda em uma "proposta de mudança segura", num discurso que remonta àquele utilizado por José Serra (PSDB) na campanha à Presidência, em que o tucano tenta se vender como candidatado de oposição e, ao mesmo tempo, da continuidade.


Alckmin e Russomanno

Alckmin evitou as críticas ao seu rival petista nesta edição do horário eleitoral e usou sua peça para repetir promessas nas áreas da saúde, transportes e educação, além de recorrer ao legado de obras do PSDB no Estado.

O tucano falou em criar o "Via Rápida", programa de cursos profissionalizantes que serão oferecidos nas escolas técnicas do Estado. Além disso, prometeu expandir a rede de unidades de antendimento ambulatorial e ampliar a malha de metrô na cidade de São Paulo.

Já o candidato do PP, Celso Russomanno, usou sua propaganda para criticar a situação da saúde em São Paulo. De acordo com o Datafolha, o pepista tem hoje a preferência de 7% do eleitorado - uma queda de quatro pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/sao-paulo/ultimas-noticias/2010/08/27/na-tv-dilma-pede-voto-para-mercadante-petista-fala-em-mudanca-segura.jhtm

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"Quero ser o braço direito de Dilma'', diz Marta Suplicy

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

A ex-prefeita de São Paulo e candidata ao Senado, Marta Suplicy (PT), disse que não considera a eleição ganha, apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto para uma das duas vagas na Casa, mas que se eleita, quer ser o ''braço direito'' da presidenciável Dilma Rousseff (PT).

"Vou trabalhar intensamente nas reformas política e tributária. Quero ser o braço direito de Dilma no Senado", afirmou a petista.

Questionada sobre os planos de assumir um ministério ou outros cargos num eventual governo de Dilma, Marta descartou a ideia por enquanto. "Primeiro eu tenho que ser eleita, sentir o Senado. Eu não tenho que ficar pensando nisso, só que eu quero ser senadora e já falei lá", disse ela em referência ao presidente Lula.

Líder nas pesquisas - na última pesquisa Datafolha, divulgada em 16 de agosto, ela registrou 32% das intenções de voto para o Senado - Marta disse que não considera a eleição ganha.

"Estou trabalhando como se estivesse no último lugar. Mas se eu fico contente [com as pesquisas]? Claro, afinal são trinta anos de vida pública. Mas a eleição só se ganha quando se abre a urna", disse a ex-ministra do Turismo em entrevista à rádio CBN nesta sexta-feira (27).

Sobre a decisão de sair candidata ao Senado, Marta disse que a decisão foi do partido. "O Senado não foi plano B. Até porque seria algo que eu não poderia pretender já que a vaga era do [Aloizio] Mercadante. Eu sairia candidata a deputada federal, mas o partido decidiu diferente. E eu disse que seria o que mais ajudasse a Dilma, pois é a eleição presidencial que muda a nação", disse.

Ao comentar os repasses do governo federal para o Estado, Marta negou que o governo Lula desfavoreça São Paulo devido à administração tucana, mas concordou que "é preciso fazer uma negociação no Congresso" para aumentar o repasse do fundo de participação para o Estado.

"O govero federal do PT tem enviado recursos volumosos para São Paulo. O Lula colocou R$1 milhão no Rodoanel, senão aquilo não teria saído do papel. Se tem uma coisa que o governo federal não faz é proteger o PT", disse.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/sao-paulo/ultimas-noticias/2010/08/27/lider-nas-pesquisas-marta-suplicy-nao-se-considera-eleita-e-diz-que-quer-ser-o-braco-direito-de-dilma.jhtm

Lula pede à população que quebre preconceitos e eleja uma mulher

Heliana Frazão
Especial para o UOL Eleições
Em Salvador

Num longo discurso bem humorado, marcado por citações de quebra de paradigmas e superação de preconceitos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos baianos, em comício na Praça Castro Alves, em Salvador, na noite desta quinta-feira, 27, que votem em Dilma Rousseff para presidente da República. “Eu penso que se o Brasil elegeu um torneiro mecânico, os Estados Unidos elegeram Barack Obama, e a Bolívia elegeu um índio (Evo Morales), então está na hora de termos uma mulher na Presidência”, disse Lula, apresentando no momento como cabo eleitoral.

Passava das 22 horas quando ele iniciou sua fala, após um discurso monótono da candidata petista, que não conseguiu empolgar nem mesmo a militância presente ao local. Começou brincando com um ex-carlista Otto Alencar, candidato a vice na chapa do governador Jaques Wagner, que concorre á reeleição. “Não pensei que você fosse vestir essa camisa com tanta rapidez”, disse Lula a Otto, que riu constrangido.

Falando sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, Lula questionou como é possível ter preconceito contra quem nos carrega na barriga por nove meses. “Elegendo essa mulher vamos mostrar ao mundo que este País não tem medo de votar em negro, em índio e num torneiro mecânico”, pregou.

Demonstrando convicção na eleição da sua candidata, Lula disse a Dilma que ela é uma mulher de sorte, porque se elegerá na primeira candidatura. “Eu perdi tanta eleição, Dilma, que quando chegava em casa, chateado, a Marisa me dizia: chega, né meu. Vamos fazer outra coisa, meu filho. E eu respondia: não, Mariza, nós vamos conscientizar as pessoas”, lembrou, acrescentando que a cada eleição foi aumentando a sua aceitação até a sua eleição em 2002.

Lula atribuiu as suas sucessivas derrotas ao medo da parcela mais pobre da população de que ele, sendo comunista, tiraria o pouco que haviam conquistado.

Ao se eleger, tinha a convicção de que não poderia errar e hoje, a quatro meses de deixar a Presidência, vê com orgulho que a partir da sua chegada ao Palácio do Planalto, ocorreu uma grande mudança na América do Sul e América Latina.

Lula admitiu que ao anunciar internamente sua opção por Dilma, ouviu muitas opiniões contrária críticas ao nome da candidata, mas garante que ela fará “mais no primeiro mandato, do que eu fiz”.

Dilma Rousseff pediu que ao povo que lhe permitam continuar as conquistas obtidas pelo governo Lula e assumiu como primeiro compromisso, caso seja eleita, olhar pelos mais precisam, erradicando a pobreza no Brasil e alargando as oportunidades para todos.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/27/lula-pede-a-populacao-que-quebre-preconceitos-e-eleja-uma-mulher.jhtm

26 de ago. de 2010

Pesquisas Eleições 2010 - gráfico das intenções de votos de acordo com as ultimas pesquisas eleitorais (Ibope, Datafolha, Sensus e Vox Populi).

Clique nas imagens para visualizar o gráfico interio.


Aécio reforça propaganda eleitoral de Serra

Tucanos buscam melhorar conteúdo no horário eleitoral, enquanto Dilma repete as mensagens

Daiene Cardoso, da Agência Estado

SÃO PAULO - O programa eleitoral do candidato do PSDB à Presidência da República José Serra contou na tarde desta quinta-feira, 26, com o apelo de um tucano de peso: o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves. No vídeo gravado na quarta-feira, 25, Aécio diz que o Brasil precisa de um presidente que conhece "de verdade" os problemas do País. "Serra é o melhor nome para ser o nosso presidente", disse no final da inserção.

Durante seu espaço na TV, Serra voltou a listar suas realizações como ministro, governador e prefeito. Na tentativa de aproximar o candidato do eleitorado da petista Dilma Rousseff, o marqueteiro Luiz Gonzalez tentou mostrar que o tucano trabalha pelos mais pobres, como no caso da criação dos medicamentos genéricos. "Foi pela saúde do pobre que ele fez", enfatizou o locutor, ao mostrar Serra "no meio do povão".

Já a adversária do PT repetiu o programa anterior, em que ela e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazem um "dueto" em defesa da Educação e dos programas desenvolvidos pelo governo. "Educação é a chave para que o Brasil se torne de fato desenvolvido", reforçou Dilma. O programa procurou mostrar as realizações do governo federal no setor e que é preciso dar continuidade aos projetos. "Esse trabalho não pode parar", pediu a candidata.

Marina Silva, do PV, também optou por repetir o programa anterior, que mostrou a candidata conversando com jovens de uma "favela real" sobre Educação. A inserção contou com a participação do cantor e compositor Caetano Veloso pedindo votos para a candidata. "Juntos vamos levar a Marina Silva para o segundo turno", afirmou Caetano ao encerrar a propaganda do PV.

José Maria Eymael (PSDC)defendeu a criação de um "Ministério da Família" e Rui Costa Pimenta (PCO) criticou a possibilidade de privatização dos Correios. Já o PSTU de Zé Maria citou os casos Eliza Samudio e Mércia Nakashima como exemplos da "ineficácia" da Lei Maria da Penha. Plínio de Arruda Sampaio destacou o trabalho dos líderes do PSOL e Levy Fidelix (PRTB) defendeu a redução de tributos.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-reforca-propaganda-eleitoral-de-serra,600762,0.htm

Propostas para a Saúde diferem mais nos discursos que nas ideias

Coordenadores dos programas de saúde dos presidenciáveis participaram de debate na BA

Tiago Décimo, correspondente de O Estado de S.Paulo

SALVADOR - Um debate entre os coordenadores dos programas de saúde dos quatro principais candidatos a presidente - Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) -, promovido na quarta-feira, 25, no I Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, realizado em Salvador, mostrou que as diferenças entre as propostas entre os candidatos está mais no discurso que nas ideias.

"É animador saber que temos muita convergência, que estamos todos no mesmo caminho", avalia o coordenador de saúde da campanha do PSDB, Renilson Rehem de Souza. "Isso dá esperança de que consigamos soluções suprapartidárias."

Todos pregaram a necessidade de fortalecimento dos sistemas de atenção básica à saúde, como o Programa Saúde da Família, e questionaram os modelos de repasses de dinheiro público para instituições de saúde privadas. Além disso, defenderam mais recursos para o setor - e elegeram a regulamentação da Emenda Constitucional 29/2000 (PEC 29) como a melhor forma de se obter fonte de investimento.

"Mesmo assim, sempre haverá falta de recursos, é um problema que existe em qualquer lugar e sempre vai existir", pondera o coordenador de saúde da campanha de Marina Silva, Eduardo Jorge.

Entre os programas expostos à plateia, o mais detalhado foi o da campanha de José Serra. Na proposta, nove "compromissos", entre eles um plano de investimentos de R$ 15 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões em ampliação da rede de saneamento básico, com foco em pequenos municípios das Regiões Norte e Nordeste.

O coordenador do programa de Saúde da petista Dilma Rousseff, o candidato a senador por Pernambuco Humberto Costa, admitiu que o projeto da candidata para o setor ainda não está pronto. "O programa final deve ser apresentado à sociedade no início de setembro", disse.

Apesar disso, apresentou um elenco de 13 estratégias que estão sendo discutidas pelo partido - entre eles a adoção de um serviço civil obrigatório para estudantes de cursos superiores na área de saúde - modelo também apoiado pela campanha do PV.

A apresentação mais "diferente" do debate ficou para o Lúcio Borges Barcelos, ex-secretário municipal da Saúde de Porto Alegre e coordenador do projeto de saúde do candidato Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). "Nosso programa é fazer um sistema de saúde público e estatal e investir na pesquisa e na produção de medicamentos", disse. "Temos de tirar a saúde do mercado."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,propostas-para-a-saude-diferem-mais-nos-discursos-que-nas-ideias,600732,0.htm

Mulheres aliadas de Dilma querem rever lei do aborto

AE - Agência Estado

Ao mesmo tempo em que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, esquiva-se de fazer compromissos sobre o tema aborto a fim de se aproximar das igrejas e cristãos, as Mulheres do PT e a comissão suprapartidária encarregada de debater o programa de governo da petista pregam mais abertamente o debate da legislação vigente e mudanças comportamentais.

Para as mulheres - do PT e de partidos da coligação - envolvidas nas discussões do programa de governo, Dilma, se eleita presidente, deve "estimular a revisão da legislação que restringe a autonomia da mulher sobre seu próprio corpo, gerando problemas de saúde pública".

A afirmação é feita em documento divulgado pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT, elaborado após realização da plenária nacional nos dias 11 e 12 de junho. Foi divulgado na última edição do jornal Movimentos, do PT, dias depois de Dilma ter lançado sua "Carta aberta ao povo de Deus", em que joga ao Congresso a responsabilidade de "encontrar o ponto de equilíbrio" em relação a temas como aborto e a união civil de homossexuais.

Genérico

Dirigentes da sigla negam que o documento tenha divergências em relação ao pensamento da candidata. Cuidadoso, o texto não menciona as palavras "descriminação do aborto". "Estamos tratando isso de forma muito genérica. O governo de Dilma não vai fazer qualquer proposição nesse sentido", afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), integrante da comissão encarregada de elaborar o programa de governo neste setor.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mulheres-aliadas-de-dilma-querem-rever-lei-do-aborto,600711,0.htm

Violação de sigilo na Receita atingiu mais três tucanos

AE - Agência Estado

A Receita Federal vasculhou, em sequência e num mesmo dia, os dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de mais três pessoas ligadas ao comando do partido. A operação foi revelada ontem à tarde, com exclusividade, pelo portal estadão.com.br.

Até então, sabia-se que apenas os dados de Eduardo Jorge haviam sido alvo de acesso e vazamento, com a finalidade de municiar um dossiê para uso da campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. As consultas ocorreram num intervalo de 15 minutos e atingiram outros três nomes vinculados à direção tucana. No dia 8 de outubro de 2009, servidores do Fisco abriram, a partir do mesmo computador, os dados sigilosos de Eduardo Jorge e de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado.

Essa revelação enfraquece a versão de acesso funcional aos dados de Eduardo Jorge e dá munição para a oposição acusar o governo de abrir sigilo sem motivação interna, mas com objetivos políticos para fabricar dossiês na campanha eleitoral. Mendonça é ex-ministro das Comunicações do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio foi diretor do Banco do Brasil na gestão tucana e Preciado é casado com uma prima de José Serra.

Os nomes deles estão no processo aberto pela corregedoria da Receita para saber quem abriu os dados de Eduardo Jorge e por que foram acessados em terminais da Delegacia da Receita Federal em Mauá (SP). O conteúdo das declarações de renda do vice-presidente do PSDB foi parar num dossiê que passou pelas mãos de integrantes do comitê de campanha da candidata do PT à Presidência. Em junho, o jornalista Luiz Lanzetta teve de deixar a campanha petista por envolvimento no episódio.

Até o momento, o processo aberto pela Receita pouco avançou para descobrir e, dependendo da conclusão, punir quem acessou os dados fiscais de Eduardo Jorge e dos outros três personagens ligados ao PSDB. Em depoimento à Receita, a servidora Antonia Neves Silva alegou que repassou a senha a outras duas colegas de trabalho, e nega envolvimento na consulta às declarações de renda. As outras duas funcionárias, Ana Maria e Adeilda, também afirmam que não são responsáveis por abrir esses dados fiscais.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,violacao-de-sigilo-na-receita-atingiu-mais-tres-tucanos,600681,0.htm

Marina: “Sofro preconceito por ser evangélica”

congressoemfoco - Rudolfo Lago

Em entrevista ao Congresso em Foco, a candidata do PV reclama de ser discriminada por sua opção religiosa. E diz que os demais partidos e candidatos não despertaram para os principais desafios do século 21: a questão ambiental e a crise do modelo econômico


A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, é mulher. É negra. Foi analfabeta até os 16 anos. Quando criança, vivia no meio da floresta amazônica. Foi empregada doméstica. Nesta entrevista ao Congresso em Foco, ela garante que nenhuma dessas circunstâncias da sua vida a fizeram ser vítima de preconceito. Agora, na disputa pela sucessão do presidente Lula, Marina diz sentir pela primeira vez discriminação. Por nenhuma das razões descritas acima, mas por sua opção religiosa. Marina se diz discriminada pelo fato de ser evangélica, missionária da Assembleia de Deus.

Para Marina, isso tem sido usado para tentar imprimir nela a pecha de pessoa excessivamente conservadora do ponto de vista dos costumes. Num grau muito além do que corresponde à verdade. Marina é contra o aborto, mas outros candidatos também se declaram assim. “Quando os outros candidatos se declaram contra o aborto, o assunto morre ali. Comigo, vira sabatina”, reclama. “Você não imagina o mal-estar que isso me traz”. Longe dessa imagem de ultra-conservadora no campo da moral, Marina se diz favorável à união civil de homossexuais e, embora seja pessoalmente contrária à pesquisa com células-tronco embrionárias, lembra que a legislação brasileira possibilita investimentos para todos os tipos de pesquisa. “A minha relação com a pesquisa científica é de apoio e respeito total”.

Egressa do PT, partido no qual militava até o ano passado, Marina diz, na entrevista, que sua saída do partido de Lula e do seu governo deve-se ao fato de que ambos, o partido e o governo, não acordaram para os desafios do século 21, que seriam o problema ambiental, com o aquecimento global e outros fenômenos que já começam a ficar visíveis, e a crise do modelo econômico, que já teve seus efeitos nos Estados Unidos e agora afeta países da Europa. “Falta visão antecipatória. O desafio deste século é dar resposta às crises ambiental e econômica”, diz ela. Para ela, nem Dilma Rousseff, do PT, nem José Serra, do PSDB,têm percepção para isso.

“As outras candidaturas defendem que o país precisa de um gerente para administrar nosso futuro com os mesmos conceitos do passado. Achamos que isso não basta, penso que devemos ter uma perspectiva estratégica fundada no conceito da sustentabilidade para levar o país ao lugar que lhe compete no século 21 e garantir bem-estar sustentável às pessoas no futuro”, diz ela.

A candidata do PV respondeu por e-mail às perguntas do Congresso em Foco. Leia abaixo a entrevista:


Congresso em Foco - Na disputa presidencial, há quatro candidatos que já pertenceram ao PT: a senhora, Plínio de Arruda Sampaio, Zé Maria e Rui Costa Pimenta. A senhora e Plínio têm mais tempo de militância no PT que a própria candidata do partido, Dilma Rousseff. Qual o significado disso?
Marina Silva - Durante muitos anos, o PT era a opção preferencial de muitas pessoas que atuavam na sociedade através de sindicatos, associações, ONGs e movimentos sociais. Era um partido de esquerda que não se alinhava com as formas mais centralizadas de organização, típicas dos partidos comunistas e socialistas, e abriu suas portas para a participação da sociedade. Por isso, formou lideranças políticas importantes ao longo de seus 30 anos de existência. Hoje é um partido que possui ainda uma grande militância, mas organiza-se de forma mais tradicional e pragmática.Muitos saíram por vários motivos. No meu caso, saí do PT porque o partido, assim como os demais partidos, não soube incorporar a sustentabilidade como eixo estratégico de formulação de suas diretrizes e propostas. Acredito que precisamos hoje fazer um grande esforço de reelaboração de nossos conceitos de atuação político-programática, e senti que isso não era possível no PT.

Quem mudou mais: o PT ou a senhora?
Quando cheguei ao PT, o partido tinha uma visão progressista, mas não foi capaz de integrar a questão da sustentabilidade como uma bandeira estratégica, não foi capaz de atualizar a visão de mundo, enfim, não fez a transição para os temas do século 21. Falta visão antecipatória. O desafio deste século é dar resposta às crises ambiental e econômica. Como fomentar o desenvolvimento sem destruir a vida no planeta? Como assegurar qualidade de vida a todos e ao mesmo tempo preservar nosso patrimônio ambiental? O presidente Lula quebrou o paradigma de que se precisava crescer para depois distribuir o bolo. Mas isso não é suficiente para o Brasil assumir o papel que lhe cabe no cenário global. O PT não percebe isso. Não fui capaz de convencer o partido de que a questão do desenvolvimento sustentável é estratégica. Por isso entrei no PT pelo mesmo motivo que saí: para defender e propagar as causas ambientais.

O Brasil forma, com países como a China e a Índia, um grupo de nações emergentes que começa agora a se desenvolver fora do tradicional eixo que sempre beneficiou o Norte. Muitos professam que o país precisa aproveitar ao máximo esse momento de economia para fazer maciços investimentos, especialmente em infraestrutura. É possível não perder esse atual momento, fazendo os investimentos necessários, sem agredir o ambiente?
No Brasil, a noção de avanço está associada à ideia de crescimento econômico sem limite, expressa no aumento do poder de consumo e na construção de obras, como estradas, escolas e hospitais que, em que pese suas inegáveis importâncias, é preciso reconhecer que as sociedades mais prósperas são e serão aquelas que escolherem investir nas pessoas e na valorização dos recursos naturais que dão sustentação à vida. Vejo a questão da infraestrutura como a base fundamental para a sustentação do crescimento econômico. A forma como é planejada e constituída tem enorme impacto na distribuição geográfica do desenvolvimento, na qualidade de vida da população e nos impactos ambientais. Na transição para uma economia de baixo carbono, o planejamento da infraestrutura deve ter foco em uma infraestrutura que seja eficiente e sustentável no uso dos recursos naturais.Dentre as minhas propostas, quero promover a eficiência na gestão a partir do planejamento e do desenvolvimento das cidades com a integração e articulação de políticas para urbanização, saneamento, mobilidade, adaptação às mudanças climáticas, proteção de mananciais, promoção do desenvolvimento e do bem-estar humano.

O que, basicamente, diferencia sua candidatura das candidaturas de Dilma e Serra? Como a senhora avalia seus adversários?
Temos propostas distintas para os desafios do Brasil. Enquanto as outras candidaturas defendem que o país precisa de um gerente para administrar nosso futuro com os mesmos conceitos do passado, achamos que isso não basta, penso que devemos ter uma perspectiva estratégica fundada no conceito da sustentabilidade para levar o país ao lugar que lhe compete no século 21 e garantir bem-estar sustentável às pessoas no futuro.Já tivemos como presidente um sociólogo e um operário. O Brasil está preparado para eleger uma mulher. E seria muito benéfico para todos se o olhar e a perspectiva feminina estivessem mais presentes na vida social e, especialmente, nos espaços públicos, que é onde se tomam as decisões de interesse coletivo. As mulheres têm facilidade para conduzir processos mais abertos, mais democráticos, pois apostam no consenso em vez da disputa. E isso, quando transferido para as empresas, sindicatos, associações e para o poder público tem uma força transformadora enorme. As mulheres são mais inclusivas, têm mais capacidade de negociação, tendem muito mais ao consenso do que à disputa. O Brasil precisa de um sucessor, e não de um continuador ou um opositor.

Em sua opinião, qual é o maior problema que precisa ser corrigido hoje no país?
Segurança, saúde, educação. Precisamos colocar em prática tudo aquilo que a sociedade aprendeu nas últimas décadas, experimentando a convivência na diversidade, a invenção de novas maneiras de resolver problemas solidariamente, indo à luta à margem do Estado para defender direitos, agindo em rede, expandindo e agregando conhecimento sobre novas formas de fazer, produzir, gerar riquezas sem privilégios e sem destruição do incomparável patrimônio natural brasileiro.

Seus adversários buscam colar na senhora a pecha de pessoa conservadora do ponto de vista dos costumes em razão da sua opção religiosa. Como a senhora responde a isso?
Posso dizer que nunca fui discriminada por ser mulher ou negra, mas agora, pela primeira vez, estou sentindo um grande peso por ser evangélica. Quando os outros políticos se dizem contrários ao aborto, o assunto morre ali. Comigo, vira sabatina. Colocam-me rótulos de ultraconservadora, de fundamentalista , que não me cabem, pois não vivo à margem da modernidade. Você não imagina o mal-estar que isso me traz. Mas não vou mexer uma vírgula em meu discurso. Sou a favor da democracia e reconheço o grau de complexidade dessas questões. Por isso, eu as submeteria a um plebiscito.

Nesse caso, além da questão do aborto, que a senhora já mencionou, como a senhora se posicionaria, como presidente, sobre questões como a união entre homossexuais e as pesquisas com célula-tronco?
Defendo a união civil de pessoas do mesmo sexo que vivem um relacionamento estável para que seja garantida uma série de direitos que hoje lhes são negados. Sou favorável ao direito à herança, ao plano de saúde conjunto, ao acompanhamento em caso de deslocamento para outra cidade para cumprir função pública, ao acompanhamento em caso de internação, entre outros. Como presidente, trabalharei para que todas as pessoas tenham acesso a políticas públicas que assegurem condições de vida dignas, independente de credo, raça ou condição sexual.A respeito da célula-tronco, sou favorável à pesquisa com células-tronco adultas apenas. Há uma discussão no Congresso, na sociedade e também na comunidade científica, porque não há unanimidade de que seja preciso ter os mesmos resultados usando célula adulta. Agora, a legislação brasileira possibilita os investimentos para todos os tipos de pesquisa. A lei foi aprovada pelo Congresso, todos os órgãos de pesquisa já estão garantidos em relação a isso. A minha relação com a pesquisa científica é de apoio e de respeito total.


Há hoje uma discussão no país que coloca em lados opostos o agrobusiness e a agricultura familiar. A Confederação Nacional da Agricultura diz que o atual governo reforça um discurso que coloca os empresários rurais como vilões, do ponto de vista ambiental, e considera ser um grande erro dividir a agricultura em dois ministérios, o da Agricultura e o do Desenvolvimento Agrário, o que, na visão deles, só reforçaria preconceitos e equívocos. Qual sua posição sobre isso?
Em nosso imenso território, de oito milhões de quilômetros quadrados, temos diversidades social, cultural, de ecossistemas e, claro, econômica – a qual deve dialogar e aprender com as diversidades cultural e biológica. Nesse contexto, há espaço para o agronegócio e para a agricultura familiar. Em meu programa de governo, proponho integrar numa única política para a agricultura brasileira o agronegócio e a agricultura familiar. Essa política busca superar a dicotomia ainda existente entre produção e preservação. Precisamos produzir mais com menos recursos, de forma sustentável social e ambientalmente. E quanto antes fizermos isso, melhor será para o Brasil economicamente. Nossos produtos precisam ser associados à sustentabilidade e à responsabilidade social. Podemos ser líderes de uma nova economia. A disponibilidade de recursos ambientais será cada vez mais um fator estratégico para nossa inserção na economia global.

Depois da malograda discussão de uma eventual aliança da senhora com o Psol, os partidos de esquerda agora repetem que a sua candidatura mantém os vícios dos partidos conservadores. E cita o fato de a senhora ter como companheiro de chapa um grande empresário, Guilherme Leal, dono da Natura. Ele seria seu José Alencar, dizem. Como a senhora responde a isso?
O Guilherme Leal está nesse projeto pelo que ele representa. Ele é um empresário que, fazendo a coisa certa dos pontos de vista social e ambiental, conseguiu os resultados certos do ponto de vista econômico. Obviamente, ele agrega mobilizando aqueles que têm uma visão de vanguarda para investir nesse projeto.

Projeto discutido desde o século XIX, a transposição das águas do rio São Francisco retornou no governo Lula. Muitos consideram que o impacto ambiental não justifica a obra. Qual a sua opinião sobre a transposição?
Posso afirmar com segurança que a transposição do São Francisco é viável ambientalmente, pois a Licença Prévia foi dada em minha gestão. A transposição do Rio São Francisco é um projeto de alta complexidade, discutido à exaustão, com resultados concretos e readequação do projeto durante o seu licenciamento. Fizemos um grande esforço para chegar a esse resultado. Antes de conceder a licença, elaboramos o Plano de Gestão da bacia, propusemos que a vazão média no canal fosse reduzida e que só houvesse retirada de água do rio se a barragem de Sobradinho estivesse vertendo. Construímos um amplo programa de revitalização da bacia, com ações de saneamento, recomposição de matas ciliares, repovoamento do rio com espécies nativas de peixes e outras ações voltadas à melhoria das condições da bacia.(sobre a Transposição do São Francisco)
Um bom exemplo de atuação na promoção do desenvolvimento com responsabilidade.Mas é necessário que as ações do programa de revitalização sejam efetivamente implementadas e que as condicionantes da licença prévia e de instalação sejam cumpridas para que tenhamos água disponível para o semi-árido e para a bacia doadora.

As mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global já começam a ficar evidentes. As cheias em São Paulo, Santa Catarina, Alagoas e Pernambuco são exemplos disso. Que ações o governo federal pode fazer para minorar esse problema?
Temos várias propostas para dar respostas mais eficazes aos desastres e implantar uma política de prevenção. Para isso, vamos implantar um Sistema Nacional de Alerta de Desastres Naturais que seja capaz de antecipar e prever os chamados eventos extremos (tempestades, secas, geadas); regulamentar a Lei de Mudanças Climáticas; criar a Agência Nacional de Clima. Também pretendemos reestruturar e fortalecer o Sistema Nacional de Defesa Civil, com a criação da carreira de agente da Defesa Civil. É importante também reativar o Fundo Nacional de Defesa Civil. A participação democrática é fundamental para a resposta e prevenção a esse grave problema. Por isso, apoiamos a criação de Conselhos de Defesa Civil, além de colocar em prática tudo que foi definido na 1ª Conferência Nacional de Defesa Civil.Queremos também garantir transparência e isonomia nesse processo. Verificamos que 57% dos recursos do Ministério da Integração Nacional para prevenção de desastres foram para o Estado da Bahia, e desses recursos, 88% foram para cidades governadas pelo partido do Ministro à época. Não é aceitável esse tipo de ingerência ou disputa política em situações como essas.

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=12&cod_publicacao=34149

Para programa de Serra, brasileiros não precisam de "mãe" Dilma

SÃO PAULO, 26 de agosto (Reuters) - A propaganda do candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, usou seu programa no rádio na manhã desta quinta-feira para criticar a campanha da principal rival, Dilma Rousseff (PT), por apresentar a candidata petista como "mãe" dos brasileiros.

O programa de Dilma, que segundo pesquisas recentes deve vencer a corrida presidencial no primeiro turno, não fez ataques ao tucano e concentrou seu programa em promessas para a educação.

"Mamãe disse que vai ser tudo uma maravilha", ironizou um locutor do programa serrista, numa referência à propaganda petista que tem usado uma música em que afirma que Lula deixará uma "mãe" para o povo brasileiro. "Mãe? Minha mãe, sua mãe? Que mãe é essa?", seguiu ironizando um segundo integrante da campanha tucana.

As críticas à petista ganharam tom mais sério na voz de um locutor, que pregou "respeito" ao eleitor. "Respeito. Essa é a primeira obrigação que um homem público deve ao cidadão", disse.

"Tratar o cidadão como gente grande é respeito. Você que sustenta esta nação com trabalho duro e com um imposto muito alto, não merece ser tratado como criança. Não precisa de uma nova mãe, de um novo pai."

Serra apareceu em sua propaganda para prometer "dobrar e melhorar" o Bolsa Família e criar uma rede de hospitais para tratar de pessoas com deficiência.

O programa de Dilma bateu na tecla da educação e trouxe a candidata e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falando de como a educação foi importante em suas vidas.

Lula lembrou do dia que recebeu o diploma de torneiro mecânico no Senai. "Foi uma alegria imensa", disse. Já Dilma lembrou do incentivo que seu pai dava à leitura e aos estudos. "Até hoje a minha vida tem sido de estudo e de aprendizado permanentes", comentou.

A campanha petista repetiu a promessa de Dilma de construir 6 mil creches e pré-escolas. Também mostrou o programa "Mais Educação", "um programa de escola em tempo integral nas capitais e regiões metropolitanas de todo o país".

"Só vamos garantir um futuro melhor, com igualdade de oportunidade, quando pudermos garantir educação de qualidade para todos. Por isso, a educação é nossa prioridade máxima", disse a candidata.

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, que ocupa uma distante terceira colocação nas pesquisas de intenção de voto, também concentrou sua propaganda na educação.

Lembrando que "eu fui uma criança que não entrou na escola na hora certa", Marina prometeu implantar a educação em tempo integral no país.

(Por Eduardo Simões)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE67P04S20100826

Marina diz que cidadão deve votar em quem conhece

Agência Brasil

Curitiba – A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (26/8), em Curitiba, que por mais que os brasileiros tenham confiança no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele não pode dizer em quem se deve votar. “Estamos num país democrático”, ressaltou.

“Quero que o povo pense antes de entregar o Brasil para ser governado por quem não conhecemos direito. Conhecemos o presidente Lula, conhecíamos o Fernando Henrique, o Serra, embora discorde dele. O povo pode até discordar de mim, mas me conhece bem, estou há 16 anos na política”, disse ao tomar café da manhã com os candidatos paranaenses do partido, no Hotel Bourboun, no centro da cidade.

Durante o encontro, ela disse que é muito importante estarem unidos neste momento em que pesquisas de opinião mostram grandes vantagens em relação a outros candidatos . “Sinceramente não é o que sinto nas ruas por onde passo. Não vou ficar brigando com as pesquisas de intenção de voto, já estou acostumada. Quando fui candidata ao Senado pela primeira vez, as pesquisas me colocavam em quarto lugar e ganhei em primeiríssimo lugar.”

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/26/noticia_eleicoes2010,i=209935/MARINA+DIZ+QUE+CIDADAO+DEVE+VOTAR+EM+QUEM+CONHECE.shtml

PT prepara vacina contra o apetite do PMDB por cargos em plena campanha

Correio Braziliense - Tiago Pariz

Com o conhecido apetite do PMDB por espaço e cargos surgindo em plena campanha eleitoral, o PT prepara uma vacina e um contra-ataque. A gestação da futura Presidência da República, desenhada para ser mais forte do que a administrada por Luiz Inácio Lula da Silva, passa agora sobre como será a articulação política do governo. Se Dilma for eleita, está decidido que o cargo ficará com o PT e o responsável pela tarefa será um nome experiente, um negociador com capacidade de tratar com todos os partidos. Perfil que só se iguala no atual governo, quando José Dirceu executava essa função na Casa Civil no começo do primeiro mandato.

A opção por um nome forte é um contraponto ao deputado Michel Temer (PMDB-SP), que, caso eleito vice-presidente, terá também um papel de articulador político. O PT não quer que seu principal aliado tome conta dessa aérea. Por isso integrantes da legenda dizem que o ex-ministro Antonio Palocci se encaixaria como uma luva nesse papel de negociar os interesses dos congressistas, prefeitos e governadores. Palocci aparece nas conversas como um exemplo do perfil ideal para equilibrar o papel de Temer.

O Correio mostrou há duas semanas que Dilma planeja ter assessores especiais de Assuntos Econômicos e para Segurança Pública que se reportam ao Planalto. A Casa Civil de um eventual governo Dilma deverá ter um perfil técnico para tocar os principais projetos e dificilmente voltará a ficar com a responsabilidade de fazer as conversas políticas. Nesse cenário, sai fortalecida a Secretaria de Relações Institucionais, que, para abrigar um político de peso, pode ter novas atribuições.

Existe uma investida contra Palocci de fora para dentro da campanha de Dilma. Uma das fontes é o ex-ministro José Dirceu, o primeiro a ventilar que seu antigo colega de governo não teria o perfil adequado para a Casa Civil. Além disso, existem petistas que não o querem numa função econômica novamente e o empurram para uma tarefa política. Um dos nomes para um cargo da equipe econômica, como o Ministério do Planejamento, é Nelson Barbosa, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

O secretário de Comunicação do PT, André Vargas, nega que a campanha esteja pensando em abrir discussão de cargos. Ele admite, no entanto, que o PT terá papel na articulação política. “O PMDB vai ter um papel, mas nós temos o direito de ter papel também”, afirmou. O deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) considera natural que Temer assuma a função de articulador, levando-se em conta a experiência que o deputado paulista tem ao administrar a Câmara e o maior partido do país. “Ele vai ter que fazer isso enquanto ela toca o governo”, afirmou o parlamentar.

Agenda
Ontem, ao participar de carreata em Rondonópolis (MT), Dilma passou mal com o forte calor e interrompeu o percurso depois de meia hora. Dilma seguiu para Cuiabá, onde criticou a postura de seu adversário José Serra (PSDB) por tentar, como na eleição de 2002, imputar no PT a campanha do medo. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na terça-feira um projeto que concede o título de cidadã honorária à candidata do PT à Presidência da República. Apenas os vereadores do PSDB votaram contra a concessão da honraria.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/26/noticia_eleicoes2010,i=209843/PT+PREPARA+VACINA+CONTRA+O+APETITE+DO+PMDB+POR+CARGOS+EM+PLENA+CAMPANHA.shtml

FHC diz que fica nos bastidores da campanha de Serra e critica postura de Lula

Correio Braziliense - Daniela Almeida

São Paulo — Presença rara na campanha do candidato tucano à presidência, José Serra, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse ontem que não é “militante” como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e considera sua participação compatível à postura do cargo que ocupou. “Apareço da maneira como acho que um ex-presidente deve aparecer, dando ideias, discutindo, mas não sou militante. Acho que é uma certa incompatibilidade de postura. Cada um defende a sua. Tem uns que defendem como o presidente Lula. Ele é um militante. Esqueceu que é presidente de todos nós para representar uma facção”, alfinetou.

O ex-presidente tem atuado mais ativamente nos bastidores da campanha tucana. Apesar de ter gravado participações em programas eleitorais de outros candidatos do partido, como o do senador e atual presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e do pleiteante ao Senado Aloysio Nunes Ferreira (SP), FHC não chegou a figurar em inserções no programa serrista.

FHC também não é visto ao lado de Serra em eventos de campanha ou na participação do candidato em debates, como o último encontro entre presidenciáveis transmitido por uma rede de TV em São Paulo. O ex-presidente, no entanto, minimizou sua ausência com a justificativa de que, desde que ocupou a Presidência, disse que não participaria mais de política partidária ativa. “Embora seja ex-presidente, acho que devo guardar uma certa distância da briga direta da política. Dou minhas opiniões e todo mundo sabe qual é o meu lado.”

Aécio
O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB), candidato ao Senado, esteve ontem em São Paulo para a gravação de uma inserção no programa eleitoral de Serra. Aécio, que prometeu empenho na campanha presidencial, teve um encontro rápido com Sérgio Guerra em um café nos Jardins, Zona Sul de São Paulo.

Aécio, aliás, tem sido peça-chave nas costuras da campanha tucana à Presidência. Foi ele o responsável por colocar panos quentes nas negociações junto ao DEM para a definição do candidato ao vice, no episódio que quase culminou com a dissolução da coligação. À época, FHC chegou a reunir-se com Serra e Aécio para discutir o assunto. Dessa vez, o ex-presidente não participou da reunião. Segundo FHC, ele e Guerra “talvez” se falassem por telefone na noite de ontem.

Natal
Os aliados de José Serra no Rio Grande do Norte cumpriram agenda política com o presidenciável na tarde de ontem, em Natal. Embora evitem vincular suas imagens às do candidato tucano, José Agripino Maia (DEM), que pleiteia vaga no Senado, e Rosalba Ciarlini (DEM), postulante ao cargo de governadora, percorreram as ruas da capital ao lado de Serra em carro aberto e depois a pé. Ambos alegaram que a campanha deles é estadual, motivo para não mencionar o ex-governador de São Paulo em suas propagandas eleitorais.

MARINA ELOGIA PETISTA E TUCANO
A presidenciável Marina Silva (PV) fez campanha ontem em Porto Alegre (RS), onde defendeu um “novo modelo de desenvolvimento”. Ela afirmou que reconhece os avanços do país nos últimos 16 anos, elogiando a política econômica das duas gestões de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a política social das duas administrações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, Marina disse que tanto a candidatura do PT quanto a do PSDB representam um modelo antigo de desenvolvimento. Na ocasião, ela também comentou a iniciativa do governo de controlar melhor as aquisições de terras por estrangeiros no país (leia mais na matéria Varredura em todos os registros).

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/26/noticia_eleicoes2010,i=209846/FHC+DIZ+QUE+FICA+NOS+BASTIDORES+DA+CAMPANHA+DE+SERRA+E+CRITICA+POSTURA+DE+LULA.shtml

Cabral diz que Dilma tem personalidade e não ficará 'escrava' de interesses de partidos

Folha

O governador do Rio e candidato à reeleição, Sérgio Cabral (PMDB), disse nesta quinta-feira que a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, é a melhor opção para o Brasil, tem personalidade e não ficará "escrava" de interesses de outros partidos.

Segundo Cabral, Dilma é "democrata, realizadora, e sabe ouvir". "Dilma é uma baita de uma executiva. É realizadora, é séria, honesta", afirmou, em sabatina da Folha/UOL.

O governador comentou, no entanto, que lamenta ter que se opor ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de quem se disse amigo.

"Serra é qualificado, é meu amigo pessoal. Pena não ter continuado como governador, gosto dele, não estaria fazendo campanha em outro lado", observou, destacando que Dilma é a mais preparada.

Para Cabral, a petista conquistou sua candidatura especialmente pela sua gestão à frente dos ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil, a despeito de nunca ter sido eleita.

"Lula é pragmático, gosta de eficiência. Como na música, ele só quer saber do que poder dar certo, não tem tempo a perder."

PERDÃO

Cabral afirmou que perdoou o estudante Leandro dos Santos de Paula, 18, chamado de "otário" e "sacana" pelo peemedebista em vídeo que tomou conta da internet.

"Eu acho é que ele é que deve desculpas pela abordagem. Eu o perdoo porque ele acabou sendo manipulado por grupos políticos", disse Cabral. Ele reiterou que não houve intenção de maltratar o garoto. "Eu falei em uma conjuntura. Falei sem nenhum tom de agressão", disse.

O estudante abordou o governador e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro do ano passado, após inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Manguinhos, onde mora.

Primeiro, o rapaz reclama da ausência de uma quadra de tênis no local, e Lula diz que isso é "esporte da burguesia". Leandro conta que precisou consultar o dicionário para entender o recado. "Acho que ele quis dizer que é coisa de gente rica."

O presidente então pergunta por que ele não "nada". Ao ouvir que a piscina fica fechada, Lula se dirige a Cabral: "O dia que a imprensa vier aí e vir isso fechado, o prejuízo político é infinitamente maior do que colocar dois guardas aí".

Em seguida, Leandro reclama do barulho do "Caveirão", o blindado da Polícia Militar, em sua rua. Cabral o interrompe e pergunta se "lá não tem tráfico não". Quando o jovem diz que não, o governador rebate: "Deixa de ser otário, está fazendo discurso de otário".

IDEB

Cabral atribuiu a governos anteriores os maus resultados do Rio no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação).

Ele disse que a aprovação automática na rede estadual do Rio, durante a gestão do ex-prefeito Cesar Maia (DEM), foi decisiva para que o Estado ficasse na penúltima colocação no ranking elaborado pelo ministério da Educação.

"A aprovação automática foi nefasta. Isso foi dramático. Ela interfere drasticamente nesses dados", afirmou. Cabral ressaltou que a nota do Rio permaneceu a mesma. "Não foi o Rio que piorou, foram os outros que melhoraram."

Segundo ele, os resultados do Rio no ensino fundamental foram melhores e ficaram dentro da meta. Isso, sustentou, já é reflexo de sua gestão. O governador garantiu que em 2014, "todos vão se orgulhar dos resultados do Rio". "A gente pegou um trem quase que parando. Vamos subir, eu garanto."

Ao completar a resposta, Cabral chegou a subir no salto alto. "Estaremos aqui em 2014, e vou ver o debate do meu sucessor", comentou, se corrigindo em seguida. "Se eu me reeleger, é claro."

Cabral garantiu que vem contratando mais professores. Segundo ele, mais do que "na gestão do casal", em referência aos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, seus adversários políticos. Disse ainda ter enfrentado uma situação em que os profissionais de educação não ganhavam aumento há 12 anos.

"O patamar está bom? Não. Mas vamos chegar em 2014 com outro nível salarial."

TRAFICANTES

O candidato se recusou a responder a declaração de seu adversário, Fernando Gabeira (PV), de que o governo do Rio de Janeiro permite a convivência com os traficantes na Rocinha.

''Tem certas coisas que quando colocadas tenho que contar até três. Prefiro não responder'', disse Cabral.

Candidato da coligação PV-PSDB-DEM, PPS ao Palácio Guanabara, Gabeira citou que integrantes do atual governo participaram do enterro do vereador Claudinho da Academia, morto há dois meses e investigado por ligação com traficantes da favela.

No sábado, traficantes da Rocinha e policiais trocaram tiros em São Conrado. Um mulher morreu, quatro policiais ficaram feridos e nove traficantes foram presos depois de invadirem um hotel de luxo no bairro.

''O que aconteceu lá já não acontece em diversas outras comunidades, onde não tem chefe do tráfico. Mas garanto que termino o meu governo com todas as favelas pacificadas'', afirmou o governador, acrescentando que só circula na Rocinha com ''aparato de segurança''.

De acordo com a última pesquisa Datafolha, o peemedebista tem 57% das intenções de voto. Gabeira está em segundo, com 14%.

PRIMEIRA-DAMA

Cabral disse não ver problemas no fato do escritório de advocacia de sua mulher, Adriana Ancelmo, trabalhar para empresas concessionárias de serviços públicos do Estado. Segundo ele, a primeira-dama já atuava antes de ele se eleger governador, e muitas empresas se relacionam com o governo estadual.

"Ela não advoga contra o Estado. Ela já era uma profissional brilhante antes", afirmou.

Cabral classificou como "covardia absurda" as acusações de que há promiscuidade nas relações entre as empresas defendidas pelo escritório de sua mulher e o governo.

"É uma maldade, uma baixeza", comentou.

COMBATE AO CRIME

O peemedebista descartou mexer na estrutura do combate ao crime no Estado. Ele desmentiu os frequentes boatos de que o atual secretário de segurança, José Mariano Beltrame, poderia deixar o cargo.

"O Beltrame continua mais quatro anos com a gente. Esse boatos mostram que tem muita gente insatisfeita com nossa política de segurança, que vem dando certo", afirmou.

Cabral comentou também sua polêmica declaração sobre a Rocinha, maior favela do Rio. O governador havia afirmado que a comunidade era uma "fábrica de marginais".

"A fábrica de marginais foi retirada do contexto. Quis dizer que as mães acabam não tendo estrutura para cuidar dos filhos, numa comunidade dominada pelo tráfico. Há risco dessa meninada acabar indo para o mau caminho."

Ele defendeu que o controle de natalidade tem que ser encarado de forma mais incisiva pelo Estado, com estímulos à aplicação de métodos anticoncepcionais na rede pública, citando cirurgias de vasectomia.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/789256-cabral-diz-que-dilma-tem-personalidade-e-nao-ficara-escrava-de-interesses-de-partidos.shtml

Eliane Cantanhêde: PSDB não é partido do povo nem das "massas cheirosas"

Folha

O resultado da pesquisa Datafolha, realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, mostra que o PSDB não é um partido de massa nem mesmo das "massas cheirosas", como ironizavam, diz Eliane Cantanhêde, colunista da Folha e da Folha.com.

A candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, o tucano José Serra, que está com 29%, de acordo com os dados do levantamento.

"Vitória de Dilma/Lula tem tudo para ser acachapante, o que vai provocar um governo fortíssimo em vários sentidos, nos bons e nos ruins, e sem oposição", comenta a jornalista no podcast abaixo.


Podcasts > ouça aqui

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/podcasts/789229-eliane-cantanhede-psdb-nao-e-partido-do-povo-nem-das-massas-cheirosas.shtml

Marina diz estar confiante e destaca que jogo está 'nos 12 minutos do primeiro tempo'

Folha

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse hoje (26) em Curitiba que, apesar de a última pesquisa Datafolha apontar que a eleição pode ser decidida ainda no primeiro turno, "está cada dia mais confiante". Para ela, o jogo ainda está "nos 12 minutos do primeiro tempo", com "muita bola para rolar".

Na pesquisa divulgada hoje, a candidata aparece com 9% das intenções de voto, mesmo patamar atingido no levantamento anterior.

Marina afirmou que sua estratégia vai continuar sendo a de conversar com as pessoas, mostrar seu programa de governo e participar de debates. A ex-ministra destacou que o que sente nas ruas é "muito maior do que aparece nas pesquisas".

A verde comemorou ainda o fato de que, apesar de a pesquisa mostrar que ela está estabilizada, a sociedade brasileira estar "desestabilizando aqueles que achavam que iam fazer plebiscito", em referência a seus adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

"É uma eleição em dois turnos. Que os brasileiros aproveitem a oportunidade para no primeiro turno votar em quem acredita, com quem se identifique, no candidato do coração. Uma eleição em dois turnos é a oportunidade de pensar duas vezes. Se a gente pensa duas vezes na gente, a gente pode pensar duas vezes no Brasil para conhecer melhor as propostas, melhor o que pensam os candidatos, melhor as trajetórias."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/789244-marina-diz-estar-confiante-e-destaca-que-jogo-esta-nos-12-minutos-do-primeiro-tempo.shtml

TSE manda tirar do ar site com propaganda contra Dilma

O site que estaria sendo utilizado para fazer propaganda contra Dilma Rousseff, candidata do PT à presidência, e outros membros de seu partido, foi suspenso a pedido do tesoureiro de campanha de Marina Silva, candidata do PV à presidência, pelo ministro Joelson Dias, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O tesoureiro de Marina ajuizou representação no TSE, com pedido de liminar, alegando que descobriu por meio do Comitê Gestor da Internet no Brasil, de que seu nome e CPF teriam sido usados por outra pessoa para registrar um domínio na rede mundial de computadores para veiculação de propaganda que ele considera "ilícita e degradante" contra Dilma Rousseff, o que violaria a Lei das Eleições.

Além de pedir a retirada do site questionado do ar, o tesoureiro do PV, que afirma não ser autor da página, pede que seja aplicada a multa sobre propaganda eleitoral, que pode ir de R$ 5.000 a R$ 30 mil. E ainda que seja instaurado um inquérito policial, "diante dos manifestos indícios de práticas criminosas".

O ministro concluiu que a suspensão do site deve ser imediata, pelo menos até que o provedor onde ele está armazenado informe sobre seu autor ou que o próprio responsável se apresente.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/789213-tse-manda-tirar-do-ar-site-com-propaganda-contra-dilma.shtml

Oposição cobra no Supremo apuração sobre violação de sigilo de tucanos

Folha

Líderes da oposição vão ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à PGR (Procuradoria Geral da República) nesta quinta-feira cobrar uma "apuração rigorosa" do crime de violação, por parte de funcionários da Receita Federal, do sigilo fiscal de tucanos.

Para os deputados federais Raul Jungmann (PPS-PE), João Almeida (PSDB-BA) e Cassio Taniguchi (DEM-PR), além do caráter criminal, o caso já se configura também como crime eleitoral, uma vez que os dados dos tucanos foram parar em dossiê montado pelo "grupo de inteligência" que atuou na campanha da candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff.

O vice-presidente-executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, não foi o único tucano a ter o sigilo fiscal violado dentro da Receita Federal. Outras três pessoas ligadas ao candidato tucano à Presidência, José Serra, também tiveram seus dados acessados irregularmente dentro do fisco.

Entre os dias 5 e 8 outubro, servidores da Receita imprimiram sem motivação profissional também as declarações de Imposto de Renda do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor da Previ Ricardo Sérgio e de Gregorio Marin Preciado, primo de Serra.

Os dados foram levantados pela Corregedoria Geral da Receita, que abriu investigação para apurar a quebra do sigilo de EJ, revelada pela Folha em junho.

De acordo com a corregedoria, as informações fiscais dos três tucanos foram acessadas nos terminais de três funcionárias da agência do fisco em Mauá (SP), mesmo local de onde foram retiradas as cópias das declarações de EJ.

Antonia Aparecida Neves Silva, Adeilda Ferreira dos Santos e Ana Maria Cano são as principais suspeitas da violação do sigilo fiscal dos dirigentes tucanos.

A oposição também pretende convocar reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara e aprovar requerimento para ouvir o secretário-geral da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e os funcionários acusados de violar o sigilo dos tucanos.

Para Jungmann, Dilma deve uma explicação à sociedade brasileira. "O produto do crime [os dados fiscais dos tucanos] foi parar no comitê da campanha da Dilma. O PT e a candidata devem uma explicação. Até por que o crime tem mando."

Na avaliação da oposição, a quebra de sigilo é apenas a ponta de um esquema de espionagem clandestina montado pelo PT para atingir adversários políticos.

"O que estamos assistindo é um atentado contra o Estado Democrático de Direito. Trate da revogação do artigo 5º, cláusula pétrea de nossa Constituição, que trata dos direitos e garantias fundamentais do cidadão. A justiça precisa agir prontamente e punir os responsáveis por esse crime", disse o deputado, que, no mês de julho, já havia ingressado com representação na PGR pedindo abertura de inquérito contra o secretário da Receita Federal por crime de prevaricação.

Editoria de Arte/Folhapress