SÃO PAULO (Reuters) - O PSDB explorou nesta quinta-feira a quebra de sigilos fiscais de tucanos ligados ao candidato do partido à Presidência, José Serra, durante o horário eleitoral da legenda na televisão.
Ao termino da exibição de projetos de Serra e, como se o programa tivesse acabado, um apresentador indagou, em tom de denúncia: "A quem interessa mais esta armação contra José Serra?"
Após denúncia de violação de dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e outros três tucanos ligados a Serra, o candidato cobrou de Dilma Rousseff (PT) explicações.
A campanha cobrou o fim das "armações". "Violar é crime", disse o apresentador. "Quem será que está por trás disso? Até quando Brasil vai conviver e aceitar escândalos, aloprados, armações como essas?", perguntou, referindo-se a um dossiê que teria sido feito por petistas contra Serra durante as eleições de 2006.
A oposição entrou, nesta quinta, com um pedido à Procuradoria Geral da República (PGR) para que investigue suposto envolvimento de integrantes do PT e do governo na quebra de sigilos fiscais de tucanos.
No restante de seu tempo, Serra explorou a palavra "continuidade". Disse que dará sequência às ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estão "dando certo", inclusive o Bolsa Família --explorar a continuidade dos programas do governo é a principal arma da campanha de Dilma.
Um tema foi comum aos dois horários: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das bandeiras do presidente Lula, que chama sua ex-ministra de "mãe do PAC".
Enquanto tucanos mostraram imagens de obras que estariam paradas, petistas exibiram exemplos de avanços iniciados pelo programa.
O PT também mencionou o Bolsa Família, que "nós criamos", nas palavras de Dilma, referindo-se a ela e Lula, cuja participação foi novamente explorada.
No final, apresentou postos nos quais Dilma foi "a primeira mulher a ocupar", entre eles o cargo de ministra-chefe da Casa Civil de Lula, "o cargo mais importante do governo depois do presidente", segundo o programa.
(Por Hugo Bachega)
http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE67Q01F20100827
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