25 de set. de 2010

José Serra pega carona carona na imagem de Juscelino Kubitschek

No Museu de Juscelino Kubitschek, o tucano diz que se inspirou no projeto do estadista mineiro e reforça mínimo de R$ 600

Correio Braziliense - Pedro Ferreira


Diamantina (MG) — Para tentar reverter a sua desvantagem nas pesquisas, o presidenciável José Serra (PSDB), em campanha na histórica Diamantina, cidade mineira no Alto Jequitinhonha, pegou carona literalmente na imagem do filho mais ilustre da cidade, Juscelino Kubitschek (JK), e também nas boas performances do colega de partido Antonio Anastasia, candidato à reeleição ao governo de Minas, e do ex-governador tucano Aécio Neves, que disputa uma vaga no Senado. Os três e o candidato ao Senado Itamar Franco (PPS) permaneceram por cerca de três horas em Diamantina, na tarde de ontem, onde participaram de uma carreata e fizeram um breve discurso em um palco improvisado na Rua da Quitanda. Em seu primeiro evento de campanha juntos, Serra e Itamar, adversários por muito tempo, ainda visitaram a casa onde JK passou a infância, de 1902 a 1919, hoje transformada em museu.

Depois da carreata, os candidatos brindaram com chope no Café A Baiúca e discursaram. Serra pediu que cada um ali presente conseguisse um, dois ou mais votos para eles, e sugeriu que os simpatizantes recorressem aos indecisos por e-mail, por telefone, no local de trabalho, na escola “para que o sopro de cada um se torne uma ventania e faça o barco chegar ao porto da vitória”. O candidato assumiu o compromisso de, se eleito, acabar com as “estradas da morte” no país, citando a BR-381, no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. Para ele, o número de mortes nas estradas brasileiras é altíssimo e as estatísticas divulgadas não correspondem à realidade.

Referência
Segundo Serra, JK foi um grande presidente e uma das suas referências entre os estadistas brasileiros. “É um homem que governou o Brasil com competência, generosidade, tolerância, e que nunca tratou adversário como inimigo. Trabalhou por todas as regiões do país, somou o Brasil, criou uma economia forte. É um exemplo daquilo que eu quero fazer”, disse o candidato à Presidência, ressaltando que não vai governar para partidos, mas para todo o povo. O tucano prometeu ainda criar uma economia forte, para expandir o emprego, distribuir renda e proteger os desamparados. “Meu projeto é inspirado na figura de Juscelino”, ressaltou. Questionado se Lula estaria agindo indevidamente ao citar também JK em seus discursos, Serra respondeu: “Eu nunca vi o Juscelino numa campanha atacando pessoalmente adversários. Esse era um exemplo de conduta boa de um presidente da República.”

Destacando o artesanato e o potencial turístico e universitário da região, o presidenciável prometeu tirar do papel a faculdade de medicina do município. “Aqui é a porta de entrada para o Vale do Jequitinhonha, que precisa de investimento do Brasil e de Minas Gerais”, disse Serra.

O tucano também reforçou a proposta de aumentar o salário mínimo para R$ 600 e de reajustar os benefícios da Previdência em 10%, além de trabalhar para a recuperação da saúde, da segurança e da educação. “O Brasil pode muito mais nessas áreas. De fato, ele ficou para trás nessas áreas”, disse.

É um homem que governou o Brasil com competência, generosidade, tolerância, e que nunca tratou adversário como inimigo”
José Serra, candidato à Presidência da República

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/25/noticia_eleicoes2010,i=214808/JOSE+SERRA+PEGA+CARONA+CARONA+NA+IMAGEM+DE+JUSCELINO+KUBITSCHEK.shtml

Serra minimiza avanço de Marina Silva na reta final

Gustavo Porto / SÃO CARLOS

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, minimizou nesta sexta-feira, 24, o impacto de um eventual crescimento da candidatura de Marina Silva (PV) levar a disputa eleitoral para o segundo turno.

"Ninguém está aí para ajudar o outro e eu jamais cometeria qualquer tipo de desrespeito contra eles ( candidatos), pois todos terão a chance de disputar. E cada um está aí para ganhar", disse, durante visita a cidade de São Carlos, no interior paulista.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, Marina subiu de 11% para 13% nas intenções de voto, com margem de erro de dois pontos.

Serra classificou como "factoide" o manifesto divulgado por uma ala do PMDB paulista – que apoia o PSDB no Estado – a favor de Dilma Rousseff (PT) e afirmou ser contra o pedido do PT ao Supremo Tribunal Federal para que o eleitor não tenha de apresentar dois documentos para votar. "A lei é lei. Acho importante ter a foto."

Ferimento. O tucano feriu levemente a cabeça ao bater no suporte do vídeo da van que o transportou para Araraquara, onde fez carreata e minicomício na região central da cidade. Serra até brincou com o corte: "Estou dando sangue na campanha."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-minimiza-avanco-de-marina-silva-na-reta-final,614947,0.htm

'O amor vai vencer o medo', afirma Dilma

Anne Warth/PORTO ALEGRE - Enviada especial

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira, 24, que a divulgação de vídeos na internet - comparando petistas a cachorros da raça rottweiler - mancha a reputação de seus adversários. Sem citar o nome de José Serra (PSDB), ela condenou as ações e, numa ao slogan "a esperança venceu o medo", da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma disse que, desta vez, "o amor vai vencer o medo".

"Acho que quem faz esse tipo de coisa não mancha a outra pessoa, mancha a si mesma. Não é uma prova de bom comportamento. Eleição é um momento em que você tem de respeitar o eleitor e debater, não fazer esse tipo de coisa", disse, em entrevista coletiva na capital gaúcha.

A campanha de Dilma já entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a imediata retirada dos vídeos e as punições de acordo com a legislação. Ao Ministério Público, o PT pediu a abertura de inquérito policial para apurar a autoria.

"Não vou baixar por nada nesse mundo o nível da campanha, nem usar esse tipo de artifício. Acho que dessa vez, além da esperança vencer o medo, também vai vencer o amor pelo Brasil."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,o-amor-vai-vencer-o-medo-afirma-dilma,614946,0.htm

Para Marina, onda verde vai levá-la para o segundo turno

Evandro Fadel/CURITIBA

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, voltou a usar a expressão "onda verde" para dizer que as pesquisas mostram o que ela sente nas ruas. "Estamos criando uma verdadeira onda verde, que vai para o segundo turno, porque debatemos propostas e não fomos para o vale-tudo eleitoral", disse ontem.

"Agora o Brasil vê em nós uma candidatura viável no segundo turno, com credibilidade para manter as conquistas, corrigir os erros e avançar para novos desafios", afirmou Marina. "Sinto uma onda verde gigantesca a favor de um projeto que priorize a educação, saúde, segurança pública e cuidado com o meio ambiente."

Questionada sobre a capitalização da Petrobrás, cuja cerimônia foi presidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina defendeu a necessidade de haver critérios na exploração do pré-sal. "Tem de ser explorado com tecnologia altamente segura para evitar desastre como os do Golfo do México." Ela alertou que o processo precisa estar atrelado a uma "visão inovadora, com transparência e acompanhamento da sociedade civil". Marina Silva ficou cerca de meia hora na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde deu entrevista e cumprimentou eleitores.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-marina-onda-verde-vai-leva-la-para-o-segundo-turno,614949,0.htm

Lula ameniza críticas à imprensa durante comício no RS

'A imprensa é muito importante para nós', afirma Lula durante comício no RS

Rodrigo Alvares/PORTO ALEGRE - Estadão.com.br

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva amenizou as críticas à imprensa durante discurso realizado na noite desta sexta-feira, em Porto Alegre (RS). Lula afirmou que "a democracia é isso: cada um fala o que quer, escreve o que quer e publica o que quer. A imprensa é muito importante para nós". Entretanto, o presidente voltou a alfinetar a oposição: "Não adianta os adversários quererem mostrar o passado da Dilma, o meu, o do Tarso. Nós não temos medo de mostrar o nosso passado".

Para uma plateia de cerca de 35 mil pessoas, Lula disse que "tinha a necessidade de recuperar a cidadania deste País. Nós tínhamos a cabeça muito colonizada, só prestava o que saía no New York Times, no Le Monde - jornais americano e francês, respectivamente. "É importante avaliar o meu governo por décadas enão por números, mas por quebras de paradigmas", acrescentou.

A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, alertou que "ao ódio, nós, vamos responder com esperança. Somos democratas porque acreditamos no povo e na liberdade de expressão". A ex-ministra declarou que "nunca um governo fez tanto pelo Rio Grande do Sul como o governo Lula".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-ameniza-criticas-a-imprensa-durante-comicio-no-rs,614933,0.htm

24 de set. de 2010

Dilma esbanja otimismo, Serra ataca e Marina Silva comemora crescimento

Correio Braziliense - Ivan Iunes | Josie Jeronimo

Embora não economize nas recomendações para que a equipe de campanha evite “subir no salto alto”, a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, já dá, nas entrelinhas, as eleições de 3 de outubro como favas contadas. Ela afirmou ontem que a margem de vantagem que detém nas pesquisas é confortável e não pode ser revertida em nove dias. “Está muito perto. Vocês podem ter certeza que a eleição vai ser muito boa para nós”, disse.

A aparente confiança é explicitada exatamente no momento em que uma pesquisa divulgada pelo Datafolha indicou queda de 12 para sete pontos na vantagem de Dilma em relação à soma dos outros concorrentes. A ameaça cada vez maior de um segundo turno surge depois das acusações de tráfico de influência envolvendo Erenice Guerra, ex-assessora direta da petista e ex-ministra da Casa Civil, mas a candidata minimizou o levantamento. “É um resultado dentro da margem de erro.”

Na reta final do primeiro turno, o deputado Antônio Palocci (PT-SP), homem forte da coordenação de campanha da presidenciável, acompanhou Dilma ontem durante encontro com representantes da Confederação Nacional de Saúde, em Brasília. A aparição de Palocci ao lado da candidata causou uma saia justa. Dilma foi questionada por um humorista se o ex-ministro José Dirceu agiria nos bastidores de sua campanha enquanto Palocci aparecia “na cara dura”. A petista se recusou a responder a pergunta.

Apesar do discurso de serenidade dos petistas, a campanha de Dilma ingressou com pedido de abertura de inquérito no Ministério Público para apurar se vídeos divulgados na internet contra a candidata constituem prática de crime eleitoral. A coordenação de campanha encaminhou ação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando a retirada dos vídeos, hospedados no YouTube.

Estratégia tucana
Na TV e no rádio, Serra segue com os ataques a Dilma Rousseff. As peças mais agressivas, no entanto, são as mesmas já veiculadas, associando Dilma a Erenice e a José Dirceu e questionando a capacidade da candidata de governar o país tendo falido uma “lojinha de R$ 1,99”, em referência ao negócio fracassado da petista criado em Porto Alegre no fim dos anos 1990.

O programa de ontem ainda trouxe críticas do ex-secretário de Fazenda municipal da capital gaúcha Polibio Braga, que sucedeu Dilma no cargo. De acordo com ele, a petista teria deixado o caixa do município “sem um centavo”, com os salários dos funcionários a vencer na semana seguinte e sem previsão de receita para o pagamento do 13° salário dos servidores.

Outra menção ao episódio envolvendo Erenice Guerra foi feita pelo próprio candidato tucano em visita a Sinop (MT). “O que vem incomodando essa gente é que a imprensa vem apresentando notícias que mostram abusos, nepotismo e maracutaia com o dinheiro público. Essa imprensa incomoda os donos do poder. E é só isso. Aqueles que perseguem hoje a imprensa vão mais tarde perseguir credos religiosos. E essa perseguição não tem fim”, acusou Serra.

A propaganda de Dilma não fez referência ou deu explicação para os escândalos recentes envolvendo Erenice. A candidata se limitou a apresentar realizações do governo federal. Já Marina Silva (PV), que registrou crescimento de 2% na última pesquisa do Datafolha, explorou essa arrancada no horário eleitoral. Disse que é a única força política que cresce no país e a única que pode enfrentar a corrupção e o atraso político do Brasil. Ontem, Marina visitou Mato Grosso, onde fez campanha. Devido ao clima seco e o intenso calor, que chegou aos 43ºC, uma caminhada prevista em Cuiabá foi cancelada.

OUTRO LEVANTAMENTO
A pesquisa Vox Populi/Band/IG divulgada ontem mostra um cenário inalterado na disputa pela Presidência, ao contrário do último levantamento do instituto Datafolha, que apontou uma queda da vantagem de Dilma Rousseff (PT) de cinco pontos percentuais em relação à soma dos demais concorrentes. Na Vox Populi, Dilma continua com 51% das intenções de voto. José Serra (PSDB) manteve os mesmos 24% e Marina Silva (PV) cresceu de 8% para 10%. Pelo resultado, Dilma venceria já no primeiro turno das eleições. Três mil pessoas foram ouvidas pelo Vox Populi, entre os dias 18 e 21 deste mês. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31.705/10.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/24/noticia_eleicoes2010,i=214576/DILMA+ESBANJA+OTIMISMO+SERRA+ATACA+E+MARINA+SILVA+COMEMORA+CRESCIMENTO.shtml

Marina cresce e empata com Serra no Rio

Folha

PLÍNIO FRAGA
DO RIO

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, ganhou mais de 1 milhão de votos no Estado do Rio de Janeiro em dois meses e empatou com José Serra (PSDB) entre os eleitores fluminenses.

O Rio caminha para, mais uma vez, destoar do resto do país ao votar. O crescimento verde pode ser explicado por um vácuo político em um eleitorado de 11,6 milhões de pessoas --o terceiro do país-- bem informado e com forte presença evangélica.

Segundo o Datafolha, Marina tem 22% das intenções de voto no Rio --dez pontos percentuais a mais que em julho e nove pontos a mais que sua média nacional, de 13%--, o que representa mais de 2,5 milhões de eleitores.

No mesmo período, Serra perdeu oito pontos --tem 23%--, o que configura empate técnico com a candidata do PV, estando no Rio oito pontos abaixo de sua média nacional. A petista Dilma Rousseff é líder com 45% --quatro a menos que sua média nacional.

Na cidade do Rio, Marina atinge 24% dos votos contra 21% do tucano. No Distrito Federal, Marina também está na frente de Serra (26% a 23%), mas nos dois casos estão tecnicamente empatados em razão da margem de erro de dois pontos percentuais.

O sociólogo Antônio Lavareda, analista de pesquisas que presta serviços ao Partido Verde, atribui o comportamento de Marina ao "perfil diferenciado" do eleitorado.

"São regiões em que o tamanho relativo das camadas de maior escolaridade e renda --público que não só é mais receptivo a Marina, mas que também a conhece mais-- é maior, facultando assim esse crescimento."

Marina tira votos de Dilma e de Serra, crescendo mais nos segmentos de alta renda e escolaridade. Pesquisa nacional do Datafolha divulgada ontem mostra Dilma com 49%, Serra com 31% e Marina com 14%.

Em 2006, no primeiro turno, a candidata do PSOL, Heloisa Helena, obteve 17,1% dos votos no Estado, mas apenas 6,9% no país. Sua performance fez minguar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, que teve no Rio 28,9% contra 41,6% dos votos no país.

Para o cientista político Cesar Romero Jacob, professor da PUC-RJ e especialista em análise de mapas eleitorais, a viabilidade de Marina depende do voto útil --se Dilma não tivesse deslanchado, ela poderia ter sido depositária dos votos do lulismo.

No atual momento de campanha, ela pode se beneficiar do voto útil dos que veem a candidatura tucana empacada. "Isso pode se tornar um problema grave para o Serra no final da campanha", diz.

Jacob afirma que há um vácuo político no Rio em razão da desintegração do que chama de família brizolista, aliados e ex-aliados do líder gaúcho que venceram 5 de 7 eleições para o governo do Estado desde 1982.

"Nos anos 2000, ocorre uma crise de hegemonia que abre espaços para um político pós-Brizola como Sérgio Cabral. Justifica, por exemplo, o surgimento de uma candidatura com força como a de Marcelo Crivella, a boa votação de Heloisa Helena em 2006 e agora o crescimento de Marina", afirma.

O ex-prefeito César Maia, candidato ao Senado pelo DEM, aliado estadual do PV na candidatura ao governo de Fernando Gabeira e nacionalmente alinhado com Serra, aponta outra vertente para o crescimento de Marina: "Ela cresce pelo voto evangélico". Marina converteu-se à Assembleia de Deus em 1997.

O último Censo apontou que 15% dos brasileiros se dizem evangélicos, mas lideranças religiosas afirmam que os evangélicos no Rio chegam a 25% do eleitorado.

Ao lado do apoio de Lula, o eleitorado evangélico é responsável por manter Marcelo Crivella (PRB) com 40% das intenções de voto ao Senado, apesar de seu pouco tempo de televisão --cerca de 1 min. Crivella tem sua base entre os evangélicos ligados à Igreja Universal, da qual foi bispo.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/803995-marina-cresce-e-empata-com-serra-no-rio.shtml

Serra nega autoria de vídeos anti-Dilma; "pode ser do PSDB", afirma

Fábio Brandt
Do UOL Eleições


O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, negou na noite desta quinta-feira (23) que sua campanha tenha produzido ou contratado alguém para produzir a série de vídeos “O Brasil não é do PT”, divulgada no YouTube.

“Pode ser do PSDB, mas não é da campanha”, declarou o candidato ao deixar a Universidade Católica de Brasília, onde participou de debate entre presidenciáveis organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Serra frisou que não assistiu aos filmes e que sua campanha não contratou ninguém para elaborá-los. A coligação de Dilma pediu hoje (23) a retirada dos vídeos da internet com ação contra a coligação de José Serra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No caminho entre o auditório onde ocorreu o debate e o carro que o levou embora, Serra tirou fotos com eleitoras e pediu votos. Ele não respondeu questões sobre o escândalo envolvendo um de seus apoiadores, o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB).

“Já dei entrevistas hoje e estou muito cansado, me desculpem”, disse Serra.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/24/serra-nega-autoria-de-videos-anti-dilma.jhtm

Presidente do STF vota contra Ficha Limpa nestas eleições e empata votação

Rosanne D'Agostino
Do UOL Eleições


O julgamento sobre a Lei da Ficha Limpa no STF (Supremo Tribunal Federal) está empatado, com cinco votos favoráveis e cinco contrários à aplicação imediata da norma já nas eleições de 2010. A Corte julga nesta quinta-feira (23) recurso do candidato Joaquim Roriz (PSC) contra seu enquadramento como ficha suja. Os ministros devem agora decidir qual o resultado deve ser proclamado.

Os ministros Ellen Gracie, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia decidiram seguir entendimento apresentado ontem pelo relator do pedido, Carlos Ayres Britto, para manter a Lei da Ficha Limpa. Já o presidente da Corte, Cezar Peluso, Celso de Mello, Marco Aurélio de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli defenderam a constitucionalidade da nova legislação, com a ressalva de que a norma não pode ser aplicada no pleito de 2010.

Segundo a lei, fica inelegível, por oito anos, político condenado por mais de um juiz por crimes eleitorais (compra de votos, fraude, falsificação de documento público), lavagem e ocultação de bens, improbidade administrativa, entre outros.

Votos
O último voto apresentado foi do ministro Cezar Peluso. “Fico vencido, mas, mais do que nunca, não convencido”, disse o ministro, avaliando a questão, segundo ele, “à luz da Constituição”.

Peluso afirmou que o Supremo não se está a julgar pessoas, e sim atos. “Somos todos favoráveis à moralização dos costumes políticos, do respeito aos valores éticos nas disputas eleitorais”, disse. “Não me comovem pressões provindas da opinião pública, ou de segmentos do povo ou de instituições, por mais respeitáveis que sejam. A função de uma Corte constitucional não é atender as vontades de segmentos, é atender o que o povo positivou na sua Constituição.”

“Um tribunal que atenda a pretensões legítimas da população ao arrepio da Constituição, é um tribunal que nem o povo pode confiar”, continuou em seu voto. "Tampouco me parece que a função do poder Judiciário usurpar ao povo um poder elementar do povo que é escolher os seus governantes. É o povo que deve avaliar a idoneidade dos seus candidatos, independentemente de suas condições de elegibilidade."

Antes de decidir sobre o caso de Roriz, os ministros julgaram se a lei teria um vício formal em sua origem. A maioria decidiu não analisar o argumento imprevisto, inserido ontem no processo por Peluso, que alegou que o texto violou o processo constitucional legislativo, “porque não foram adotadas as exigências de tramitação no caso de emenda”. Ele afirmou se tratar de um “caso de arremedo de lei”.

Peluso voltou a defender que o texto deveria voltar para a Câmara, mas que, mesmo uma lei considerada constitucional, não deve valer em menos de um ano de sua publicação “paradar estabilidade ao processo eleitoral e garantir que a lei não retroaja para não atingir situações consolidadas no passado e não ferir o princípio da segurança jurídica”.

Ainda segundo o presidente da Corte, impedir a candidatura de Roriz pode ser interpretado como uma sanção. “Um dos casos mais manifestos de casuísmo”, porque a lei está “apanhando no passado atos que não puderam ser evitados”. “O que se pode dizer de uma lei destinada a apanhar pessoas determinadas?”

Assim, votou para que a Lei da Ficha Limpa não se aplique a ele ou outros candidatos retroativamente. "Reotragindo, ela viola vários direitos de ordem constitucionais, o que poderia ser resumido à dignidade da pessoa humana."

Entenda o que está em julgamento
Ao julgar o recurso do candidato ao governo do Distrito Federal, o Supremo julga também o futuro da Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados. Os ministros devem decidir se revertem a cassação do registro de Roriz, barrado no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do DF e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O pedido é o primeiro contestando a lei a ser analisado pela Corte suprema do país, por isso, o entendimento deve respaldar a aplicação da nova norma aos demais candidatos.


Voto do relator
Como relator do recurso, o ministro Carlos Ayres Britto apresentou nesta quarta (22) voto pela aplicação da Lei da Ficha Limpa a todos os candidatos já nas eleições 2010. Segundo Britto, a norma obedece a Constituição e nasceu legitimada pela vontade popular. “Vida pregressa não é vida futura”, afirmou.

Antes do início do voto, o plenário reconheceu repercussão geral do recurso, ou seja, o mérito da questão e a decisão proveniente da análise deverão ser aplicados posteriormente pelas instâncias inferiores, em casos idênticos. A sessão foi interrompida por Dias Toffoli, e hoje retomada com seu voto-vista.

O caso
Roriz renunciou ao mandato de senador, em 2007, para fugir de processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. A Lei da Ficha Limpa proíbe a candidatura de políticos nessas condições, assim como daqueles que possuam condenações por decisão colegiada (por mais de um membro do Judiciário).

Um dos argumentos da defesa do candidato é de que a lei não se aplica a seu caso, porque a renúncia ocorreu antes da promulgação da norma. Além disso, diz que o ato de renunciar ao mandato parlamentar é garantido constitucionalmente. Segundo a Lei da Ficha Limpa, o político que renunciar para não ser cassado fica inelegível por oito anos após o fim do mandato que cumpriria.

s advogados também dizem que a norma viola o princípio da presunção de inocência e não pode ser aplicada nas eleições 2010, sob a tese de que vai contra o artigo 16 da Constituição Federal, que estabelece que qualquer lei que altere o processo eleitoral deve demorar um ano para entrar em vigor. A lei foi aprovada em junho deste ano.

Insegurança jurídica
Em agosto deste ano, o TSE confirmou que a lei retroage, atingindo candidatos com condenações anteriores à norma. Mas, diante da ausência de um posicionamento do Supremo sobre a constitucionalidade da legislação, TREs e o próprio TSE já liberaram concorrentes nessas condições. Ministros do Supremo, em decisões monocráticas, também já liberaram candidatos. Os pedidos são julgados um a um.

O Supremo está dividido sobre o tema, e há grande possibilidade de empate. Nesse caso, mais uma controvérsia pode entrar na pauta do plenário: o chamado voto de qualidade, proferido pelo presidente da Corte para desempatar a questão.

Nos casos de declaração de inconstitucionalidade, há discussão sobre se cabe o mecanismo. Embora o regimento interno da Corte permita o voto, pela Constituição, seria necessária a maioria absoluta dos membros do STF para derrubar uma lei. Se não houver maioria, o empate significa que a lei continua em vigor.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/24/julgamento-sobre-lei-da-ficha-limpa-empata-no-supremo.jhtm

23 de set. de 2010

Dilma diz que chegou a hora de o país eleger uma mulher para presidente

Segundo candidata do PT, é hora de a sociedade brasileira reafirmar que não tolera mais o preconceito

Agência Brasil

Ao participar de comício na noite desta quarta-feira, 22, em Curitiba, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que é hora de a sociedade brasileira reafirmar não tolera mais o preconceito.

“Os brasileiros já acabaram com o preconceito de que só a elite pode governador e viram um metalúrgico fazer o que nenhum outro presidente do Brasil havia feito. Agora, é preciso acabar com o preconceito de que uma mulher não poder governar”, discursou Dilma, que estava acompanhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capital paranaense.

A petista também criticou as mentiras e falsidades. “Vamos combater o ódio que estão tentando destilar, com duas coisas: esperança e imenso amor ao povo brasileiro, que é pacífico e trabalhador”, afirmou ela, durante o comício, que reuniu cerca de vinte mil pessoas no centro de Curitiba.

Em seu discurso, Lula falou sobre seu governo. “Estou orgulhoso em dizer que entregarei o governo com um saldo em caixa de US$ 271 bilhões”. Ele afirmou ainda que a eleição de Dilma representa a continuidade dos programas do governo que tiraram milhões de pessoas da pobreza e deram dignidade para elas.

http://www.opovo.com.br/app/eleicoes2010/2010/09/23/noticiapolitica,2045241/dilma-diz-que-chegou-a-hora-de-o-pais-eleger-uma-mulher-para-presidente.shtml

Serra recebe sugestões inusitadas para programa de governo

Relatório divulgado hoje pelo PSDB mostra propostas que vão desde redução de impostos até mudança no logo da Copa 2014

Nara Alves, iG

A campanha do candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, divulgou nesta quinta-feira o relatório de atividades do Proposta Serra (faça aqui o download), site que recebeu até o dia 20 de setembro contribuições de internautas para o programa de governo do presidenciável. Segundo o relatório, 19 mil participantes do PSDB, DEM, PPS e sem partido fizeram 8.311 contribuições em 40 temas diferentes. As sugestões foram aproveitadas na elaboração do programa que será apresentado por Serra antes do primeiro turno. Boa parte deste conteúdo, no entanto, deverá ficar de fora do documento final.

Entre as sugestões mais abordadas por internautas estão diversas propostas que já foram apresentadas pelo tucano ao longo da campanha, como a de mudança cambial visando a "maior exportação de bens de maior valor agregado", a "ampliação da fiscalização das fronteiras para combate ao tráfico de drogas e armas" e a "transparência e prestação de contas na internet".

Muitas sugestões, no entanto, deverão ficar de fora do Programa de Governo final de José Serra. Na questão das drogas, por exemplo, mais participantes se posicionaram a favor da descriminalização das drogas, em especial da maconha, do que contra. E Serra tem se posicionado contra a descriminalização da maconha.

Outras propostas que constam na lista das mais abordadas, algumas polêmicas ou inusitadas, são o "fim das cotas raciais nas universidades", o "fim da obrigatoriedade do serviço militar", a "revisão das divisões territoriais estaduais", o "fim da obrigatoriedade da contribuição sindical", a "criação de um ministério da Juventude", a "legalização de bingos e cassinos para promoção do turismo e desenvolvimento do Nordeste", além da "necessidade de mudar o logo da Copa 2014".

Segundo o relatório, produzido pelo coordenador do programa de governo de Serra, Xico Graziano, os participantes foram pessoas indicadas pela coligação “O Brasil pode mais”. "Os interlocutores são estudiosos e entusiastas voluntários da candidatura Serra, pessoas importantes e comprometidas que dominam o conteúdo de cada agenda setorial", diz o documento de 50 páginas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/serra+recebe+sugestoes+inusitadas+para+programa+de+governo/n1237782668790.html

Dilma diz que estuda medidas judiciais contra vídeo do PSDB

Presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que os advogados estudam as medidas cabíveis contra PSDB, mas ainda não há definição

Andréia Sadi, iG

A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje, em Brasília, que 'manterá o nível' mas não descarta providências judiciais contra o PSDB pelos vídeos que passaram a veicular recentemente. “Entrar com qualquer medida judicial não significa baixar o nível, significa se defender”, argumentou Dilma. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, reafirmou a candidata e disse que os advogados do PT já estudam o caso para tomar as medidas cabíveis.

Em um vídeo que se popularizou na internet nesta manhã, são veiculadas algumas imagens de um suposto entrevistador questionando a competência de uma candidata, que repete a todo minuto ‘ser amiga do presidente’. A personagem, que é muito parecida com Dilma, aparece todo o momento de costas para a câmera. Além de trazer insinuações de que Dilma não será capaz de repetir os feitos de Lula, o vídeo ainda traz um personagem que, à luz e semelhança do presidente, não consegue segurar cães raivosos e prontos a atacar, em referência ao partido de Lula, o PT.

Em breve coletiva, Dilma disse ainda que não pretende proibir atos e manifestações, tanto de apoio como de críticas, à imprensa. A ex-ministra se recusou a comentar sobre as vagas para os ministérios de seu eventual governo, dizendo que ainda é muito cedo para esse tipo de discussão. “Gosto muito do Palocci,como gosto do Dutra. Agora, se eu discutir em algum momento ministério antes da eleição eu serei uma pessoa que não só estaria colocando carro na frente dos bois como estaria subindo num baita de um salto alto”, justificou, completando que não o faz por ‘convicção’. “Vocês hão de convir que subir no salto alto com esse pezinho pesado que eu tenho levaria a eu detonar o outro pé ...”, disse, apontado para a bota ortopédica.

Citando que o Brasil vive um momento democrático, Dilma disse que é preciso conviver com todas as manifestações. “Acho que nós não podemos fazer política com ódio. (..) Não da para demonizar ninguém nesse País. Isso não é clima para um País que saiu há mais de 20 anos da ditadura”, pontuou. A petista ainda deu indícios de

A candidata, que minimizou a última pesquisa Datafolha, disse não acreditar que a diminuição da sua vantagem seja por conta do caso Erenice. “Vamos aguardar essa semana, que vai ser cheia de pesquisas, idas e vindas, vamos aguardar, está perto do dia 3, não temos que nos inquietar. Daqui para frente é continuar trabalhando (..) É dentro da margem de erro”.

Dilma foi ainda personagem de uma brincadeira do CQC, programa da Rede Bandeirantes. O repórter fez uma paródia sobre o pé machucado da petista ao perguntar se ela tropeçou caindo na pesquisa ou fazendo campanha o Netinho. Bem humorada, ela respondeu: ‘’Nem um nem outro querido companheiro do CQC, foi caindo de uma esteira. Quem não é atleta não pode querer ser. Eu estava tentando ser e escorreguei”.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/dilma+quer+manter+o+nivel+mas+nao+descarta+medidas+judiciais/n1237782753211.html

Dilma não vê razão para se "inquietar" com Datafolha

BRASÍLIA (Reuters) - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, procurou minimizar o resultado da pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira, lembrando que sua oscilação ficou dentro da margem de erro. E afirmou que a esperança vencerá o ódio.

"Está perto do dia 3 de outubro e a gente não tem que se inquietar", disse a candidata a jornalistas em Brasília nesta quinta-feira.

Segundo o Datafolha, a vantagem da petista sobre o total de votos dos demais candidatos caiu de 12 pontos para 7 pontos percentuais. Pelos números, ela ainda seria eleita no primeiro turno se a eleição fosse hoje, mas aumentam as chances de ser preciso uma segunda rodada de votações.

Dilma voltou a fazer o discurso de que não baixará o nível de sua campanha e reinventou o slogan petista de 2002 de que "a esperança venceria o medo".

"Ah a esperança no Brasil, o amor por este povo vence o ódio", disse Dilma ao se referir à campanha do principal adversário, José Serra (PSDB).

EMPREGOS

A candidata do PT comemorou os dados divulgados pelo IBGE nesta manhã, mostrando a menor taxa de desemprego do país, de 6,7 por cento, a menor da série histórica iniciada em 2002.

Ela lembrou que até o final do ano serão gerados mais de 2 milhões de empregos formais e afirmou que "de 2011 a 2014, uma das questões mais focais será manter esse ritmo de geração de emprego... sem pressões inflacionárias".

Questionada se o ex-ministro Antonio Palocci, ao seu lado na entrevista coletiva, seria seu futuro ministro da Fazenda caso eleita, Dilma respondeu: "Eu gosto muito do Palocci, gosto muito do José Eduardo Dutra, gosto muito do José Eduardo Cardoso, agora, se eu discuto em algum momento antes de ganhar a eleição... eu estaria subindo num baita salto alto."

Ela brincou que não sobe num salto alto não apenas por convicção, mas também pelo pé lesionado, que a faz usar uma bota ortopédica.

(Reportagem de Natuza Nery)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68M0AW20100923

Dilma diz que pretende facilitar parcerias com setor privado para melhorar atendimento no SUS

Agência Brasil


Brasília - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje (23/9) que, caso seja eleita, irá facilitar a articulação entre o setor público e privado para melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Vou adotar uma sistemática em relação ao diálogo. Serão soluções construídas juntas. O SUS é um sistema complexo, com problemas sérios de financiamento. E efetivar o SUS significa articular essa relação”, disse ao sair de reunião com a Confederação Nacional de Saúde (CNS), em Brasília.

Dilma considerou como principal desafio no setor o atendimento especializado. E citou como exemplo a Rede Sarah, especializada em reabilitação. “Darei todo incentivo para tornar a Rede Sarah um ponto de referência. Levar a Rede Sarah para todas as regiões”, disse.

A candidata também defendeu a ampliação de unidades de pronto-atendimento 24 horas como forma de descongestionar o atendimento nos hospitais e também a Rede Cegonha, para o atendimento de gestantes.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/23/noticia_eleicoes2010,i=214446/DILMA+DIZ+QUE+PRETENDE+FACILITAR+PARCERIAS+COM+SETOR+PRIVADO+PARA+MELHORAR+ATENDIMENTO+NO+SUS.shtml

Dilma: Tolerância é fundamental para relação democrática entre instituições

Agência Brasil


Brasília - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje (24/9) que posicionamentos divergentes são característicos da democracia e que tolerância é a melhor palavra para a uma relação democrática entre as instituições. O comentário foi feito em referência às críticas que o “Ato Contra o Golpismo Midiático”, organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, tem recebido.

“Sou contra proibir ato. Temos de conviver com eles. Não vou desautorizar nenhuma pergunta da imprensa e ato nenhum”, disse Dilma Rousseff. “Posicionamentos divergentes são absolutamente característicos da democracia. Tolerância é a melhor palavra para uma relação democrática. Não podemos fazer política com ódio. Isso não é clima adequado para um país que saiu há mais de 20 anos da ditadura”, completou Dilma Rousseff.

Ao sair de reunião com a Confederação Nacional de Saúde (CNS), em Brasília, Dilma ainda afirmou que não irá comentar nomes de possíveis ministros que farão parte de seu governo, caso seja eleita. Ao responder a uma pergunta de um jornalista sobre se o deputado e ex-ministro da Fazenda, Antônio Pallocci, voltaria a ocupar a pasta em seu governo, a candidata disse que não pretende discutir o assunto antes do resultado das eleições.

“Gosto muito do Palocci. Mas se eu discutir [nomes de ministros] em algum momento antes de ganhar a eleição estaria colocando o carro na frente dos bois e subindo no salto alto”, disse.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/23/noticia_eleicoes2010,i=214445/DILMA+TOLERANCIA+E+FUNDAMENTAL+PARA+RELACAO+DEMOCRATICA+ENTRE+INSTITUICOES.shtml

Dilma se diz favorável à demissão de nomeados por Erenice por amizade

Correio Braziliense - Tiago Pariz

Diante da enxurrada de denúncias de empregos públicos distribuídos pela ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra para acomodar familiares e amigos, a presidenciável petista Dilma Rousseff defendeu a exoneração de todos os indicados pela antiga auxiliar. A última foi Paula Damas de Matos, filha do presidente dos Correios, David José de Matos, que tinha função comissionada na pasta.

Dilma disse ser favorável à demissão das pessoas que tenham sido indicadas pelos critérios de parentesco ou amizade, que acabou sendo o principal meio de nomeação usado por Erenice Guerra na Secretaria Executiva da Casa Civil ou na chefia do Ministério. “Sou contra a indicação de parentes ou pelo critério de amizade”, afirmou a presidenciável petista, ao ser questionada se ela entende ser adequado que todos os indicados por Erenice no governo sejam exonerados.

Dilma negou, no entanto, que tenha indicado Erenice pelo critério de amizade. “Eu conheci a Erenice na transição. Ela era militante do PT no Distrito Federal há muito tempo”, afirmou. A ex-ministra da Casa Civil era consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia e foi levada à Casa Civil por ter ganhado a confiança da candidata. Quando se discutia a indicação da substituta de Dilma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a torcer o nariz para Erenice, mas acabou aceitando desde que ela tivesse menos poderes que Dilma. A saída foi deixar a coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas mãos de Miriam Belchior, uma antiga assessora.

Na entrevista, Dilma tentou desvincular-se do protesto de centrais sindicais e movimentos sindicais contra a grande imprensa intitulado Ato contra o golpismo midiático. “Sou a favor da liberdade de imprensa. Quando achar que alguma coisa está errada, tenho o direito de fazer o meu protesto”, afirmou a petista. “Mas não tenho nada a ver com o ato”, emendou. A candidata disse não se incomodar com as críticas. “Eu sou pessoa que convive perfeitamente com a crítica. O que não podem querer é que eu aceite tudo calada. Calada, não vou aceitar. Eu vou fazer coisa boa que é o debate”, sustentou.

Dilma também evitou contrapor-se à posição do PT. “O meu partido pode falar isso, eu tenho a minha posição”, disse. A candidata também fez uma promessa em tom de brincadeira. “Posso prometer uma coisa. Se eleita, vocês podem criticar o dia inteiro”, afirmou.

Turismo
A presidenciável recebeu ontem integrantes do Conselho Nacional do Turismo e disse que pretende manter o Ministério do Turismo. Ela evitou responder se pretende fazer um enxugamento de pastas na Esplanada. Também não disse se quer fazer uma revisão das atribuições da Casa Civil. Nos bastidores se discute uma reformulação na Presidência da República. Uma das ideias é colocar assessores diretos para as áreas de Segurança Pública e Assuntos Econômicos.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/23/noticia_eleicoes2010,i=214369/DILMA+SE+DIZ+FAVORAVEL+A+DEMISSAO+DE+NOMEADOS+POR+ERENICE+POR+AMIZADE.shtml

Dilma defende liberdade de expressão, mas evita comentar ato contra imprensa

Folha

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Questionada se apoia ou não o ato que o PT e entidades de militância pró-governo marcaram para hoje contra a imprensa, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse que não está disposta a desautorizar qualquer manifestação. A petista afirmou ainda que "ninguém pode ser demonizado" no país e que a tolerância deve marcar as relações de todos os setores da sociedade.

A Folha perguntou especificamente a Dilma se ela apoiava ou não a ato que está sendo chamado de "Ato Contra o Golpismo da Mídia".

"Eu não sou contra ato nenhum. Acho que os atos a gente tem que conviver com eles. Não tentem que eu vá desautorizar qualquer manifestação, que eu não vou desautorizar as perguntas da imprensa nem qualquer ato", disse.

Dilma lembrou que enfrentou o regime militar e afirmou que jamais poderia ser contra liberdade de expressão. "Tolerância é a melhor palavra para relação democrática. As pessoas têm absoluta direito de falarem o que querem. Você tem o absoluto direito de aceitar ou não. Agora, não dá para demonizar ninguém nesse país. Isso não é clima adequado para um país que saiu há mais de 20 anos da ditadura."

Para a candidata, o país não enfrenta problema algum para manter a democracia e reafirmou que política não pode ser feita com ódio. "Não vejo nenhuma ameaça a democracia do Brasil. Acho que o Brasil vive um momento democrático e ontem eu disse e vou repetir: acho que não podemos fazer política com ódio, acho que não pode fazer isso porque ódio é que nem droga: você vicia. É fácil entrar e difícil sair. [...] Não é possível a gente julgar que o Brasil tenha qualquer problema na área democrática", disse.

Dilma disse que posicionamentos divergentes são naturais em um regime democrático. "Discussões, posicionamentos divergentes são absolutamente característicos de uma democracia. Eu vivi um momento ruim desse país em que as pessoas não podiam se manifestar, opiniões não podiam ser dadas. Naquela época, falavam que era um absurdo que estudante falasse, que trabalhador reivindicasse aumento de salário", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/803541-dilma-defende-liberdade-de-expressao-mas-evita-comentar-ato-contra-imprensa.shtml

Marina Silva é a maior beneficiária da crise na Casa Civil

Folha

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Marina Silva (PV) é a maior beneficiária do escândalo de tráfico de influência na Casa Civil da Presidência da República. Ela oscilou positivamente --embora muitas vezes na margem de erro-- em quase todos os segmentos.

Na soma geral, Marina saiu de 11% na semana passada para 13% no levantamento realizado ontem e anteontem. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Entre quem ganha de cinco a dez salários mínimos (9% dos eleitores), a verde foi de 16% para 24%. Nessa faixa, Dilma Rousseff (PT) caiu dez pontos e tem 37%. José Serra (PSDB) subiu seis pontos (de 28% para 34%).

No Rio de Janeiro, Marina subiu cinco pontos, foi a 22% e empatou tecnicamente com Serra, que tem 23%. Dilma segue liderando, com 45%, mas se dependesse dos fluminenses poderia haver segundo turno hoje.

Na cidade do Rio de Janeiro, Marina está numericamente à frente de Serra. Ela foi de 19% a 24%. O tucano saiu de 19% e está com 21%. Dilma caiu de 47% para 42%.

No Distrito Federal, sede do escândalo de tráfico de influência na Casa Civil, Dilma sofreu uma queda de sete pontos, de 43% para 36%. De novo, quem se beneficiou foi Marina: foi de 21% a 26% e passou Serra, que tem 23%.

Para 33% dos eleitores, Dilma sabia da existência de tráfico de influência na Casa Civil. O caso resultou na demissão da ex-braço direito da petista na pasta, Erenice Guerra. Outros 27% acham que Dilma não sabia, e 40% não souberam opinar.

O caso é conhecido por 52%, sendo que 13% se julgam bem informados. O percentual é próximo ao caso da quebra de sigilo --12% se diziam bem informados.

A diferença agora é que Dilma registrou oscilações negativas (dentro da margem de erro) ou quedas na intenção de votos, o que não ocorreu no caso da Receita.

Quando se indaga sobre os motivos da saída de Erenice Guerra da Casa Civil, 47% dizem crer que Israel Guerra, seu filho, recebia comissão para favorecer empresas junto ao governo. Outros 40% não sabem responder.

Para quase metade dos entrevistados (48%), Erenice sabia da atuação do filho. Para 27%, o presidente Lula sabia da atuação do filho da ministra; 33% disseram que não, e 40% não opinaram.

Editoria de Arte/Folhapress


http://www1.folha.uol.com.br/poder/803272-marina-silva-e-a-maior-beneficiaria-da-crise-na-casa-civil.shtml

Marina Silva e escândalo na Casa Civil aquecem corrida presidencial

Folha

MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA

Pela primeira vez em dois meses, Dilma apresenta revés na campanha. Os resultados divulgados hoje pelo Datafolha indicam interrupção do crescimento da vantagem que a petista vinha imprimindo a seus adversários desde que assumiu a liderança no início de agosto.

A tendência reflete não só o prejuízo sofrido pela candidatura do governo após denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, a conseqüente demissão de Erenice Guerra, como também a evolução de Marina Silva para segmentos menos elitizados do eleitorado.

Aproximadamente metade dos brasileiros tomou conhecimento da queda de Erenice. Poucos são os que se julgam bem informados sobre o fato.

Dilma segue na frente, mas vantagem sobre adversários cai 5 pontos, diz Datafolha
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A exemplo do que aconteceu com a quebra do sigilo fiscal de familiares de José Serra, o episódio atingiu especialmente estratos típicos da classe média --os mais escolarizados e de maior renda. Nesses subconjuntos, diferente do que aconteceu em levantamentos anteriores, o tucano até se beneficia, mas é a candidata do PV que demonstra maior alcance.

Marina cresce novamente entre os que têm nível superior e que ganham mais de cinco salários mínimos, mas sobe também entre os que têm ensino médio e faixa de renda intermediária (de dois a cinco salários). Tais estratos têm maior peso na composição do eleitorado.

Com as oscilações positivas de Serra e Marina, e a variação negativa de Dilma, o saldo é uma queda de cinco pontos percentuais na diferença que a petista mantinha sobre a soma dos demais candidatos.

A vantagem que há uma semana era de 12 pontos percentuais caiu para sete pontos. O parâmetro é importante porque indica a probabilidade de a disputa ir para o segundo turno ou terminar já no dia 3 de outubro.

Quanto menor a diferença entre o líder das intenções de voto e os outros candidatos, maior a probabilidade de segundo turno.

Apenas para ilustrar a importância do dado, vale a observação da curva da diferença entre Lula e a soma dos outros candidatos na disputa pela reeleição em 2006.

Em pesquisa realizada em 22 de setembro daquele ano, a vantagem de Lula para os demais era de oito pontos percentuais. Na pesquisa seguinte, antes do último debate, na TV Globo, a distância caiu para cinco pontos.

Na véspera da eleição, sem participar do programa, o petista viu sua taxa de intenção de voto cair para 46% e a de seus adversários somar também 46%.

Em 2006, a eleição foi para o segundo turno, mas nada garante que em 2010 a história se repita. O cenário e o ambiente são outros. A candidata também. E há ainda os debates. 

Editoria de Arte/Folhapress


http://www1.folha.uol.com.br/poder/803270-marina-silva-e-escandalo-na-casa-civil-aquecem-corrida-presidencial.shtml

Na TV, Marina comemora pesquisas; Serra poupa Dilma de ataques

Marcel Vincenti
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O programa da candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, comemorou no horário eleitoral desta quinta-feira (23) os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto, que mostram a verde ganhando terreno na disputa pelo Palácio do Planalto. O locutor da propaganda afirmou que “Marina é a única candidata que cresce nas pesquisas”, para depois destacar a sondagem divulgada pelo Ibope na última sexta-feira (17), segundo a qual a presidenciável ganhou três pontos percentuais na preferência do eleitorado.

Marina também fez promessas para seu eventual governo: disse que, se eleita, terá o “compromisso” de aumentar os recursos públicos destinados à educação para o equivalente a 7% do PIB (atualmente o montante equivale a 4,7% do PIB) e, citando reportagem recente do jornal “O Globo”, disse que há hoje uma “onda verde” nas grandes cidades brasileiras que irá ajudar sua candidatura.

O programa chegou ao fim dizendo, sem fazer referências diretas a nenhum candidato, que Marina “não pratica o vale-tudo como forma de se manter no poder” e que ela é a “única que pode enfrentar a corrupção”.

Serra

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, não fez criticas à sua principal rival na disputa pelo Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, no horário eleitoral de hoje. Em vez de citar o caso Erenice ou a quebra de sigilo fiscal de sua filha, o tucano preferiu mostrar-se como um realizador de grandes obras: reivindicou para as suas gestões como prefeito, governador e ministro a realização de projetos de infraestrutura pelo país (como a ampliação de portos, refinarias e projetos de irrigação) e a construção de mais de 60 mil casas populares em São Paulo. E se definiu como o “prefeito das escolas” e o “governador das estradas seguras”.

Serra ainda voltou a se dirigir especificamente ao eleitorado feminino e prometeu que, se eleito, irá criar o programa Mãe Brasileira – inspirado no Mãe Paulistana - que dará, segundo ele, “assistência integral à mãe e ao futuro bebê”. Também mostrou mulheres que hoje trabalham como operadoras do metrô de São Paulo e disse que pretende formar 500 mil técnicos de enfermagem em seu eventual governo.

Dilma

Repetindo parte de propagandas eleitorais já transmitidas, a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, mostrou no horário eleitoral desta quinta-feira (23) o depoimento de dois empresários – um do setor de construção civil e outro do setor de construção naval – elogiando a suposta capacidade administrativa da candidata. Um deles afirmou que Dilma, quando ministra, “ajudou a reativar a indústria naval brasileira, que estava falida”. O outro disse que “Dilma irá ajudar na luta contra o déficit habitacional brasileiro”. E o locutor do programa completou: “ela [Dilma] é a garantia de que as conquistas do governo Lula serão mantidas”.

A petista também voltou a prometer que, se eleita, irá construir 500 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), seis mil creches e pré-escolas e dois milhões de moradias populares em todo o Brasil, além de “expandir unidades de escolar técnicas e federais” e “fortalecer” o programa “Próximo Passo”, que dá cursos de profissionalização para beneficiários do Bolsa Família.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/23/na-tv-marina-comemora-pesquisas-serra-poupa-dilma-de-ataques.jhtm

Presidente do PT critica campanha tucana contra Dilma na web e pede calma a militantes

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, pediu calma aos militantes do PT depois das investidas tucanas contra a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

Nesta quarta-feira, o PSDB lançou uma série de vídeos na internet associando a petista à “intolerância e ao extremismo” dos "radicais do PT". Um dos vídeos chega a mostrar uma imagem de Dilma se transformando no ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

“Companheiros(as). Cabeça fria e coração quente. Não vamos entrar no jogo deles. As providências com relação aos vídeos estão sendo tomadas”, disse Dutra em seu Twitter nesta quinta-feira (23).

No microblog, o petista ainda reforçou que “a tarefa da militância é ir pra rua com garra e alegria, sem cair em provocações. As pesquisas mostram consolidação do voto”.

Pesquisa Datafolha divulgada ontem, mostrou que a diferença entre a candidata do PT e os demais adversários somados caiu de 12 para 7 pontos percentuais com relação ao levantamento anterior. Foi a primeira pesquisa presidencial após as denúncias de irregularidades na Casa Civil e da saída da ex-ministra da pasta, Erenice Guerra.

Segundo a pesquisa, Dilma tem 49% das intenções de voto, contra 28% de José Serra (PSDB) e 13% de Marina Silva (PV).

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/23/ha-dez-dias-da-eleicao-presidente-do-pt-pede-calma-aos-militantes.jhtm

22 de set. de 2010

Dilma segue na frente, mas vantagem sobre adversários cai 5 pontos, diz Datafolha

ALEC DUARTE
EDITOR-ADJUNTO DE PODER

Nova pesquisa presidencial Datafolha divulgada nesta quarta mostra que a diferença entre a candidata do PT, Dilma Rousseff, para os demais adversários somados caiu cinco pontos percentuais (de 12 para 7 pontos) com relação ao levantamento anterior, realizado nos dias 13, 14 e 15.

Editora de Arte/Folhapress


A petista agora aparece com 49% (tinha 51% há uma semana), contra 42% de todos os outros postulantes (que apareciam com 39%). José Serra (PSDB) está em segundo, com 28% (tinha 27% na semana passada), enquanto Marina Silva oscilou positivamente dois pontos percentuais e passou de 11% para 13%.

É o primeiro levantamento do instituto após as revelações de tráfico de influência e a consequente crise que culminou com a demissão da sucessora de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra --52% dos entrevistados disseram ter tomado conhecimento do caso, mas apenas 13% julgam-se bem informados sobre o episódio.

Estável, avaliação de Lula aponta aprovação de 78%, diz Datafolha
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Brancos e nulos somam 3% na nova pesquisa (ante 4% da semana passada), enquanto 5% dos eleitores entrevistados se declaram indecisos (dois pontos percentuais a menos do que o cenário dos dias 13, 14 e 15).

As movimentações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo o Datafolha, pesquisa a ser feita na próxima semana deverá mostrar se trata-se de uma tendência ou apenas um registro do momento em que o levantamento foi realizado.

Dilma caiu principalmente nos segmentos dos que possuem renda familiar mensal entre 5 e 10 salários mínimos (10 pontos), nível superior de escolaridade (três pontos) e têm entre 35 e 44 anos (quatro pontos).

O crescimento de Marina Silva se deu entre os mais escolarizados (onde a verde cresceu quatro pontos) e os que têm renda de 5 a 10 salários mínimos, faixa em que a candidata do PV saltou de 16% para 24% (Serra subiu de 28% para 34%).

VOTOS VÁLIDOS

Considerados apenas os votos válidos (excluindo-se, portanto, brancos e nulos), a candidata petista, que figurava com 57% no levantamento anterior, lidera a corrida presidencial com 54% das intenções de voto. José Serra (PSDB) está com 31% (tinha 30%), e Marina Silva (PV), chegou a 14%.

Quanto menor a diferença entre o líder das intenções de voto e os demais candidatos, maior a probabilidade de um segundo turno (para ser eleito numa única rodada de votação, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos ou superar a soma de seus rivais).

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO), Ivan Pinheiro (PCB) e Levy Fidélix (PRTB) não atingiram 1% (porém foram mencionados e, juntos, equivalem a essa parcela da votação).

SEGUNDO TURNO

O Datafolha também perguntou aos eleitores como eles se comportariam num eventual segundo turno entre Dilma e Serra. A petista receberia 55% (dois pontos a menos que no levantamento da semana passada), enquanto o tucano ficaria com 38%, três pontos percentuais a mais do que exibia na semana passada.

A pesquisa, contratada pela Folha e pela Rede Globo, foi realizada nos dias 21 e 22, em 444 municípios de todo o país, com 12.294 eleitores. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 31.330/2010.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/803202-dilma-segue-na-frente-mas-vantagem-sobre-adversarios-cai-5-pontos-diz-datafolha.shtml

Vídeo da campanha de Serra transforma Dilma em Dirceu

Material faz parte de conjunto de filmes que criticam duramente o PT encomendado pelo PSDB

estadão.com.br

A campanha do presidenciável tucano, José Serra, encomendou um conjunto de filmes que criticam duramente o PT e a adversária que serão usados como munição na reta final da campanha. O material foi solicitado por integrantes da ala política do PSDB, que pressionam pela adoção de um discurso mais agressivo contra os adversários.

Um dos vídeos, já está na internet desde a semana passada, mostra uma foto de Dilma sorridente, que aos poucos vai se transfigurando até virar uma fotografia do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, alvo predileto dos tucanos. "Dilma foi escolhida a dedo pelo PT, por um motivo muito simples: ela vai trazer de volta todos os petistas que foram cassados ou que renunciaram. Dilma vai trazer de volta inclusive aquele que o procurador-geral da República chamou de "chefe da quadrilha", diz o texto no exato momento em que a imagem da candidata vira a de Dirceu.

Assista ao vídeo abaixo:



http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,video-da-campanha-de-serra-transforma-dilma-em-dirceu,613524,0.htm

Campanha do PSDB elege internet palco para bater em Dilma

Filmes foram feitos por um marqueteiro contratado pelo comando do PSDB

Julia Duailibi - O Estado de S.Paulo

Na reta final da disputa eleitoral, o comando da campanha do presidenciável tucano José Serra resolveu partir para o ataque direto à adversária Dilma Rousseff e ao PT. Acabou de colocar no ar na internet sete vídeos agressivos contra os adversários.



Os filmes foram feitos por um marqueteiro contratado pelo comando do partido e não têm relação com Luiz Gonzalez, responsável pela estratégia de comunicação e pelos filmes no horário eleitoral gratuito na TV. Quem assina a produção é Adriano Gehres, que já trabalhou para o DEM e para o próprio PT.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,campanha-do-psdb-elege-internet-palco-para-bater-em-dilma,613702,0.htm

Coligação de Dilma perde mais 9 inserções por invadir tempo de adversários

Cada uma delas tinham cerca de 15 segundos e ocuparam tempo destinado à propoganda de candidatos que disputavam cargo de deputado estadual e federal

BRASÍLIA - A coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" , que tem Dilma Rousseff como candidata à Presidência da República, perdeu o direito de transmitir, no estado de Santa Catarina, nove inserções de 15 segundos cada uma. Os pedidos foram feitos em duas representações propostas perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela coligação que apoia a candidatura de José Serra ao mesmo cargo.

A alegação era a de que a coligação de Dilma teria invadido tempo de propaganda eleitoral gratuita destinada a candidatos que disputam cargos de deputado estadual e federal.

A ministra Nancy Andrighi (foto) relatou os dois processos, um deles condenando a coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" à perda de sete inserções de 15 segundos e, em outro, à perda de duas inserções, também de 15 segundos cada uma. As representações foram formuladas contra a coligação e Dilma, mas a ministra extinguiu os processos quanto à candidata por entender que, conforme os autos, não há qualquer registro da participação efetiva, ou da prática de qualquer ato irregular por parte da candidata.

Além disso, a relatora lembrou que a legislação destina a propaganda eleitoral gratuita aos partidos políticos ou coligações, os quais fazem uso desse espaço segundo critérios próprios. "Assim, uma possível subtração de tempo recairá sobre a Coligação Nacional e não sobre um candidato específico", declarou.

Em ambas as representações, a ministra Nancy Andrighi considerou ser evidente que o objetivo das propagandas foi o de beneficiar a candidata da coligação "Para o Brasil Seguir Mudando," "em detrimento da candidatura de José Serra, ao cargo de presidente da República", tendo sido utilizado o horário destinado à propaganda eleitoral para eleição de cargo de deputados federais e estaduais.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,coligacao-de-dilma-perde-mais-9-insercoes-por-invadir-tempo-de-adversarios,613628,0.htm

Serra pretende divulgar programa de governo a 11 dias das eleições

Tucano negou que promessas como o aumento do salário mínimo para R$ 600 sejam eleitoreiras

Rosana de Cassia, da Agência Estado

BRASÍLIA - Faltando 11 dias para as eleições à Presidência da República, o candidato do PSDB, José Serra anunciou, em entrevista gravada ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, que deve lançar nos próximos dias um trabalho "amplo" de debate do seu programa de governo, "inclusive para se receber comentários". "É uma coisa muito vasta. Ontem eu vim lendo, vindo de Recife, quatro horas consegui ler metade. Por que, porque entra nos tópicos de cada assunto: energia elétrica, saneamento, petróleo, educação", disse Serra. Para ele, a demora para o lançamento de sua candidatura, para a definição do candidato a vice e para o anúncio do programa de governo não tem sido problema para a sua candidatura.

Serra negou que suas promessas de campanha, de aumento do salário mínimo para R$ 600 já em 2001 e de 10% para as aposentadorias e pensões sejam eleitoreiras. "Por que eleitoreira? Se é o que nós vamos fazer não é eleitoreira. Eu acho que é o que é necessário. Eu pesei bem a questão dos custos e como financiá-los", afirmou. Segundo ele, a mensagem de lei orçamentária de 2011, enviada ao Congresso Nacional, subestima a receita da Previdência. Você tem receita adicional, que está subestimada, se você pegar o PIB e a inflação", disse. Os recursos disponíveis para o cumprimento dessas promessas, segundo o candidato, viriam do aumento das contribuições dos empregados, por conta do aumento do salário mínimo, dos cortes dos cargos de confiança e do desperdício e da renegociação de contratos que estariam "inflados", na avaliação de Serra. "De modo que é factível que orçamento comporte essas despesas", garantiu.

José Serra dedicou boa parte dos 20 minutos de entrevista a que tinha direito, como os demais candidatos, para insistir na sua proposta de dois professores por classe para estudantes do ensino fundamental. E considerou "perfeitamente razoável", a defesa de pagamento de um 13º salário para famílias amparadas pelo Bolsa Família que não tem mais condições de ascensão, dentro do grupo familiar.

Serra disse também que não considera embaraçoso o fato de o PSDB do Distrito Federal apoiar a candidatura de Joaquim Roriz, que está sendo julgado pela Justiça Eleitoral. "Alianças são sempre regionais, não é decidida nacionalmente. O Roriz teve lá problemas com a Justiça, está se defendendo e a Justiça dará o seu pronunciamento final".

Ele negou que tenha promovido o presidente Lula na propaganda eleitoral de TV. Disse que apresentou a imagem do presidente apenas para afirmar que Lula e ele é que teriam condições de governar, porque tinham experiência e história. "Na verdade estava voltado para a candidata dele, que não tem uma história, uma biografia sólida, consistente com uma candidatura dessa importância para a presidência da República. Isso não significou nenhum elogio nem ataque", disse.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-pretende-divulgar-programa-de-governo-a-11-dias-das-eleicoes,613505,0.htm

Serra vê caráter eleitoral em pane no Metrô paulista

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse nesta quarta-feira acreditar que os problemas ocorridos no Metrô de São Paulo na véspera foram provocados por interesses eleitorais.

"Isso me parece, eu não tenho provas... mas me parece algo provocado. Porque, nessas vésperas de eleição, os acidentes estão se multiplicando", disse Serra a jornalistas.

"Eu não tenho dúvidas que há interesses eleitorais por trás", acrescentou o tucano.

Na terça-feira de manhã, a Linha 3-Vermelha do Metrô paulista ficou paralisada por cerca de três horas e o problema teria sido causado por uma blusa no fechamento das portas de uma composição.

Uma das coordenadoras de campanha do candidato, Soninha Francini, havia insinuado no seu perfil do microblog Twitter nesse mesmo dia que o problema no Metrô teria sido sabotagem, declarações que acabaram virando motivo de chacota na rede.

Serra, que participou nesta quarta de um encontro com funcionários da área de saúde do Estado em um centro de exposições na zona norte da capital paulista, foi até o local de Metrô por ser o Dia Mundial Sem Carrro.

Durante o vento, Serra falou de propostas para a saúde, como o investimento de 15 bilhões de reais na área nos próximos quatro anos e o reajuste da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), que, de acordo com ele, está defasado.

Ele também voltou a criticar o loteamento dentro do governo federal. "A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) foi loteada... Tudo está loteado na área da saúde. É até uma coisa mórbida porque se trata da vida das pessoas", acusou.

(Reportagtem de Fernando Cassaro)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68L0IY20100922

Dilma afirma que escolha de Erenice coube a Lula

SALVADOR (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, manteve nesta terça-feira a postura de distanciamento da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, afirmando que coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a decisão de indicá-la para o cargo.

"Naquele momento da mudança dos ministérios, o presidente Lula definiu um critério, que a sucessão seria pelos secretários-executivos. Isso foi generalizado na Esplanada", disse Dilma a jornalistas.

Ela também mencionou que é preciso fortalecer as instituições. "Você não pode apostar nas virtudes dos homens e das mulheres porque eles são falhos. Você tem que apostar na virtude das instituições", disse Dilma.

Ex-braço direito de Dilma na Casa Civil, Erenice substituiu a petista em março.

"Eu acho que antes de qualquer coisa a gente tem que aprender que é necessário investigar rigorosamente, doa a quem doer, e só ai condenar. Condenar antecipadamente não dá certo", afirmou.

As declarações forma dadas no Farol da Barra, cartão postal de Salvador (BA), onde gravou cenas para a propaganda gratuita de TV.

Na manhã desta terça-feira, no programa Bom Dia Brasil da Rede Globo, Dilma afirmou que não pode ser responsabilizada pelos atos do filho ou de parente de alguém, referindo-se a Israel Guerra, filho de Erenice, que pediu demissão na semana passada após denúncias de tráfico de influência na pasta.

Quanto à sucessão na Bahia, Dilma disse que está próxima do governador Jaques Wagner (PT), que postula a reeleição, citando o mau posicionamento nas pesquisas do candidato Geddel Vieira Lima (PMDB).

(Reportagem de Jacqueline Addans)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68K0SS20100921

Propostas de José Serra gerariam custo de quase R$ 50 bilhões

Correio Braziliense - Josie Jeronimo


As promessas do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de elevar o mínimo para R$ 600, ampliar o número de beneficiários e instituir o 13º do Bolsa Família custariam cerca de R$ 50 bilhões aos cofres públicos. O tucano aposta no discurso das bondades sociais para atrair o eleitorado de menor renda e também os aposentados. Em referência ao embate deste ano dos pensionistas com o governo para conseguir reajuste maior da aposentadoria, Serra ressaltou que, em seu governo, os idosos terão 10% de aumento.

O presidenciável é econômico com as palavras ao explicar de onde pretende tirar dinheiro para arcar com as promessas. Diz apenas que no Orçamento existem muitas “gorduras” e que se a “roubalheira” fosse extinta, haveria recursos para tudo. Os R$ 49,1 bilhões em despesas geradas com as promessas de Serra, no entanto, correspondem a todo montante de investimento previsto para o setor público em 2011, incluindo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Previdência, Trabalho e Desenvolvimento Social seriam as pastas que sentiriam o maior impacto das políticas propostas por Serra. Só os gastos com aposentadorias e pensões, atualmente estimados em R$ 275,1 bilhões para o próximo ano, custariam R$ 17,8 bilhões a mais com o salário mínimo de R$ 600 (veja quadro). O impacto total na Previdência seria de R$ 25,7 bilhões.

Efeito cascata
O efeito cascata do reajuste do mínimo atinge também a concessão do seguro-desemprego. Na área trabalhista, o impacto estimado pela Consultoria de Orçamento do Senado é de R$ 2,7 bilhões. E para conceder o Bolsa Família a mais 15 milhões de famílias, seria preciso o aporte de R$ 15,8 bilhões.

O consultor de Orçamento do Senado José de Ribamar Pereira da Silva explica que na Lei Orçamentária Anual estão previstos cenários de impacto nos gastos globais do governo levando em conta valores do salário mínimo. “Cada R$ 1 de aumento no salário mínimo tem impacto de R$ 286,1 milhões no total do orçamento da Previdência”, exemplifica.

Na lista de promessas de Serra também estão a proposta de conceder bolsas para jovens de famílias beneficiárias do programa de renda estudarem e o projeto de triplicar o orçamento do Ministério da Cultura. Analistas afirmam que as iniciativas só seriam viáveis com cortes ou com a criação de impostos.

O coordenador da bancada do PSDB na Comissão de Orçamento, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), afirma que o candidato fez estudo da peça prevista para 2011 e que a Lei de Diretrizes Orçamentárias concedeu ao presidente que será eleito em outubro o direito de decidir o valor do mínimo e a discussão final do plano de receitas e despesas da União. “Para que haja um salário de R$ 600, é evidente que tem que se fazer ajustes.”

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/22/noticia_eleicoes2010,i=214145/PROPOSTAS+DE+JOSE+SERRA+GERARIAM+CUSTO+DE+QUASE+R+50+BILHOES.shtml

Marina e Serra lideram votação na USP, aponta Datafolha

Folha

Marina Silva (PV) aparece na frente entre os alunos da USP (Universidade de São Paulo), José Serra (PSDB) é o preferido dos professores e Dilma Rousseff (PT), dos funcionários, aponta pesquisa Datafolha em parceria com a ECA/USP (Escola de Comunicação e Artes).

No total, Marina tem 30% das intenções de voto na maior universidade pública do país, empatada tecnicamente com Serra (27%). Dilma obteve 21%, e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), 7%.

O levantamento foi realizado de 14 a 16 de setembro em 29 faculdades ou institutos da USP na cidade de São Paulo. Foram ouvidos 1.014 entrevistados: 698 alunos de graduação ou pós, 154 professores e 162 funcionários.

A margem de erro máxima é de três pontos, para mais ou para menos. A pesquisa de campo foi conduzida por alunos de jornalismo da ECA e processada pelo Datafolha.

Entre os estudantes, Marina tem 31%, Serra 28% (empate técnico) e Dilma, 20%. No corpo docente, Serra registra 38%, seguido por Dilma (25%) e Marina (22%). Os funcionários preferem a petista (37%, contra 28% da verde e 14% do tucano).

Na divisão pelas principais faculdades, Serra lidera na FEA (Economia e Administração), na Poli (Engenharia) e em Medicina e Direito.

Marina ganha na FAU (Arquitetura), no IME (Matemática) e na EACH (Artes, Ciências e Humanidades), no campus da Zona Leste.

Dilma e Marina empatam na liderança na FFLCH (Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e na ECA.

Comparada à última pesquisa nacional Datafolha, a da USP mostra que Plínio e Marina têm as maiores evoluções. Ele não alcança nem 1% no país, e ela tem 11%. Dilma lidera com 51%. Serra tem 27% em ambas.

Se na pesquisa nacional a soma de nulos, brancos e "nenhum candidato" é de 4%, na da USP atinge 10%.

Com 39%, o tucano Geraldo Alckmin é o preferido da USP ao governo paulista.

Aloizio Mercadante (PT) tem 25%, e Paulo Skaf (PSB) pontua 6%.

A popularidade do presidente Lula --que na última pesquisa nacional atingiu 79%-- é de 53% na da USP.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/802881-marina-e-serra-lideram-votacao-na-usp-aponta-datafolha.shtml

Serra diz que há 'chantagem sobre a imprensa brasileira'

Folha

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta quarta-feira que há uma "chantagem sobre a imprensa brasileira".

A declaração foi dada em entrevista concedida ao jornal "Bom Dia Brasil", da TV Globo. O programa, gravado na noite de ontem, foi ao ar na manhã de hoje.

"As pessoas hoje estão satisfeitas, mas é preciso que estejam satisfeitas amanhã. Então nós temos que ter uma economia forte, nós temos que ter avanços na segurança, na saúde, na educação e na defesa das liberdades, que hoje é um assunto que se coloca de forma muito impactante, inclusive da liberdade de imprensa, que é a condição para a existência da democracia," disse Serra.

Ele ainda defendeu a liberdade de imprensa. "Hoje nós temos uma chantagem sobre a imprensa brasileira. Eu queria dizer que sou um defensor da liberdade da nossa imprensa, inclusive da de vocês."

A fala do candidato fez parte de suas considerações finais, na qual ele afirmou que "o Brasil vive um período crítico da sua história".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/802848-serra-diz-que-ha-chantagem-sobre-a-imprensa-brasileira.shtml

Serra diz que alianças são 'locais' ao justificar apoio tucano a Joaquim Roriz

Folha

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, justificou a aliança de seu partido com Joaquim Roriz (PSC-DF), ameaçado pela Lei da Ficha Limpa, dizendo que os acordos políticos entre as siglas são "locais".

No Distrito Federal, o PSDB faz parte da coligação que apoia Roriz, candidato a governador.

A declaração --gravada na noite de ontem--- foi ao ar no jornal "Bom Dia Brasil", da TV Globo, na manhã de hoje. Durante vinte minutos, o candidato foi questionado pelos jornalistas do programa a respeito de suas propostas de governo e sobre a condução de sua campanha.

Sobre as alianças, Serra disse que "elas são sempre locais e regionais" e que "uma aliança não é decidida nacionalmente." Ele também foi questionado sobre o uso da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O tucano disse que o uso da imagem estava voltado para a candidata de Lula, Dilma Rousseff (PT), e buscava mostrar que "ela não tem uma história, não tem uma biografia sólida, consistente com uma candidatura dessa importância com a Presidência da República".

Sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Serra disse: "Ninguém mais do que eu tem defendido as coisas boas do governo dele [FHC]".

Questionado se não seriam eleitoreiras as promessas de aumento do salário mínimo para R$ 600 e de 10% para aposentadorias e pensões, o tucano negou.

Ele afirmou que haverá receita adicional, que, no entanto, é subestimada pelo governo. O ex-governador defendeu cortes em cargos de confiança e renegociação de contratos para realizar a promessa.

Sobre a demora para se lançar candidato, ele disse que não queria misturar governo com campanha.

Quando o assunto foi intervenção no BC e juros altos, Serra defendeu a responsabilidade fiscal e o câmbio flutuante, mas disse que o câmbio deve ser corrigido junto com os juros.

Ele criticou a maneira como o governo atua na defesa comercial do país, pois, em sua opinião, "o Brasil atua com burrice nessa área". O candidato disse que a abertura comercial brasileira foi no "estilo de cavalaria antiga: rápido e malfeito".

Ele atacou a invasão de produtos industrializados da China e disse que o gigante asiático não é uma economia de mercado.

Quanto às propostas para educação, Serra defendeu o uso de estudantes de pedagogia nas salas de alunos da primeira série do ensino fundamental.

Em suas considerações finais, o candidato do PSDB disse que o país vive um "período crítico" de sua história. "As pessoas estão satisfeitas hoje, mas é preciso que estejam satisfeitas amanhã", afirmou.

Serra disse que "temos que ter avanços na segurança, na saúde, na educação e na defesa das liberdades". "Hoje nós temos uma chantagem sobre a imprensa brasileira", declarou.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/802792-serra-diz-que-aliancas-sao-locais-ao-justificar-apoio-tucano-a-joaquim-roriz.shtml

Eleitores brasileiros subestimam diferença entre partidos, diz "Financial Times"

da BBC Brasil

Uma reportagem publicada na edição desta quarta-feira (22) do jornal britânico Financial Times afirma que os brasileiros não veem grandes diferenças entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mas que, no entanto, podem estar subestimando a importância da escolha do novo presidente.

No texto intitulado "Eleitores ficam impassíveis diante das diferenças entre partidos brasileiros", o correspondente do jornal em São Paulo, Jonathan Wheatley, compara a eleição atual aos pleitos de 1994 e 2002.

"A grande diferença entre hoje e 1994 é que naquela época, e novamente em 2002, os brasileiros sabiam que estavam em uma encruzilhada", escreve Wheatley.

Ele diz que na eleição de 3 de outubro, os candidatos estão oferecendo aos brasileiros a continuidade, por um lado, e "outra coisa não muito bem definida", por outro.

"Hoje, muitos pensam que tanto faz quem ganhar as eleições", diz a reportagem.

No entanto, o jornal argumenta que, a exemplo de 1994 (quando Fernando Henrique Cardoso venceu a eleição no primeiro turno) e 2002 (quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu o segundo turno, disputado com José Serra, com mais de 61% dos votos), há diferenças entre os candidatos e que estas "deveriam estar mais claras".

Segundo o jornal, Dilma "é vista como uma estadista...seus instintos são para governos com grande papel do Estado e comando da economia".

Já Serra, segundo o "FT", deverá defender "um liberalismo suave e pró-mercado".

"[...] Existe uma diferença entre continuidade e retomada da reforma do Estado. Um promete crescimento lento e contínuo; o outro, maior investimento para melhorar a produtividade e uma solução para problemas como o padrão deplorável dos serviços públicos", escreve o jornal.

O "Financial Times" afirma que os brasileiros estariam optando nas urnas pelo primeiro caminho -- de continuidade -- e diz que Dilma não pretende fazer "nenhum grande ajuste".

Para o jornal, os eleitores não tem razão para se preocupar com mudanças radicais, já que caso Dilma vença as eleições, ela "não vai levar o Brasil para a esquerda".

Citando cientistas políticos brasileiros, o jornal afirma que Serra subestimou Dilma em julho, quando o tucano ainda liderava as pesquisa, e não preparou uma campanha forte o suficiente.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/802738-eleitores-brasileiros-subestimam-diferenca-entre-partidos-diz-financial-times.shtml

Debate esquerdista vira "jogo amistoso", mas não poupa ausência de Plínio

Rodrigo Bertolotto
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Eles não somam 1% das intenções de voto nas pesquisas para o que chamam de “farsa da democracia burguesa”, “jogo de cartas marcadas” e “par ou ímpar de 3 de outubro”. Em outras e convencionais palavras, a eleição presidencial de 2010.

Culpam o “monopólio totalitário da mídia” pela baixa adesão popular – felizmente, esta reportagem não pode ser acusada de “bloqueio midiático”.

Zé Maria, do PSTU, Ivan Pinheiro, do PCB, e Rui Costa Pimenta, do PCO, foram os três participantes do Debate dos Presidenciáveis de Esquerda, que aconteceu na noite de terça em São Paulo e foi transmitido pela Internet.

No entanto, faltaram ingredientes típicos desse tipo de programa. Engana-se quem imaginou que o jingle fosse o hino da Internacional Socialista: o debate não teve trilha musical.

Também não havia jornalista pop star como mediador. Contudo, Nilton Viana, editor-chefe do jornal esquerdista Brasil de Fato, teve que enfrentar uma interrupção logo na apresentação: um jovem da Liga Bolchevique Internacionalista entrou diante das câmeras para propagar o boicote às urnas e ainda pediu para fazer perguntas aos candidatos, o que estava fora das regras. A solicitação foi recusada, e o bolchevique pacificamente voltou para sua cadeira.

Outra coisa que faltou foi o tradicional bate-boca dos debates. O trio caminhava mais para a convergência e falou até em formar uma frente de esquerda para as próximas eleições. No grupo, não estaria incluido o PSOL de Plínio de Arruda Sampaio – ele foi convidado, como Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), e também se ausentou. “Acho que o Plínio está sentindo que é da primeira divisão, e nós somos da segundona”, cutucou o concorrente do PCB. “É grave a ausência do PSOL. Isso só enfraquece a esquerda”, fez coro Zé Maria.

Na apresentação, o político do PCB foi apresentado como “camarada Ivan”, enquanto o ex-metalúrgico Zé Maria foi anunciado como “o operário que não mudou de lado”.

O líder do PSTU tem o melhor retrospecto eleitoral dos três: foi presidenciável com o slogan “contra burguês, vote 16”em 1998 e 2002, colhendo, respectivamente, 0,30% e 0,47% do total de votos. Já Costa Pimenta computou 0,04% dos votos em 2002 e teve a candidatura indeferida em 2006. Pinheiro, por sua vez, é novato na corrida presidencial, mas tentou ser vereador, prefeito e deputado pelo Estado do Rio de Janeiro. “Mais do que voto, eu peço reflexão nessa eleição”, argumenta Pinheiro.

No início da campanha, houve uma tentativa de lançar uma coligação com PSOL, PCB e PSTU, mas a proposta barrou na diferença programática. “O Plínio fala em estatizar a saúde e a educação, isso só não é socialismo. Isso é reformismo”, sentenciou Zé Maria. Já Pinheiro falou em formar uma “frente anticapitalista” para as próximas eleições.

Apesar de modesto, o debate esquerdista teve cobertura da TV estatal da Argentina e do jornal mexicano La Jornada, cujo correspondente perguntou sobre o venezuelano Hugo Chávez e Lula como ícones latino-americanos. “São governos da esquerda burguesa da América Latina”, decretou Costa Pimenta. “Lula cumpre os interesses dos EUA na região, e o socialismo do século 21 de Chávez mais parece o capitalismo do século 20”, apontou Zé Maria. As críticas atingiram também o bolsa-família de Lula. “O governo gasta mais com o bolsa-banqueiro”, opinou Zé Maria.

Pimenta falou em criar impostos ao luxo, enquanto Pinheiro quer acabar com a lei de Responsabilidade Fiscal. Os três, em caso de imaginária e longínqua vitória, prometeram nacionalizar as multinacionais, estatizar os latifúndios e expropriar o sistema financeiro. As condições para uma vitória da esquerda, porém, são remotas - a não ser que alguém acredite que Dilma pode ser classificada assim.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/22/debate-esquerdista-vira-jogo-amistoso-mas-nao-poupa-ausencia-de-plinio.jhtm

21 de set. de 2010

Dilma defende viabilidade econômica de promessas

ROSANA DE CASSIA - Agência Estado

A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que é possível assegurar a construção, em seu governo, de 500 unidades de Pronto Atendimento, 6 mil creches e pré-escolas e 2 milhões de casas populares. Segundo ela, o governo Lula fez menos do que isso, porque encontrou o País em dificuldades nas contas públicas e inflação.

"Quando conquistamos todas as condições para que a gente possa colocar o investimento na ordem do dia, gerar mais emprego e colocar o Programa de Aceleração do Crescimento, é no segundo período do governo Lula. A gente tinha uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto em torno de 3,5, 4%. Agora o Brasil está crescendo. Nós estamos fazendo um cálculo até conservador, uma taxa de crescimento da economia de 5,5%, taxa de inflação entre 4,5% e 5% e uma tendência decrescente de endividamento público, chegando no final de 2014 com 28%. Fazendo todos esses cálculos é consistente o gasto que eu apresento", afirmou Dilma, em entrevista gravada ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo.

Dilma disse também que o Brasil conseguiu melhorar os índices da educação, apesar de ainda baixos, sobretudo na área de escolas técnicas, em função de uma lei de 1998 que transferia o custeio aos estados e municípios. Dilma discordou da avaliação de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) esteja premiando empresas com financiamentos sem retorno. Segundo ela, o índice de inadimplência no banco é de 0,2%. Para a candidata não há risco de gestão. "Risco de crédito sempre há, admitiu".

Dilma disse que seu governo não pretende reconstruir o modelo econômico do governo militar, de aumento do número de empresas estatais. "Nós acreditamos na força da iniciativa privada no Brasil. Só não achamos que o Estado, por isso, não tem de estar presente dando as condições para investimento", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-defende-viabilidade-economica-de-promessas,613007,0.htm

Dilma diz que não pode falar por filho de Erenice

congressoemfoco - Edson Sardinha

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu hoje (21) a apuração das denúncias de tráfico de influência na Casa Civil “doa a quem doer”. Em entrevista ao programa "Bom Dia, Brasil", da TV Globo, Dilma disse é a pessoa mais interessada na investigação do caso e que não pode ser responsabilizada por atos cometidos por filhos de outras pessoas.

“A primeira denúncia dizia respeito ao filho da pessoa. Então, eu não posso ser responsabilizada pelo que faz o filho ou o parente de alguém. As respectivas pessoas envolvidas, elas vão ser objeto de uma investigação que inclusive foi pedida por nós, pela Polícia Federal. É fundamental que a gente tenha clareza antes de condenar. Faz parte da civilização a gente provar primeiro e julgar depois”, declarou em resposta aos jornalistas Renato Machado, Renata Vasconcellos e Miriam Leitão.

A candidata afirmou, ainda, que espera que se apure o “nível de responsabilidade” de sua sucessora na Casa Civil, Erenice Guerra. “Até onde eu a conheci, ela era uma pessoa bastante idônea. E acho também que isso não significa que eu esteja defendendo a não apuração de responsabilidades. Eu acho que a maior interessada que se apure tudo sou eu. Eu quero que se apure qual é o nível de responsabilidade da ex-ministra Erenice em relação a esses fatos. Porque também resta ser provado que ela tem responsabilidades. É muito perigoso a gente ficar condenando as pessoas sem ter provas”, disse.

Dilma disse que não admite a tentativa de atrelar as denúncias de tráfico de influência que envolvem Israel Guerra, filho de Erenice, e outros parentes da ex-ministra, à sua candidatura. Até agora, quatro pessoas foram demitidas por causa das denúncias publicadas pela revista Veja e pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. "Relacionar com minha campanha são outros 500. Minha campanha não está envolvida", ressaltou a candidata.

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=34448

Dilma busca distância de escândalo e defende apuração

SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, procurou nesta terça-feira se distanciar do escândalo na Casa Civil, que provocaram a demissão da ministra Erenice Guerra, ex-assessora da presidenciável quando ela comandava a pasta.

Questionada durante entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, por ter se referido inicialmente como um factóide à denúncia que já causou a demissão de quatro pessoas do governo, inclusive a própria Erenice, Dilma lembrou que a "a primeira denúncia dizia respeito ao filho" dela.

E repetiu o argumento de que não pode ser responsabilizada pelos atos "do filho ou parente de alguém".

"Hoje as respectivas pessoas envolvidas vão ser objeto de uma investigação."

Mas confrontada com o que teria sido a admissão de um dos envolvidos de que teria recebido dinheiro indevidamente, Dilma disse que, nesse caso, ele estaria admitindo culpa e terá que pagar por isso.

"Daí a fazer qualquer ilação com a minha campanha são outros quinhentos", disse. "Minha campanha não está envolvida nesta história."

Erenice deixou a chefia da Casa Civil na semana passada, após denúncias publicadas na imprensa de que Israel Guerra, seu filho, comandaria um esquema de lobby para favorecer empresas que têm negócios com o governo em troca de dinheiro.

Dilma é líder disparada nas pesquisas eleitorais --que mostram que ela tem chances de vitória já no primeiro turno--, seguida pelo candidato do PSDB, José Serra.

A vantagem da petista se manteve mesmo em meio às notícias sobre a quebra de sigilos fiscais de pessoas ligadas a Serra, incluindo sua filha Verônica. Mas só as pesquisas a serem divulgadas nos próximos dias poderão medir melhor o impacto do novo escândalo sobre as intenções de voto de Dilma.

"É fundamental a gente ter a clareza, antes de condenar, faz parte da civilização a gente provar e julgar depois", defendeu a candidata.

PROMESSAS E ECONOMIA

No âmbito econômico, a petista foi questionada sobre se pretendia elevar o papel do Estado, seguindo o exemplo do governo Lula que criou novas estatais, e também se o modelo econômico de Lula não se assemelhava ao do regime militar

(1964-1985).

"Nós acreditamos na força da iniciativa privada no Brasil", disse. "Só não achamos que o Estado, por isso, não tenha de estar presente dando as condições para investimento."

Dilma foi confrontada com algumas promessas de sua campanha e realizações do governo Lula, questionando a viabilidade das mesmas. A petista tem prometido, por exemplo, construir 6 mil creches, 2 milhões de moradias e 500 unidades de pronto atendimento de saúde em quatro anos. Bem mais do que Lula fez em quase oito anos.

"No momento em que nós iniciamos, o Brasil ainda tinha uma grande dificuldade, tanto no que se refere às contas públicas quanto à inflação, que estava em 12 por cento", disse a petista, numa repetição do discurso de "herança maldita" do início do governo Lula.

"Nós tivemos um período tanto no que se refere à educação quando no que se refere à infraestrutura de falta de investimento", acrescentou numa nova crítica ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Para Dilma, o governo Lula conseguiu "colocar investimento na ordem do dia".

(Por Eduardo Simões)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68K05020100921

Serra cita escândalo, diz que política vive problema de caráter

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou as denúncias envolvendo a Casa Civil do governo federal em seu programa na TV na tarde desta terça-feira, e afirmou que a política brasileira vive atualmente um "problema de caráter".

"Mais uma vez você está vendo: os escândalos envolvendo o governo federal e, mais uma vez, a Casa Civil. E mais uma vez é aquela história de não vi nada, não sei de nada, não é comigo", afirmou o tucano na abertura de sua propaganda na TV.

Serra se referia indiretamente às denúncias de tráfico de influência que levaram à demissão da ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, que foi secretária-executiva da candidata petista Dilma Rousseff, quando ela comandava a pasta até março deste ano.

"A política no Brasil hoje vive mesmo um problema de caráter, um problema de maus exemplos. A economia melhorou, os bens materiais são importantes, sem dúvida nenhuma. Mas o caráter, a honestidade, o comportamento ético estão acima de tudo", afirmou.

O candidato tucano reiterou suas promessas de reajustar as aposentadorias em 10 por cento e de elevar o salário mínimo para 600 reais. O tucano ainda deu a entender que retiraria do montante pago pelo país em juros, os recursos para a elevação do salário mínimo.

"Cento e sessenta bilhões de reais é quanto o Brasil paga de juros por ano, tudo para os ricos. O Serra garante. Aqui tem dinheiro para pagar 600 reais de salário mínimo. Ô se tem", afirma um apresentador, enquanto circula com um giz o número "600" dentro de outro número, "160.000.000.000".

A candidata do PT, Dilma Rousseff, repetiu o programa apresentado na noite do último sábado, quando citou dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) para afirmar que a vida dos brasileiro melhorou sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal cabo eleitoral.

(Por Eduardo Simões)

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Serra promete 13o salário para o programa Bolsa Família

RECIFE (Reuters) - Criar 13o salário para o programa Bolsa Família e aumentar em dois milhões o número de atendidos no Nordeste foram as cartas lançadas pelo presidenciável José Serra (PSDB), durante o debate SBT-TV Jornal, na noite de segunda-feira no Recife.

O candidato assegurou que o programa foi uma junção das medidas implementadas durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um continuador da proposta.

"Deu certo o Bolsa Família e se apresentam (o PT) como criadores, quando foram continuadores", criticou Serra, que também reafirmou a proposta de ampliar o salário mínimo para 600 reais e conceder reajuste de 10 por cento nas aposentadorias. Atualmente, cerca de 6,4 milhões de famílias nordestinas são beneficiadas com o Bolsa Família.

As propostas do tucano chegam na tentativa de cativar o público da região, onde sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT), conta com 65 por cento da preferência do eleitorado, segundo dados da última pesquisa Datafolha.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma não foi ao debate. De acordo com os últimos levantamentos, a candidata petista venceria a eleição presidencial já no primeiro turno, marcado para 3 de outubro.

Além do tucano, participaram do debate a candidata do PV, Marina Silva, e o do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio.

Serra prometeu ainda criar a Secretaria Nacional do Semi-Árido. Entretanto, se esquivou de detalhar a proposta, afirmando apenas que seu funcionamento poderá ser subordinado à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

"Nós vamos levar a Sudene para a Presidência da República, para fazer toda essa reformulação, se concluirá pela criação de duas entidades independentes é uma coisa a ser resolvida ao longo dos primeiros meses de governo", informou o tucano.

A ausência de Dilma foi criticada pelos três participantes. José Serra foi o mais enfático, ao declarar que a presidenciável "menospreza o Nordeste". Para Plínio, que roubou a cena com suas provocações, a petista estaria com medo de explicar as denúncias envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. "Não veio porque é fujona!" Já Marina considerou a ausência de Dilma "uma ingratidão".

(Reportagem de Bruna Serra)

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