BRASÍLIA (Reuters) - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, procurou minimizar o resultado da pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira, lembrando que sua oscilação ficou dentro da margem de erro. E afirmou que a esperança vencerá o ódio.
"Está perto do dia 3 de outubro e a gente não tem que se inquietar", disse a candidata a jornalistas em Brasília nesta quinta-feira.
Segundo o Datafolha, a vantagem da petista sobre o total de votos dos demais candidatos caiu de 12 pontos para 7 pontos percentuais. Pelos números, ela ainda seria eleita no primeiro turno se a eleição fosse hoje, mas aumentam as chances de ser preciso uma segunda rodada de votações.
Dilma voltou a fazer o discurso de que não baixará o nível de sua campanha e reinventou o slogan petista de 2002 de que "a esperança venceria o medo".
"Ah a esperança no Brasil, o amor por este povo vence o ódio", disse Dilma ao se referir à campanha do principal adversário, José Serra (PSDB).
EMPREGOS
A candidata do PT comemorou os dados divulgados pelo IBGE nesta manhã, mostrando a menor taxa de desemprego do país, de 6,7 por cento, a menor da série histórica iniciada em 2002.
Ela lembrou que até o final do ano serão gerados mais de 2 milhões de empregos formais e afirmou que "de 2011 a 2014, uma das questões mais focais será manter esse ritmo de geração de emprego... sem pressões inflacionárias".
Questionada se o ex-ministro Antonio Palocci, ao seu lado na entrevista coletiva, seria seu futuro ministro da Fazenda caso eleita, Dilma respondeu: "Eu gosto muito do Palocci, gosto muito do José Eduardo Dutra, gosto muito do José Eduardo Cardoso, agora, se eu discuto em algum momento antes de ganhar a eleição... eu estaria subindo num baita salto alto."
Ela brincou que não sobe num salto alto não apenas por convicção, mas também pelo pé lesionado, que a faz usar uma bota ortopédica.
(Reportagem de Natuza Nery)
http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68M0AW20100923
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