17 de out. de 2009

Dilma evita criticar pré-candidatura de Ciro Gomes

CARMEN POMPEU - Agencia Estado 17/10/2009


FORTALEZA - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, visitou hoje um empreendimento do programa "Minha Casa, Minha Vida", em Fortaleza. Durante o encontro, foi questionada sobre a insistência do deputado federal Ciro Gomes (PSB) em manter a pré-candidatura à Presidência da República.

"Tenho destacado sempre que tenho uma relação com Ciro Gomes muito boa, muito fraterna. E eu o considero um brasileiro dos mais importantes desse País no que se refere ao seu espírito público. Então, eu acho que ele é uma pessoa cidadã, e qualquer cidadão brasileiro tem o direito de pleitear uma candidatura", afirmou.

Perguntada se ele estaria preparado para governar o País, foi comedida: "Suponho que sim". Ela também não quis colocar o parlamentar no campo oposto ao governo. "Não acredito que o Ciro Gomes, nem o PSB, seja adversário do presidente Lula jamais. Não acredito nisso".
 
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-evita-criticar-pre-candidatura-de-ciro-gomes,451824,0.htm

Lula adia decisão sobre candidatura de Ciro para março

AE - Agencia Estado 17/10/2009

CABROBÓ, PE - Para não interromper o que considera o "momento Dilma", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) a aguardar até março para lançar sua candidatura. Em conversa no alojamento de um canteiro de obras do Rio São Francisco, Lula avaliou que a viagem de três dias aos sertões de Minas, Bahia, Pernambuco e Ceará marcou a união da base aliada.

"Isso foi um símbolo", comentou. "Vamos juntos. Em março, a gente define se iremos com um ou dois (candidatos)." Até lá, Lula continuará apresentando sua candidata preferida pelo País, Dilma Rousseff, e contando com Ciro para atacar a oposição.

Ontem, o deputado do PSB mostrou ter concordado com a orientação do presidente. Disse que, no governo tucano, o Brasil vivia "humilhado" e "atrofiado". E emendou: "Quando Lula tomou posse, o salário mínimo não dava para o cabra comprar metade de uma cesta básica. Hoje, o trabalhador leva quase três cestas com seu salário." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-adia-decisao-sobre-candidatura-de-ciro-para-marco,452099,0.htm

Serra minimiza capacidade eleitoral de Dilma

LEANDRO COLON - Agencia Estado - 17/10/2009


GOIÂNIA - Pressionado pelo DEM e por setores do PSDB preocupados com a antecipação da corrida eleitoral, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), preferiu minimizar a capacidade eleitoral da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do Planalto à Presidência.

Na presença da cúpula do PSDB, incluindo o governador mineiro Aécio Neves, Serra desdenhou do que seria a maior virtude eleitoral de Dilma - a de beneficiária direta da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu estoque de votos.

"O Brasil não se transformou em capitania hereditária. O povo sabe escolher o seu destino", afirmou Serra, num encontro do PSDB em Goiânia. No século XVI, o rei de Portugal D. João III dividiu as terras brasileiras em faixas, denominadas Capitanias Hereditárias. Em troca de administrá-las e protegê-las, os donos podiam explorar suas riquezas e transmitir a propriedade desses territórios aos seus descendentes.

Serra tentou comparar isso com a convicção de petistas de que Lula poderá transmitir sua alta popularidade à candidatura de Dilma. Na semana passada, Dilma foi ciceroneada por Lula em palanques e comícios pelo Nordeste durante três dias de visita às obras de transposição do Rio São Francisco. A caravana, segundo a oposição, conteve todos os elementos de uma campanha eleitoral antecipada.

"O presidente Lula tem todo o direito de apoiar um candidato, de fazê-lo. Mas não vivemos num regime de capitania hereditária em que o presidente apoia e automaticamente o candidato está consagrado. O presidente não pode fazer uma nomeação", ressaltou. A declaração do governador foi dada em discurso aos militantes tucanos e, depois, repetida aos jornalistas.

Ao lado de Aécio, com quem disputa a vaga de candidato presidencial do PSDB, Serra ouviu apelos de tucanos a favor de agilidade na escolha do nome da legenda que disputará à sucessão de Lula. "Nós esperamos uma decisão rápida, até janeiro", afirmou, por exemplo, em discurso o senador Marconi Perillo (GO).
 
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-minimiza-capacidade-eleitoral-de-dilma,452211,0.htm

‘Não temos o direito de não vencer a eleição no ano que vem’, diz Serra

17/10/2009 - do G1

Governador de SP e Aécio Neves, de MG, prometem estar juntos em 2010.
Ambos participaram de seminário do PSDB em Goiânia.
 
O governador de São Paulo, José Serra, afirmou neste sábado (17), durante seminário do PSDB em Goiânia, que o partido não tem o direito de perder a eleição presidencial do ano que vem. Serra e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, prometeram durante o evento que caminharão juntos na campanha de 2010. “Não temos o direito de não vencer a eleição no ano que vem”, discursou Serra. “Juntos vamos ganhar. Não para curtir o poder, mas para servir o povo brasileiro”, disse o governador de SP.
 
Os dois governadores são os nomes mais cotados dentro do PSDB para a disputa da sucessão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Não sei se a decisão sobre a candidatura será amanhã ou depois, espero que saia rápido, mas saio com uma certeza absoluta que José Serra e Aécio Neves estarão juntos percorrendo esse Brasil”, garantiu o governador mineiro, durante discurso no Seminário "Emprego e Inclusão Social", promovido pela Executiva Nacional do PSDB.

Serra também prometeu união entre os tucanos e disse ter três certezas em relação a 2010. A primeira, segundo ele, é que os “candidatos a presidente não serão nem o Lula nem Fernando Henrique [Cardoso, ex-presidente da República]”.

“A segunda é que a população vai escolher alguém baseado no que essa pessoa fez e faz na vida e nas propostas que tem para o futuro do Brasil”, disse em referência ao fato de a possível candidata petista, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, não ter exercido nenhum cargo eletivo. E, por fim, Serra afirmou ter a certeza de que estará junto com Aécio.

Adotando um tom de paz, Aécio e Serra trocaram elogios e aproveitaram seus discursos para citar programas bem-sucedidos realizados pelos próprios governos e para atacarem a gestão do presidente Lula.

Aécio voltou a criticar a concentração de recursos feita pelo governo federal. “Hoje, há uma absurda e perversa concentração de receitas nas mãos da União, fragilizando estados e municípios. Hoje, 70% de tudo o que se arrecada na nação se concentra nas mãos da União”, criticou.

O tucano também não poupou críticas ao que, segundo ele, tem sido o discurso adotado pelo governo Lula. “Se um extraterrestre pouco avisado pousar no Brasil vai achar que tudo no país começou a partir de 2003”, disse Aécio.

“O governo precisa ser profissionalizado. O que temos de fazer é ousar na administração pública. Temos melhores condições de enfrentar os desafios que estão pela frente. Não existe nenhuma ação de maior alcance social do que a boa aplicação do dinheiro público e isso o PSDB já mostrou que sabe fazer”, completou o governador de Minas.

Emprego

As declarações de José Serra se concentraram na área do emprego, tema central do seminário tucano. Para ele, os índices de desemprego no país estão muito acima dos desejáveis. Segundo o governador, a taxa de 8% é preocupante, ainda mais porque “hoje, um em cada quatro ou cinco jovens não conseguem entrar no mercado de trabalho”.

Serra prevê um grande desafio para o país nos próximos dez anos. “Até 2020, para termos uma taxa de desemprego de 5%, que não é baixa internacionalmente, vamos precisar criar mais de 10 milhões de empregos novos, além de manter os que temos hoje em dia (..) Emprego não se cria com discurso, se cria investindo na área pública, com ação efetiva do governo”, afirmou Serra.

Diversas lideranças partidárias participaram do seminário em Goiânia. Estiveram presentes o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), os senadores por Goiás Lúcia Vânia e Marconi Perillo, deputados federais e estaduais, e até o presidente do PPS, Roberto Freire, que garantiu aos militantes tucanos que apoiará a candidatura do PSDB à Presidência da República.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1344974-5601,00-NAO+TEMOS+O+DIREITO+DE+NAO+VENCER+A+ELEICAO+NO+ANO+QUE+VEM+DIZ+SERRA.html

Cúpula do PSDB quer definição de candidato ao Planalto

LEANDRO COLON - 17/10/2009 - Agencia Estado

GOIÂNIA - A cúpula do PSDB cobrou hoje, em Goiânia, uma definição até dezembro do candidato do partido à Presidência da República em 2010. O coro foi puxado pelo ex-governador Geraldo Alckmin e reforçado pelo presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE).

Os tucanos não esconderam a insatisfação - e também preocupação política - com os últimos movimentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No encontro do PSDB na capital goiana, Sérgio Guerra disse que espera um acordo - sem necessidade de prévias - até dezembro entre os dois presidenciáveis tucanos, os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais).

"O Serra e o Aécio vão se entender ainda neste segundo semestre. Não haverá necessidade de prévias", afirmou. Até dezembro, os dois vão definir com o PSDB e os aliados os rumos da campanha", ressaltou.

Candidato derrotado em 2006 ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin seguiu o mesmo discurso, com mais contundência do que Guerra. "O PSDB não deve entrar 2010 sem definição. O ideal é decidir até dezembro", disse.

"Até um ano atrás, não havia convergência política na relação entre os dois (Serra e Aécio). Agora, há total convergência", reforçou Sérgio Guerra.
 
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,cupula-do-psdb-quer-definicao-de-candidato-ao-planalto,452154,0.htm

Dilma critica oposição e diz que PSDB não criou base para o crescimento

Folha Online - 17/10/2009

LUÍS CARLOS DE FREITAS
colaboração para a Agência Folha, em Fortaleza

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a atacar a oposição ontem, em Fortaleza (CE). A pré-candidata petista à sucessão de Lula disse que o governo anterior, do PSDB, "não criou bases para o crescimento" e que a população saberá julgar isso nas próximas eleições.

"Eles governaram até 2002 e não fizeram o que a gente fez. O povo vai comparar os projetos e reconhecer isso. O projeto anterior não criou bases para o crescimento, foi um projeto que privatizou e que não fez acontecer", disse Dilma. "Não se investiu durante 25 anos. O povo saberá julgar."

Sobre a possível concorrência com o deputado Ciro Gomes (PSB) na disputa pela Presidência, Dilma, sem confirmar sua candidatura, afirmou não acreditar que Ciro seja adversário do governo Lula em 2010.

"É um dos brasileiros mais importantes que conheço no sentido público e não acredito que ele seja contra o nosso projeto", afirmou a ministra.

Sobre sua candidatura, Dilma disse que vai "deixar a água rolar debaixo da ponte", aguardando a definição para "hora mais apropriada".

Em Fortaleza, a ministra participou do lançamento do primeiro empreendimento habitacional que deverá receber recursos do programa Minha Casa, Minha Vida.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u639274.shtml

PP prepara lista de demandas para apresentar a Dilma em jantar

Partido quer contrapartidas para apoiar candidatura da ministra

Correio Braziliense | Tiago Pariz - 17/10/2009

Virou rotina. Na hora das negociações eleitorais, nenhum partido quer ser só mais um. Todos apostam no seu cacife para tirar uma lasquinha extra. E às vésperas do jantar marcado com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o PP não é diferente. Os caciques progressistas estão sentados ao redor da mesa, preparando a lista de exigências para apoiar o PT na corrida pelo Palácio do Planalto no ano que vem.

Sabendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer isolar o presidenciável do PSB, o deputado Ciro Gomes (CE), e fazer uma eleição plebiscitária “pão, pão, queijo, queijo”, como ele mesmo disse, os progressistas esperam que a cúpula petista trabalhe arduamente para aglutinar ao redor de sua ministra o maior número de partidos possível. O que significa isso? Uma situação de fragilidade que o PP pretende capitalizar. E o partido gostaria que o pontapé inicial fosse um esforço para apaziguar os ânimos das disputas locais em São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, além de evitar que o acordo já firmado na Bahia faça água, contribuindo para o partido alcançar suas metas em 2010.

O presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), o líder da bancada na Câmara, Mário Negromonte (BA), e o ministro das Cidades, Márcio Fortes, são entusiastas da aliança com a ministra Dilma e trabalham internamente para unificar a legenda e levá-la para 2010 afinada com o PT nacional. Mas esperam, em troca, reconhecimento da importância do PP como cabo eleitoral, sendo o terceiro maior em número de prefeituras, o segundo em vereadores e filiados.

“A grande maioria é favor da Dilma. Eu diria que 23 dos 27 estados fechariam com a ministra. Mas não é um processo fechado, é um trabalho de conquista que envolve o presidente Lula”, disse Negromonte. “Esse trabalho de conquista não é só sorriso e aperto de mão, é também feito por propostas. Torna-se necessária mais ação do governo e do PT para nos conquistar. É como se fôssemos uma noiva. O noivo tem que conquistar. Temos um capital político que não é desprezível”, acrescentou Negromonte.

E, ao apoiar a ministra Dilma, o PP espera aumentar ainda mais esse cacife. As metas para 2010, segundo Negromonte, são eleger entre 45 e 55 deputados federais, seis senadores e três governadores. De acordo com o líder da bancada, os estados mais favoráveis são Alagoas, Rondônia e Amapá. Essa matemática, no entanto, não é simples. Em alguns estados, PP e PT são inimigos históricos. Em outros, o ranço entre as legendas foi superado.

“O PP e todos os partidos da base vão ficar muito divididos nos estados”, disse o deputado Ciro Nogueira (PI). Para ele, um quesito importante na definição dos rumos do partido é a escolha do candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Se for o governador de São Paulo, José Serra, o acordo com Dilma sai mais fácil. Caso a opção tucana seja pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves, o PP pode se lançar na corrida dos peesedebistas.

O jantar com Dilma está marcado para o dia 27 e será realizado na residência de Mário Negromonte. “Queremos ouvir o que está na cabeça dela sobre economia, pré-sal, agronegócio e meio ambiente”, explicou o líder.
 
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/17/politica,i=148912/PP+PREPARA+LISTA+DE+DEMANDAS+PARA+APRESENTAR+A+DILMA+EM+JANTAR.shtml

16 de out. de 2009

Serra diz que não fará debate eleitoral com Lula

16/10/1009

O governador de São Paulo afirmou nesta sexta-feira que não vai mais bater boca com o presidente Lula. Para Serra, não há motivos para discussões, uma vez que, o petista não será candidato as eleições de 2010. Confira a reportagem de Leandro Andrade, da Jovem Pan Online.

Serra diz que crítica de Lula é eleitoral e que não entrará em debate com presidente

16/10/2009 - da Folha Online

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse hoje que não vai entrar em debate com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente ironizou ontem a preocupação de Serra com o Nordeste e vinculou o fato com o período de pré-campanha eleitoral.

Para Serra, a declaração de Lula teve "conotação eleitoral". "O presidente Lula falou em termos eleitorais. Não vou fazer debate eleitoral com presidente Lula por dois motivos: ele não é candidato no ano que vem e porque eu não decidi se serei candidato. Essa decisão será tomada por mim e pelo meu partido no ano que vem", afirmou.

Serra disputa com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), a indicação para encabeçar a chapa tucana à Presidência em 2010. O PSDB não decidiu se realizará prévias para escolher o candidato. Aécio defende as prévias. O grupo de Serra é a favor do entendimento interno sem consulta às bases do partido.

O governador paulista sinalizou hoje que não tem pressa para decidir se sairá candidato. "Estou trabalhando como governador e continuo assim até o primeiro trimestre do ano que vem, quando decido [se serei candidato]."

Lula

Lula disse ontem que não sabia que Serra se preocupava com o Nordeste. "Eu não sabia que o Serra tinha preocupação com o Nordeste, mas se tem perto das eleições, é bom sinal", disse Lula em entrevista para rádios do Nordeste e de Minas Gerais.

Anteontem, Serra afirmou que as obras de transposição não pensavam na irrigação nas áreas vizinhas. "Vai fazer transposição do São Francisco, tudo bem. Mas áreas que já estão à beirada do rio deveriam ser irrigadas (...) É curioso, enquanto se cuida da transposição, não cuidar da posição daqueles que já estão nas margens do rio."

O presidente vinculou ainda a crítica de Serra ao período eleitoral. "O que é triste é que vai passando o tempo, às pessoas não falam, ficam mudas. E quando vai chegando perto das eleições começam a preparar o discurso para a campanha. O Serra que fique esperto para ver o que vamos inaugurar de irrigação no Nordeste nesses próximos meses, projetos parados por anos e não por nossa culpa."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u638985.shtml

DEM pressiona por definição rápida de candidato tucano

Integrantes do comando nacional do DEM não escondem a preocupação com a movimentação de campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que percorre vários pontos do País acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

16/10 - Agência Estado

Em reunião da Comissão Executiva Nacional, na quinta-feira, em Brasília, dirigentes do partido admitiram que gostariam que a candidatura de oposição se definisse o mais rápido possível para neutralizar eventual crescimento da ministra nas pesquisas.

O DEM não pretende forçar o PSDB a acelerar sua opção pelo lançamento oficial do governador de São Paulo, José Serra, ou pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Mas o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), diz que tem conversado com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), para discutir cenários políticos e expôs, na terça-feira, a preocupação em relação à movimentação de Dilma e também do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). "A definição do lado de lá está angustiando o lado de cá", afirma Maia.

Na reunião da Executiva do DEM, dirigentes reconheceram que o cenário político do País sofreu alterações nos últimos meses e avaliam que a oposição precisa se preparar para esse novo momento. "Há seis meses, Dilma estava se tratando de uma doença e não fazia campanha. Agora, ela se recuperou e está na rua. A conjuntura está mudando muito rápido. E hoje está bem diferente da que tínhamos em março", diz Maia

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/16/dem+pressiona+por+definicao+rapida+de+candidato+tucano+8846041.html

Oposição quer explicações sobre gasto da viagem de Lula e denuncia caráter eleitoral

GABRIELA GUERREIRO
MÁRCIO FALCÃO

da Folha Online, em Brasília - 16/10/2009

A oposição vai protocolar na próxima terça-feira um pedido de informações à Casa Civil para ter acesso aos gastos da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Vale do São Francisco, no Nordeste do país. Na segunda-feira, lideranças do DEM e do PSDB devem discutir se acionam a Justiça Eleitoral acusando o presidente de uso indevido da máquina pública e de antecipar a campanha eleitoral durante a viagem em favor de candidatos da base governista ao Palácio do Planalto.

No requerimento que será entregue à Casa Civil, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), questiona o custo da viagem, se havia previsão orçamentária e quais autoridades fazem parte da comitiva e a função de cada uma delas na viagem. O PSDB também quer saber se a presença de pré-candidatos à sucessão presidencial na comitiva não caracteriza campanha eleitoral antecipada.

No texto, o líder afirma que logo no primeiro dia, "o presidente Lula já participou de solenidades com outros políticos e fez discurso em cima de um palanque, agindo politicamente com fins eleitorais, o que nitidamente caracteriza antecipação de campanha".

"Acho oportuno [essa discussão] porque estamos perdendo a fronteira do que pode ou não pode. Porque é desigual a oposição por mais organizada e forte que seja não tem condições de concorrer em pé de igualdade algo tem que ser feito", disse o deputado Gustavo Fruet (PR).

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que o partido está reunindo imagens e áudios que possam caracterizar a antecipação de campanha. "Nós estamos buscando as imagens que vão caracterizar a utilização da máquina pública e a antecipação da campanha eleitoral. Não há dúvidas de que o presidente Lula está passando por cima da legislação eleitoral e fazendo campanha", disse.

Os governistas, por sua vez, saíram em defesa da viagem de Lula à região do São Francisco. O senador João Pedro (PT-AM), disse que é atribuição do presidente acompanhar de perto a sua execução de projetos de seu governo. "O presidente Lula tem de visitar as obras. Ele não pode ficar trancado no Palácio do Planalto um ano e dois meses. A revitalização do São Francisco é uma obra de governo, é justo que o presidente visite. É um equívoco chamar a visita de trabalho como antecipação das eleições", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u638936.shtml

Marqueteiros oscilam entre entusiasmo e dúvida em campanha via SMS

GABRIELA MANZINI

Folha Online - 16/10/2009

O entusiasmo em apostar em campanha política via SMS no Brasil já em 2010 contrastou com a falta de comprovação dos resultados eventualmente obtidos com o emprego dessa tecnologia naquela que foi a campanha mais multimídia da história, a de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos, em um seminário do setor realizado nesta sexta-feira, em São Paulo.

No seminário, o marqueteiro Scott Goodstein, responsável pela exploração de "novas mídias" na campanha de Obama, comemorou o meio como ferramenta para transformar os cidadãos meramente interessados em uma campanha em seus cabos eleitorais, mas disse que não há pesquisas sobre o número de receptores de SMS que vão às urnas.

"Nossa campanha queria garantir que a comunicação seria uma via de mão dupla. Dois anos [nos EUA, as campanhas começam com as primárias, no ano anterior à votação] é um bom tempo para engajar pessoas, isso quando 50% dos americanos sequer vai votar", afirmou o marqueteiro, segundo quem a equipe democrata conseguiu responder "dezenas de milhares" de perguntas de eleitores via SMS.

O americano ressaltou que, na campanha de Obama, o objetivo do SMS não era pedir votos, mas estabelecer essa conexão mais próxima das pessoas que levassem mais voluntários aos comitês em busca de maneiras de colaborar. Goodstein afirmou que esse método contrapôs a campanha àquelas "do passado", que só "mandavam comunicados à imprensa e colocavam anúncios na TV". "Acho que, no futuro, em votações apertadas, se SMSs puderem aumentar o comparecimento em 2% a 3%, eles farão uma grande diferença."

Na reta final da campanha, Goodstein contava com 1 milhão de celulares aptos a receber as mensagens democratas. Ele diz que pelo menos 90% dos SMSs que uma pessoa recebe são abertos, ainda que sejam deletados em seguida, o que não ocorre com e-mails, que acabam descartados automaticamente --há de se considerar, no entanto, que, nos EUA, os donos de celulares pagam por cada SMS recebido.

No Brasil, onde o recebimento de SMSs depende apenas de uma autorização do proprietário da linha --o que pode ser feito no momento da contratação ou depois, em licença específica--, o diretor de negócios mobile da agência F.biz, Marcelo Castelo, vê oportunidade. Para ele, no país, o SMS chega a ser mais eficiente que a internet para falar com as classes C, D e E, por exemplo, porque é um público com mais acesso a celular que à web.

Ele destaca que, enquanto existem 68 milhões de brasileiros conectados à internet, a telefonia móvel conta com 164 milhões de usuários.

Castelo ressalta ainda que o brasileiro troca de celular, em média, a cada um ano e meio, e que, como os aparelhos tendem a incorporar tecnologias progressivamente, a tendência é a de maior envolvimento.

"Antigamente, os celulares eram como canivetes suíços cheios de funções que pouca gente usava. Cada vez mais, nossa realidade é a do iPhone, que revolucionou o mercado, com os ícones na tela", disse. Para o marqueteiro, como o brasileiro troca de aparelho, em média, a cada um ano e meio, a tendência é a de que as inovações sejam incorporadas rapidamente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u639240.shtml

Os 10 negociadores de Dilma

Caciques dos partidos governistas participam da rotina de campanha da candidata de Lula com a missão de ampliar alianças e resolver conflitos

Tiago Pariz - Correio Braziliense - 16/10/2009

Preocupada com a aceleração do ritmo da pré-campanha presidencial, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), convocou generais nos partidos aliados a fim de formar um arco de alianças com cinco partidos, capazes de derrotar a oposição na corrida pelo Palácio do Planalto. Dilma tem a colaboração de pelo menos 10 políticos petistas e de legendas governistas que só pensam em como superar as dificuldades regionais e nacionais para costurar um projeto de poder que dure mais quatro anos, pelo menos.

Cada um dos “costureiros de Dilma” tem uma tarefa pré-estabelecida. Uns estão focados em unificar suas legendas, outros se empenham em convencer aliados de que o governo não pode se dividir. E o ex-ministro José Dirceu pensa em como tratorar interesses regionais do PT e jogar todo o peso da máquina partidária para a eleição nacional.

Os jantares de confraternização de Dilma com os aliados são marcados pela presença dos seguidores. O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o presidente da legenda, Ricardo Berzoini, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, além do deputado Cândido Vaccarezza, não desgrudam dela. Os três primeiros são quase sombra da pré-candidata petista. Nos holofotes, Palocci está fazendo o papel de Dirceu na campanha de 2002, de Lula. Claro que, nos bastidores, ele ainda não tem o peso que o ex-ministro e deputado cassado exerce sobre o PT.
Pimentel foi trazido para a linha de frente dos negociadores graças à proximidade e amizade com Dilma. Pelo papel institucional, Berzoini é quem opera o acerto idealizado por Lula com o PMDB. O presidente do partido trabalhou de acordo com o roteiro desenhado pelo presidente e conseguiu o principal entendimento nesse período de pré-campanha ao relegar para o segundo plano os problemas estaduais e alinhavar o acordo nacional com os peemedebistas.

Esse trabalho foi facilitado graças ao empenho do presidente da Câmara e licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), e do líder da bancada Henrique Eduardo Alves (RN). Partiu desses peemedebistas, ao lado do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, a ideia de firmar primeiro a aliança presidencial. A formalização do acordo, que inclui ceder a vice para um peemedebista, está marcada para a próxima semana em encontro da cúpula dos dois partidos com Lula e Dilma.

O quarteto petista foi o responsável também por aproximar sua candidata dos aliados. Dilma se reuniu com PCdoB, PDT, PR para se confraternizar e debater eleições. Os comunistas estão fechados em trabalhar por uma única candidatura representante do governo Lula. O ex-ministro e deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) tem assumido conversas com os partidos da base para defender que a melhor maneira de derrotar a oposição em 2010 é fazer da eleição um plebiscito, exatamente como quer o presidente da República.

O PDT entrou nessa barca graças ao empenho do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda. Ele descartou de pronto um acordo com o PSB e ajudou a desidratar a candidatura presidencial do deputado Ciro Gomes (CE). Aldo e Lupi têm mantido conversas com a cúpula socialista para convencê-los da proposta pró-Dilma. No PR, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, não vê alternativa se não fechar com o PT.

Jantar

A próxima rodada de negociações ocorre com o PP. O jantar está marcado para o dia 27 deste mês. “Este é um trabalho de construção e conquista. Os partidos da base estão ajudando. Mas eu, o ministro Dornelles e o ministro Márcio Fortes (Cidades) estamos empenhados em fazer essa aliança sair”, disse o líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA).

Todos esses políticos estão empenhados, mas não querem assumir qualquer compromisso antes com o PT. Eles também têm interesses próprios e querem se cacifar nas negociações. Ninguém deseja ficar relegado ao papel de coadjuvante. Mas numa aliança sempre tem uns que podem mais que os outros.

No governo, Dilma, que já era cercada por “homens meigos”, montou uma equipe de coordenação para discutir as estratégias eleitorais. O conselho tem a participação do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, dos ministros Franklin Martins (Comunicação Social) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além do marqueteiro João Santana.

Os costureiros da ministra

Confira quem são os personagens que funcionam como interlocutores de Dilma:

José Dirceu

Fora dos holofotes da cena política, o ex-ministro de Lula atua nos bastidores e tem andado por todos os estados para resolver os problemas dos petistas com os partidos aliados para formar a maior aliança em torno da chefe da Casa Civil.

Antonio Palocci

O ex-ministro da Fazenda assumiu o papel que teve na campanha de 2002 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Participa do grupo de coordenação política da campanha. Está em todos os encontros políticos de Dilma com os aliados.

Ricardo Berzoini

É o coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT e o principal negociador da legenda com o PMDB. Não hesitou em apoiar a ideia de fechar a aliança nacional com os peemedebistas e os convidou a ajudar na elaboração da plataforma da candidatura.

Fernando Pimentel

O ex-prefeito petista de Belo Horizonte é um dos homens mais próximos da ministra Dilma e assumiu o papel de principal articulador das alianças. Em algumas conversas com os partidos aliados, ele negocia com procuração da pré-candidata.

Michel Temer

O presidente da Câmara e do PMDB teve a ideia de fechar primeiro a aliança nacional e deixar os problemas estaduais com o PT para o segundo plano. É cotado para ser vice na chapa.

Henrique Eduardo Alves

O líder do PMDB na Câmara é um dos maiores entusiastas da aliança nacional com o PT. Partiu dele a proposta de ter Michel Temer como vice numa forma de institucionalizar a chapa presidencial.
Alfredo Nascimento
O ministro dos Transportes trabalha para conter insatisfeitos no PR. Partiu dele a iniciativa de aproximar a ministra de bancadas na Câmara e no Senado. Nascimento foi o responsável por conter o ex-governador do Rio Anthony Garotinho de atacar o governo Lula.

Carlos Lupi

Presidente licenciado do PDT e ministro do Trabalho, Lupi foi o primeiro a conter tentativas do senador Cristovam Buarque (DF) de viabilizar sua candidatura à Presidência. Rejeitou também qualquer possibilidade de aliança com o PSB de Ciro Gomes.

Aldo Rebelo

O deputado pelo PCdoB de São Paulo atua para unificar a base aliada em torno de uma única candidatura para enfrentar a oposição em 2010. Assumiu conversas com o PDT e o PSB, que formam com os comunistas o bloco de esquerda, para se unirem no projeto de unidade.
Francisco DornellesO presidente do PP e senador pelo Rio ouve ponderações dos diretórios estaduais do partido para unificar os interesses pró-Dilma. Ele conta com os esforços do líder na Câmara, Mário Negromonte (BA), e do ministro das Cidades, Márcio Fortes.


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/16/politica,i=148659/OS+10+NEGOCIADORES+DE+DILMA.shtml

Lula ironiza ''preocupação de Serra com Nordeste perto das eleições''

Presidente ficou irritado com declaração do governador tucano sobre ''ausência de investimentos em irrigação''

Estadão - Leonencio Nossa, ENVIADO ESPECIAL, SERTÂNIA 16/10/2009

Críticas aos órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e ao governador paulista José Serra (PSDB) marcaram ontem o segundo dia de visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a canteiros de obras da transposição do Rio São Francisco. No sertão pernambucano, Lula ironizou os comentários ao projeto feitos por Serra. Provocado por um radialista, afirmou que o tucano estava "mudo" e, agora, começou a fazer discurso de campanha pela Presidência em 2010. "Eu não sabia que o Serra tinha alguma preocupação com o Nordeste", disse. "Mas, se começa a ter um pouquinho, perto das eleições, já é um bom sinal."

Lula aproveitou uma entrevista a rádios, num dos canteiros da obra, a 360 quilômetros do Recife, para rebater críticas à sua viagem ao Nordeste - que conta com a presença da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à sucessão presidencial. Um radialista comentou com o presidente que o governador paulista, possível rival de Dilma na disputa do próximo ano, afirmara que havia "absoluta" ausência de investimentos em irrigação.

O presidente pediu para o repórter repetir o comentário, para rebater a declaração. "O que é triste é isso, é que vai passando o tempo, as pessoas não falam, ficam mudas, e quando vai chegando perto das eleições começam a preparar o discurso", atacou.

Na avaliação de Lula, a demora no andamento das obras se deve a dificuldades impostas pela Justiça e por órgãos de fiscalização, como o TCU. "O Serra que fique esperto, porque ele vai ver o que nós vamos inaugurar de irrigação no Nordeste nesses próximos meses, projetos que estavam parados não por nossa culpa, mas por irresponsabilidade do Poder Judiciário." Em tom de provocação, afirmou que poderia convidar Serra para integrar sua comitiva nas próximas viagens ao principal reduto do lulismo. "Quem sabe eu até convide ele para participar, comigo, da inauguração de alguns projetos, para ele compreender o que está acontecendo", afirmou.

GÁS

Sem perder o foco no eleitorado, Lula disse que a ideia de baixar o preço do gás de cozinha não sai da "cabeça" dele e de Dilma. "As pessoas pobres pagam caro o tonel. Tem lugar em que está a R$ 40, tem lugar em que está a R$ 38."

Logo depois da entrevista, Lula subiu num palanque armado no canteiro de obras. A uma plateia de operários, se referiu a "pessoas" de São Paulo, sem citar Serra. "Elas estavam habituadas a ver os pobres do Nordeste irem para São Paulo procurar emprego na construção civil", disse. "Agora, quem quer trabalhar na construção civil não precisa ir a São Paulo, porque tem emprego aqui."

Também alfinetou os ambientalistas. "Não quero que matem um passarinho, um calango ou uma cobra, mas não posso deixar o povo pobre passar fome."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091016/not_imp451405,0.php

Lula descarta dobradinha entre Dilma e Ciro nas eleições

Diário do Grande ABC - 15/10/2009

Ao inspecionar ontem as obras de revitalização do Rio São Francisco acompanhado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP), o presidente Lula praticamente descartou chapa integrada pelos dois para a disputa da sucessão presidencial no próximo ano.
Lula elogiou tanto Dilma como Ciro, afirmou que "são grandes companheiros" e acrescentou que, pelo que conhece dos dois, eles têm mais vocação para "carreira solo".

O presidente justificou o convite a Ciro - aliado que insiste em se colocar na disputa pela sucessão, apesar da preferência do Planalto por Dilma - para integrar a comitiva que inspeciona as obras de transposição do Rio São Francisco por ter sido ele uma das pessoas que mais "batalharam" pelo projeto.

Em seu discurso, Lula disse que quando deixar de ser presidente voltará à região do São Francisco, percorrerá o rio sem seguranças e sem a companhia de ministros e exigirá a continuação da obra.

O presidente inspecionou obras de dragagem durante passeio de cerca de vinte minutos que fez em barco da Marinha. E ressaltou que as obras de transposição e revitalização do Rio São Francisco representam o pagamento de dívida histórica. Cerca de 8.000 trabalhadores estão envolvidos na revitalização do rio.

O chefe da Nação afirmou ter sentido que o projeto do São Francisco sairia do papel no dia que foi eleito presidente da República. Antes disso, na avaliação dele, eram apenas promessas.

POLARIZAÇÃO - Em jantar com a cúpula do PR, anteontem, Dilma reforçou sua crença na provável polarização entre PT e PSDB em 2010. A síntese da campanha eleitoral, segundo ela, será o confronto entre "projeto desenvolvimentista e social" contra a "proposta neoliberal e privatista" do PSDB.

http://home.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=8&id=5772457&titulo=Lula+descarta+dobradinha+entre+Dilma+e+Ciro+nas+eleicoes+2010

15 de out. de 2009

Cristovam defende candidato próprio do PDT e diz não ver diferença entre Serra, Dilma e Ciro

15/10/20009 da Folha Online
 
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu hoje no Twitter (microblog) a candidatura própria do partido à Presidência da República. O PDT integra a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta unificar a base de sustentação do seu governo em torno da pré-candidatura da ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil).

Instado por internautas a se lançar candidato, Cristovam respondeu: "Defendo que o PDT tenha candidato próprio". Cristovam disputou a eleição presidencial de 2006, quando recebeu 2,5 milhões de votos no primeiro turno.

No Twitter, Cristovam criticou a disputa eleitoral de 2010 e disse não ver diferença entre as propostas dos pré-candidatos Dilma, o governador José Serra (PSDB-SP) e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE).

"No governo Lula, o Brasil sofreu grande retrocesso no debate de ideias. Basta ver a semelhança no discurso dos candidatos à Presidência", escreveu ele. "Qual a diferença nas propostas de Ciro, Serra e Dilma?"
Para Cristovam, o leitor votará nos marqueteiros. "Vamos votar pela imagem que os marketeiros passem depois de maquiarem os candidatos, na cara e na fala."

Dilma
 
No último dia 6, Dilma se reuniu com as bancadas do PDT no Congresso em Brasília em busca de apoio à pré-candidatura.

No jantar, Dilma defendeu uma candidatura única entre os partidos da base aliada do presidente Lula --ou seja, sem candidato do PDT.

"Achamos que o governo do presidente Lula tem que fazer o sucessor. Nós achamos que o governo tem de ter continuidade. Não são dois candidatos. Vai ser um candidato que vai representar o governo. Acho muito importante para o governo do presidente Lula ter continuidade. Seja quem seja esse candidato, nós temos certeza que esse é um projeto que foi muito importante para o Brasil. Que o Brasil de 2010 é muito diferente de 2003. Então, achamos que o Brasil não pode voltar para trás", afirmou na época.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u638418.shtml

Lula pede para população votar em político melhor e critica imprensa nacional

15/10/2009 | da Folha Online
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a população deve usar as eleições para escolher uma classe política de melhor qualidade. Segundo ele, a eleição é a hora de fazer a reparação.

"É importante mudar a classe política, ter consciência, ter o direito de colocar gente cada vez melhor. Às vezes, fico assustado quando coloca gente pior. É preciso ter consciência que a eleição serve para fazer a reparação. Colocou um cara ruim, troca. Reelege um melhor", disse ele em entrevista para rádios do Nordeste e de Minas Gerais.

Lula defendeu ainda a escolha de candidatos comprometidos com o Nordeste. "Se entrar gente comprometida com o Nordeste, certamente as coisas vão acontecer. Mas tem gente grã-fina no Nordeste que prefere fazer investimento no Rio, em São Paulo, comprar apartamento em Paris."

Na viagem às obras de transposição do rio São Francisco, Lula esteve acompanhado de vários pré-candidatos --como a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Pré-candidatos a governos de Estados do Nordeste também acompanham Lula, como o ministro Geddel Vieira (Integração Nacional).

Ao falar do motivo que levou o Rio a ser escolhido sede das Olimpíadas de 2016, Lula criticou a imprensa nacional. Segundo ele, a imprensa nacional é muito pessimista, diferentemente da internacional. "Aqui [a imprensa], é só jogar para baixo. Vai ser azedo assim em outro lugar,"

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u638431.shtml

Caciques peemedebistas sugerem a Lula que tire férias em 2010

Estratégia teria o objetivo de vincular imagem de Dilma à do presidente 

Daniel Pereira | Correio Brazilliense - 15/10/200

A cúpula do PMDB proporá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tire um mês de licença, em 2010, para viajar pelo país ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. São pelo menos dois os objetivos da iniciativa. Um deles é tornar a “mãe do PAC”, pré-candidata do PT à Presidência da República, mais conhecida entre os eleitores. O outro é vincular a imagem dela à de Lula. Divulgá-la não apenas como uma gestora eficiente, mas uma seguidora fiel da cartilha petista em defesa da redução da desigualdade de renda e do combate à pobreza.

Pesquisa Ibope divulgada no mês passado, por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que só 9% dos entrevistados disseram conhecer bem a ministra, enquanto 34% afirmaram conhecê-la só de ouvir falar. Segundo a sondagem, o percentual de rejeição a Dilma é de 40%. Ao analisar os números, auxiliares do presidente chegaram à conclusão de que, terminado o tratamento contra o câncer, é preciso retomar a superexposição. As viagens para vistoriar obras, como no Rio São Francisco, ajudam. Mas são insuficientes, alegam os peemedebistas.

Para o partido, o ideal é que Lula, embalado por níveis recordes de aprovação popular, pegue a ministra pelas mãos, apresentando-a ao eleitorado numa espécie de “caravana emotiva” no próximo ano. No giro, seria ressaltado, por exemplo, o empenho de Dilma para tirar do papel o Programa Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é construir 1 milhão de moradias populares. Além disso, seria repisada a tese de que a vitória da candidata petista representaria, na prática, um terceiro mandato consecutivo para o presidente. “Precisamos emocionar o país”, diz o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), apegando-se ao carisma de Lula.

Aliança

Na próxima semana, a direção do PMDB fechará uma pré-aliança eleitoral com o PT. Com a bênção de Lula, a maior legenda do país declarará apoio à ministra no páreo presidencial. Em troca, espera receber o convite oficial para indicar o vice na chapa. O favorito para o posto é o presidente da Câmara, Michel Temer (SP). Na terça-feira à noite, o presidente da República ratificou, em audiência com Henrique Alves e o senador Garibaldi Alves (RN), que o posto de vice será reservado a um peemedebista. Declarou ainda que, se dependesse dele, o PT só disputaria os comandos estaduais onde já governa.

Escaldado pelas dificuldades enfrentadas em votações no Senado, que derrubou a prorrogação da CPMF, Lula acha mais importante a eleição de senadores do que governadores petistas. Isso facilitaria eventual mandato de Dilma na Presidência, já que os governantes estaduais têm de manter uma boa relação com o Planalto para receber recursos federais.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/15/politica,i=148421/CACIQUES+PEEMEDEBISTAS+SUGEREM+A+LULA+QUE+TIRE+FERIAS+EM+2010.shtml

Lula faz comício no São Francisco, mas segura dinheiro para obra

Em ato falho, ele admite caráter eleitoral de visita ao lado da ministra e candidata Dilma a obras da transposição

Ivana Moreira, ENVIADA ESPECIAL, PIRAPORA - Estadão 15/10/2009

Ao levar ao Nordeste e sertão de Minas, principais redutos do "lulismo", a ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou admitindo, num ato falho, caráter eleitoral na visita às obras de transposição do Rio São Francisco. Num palanque montado na cidade de Buritizeiro (MG), repleto de políticos, Lula disse em discurso que sua ideia inicial não era participar de "comício" - uma atividade de campanha -, mas apenas cumprir um programa de inspeções. "No nosso projeto original de fazer essa viagem não estava previsto a gente fazer comício. Estava previsto fazer visitas às obras", disse Lula. Na prática, contudo, o empreendimento não tem recebido prioridade na destinação de recursos - apenas 3,68% do R$ 1,68 bilhão reservado em 2009 foram efetivamente pagos (veja reportagem nesta página).

Ao mesmo tempo, o périplo presidencial foi marcado pela disputa entre governo e oposição. A agenda oficial em Minas excluiu da programação a visita a Pirapora, cidade administrada pelo oposicionista DEM, e manteve apenas o palanque em Buritizeiro, governada pelo PT. As duas cidades ficam em margens opostas do São Francisco.

Depois que Pirapora foi tirada do roteiro, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), desistiu de participar da cerimônia em Buritizeiro. A ausência de Aécio acabou dividindo a claque de políticos da região. Enquanto lideranças ligadas ao governo seguiram a comitiva presidencial do Aeroporto de Pirapora até Buritizeiro, os políticos alinhados ao tucano Aécio ficaram à espera de seu desembarque.

No palanque mineiro, o governador que esteve ao lado de Lula e Dilma foi o da Bahia, Jacques Wagner (PT), que disputará a reeleição. Havia ainda o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PSB à Presidência, e os ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima - que pretende disputar o governo baiano pelo PMDB -, das Cidades, Márcio Fortes, e da Comunicação Social, Franklin Martins.

Quebrando o protocolo definido pelo Planalto, depois do discurso em Buritizeiro, Lula resolveu visitar uma estação de tratamento de esgoto em Pirapora. Assessores da Presidência chegaram a ligar para o prefeito da cidade, mas ele avisou que estava no aeroporto à espera de Aécio. Disse ainda que a estação estava fechada e não fora preparada para receber o presidente.

Lula, no entanto, fez questão de ir ao local. Acabou encontrando dois pescadores, que foram surpreendidos pela visita. O presidente conversou com eles e ainda passou alguns minutos fingindo que pescava às margens do São Francisco, ao lado de Dilma.

TIMIDEZ

Na sequência do roteiro, em Barra (BA), a ministra mostrou, diante de cerca de 1,5 mil pessoas, certa timidez para uma candidata. Chamada por pessoas que se aglomeravam para ver Lula e comitiva, Dilma se aproximou. Tirou fotos, abraçou algumas delas, mas logo se afastou. Entre as pessoas que foram ver Lula e seus ministros havia quatro faixas de apoio à candidatura de Geddel e três pró-Wagner. Nenhuma que lembrasse Dilma.

O fato de ser a candidata de Lula, porém, deverá ajudá-la. "Eu voto em quem o presidente pedir", proclamava Rita de Cássia Vieira dos Santos, de 39 anos, mãe de sete filhos, dependente dos R$ 80 que recebe do Bolsa-Família. "Posso morrer agora que vi o presidente Lula." Antônia Rocha da Silva, de 60 anos, também dizia que só faz o que Lula mandar. Julgando que o agradaria, vestiu uma camiseta do PT. "Antes não votava no PT, só no Lula. Agora, voto em qualquer candidato do partido. Minha candidata é a Dilma."

Em Barra, Lula prometeu ficar vigilante, mesmo depois de deixar a Presidência, para impedir que seus sucessores paralisem as obras de transposição. Repetiu promessa semelhante feita em 1989 pelo então presidente José Sarney, ao inaugurar trecho da Ferrovia Norte-Sul. Só agora, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra foi retomada.

AVIÃO

No esforço de promover a viagem de Lula e Dilma, o Planalto pôs um avião da FAB para levar 24 jornalistas aos canteiros das obras do São Francisco. A visita aos sertões de Minas, Bahia e Pernambuco é considerada "estratégica". Além de propagar a candidatura de Dilma, visa a divulgar uma obra vista pelo próprio Lula como principal marca de seu governo no Nordeste. O grupo transportado pela FAB inclui jornalistas do Le Monde, Der Spiegel, BBC, Rede Globo, Terra Magazine e Revista Piauí, entre outros. A reportagem do Estado viaja por conta própria.

Os marqueteiros do governo recorreram à figura do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1960) para dar um charme à caravana. Lula e Dilma pernoitariam ontem num canteiro das empreiteiras em Sertânia (PE). Assessores do governo passaram os últimos dias divulgando o fato de que o presidente repetiria um gesto de JK, que no fim dos anos 1950 dormia nos acampamentos da construção de Brasília. COLABORARAM JOÃO DOMINGOS e LEONENCIO NOSSA, ENVIADOS ESPECIAIS
 

'A gente é nossas circunstâncias' diz Dilma, no Nordeste

LEONENCIO NOSSA - Agencia Estado - 15/10/2009


SERTÂNIA, PE - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a enfrentar o desafio de pré-candidata do governo à Presidência no mais tradicional reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - o Nordeste. Integrante da comitiva presidencial que visita os canteiros das obras de transposição do Rio São Francisco, ela acompanhou Lula na manhã de hoje nos palanques e no encontro com trabalhadores do projeto.

De bom humor, ela disse que mantém a mesma disposição de trabalho nas reuniões em gabinetes de Brasília e nas visitas a projetos do governo pelo País. "A gente é as nossas circunstâncias", disse à Agência Estado, parafraseando o pensador espanhol Ortega y Gasset. "Se é para sair (do gabinete), eu saio. Se é para permanecer, eu permaneço."

Com cuidado para não ferir a legislação eleitoral, ela procurou responder a simpatizantes e repórteres que queriam saber sobre sua candidatura presidencial. Dilma observou que visita o Nordeste como gerente das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A ministra, no entanto, deixou claro que está "feliz" com a experiência de pré-candidata.

Sobre críticas da Igreja Católica e de ambientalistas à transposição do São Francisco, Dilma disse que o projeto prevê compensações ambientais e preocupações com a diversidade do Semi Árido. "Eu não vejo crítica da Igreja, mas de um bispo", disse, referindo-se ao bispo de Barra (BA), Luiz Flavio Cappio. E acrescentou: "Acho que é uma crítica infundada, de pessoas que não têm conhecimento do projeto. A transposição vai garantir água para uma grande área do Nordeste."

Web é essencial para eleição, diz estrategista de Obama

CAROLINA FREITAS - Agencia Estado - 15/10/2009

SÃO PAULO - O estrategista da campanha online do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Ben Self, avaliou hoje a internet como uma ferramenta fundamental em qualquer processo político na era pós-Obama. "Por que você entraria numa campanha sem todas as armas de que dispõe?", questionou. Self comparou uma campanha sem a rede mundial de computadores a uma sem televisão e disse não ver motivos para um processo eleitoral sem esse instrumento.
 
O especialista afirmou não se sentir confortável para comentar as tentativas de restringir o uso da web nas eleições brasileiras. "Não sou expert em legislação. Apenas notei que, nos Estados Unidos, temos mais possibilidades de fazer propaganda nesse meio do que no Brasil", disse ele, após palestra no seminário O Efeito Obama, promovido pela Universidade George Washington (EUA), em São Paulo.

Para Self, a internet deve ser usada, sobretudo, como uma "agregadora" de apoios ao sensibilizar os eleitores para que se engajem e ajudem a divulgar o nome de um candidato. Segundo ele, o desafio inicial da campanha de Obama foi criar uma lista de e-mails de todos os que participassem de algum evento do democrata para que se tornassem multiplicadores das informações sobre o candidato e, em última instância, doassem dinheiro para a candidatura.

"A tecnologia não resolve todos os problemas de uma campanha, não torna interessante alguém desinteressante. A tarefa fundamental é descobrir qual é a paixão das pessoas para, assim, fazê-las ter interesse pelo debate político."

Self afirmou que o apelo emocional contribui para engajar os eleitores em torno de um candidato, influenciando até mesmo o volume de doações individuais. Ele deu o exemplo da campanha de Obama que, com vídeos de depoimentos de apoiadores, levou mais pessoas a procurar os comitês de mobilização. "Havia vídeos claramente emocionantes, que fazem as pessoas se engajarem, contarem para os amigos."

Redes

Para ele, ao usar redes sociais, como o Orkut e o Twitter, os candidatos devem se preocupar menos com o número de seguidores e mais em oferecer um bom conteúdo a eles e levá-los a acessar sites de campanha, onde há detalhes sobre a candidatura. Self lembrou a importância de desmentir boatos propagados pela internet e citou como exemplo de estratégia a criação de um espaço no site de Obama com a lista de rumores e, em seguida, a apresentação dos "fatos" sobre o assunto. "Você volta para onde começaram os rumores e os corta ali mesmo", explicou.
 

Estrategista de Obama evita falar da campanha de Dilma

CAROLINA FREITAS - Agencia Estado - 15/10/2009


SÃO PAULO - O estrategista responsável pela campanha online de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, Ben Self, desconversou hoje sobre uma eventual participação na candidatura da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência do Brasil em 2010. "Não falamos sobre com quem temos contrato, sobre os clientes existentes ou possíveis. Respeitamos a privacidade deles. Vocês devem perguntar a eles", limitou-se a responder Self, após palestrar no seminário O Efeito Obama, em São Paulo. Segundo a revista "IstoÉ", Self teria fechado contrato em setembro para assessorar Dilma.

Indagado se gostaria de trabalhar na eleição brasileira de 2010, o estrategista disse: "O Brasil está numa situação política muito interessante e é também um mercado interessante. Vamos ter tempo de avaliar essa possibilidade." Self se esquivou de informar até mesmo se conhece pessoalmente Dilma ou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), potenciais candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a palestra, ele chegou a brincar ao citar o nome dos dois. "Não sei bem quem são." Self apresentou à plateia um gráfico que mostra a frequência com que são buscados no Google os nomes de Dilma e de Serra. O nome do tucano era pesquisado com muito mais frequência do que o da petista. No entanto, o estrategista evitou analisar as estatísticas. "Os números não significam nada, é apenas interessante ver a diferença, mostrar as tendências locais."

Marqueteiro de Serra diz que Lula deveria trabalhar mais e falar menos e defende tucano

REGIANE SOARES

Folha Online - 15/10/2009

O marqueteiro Luiz Gonzalez, responsável pelas últimas campanhas eleitorais do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou nesta quinta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por usar "instrumentos do governo" na disputa eleitoral. Segundo ele, o presidente não deveria entrar nesse "ringue" agora.

Ao ser questionado sobre a troca de farpas entre Serra e Lula sobre o projeto de transposição do rio São Francisco, Gonzalez disse que não é "bacana" nem "correto" o presidente usar suas entrevistas com a imprensa "para entrar no jogo eleitoral".

"O presidente deveria trabalhar mais e falar menos. [...] Onde ele for, tem jornalistas. Portanto, ele usa o instrumento que ele tem. Eu acho chato que ele use um instrumento de governo para a disputa eleitoral. Não precisa disso", afirmou.

Ontem, ao comentar a viagem do presidente Lula às obras de transposição do rio São Francisco, Serra disse que faltava irrigação nas áreas vizinhas. Hoje, Lula reagiu à declaração e disse, em entrevista a rádios do Nordeste, que Serra está se preparando para a campanha de 2010 e criticou os que se opõem ao projeto de transposição.

"Eu não sabia que o Serra tinha preocupação com o Nordeste, mas se tem perto das eleições, é bom sinal", disse Lula em entrevista para rádios do Nordeste e de Minas Gerais.

Gonzalez participou hoje do primeiro seminário de Estratégia de Comunicação e Marketing "O efeito Obama", que trata das estratégias da campanha presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos.

Durante a sua participação, Gonzalez falou sobre a comunicação e as eleições de 2010, e respondeu a perguntas da plateia sobre campanha de Serra e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à Presidência.

Segundo Gonzalez, Dilma não deve usar, como prioridade, o fato de ser mulher durante a campanha. O marqueteiro disse acreditar que um candidato deve conseguir a maioria do eleitorado independente do gênero. "O tema da campanha de Dilma não é de gênero, é de continuidade". Se o tema for 'vote em mim porque sou mulher', é uma campanha errada", disse.

Questionado sobre o possível discurso de Serra durante a campanha, o marqueteiro afirmou que a história do tucano é a sua maior aliada. Para Gonzalez, Serra não precisa de artifícios porque tem biografia.

"A biografia que o Serra tem não precisa de nenhum truque. É só dizer quem é, o que fez o que pretende fazer. Ele tem alicerce e aval para o que pretende fazer", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u638557.shtml

A guerra eleitoral se intensifica

15/10/2009

Dois presidenciáveis dividiram o palanque com Lula

15/10/2009

Um terceiro pré-candidato ao Planalto não chegou a tempo de participar do evento sobre o Rio São Francisco em Minas Gerais.

TV estatal destaca "caravana de Lula" com grande cobertura

15/10/2009

NBR, a TV do Poder Executivo responsável pelas transmissões ao vivo de atividades do governo, preparou uma estrutura especial para acompanhar a viagem de três dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por cidades do interior de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Lula fiscaliza as obras de transposição do rio São Francisco. Novas vinhetas e reportagens especiais são exibidas durante os intervalos das transmissões ao vivo e também de telejornais. Com Lula viajam a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidatos da base do governo à presidência. Aécio Neves (PSDB), governador de Minas Gerais, garantiu presença na foto oficial. Durante agenda em São Paulo, o governador paulista José Serra, que disputa com Aécio a pré-candidatura tucana, não quis falar sobre a participação dos potenciais adversários na viagem do presidente. Ele criticou o projeto de Lula.

Ministra cobra 'teste dos 8 anos'

Em jantar com PR, opõe 'projeto social' à privatização

Estadão - 15/10/2009 | Christiane Samarco e Tânia Monteiro, BRASÍLIA


Em 2010, o confronto eleitoral será entre um "projeto desenvolvimentista e social" contra a "proposta neoliberal e privatista" do PSDB. A síntese do que será a desejada campanha plebiscitária à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi feita pela ministra da Casa Civil e pré-candidata petista Dilma Rousseff em jantar, anteontem, com a cúpula do PR. Na visão da ministra, ela será a defensora de um modelo de governo "testado por oito anos" contra o modelo dos oito anos dos tucanos.

Sem citar nomes de possíveis adversários, Dilma minimizou a importância de "projetos novos" que, a seu ver, não têm consistência nem nitidez. No jantar, todos entenderam que se tratava de uma referência ao pré-candidato do PSB, deputado Ciro Gomes (SP), e à pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC). Só o ex-governador do Rio Anthony Garotinho citou explicitamente o nome do governador José Serra (PSDB), pré-candidato que o governo avalia como adversário que deve polarizar a disputar.

"O Serra vai ser uma barbada para você", disse Garotinho, arriscando o palpite de que o confronto se dará entre Dilma e o governador paulista. Apesar da boa vontade a favor da candidata ter sido geral, segundo parlamentares que participaram do jantar, só Garotinho deu sinais claros de que dará seu voto à "velha amiga", a quem se referiu como "companheira séria, determinada, competente e firme em suas decisões".

Garotinho lembrou que na disputa pela presidência contra Serra e Lula, em 2002, obteve 18 milhões de votos, mais que o dobro previsto pelas pesquisas eleitorais. "Você é candidata de um presidente que tem 80% de popularidade. Sairá com vantagem enorme."

Foram 2h30 de reunião na Mansão Oásis, uma casa de eventos no Lago Sul de Brasília. Dilma chegou saudando "a terceira maior bancada da base aliada no Congresso" e posando, sorridente, para fotografias. A lista de convidados que compareceu ao jantar não deixou dúvidas de que ela estava ali com o respaldo do Planalto e do PT.

Para presidente, Dilma e Ciro ''têm vocação solo''

Estadão - 15/10/2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou ontem que não tem esperanças numa chapa encabeçada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com o deputado Ciro Gomes (PSB) na vice. "Adoro os dois, mas parece que eles têm uma vocação solo", disse após ser indagado se gostava deles. A vice de Dilma é disputada pelo PMDB, que tem dois candidatos: o presidente da Câmara, Michel Temer, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

A declaração de Lula foi feita durante entrevista, quando ele vistoriava as obras de recuperação, contenção de erosões e dragagem da parte assoreada do Rio São Francisco, em Barra, no oeste da Bahia. No momento em que o presidente deu a resposta, Ciro abraçou Dilma.

Para ele, Ciro e Dilma formam uma dupla de atacantes. Um é meia esquerda e o outro é ponta esquerda, na sua costumeira comparação com o futebol. "Adoro os dois e vamos ver o que vai acontecer", disse.

Durante a viagem no avião presidencial, Lula, Dilma e Ciro conversaram muito, de acordo com a informação de um auxiliar do presidente. Chegaram a falar de cenários eleitorais para o ano que vem - ambos são candidatos à sucessão de Lula -, mas em nenhum momento houve qualquer tentativa de esboço de um acordo entre eles.

Ciro considera que a aliança em torno de Lula precisa ter mais de um candidato a presidente. Lula é contra e tem insistido em fechar acordo em torno de Dilma. Mas as pretensões do presidente não têm dado certo.

O PV - que faz parte da base de sustentação do governo no Congresso - também deve lançar a candidatura da senadora Marina Silva, do Acre, para disputar a Presidência em 2010.

PALANQUE

Questionado se tinha levado a ministra para um périplo de três dias pelas obras da transposição do São Francisco para lhe dar um palanque e a apresentar aos eleitores do Nordeste, Lula desconversou.

"Convidei o companheiro Ciro Gomes para vir aqui por uma questão de respeito, por ele ser um homem que foi o grande elaborador do projeto, que brigou pelo projeto", declarou o presidente. "E trouxe a companheira Dilma. Também iria trazer o companheiro José Alencar, se ele estivesse bem de saúde, porque numa obra dessas a gente não pensa em fazer lançamento de candidatura, até porque a eleição está muito longe."

Lula afirmou que ao visitar as obras do Rio São Francisco acompanhado de Dilma e Ciro, além do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB) - que pretende concorrer ao governo baiano - quis "apenas dizer ao povo que a obra vai acontecer de verdade". Ele acrescentou: "As pessoas serão beneficiárias de uma obra gigantesca, que necessitou de muita coragem para ser feita." De qualquer forma, lá estavam dois pretendentes à Presidência e dois candidatos ao governo da Bahia. J.D.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091015/not_imp450838,0.php

Coligação com PMDB em 2010 divide candidatos à presidência do PT

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília - 15/10/2009

A decisão do PT de se coligar com o PMDB em nível nacional em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto divide os candidatos que disputam a presidência do partido. Apesar de a candidatura da ministra ser praticamente um consenso entre os candidatos, alguns argumentam que o PT não deve se coligar com legendas que mantiveram ligações com governos anteriores, como o PMDB.

Cotado como favorito na disputa, o candidato José Eduardo Dutra, da corrente Construindo um Novo Brasil, disse nesta quinta-feira que a aliança com o PMDB é essencial para garantir a eleição de Dilma em 2010. "Eu considero a participação do PMDB fundamental nessa política de alianças. O tempo de TV vai ser muito importante na candidatura da ministra", disse Dutra.

O secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, da corrente Mensagem ao Partido, defendeu as políticas de alianças nacionais do partido, mas disse que a legenda não pode minimizar as coligações estaduais.
"Temos que jogar todas as fichas nas eleições de Dilma. Mas não podemos menosprezar as eleições nos Estados. Quanto maior a nossa força nos Estados, mais estabilidade para conseguir o nosso programa. Quanto mais enfraquecidos estivermos nos Estados, mais problemas teremos", afirmou.

Na linha de ruptura com o PMDB, os candidatos Serge Goulart (Esquerda Marxista) e Markus Sokol (O Trabalho) fizeram duras críticas à possibilidade de união do PT com os peemedebistas.

"Eu defendo a ruptura do governo Lula com partidos de direita. Não podemos apoiar o [José] Sarney [presidente do Senado] e sua quadrilha. O PT é um partido sem patrões. A Dilma é candidata do presidente Lula e de dirigentes do PT, mas é o partido que deve decidir isso", afirmou Goulart.

O candidato foi o único a criticar o lançamento de Dilma para a presidência da República. Na opinião de Goulart, o presidente Lula deveria disputar um terceiro mandato. "A Dilma foi uma candidata ungida pela imprensa, sem nenhuma discussão nacional. Temos candidatos excelentes dentro do partido. Se não houvesse esse rolo compressor, poderiam discutir. O próprio Lula é o melhor candidato do PT. Não é o Congresso corrupto, que o ex-presidente Fernando Henrique comprou para ter dois mandatos. Não é o Congresso que decide, é o povo. O governante é governante enquanto o povo reeleger", afirmou.

Para Sokol, Dilma é a "única candidata que derrota a direita privativa" do país. O candidato, porém, disse que o partido deve lançar nomes da legenda nos Estados, sem apoiar nomes de outros partidos --como o PT estuda fazer em Estados como o Ceará, na campanha à reeleição do governador Cid Gomes (PSB).

"Não sou a favor de fazer campanha para governador do Ceará se reeleger. Ele fez campanha contra o piso dos professores. Temos que colocar candidato nosso no Rio, São Paulo. Ganhamos duas vezes sem apoio de ninguém, porque não podemos ganhar a terceira?", questionou.

A candidata Iriny Lopes, da corrente Esquerda Socialista, disse que o partido precisa discutir o programa de governo de Dilma antes de lançar oficialmente o nome da petista na corrida ao Palácio do Planalto. "A ministra Dilma é candidata do PT, mobiliza todas as forças na disputa de 2010. Um dos pontos centrais é discutir um programa de governo para 2010", disse.

O deputado Geraldo Magela (PT-DF), da corrente Movimento: partido para todos, afirmou que a eleição de Dilma vai permitir ao partido ter um "terceiro mandato" no comando do país. "A conquista do terceiro mandato não é objetivo apenas do PT, mas é necessidade do povo brasileiro. Temos que eleger a ministra Dilma presidente do Brasil. Ter mais de um palanque em alguns Estados ajuda, não atrapalha. A política de alianças deve ajudar, não atrapalhar as alianças nos Estados", afirmou.

Disputa
 
Os seis candidatos participaram nesta sexta-feira de debate dentro do processo de escolha do novo presidente do PT. No total, o partido vai realizar 11 debates até o início de novembro. As eleições internas para escolha do presidente do PT ocorrem em dezembro.

Se não houver vitória no primeiro turno, o partido realiza um novo pleito. O escolhido substituirá Ricardo Berzoini, da corrente Construindo um Novo Brasil --majoritária no partido. Dutra, representante da corrente, tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Berzoini, que também apóia o ex-presidente da Petrobras, disse no debate que a democracia dentro do PT permitiu à legenda superar "seu momento mais difícil" em 2005, quando enfrentou as denúncias do mensalão.
"O partido tem sua forma regulamentar de agir. Tem democracia de base. Por isso em 2005, quando enfrentamos grave crise política, quem deu resposta que mudou conjuntura foi a militância do PT. O PT tem na sua militância a razão de existir e sua forma de praticar a democracia", afirmou Berzoini.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u638727.shtml

Marqueteiro de Serra diz que Lula deveria trabalhar mais e falar menos e defende tucano

 REGIANE SOARES da Folha Online - 15/10/2009

O marqueteiro Luiz Gonzalez, responsável pelas últimas campanhas eleitorais do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou nesta quinta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por usar "instrumentos do governo" na disputa eleitoral. Segundo ele, o presidente não deveria entrar nesse "ringue" agora.

Ao ser questionado sobre a troca de farpas entre Serra e Lula sobre o projeto de transposição do rio São Francisco, Gonzalez disse que não é "bacana" nem "correto" o presidente usar suas entrevistas com a imprensa "para entrar no jogo eleitoral".

"O presidente deveria trabalhar mais e falar menos. [...] Onde ele for, tem jornalistas. Portanto, ele usa o instrumento que ele tem. Eu acho chato que ele use um instrumento de governo para a disputa eleitoral. Não precisa disso", afirmou.

Ontem, ao comentar a viagem do presidente Lula às obras de transposição do rio São Francisco, Serra disse que faltava irrigação nas áreas vizinhas. Hoje, Lula reagiu à declaração e disse, em entrevista a rádios do Nordeste, que Serra está se preparando para a campanha de 2010 e criticou os que se opõem ao projeto de transposição.

"Eu não sabia que o Serra tinha preocupação com o Nordeste, mas se tem perto das eleições, é bom sinal", disse Lula em entrevista para rádios do Nordeste e de Minas Gerais.

Gonzalez participou hoje do primeiro seminário de Estratégia de Comunicação e Marketing "O efeito Obama", que trata das estratégias da campanha presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos.

Durante a sua participação, Gonzalez falou sobre a comunicação e as eleições de 2010, e respondeu a perguntas da plateia sobre campanha de Serra e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à Presidência.

Segundo Gonzalez, Dilma não deve usar, como prioridade, o fato de ser mulher durante a campanha. O marqueteiro disse acreditar que um candidato deve conseguir a maioria do eleitorado independente do gênero. "O tema da campanha de Dilma não é de gênero, é de continuidade". Se o tema for 'vote em mim porque sou mulher', é uma campanha errada", disse.

Questionado sobre o possível discurso de Serra durante a campanha, o marqueteiro afirmou que a história do tucano é a sua maior aliada. Para Gonzalez, Serra não precisa de artifícios porque tem biografia.

"A biografia que o Serra tem não precisa de nenhum truque. É só dizer quem é, o que fez o que pretende fazer. Ele tem alicerce e aval para o que pretende fazer", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u638557.shtml

Dilma monta 'núcleo político' para coordenar campanha

Grupo já se reuniu três vezes com o presidente e a ministra com objetivo de traçar estratégias para 2010

AE - Agência Estado -  15/10/2009


SÃO PAULO - Sob a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, montou um núcleo político para coordenar sua campanha ao Palácio do Planalto. Integrado pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP), que chefiou a equipe do programa de governo de Lula, em 2002, o grupo já se reuniu três vezes com o presidente e com Dilma, nos últimos dois meses, com o objetivo de traçar estratégias para a corrida de 2010.
Além de Palocci, fazem parte do time o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, o ministro Franklin Martins (Comunicação Social), o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e o marqueteiro João Santana.

No último jantar, há cerca de um mês, Lula falou sobre dificuldades enfrentadas em suas campanhas para atrair apoios além das "fronteiras da esquerda". Foi dessas conversas reservadas que saiu a ideia de Dilma comandar reuniões com os partidos aliados e se apresentar como candidata disposta a fazer acordos políticos, e não apenas como "gerentona" do governo.

Santana, por sua vez, tem orientado a ministra a vestir o figurino da simpatia. Dona de temperamento explosivo, Dilma ficou conhecida na Casa Civil por distribuir broncas. "Sou uma mulher dura, cercada por homens meigos", diz ela, toda vez que é lembrada de sua "fama". O marqueteiro deixou Dilma sorridente e pediu a ela que usasse cores mais vivas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-monta-nucleo-politico-para-coordenar-campanha,450877,0.htm

Em visita ao norte de Minas, Lula discursa ao lado de Dilma e de Ciro, e se reúne com Aécio

Correio Braziliense - 15/10/2009


<i>O presidente dividiu palanque com Dilma Rousseff e Ciro Gomes, pré-candidatos à sucessão presidencial. Em seguida, esteve com o governador tucano Aécio Neves. Em clima amistoso, posaram juntos para fotos</i> - (Ricardo Stuckert/PR/D.A Press)


Buritizeiro (MG) — Depois de todo o esforço que vinha fazendo para emplacar uma candidatura única da base aliada à Presidência da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se viu ontem numa complicada engenharia eleitoral para dividir o mesmo palanque com dois pré-candidatos ao Planalto. Em Buritizeiro, norte de Minas, primeiro ponto da visita que faz pelo Rio São Francisco, ele discursou tendo ao lado a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Em Pirapora, cidade vizinha a Buritizeiro, de quebra, Lula, Dilma e Ciro também tiveram a companhia de outro pré-candidato à Presidência, só que da oposição, o governador Aécio Neves (PSDB). O que não impediu que os quatro posassem para fotos sorridentes e como se estivessem juntos na campanha.

Lula iniciou a viagem ao São Francisco por Buritizeiro e depois seguiu para Barra (BA). Foi conhecer as obras de revitalização do rio. Hoje e amanhã, a comitiva, integrada ainda por três ministros — Márcio Fortes (Cidades), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e Franklin Martins (Comunicação Social) —, vai conhecer as obras em Pernambuco. A transposição — um investimento de R$ 4,8 bilhões — e a revitalização, de R$ 1,5 bilhão, estão inseridas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pilotado por Dilma. Por isso, desde que a viagem ao São Francisco foi anunciada, a oposição partiu para o ataque alegando que ela serviria somente para impulsionar a campanha da ministra-chefe da Casa Civil. Mas a presença de Ciro no palanque faz diminuir a “capitalização” por parte de Dilma.

O deputado do PSB, quando comandava o Ministério da Integração Nacional, participou de várias audiências para defender a transposição do Velho Chico, tendo o seu nome fortemente vinculado ao megaprojeto. Em Buritizeiro, diante de Dilma e Ciro, Lula mostrou habilidade. Num ato público tomado pelo clima eleitoral, fez um discurso em que enalteceu a importância do voto do pobre. “Este país começou a ser consertado e vai ser consertado. E não será governado apenas para a elite política do país, a elite das capitais e de Brasília. O povo pobre é que precisa do Estado. Não existe mais a possibilidade de eleger aqueles que há 500 anos governam para os coronéis”, disse, aplaudido por cerca de 800 pessoas, que não se incomodaram com o sol forte.

O presidente tomou cuidado em seu discurso para não deixar escapar palavras que pudessem favorecer Dilma ou Ciro, mas acabou deixando escapar uma frase que sugeria bem o clima da viagem: “Quero dizer para vocês que no projeto original desta viagem não estava previsto a gente fazer comício”, disse, ao começar seu discurso. O presidente Lula enalteceu a importância da transposição do Rio São Francisco, lembrando que a obra foi “pensada” pelo imperador Dom Pedro II em 1847. Disse que a revitalização foi uma determinação do governo antes de se decidir pela transposição.

“Quando decidimos fazer o projeto para levar água a 9 milhões de brasileiros, a gente tomou a decisão anterior de fazer a revitalização. Foi a minha conversa com o nosso querido (vice-presidente) José Alencar, que foi o primeiro a tocar o projeto”, declarou. Ele disse que, dos cerca de R$ 4,8 bilhões para as obras de integração de bacias do Rio São Francisco, a metade é destinada à compensação ambiental, destacando obras de recuperação de matas ciliares e de áreas degradadas.

Resultados
O presidente afirmou que, possivelmente, não verá os resultados das ações para revitalização até o final do mandato. “Mas, com certeza, estarei vivo para fazer uma outra caravana pelo rio, para a gente compreender o que vai acontecer conosco. Este é um trabalho para ficar para a história do povo brasileiro.” Embora tenha viajado a Pirapora, o governador Aécio Neves não compareceu ao evento em Buritizeiro. As duas cidades estão separadas apenas pelo Rio São Francisco. O governador se encontrou com Lula, Dilma e Ciro no aeroporto de Pirapora, na saída da comitiva. Lula e Aécio conversaram por alguns minutos e depois o presidente e os três pré-candidatos fizeram questão de posar para fotos.

"Quero dizer para vocês que no projeto original desta viagem não estava previsto a gente fazer comício"

"Este país começou a ser consertado. E não será governado apenas para a elite política, das capitais e de Brasília"
Luiz Inácio Lula da Silva,Presidente do Brasil

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/15/politica,i=148441/EM+VISITA+AO+NORTE+DE+MINAS+LULA+DISCURSA+AO+LADO+DE+DILMA+E+DE+CIRO+E+SE+REUNE+COM+AECIO.shtml

Pré-campanha indica que Dilma teria mais de 11 minutos de TV, contra sete dos tucanos

Correio Braziliense  -  15/10/2009

Tiago Pariz

Não é por menos que os pensadores da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, querem forjar a maior aliança de partidos para enfrentar a oposição na campanha presidencial do ano que vem. Se o PT conseguir firmar acordos com os cinco partidos que tem em vista, ela poderá faturar até 60% a mais do tempo de televisão (1) em relação à principal candidatura de oposição prevista, a do PSDB. Seriam pouco mais de 11 minutos disponíveis para vender ao eleitorado os feitos e propostas defendidas por Dilma, contra um período levemente inferior a sete minutos diários para os tucanos.

O cálculo leva em conta que o PT procura se acertar com PCdoB, PR, PDT, PMDB e PP. O PSDB, que tem como pré-candidatos os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais), teria nessa soma o apoio de DEM e PPS. A senadora Marina Silva (PV-AC) firmaria coligação com o PSol e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) não teria alianças. O tempo de televisão foi distribuído, ainda, levando em consideração que outros dois partidos sem representação no Congresso terão candidatos. Por último, a lista foi elaborada de acordo com o cenário das últimas duas eleições e com base nas conversas mantidas pelos partidos sobre as potenciais alianças.

Na oposição e no governo, todos dizem que o tempo de televisão é decisivo. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), admite que a candidatura governista terá mais tempo, mas lembra que em 2006 e 2002 os tucanos tiveram mais espaço e foram derrotados. “A propaganda é importante. Candidato com mais tempo parece mais competitivo”, disse Sérgio Guerra. “Mas de seis para 10 minutos não faz muita diferença. O eleitor vai continuar achando que ambos têm chances”, emendou.

No primeiro turno de 2006, a coligação de Lula, formada por PT, PCdoB e PRB, teve direito a sete minutos e 21 segundos, contra dez minutos e 22 segundos do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) explicou que nas duas últimas eleições o maior tempo de televisão não foi relevante porque Lula, figura amplamente divulgada, era concorrente. No caso de Dilma, tal diferença poderia ser fundamental.

A briga por tempo de tevê é acirrada. Afinal, um marqueteiro é capaz de vender um utensílio doméstico ou criar uma nova tendência de moda em 30 segundos de veiculação. Você, leitor, levou mais ou menos três minutos para ler esta reportagem. Sendo assim, 11 minutos e seis segundos diários durante 45 dias são vistos pelos especialistas como uma eternidade.

1 - Bancadas federais
O cálculo oficial do tempo de TV será feito oficialmente em meados de 2010. De acordo com a lei eleitoral, um terço dos 25 minutos disponíveis são distribuídos igualmente entre todos os candidatos e dois terços levando em conta a bancada de deputados federais eleita. Deputados e senadores entendem, no entanto, que esse cenário favorável a Dilma pode se inverter caso o candidato do PSDB seja Aécio Neves, já que ele poderia atrair apoio do PP.

"A propaganda é importante. Candidato com mais tempo parece mais competitivo. Mas de seis para dez minutos não faz diferença"
Sérgio Guerra, presidente do PSDB

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/15/politica,i=148418/PRE+CAMPANHA+INDICA+QUE+DILMA+TERIA+MAIS+DE+11+MINUTOS+DE+TV+CONTRA+SETE+DOS+TUCANOS.shtml

Comitiva de Lula tem acomodações de luxo no Nordeste

Terra  -  15/10/2009




Ao invés de ficar em tendas, como cogitado inicialmente, durante sua visita às obras de revitalização e integração do rio São Francisco em Custódia (PE), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ficou hospedado no antigo escritório do engenheiro-chefe das obras - totalmente remodelado para o petista passar a noite. O espaço foi dividido em quartos, que também abrigou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. As informações são do Diário de Pernambuco.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação

Segundo a reportagem, apesar de ter sido improvisado, o alojamento oferece todo conforto ao presidente. O bufê para a comitiva, com direito a bebidas e canapés, foi oferecido pelo restaurante La Cuisine - que encaminhou nove cozinheiros e 20 garçons distribuídos em três espaços.

Ainda de acordo com o jornal, os quartos para os 10 empresários e 16 ministros e governadores têm cama king size, frigobar e banheiro privativo. Contudo, apenas a suíte presidencial contaria com TV.
O Diário afirma também que, completando o cenário, próximo ao alojamento do presidente, foi construída uma pista de pouso para helicópteros, de tamanho não divulgado.

As obras estão orçadas em R$ 6 bilhões, segundo o Ministério da Integração Nacional. Lula afirmou que não é possível usar a água do rio São Francisco sem antes recuperá-lo e citou ações como o reflorestamento para recuperar as matas ciliares e o tratamento de esgoto para evitar a contaminação do rio.

O governo prevê a conclusão de parte das obras, como tratamento de resíduos sólidos, no ano que vem. Outra etapa ficará para 2011. "Certamente, eu não vou ver, no meu mandato, tudo aquilo que está sendo feito", declarou o presidente, que termina seu mandato em 2010.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4043270-EI7896,00-Comitiva+de+Lula+tem+acomodacoes+de+luxo+no+Nordeste.html

14 de out. de 2009

Collor comenta pré-candidatos Serra, Aécio, Ciro e Marina

Em entrevista ao UOL Notícias, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello comenta as pré-candidaturas de José Serra (PSDB), Aécio Neves (PSDB), Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV).

Tendência é que PR apoie Dilma em eleições de 2010, diz líder do partido

IG - 14/10/2009 | Sarah Barros, repórter em Brasília 

Presente em jantar entre lideranças do Partido da República (PR) e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o líder do partido na Câmara dos Deputados, deputado Sandro Mabel (GO), afirmou nesta quarta-feira que a tendência é que a legenda apoie o nome do governo para a Presidência da República, nas eleições de 2010. Ele evitou falar em acordo antecipado, mas alegou ser natural que o partido continue alinhado com o governo petista.

“Não há pré-acordo. Mas estamos junto com o governo Lula. Naturalmente a tendência é seguir o governo que temos defendido”, disse à reportagem do Último Segundo. 

Segundo o líder, a definição sobre o apoio depende de acordos nos Estados, o que levará muito mais tempo para determinar. “Se em 70% dos Estados não conseguirmos fechar com o PT ou com candidatos apoiados pelo PT, não podemos dizer que, em âmbito nacional, apoiamos o governo”, explicou, reforçando que a prioridade é formar as bancadas nas câmaras estaduais e federal.

No jantar, os representantes do PR, entre os quais estiveram o ministro dos Transportes e presidente de honra do PR, Alfredo Nascimento, e o líder da legenda no Senado, senador João Ribeiro (TO), teriam ouvido de Dilma um relato sobre o pré-sal, além de questões referentes a sua indicação para a disputa pela Presidência. “Ela repetiu que o PT deve definir até fevereiro se ela será a candidata do governo”, pontuou.

De acordo com Mabel, o nome de Dilma tem a “simpatia” do partido assim como qualquer candidato que possa dar continuidade ao governo atual.

Sobre a polarização da disputa, entre um candidato do governo e outro, representando mudanças na administração atual, Mabel afirmou que o cenário está posto e que dificilmente prosperará uma terceira alternativa.

O empecilho seria tempo para consolidar esta terceira candidatura. Porém, sinalizou que o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) tem afinidades com o governo Lula. “Ele está mais sintonizado politicamente”, afirmou, comparando o Ciro com a possível candidata do PV, Marina Silva (AC).

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/14/tendencia+e+que+pr+apoie+dilma+em+eleicoes+de+2010+diz+lider+do+partido+8830240.html