27 de fev. de 2010

José Serra vai a Belo Horizonte cortejar Aécio Neves

CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

Convencido do peso de Minas Gerais na corrida presidencial deste ano, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), dedicará a noite de quarta (3) e o dia de quinta-feira (4) a corte ao mineiro Aécio Neves.

Num jantar reservado, Serra deverá, no mínimo, pregar a importância de Aécio para o projeto eleitoral do PSDB. Segundo tucanos, um convite formal para que o governador de Minas ocupe a vice para chapa para a Presidência dependeria, porém, da acolhida de Aécio.

Os dois jantarão na noite de quarta-feira. No dia seguinte, Serra irá à inauguração da Cidade Administrativa presidente Tancredo Neves. O roteiro foi acertado num telefonema de Serra para Aécio.

Em Belo Horizonte, Serra --para quem a participação de Aécio é fundamental nessas eleições-- assistirá à comemoração do centenário do nascimento de Tancredo Neves. Na semana seguinte, deverá prestigiar o aniversário de Aécio, que completará 50 anos.

Incentivado pelo comando do PSDB --especialmente do presidente do partido, Sérgio Guerra, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso-- o gesto é uma tentativa de sensibilizar Aécio não só para que aceite compor a chapa "puro-sangue", mas para que anuncie essa decisão antes de abril.

Entre os adeptos da candidatura de Serra à Presidência, uma declaração de Aécio representaria um fato positivo na agenda do PSDB, num momento de exposição da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Embora não rechace categoricamente a ideia de ocupar a vice de Serra, Aécio tem repetido, porém, que só pretende se manifestar sobre seu futuro político depois de abril.

Como não pode concorrer à reeleição, Aécio se afastará do governo agora, mas terá até junho para decidir se disputa a cadeira ao Senado ou cede aos apelos do PSDB.

O prazo de Serra é bem mais reduzido. Ele tem até o dia 2 de abril para anunciar se disputa a Presidência ou tenta a reeleição. Para Serra, o ideal seria que Aécio anunciasse sua escolha até abril. Na vice, Aécio é garantia de um bom desempenho eleitoral em São Paulo e Minas Gerais.

A estratégia de Aécio é outra. Ainda contando com a possibilidade de desistência de Serra, o mineiro diz que só tomará sua decisão depois de abril. Nesse caso, Serra teria que se lançar candidato sem a certeza de que terá Aécio ao seu lado.

Com a exposição de Dilma e a mobilização de petistas, a tendência é que cresça a pressão sobre Aécio para que aceite a vice do PSDB.

Serra, por sua vez, também tem sofrido pressão: para que antecipe o anúncio de candidatura, afastando a ideia de que esteja hesitante. Num jantar na segunda-feira, Guerra sugeriu a Serra, mais uma vez, que se manifeste.

Como Serra insiste que a dedicação ao governo de São Paulo hoje é considerada sua melhor estratégia, Guerra antecipou-se e, em entrevista à Reuters, disse que ele é o candidato do PSDB. Ontem, Serra preferiu não comentar a declaração.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u699896.shtml

Ciro Gomes: Em tom de campanha, volta a criticar o governo de Lula

O deputado ainda aposta na desistência de José Serra na corrida pelo Palácio do Planalto

Correio Braziliense 

A aliança entre PT e PMDB voltou a ser tema de ataques do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República. Em Fortaleza, Ciro classificou o arranjo entre petistas e peemedebistas de “ajuntamento oportunista” e afirmou que há “um roçado de corrupção” no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Já falei que essa aliança é um roçado de corrupção, um roçado de escândalos” afirmou o parlamentar, em entrevista à rádio CBN.

Na mesma entrevista, Ciro disse que acredita na desistência do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na corrida pelo Palácio do Planalto. “O Serra vai ter que mostrar a carta. Vai renunciar ao governo de São Paulo ou não. Eu acho que ele vai correr da briga. Acho que ele vai disputar (a reeleição) o governo de São Paulo”, comentou, acrescentando que, com Serra fora do páreo, os tucanos devem lançar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como candidato à sucessão presidencial.

Problema endêmico
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, classificou a corrupção brasileira como um “problema endêmico e permanente”. Adams também defendeu o papel da sociedade como fiscal da gestão dos agentes públicos. “Cabe ao Estado e aos cidadãos exercerem a vigilância e o controle permanente contra essa patologia”, afirmou Adams, ao participar do programa radiofônico Bom dia, ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação.

Adams disse que o problema da corrupção não é só brasileiro, porém, destacou que o país passa por um processo de “renovação”.

Sobre a situação política no Distrito Federal, agravada com a prisão do governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido), o ministro explicou que, se for decretada a intervenção pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a unidade federativa perderá autonomia administrativa.

“Com a intervenção, a União intervém no estado retirando a sua autonomia administrativa para preservar o respeito dos princípios democráticos previstos em lei. Para isso, o Supremo Tribunal Federal identifica a causa para a intervenção, o presidente (da República, Luiz Inácio Lula da Silva) designa o interventor e estipula os prazos”, explicou o ministro.

Legislativo
Segundo Luís Inácio Adams, a situação mais complicada seria no âmbito do Legislativo local. “Para isso, não existem precedentes, pode ocorrer desde a substituição da presidência da Casa como a própria substituição da Câmara Legislativa pelo Congresso Nacional”, completou o ministro.

Ex-procurador-geral da Fazenda Nacional, Luís Inácio Adams tomou posse na Advocacia-Geral da União em 23 de outubro do ano passado. Procurador da Fazenda Nacional desde 1993, ele chegou à chefia da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em 2006. A atuação à frente do órgão o credenciou para chegar ao cargo de ministro da AGU.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/27/politica,i=176217/EM+TOM+DE+CAMPANHA+CIRO+GOMES+VOLTA+A+CRITICAR+O+GOVERNO+DE+LULA.shtml

26 de fev. de 2010

Marina Silva investe em redes sociais

Correio Braziliense -  Flávia Foreque

A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência, reforçou desde já a equipe de comunicação para auxiliá-la no uso da web na disputa eleitoral de outubro. Embora cada candidato ao Palácio do Planalto procure apresentar um discurso que o diferencie dos demais, todos eles reconhecem que a internet terá papel relevante na campanha.

Para reforçar a estratégia de comunicação na web, o PV terá em sua equipe o jornalista Caio Tulio Costa, fundador do UOL, e João Ramirez, especialista em mídias sociais, como Twitter, Facebook e Orkut.

O famoso discurso verde da senadora deve ampliar seu espaço na internet. No início do mês, Marina lançou um blog com vídeos, fotos e artigos. O primeiro post da senadora afirmava que o objetivo era contar um pouco mais sobre sua vida política. “Para os que quiserem me acompanhar, também quero pedir colaboração. A melhor forma de estarmos juntos é pelo envolvimento, pelo respeito e pela abertura ao diálogo”, escreveu.

A pré-candidata do PV também investe no Twitter. Sua página no microblog conta com cerca de 5,4 mil seguidores — número bem modesto frente às 167 mil pessoas que acompanham a rotina do governador de São Paulo, José Serra. O pré-candidato do PSDB, entretanto, está no microblog desde junho do ano passado. A senadora aderiu há apenas um mês. Por isso, membros do PV avaliam que a ex-ministra ainda tem muito espaço virtual para conquistar. “A principal bandeira dela é ser muito simpática”, elogia o líder do PV na Câmara, Edson Duarte (BA).

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/26/politica,i=176015/MARINA+SILVA+INVESTE+EM+REDES+SOCIAIS.shtml

PV começa a mostrar o perfil da campanha de Marina

Correio Braziliense - Flávia Foreque

O anúncio de que o economista Eduardo Gianetti integrará a equipe de campanha da senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata do Partido Verde às eleições presidenciais, jogou luz sobre a opinião da legenda em relação ao tema. O escritor fará parte de um grupo responsável por elaborar o plano de governo da ex-ministra do Meio Ambiente, mas não será o único a contribuir no campo econômico. Segundo Alfredo Sirkis, coordenador da campanha de Marina, outros nomes serão convidados a participar — ainda que não estejam de acordo com a visão defendida pelo partido.

Vice-presidente nacional do PV, Sirkis argumenta que a legenda concorda com a política macroeconômica do governo Lula, mas vê problemas na área tributária. “O Brasil é um país de impostos abusivos e mal direcionados”, afirma, ao defender a desoneração de determinados setores e o aumento de tributos para outros. Nesse caso, a preservação do meio ambiente, principal bandeira da senadora, volta a ser protagonista.

Embora o PV ressalte que a candidata não terá discurso monotemático, a intenção é utilizar a defesa ambiental como base para a discussão de diferentes segmentos do programa. Assim, o plano econômico pode abordar, por exemplo, a maior tributação de empresas emissoras de gases poluentes e uma nova visão sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tocado pela ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

“É preciso passar o PAC por um crivo de sustentabilidade, com investimento em tecnologia limpa, que aponte para uma economia de baixo carbono”, argumenta Sirkis, ao citar, por exemplo, investimentos em termelétricas. O partido, no entanto, quer afastar a pecha de sua candidata ser ‘ecochata’. Para isso, o perfil do vice na chapa da senadora será fundamental. O PV aposta numa personalidade empresarial, capaz de quebrar qualquer resistência do setor ao nome de Marina, como José Alencar fez ao unir seu nome ao de Lula. O nome preferido para a vaga é o de Guilherme Leal, co-presidente do conselho de administração da Natura.


Renome

A previsão é de que o programa de governo de Marina seja concluído no início do segundo semestre. Além de Eduardo Gianetti, o partido pretende convidar diferentes personalidades para debater a política econômica proposta pelo PV, como o ex-ministro do Banco Central Armínio Fraga e o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) Mangabeira Unger. “Isso demonstra que a candidatura é para valer, que ela está se cercando de pessoas renomadas”, afirma o deputado federal Sarney Filho (PV-AC) sobre a adesão de Gianetti à campanha.

Professor da faculdade Ibmec/SP e Ph.D em economia pela Universidade de Cambridge, Gianetti critica a alta carga tributária no país e o baixo nível de poupança nacional. “Nossa formação cultural e nossas raízes históricas são desfavoráveis a essa visão de longo prazo, a essa capacidade de agir no presente tendo em vista o futuro. Isso aparece na previdência, no meio ambiente, na educação, na infraestrutura urbana”, afirmou o economista em entrevista ao jornal Valor Econômico, em novembro.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/26/politica,i=176016/PV+COMECA+A+MOSTRAR+O+PERFIL+DA+CAMPANHA+DE+MARINA.shtml

Marina diz que governaria com "melhores" de PT e PSDB

ANA FLOR
da Folha de S.Paulo

A pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC), afirmou ontem que pretende fazer um "realinhamento histórico", no qual quer governar "com os melhores do PSDB e os melhores do PT".

Marina participou da gravação do programa da Rede TV! "É Notícia", do repórter da Folha Kennedy Alencar. A entrevista vai ao ar à 0h15 da próxima segunda-feira.

"Enquanto o PT e o PSDB não conversarem, vai ficar muito difícil uma governabilidade [...] Devíamos ser capazes de estabelecer uma governabilidade básica, onde o PT e o PSDB digam: "Naquilo que é essencial para o Brasil, nós não vamos colocar em risco a governabilidade'", disse.

A senadora criticou as alianças dos dois partidos com forças políticas mais à direita. "O presidente Fernando Henrique ganhou sozinho e, para governar, teve que ficar refém do Democratas; o presidente Lula [ficou refém], dos setores mais retrógrados do PMDB. Isso não é bom para o Brasil", afirmou.

Marina disse ainda que sua candidatura representa um "leque de alianças sui generis", que não é de partidos, mas tem base na sociedade.

No núcleo da campanha de Marina, há defensores da ideia de que o PT e o PSDB são muito mais próximos, em termos ideológicos, do que as alianças que deram sustentação aos governos FHC (1995-2002) --PSDB e DEM-- e Lula (desde 2003) --PT e PMDB.

Ao falar do papel do Estado, a senadora defendeu um "Estado necessário", que seja "eficiente, inteligente e transparente". Fez, entretanto, críticas ao modelo estatizante, e pregou um Estado "que saia cada vez mais da visão de querer ser dono de tudo e ainda do resto".

Marina fez críticas, às vezes veladas, em outros momentos escancaradas, à pré-candidata petista ao Planalto, a ministra Dilma Rousseff. Segundo ela, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), menina dos olhos de Dilma, "é uma colagem de vários empreendimentos", nos quais Estados e municípios também têm méritos.

As maiores críticas foram sobre a atuação de Dilma na cúpula do clima, em Copenhague, e em sua visão desenvolvimentista, que deixaria o meio ambiente em segundo plano. Nesse ponto, sobraram críticas também a Lula.

Marina afirmou não saber se o gesto de reforçar políticas ambientais --como a adoção de metas para redução de emissão de gases-estufa--, foi "fruto de aprendizagem" ou de medidas "conjunturais, por causa da disputa eleitoral de 2010".

Mesmo assim, elogiou Lula e seu governo diversas vezes durante a entrevista. Afirmou que o presidente foi "uma pessoa fundamental" na sua vida.

Marina fugiu de respostas objetivas mais de uma vez. Ao ser questionada se apoiava ou não a redução da jornada de trabalho para 40 horas, lembrou seu passado sindical, mas não confirmou. Também fugiu da palavra "ditadura", quando a questão foi sobre o governo cubano, apesar de afirmar que não se pode "relevar" princípios como a democracia e liberdade de expressão.

A política internacional pareceu ser uma área de grande divergência de Marina com o atual governo. Além de criticar Cuba, Marina se disse preocupada com o apoio brasileiro ao governo do Irã.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u699337.shtml

25 de fev. de 2010

Serra: PSDB lançará candidatura no fim de março, diz Sérgio Guerra

Por Raymond Colitt

BRASÍLIA (Reuters) - O PSDB, principal partido da oposição, confirmará o governador de São Paulo, José Serra, como candidato à Presidência provavelmente no final de março, disse à Reuters o presidente nacional da legenda nesta quinta-feira.

O senador Sérgio Guerra (PE) afirmou ainda que Serra, se vencer as eleições de outubro, irá aperfeiçoar a disciplina fiscal ao limitar os gastos correntes, vai manter o regime de câmbio flutuante e fortalecerá as agências reguladoras.

"Não há dúvida, será Serra", afirmou Guerra à Reuters.

"Até o final de março, esta questão estará resolvida", disse ele sobre o anúncio oficial da candidatura de Serra.

O governador lidera pesquisa com 36 por cento das intenções de voto, à frente da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua sucessão, com 25 por cento, segundo levantamento do Ibope deste mês.

Guerra disse que um governo do PSDB reforçaria a disciplina fiscal em relação à administração atual.

"Nós vamos ter uma política fiscal muito mais responsável do que tem o governo atual, significa ter um rigor fiscal maior, não permitir crescimento da despesa corrente num nível que ela está se desenvolvendo, ganhar eficiência na administração pública e nos investimentos públicos", afirmou.

Essas medidas aumentariam a capacidade do governo de investir, permitiriam a queda das taxas de juro e evitariam uma valorização excessiva do real, declarou.

O Brasil tem uma das maiores taxas de juro entre as principais economias do mundo, o que atrai capital externo que contribui com a valorização do real.

Lula esteve à frente de um dos maiores crescimentos econômicos do Brasil em décadas, mas os gastos do governo subiram no ano passado.

Dilma, que foi anunciada como candidata do PT no sábado, planeja dar sequência à atual política econômica, mas também defende uma participação maior do Estado na economia.

Nenhum dos candidatos parece se distanciar das políticas econômicas elogiadas por investidores e que marcaram os dois mandatos de Lula na Presidência.

O presidente do PSDB previu ainda que o vice de Serra será indicado pelo aliado DEM.

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE61O0RW20100225

Marina faz 'maratona' para se apresentar ao eleitor

Pré-candidata do PV à Presidência está intensificando suas aparições em programas de televisão e rádio

Ana Conceição - Agência Estado

SÃO PAULO - Em busca de se tornar mais conhecida da população, e dos eleitores, a senadora e pré-candidata à Presidência da República, Marina Silva (PV-AC), está intensificando suas aparições em programas de televisão e rádio, como já tinham previsto os estrategistas de sua campanha. Nos próximos dias a pré-candidata vai aparecer em pelo menos quatro programas, dois deles de apelo popular.

Nesta quinta-feira, Marina gravou participação no "Programa do Ratinho", do SBT, que vai ao ar amanhã, às 18 horas. Ainda na sexta-feira, às 10 horas, ela participa do programa de Lucia Hippolito, na rádio CBN do Rio de Janeiro. No sábado, a senadora aparece no "Show da Gente", do cantor e apresentador Netinho, também do SBT, às 16 horas. Por fim, no domingo, a pré-candidata aparece no programa "É notícia", do jornalista Kennedy Alencar, na Rede TV.

Mesmo após enfrentar grandes polêmicas, como a da aprovação do plantio de transgênicos, na época em que foi ministra do Meio Ambiente, e da grande exposição quando saiu do PT após quase 30 anos de militância no partido, Marina Silva é praticamente desconhecida da população. Segundo a mais recente pesquisa Ibope, divulgada na semana passada, Marina é a pré-candidata menos conhecida entre os eleitores: 31% deles disseram nunca ter ouvido falar da senadora. Outros 40% apenas ouviram falar. Pesquisa encomendada pelo PV apresentou resultados similares.

Luciano Zica, um dos coordenadores da campanha de Marina, disse que a partir do início de março ela iniciará uma série de viagens de final de semana, começando pelas cidades mais importantes da região Sul. Depois, será a vez do Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Maratona

Em um depoimento de oito minutos no "Programa do Ratinho", Marina contou um pouco de sua vida, o início como seringueira, a participação no movimento sindical ao lado do ambientalista Chico Mendes, sua passagem pelo Ministério do Meio Ambiente e sua posterior saída do PT. Disse que manterá o Bolsa-Família, mas que o programa será aprimorado para "que as pessoas busquem outra opção de renda".

Já na entrevista de uma hora concedida ao jornalista Kennedy Alencar, Marina foi inquirida a respeito de vários assuntos, de economia a transgênicos. Nos mais polêmicos, como a legalização do aborto, a ditadura em Cuba e a redução da carga de trabalho semanal para 40 horas, a senadora se esquivou de emitir uma opinião direta.

Em questões macroeconômicas, a pré-candidata mostrou estar alinhada às políticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Defendeu o controle da inflação, o câmbio flutuante e a meta de superávit primário. "Sem isso não teríamos atravessado a crise...Ninguém vai fazer aventuras nessas questões", disse, mas ressaltou que os investimentos têm de ser incrementados.

No mesmo programa, Marina também voltou a defender o que ela chama de "realinhamento histórico" entre os principais partidos do País e disse não ter problemas, se for eleita, a compor o governo "com os melhores nomes do PT e do PSDB, mas sem ficar refém do fisiologismo". A senadora preferiu não criticar seus potenciais adversários na corrida à Presidência e disse que tanto o governador de São Paulo, José Serra, como o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e a ministra Dilma Rousseff (PT) "são pessoas competentes que deram sua contribuição ao Brasil".

Questionada sobre qual seriam as pessoas mais importantes de sua vida, Marina colocou lado a lado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1988.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-faz-maratona-para-se-apresentar-ao-eleitor,516300,0.htm

Ciro está mais isolado na ideia de disputar a Presidência

Coreio Braziliense - Tiago Pariz

O PSB intensificou a pressão para o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) desistir da candidatura à Presidência da República e se lançar ao governo de São Paulo. Incomodado, o parlamentar classificou como “remotíssima” a possibilidade de entrar na disputa estadual e estabeleceu como prazo para sua decisão o mês de junho, quando as convenções nacionais oficializarão todos os nomes da corrida pelo Palácio do Planalto. Diante da dúvida em que se tornou Ciro Gomes, o PT vai mobilizar a militância em favor dos candidatos próprios. O partido não pretende esperar Ciro Gomes bater o martelo e prepara uma agenda envolvendo a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ciro reuniu-se ontem com 20 representantes de nove partidos que formaram uma aliança contra o PSDB do governador paulista, José Serra. PT, PCdoB, PSB e PDT capitanearam a pajelança em favor do deputado. Foi apresentada pesquisa de intenção de votos — segundo a qual Ciro sairia de um patamar de 18% de intenção de votos — e o potencial de uma chapa capitaneada pela oposição em São Paulo. De acordo com os dirigentes partidários, a coligação teria cinco vezes mais candidatos e tempo de TV do que a chapa apoiada por Serra.

O deputado reconheceu que a pressão para desistir da corrida pelo Palácio do Planalto o incomoda e frisou que, apenas na hipótese de a sorte do país estar em jogo, consideraria a possibilidade de ser candidato a governador em São Paulo. “Eu e meu partido precisamos nos convencer de que é essencial para a sorte do país essa candidatura em São Paulo, mas isso não deve acontecer e fica no campo do improvável”, afirmou. Ciro insistiu que sua candidatura presidencial torna-se fundamental como forma de pregar a renovação do Congresso. Para ele, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, refém do PMDB, ficará de mãos atadas. “Como a Dilma vai fazer um discurso de renovação do Congresso se há uma aliança com o PMDB? Ela não tem como fazer esse discurso, eu tenho.”

Possibilidade
O partido de Ciro não tem a mesma certeza e está diminuindo o apoio à sua investida presidencial. O PSB teme fazer uma aposta arriscada e sair menor do que entrou na eleição. Por isso prefere se fiar na porta aberta com a “possibilidade” dita pelo deputado do que com um “não” absoluto. “Ele disse talvez. Se ele sair em São Paulo resolveria muita coisa, puxaria muito voto para o 40 (número de urna do PSB)”, afirmou o secretário nacional de Finanças, Márcio França (SP). Haverá um novo encontro em 15 dias e outro em abril.

O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) disse que Ciro está muito resistente à ideia de ser deslocado para a disputa estadual. Para não ficar preso à decisão dele, o PT prepara uma agenda de visitas das estrelas petistas a cidades de São Paulo. Além disso, a legenda começará a gravar inserções de TV com Lula, Dilma e Mercadante. O senador é apontado como o nome preferido para disputar o governo dentro do PT. O único problema é a insatisfação de Mercadante, que tem mobilizado sua estrutura para retornar ao Senado.

"Eu e meu partido precisamos nos convencer de que é essencial para a sorte do país essa candidatura em São Paulo, mas isso não deve acontecer e fica no campo do improvável"
Ciro Gomes, deputado federal

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/25/politica,i=175802/CIRO+ESTA+MAIS+ISOLADO+NA+IDEIA+DE+DISPUTAR+A+PRESIDENCIA.shtml

"Cara" de Serra: PSDB se adianta e monta estrutura de pré-campanha

da Folha de S.Paulo

Embora a candidatura de José Serra ainda não tenha sido formalizada, a estrutura de pré-campanha que o PSDB está montando tem a cara e a chancela, em todas as áreas, do governador de São Paulo.

Sem uma militância organizada e engajada como a do PT, o PSDB aposta numa estratégia de comunicação on-line --a cargo da Loops Mobilização Social-- e já convidou um especialista em marketing digital para a coordenação das ações dos tucanos na internet.

Os dois foram avalizados por Serra. Além do desafio de mobilização de militantes para um partido nascido da vida parlamentar, a Loops se dedicará à captação de doações e ao monitoramento de informações divulgadas na internet, com especial atenção na conversação no ambiente das redes sociais.

Recém-criada por quatro jovens --entre eles, Arnon de Mello, filho do senador Fernando Collor--, a Loops vai atuar sob a coordenação do empresário Sérgio Caruso, da agência Sinc.

Em seu portfolio, a Sinc inclui LG, Citröen e Unibanco entre seus clientes de campanhas realizadas na rede.

A Loops já tem experiência em trabalhos com partidos políticos, pois trabalhou para o PV em 2008 e também deve cuidar da estratégia de mobilização na web da campanha de Fernando Gabeira ao governo do Rio.

Seus diretores foram apresentados a Serra pelo ex-deputado e atual presidente da Emplasa, Márcio Fortes.

Caruso, por sua vez, aproximou-se dos tucanos por intermédio do publicitário José Roberto Vieira da Costa, conhecido como Bob. Fortes e Bob são homens de confiança do governador de São Paulo.

Segundo o secretário-geral do PSDB, Eduardo Jorge Caldeira Pereira, Caruso deverá "gerenciar o projeto de atuação na internet". O PSDB não informou o valor dos contratos.

Há um mês, o partido exibe, em caráter experimental, um blog com munição para militantes. Batizado de "Brasil é com S", oferece argumentos para o debate político.

Isso explica, em boa medida, a preocupação quase nula com o visual: o blog prioriza conteúdo informativo sobre os governos Serra, em São Paulo, e, na esfera federal, FHC e Lula. Os textos são publicados na página em categorias como "Bolsa Família" e "Mensalão".

Desde o ano passado, o PSDB leva ao ar o site "Gente que Mente", sob a responsabilidade da jornalista Cila Schulman. Secretária de comunicação dos governos de Jaime Lerner, no Paraná, Schulman também foi contratada pelo PSDB --o domínio de internet está registrado em nome do próprio partido, o que é bastante raro.

Essas contratações aconteceram à revelia do jornalista Luiz Gonzalez, cotado para assumir a coordenação de comunicação da campanha de Serra.

Fora a equipe de internet, o PSDB está contratando para a assessoria jurídica o advogado Ricardo Penteado. Tradicional colaborador das campanhas de Serra, Penteado atuará nas ações contra o PT em Brasília.

Sua contratação é apontada como mais um indício de que o PSDB monta uma equipe afinada com Serra. Além de uma amostra da disposição de oferecer uma boa estrutura, o movimento do PSDB é uma tentativa de tornar irreversível a candidatura de Serra. Com sua equipe montada, o governador nem poderia pensar em desistir da disputa.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u698767.shtml

24 de fev. de 2010

Ciro muda discurso e admite candidatura em SP; leia as frases

estadao.com.br

SÃO PAULO - A indicação de que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP) poderá desistir da disputa pelo Palácio do Planalto, nas eleições de outubro, para atender aos apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prefere sua candidatura ao governo de São Paulo, pode ser identificada na mudança de tom do presidenciável socialista. O estadao.com.br reuniu as últimas declarações de Ciro sobre o assunto.

Entrevista ao Estado, em 2 de fevereiro.

"O PSDB e o PT querem que eu retire a minha candidatura. Algum dos dois está errado. A única pessoa que está certa de querer tirar a minha candidatura é o Serra. Significa que o santo Lula nesse assunto está errado"

"Não trato o Lula como um mito. Trato como líder político. O Lula me fez um apelo para transferir o título para São Paulo. Alegou que isso ajudaria a arrumar o quadro lá. Não sou candidato ao governo de São Paulo e falei isso para o Lula. Mantenho a minha candidatura à Presidência da República."

"Mantenho a minha candidatura à Presidência da República".

Em nova entrevista ao Estado, no dia 6 de fevereiro.

"Eu estou dizendo que topo, mesmo isolado. Para mim é um imperativo moral. Se amanhã o meu partido me exonerar desse imperativo, também estou satisfeito, estou com a vida ganha. Não acho que eu seja indispensável para o País",

Após reunião com líderes aliados nesta quarta-feira, 23 de fevereiro.

"Eu estou decidido, mas só o tempo vai dizer se minha decisão (de ser candidato à sucessão de Lula) vai se manter ou se serviremos o País deslocando a candidatura para São Paulo"

"De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo eu não titubearia em ir"

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ciro-muda-discurso-e-admite-candidatura-em-sp-leia-as-frases,515705,0.htm

Definição sobre palanque de Dilma em São Paulo fica para início de abril

Ricardo Galhardo, iG São Paulo

A decisão sobre o palanque da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff em São Paulo não deve acontecer antes de abril. Depois da reunião na manhã de quarta-feira, na qual admitiu a possibilidade de disputar o governo paulista, o deputado Ciro Gomes (PSB) voltou a ser a primeira opção do PT e aliados. A direção do partido cancelou uma reunião marcada com o senador Aloizio Mercadante para a manhã de sexta-feira, na qual seria tratada a eleição estadual.

"Antes do fim do prazo de desincompatibilização vai ser difícil uma definição", disse o presidente do diretório estadual do PT, Edinho Silva.

O prazo termina no dia 3 de abril. Ciro não precisa se desincompatibilizar mas acredita que ao término do prazo o quadro eleitoral estará praticamente definido.

Segundo Edinho, os dirigentes PT, PSB, PDT e PC do B que estiverem quarta-feira de manhã com Ciro estabeleceram um cronograma de diálogo. A próxima conversa está marcada para a segunda quinzena de março e a seguinte para o início de abril.

"Até lá creio que o quadro estará mais definido", disse Edinho.

Segundo ele, os partidos ofereceram a Ciro uma estrutura política e eleitoral inédita. "É uma senhora composição que pode chegar a 11 partidos além de amplos setores sociais como a quase totalidade das centrais sindicais. Ele ficou sensibilizado", disse Edinho.

No final da reunião o presidente do PT paulista perguntou de havia a hipótese da candidatura ao governo. "Se não houvesse a hipótese não teria transferido meu título para São Paulo", respondeu o deputado.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/02/24/definicao+sobre+palanque+de+dilma+em+sao+paulo+fica+para+inicio+de+abril+9408025.html

Aécio volta a afirmar que sua prioridade é eleição ao governo de Minas

colaboração para a Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que sua preocupação no momento é a disputa ao governo do Estado. Segundo ele, a eleição de vice-governador Antonio Anastasia (PSDB) é mais importante do que a sua candidatura ao Senado.

"Na verdade, eu sou hoje um homem envolvido num projeto maior que é dar continuidade ao nosso projeto em Minas Gerais", afirmou Aécio, ao ser questionado sobre a sua candidatura ao Senado.

Aécio diz que o presidente da Assembleia de Minas, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), é um dos nomes cotados para ser o vice-governador na chapa de Anastasia. "É um nome colocado por inúmeras lideranças políticas, mas essa decisão só ocorrerá provavelmente no mês de maio", afirmou o governador em entrevista em Patos de Minas.

Esta semana, Aécio negou que esteja esperando a desistência do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), para sair candidato à Presidência da República. "Essa hipótese [candidatar à Presidência] não está sendo sequer cogitada. O governador José Serra tem todas as condições de conduzir a candidatura do PSDB. Fará isso a seu tempo", afirmou ontem o mineiro.

Segundo Aécio, a contribuição que ele dará ao PSDB na disputa pela Presidência é fortalecer o palanque tucano em Minas Gerais. "Quando se toma uma decisão como a que tomei [desistir de se candidatar à Presidência], não se pode ficar tergiversando e esperando outras alternativas", afirmou ontem.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u698369.shtml

Marina Silva: Eduardo Gianetti participará de sua campanha

ANA FLOR
da Folha de S.Paulo

O PV confirmou ontem a participação do economista e escritor Eduardo Gianetti da Fonseca na estruturação do plano de governo de sua pré-candidata à Presidência, a senadora Marina Silva (AC), 52.

Gianetti é professor da faculdade Ibmec/SP e Ph.D em economia pela Universidade de Cambridge. Uma de suas principais críticas ao governo Lula é a alta carga tributária no país.

A campanha de Marina tem como desafio provar que ela pode ir além do discurso ambiental e ter propostas para outras áreas, como a econômica.

O grupo que trabalha no plano de governo de Marina deve propor como um dos focos a transparência do setor público e o combate à corrupção.

A senadora passou ontem por exames no InCor, em São Paulo, e recebeu o aval médico para a campanha presidencial.

Na noite de segunda, ao ministrar uma aula magna para os calouros do curso de medicina da Universidade Anhembi Morumbi, Marina voltou a defender a transparência nas ações de governo. "A transparência evita corrupção, evita desvio de conduta", disse.

Ela deu como exemplo o sistema criado em sua gestão no Ministério do Meio Ambiente para acompanhar focos de desmatamento no país.

Uma das propostas do núcleo próximo a Marina é criar um sistema de acompanhamento on-line da prestação de contas da campanha. Apesar de considerar "possível", a equipe ainda estuda como adequar a estratégia, que serviria para constranger os demais partidos, à legislação eleitoral.

Acenando com outro viés de sua campanha --o da mobilização social--, Marina cobrou mais participação da sociedade para cobrar promessas de governantes e legisladores. "Uma sociedade que não se mobiliza, uma sociedade que terceiriza o seu destino para um "messias", um "salvador da pátria", não é sustentável politicamente."

Ela também defendeu uma "ética ambiental" e criticou tentativas de flexibilização da legislação ambiental, como ocorre no Congresso Nacional com o Código Florestal. "Nós não temos como mudar o teste, nós temos que passar no teste. Não é uma questão de mudar a legislação ambiental, de flexibilizar a legislação ambiental, como estão querendo no Congresso. Para passar no teste é difícil? Vai precisar de investimento, vai precisar de tecnologia? Então temos que tomar a decisão e criar os meios agora."

Saúde

No InCor, a senadora encerrou ontem um check-up detalhado, iniciado em janeiro. Ela passa por exames anuais por ter um histórico de problemas de saúde --teve cinco vezes malária, duas vezes hepatite, além de leishmaniose e de ter sofrido contaminação por mercúrio. Marina classificou o check-up de "preventivo". "Estou me cercando dos devidos cuidados", disse ela.

Nas últimas pesquisas eleitorais, Marina tem em torno 8%. Segundo ela, os números não preocupam. "Não temos uma ansiedade tóxica em relação a pesquisas. Se fosse me basear em pesquisa, nunca teria saído candidata a nada", disse ela.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u698228.shtml

Ciro dirá a aliados que só disputa Presidência

da Folha Online

Pressionado pelo Palácio do Planalto a abandonar a corrida presidencial, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou que comunicará hoje oficialmente a dirigentes de nove partidos em São Paulo que será candidato ao Planalto, informa reportagem publicada hoje pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, questionado se a reunião poderia resultar numa resposta final, o deputado respondeu: "A de sempre: sou candidato a presidente da República".

A reunião, realizada na sede do PSB em Brasília, foi marcada a pedido dos dirigentes partidários paulistas. No cenário sem Ciro em São Paulo, o PSB e outros partidos podem lançar candidaturas próprias.

Ciro transferiu o seu domicílio eleitoral para São Paulo a pedido do presidente Lula, que quer vê-lo como o candidato de sua base ao governo.

A pressão do Planalto pela candidatura de Ciro ao governo de São Paulo tem como objetivo declarado a tentativa de unir a base lulista no Estado e permitir, no cenário nacional, uma disputa plebiscitária entre Dilma Rousseff (PT) e o governador José Serra (PSDB).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u698217.shtml

23 de fev. de 2010

Aécio descarta possibilidade de retomar candidatura

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

BELO HORIZONTE - O governador de Minas, Aécio Neves, disse hoje que não cogita a hipótese de assumir a candidatura presidencial do PSDB caso o governador de São Paulo, José Serra, desista de concorrer ao Palácio do Planalto e opte por disputar a reeleição. "Essa hipótese não está sendo sequer cogitada. O governador José Serra tem todas as condições de conduzir a candidatura do PSDB. Fará isso ao seu tempo. A grande contribuição que eu darei ao meu partido e à nossa proposta é fortalecer o nosso palanque em Minas Gerais", afirmou o governador, durante visita à cidade de Conselheiro Lafaiete, na região central do Estado.

"Quando se toma uma decisão como a que eu tomei, não se pode ficar tergiversando e esperando outras alternativas", completou. Aécio, que em dezembro abriu mão de sua pré-candidatura à Presidência, deixando o caminho livre para Serra, reiterou que pretende trabalhar para estruturar a campanha do presidenciável tucano no segundo maior colégio eleitoral do País. "Que eu gostaria muito que vencesse também em Minas Gerais".

De acordo com o governador, o quadro atual "caminha para uma definição", que o colega paulista saberá dar no momento certo. "E eu estarei em Minas Gerais, aqui, fincando os pilares da construção do nosso projeto nacional", garantiu.

Aécio repetiu que o crescimento nas pesquisas da ministra da Casa Civil, e pré-candidata petista, Dilma Rousseff, não surpreendeu o ninho tucano. Para ele, a campanha terá início mesmo "no momento do embate" entre os candidatos. "Não é o presidente Lula que disputará as eleições", ressaltou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-descarta-possibilidade-de-retomar-candidatura,515115,0.htm

Ciro: PT-SP discute sucessão estadual amanhã

ANA CONCEIÇÃO E GUSTAVO PORTO - Agencia Estado

SÃO PAULO - O grupo de dirigentes de partidos de oposição em São Paulo, liderado pelo PT, se reunirá com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) para tratar da sucessão do governo do Estado de São Paulo. O encontro será amanhã no diretório nacional do PSB em Brasília, às 9 horas. A reunião tinha sido inicialmente marcada para a quinta-feira passada, mas o parlamentar pediu adiamento.

Além de representantes do PSB e do PT, participam do encontro PDT, PCdoB, PTC, PRB, PSC e PTN. De acordo com Edinho Silva, presidente do diretório paulista do PT, a base da oposição ao governo tucano inclui também o PPL (Partido Pátria Livre), surgido do MR8 e ainda sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). PHS e PR também negociam a adesão ao grupo.

"(Ciro) terá respaldo político inédito em São Paulo caso decida ser candidato ao governo", disse, referindo-se à coalizão de 11 partidos. "Eu não me assusto com as pesquisas qualitativas (que apontam candidatos do PSDB favoritos em São Paulo). Temos todas as condições de ganhar o governo e vamos expor isso ao Ciro", disse Edinho.

O deputado federal Márcio França, presidente do PSB paulista, avaliou que Ciro decidirá apenas em meados de março sobre o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que troque a disputa presidencial pela corrida ao Palácio dos Bandeirantes em outubro. Lula e Ciro devem se encontrar em 15 de março, data que poderá ser antecipada por pressões do comando petista.

O PT tem pressa em definir um nome para concorrer à sucessão do governador José Serra (PSDB) e aumentar suas chances no pleito estadual. A demora reduz o tempo do partido para promover um eventual candidato junto ao eleitorado. Enquanto não há a definição dos nomes, a Executiva Estadual do PT busca uma liderança para encabeçar a futura chapa ao governo com as sabatinas aos pré-candidatos a governador do partido.

Já foram ouvidos o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, o ministro da Educação, Fernando Haddad, os deputados federais Antonio Palocci e Arlindo Chinaglia. Exceto Palocci, que abdicou da candidatura, todos mantiveram a intenção de disputar o governo paulista. Outros nomes do PT são a ex-prefeita paulistana e ex-ministra do Turismo Marta Suplicy e o senador Eduardo Suplicy.

Mas a pressão política dentro do PT, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recai sobre o senador Aloizio Mercadante. Enquanto o parlamentar tenta a reeleição ao Senado, o partido o pressiona para que dispute novamente o governo paulista. Em 2006, Mercadante ficou em segundo lugar na eleição vencida por José Serra (PSDB) no primeiro turno.

Quanto ao PSB, na ausência de Ciro na disputa da sucessão paulista, o partido tem o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pleiteando a vaga.


http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-sp-discute-sucessao-estadual-com-ciro-amanha,515058,0.htm

Marina Silva quer nova visão de progresso por meio ambiente

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Propondo uma "ética de valores", em oposição ao que considera uma "ética circunstancial" da política, a senadora e pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva (AC), defendeu ontem, em aula magna em uma universidade em São Paulo, mudanças estruturais no processo de desenvolvimento brasileiro para evitar um "armagedon ambiental". Marina preferiu não citar seus opositores no campo eleitoral. Mas disse que o País é sujeito de uma "crise civilizatória" e que é preciso reavaliar a atual visão de progresso, centro nevrálgico de sua divergência com a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

"Precisamos buscar uma nova maneira de caminhar", resumiu Marina. A senadora lamentou que o atual modelo de gestão e a consequente crise ambiental estejam "à margem do debate político". No entanto, ela acredita que sejam causadores de um "constrangimento ético". "Porque o meio ambiente vai exigir, certamente, uma ética de valores."

Para a senadora, com a aclamação de Dilma no congresso petista, realizado semana passada, a corrida presidencial agora ganha "ritmo acelerado". "Acabou o carnaval, começou o ano para tudo. Para campanha também. Obviamente que respeitando a legislação, estão todos em pré-campanha", afirmou.

Questionada sobre uma possível mudança de panorama eleitoral com a crise do DEM, resultado do mensalão no Distrito Federal, Marina preferiu observar que o caso é o exemplo de uma crise da política. "Estamos à mercê dessa coisa terrível que empobrece a política. É preciso que haja um avivamento, e isso se faz através do debate de ideias.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,por-meio-ambiente-marina-quer-nova-visao-de-progresso,514933,0.htm

Lula assumirá negociação para destravar palanques

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Preocupado com as divergências que têm impedido a montagem de palanques unitários entre o PT e o PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai tomar as rédeas da negociação para enquadrar a seara petista e reduzir os impasses regionais até março. O comando dos dois partidos marcou nova reunião para amanhã, na tentativa de definir um acordo de cavalheiros que acerte as regras do jogo em Minas Gerais - o segundo maior colégio eleitoral do País, depois de São Paulo - e faça a revisão dos principais imbróglios estaduais.

Lula está convencido de que é preciso reproduzir a dobradinha PT-PMDB no maior número de Estados para impulsionar a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em conversas reservadas, ele tem dito que o PT manterá na disputa os governadores que podem concorrer à reeleição, mas deve ceder a cabeça da chapa, em nome da parceria, nos locais cobiçados pelo aliado federal.

"Não é compreensível para a sociedade essa história de dois palanques. Isso não existe", afirmou Lula em entrevista ao Estado, na semana passada. "O que vai acabar acontecendo é que Dilma não poderá ir a alguns Estados. Nem eu. Como eu posso ir na zona leste com um candidato e na zona sul com outro? Qual o discurso que eu faço? O que eu digo para o eleitor sobre qual o melhor? Não pode, fica muito desagradável."

Pouco antes da meia-noite de sexta-feira, Lula se reuniu com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), no Palácio da Alvorada, e prometeu se empenhar por palanques únicos. Foi obrigado a apagar o incêndio provocado na véspera, quando o PMDB ameaçou não comparecer no sábado ao ato de lançamento da pré-candidatura de Dilma, no 4º Congresso do PT.

"Não estamos impondo nada, mas, para o casamento se consolidar, os noivados estaduais precisam ser respeitados", insistiu o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). "O governo não vai querer contratempo com o maior partido da coligação, que tem o maior tempo para oferecer na propaganda eleitoral.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-assumira-negociacao-para-destravar-palanques,514876,0.htm

Lançamento de Dilma não pressiona Serra para oposição

Por Fernando Exman

BRASÍLIA (Reuters) - Confrontados com o lançamento da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, líderes da oposição negam que o movimento da petista aumente a pressão sobre o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), seu provável adversário.

Presidentes do PSDB, DEM e PPS também criticaram o discurso feito por Dilma no sábado, quando a pré-candidatura foi aclamada pelo PT no congresso nacional do partido. Na ocasião, a ministra prometeu manter a atual política econômica e defendeu o fortalecimento do Estado.

Possível candidato da oposição à sucessão presidencial, Serra tem evitado colocar-se no debate eleitoral. Nos últimos meses, aliados instaram-no a firmar-se como um contraponto à ministra. Mas Serra tem dito que o governo paulista será sua prioridade até o início de abril, quando expira o prazo para a desincompatibilização estabelecido pela legislação eleitoral.

"O interesse do governo é trazer o Serra para o debate. Não tem por que precipitar, não tem por que entrar em um processo de ansiedade", argumentou à Reuters o presidente do PPS, Roberto Freire, lembrando que o governador paulista mantém a liderança nas pesquisas de intenção de voto mesmo sem ter se colocado publicamente como pré-candidato.

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a cerimônia de lançamento da pré-candidatura de Dilma pelo PT não muda em nada os planos da oposição, uma vez que a ministra já vinha agindo como tal.

"Ninguém olhou para ela nos últimos dias sem ser como pré-candidata", ironizou o parlamentar.

Presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ) assegurou que o evento promovido pelo PT não gerará tensões na base de apoio a Serra.

"Essa questão está bem resolvida. A nossa questão é só esperar março", destacou Maia.

O DEM, que enfrenta crises políticas no Distrito Federal e em São Paulo, já esteve dividido entre apoiar Serra ou o também tucano Aécio Neves, governador de Minas Gerais, para a disputa presidencial.

DISCURSO DIRECIONADO

A oposição também reagiu ao discurso da ministra realizado após a aclamação. Dilma afirmou que quer seguir o caminho iniciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem "retrocesso, nem aventuras".

Prometeu ampliar as ações sociais e defendeu o aumento do papel e do tamanho do Estado, além de assegurar a manutenção do equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.

"Alguns falam todos os dias de 'inchaço da máquina estatal'. Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização. Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos", destacou Dilma no sábado.

O presidente do PSDB avalia que as falas de Dilma tinham alvo certo. "O PT fez um discurso para os movimentos sociais, que eles perderam em grande parte", comentou, argumentando que Estado forte é aquele que tem agência reguladoras fiscalizadoras, e não politizadas.

"A ministra fez um discurso em que deu uma no cravo e outra na ferradura. São os chavões de sempre."

O presidente do DEM reforçou o coro, dizendo que Dilma utilizou uma estratégia já aplicada pelo PT no passado, que tenta tachar a oposição de privatista.

"Não vi nada de novo no discurso, no que ela quer representar ou o que ela diz que a oposição representa", pontuou.

Na disputa presidencial de 2006, o candidato derrotado Geraldo Alckmin (PSDB) foi tachado por Lula, então candidato à reeleição, de privatista e não conseguiu se livrar da pecha.

Para o presidente do PPS, Dilma não revelou seu projeto para o país. Segundo ele, a defesa de um Estado forte é "vazia" e, no limite, pode gerar governos autoritários.

Referindo-se ao colapso da União Soviética, Freire lembrou que no passado a esquerda fortaleceu o Estado como meio para realizar uma revolução, estratégia que foi "derrotada".

"A esquerda que há no mundo mais consequente não tem mais essa concepção de idolatria de Estado forte. Na crise (financeira global), o Estado fez o papel próprio do capitalismo, que foi salvar o mercado", argumentou.

O PPS sucedeu o Partido Comunista Brasileiro e hoje é aliado das siglas conservadoras.

MERCADO

O discurso de Dilma também repercutiu entre os analistas do mercado financeiro. A consultoria de risco político Eurasia Group disse em um informe que as declarações sinalizam o que esperar de uma eventual administração Dilma.

Na análise, o Eurasia comenta o comprometimento de Dilma, se vencer as eleições, de manutenção da política econômica. "A mensagem é um bom indicativo do que se esperar de sua administração."

Para a MCM, a ministra terá de conter as demandas radicais de alas do PT.

"Esse será um constante desafio para Dilma durante a campanha e, caso seja eleita, em seu governo: compatibilizar pragmatismo com a pressão mais esquerdista de amplos setores do PT. Lula soube fazê-lo muito bem. Dilma ainda precisa provar que será capaz de seguir o mesmo caminho", destacou a MCM em comunicado.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE61L0KP20100222

22 de fev. de 2010

Aécio se diz "feliz" com discurso de Dilma sobre política econômica

colaboração para a Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta segunda-feira ter ficado "feliz" com o discurso da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) sobre os rumos da economia no país, durante o lançamento da pré-candidatura da petista à Presidência, no último sábado (20).

Na ocasião, a petista prometeu dar continuidade à política econômica implementada pelo presidente luiz Inácio Lula da Silva. "Nós vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante", afirmou a ministra.

"Li com atenção o discurso da ministra Dilma e fico muito feliz ao ver que ela assume o compromisso de manter a condução macroeconômica do país, com metas de inflação, com juros flutuantes, com superavit primário, construídas e concebidas no governo do PSDB", disse o governador durante inauguração de obra em Sabará (MG).

Aécio, que chegou hoje de viagem de férias no exterior, afirmou também que está "à disposição" do possível candidato tucano à Presidência, o governador de São Paulo José Serra (PSDB), com quem deve se encontrar em breve. Entretanto, ressaltou que não quer fazer dessa conversa um espetáculo.

"Não pretendemos fazer de mais uma conversa nossa, um grande acontecimento, um grande fato político. Tenho conversado com o governador Serra, conversamos sempre e vamos continuar conversando", disse.

Perguntado se o governador paulista não está demorando muito a anunciar sua pré-candidatura, Aécio afirmou: "No momento certo, o governador vai se manifestar. Cabe a ele, agora, encontrar o caminho e o momento adequado para essa manifestação. Continuo tendo grande confiança nas suas possibilidades eleitorais".

De acordo com o mineiro, conforme o tempo vai passando e pesquisas vão sendo divulgadas, é natural que algumas ansiedades venham à tona. Porém, é preciso ter cuidado com avaliações prévias. "O PT e os partidos aliados estão fazendo o que devem fazer, construindo a sua candidatura. Nós teremos que fazer a nossa, mas ao nosso lado. Não é a lógica estabelecida pelo governo é que deve ditar a nossa lógica", disse.

Aécio disse também que respeita a vontade do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) em se candidatar à Presidência. "Tenho por ele enorme respeito pessoal. Caberá a ele, caberá ao seu partido, tomar essa decisão no momento certo [...]. Mas tenho o compromisso com o meu partido em Minas Gerais e onde acharem que a minha ajuda possa ser útil", ressaltou.

Sobre a polêmica envolvendo a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), Aécio saiu pela tangente. "Estou chegando de viagem hoje, não tenho nenhuma avaliação sobre isso ainda", finalizou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u697482.shtml

Aécio se diz confiante em capacidade eleitoral de Serra

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

SABARÁ, MG - Após passar 11 dias no exterior, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), minimizou hoje o crescimento recente nas pesquisas da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata petista, Dilma Rousseff, e disse que continua confiante na capacidade eleitoral do virtual presidenciável tucano, José Serra. O mineiro, que deverá receber uma visita do colega paulista nos próximos dias, ressaltou que cabe agora a Serra encontrar o "caminho e o momento adequado" para o anúncio de sua candidatura.

"Tenho conversado com o governador Serra, conversamos sempre e vamos continuar conversando. E no momento certo o governador vai se manifestar. Cabe a ele agora, enfim, encontrar o caminho e o momento adequado para essa manifestação. Continuo tendo grande confiança nas suas possibilidades eleitorais", afirmou, após participar da inauguração do bloco cirúrgico do Hospital Cristiano Machado, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Aécio - que tem reiterado publicamente que irá mesmo disputar uma cadeira no Senado, descartando a possibilidade de ser vice numa chapa encabeçada por Serra - voltou a dizer que estará à disposição da candidatura tucana no segundo colégio eleitoral do País. E salientou que, na sua opinião, o PSDB não deve seguir a lógica estabelecida pelo governo federal na eleição presidencial.

"Não me aflige neste instante a exposição deste ou daquele candidato, porque a campanha, efetivamente, aquela que vai levar os eleitores a uma decisão, começa na propaganda eleitoral. É ali que nós vamos ter o embate das ideias, a disputa entre os candidatos", destacou.

Era pós Lula

O governador mineiro insistiu na tese da Era pós Lula e disse que o debate que o PSDB tentará levar para a disputa será sobre qual candidato tem melhores credenciais para dar continuidade aos avanços conquistados nos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. E aproveitou para ironizar a defesa da estabilidade econômica feita por Dilma em seu discurso durante o 4º Congresso Nacional do PT, que aclamou a ministra como presidenciável do partido. "Li com atenção o discurso da ministra Dilma e fico muito feliz ao ver que ela assume o compromisso de manter a condução macroeconômica do País, com metas de inflação, com juros flutuantes, com superávit primário, construídas e concebidas no governo do PSDB".

Ao afirmar que não há hoje uma "diferença muito profunda" na política econômica dos governos Lula e FHC, Aécio também cutucou o PT, ressaltando que foi o presidente que precisou romper com seu partido.

"Não houve ruptura na construção macroeconômica quando o presidente Lula assumiu. Ele não rompeu com aquilo que vinha sendo conduzido pelo governo do presidente Fernando Henrique. Ao contrário, ele rompeu com muitas das ideias que o PT defendia anteriormente para aderir às novas e boas ideias do PSDB, do ponto de vista da responsabilidade fiscal".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-se-diz-confiante-em-capacidade-eleitoral-de-serra,514602,0.htm

Padilha defende Dilma como "projeto coletivo" de todo o PT

BRASÍLIA, 20 de fevereiro (Reuters) - No dia do lançamento da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que sua indicação é resultado da vontade de todo o PT.

"Ela é um projeto coletivo do conjunto do partido e assumido pelo conjunto do partido", disse Padilha a jornalistas durante o 4o Congresso do PT.

"Ela sempre enfrentou desafios, inclusive sempre enfrentou questionamentos da capacidade por ser uma pessoa de esquerda, por ser uma mulher", acrescentou.

Segundo o ministro, Dilma permanecerá à frente da Casa Civil até o último momento possível antes que tenha que se desincompatibilizar para poder disputar a eleição em outubro.

Padilha acredita que a permanência de Dilma no governo após o lançamento de sua pré-candidatura neste sábado não será um problema perante o Tribunal Superior Eleitoral.

"Nossos procedimentos são corretos, o TSE já viu isso. O governo não vai parar de governar."

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE61J01T20100220

Lula: Dilma não é minha candidata, mas do PT e aliados

BRASÍLIA (Reuters) - Minutos antes de a ministra Dilma Rousseff ser lançada pelo PT para disputar a sucessão presidencial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou tirar dela o rótulo de que seja apenas sua candidata.

"A companheira Dilma não pode ser candidata do vazio porque Dilma é candidata do mais importante partido de esquerda da América Latina e Dilma é candidata de uma aliança de PMDB, PSB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PT e mais outros partidos", disse Lula ao defender o nome da ministra para as eleições de outubro.

Lula voltou a negar que tenha escolhido Dilma para que ela venha, se eleita, ser apenas uma presidente por quatro anos, de modo que ele próprio possa tentar uma volta ao Palácio do Planalto em 2014.

"Eu quero eleger a Dilma Rousseff presidente da República para fazer um primeiro mandato extraordinário e assim ganhe autoridade política para ter um segundo mandato."

"Eleger a Dilma, para mim, é uma das coisas mais importantes do meu governo", acrescentou.

Ao comentar sobre as características e qualidade da ministra-chefe da Casa Civil, Lula disse que durante a campanha Dilma será acusada de estatizante, mas avaliou que isso será positivo.

"Aquilo que for estratégico para o país e que não estiver funcionando e que precisar colocar para funcionar, a gente não tem que ter medo de assumir decisões importantes", disse Lula em seu discurso neste sábado.

Ele ressaltou, porém: "o Estado tem que ser o grande indutor e o grande regulador".

Para Lula, Dilma vai quebrar todos os preconceitos apontados contra ela, principalmente pelo fato de ser mulher. E não deixou de mencionar a fama de durona da ministra.

"Ela é uma pessoa, eu diria, rigorosa,....isso é a grande virtude, é ser rigorosa no trato das coisas públicas", disse. "E como fiscalizadora do presidente da República junto ao restante do governo ela tem que ser dura."

(Reportagem de Carmen Munari e Fernando Exman)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE61J07N20100221

Dilma defende continuidade da política econômica do governo Lula

Por Fernando Exman

BRASÍLIA (Reuters) - Em um sinal claro ao mercado, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, assegurou neste sábado em seu primeiro discurso como pré-candidata do PT à Presidência da República que manterá a estabilidade e as políticas macroeconômicas.

Dilma foi aclamada pré-candidata à sucessão presidencial no congresso nacional do partido, onde defendeu também o crescimento com distribuição de renda e a ampliação dos programas sociais do governo Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo de "erradicar a miséria" do país.

"Todas as nossas ações de governo têm, sem sombra de dúvida, uma premissa: a preservação da estabilidade macroeconômica", afirmou Dilma em seu discurso.

A ministra também incorporou ao seu discurso uma bandeira que em campanhas eleitorais anteriores eram um mantra do PSDB, que agora é acusado pelos petistas de ser uma ameaça à economia. Ironicamente, antes os papeis eram opostos.

"Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante", destacou a ministra, que deixará o governo no limite do prazo para a desencompatibilização do Executivo, no início de abril.

Dilma também prometeu reforçar a fiscalização da execução orçamentária e realizar novas reformas estruturais.

Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária."

Para Dilma, o governo Lula obteve sucessos porque não sucumbiu "aos modismos ideológicos", persistindo em suas convicções e construindo "alternativas concretas e realistas".

Ela enumerou os "novos caminhos" criados pelo governo, como o crescimento com distribuição de renda, que deu ao Brasil um maior mercado consumidor doméstico e protegeu o país dos efeitos da crise financeira global.

"A história recente mostrou que estávamos certos", sentenciou.

"ALICERCE EXTRAORDINÁRIO"

Entre as políticas positivas adotadas pelo governo, Dilma citou ainda o equilíbrio macroeconômico, a redução da vulnerabilidade externa e das desigualdades regionais, além da reorganização do Estado e a recomposição de sua capacidade de planejar e executar ações essenciais à sociedade.

"Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce e uma herança bendita sobre a qual construir o terceiro governo democrático e popular", sublinhou.

Responsável pela gestão da primeira e segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a ministra destacou a importância da continuidade dessas ações para melhorar os sistemas de transporte, educação, saneamento e saúde.

Ela voltou também a reafirmar a meta de não importar os equipamentos que serão usados para a exploração do petróleo da camada pré-sal e focar a produção de derivados de maior valor agregado da commodity.

"Tudo que puder ser produzido no Brasil deve ser --e será-- produzido no Brasil", frisou.

Após o discurso, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, aproveitou para alfinetar a oposição.

"Isso abre um debate diferente dos pontos que foram colocados pelo PSDB, que diz que vai mudar a inflação, o superávit, o câmbio. Nós temos que saber o que é que eles vão mudar. Da nossa parte, como nós já dissemos que vamos manter, o povo brasileiro já sabe o que esperar", disse o ministro a jornalistas.

(Reportagem adicional de Carmen Munari e Maria Carolina Marcello)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE61J08T20100221

Dilma e Serra: Ala petista teme confronto na saúde

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A portas fechadas, longe dos holofotes e do discurso eleitoral, os petistas que tratam dos problemas da saúde temem o confronto entre a candidata Dilma Rousseff e o tucano José Serra, governador de São Paulo. Menos de uma hora depois de o 4º Congresso Nacional do PT ter aprovado o projeto de governo para a candidata à Presidência, na sexta-feira, a reportagem do estadao.com.br flagrou uma reunião em que um grupo de petistas revelou temor pela fragilidade com que Dilma discute o tema e pela "vulnerabilidade" como estão entrando no debate eleitoral. O programa aprovado, diziam, "não vale quase nada".

Reunidos em uma sala do segundo andar do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, membros do grupo setorial de saúde do PT queixaram-se da gestão da área no governo Luiz Inácio Lula da Silva e fizeram uma série de comentários críticos à ministra-chefe da Casa Civil. Uma das militantes questionou: "Quem é a Dilma para nós, do ponto de vista da militância? Não podemos entrar na campanha vulneráveis como a gente está na saúde."

Participaram do encontro, que foi gravado pela reportagem, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PE), o secretário de Gestão Estratégica e Participativa da atual equipe do ministério, Antônio Alves de Souza, e outros dirigentes. Uma dirigente disse que ficou espantada com a falta de habilidade da pré-candidata em um debate. "Ela entrou recuada para discutir política social na saúde. Foi um horror. Se o nosso presidente era muito verde quando entrou, imagina a Dilma. Ela vai ser questionada e vai ter de falar sobre o assunto a partir de abril."

Indagado sobre a insatisfação em relação à falta de propostas específicas do programa e quanto à condução do assunto pelo partido, o novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, negou qualquer problema. "Isso não procede. É comum que alguns termos não sejam especificados e fiquem de fora. Tivemos reclamações de todos os setoriais.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ala-petista-teme-confronto-entre-dilma-e-serra-na-saude,514489,0.htm

Para oposição, Dilma sugere governo autoritário

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O PSDB e o DEM, principais adversários do PT na disputa pela Presidência da República, criticaram ontem o discurso feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no dia anterior, no lançamento de sua pré-candidatura. O Estado forte defendido por ela no 4º Congresso do PT foi considerado sinônimo de governo autoritário, e as referências às privatizações, como tentativa de repetir "clichê" usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A oposição criticou não apenas o que foi dito pela ministra, mas também o que considerou como omissões. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que a pré-candidata deixou em suspense a posição dela e do PT quanto ao direcionamento da economia. "Não há nada claro, nem no que a ministra disse, nem nos documentos do partido", disse.

O tucano acusou ainda Dilma e o PT de ignorarem a questão dos marcos regulatórios e das agências reguladoras. "As agências estão contaminadas pela influência política, por pressões de grupos econômicos, e não têm condições de defender o interesse da população e de balizar o interesse público e o da iniciativa privada", apontou. Guerra relacionou o "Estado forte" defendido por Dilma a um discurso ideológico aliado "à sua notória capacidade de desenvolver ações autoritárias".

Na mesma linha de discussão sobre a participação do Estado, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), considerou que a pré-candidata do PT reproduz o que o presidente fez em campanhas anteriores. "Ela repete o clichê de tentar colar na oposição a pecha de que íamos privatizar a qualquer preço. Isso não é verdade", disse.

"O discurso de Estado forte cabe em qualquer linha política e não significa governo estatizante, como prega a ministra Dilma. Nós queremos um Estado que cumpra o seu papel, que tenha força na regulação e na fiscalização do setor privado."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-oposicao-dilma-sugere-governo-autoritario,514454,0.htm

Kassab declara inocência e confia na Justiça

Valor Econômico

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), negou ontem ter recebido doações ilegais na campanha de 2008 e disse não temer perder o mandato. "Estou confiando na Justiça, sempre confiei." O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, cassou o seu mandato e a sentença deve ser publicada no Diário Oficial de terça-feira, ato que oficializa a decisão judicial. O juiz acatou denúncia do promotor eleitoral Maurício Lopes, de que Kassab teria recebido doações ilegais, na campanha de 2008, da Associação Imobiliária Brasileira (AIB), de sete construtoras e do Banco Itaú. Essas contribuições somaram mais de R$ 10 milhões, dos R$ 29,76 gastos pelo candidato em 2008.

Segundo o prefeito, ações contra outros candidatos com o mesmo entendimento foram suspensas pela Justiça. Ele disse que confia que o mesmo ocorra no seu caso. Para ele, a decisão da Justiça não é política. "A decisão é técnica e, tecnicamente, estamos todos convencidos de que foi feito corretamente (o financiamento)", disse.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), no entanto, considerou a decisão do juiz "100% eleitoral, irresponsável e criminosa", e que ela visa a atingir a candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência. (Com agências)

http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/6116234/kassab-declara-inocencia-e-confia-na-justica

Dilma Rousseff trabalhará para se aproximar da iniciativa privada e de setores mobilizados, como os estudantes

Correio Braziliense - Daniel Pereira

Aclamada pré-candidata do PT à Presidência da República no sábado, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já tem estratégia definida para quando deixar o governo, em 2 de abril. A ideia é usar o período entre a desincompatibilização e o início da propaganda eleitoral gratuita a fim de estreitar laços com a iniciativa privada e os movimentos sociais, setores considerados fundamentais devido ao potencial para financiar campanhas e mobilizar o eleitorado. Até o fim do primeiro semestre, Dilma também cumprirá uma extensa agenda política. Viajará pelo país. Em vez de brilhar em inaugurações de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terá conversas com líderes regionais e reforçará a ofensiva destinada a torná-la mais conhecida da população.

Nas conversas com a iniciativa privada, Dilma terá o apoio do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que corre por fora no páreo pela vaga de vice na chapa da ministra. O petista Palocci e o neopeemedebista Meirelles transitam com desenvoltura entre empresários e banqueiros. São apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para afastar as suspeitas de setores do mercado — reverberadas por oposicionistas — de que a eleição da “mãe do PAC” resultará em descontrole das contas públicas e risco à estabilidade econômica. A ministra também é associada à pecha de “estatizante”. Essa espécie de reedição do “risco-Lula” de 2002 preocupa o Palácio do Planalto. Não à toa, foi tema recorrente no 4° Congresso Nacional do PT, no fim de semana.

“Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante”, disse Dilma ao discursar no encontro. Nos últimos anos, o PT ganhou terreno na disputa com o PSDB pelo apoio da iniciativa privada. Ainda estaria em desvantagem na queda de braço, segundo líderes petistas, mas teria conquistado espaços importantes. O setor da construção civil, por exemplo, está enamorado pela chefe da Casa Civil por conta do programa Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é a construção de 1 milhão de moradias populares. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) já pensa numa segunda edição do projeto habitacional do governo federal. Os usineiros de São Paulo também se aproximaram da ministra, enquanto acumularam atritos com o governador paulista, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência.

Nicho diferente
No governo desde janeiro de 2003, Dilma sempre atuou na área de infraestrutura. Seja como ministra de Minas e Energia, cargo ocupado até 2005, seja como chefe da Casa Civil. Por conta disso, manteve pouco contato com os movimentos sociais, que têm como principal interlocutor o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci. A partir de abril, Dulci e petistas aproximarão a ministra dos líderes e da pauta de organizações em defesa de trabalhadores, de estudantes, da reforma agrária, entre outros. “Haverá uma redução da exposição, já que a ministra deixará o governo. Mas ela alçará voo próprio. Terá mais tempo para dialogar com partidos, empresários e segmentos sociais”, diz o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Em linha com o presidente, coordenadores da campanha petista esbanjam otimismo. Alegam que a redução da exposição com a saída do governo não afetará de forma negativa a caminhada de Dilma. E, mesmo que isso ocorra, dizem que os meses de propaganda eleitoral no rádio e na televisão serão capazes de reverter eventuais pontos perdidos na corrida rumo ao Planalto. Primeiro, porque a ministra — mantido o cenário atual — terá quase o dobro de tempo na TV do que o concorrente tucano. Segundo, pois terá como garoto-propaganda um presidente recordista em popularidade.

"A ministra alçará voo próprio. Terá mais tempo para dialogar com partidos, empresários e segmentos sociais"
Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/22/politica,i=174990/DILMA+ROUSSEFF+TRABALHARA+PARA+SE+APROXIMAR+DA+INICIATIVA+PRIVADA+E+DE+SETORES+MOBILIZADOS+COMO+OS+ESTUDANTES.shtml

Mandato de Kassab: Defesa deve recorrer hoje da decisão que o cassou

da Folha Online
da Folha de S.Paulo

Os advogados que defendem o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), devem recorrer nesta segunda-feira da decisão que cassou o mandato do democrata por suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008.

Em nota divulgada ontem, a defesa afirma que "interporá recurso que, à semelhança de casos antecedentes, deve resultar na reforma da sentença e na confirmação da vontade popular."

Os advogados negaram irregularidades nas doações. "As contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei --que é a mesma desde 1997-- e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral."

Ontem, Kassab também negou ter recebido doações ilegais na campanha de 2008 e disse não temer perder seu mandato. "Não temo [perder o mandato]. Estou realmente confiando na Justiça, sempre confiei. E volto a afirmar que tudo foi feito corretamente."

"Essa ação já foi adotada em relação a outros candidatos e foi suspensa. Nossa confiança é que possa acontecer da parte da Justiça o mesmo encaminhamento."

Ao ser questionado sobre a influência da cassação nas eleições deste ano, Kassab disse que a decisão da Justiça não é política. "A decisão é técnica e, tecnicamente, estamos todos convencidos de que foi feito corretamente."

O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, cassou o mandato de Kassab e a decisão deve ser publicada no 'Diário Oficial' de terça-feira. A cassação do prefeito vale oficialmente após esse ato formal.

Como antecipado pela Folha no último dia 3, Kassab corria o risco de ser cassado porque perícia contábil da Justiça Eleitoral apontou que 33% dos recursos arrecadados pelo prefeito no último pleito municipal tiveram origem em fontes de contribuição consideradas ilegais pelo Ministério Público.

O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, também já apresentou em cartório as sentenças nos processos contra a petista Marta Suplicy e o tucano Geraldo Alckmin, candidatos em 2008.

No processo contra Kassab, o promotor eleitoral Maurício Lopes acusou o prefeito de ter recebido doações ilegais da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), de sete construtoras e do Banco Itaú --cujas contribuições somaram mais de R$10 milhões em 2008.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u697083.shtml

Cassação de Kassab preocupa Serra

da Folha Online

Hoje na Folha Desde a noite de sábado, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), acompanha, apreensivo, os desdobramentos da cassação do mandato do prefeito Gilberto Kassab, com quem conversou ao telefone, informa a reportagem de Catia Seabra, publicada nesta segunda-feira (22) pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Entre tucanos e democratas, a orientação foi a de evitar contaminação política, restringindo o problema ao campo técnico.

Embora concordem que Kassab não afrontou a lei, a controvérsia preocupa serristas por coincidir com um inferno astral experimentado pelo DEM e pelo prefeito.

Além da prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), as seguidas enchentes enfrentadas pela população paulistana provocaram desgaste na administração Kassab num momento em que Serra reúne coragem para trocar a hipótese de reeleição por uma disputa que promete ser difícil pela Presidência da República.

Fora isso, o próprio Serra reclamou pessoalmente com Kassab de duas medidas impopulares adotadas pela gestão: o reajuste do IPTU e das tarifas de ônibus. Segundo tucanos, Serra se queixa especialmente do fato de o anúncio ter sido previamente antecipado, "sangrando" por dias.

DEM

O DEM criticou a decisão do juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, de cassar o mandato do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, por suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008. A decisão deve ser publicada no "Diário Oficial" de terça-feira, e a cassação do prefeito vale oficialmente após esse ato formal.

Para o partido, a decisão é "incoerente", "eleitoral", "irresponsável" e "criminosa". Mesmo assim, de acordo com o líder da legenda no Senado, José Agripino Maia (DEM-RN), o DEM está tranquilo e confia na Justiça. Ele preferiu não politizar a decisão, porém ressaltou que as "as decisões judiciais tem que ser coerentes".

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), por outro lado, considera a decisão "100% eleitoral, irresponsável e criminosa". Segundo ele, a cassação visa a criar desconforto e instabilidade ao partido e "sem dúvida" atingir a eventual candidatura à Presidência do governador José Serra (PSDB-SP), principal aliado político de Kassab.

Caiado avalia que se a decisão for levada adiante mostrará que a Justiça Eleitoral "tem dois pesos e duas medidas". Isso porque, segundo o partido, há jurisprudência que permite a doação de empresas que são sócias de concessionárias de serviços públicos sob gestão dos cargos em disputa eleitoral.

O líder do partido na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), afirmou que o pedido de cassação é um assunto "técnico e jurídico que está se transformando em político apenas porque envolve o prefeito de São Paulo". Para Bornhausen, "as análises das doações já foram feitas e aceitas dentro da lei. Mas o juiz resolveu, em cima dos fatos, dizer que não".

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse estar "absolutamente tranquilo", já que "as contas estão rigorosamente dentro da lei". "Não tenho dúvida alguma a este respeito, na prestação de contas de Kassab as determinações legais foram seguidas integralmente", disse.

Confiança

O prefeito de São Paulo negou ter recebido doações ilegais na campanha de 2008 e disse não temer perder seu mandato. "Não temo [perder o mandato]. Estou realmente confiando na Justiça, sempre confiei. E volto a afirmar que tudo foi feito corretamente."

"Essa ação já foi adotada em relação a outros candidatos e foi suspensa. Nossa confiança é que possa acontecer da parte da Justiça o mesmo encaminhamento."

Segundo ele, sua defesa irá recorrer da decisão. "Nossos advogados terão a oportunidade de expor tudo que foi feito, mais uma vez. Nossas contas já foram aprovadas pela Justiça."

Ao ser questionado sobre a influência da cassação nas eleições deste ano, Kassab disse que a decisão da Justiça não é política. "A decisão é técnica e, tecnicamente, estamos todos convencidos de que foi feito corretamente."

Em nota, a defesa do prefeito afirma que causa "perplexidade e insegurança jurídica" que assuntos e temas já decididos há tantos anos pela Justiça sejam reabertos e reinterpretados sem nenhuma base legal e contrariando jurisprudência do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

"Por esse mesmo motivo seriam cassados desde o presidente Lula até o vereador do menor município do Brasil."

Como antecipado pela Folha no último dia 3, Kassab corria o risco de ser cassado porque perícia contábil da Justiça Eleitoral apontou que 33% dos recursos arrecadados pelo prefeito no último pleito municipal tiveram origem em fontes de contribuição consideradas ilegais pelo Ministério Público.

O juiz Aloísio Silveira também já apresentou em cartório as sentenças nos processos contra a petista Marta Suplicy e o tucano Geraldo Alckmin, candidatos em 2008.

No processo contra Kassab, o promotor eleitoral Maurício Lopes acusou o prefeito de ter recebido doações ilegais da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), de sete construtoras e do Banco Itaú --cujas contribuições somaram mais de R$10 milhões em 2008.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u697030.shtml

Dilma e Serra: Petistas da Saúde temem confronto

Estadao.com.br acompanhou reunião que teve participação do ex-ministro Humberto Costa

Rodrigo Alvares - estadao.com.br

Grupo mostrou preocupação pela fragilidade com que Dilma discute a Saúde

Ed Ferreira/AE

Grupo mostrou preocupação pela fragilidade com que Dilma discute a Saúde
BRASÍLIA - A portas fechadas, longe dos holofotes e do discurso eleitoral, os petistas que tratam dos problemas da Saúde temem o confronto entre a candidata Dilma Rousseff e o tucano José Serra, governador de São Paulo. Menos de uma hora depois de o 4º Congresso Nacional do PT aprovar o projeto de governo para a candidata à Presidência, na última sexta-feira, 19, a reportagem do estadao.com.br flagrou uma reunião em que um grupo de petistas revelou temor pela fragilidade com que Dilma discute a Saúde e pela "vulnerabilidade" como estão entrando no debate eleitoral. O programa aprovado, afirmaram, "não vale quase nada".

Reunidos numa sala do segundo andar do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, membros do grupo setorial de Saúde do partido queixaram-se da gestão da área no governo Lula e fizeram uma série de comentários críticos à ministra-chefe da Casa Civil. "Quem é a Dilma para nós, do ponto de vista da militância? Não podemos entrar na campanha vulneráveis como a gente está na Saúde", questionou uma das militantes.

Participaram do encontro - que foi gravado pela reportagem -, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PE), o secretário de Gestão Estratégica e Participava da atual equipe do ministério, Antônio Alves de Souza, e dirigentes de todo o País.

Uma dirigente disse que ficou espantada com a falta de habilidade da pré-candidata durante um debate: "Ela entrou recuada para discutir política social na saúde. Foi um horror. Se o nosso presidente era muito verde quando entrou (para o Planalto), imagina a Dilma! Ela vai ser questionada e vai ter de falar sobre o assunto a partir de abril", acrescentou um dos participantes do encontro de sexta-feira.

"Precisamos nos organizar para influenciar nesse processo. Temos de ganhar a nossa candidata, que não tem o que o nosso presidente tem", afirmou Humberto Costa, que dirigiu a pasta da Saúde entre 2003 e 2005, na primeiro mandato do governo Lula. Parte da preocupação dos petistas deve-se a três fatos: a falta de intimidade da candidata com o setor, o fato de José Serra ter sido ministro da Saúde entre 1998-2002, e porque até hoje a gestão do tucano é uma das mais bem avaliadas.

A capacidade administrativa da ministra na área foi muito questionada durante o encontro. "O José Temporão (ministro da Saúde) já ficou quatro horas conversando sobre saúde com a Dilma", disse um dos participantes. Nem o plano de governo foi poupado: "Acho que não preciso dizer para todo mundo aqui que isso que aprovaram há pouco não vale nada. Esse programa só vai ficar pronto mesmo lá por agosto. Esse encontro é para agradar a militância", avaliou outro dos participantes da reunião.

A distância entre o ministério e o partido é outro motivo de preocupação: "Precisamos marcar encontro com ela e com Lula. O presidente vai sair com essa dívida conosco? Como vamos fazer a discussão do setor da saúde com quem não é do PT se não reconhecemos nossos méritos?". "É essa discussão que temos de fazer, porque o Lula tá pouco se lixando para a gente (petistas)", disse uma filiada. "Acho que a Dilma não representa, nem de perto, o governo Lula."

Para o grupo, o PT não pode entrar na campanha vulnerável como está na Saúde. "É contraditório. Vamos ter de apresentar à população que esses oito anos não significam o que a gente quer de saúde para o Brasil". O histórico de Serra à frente da pasta também foi mencionado. "Serra tem discurso real, (diz) que foi o responsável pela aprovação da Emenda 29 e que não conseguimos regulamentar. Todo mundo acha que ele é o papa da Saúde e tem companheiros que até concordam com isso. Bobagem. Fizemos muito mais, não dá para comparar".

Alguns admitiram que o governo deveria ter aceitado a participação das Organizações Sociais (OS) na gestão de hospitais - o PT costuma dizer que isso é "terceirizar a Saúde". "Eu não quero uma UPA na minha cidade. De que adianta se não consigo pagar os médicos?", disse um secretário. As UPAs, Unidades de Pronto Atendimento, são uma forma de o governo do Rio agilizar o atendimento nas comunidades carentes, longe dos grandes centros hospitalares.

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) também foi criticado: "Essa história de a receita que vem do governo ser a mesma para todos é uma furada. Tem uma cidade ao lado da minha que tem ambulância, estrutura. Eu não tenho dinheiro para nada e ainda vejo prefeito desviando a verba."

Questionado sobre a insatisfação em relação à falta de propostas específicas do programa e condução do assunto pelo partido, o novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, negou problemas. "Isso não procede. É comum que alguns termos não sejam especificados e fiquem de fora. Tivemos reclamações de todos os setoriais".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,petistas-da-saude-temem-confronto-entre-dilma-e-serra,514177,0.htm