22 de mai. de 2010

Marina não tem perfil de presidente, diz mentor de pré-candidata do PV

Folha

LUCAS FERRAZ
da Sucursal de Brasília

Mentor político de Marina Silva, o arcebispo de Porto Velho, d. Moacyr Grechi, 74, considera a pré-candidata do PV frágil e sem o perfil de presidente da República.

"Não vejo nenhuma esperança de vitória. Falta nela o perfil de presidente. Mais que perfil, a capacidade de reagir a pressão de todo o gênero. Ela é muito frágil para aguentar", disse.

Amigo da senadora desde 1974, quando se conheceram em Rio Branco, d. Moacyr afirmou à Folha que Marina tem pouco "jogo de cintura" e que sua fragilidade ficou comprovada quando ela dirigiu o Ministério do Meio Ambiente (2003-20008). "Ela vivia em uma angústia constante."

As declarações de d. Moacyr Grechi, um dos expoentes da ala progressista da Igreja Católica no Brasil, não ficaram restritas à reportagem. "Falei a ela: 'Marina, te vejo melhor como senadora, porta-voz dessa problemática [ambiental], do que como candidata à Presidência, com pouquíssimo tempo para propaganda."

Na campanha, num bloco total de 25 minutos, a presidenciável do PV terá só 1min03s de tempo no rádio e na TV.

Marina nutre carinho especial pelo arcebispo, segundo amigos, e o considera essencial para sua formação. Procurada, ela não quis comentar as declarações do religioso.

D. Moacyr diz que falta à amiga o "jogo de cintura" indispensável aos presidentes. "Marina tem dificuldade de fazer acordo onde estiver em jogo qualquer aspecto ético. Ela vai ter dificuldade pelas profundas convicções que tem, pessoais, éticas e até religiosas."

Apesar das críticas, o arcebispo acredita que a pré-candidatura da senadora é positiva por elevar o nível do debate.

Marina iniciou-se na atividade política por movimentos de base da igreja, e d. Moacyr Grechi teve papel fundamental.

A senadora conheceu o religioso, que também a ajudou nos muitos tratamentos médicos que fez, dois anos antes de ser apresentada ao seringueiro Chico Mendes, outra grande referência da pré-candidata.

"Tornei-me uma espécie de símbolo, mas era um trabalho da igreja, que naquele contexto foi uma espécie de útero fecundo para todo movimento popular. Marina se comprometia muito", conta d. Moacyr, que não tem filiação partidária.

Questionado pela Folha se votaria na amiga, que é evangélica, ele rebateu: "Voto é secreto. Nem para minha mãe, quando vinha no confessionário e perguntava em quem deveria votar, eu abria".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738976.shtml

Dilma sobe 7 pontos e empata com Serra, aponta Datafolha

FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até hoje numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB). Ambos estão com 37%.

O levantamento foi realizado ontem e anteontem com 2.660 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Valdo Cruz: Dilma deixou de errar e Serra começou
Procuradoria Eleitoral pede multa à Marina por propaganda antecipada
PSB lança pré-candidatura de Skaf ao governo de SP e faz críticas ao PSDB
Governador do Ceará diz que Ciro deve seguir orientação do PSB e apoiar Dilma

Marina Silva (PV) aparece com 12%. Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%. Indecisos são 9%.

Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais --de 30% para 37%. Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.

Essa é a primeira vez que ambos aparecem empatados no Datafolha, que traz outros números positivos para a petista.

TV e Lula

"O principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Na semana passada, o PT foi à TV com vários comerciais de 30 segundos e com seu programa mais longo, de dez minutos. A estrela dessa investida de marketing foi Dilma Rousseff, com Lula como cabo eleitoral.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista com os nomes dos candidatos, a curva da intenção de voto de Dilma continuou a descrever uma sólida curva ascendente.

Ela tinha 8% em dezembro. Em abril, estava com 13%. Agora, foi a 19% e está isolada em primeiro lugar. José Serra pontuou 14% --ele também vem subindo nesse quesito, mas em ritmo mais lento.

Ainda na pesquisa espontânea, há também 5% que dizem ter intenção de votar em Lula, que não pode ser candidato.

Outros 3% declarar querer votar no "candidato do Lula". E 1% respondem "no PT" ou no "candidato do PT".

Em tese, portanto, o potencial de voto espontâneo em Dilma pode ser de 28% --os seus 19% e mais outros 9% dos que desejam votar em Lula, em quem ele indicar ou em um nome apresentado pelo PT.

2º turno e rejeição

Quando são colocados na lista de candidatos os concorrentes de partidos pequenos, o cenário não se altera muito. Dilma e Serra continuam empatados, cada um com 36%. Marina tem 10%. E só dois nanicos pontuam: José Maria Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU).

Dilma também colheu bom resultado na rejeição: seu índice caiu de 24% para 20% enquanto o de Serra subiu de 24% para 27%. Marina também teve um resultado positivo, pois sua rejeição caiu de 20% para 14%.

Na projeção de segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados: a petista tem 46% contra 45% do tucano.

Em abril, Serra aparecia dez pontos à frente da petista nesse quesito, com 50% a 40%.

Arte/Folha

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u739076.shtml

Em Nova York, Dilma se irrita e "demite" tradutora

Folha

ANA FLOR
enviada especial a Nova York

Problemas com uma tradutora na coletiva de imprensa irritaram nesta sexta-feira a pré-candidata petista em Nova York. Dilma Rousseff chegou a chamar a tradutora de "minha santa".

Dilma, que preferiu falar em português, chegou a elogiar o primeiro tradutor. A partir da metade da entrevista, a tradução ficou por conta da angolana Marísia Lauré.

Perguntada sobre o delicado tema da autonomia do Banco Central, Dilma falou da "autonomia operacional" do órgão. Lauré esqueceu uma das palavras e Dilma completou, em inglês: "operational autonomy". Em seguida, repreendeu a tradutora. "Eu peço para você traduzir literalmente, porque é complicado [o tema]".

Dilma passou a falar sobre privatizações e as empresas que acredita que deviam permanecer públicas, como Petrobras, Eletrobras, as do setor elétrico e bancos públicos. A tradutora esperou que a convidada concluísse a frase para traduzir. Ao final, Dilma conferiu com a platéia: "Não faltou [o trecho] da Petrobrás?".

Na frase seguinte, Dilma ouviu o início da tradução e, achando que havia mais um erro, interrompeu Lauré. "No, no,no. Yes, yes, yes", emendou, ao se dar conta de que a frase traduzida estava correta e arrancando risos da platéia.

"Eu prefiro que você copie e faça [a tradução depois] porque se não eu vou quebrar meu raciocínio todo, tá bom?", pediu Dilma à tradutora.

Na pergunta seguinte, Lauré trocou "redução da dívida" por "redução de impostos". Dilma a interrompeu novamente. "Copia, minha santa, eu vou falar". Nesse momento, a organização trouxe de volta o tradutor anterior.

Ao final da coletiva, Lauré e Dilma se abraçaram. A tradutora pediu desculpas e atribuiu o engano ao excesso de trabalho. "Você trabalha muito bem", disse Dilma.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738971.shtml

Jurisprudência dá base para Ficha Limpa vigorar já na eleição de 2010

Folha

FELIPE SELIGMAN
da Sucursal de Brasília

Decisões anteriores e uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dão base para que o projeto Ficha Limpa entre em vigor já nestas eleições.

O texto aprovado pelo Senado, que impede a candidatura de quem for condenado por um colegiado, alterou a lei complementar 64, conhecida como Lei das Inelegibilidades, aprovada em maio de 1990.

Naquele ano, quando ocorreram eleições para governador, senador, deputados federais e estaduais, também houve polêmica sobre a partir de quando a legislação recém-aprovada entraria em vigor.

A dúvida jurídica à época era a mesma de hoje: uma regra que proíbe a candidatura altera o processo eleitoral?

A resposta a essa pergunta é importante porque o artigo 16 da Constituição diz que uma legislação só poderá mudar o processo eleitoral se for editada um ano antes do pleito. Ou seja, se o entendimento for que o projeto altera esse processo, o veto só entrará em vigor em 2012. Se não, vale para este ano.

Até o início do mês que vem, o TSE deverá responder uma consulta para resolver essa questão. Em 1990, os ministros se depararam com o mesmo questionamento e, por unanimidade, responderam que a legislação deveria entrar em vigor para a eleição daquele ano.

Relatada pelo então ministro Luiz Octávio Galotti, a consulta foi transformada em resolução, uma espécie de súmula que orienta o entendimento para julgamentos futuros do TSE e de tribunais regionais.

Essa resolução, editada em 31 de maio de 1990, diz que a Lei das Inelegibilidades deve ter "aplicação imediata, por se tratar da edição de lei complementar, exigida pela Constituição, sem configurar alteração do processo eleitoral, vedada pelo art. 16 da mesma Carta".

O argumento defendido pelos ministros era o seguinte: A lei entra em vigor porque não cria regras específicas para as eleições daquele ano, mas cria uma norma permanente.

Foi essa legislação de 1990 que criou, por exemplo, os prazos de descompatibilização de cargos públicos por aqueles que quisessem sair candidatos.

Na época, a posição do TSE foi alvo de resistência de procuradores eleitorais e até de tribunais regionais eleitorais, que argumentavam não ser possível aplicar a lei já naquele ano.

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), por exemplo, chegou a decidir neste sentido, ao afirmar que o tribunal guiaria suas decisões com base na legislação que estavam em vigor em 1989.

Um dia depois, porém, o TSE decidiu que anularia todas as decisões do TRE-SP baseadas no entendimento de que a lei não estaria em vigor.

A Folha apurou que essas decisões anteriores deverão ser levadas em conta agora, quando a corte responderá à mesma pergunta de 20 anos atrás. Ganha força no tribunal a tese de que o veto aos "ficha suja" deverá valer já em 2010.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738978.shtml

Serra vê País tomado por um 'patrimonialismo selvagem'

AE - Agência Estado

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez ontem duro discurso contra o governo federal, sem citar o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem o PT, e criticou um "patrimonialismo selvagem" que disse existir no País. "Estamos no momento mais patrimonialista da nossa história. Nem na República Velha, que era um regime oligárquico, tinha um patrimonialismo selvagem como o de hoje." As declarações foram feitas no encontro realizado pelo PPS, em São Paulo, para entregar propostas de governo ao presidenciável.

Para Serra, quando o PSDB esteve no poder, diminuiu no País o patrimonialismo, definido por ele como "usar o governo como propriedade privada". "As práticas do patrimonialismo voltaram ao Brasil em sua plenitude, em tudo que tinha de pior." Ele apontou ainda a existência de "bolchevismo sem utopia", que seria a ideologia de grupos que chegam ao poder e esquecem a ética em nome do partido.

Serra afirmou que o Brasil está batendo recordes da maior taxa de juros do mundo e da maior carga tributária entre países em desenvolvimento, além figurar entre os governos que menos investem. Ele destacou a importância de investimentos de prefeituras e governos estaduais na comparação com os feitos pela União.

Além disso, disse que o Brasil investiu nos últimos anos um terço do nível registrado na economia dos anos 1970 e que São Paulo, durante a sua gestão, triplicou o volume de investimentos.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-ve-pais-tomado-por-um-patrimonialismo-selvagem,555129,0.htm

Datafolha aponta empate entre Serra e Dilma

Estadão

Candidata do PT subiu sete pontos; Instituto aponta primeiro empate na corrida à Presidência da República

SÃO PAULO - A pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), subiu sete pontos e atingiu sua melhor marca até hoje, segundo pesquisa Datafolha, ficando empatada com seu concorrente, José Serra (PSDB). Segundo o instituto, a petista e o tucano estão com 37% da preferência do eleitor. A pesquisa foi realizada na quinta e sexta-feira, com 2.660 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Já a pré-candidata Marina Silva (PV) segue em terceiro lugar, com 12%. A pesquisa apontou que 5% dos pesquisados votariam em branco, nulo ou em nenhum candidato. Os indecisos somam 9% e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Datafolha apontou que o crescimento pode ser relacionado com o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente, com vários comerciais de 30 segundos e um programa de dez minutos.

A alta de sete pontos percentuais é em relação à pesquisa Datafolha de abril - quando Dilma aparecia com 30% das intenções de voto. No mesmo período, Serra perdeu cinco pontos percentuais, já que estava com 42% e Marina manteve a pontuação.

Pesquisa espontânea

Na pesquisa espontânea, quando os candidatos não são apresentados, Dilma também cresceu. Em dezembro, ela tinha 8%, crescendo para 13% em abril e agora, está isolada em 19% em primeiro lugar. José Serra tem 14%. Na mesma pesquisa, 5% dizem votar em Lula, que não pode ser candidato. Outros 3% afirmam votar no "candidato do Lula", e 1% no "candidato do PT". Por isso, virtualmente Dilma teria 28% na espontânea.

Rejeição

Em relação ao índice de rejeição, a petista Dilma Rousseff também conseguiu um boa pontuação, o índice caiu de 24% para 20%, a rejeição de Marina Silva, também reduziu de 20% para 14%. Já o tucano José Serra teve alta na rejeição de 24% para 27%.

O único empate técnico que aparece na pesquisa é em relação ao segundo turno. A candidata do PT tem 46% e o candidato do PSDB tem 45%. Na última pesquisa Serra estava dez pontos à frente, com 50%, contra os 40% de Dilma.

Popularidade de Lula

A pesquisa Datafolha aponta que 76% aprovam o governo Lula. Este número é recorde desde que Lula assumiu em janeiro de 2003.

Lula é o presidente mais bem avaliado desde o fim da ditadura. Fernando Collor (1990-1992) teve 36% e Fernando Henrique Cardoso (1995-2001) chegou a 47%.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,datafolha-aponta-empate-entre-serra-e-dilma,555115,0.htm

21 de mai. de 2010

Ciro Gomes vai apoiar Dilma, garante governador do Ceará

Agência Brasil - Ivan Richard

Brasília - O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), afirmou hoje (21) que seu irmão, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), deve seguir a decisão do partido de apoiar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, nas eleições para a Presidência da República.. Na manhã de hoje, o diretório nacional da legenda oficializou o apoio à virtual candidata petista.

Após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Centro Cultura Banco do Brasil, sede provisória do governo, Cid Gomes disse que não deve existir mágoa pelo fato de o PSB ter desistido de lançar Ciro Gomes como candidato à Presidência.

Para o governador do Ceará, agora, é preciso olhar para frente. “Não é mais hora de olhar para trás. As coisas são assim.. Temos que olhar para frente e tenho certeza que essa será a postura do Ciro também. A decisão do partido foi por não ter candidato [próprio] e pronto. Temos que aceitar e nos submeter a ela”, afirmou Cid. De acordo com ele, Lula perguntou sobre Ciro Gomes, que está em viagem aos Estados Unidos.

Perguntado se o encontro com Lula serviria para tentar resolver o impasse na aliança entre PSB e PT no Ceará, Cid informou que ainda não está discutindo o assunto. Segundo ele, o encontro serviu apenas para tratar de obras do governo federal no estado. Ele acrescentou que só a partir de junho conversará com os partidos aliados sobre as estratégias para tentar a reeleição.

“Até hoje não anunciei que sou candidato, não tratei do assunto e, de fato, tenho me omitido de tratar da sucessão estadual. Primeiro, a questão nacional, depois ouvir o partido e, somente depois disso, vamos começar a conversar com os partidos”.

Cid Gomes adiantou, no entanto, que tem um compromisso público de apoiar Eunício Oliveira (PMDB) na disputa pelo Senado. O problema é que o ex-ministro da Previdência José Pimentel, do PT, também almeja se candidatar a uma das vagas. Essa é uma das causas do impasse para a aliança governista no Ceará.

Edição: João Carlos Rodrigues

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=958359

PSB confirma apoio a Dilma e exige tratamento igual

Folha

MARIA CLARA CABRAL
da Sucursal de Brasília

A direção nacional do PSB confirmou nesta sexta-feira o apoio formal à candidatura de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência da República.

O partido também aprovou resolução que diz que candidatos nos Estados devem preferencialmente apoiar candidatos da base aliada e que todos terão que fazer campanha para a ex-ministra --mesmo aqueles que se coligarem com o PSDB regionalmente.

A decisão acontece depois de quase um mês de o partido desistir de ter candidatura própria. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) insistiu em concorrer, mas estava totalmente isolado e não obteve apoio nem do próprio PSB.

Desde então, ele está sumido da vida pública e também não compareceu ao encontro de hoje. O governador Cid Gomes (CE), irmão do deputado, foi outro que não esteve presente. "Acho que isso mostra que a ferida do fator Ciro ainda existe e está acabando de cicatrizar", disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

Segundo dirigentes, a legenda teria muito a perder nos Estados caso tivesse candidato para presidente. Ainda na tarde desta sexta-feira, a cúpula segue para São Paulo para o lançamento da pré-candidatura de Paulo Skaf para o governo. Lá, por exemplo, PSB e PT estão separados, já que Aloizio Mercadante (PT) também é candidato.

O governador Eduardo Campos e presidente nacional da legenda disse após o encontro que vai exigir que Dilma dê um tratamento igual ao partido nos Estados e que quer que ela suba no palanque de seus candidatos.

"Não tem PT e PSB, ela [Dilma] não é candidata só do PT. Todos terão que ter o mesmo tratamento. De outro jeito seria inaceitável", disse.

A direção marcou a sua convenção para o dia 14 de junho. Até lá, dirigentes devem se reunir para formular um plano de governo a ser apresentado à pré-candidata do PT.

Durante a reunião de hoje, os dirigentes do partido decidiram ainda manter a expulsão do deputado distrital Rogério Ulysses, acusado de participação no esquema do mensalão do DF.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738718.shtml

Cid Gomes apoia candidatura de Dilma

'Não é mais hora de olhar para trás', disse o governador do CE

Rafael Moraes Moura, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse nesta sexta-feira, 21, que vai apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República. Questionado se iria se empenhar na campanha petista, Cid Gomes respondeu: "Claro que sim".

O governador se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Segundo ele, a conversa girou em torno de assuntos administrativos - entre eles, o projeto de uma refinaria da Petrobras que deve ser construída no Ceará.

De acordo com Cid Gomes, o presidente Lula perguntou por Ciro Gomes. "(Ciro) Está nos Estados Unidos, tirou uns dias aí", afirmou o governador.

Sobre a sucessão presidencial deste ano, ele afirmou que não "é mais hora de olhar para trás". "A gente tem de olhar para frente, as coisas são assim".

O governador disse que escuta queixas de pessoas sobre a ausência de Ciro Gomes, seu irmão, na disputa presidencial. "Pessoas chegam a mim e dizem 'Ah, eu lamento muito'. Mas eu tenho de olhar para frente, tenho certeza de que será a postura do Ciro também. A decisão do partido foi de não ter candidato. A gente tem de aceitar e se submeter a ela".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,cid-gomes-apoia-candidatura-de-dilma,554859,0.htm

TSE multa Lula por propaganda antecipada pela 4ª vez

GUSTAVO URIBE - Agência Estado

O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acatou representação impetrada pelo PSDB e multou pela quarta vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada em favor da presidenciável do PT, a ex-ministra Dilma Rousseff. Na representação, os tucanos acusavam o presidente de ter promovido "portentoso ato de campanha eleitoral" em evento na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), em 10 de abril. No mesmo dia, PSDB, DEM e PPS lançavam, em Brasília, a pré-candidatura do ex-governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto.

Desta vez, o presidente foi multado em R$ 10 mil. Além de Lula, participaram do evento e foram multados a presidenciável Dilma Rousseff (R$ 5 mil), o senador petista Aloizio Mercadante (R$ 7,5 mil), o ministro do Trabalho Carlos Lupi (R$ 7,5 mil), o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho (R$ 7,5 mil), o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto (R$ 6 mil), e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (R$ 5 mil).

No despacho, o ministro ressaltou que no discurso feito pelo presidente Lula, num encontro destinado oficialmente à discussão da defesa do trabalho decente, há evidências de que a "única pretensão" era divulgar a pré-candidatura de Dilma. O ministro também salientou que no discurso de Mercadante "houve apologia à candidatura" da presidenciável do PT.

Quanto a Dilma, o ministro lembrou que o PSDB não impetrou "pedido expresso de condenação da representada", mas observou que o discurso proferido por ela "numera as suas características e qualidades, com clara divulgação do que se pode esperar de seu comportamento, inclusive, no curso de campanha eleitoral".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tse-multa-lula-por-propaganda-antecipada-pela-4-vez,554854,0.htm

PSDB pede suspensão de vídeo do PMDB em MG

EDUARDO KATTAH - Agência Estado

O PSDB-MG apresentou hoje uma medida cautelar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo a suspensão da próxima videoaula do PMDB, prevista para ser transmitida via satélite no dia 31 para cerca de 500 municípios de Minas Gerais. A legenda tucana informou que está finalizando uma representação que será ajuizada no TRE contra o PMDB e o pré-candidato do partido ao governo do Estado, senador Hélio Costa, por propaganda eleitoral antecipada.

A acusação é que a transmissão da primeira videoaula do PMDB, na última segunda-feira, teve cunho eleitoral. "O anúncio do partido é que estas videoaulas serão transmitidas de 15 em 15 dias. Por isso, tomamos a decisão pela medida cautelar", disse o secretário-geral do PSDB-MG, deputado estadual Lafayette Andrada.

Acompanhado do advogado do partido, Fabrício de Souza Duarte, Andrada esteve no TRE pela manhã. Junto com a documentação apresentada foi anexado um panfleto de divulgação das videoaulas do PMDB. Conforme o PSDB-MG, no material, a população era convidada a participar da retransmissão por meio de antenas parabólicas.

Interação

O PMDB mineiro afirma que a tecnologia está sendo usada para interagir com sua militância. "A videoaula não é uma propaganda antecipada de campanha política de forma nenhuma. É uma forma de conversarmos, de entrarmos em contato com os nossos diretórios no interior", afirmou o presidente do PMDB-MG, deputado federal Antônio Andrade.

Para o deputado, a tecnologia "assustou" os tucanos. "O nosso partido está muito mobilizado e parece que o PSDB está um pouco assustado com isso", provocou.

Costa não foi localizado. O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), pré-candidato à reeleição, evitou o tema. "Esse é um assunto dos partidos, eu não tenho participação."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psdb-pede-suspensao-de-video-do-pmdb-em-mg,554853,0.htm

Sensus: 33% de atendidos por programas apoiam Serra

AE - Agência Estado

O tucano José Serra é o presidenciável preferido de um terço dos beneficiários de programas sociais do governo - grupo comumente apontado como eleitorado cativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua candidata, Dilma Rousseff (PT). Segundo a última pesquisa CNT/Sensus, dos entrevistados que dizem participar de programas como o Bolsa-Família e o Primeiro Emprego, 46% pretendem votar em Dilma e 33%, em Serra.

O fato de não haver alinhamento automático entre esse eleitorado - que chega a 17% do total - e a candidata oficial enseja duas leituras: ou Dilma tem potencial para crescer, ou está dando certo a estratégia de Serra de prometer "manter e aprofundar" o Bolsa-Família.

"Os atendidos por programas sociais formam um eleitorado cativo do presidente Lula, mas não necessariamente da candidata do PT", disse o cientista político Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília (UnB). "A questão é quanto desses votos Lula conseguirá transferir. E isso ninguém sabe."

O cientista político Amaury de Souza, da empresa MCM Consultores, também identifica o grupo atendido por programas sociais como lulista, mas não necessariamente petista. "Há uma diferença abismal entre voto em Lula e voto no PT." Para ele, os números mostram que Serra acerta "ao se recusar a desempenhar o papel de opositor", fugindo do roteiro do "nós contra eles" preconizado pelo presidente.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,sensus-33-de-atendidos-por-programas-apoiam-serra,554732,0.htm

PSB decide apoiar Dilma e marca convenção

EUGÊNIA LOPES - Agência Estado

O PSB decidiu esta tarde apoiar a candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República e marcou para o dia 14 de junho a convenção do partido para formalizar essa aliança. O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que todos os partidos da base aliada, que apoiam Dilma terão o mesmo tratamento em relação às candidaturas nos Estados. "Dilma não é só candidata do PT. Ela é candidata de um conjunto de partidos e todos esses partidos terão de ser tratados de uma forma respeitosa e equilibrada. De outro jeito seria inaceitável", disse Campos, referindo-se à participação de Dilma nos palanques estaduais.

Campos segue hoje para São Paulo, para o lançamento da pré-candidatura do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo do Estado, pelo partido. Segundo Campos, o PSB tem candidaturas ao governo de 10 Estados e que, no caso do Paraná e da Paraíba, os socialistas já foram previamente autorizados a receber apoio ou apoiar os candidatos tucanos. No Paraná, o PSB vai apoiar o candidato Beto Richa, do PSDB, e na Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB vai ser apoiado pelo PSDB. Em Minas Gerais, o partido ainda não definiu quem apoiará.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psb-decide-apoiar-dilma-e-marca-convencao,554777,0.htm

Partido nanico pede à Justiça para participar de debate entre Dilma, Serra e Marina

Folha

da Reportagem Local

O PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) protocolou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma representação contra a CNI (Confederação Nacional da Indústria). O partido quer participar do debate entre os presidenciáveis promovido pela entidade e previsto para acontecer na terça-feira (25).

O PRTB destacou no documento que a CNI, "ao invés de (sic) convidar todos os reais presidenciáveis, como, por exemplo, o pré-candidato do PRTB, Levy Fidelix", convidou apenas os pré-candidatos Dilma Rousseff (PT), Marina SIlva (PV) e José Serra (PSDB).

Dentre os argumentos, o partido diz que a lei eleitoral prevê, para não ficar configurada a propaganda eleitoral antecipada, tratamento isonômico na participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates.

O PRTB diz também na representação que "eventos do porte realizados pela CNI (sic) são amplamente divulgados em todo tipo de mídia, fato este que prejudica as demais pré-candidaturas existentes em detrimento das chamadas 'principais candidaturas'".

O partido solicita ao TSE que obrigue a CNI a incluir a participação de Levy Fidelix no debate, e pede a concessão de liminar, suspendendo a realização do evento, até que a mesma se enquadre nos preceitos da lei.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738577.shtml

Após queixa de Serra, TV Brasil cria manual para cobertura das eleições

Folha

CATIA SEABRA
da Reportagem Local

A Empresa Brasileira de Comunicação adotará, a partir da semana que vem, um manual para a cobertura das eleições. Além da TV Brasil, a agência Brasil e oito emissoras de rádio serão subordinadas à resolução, que prevê sanção em caso de descumprimento.

Elaborada pelo Conselho Curador da EBC, a resolução não estabelece apenas regras para a cobertura, como a exigência de tratamento isonômico e vedação de reportagens sobre a vida pessoal dos candidatos. Incluirá também normas de conduta, como a proibição de uso de botons ou outras manifestações de preferência eleitoral.

A resolução proíbe a veiculação de reportagens sem identificação da fonte da informação, o "off", e fixa ainda regras para divulgação de pesquisa, priorizando os maiores institutos.

Ontem, a presidente da EBC, Teresa Cruvinel, telefonou para a assessoria do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, para informá-los sobre a resolução e negar a possibilidade de uso político da TV pública.

Na véspera, durante entrevista do candidato, um jornalista da EBC atribuiu a fontes a informação de que Serra extinguiria o Bolsa-Família.

"Tomei a iniciativa de ligar para tratar do incidente. Informei que, nas próximas horas, será divulgada a resolução do conselho", disse Teresa, acrescentando que o documento prevê uma conduta apartidária na cobertura da eleição.

PP

Ontem, Serra foi a Porto Alegre para atuar como fiador da aliança do PP com o PSDB no Rio Grande do Sul.

O tucano também intensificou o assédio ao PMDB gaúcho, dois dias depois de a Executiva nacional da legenda referendar Michel Temer para vice da petista Dilma Rousseff.

A investida de Serra sobre as duas siglas, que integram a base lulista, visa angariar o apoio de máquinas partidárias que controlam 292 das 496 prefeituras do Rio Grande do Sul.

No caso do PP, a formalização da parceria no Estado favorece a aliança nacional, o que garantiria a Serra mais um minuto e meio de tempo de propaganda de TV e rádio.

Em reunião com a presença de Serra, os tucanos ofereceram ao PP a vaga de vice na chapa da governadora Yeda Crusius (PSDB), uma vaga no Senado e ainda a coligação na chapa para deputado federal.

O PSDB nacional enquadrou a seção local, que resistia à aliança proporcional.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738435.shtml

Ministério Público pede ao TSE nova multa a Lula e Dilma por propaganda antecipada

Folha

da Reportagem Local

O MPE (Ministério Público Eleitoral) protocolou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, por prática de propaganda eleitoral antecipada em favor da pré-candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República.

Na representação, o MPE solicita a aplicação de multa no valor de R$ 25 mil aos que fizeram a propaganda irregular.

O MPE afirma que o presidente Lula, junto com os demais acusados, fez propaganda eleitoral antecipada em favor da eventual candidatura de Dilma à presidência durante a solenidade de lançamento do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro, realizada em Ipojuca (PE) no dia 7 de maio deste ano.

Segundo o Ministério Público, a própria idealização do evento "denuncia a irrecusável configuração de ato de campanha eleitoral antecipada", que estaria confirmada nos discursos proferidos na cerimônia.

O MPE cita um trecho do discurso do presidente Lula, que, ao lado de Dilma, diz: "E eu vou dizer uma coisa: eu acho que o que nós fizemos no Brasil não pode mudar. Se a gente deixar este país regredir, nós sabemos que para fazer é difícil, mas para derrubar é fácil. Vocês viram o que aconteceu com a Grécia agora (...)"

O Ministério Público também incluiu entre os acusados o presidente da Transpetro, José Sérgio de Oliveira Machado, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos.

Alberto discursou afirmando que "aqui, presidente, o seu mandato seria igual ao de Fidel Castro. Como Vossa Excelência não quer, nós temos a obrigação de votar em quem o senhor indicar. Seu projeto não é só de desenvolvimento, mas de inclusão social. Bom Dilma para todos".

Afirma o MPE que o enaltecimento das próprias realizações por Lula e a menção à necessidade urgente de dar continuidade às ações de governo pelo sindicalista, em solenidade de grande repercussão e importância, em que se encontrava a própria pré-candidata, ao lado de manifestações de lideranças políticas, governamentais e de representante sindical, "completam o cenário configurador do ato de propaganda eleitoral antecipada".

O Ministério Público avalia que os pronunciamentos destacados, feitos ao lado de Dilma Rousseff, "claramente defendendo a continuidade do governo Lula, caracterizam flagrante propaganda eleitoral subliminar".

"O fato de a representada [Dilma Rousseff] não ter, durante a solenidade em questão, proferido qualquer discurso, não elide sua responsabilidade pelos fatos ora narrados, em razão de ser a beneficiária direta da conduta do representado", destaca o Ministério Público Eleitoral.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738566.shtml

Polícia Federal faz blitz em comitê de Dilma em Brasília

Folha

MATHEUS LEITÃO
da Sucursal de Brasília

A Polícia Federal fez ontem uma blitz no escritório de campanha da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e constatou que a empresa paulista CR 5, contratada pelo PT para realizar a sua segurança, trabalha irregularmente em Brasília.

A blitz foi motivada por reportagem da Folha, publicada no último domingo. A PF descobriu que, dos 4 seguranças que estavam no local, 3 eram contratados pela PK9, empresa de limpeza e conservação do grupo CR 5, como forma de burlar a legislação em vigor para uma empresa de segurança.

Três agentes da Delegacia de Controle de Segurança Privada estiveram no local onde costumam ocorrer reuniões da cúpula da campanha petista e apreenderam os rádios comunicadores dos seguranças, porque eles não apresentaram a licença de frequência da Anatel.

Os seguranças que trabalhavam irregularmente no escritório prestaram termos de declarações. O material apreendido e os depoimentos foram enviados para São Paulo, onde deve ser feito um auto de infração.

A legislação prevê multa tanto para empresa como para o seu contratante, o PT. A CR 5 pode vir a ser proibida temporariamente de funcionar no final do processo.

Conforme a lei 7.102/83 e decretos posteriores, como a portaria 387/06 da PF, para uma empresa paulista, como a CR 5, prestar serviço em Brasília, ela precisa ter uma filial aberta na cidade, com vários requisitos --como um número mínimo de funcionários e um cofre para guardar as armas.

Procurada, a assessoria da pré-campanha de Dilma afirmou que o contrato foi realizado pelo PT, que foi notificado pela contratação.

Ontem, o partido não se manifestou. Mas ao ser procurado na semana passada, informou que o contrato foi enviado para o setor jurídico para análise.

O grupo CR 5 informou ontem que nenhum dos funcionários "da PK9 utiliza arma letal ou não letal, ou seja, não pode ser caracterizado como funcionário de vigilância".

"O leque de serviços autorizados à PK9 inclui recepção, telefonista e copa. Os funcionários na função de controle de acesso em portarias recebem treinamento diferenciado, mais condizente com a demanda de mercado", disse a CR 5.


Alvará

Em São Paulo, o grupo tem alvará para realizar o serviço de segurança patrimonial, ou seja, de estabelecimentos, mas não tem autorização para fazer a segurança pessoal privada, o chamado serviço de guarda-costas.

Segundo a PF, a fiscalização foi realizada no escritório da pré-campanha no Hotel Imperial _embora o comitê inclua a casa de Dilma e o escritório do Lago Sul. Para a PF, foi constatado que o mesmo serviço era realizado nos outros locais e, com isso, não houve a necessidade de ampliar a blitz.

A Folha apurou que o contrato acertado com o grupo CR 5 é de R$ 100 mil a R$ 120 mil.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738439.shtml

20 de mai. de 2010

Partido com ex-verdes apoiará Dilma Rousseff em MG

O Livre é formado por ex-integrantes do PV que deixaram o partido no fim do ano passado após o ingresso da senadora Marina Silva

Eduardo Kattah, de O Estado de S.Paulo

BELO HORIZONTE - Um grupo político baseado numa dissidência do PV realizará um encontro em Belo Horizonte no próximo sábado, 22, para formalizar apoio à presidenciável do PT, Dilma Rousseff. Anunciado como um partido político em processo de legalização, o Livre é formado por ex-verdes - que deixaram o partido no fim do ano passado após o ingresso da senadora e pré-candidata à Presidência, Marina Silva - e militantes diversos.

O ato na Câmara Municipal da capital mineira está sendo tratado como o primeiro encontro nacional da futura agremiação. Os dissidentes já se reuniram com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e solicitaram um assento na coordenação da campanha presidencial da pré-candidata do partido. O presidente do PT-MG, deputado federal Reginaldo Lopes, foi convidado para participar do encontro.

Para Anderson Pomar, ex-integrante do PV, o apoio a Dilma é um "viés natural", já que o grupo conta também com ex-militantes de partidos de esquerda e centro-esquerda. Em 2008, o grupo dissidente tentou emplacar o atual ministro da Cultura, Juca Ferreira, na presidência do PV, mas foi derrotado.

Segundo Pomar, cerca de 250 militantes deixaram o partido no fim de 2009 descontentes com uma revisão programática após a filiação de Marina e seu grupo.

O Livre defende bandeiras polêmicas como a descriminalização da maconha e do aborto, a união civil entre pessoas do mesmo sexo, entre outras. "Quando a Marina entrou no partido a gente sentiu que haveria uma reforma programática e algumas discussões que a gente colocava como pontuais para o Partido Verde acabaram saindo de pauta ou foram jogadas para debaixo do tapete", disse Pomar.

André Fernandes Gomes de Souza, secretário de Comunicação do grupo, disse que já foram recolhidas cerca de 70 mil assinaturas para o registro do novo partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São necessárias quase 500 mil assinaturas. De acordo com Souza, o Livre - cuja sigla significa Liberdade, Igualdade, Verdade, Responsabilidade e Educação - já possui representação em 15 estados. A legenda espera participar com candidatos nas eleições de 2012.

Multipartidarismo

O presidente do PV-MG, Ronaldo Vasconcelos, minimizou a importância do ato em Belo Horizonte. "Eu não chamaria nem de dissidência, mas de alguns ex-membros do PV. Isso não nos preocupa", disse. "Sou democrata por excelência, mas acho que o Brasil já não vive nem um pluripartidarismo e sim um multipartidarismo. Não vejo a necessidade de mais partidos."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,partido-com-ex-verdes-apoiara-dilma-rousseff-em-mg,554369,0.htm

Serra busca apoio de peemedebistas no RS

Estadão

A visita causou certo desagrado tanto ao PMDB, quanto no PSDB, porque foi decidida à última hora sem aviso prévio

PORTO ALEGRE - Dois dias depois de a Executiva Nacional do PMDB ter indicado Michel Temer para a Vice-Presidência na chapa de Dilma Roussef (PT), o pré-candidato do PSDB José Serra foi ao Rio Grande do Sul colher o apoio de deputados peemedebistas que não vão trabalhar pela candidatura da petista do Estado. O tucano almoçou com oito integrantes da bancada estadual do partido e mais o deputado federal Osmar Terra nesta quinta-feira, 20, em Porto Alegre.

Ao sair, disse que a reunião tratou apenas de ideias para o Estado e o País, mas deixou escapar que recebeu manifestações de simpatia a sua candidatura. "Foram manifestações bastante positivas na hipótese de me apoiarem nessa eleição, mas haverá a instância partidária a ser consultada. Não estou interferindo nisso", afirmou.

Apesar das declarações, a visita de Serra ao Rio Grande do Sul causou algum mal-estar tanto no PMDB, quanto no PSDB, porque foi decidida à última hora e as lideranças dos dois partidos não foram avisadas. O coordenador da campanha de José Fogaça (PMDB) ao governo estadual, Mendes Ribeiro Júnior, o presidente estadual do PSDB, Cláudio Diaz, e a governadora Ieda Crusius não tinham conhecimento da viagem quando a agenda já havia sido repassada à imprensa. Houve um arranjo para que Serra incluísse no roteiro a visita ao diretório do PSDB e do PP, partido que vai apoiar sua candidatura no Estado, e também se prepara para fechar um acordo para apoiar a reeleição de Ieda Crusius.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-busca-apoio-de-peemedebistas-no-rs,554374,0.htm

A arma secreta da campanha de Marina

Assessoria da presidenciável do PV negocia com Paulo de Tarso, marqueteiro responsável por campanhas de Lula em 1989 e 1994

Correio Braziliense - Flávia Foreque


Em busca de um melhor desempenho com o eleitorado, a presidenciável Marina Silva (PV-AC) tem recebido o apoio do ex-marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Paulo de Tarso Cunha Santos. A atuação discreta do profissional se deve ao fato de o partido ainda estar em negociações com sua empresa de comunicação para liderar a equipe de comunicação da senadora do Acre. “É provável que, de fato, fechemos com ele”, reconhece um dos coordenadores da campanha, João Paulo Capobianco.

Ele afirma que a escolha do publicitário teve como referência a larga experiência em campanhas políticas, sua identificação com o projeto da pré-candidata e a possibilidade de “custos compatíveis” com a estrutura do partido. Capobianco, entretanto, afirmou que ainda não há uma estimativa das despesas com a área de comunicação.

Paulo de Tarso é chamado entre os verdes de “comunicador político”, já que o núcleo de campanha quer fugir da figura de um marqueteiro que imponha sua opinião à candidata e ao partido. “Marqueteiro gosta de mandar no candidato, e aqui a gente toma decisão em colegiado. Nós não queríamos um supercara”, afirma um membro da coordenação da campanha de Marina. Segundo ele, a tarefa de Paulo será ajudar na composição da fala e da imagem da senadora, além de auxiliar na formação dos discursos. O profissional já auxiliou a senadora, por exemplo, no discurso elaborado para a oficialização da candidatura de Marina Silva, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Segundo uma pessoa próxima da senadora, Paulo de Tarso sugeriu, por exemplo, que Marina adote um tom mais contundente e crítico em sua fala, e evite falar em parábolas, tática corriqueira da pré-candidata.

“Do nosso ponto de vista, não precisamos de uma maquiagem da imagem (da Marina). O que a gente precisa é de pessoas que vão comunicar grandes ideias para o público. Isso é totalmente diferente (do que acontece) nas eleições do Brasil”, disse Capobianco. A equipe de comunicação ainda contará com o apoio, não remunerado, de personalidades reconhecidas na área, como a do cineasta Fernando Meirelles e do publicitário Cláudio Carillo, autor de famosas campanhas de televisão.

Capobianco ressaltou que a coordenação da campanha fugiu da figura do marqueteiro porque esse profissional assumiu um papel de grande destaque nas campanhas políticas nacionais. “Tornou-se quase uma prática (no Brasil) de o marqueteiro ser a principal pessoa da campanha, que diz a roupa, a impostação (de voz do candidato). Isso nós não vamos ter, não combina com o estilo da Marina”, justifica.

O publicitário Paulo de Tarso Cunha Santos foi responsável pela campanha de 1989 de Lula, quando ele chegou ao segundo turno, mas acabou derrotado por Fernando Collor de Melo. Paulo de Tarso, como é conhecido, é responsável pelo famoso grito de ordem cantado até hoje: “Olê, olê olá, Lula Lula”. Ele também é um dos autores do jingle da campanha petista na primeira eleição direta depois da ditadura militar: “Brilha Uma Estrela” que exalta o primeiro voto em Lula.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/20/politica,i=193487/A+ARMA+SECRETA+DA+CAMPANHA+DE+MARINA.shtml

Dilma e Serra atacam defeitos dos governos FHC e Lula

Ambos prometem, se eleitos, administração apartidária

Correio Braziliense - Alana Rizzo | Ivan Iunes


Os três principais pré-candidatos à Presidência disputaram o voto de quatro mil mandatários municipais, durante a Marcha dos Prefeitos. José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) fugiram de temas polêmicos como a questão dos royalties e a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que estabelece um patamar mínimo de repasses da União e dos estados para que os municípios invistam em Saúde. Tensos, Dilma e Serra trocaram acusações de destrato aos prefeitos. Já Marina preferiu questionar a disputa de “currículos” entre o tucano e a petista. Cada presidenciável teve uma hora para apresentar propostas e responder a nove perguntas formuladas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organizadora do evento.

Saúde
Serra defendeu, sem dar detalhes, a criação do Programa de Aceleração da Saúde. O ex-ministro da Saúde cobrou mais garantias para investimentos no setor. Tudo sem onerar os municípios. Crítico da “desaceleração” no desenvolvimento da saúde no atual governo, o tucano cobrou uma gestão mais eficiente. A petista assumiu o compromisso, caso eleita, de regulamentar a emenda 29, que amplia a fatia de recursos para área. “Não sou pessoa que me presto a demagogia. Quando se trata de questões tão relevantes como a saúde da população brasileira, sabemos que houve uma perda de R$ 40 bilhões quando a CPMF foi extinta”, disse. Marina também se comprometeu com a proposta. “Não podemos fazer puxadinhos tributários e não se encarar a reforma que é o problema mais sério no país”.

Troca de farpas
Serra investiu na tese de que, se eleito, não será o “presidente de um partido” e criticou o loteamento político de cargos no atual governo. Dilma também prometeu um governo apartidário e acusou a gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso de ter quebrado o país. “Antes, o Brasil ia quebrar e o responsável pela economia sabia, mas segurava uma situação artificial até a eleição, para depois pagar uma conta ainda mais alta”, disparou Dilma. A ex-ministra do Meio Ambiente atacou o que chama de uma campanha por disputa de currículos. “O Brasil é maior do que os nossos passados individuais, nossos currículos. O Brasil não precisa de um gerente, mas de um líder”, cutucou. Ao encarar a plateia composta por prefeitos — muitos petistas —, Marina chorou ao lembrar da saída do PT. “Não é fácil vir aqui pela primeira vez depois de 30 anos, sem ser do PT, mas eu saí do partido pelo mesmo motivo que eu entrei.”

Calamidades
A pré-candidata do PV sugeriu a criação de um sistema de alerta de catástrofes, coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Esses efeitos não são naturais, de mudanças climáticas. Aprendamos com os nossos erros e a não dar continuidade à morte anunciada de centenas de pessoas a cada ano.” Marina e Serra atacaram a “politização” na hora de liberar recursos para calamidades públicas, em referência direta ao ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima, acusado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de direcionar verbas para a Bahia, estado onde concorre ao governo. O tucano propôs uma força nacional permanente para cuidar de catástrofes naturais. Dilma elogiou as obras de contenção e barragens feitas pelo governo federal.

Royalties
A petista foi aplaudida quando sugeriu que os prefeitos briguem também pelos royalties da mineração. Entretanto, a ex-ministra disse que o assunto é uma questão complexa e que é preciso buscar o entendimento. “Aí está o nosso passaporte para o futuro.” Marina e Serra sustentaram que ano eleitoral não é o momento adequado para discutir a divisão dos royalties do pré-sal. “Isso quebra a unidade do país e cria um clima muito ruim”, afirmou o tucano. “Os royalties devem ser investidos para nova tecnologia de baixo carbono”, sugeriu Marina.

Bastidores
Os quatro mil prefeitos que acompanharam as falas dos presidenciáveis aumentaram ainda mais o caráter já excessivamente eleitoral do encontro. Durante a fala de José Serra, uma mandatária mais exaltada chegou a gritar “Zé Serra do Brasil”. Durante a entrevista coletiva, um par de prefeitos tentava, aos berros, tirar uma foto com o candidato tucano. O intuito era apresentar o “registro” aos eleitores, como marca de influência política. Ao final da apresentação de Marina, um municipalista correu para tentar tirar uma foto com a pré-candidata verde, em vão. Sem conseguir a “relíquia”, o prefeito deu de ombros. “Pelo menos consegui a do Serra. Acho que traz mais votos.” Última presidenciável a falar para os prefeitos, Dilma Rousseff foi saudada com gritos eleitorais, como “Brasil, urgente, Dilma presidente”. Irritado, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, ainda reclamou do apetite eleitoral dos colegas: “Não foi isso que combinamos. É desrespeito aos outros pré-candidatos”, alertou. A maioria nem sequer percebeu a falta de propostas efetivas dos presidenciáveis aos municípios. Valia mais a pena sair bem na foto. Com o futuro presidente ao lado.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/20/politica,i=193458/DILMA+E+SERRA+ATACAM+DEFEITOS+DOS+GOVERNOS+FHC+E+LULA.shtml

PMDB gaúcho adere à campanha de Serra, diz deputado

Por Sinara Sandri

PORTO ALEGRE (Reuters) - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, selou, em viagem a Porto Alegre, o apoio dos deputados estaduais do PMDB gaúcho à candidatura tucana, informou um deputado da legenda.

Serra negou que o encontro desta quinta-feira faça parte de uma estratégia de buscar a base peemedebista descontente com a tendência do partido de apoiar Dilma Rousseff (PT).

"É natural que, em campanha política, procure ficar próximo de quem gosta e de quem tem afinidade", disse Serra a jornalistas, após o encontro.

Não houve um pronunciamento oficial sobre o resultado da reunião e o candidato tucano se limitou a dizer que, apesar de seu propósito não ter sido de "angariar apoios", teria ouvido "manifestações de simpatia" à sua candidatura.

Segundo um parlamentar que participou do almoço, dos nove deputados estaduais que formam a bancada do partido, sete estavam na reunião e seis teriam declarado publicamente apoio a Serra.

"Quando o PMDB gaúcho abre o voto, significa que vai para a campanha", disse um parlamentar à Reuters, sob o compromisso do anonimato.

Apesar de um quadro partidário indefinido e algumas lideranças locais simpáticas à aliança com o PT, o alinhamento do PMDB a Serra não foi visto com surpresa. O propósito do encontro teria sido um gesto simbólico e uma tentativa de fazer um contraponto ao anúncio do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), como vice de Dilma Rousseff.

"O Serra vai fazer disto um contraponto ao Temer. Vai mostrar para o Brasil que os históricos do PMDB, os autênticos, estão com ele", disse o mesmo parlamentar.

O PMDB paulista e o pernambucano também devem aderir a Serra.

Apesar do alinhamento com Serra, os peemedebistas gaúchos ainda não desistiram de apresentar a proposta de candidatura própria a presidente na convenção do partido, mas a iniciativa estaria "perdendo força".

Para o parlamentar, a decisão da bancada terá forte influência no diretório regional e a tendência é o isolamento das lideranças locais simpáticas a Dilma e um efeito em cascata com a adesão de prefeitos e vereadores à candidatura tucana.

PSDB E PP JUNTOS

A visita de Serra em Porto Alegre incluiu uma reunião com a direção estadual do PP.

Os tucanos gaúchos formalizaram uma proposta para a formação da coligação local que pretende reeleger a governadora Yeda Crusius (PSDB).

Pela proposta, os progressistas ficam com a indicação do candidato a vice-governador e de uma vaga no Senado. A aliança estava sendo dificultada pela resistência do PSDB em firmar uma coligação nas candidaturas proporcionais.

O impasse foi resolvido com o acordo de que só haverá coligação na eleição para deputado federal. Para o deputado Jeronimo Goergen (PP), a coligação deve ser anunciada na segunda-feira.

"A visita de Serra mostrou boa vontade. O PSDB não tinha como aceitar a coligação na estadual. Era uma questão de sobrevivência", disse o deputado.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE64J0JQ20100520

Vice de Marina participa de encontro com Al Gore em Nova York

Folha

da Reportagem Local

O empresário Guilherme Leal, pré-candidato a vice-presidente na chapa da senadora Marina Silva (PV-AC), participa nesta quinta-feira em Nova York de um encontro onde estará o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore.

O debate promovido pelo Instituto McKinsey terá a presença de outros 20 representantes de empresas e ONGs e discutirá o desenvolvimento sustentável.

Leal foi convidado pelo instituto por causa da Natura, reconhecida como modelo empresarial entre os ambientalistas.

Também está em Nova York, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que participará de uma homenagem ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ela dará palestra para investidores americanos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u738124.shtml

Programa nacional do DEM na TV terá discurso de Serra

Folha

CATIA SEABRA
da Reportagem Local

O DEM deu início à ofensiva da oposição para garantir visibilidade ao pré-candidato do PSDB, José Serra, em rádio e TV. Sob a direção do jornalista Luiz Gonzalez --coordenador da campanha à Presidência--, o partido já levou ao ar inserções com imagens do tucano.

Além desses comerciais, exibidos apenas nos Estados onde o DEM não tem candidatura majoritária, Serra ocupará parte significativa do programa nacional do partido, no dia 27.

Para reverter tendência de queda nas pesquisas, DEM, PPS, PSDB e PTB deverão dedicar parte de seu programa ao discurso de Serra realizado no lançamento de sua pré-candidatura, no dia 10 de abril, em Brasília.

O argumento é que a aparição não configura pedido de voto, mas uso de cenas de evento do qual o DEM participou.

O programa deve incluir trechos do discurso do presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, e depoimentos dos líderes na Câmara, Paulo Bornhausen, e no Senado, Agripino Maia.

No início do mês, o PPS também exibirá em seu programa cenas do evento. Segundo o presidente nacional do partido, Roberto Freire, Gonzalez tem sido consultado. "Mas o programa é de responsabilidade do PPS."

A oposição aposta nos programas partidários para que pré-candidato recupere vantagem até o início oficial da campanha. "Maio foi o mês do PT. Junho será o de Serra", afirmou o deputado Jutahy Magalhães.

Até lá, a ordem é conter qualquer risco de desânimo às vésperas da convenção do partido, prevista para o dia 12, na Bahia.

Na terça-feira, ao discursar para o PSDB do Ceará, Serra quis mostrar ao partido seu apetite pela disputa. Disse que, recentemente, tem dormido quatro horas por dia. "Não parei desde que deixei o governo. Minha fábrica de adrenalina está fazendo hora extra", afirmou.

Entre tucanos, a avaliação é a de que, no momento, o passe do ex-governador Aécio Neves volta a subir. Embora o partido não esteja otimista, o anúncio de seu nome para vice seria positivo.

Aécio, alegam, ganharia crédito para a disputa das eleições de 2014. Do contrário, poderá concorrer com Geraldo Alckmin pela preferência partidária.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u737839.shtml

19 de mai. de 2010

Dilma viaja de primeira classe a Nova York ao lado de Luciana Gimenez

Folha

ANA FLOR
da Reportagem Local

A pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, embarcou na noite de hoje para Nova York, onde participa de uma premiação para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e faz palestra para investidores.

Dilma e seus três assessores foram os últimos a entrar no voo da American Airline, que partiu de São Paulo.

A petista foi sentada na primeira classe, ao lado da apresentadora da RedeTV! Luciana Gimenez.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u737832.shtml

"Não serei o presidente de um partido", diz Serra

Depois de convidar PT e PV para integrar governo, José Serra volta a pregar unidade em benefício do País

Andréia Sadi e Priscilla Borges, iG Brasília

Determinado a não se colocar como a antítese do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial deste ano, o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra, retomou na manhã desta quarta-feira o discurso da união de forças entre os partidos em benefício do País. Diante de uma plateia de prefeitos, em Brasília, o presidenciável tucano investiu na tese de que, se eleito, não será o "presidente de um partido".

"Eu, quando era ministro da saúde, dizia que não sou do PSDB, sou do partido da saúde do Brasil. E, no governo federal, não vou ser presidente de um partido, do PSDB. Vou ser presidente da nação brasileira", emendou o ex-governador paulista.

Há apenas algumas semanas, durante um debate promovido pelo Congresso Mineiro de Municípios, Serra já havia convidado o PT e o PV a integrarem um eventual governo seu, caso consiga se eleger presidente da República. Desta vez, o ex-governador preferiu aproveitar a oportunidade para destacar novamente seu desempenho à frente do Ministério da Saúde, durante o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.

“Um dos grandes atrasos do Brasil, a meu ver, está na área de saúde. Vamos nos dar as mãos independentemente da filiação partidária", declarou o tucano. “Não pedi carteirinha de partido para ninguém. No Ministério da Saúde, liberava tudo sem olhar partidos políticos”, emendou o ex-governador, que foi o primeiro a se pronunciar durante a sabatina realizada em Brasília com os três principais pré-candidatos ao Palácio do Planalto. O evento faz parte da Marcha em Defesa dos Municípios e tem também a presença da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) e da senadora Marina Silva (PV-AC).

Apesar de pregar a união, Serra disse que o Ministério da Saúde está hoje loteado politicamente e defendeu uma recuperação da “aceleração da saúde”. Pediu ainda o fim do que chamou de “romaria” dos prefeitos em busca de recursos, dizendo que o governo federal voltou a centralizar receitas.

O pré-candidato descartou a possibilidade de criar um novo imposto, como perguntado pelos prefeitos, para garantir recursos para a área social. “A carga tributária no Brasil já é muito alta. Não dá para ficar criando novas contribuições para cada problema. Precisamos de melhor gestão”, disse.

Os prefeitos receberam inúmeros afagos do candidato, que afirmou, por mais de uma vez, que os municípios precisam ser mais valorizados e apoiados. “Quem mais investe no Brasil são os municípios. Os municípios são o lado enfraquecido das discussões”, declarou. Serra prometeu que, se eleito, sentará com os prefeitos para discutir formas de reduzir perdas de receitas e garantir mais investimentos.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/nao+serei+o+presidente+de+um+partido+diz+serra/n1237625937181.html

"Vou de Serra de qualquer jeito", diz Jarbas

Candidato do PMDB em Pernambuco, ele garante que não será “investida” da Executiva do partido que irá barrar seu apoio ao tucano

Andréia Sadi, iG Brasília

O anúncio do PMDB de indicar Michel Temer para a vice na chapa da petista Dilma Rousseff não abalou os planos do senador Jarbas Vasconcelos para as eleições de outubro. Assim como o companheiro de partido Orestes Quércia, Jarbas, que vai disputar o governo de Pernambuco, rejeita a aliança nacional com Dilma e defende uma parceria com o PSDB de José Serra. No entanto, o PMDB ameaça intervir no Estado para barrar o apoio do senador ao principal adversário de Dilma.

“Existe um movimento inusitado dentro do PMDB de agradar Lula, ao PT e a Dilma. O PMDB é uma geleia geral e sempre permitiu que os seus filiados votassem do jeito que quisessem. Eu vou de Serra de todo jeito”, garantiu o senador ao iG.

Ao anunciar a pré-candidatura, Jarbas garantiu que Serra terá um palanque "forte e competitivo" na terra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva . O tucano pediu a Jarbas três vezes para ser candidato.

O senador condenou a eventual interferência do comando nacional do partido no Estado. Segundo ele, não haverá recuo de sua decisão. “Não vai ser uma investida fora de hora da Executiva do partido que vai impedir isso”, disse.

Jarbas vai disputar o cargo com o governador Eduardo Campos (PSB), que conta com o apoio do governo federal e da maioria dos prefeitos do Estado.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/vou+de+serra+de+qualquer+jeito+diz+jarbas/n1237624530814.html

Pré-candidatos fazem promessas em encontro com prefeitos

Serra quer força contra calamidades e Marina, sistema único de educação.
Dilma afirmou que atuará por emenda que amplia verba da saúde.

Robson Bonin e Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

Uma plateia de mais de mil prefeitos se reuniu nesta quarta em um hotel às margens do Lago Paranoá, em Brasília, para ouvir os três pré-candidatos à Presidência da República que ocupam as primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto - Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).

Eles prometeram, caso eleitos, organizar uma força nacional permanente para calamidades (Serra), criar um sistema único de educação (Marina) e atuar para ampliar os recursos destinados à saúde (Dilma).

O encontro fez parte da programação da 13ª Marcha Nacional de Prefeitos. Os pré-candidatos não se encontraram. Cada um teve uma hora para falar e responder a perguntas formuladas pelos prefeitos. As questões - as mesmas para os três pré-candidatos -eram apresentadas em uma gravação de áudio.

O critério de escolha dos concorrentes participantes do encontro foi definido pela Confederação Nacional dos Municípios com base na mais recente pesquisa do Instituto Datafolha.

José Serra

O primeiro a falar, conforme sorteio, foi José Serra. Aplaudido de pé ao entrar no auditório, ele criticou a política de redução temporária de impostos aplicada pelo governo, que, segundo afirmou, teria prejudicado os municípios.

Segundo Serra, é preciso evitar a redução de impostos partilhados pelos municípios e que afetem os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Uma alternativa proposta pelo pré-candidato seria o atraso na cobrança de impostos da União.

“Acho que precisamos construir mecanismos que impeçam essa redução no FPM. Houve uma assimetria porque o governo renunciou à receita e quem mais perdeu foram os estados e municípios”, argumentou.

Ele também defendeu a criação de uma força nacional permanente para agir nas situações de calamidades públicas causadas por catástrofes climáticas e disse “não ser impossível” fazer o mapeamento das áreas de risco dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros.

“Nós vamos organizar uma força nacional permanente para cuidar de calamidades. Disponível para ir para os lugares quando for necessário, preparada tecnológica e cientificamente, preventiva. Por exemplo: temos que ter o mapeamento definitivo de todas as áreas de risco dos municípios do Brasil. Isso não é impossível, não. Temos que ter ação preventiva”, afirmou.

Ex-ministro da Saúde, Serra defendeu garantias para que o setor receba atenção sem onerar os municípios. “Não dá para aprovar lei no congresso que leva a um aumento obrigatório dos municípios sem ouvir os municípios”. Ele apontou uma “desaceleração” no desenvolvimento da

Marina Silva

Inspirada no Sistema Único de Saúde (SUS), a pré-candidata do PV, Marina Silva, prometeu, se eleita, criar o Sistema Único de Educação. “A Conferência Nacional da Educação propôs um sistema único de educação. Eu acho que é uma saída. Da mesma forma que temos o SUS [Sistema Único de Saúde], vamos ter o Sistema Único da Educação, que pense a educação desde a educação infantil até a universidade”, afirmou.

Professora, ela se disse favorável ao aumento dos recursos destinados à educação fundamental de 4% para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e pregou saídas alternativas para a criação de creches que possam solucionar o problemas dos pais e mães de família que não têm lugar para deixar os filhos enquanto trabalham.

“É fundamental que a gente possa ter ação compartilhada buscando saídas inovadoras para questão da cresce. É possível fazer creches comunitárias”, disse Marina. “Como professora e como mãe que já trabalhou e que muitas vezes teve que sair 5h da manhã para deixar a filha na casa de um parente, sei o quanto é importante ter um espaço digno para deixar o filho para poder ir trabalhar”, complementou.

Assim como Serra, ela foi recebida com aplausos de pé pelos prefeitos presentes ao entrar no auditório. A pré-candidata se emocionou ao falar dos 30 anos que passou no PT e disse que deixou o partido para lutar pelo desenvolvimento sustentável no Brasil.

Ela elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo Marina, “Lula foi um líder porque reduziu a pobreza e FHC foi um líder porque criou o Plano Real”. A pré-candidata se emocionou ao falar dos 30 anos que passou no PT e disse que deixou o partido para lutar pelo desenvolvimento sustentável no Brasil.

Na disputa pela Presidência, a pré-candidata do PV se comparou a David, que na mitologia derrotou o gigante Golias ao atingí-lo com uma pedra no olho. Mas ressalvou: “Por favor, não saiam dizendo que eu quero acertar a Dilma ou o Serra na testa com uma pedra. A pedra no lugar certo neste caso é defendendo ideias, projetos de país, aquilo que interessa”, afirmou.


Dilma Rousseff

A exemplo de Serra e Marina, a última a falar aos prefeitos, Dilma Rousseff (PT), foi recebida com aplausos de pé pelos prefeitos presentes ao auditório. Ela criticou a relação entre o governo federal e os prefeitos durante o governo do antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso.

Segundo ela, diálogo não se faz "com cães nem com a polícia em cima dos prefeitos". De acordo com o ministro das o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, “em 1998, quando teve a primeira marcha dos municípios, os prefeitos vieram ao Congresso Nacional e tentaram fazer uma reunião com o presidente da República na época e foram recebidos com cachorros. [Houve uma] mudança na relação federativa, que o presidente [Lula] estabeleceu a partir de 2003”, disse.

Ex-ministra da Casa Civil, Dilma defendeu a distribuição dos recursos dos royalties do pré-sal a todos os municípios, com a participação da Confederação Nacional dos Municípios (CMN) em uma negociação para a criação de um nova regra de distribuição do dinheiro provenienete da extração do petróleo.

A pré-candidata petista defendeu a recomposição das receitas aos municípios, afetadas pela crise econômica mundial. “Diante dessa crise, o governo foi parte da solução. Nós fomos os últimos a entrar e os primeiros a sair. Mas eu acho que essa crise trouxe uma medida compensatória que foi feita em relação à arrecadação das prefeituras. Nós recompusemos as receitas no nível de 2008.”, afirmou.

Dilma disse assumir o compromisso, caso eleita, de regulamentar a emenda 29 para ampliar a fatia dos recursos para a área da Saúde como forma de compensar a perda estimada de R$ 40 bilhões que o setor sofreu quando foi extinta a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

“Assumo o compromisso de lutar pela emenda 29, sobretudo considerando os princípios de universalização de melhoria na qualidade da saúde. Não sou pessoa que me presto a demagogia. Quando se trata de questões tão relevantes como a saúde da população brasileira, sabemos que houve uma perda de R$ 40 bilhões quando a CPMF foi extinta”, disse.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/05/pre-candidatos-fazem-promessas-em-encontro-com-prefeitos.html

Serra volta a criticar política monetária e defende PAC para a saúde

Pré-candidato disse ainda que vai reforçar o Bolsa Família.
Serra também acusou governo de ‘lotear máquina pública’.

Nathalia Passarinho e Robson Bonin Do G1, em Brasília

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, defendeu nesta quarta-feira (19), após sabatina realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a criação de uma espécie de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as áreas da saúde e segurança publica. Segundo o pré-candidato, a saúde “desacelerou” durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Precisamos ter uma espécie de Programa de Aceleração da Saúde, o PAS, como também temos que ter Programa de Aceleração da Segurança. Se quiser juntar os dois, seria o PASS. Programa de Aceleração da Saúde e da Segurança”.

Para Serra é preciso agilizar o tempo de espera para consultas médicas no Sistema Público de Saúde e retomar a realização de mutirões de combate e prevenção de doenças. O tucano também voltou a criticar a política monetária do atual governo. Segundo ele, o Brasil tem a maior carga de juros do mundo, o que onera o consumidor.

“Quero lembrar também que se você pegar as despesas de juros que o Brasil faz hoje, porque entra governo sai governo, nós temos as maiores taxas de juros do mundo, o consumidor brasileiro é o que mais paga juros no mundo”, disse. Segundo ele, os juros praticados hoje pelo Banco Central geram muito mais despesa do que o programa Bolsa Família, que prevê recursos mensais para famílias de baixa renda.

“A despesa do Bolsa Família é menos de 1% da despesa de juros que o atual governo faz, a partir de uma política monetária que é exaltada hoje pelos membros do governo”, criticou. O pré-candidato voltou a dizer que se for eleito não vai acabar com o Bolsa Família e sim “reforçar” o programa. “O Bolsa Família absorveu programas que eu mesmo criei, como foi o caso da Bolsa Alimentação, do Ministério da Saúde. É um programa muito importante, absorveu o Bolsa Escola. Eu, ao contrário [de extinguir], vou fortalecer o Bolsa Família”, disse.

Máquina pública
Serra também criticou a suposta predominância de indicações políticas no atual governo para órgãos públicos. Segundo ele, a máquina governamental está sendo “leiloada” entre partidos políticos.

“A primeira coisa que tem que fazer é melhorar a gestão. Eu estava vendo aí o loteamento das agências. Você partidarizou as agencias. Até deputado que ficou sem mandato você vai lá e taca numa agência. Gente que, evidentemente, está despreparada para enfrentar essas questões. Toda a máquina está sendo leiloada entre partidos”, afirmou.

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/05/serra-volta-criticar-politica-monetaria-e-defende-pac-para-saude.html

Serra diz a prefeitos que não se pode mais fazer generosidade "com chapéu alheio"

Correio Braziliense  

Brasília - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse que se for eleito não admitirá desonerações tributárias envolvendo receitas compartilhadas com os municípios. Em referência à medida tomada pelo governo federal no ano passado de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis e de eletrodomésticos, para dinamizar e economia por ocasião da crise financeira mundial, Serra disse que se tratou de uma medida generosa.

“Tem que acabar o procedimento de generosidade com o chapéu alheio”, disse o ex-governador de São Paulo durante sabatina na 13ª Marcha a Brasília. Serra lembrou que quando era constituinte foi relator do capítulo que trata da questão tributária e que defendeu o aumento de 17% para 22,5% do Fundo de Participação dos Municípios e também o aumento de 20% para 25% da parte dos municípios no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Serra defendeu que em vez de desonerar tributos compartilhados, que, em tempos de crise, o governo adote medidas para adiar repasses dos municípios para a União. “O que se pode se fazer é uma postergação e uma posterior devolução das empresas que obtiveram o benefício da desoneração tributária. Pode-se pensar em um mecanismo intermediário de financiamento na hora em que a empresa tiver que pagar a devolução. Além disso, tem que se exigir a devolução na íntegra de qualquer saldo que for contra os municípios.”

De acordo com Serra, os municípios perderam mais de R$ 1 bilhão com as desonerações concedidas pelo governo no ano passado. Houve uma recompensação, mas para o candidato tucano, não foi suficiente para sanar os prejuízos dos municípios. “O governo diz que compensou, mas não compensou não. Faltou R$ 1 bilhão. O governo devolveu cerca de R$ 2 bilhões, mas as perdas de receitas superaram R4 3 bilhões”, disse Serra.

Serra ainda acusou o governo federal de criar despesas para os municípios sem, no entanto, indicar de onde o município tirará recursos para cumprir. “É o caso do Fundeb (Fundo Nacional de Educação Básica). Para mim isso é inconstitucional. Como o governo aumenta despesas dos municípios sem ouvir os municípios, é inconstitucional, gera despesas de um lado e não está dando recursos do outro, disse. “Não sou contra criar um piso para professores, mas tem que indicar de onde o município e o estado vão tirar recursos”, destacou.

“O governo federal fatura politicamente e os municípios 'desfaturam' socialmente”, disse Serra que recorreu ao filme O Grande Ditador, de Charles Chaplin para exemplificar a relação do governo federal com os prefeitos. “Há o grande ditador que dá ordens para o marechal alemão e por aí vai. Lá na ponta tem o Chaplin, obrigado a executar todas as ordens. Os prefeitos do Brasil são os 'Chaplins' desse processo”, comparou.

Serra admitiu que não é contrário à criação de um novo imposto para a Saúde, no entanto, ele ressaltou que isso só deve ser analisado em um contexto de reforma tributária. Ele também defendeu a aprovação da Emenda Constitucional 29 de vincular 10% da receita da União aos gastos de Saúde.

O candidato tucano defendeu um encontro de contas dos estados e dos municípios com a União. “A União e os estados podem tirar dinheiro dos municípios, mas os municípios não podem dever a União. Sou francamente favorável a um encontro de contas. Vamos fazer”, destacou o candidato que também defendeu a regulamentação do Artigo 23 que define a distribuição de impostos entre União, estados e municípios.

As pré-candidatas à Presidência da República Dilma Rpusseff (PT) e Marina Silva (PV) também participam da 13ª Marcha a Brasília, promovida pela Confederação Nacional do Municípios. Elas ainda responderão a perguntas dos prefeitos.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/19/politica,i=193271/SERRA+DIZ+A+PREFEITOS+QUE+NAO+SE+PODE+MAIS+FAZER+GENEROSIDADE+COM+CHAPEU+ALHEIO.shtml

Com a confirmação da indicação de Temer para a chapa de Dilma, PMDB parte agora para enquadrar os dissidentes nos estados

Correio Braziliense -Tiago Pariz


Ao indicar o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), para compor como vice a chapa da petista Dilma Rousseff, a Executiva Nacional do PMDB traçou estratégia para isolar os dissidentes da legenda favoráveis ao pré-candidato do PSDB, José Serra. A drenagem de infiéis terá a atuação ativa de Temer (1). Ele se dedicará a resolver problemas nos estados e tentará arrebanhar o maior número de prefeitos peemedebistas à empreitada de Dilma. O primeiro compromisso do presidente da Câmara será um encontro na semana que vem com prefeitos correligionários de Santa Catarina com a meta de comprometê-los à sua campanha presidencial.

A investida se repetirá em outros estados com diretórios regionais pró-tucanos, como Rio Grande do Sul e São Paulo. O discurso, para agradar a todos, é liberar os peemedebistas a fazer a aliança com quem bem entenderem na disputa pelo governo estadual, com o compromisso de que trabalhem em uníssono nacional. “Os dissidentes são minoritários, vamos resolver no diálogo e temos tempo para isso”, disse o presidente da Câmara. Uma parte importante da estratégia está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que julgará consulta do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) endereçada ao ex-governador de São Paulo Orestes Quércia e ao senador Jarbas Vasconcelos (PE).

A meta é evitar que os dois façam campanha aberta para José Serra, bem como conter os avanços pró-tucanos em outros estados. Essa orientação tem apoio do Rio Grande do Sul, apesar de o diretório regional ter uma orientação contrária à Dilma Rousseff. “Se o partido tem uma coligação nacional, o estado tem que seguir”, disse o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), frisando que a cúpula do partido não deve se intrometer nas alianças regionais.

Usando São Paulo como exemplo, isso significa que Quércia poderá somente fazer campanha pelo candidato do PSDB ao governo paulista, Geraldo Alckmin, participando da chapa ao Senado, mas sem pedir voto para Serra. Em Pernambuco, o tucano poderá ver ruir sua intenção de ter um palanque de oposição com a candidatura de Jarbas. “Não dá para termos um namoro fiel e chegar no casamento e começar a trair”, resumiu Cunha.

Situação em Minas
Na reunião da Executiva de ontem, havia uma intenção de apresentar uma resolução proibindo militantes de desrespeitar a orientação nacional antes da decisão do TSE, mas para não criar tensões desnecessárias com estados com problemas considerados menores, decidiu recuar. O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), pré-candidato ao governo baiano, e o senador Gerson Camata (ES), posicionaram-se contra a decisão. Geddel vive às turras com o governador da Bahia e ex-aliado, Jaques Wagner, e Camata, apesar de não concorrer a um mandato eletivo, quer fazer campanha para a mulher, deputada Rita Camata (PSDB-ES), que disputará vaga no Senado.

Temer também pretende se dedicar à solução de impasses em estados considerados fundamentais para a aliança. Ele disse que Bahia e Pará estão praticamente resolvidos e que resta o acordo em Minas Gerais. Segundo o peemedebista, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, voltou a se comprometer a anunciar até 6 de junho o acordo mineiro. “Nós consideramos o problema de Minas Gerais resolvido”, disse o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sem querer entrar em detalhes sobre se o acerto contempla o senador Hélio Costa (PMDB-MG) como cabeça de chapa. A expectativa nos bastidores é que o PT anuncie daqui duas semanas que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel abandona a disputa em favor de Costa e se lance ao Senado.

Segundo Alves, o acordo avançou de tal maneira que os dois partidos discutem como será a aliança no estado para a disputa proporcional. A desavença é que o PT aceita coligar-se na eleição para deputado federal, mas não para estadual. Essa proposta desagrada ao deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) que pediu a intervenção do senador Hélio Costa.

A reunião da Executiva Nacional também decidiu convocar a Convenção Nacional, encontro que oficializará Temer e o apoio a Dilma, para 12 de junho, como havia antecipado o Correio.

1 - Viagem
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), começa a tocar já nesta semana uma agenda de pré-candidato a vice. Ele viaja hoje à noite para Nova York. Vai participar de encontro da Câmara Brasileira-Americana de Comércio a partir de quinta ao lado da petista Dilma Rousseff. Na sexta, ele estará ao lado de sua provável companheira de chapa em discurso sobre a eleição presidencial promovido pela Bolsa de Valores de São Paulo na cidade norte-americana.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/19/politica,i=193194/COM+A+CONFIRMACAO+DA+INDICACAO+DE+TEMER+PARA+A+CHAPA+DE+DILMA+PMDB+PARTE+AGORA+PARA+ENQUADRAR+OS+DISSIDENTES+NOS+ESTADOS.shtml

Dilma rebate Serra e diz que fará governo municipalista, sem olhar filiação partidária

Folha

da Reportagem Local

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, foi a terceira e última a ser sabatinada nesta quarta-feira por prefeitos em Brasília. Ela rebateu a crítica de José Serra (PSDB) de que o PT aparelhou o governo e criticou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Faremos um governo municipalista. Não olhamos filiação partidária." Em um ataque aos tucanos, ela afirmou que o atual governo tirou o país de uma "época terrível, sem planejamento".

Dilma disse que época de "prefeitos com pires na mão" foi enterrada pelo governo federal. Mais cedo, Serra disse o contrário.

A petista afirmou que a construção de "creches é uma das coisas mais importantes" do próximo mandato. Ela assumiu o compromisso de, se eleita, lutar por mais recursos para a saúde, mas ressaltou: "Sabemos perfeitamente que houve perda de R$ 40 bilhões quando a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] foi extinta".

Aos prefeitos, Dilma defendeu as desonerações do governo, que acabaram reduzindo o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Mas disse que é contra "fazer bondade com chapéu alheio". "Sou a favor do diálogo para discutir, justamente, o chapéu."

Repetindo ataque feito pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), ela disse que FHC recebia prefeitos com "cães e polícia".

Dilma afirmou ainda que que, além do pré-sal, os prefeitos também devem brigar pelos royalties da mineração brasileira.

Ela disse que a partilha do pré-sal é mais importante que os royalties. "Não estou desfazendo dos royalties. Acho importantíssimo que os prefeitos recebam. Mas jamais descuidem de olhar a receita da partilha."

"Nosso objetivo era distribuir para todos os municípios", reiterou Dilma, acrescentando que, "infelizmente", isso não foi possível.

Dilma foi aplaudida por prefeitos ao afirmar que o Brasil deve ser elevado à quinta economia do mundo não pelo seu PIB (Produto Interno Bruto), mas pelo "nível de vida da sua população".

A petista ainda defendeu dois pontos "inimigos" dos cofres das pequenas prefeituras: piso para o magistério e aumento real do salário mínimo. "Isso [problema de caixa dos prefeitos] não pode ser entrave para darmos os primeiros passos."

Dilma foi a única dos presidenciáveis a deixar o auditório do Hotel Royal Tulip, onde se realiza a Marcha dos Prefeitos, aclamada por gritos dos municipalistas: "Brasil pra frente, Dilma presidente".

Ela encerrou sua participação no debate com os prefeitos afirmando que o presidente Lula "lançou as bases" para o Brasil, mas que "só superando a nós mesmos podemos chegar a ser um grande país".

Marcha

Cerca de 4.000 prefeitos participam da Marcha Nacional em Defesa dos Municípios, que começou ontem em Brasília.

Durante a sabatina, cada pré-candidato teve uma hora para expor suas ideias e responder às perguntas. A ordem foi definida em sorteio. O primeiro a falar foi Serra, seguido por Marina e Dilma. Foram três temas preestabelecidos: pacto federativo, educação e saúde.

Serra afirma que vai criar Programa de Aceleração da Saúde e da Segurança

Folha

GABRIELA GUERREIRO
da Sucursal de Brasília
da Reportagem Local

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou em entrevista coletiva em Brasília que, caso seja eleito, vai criar o PAS (Programa de Aceleração da Saúde e da Segurança).

Sem dar detalhes sobre como seria o programa, Serra disse querer retomar melhorias na área da Saúde, como a realização de mutirões.

O tucano já disse em outras oportunidades que vai criar o ministério da Segurança caso chegue ao poder.

Serra afaga prefeitos, critica PT e promete criar força nacional contra calamidades
Prefeitos sabatinam presidenciáveis em Brasília
Marina defende comprometimento ético e critica governos na questão ambiental

Serra demonstrou irritação durante a entrevista, concedida logo após sabatina com prefeitos. O ápice do mau humor foi ao responder a um repórter sobre a possibilidade de extinguir o Bolsa Família. "Por que a pergunta? Eu gostaria de saber a fonte. Isso é uma mentira. Vou fortalecer o Bolsa Família."

O ex-governador de São Paulo também disparou contra o governo federal. "Toda a máquina pública está leiloada entre os partidos." Para ele, as agências reguladoras viraram lugares de "apadrinhamento político" com "gente despreparada" para enfrentar questões de governo.

Aliados de Serra dizem que o ex-governador estava mau humorado esta manhã porque teve que acordar cedo. O debate com os prefeitos estava marcado para às 9 horas. Serra estava no Twitter ontem até de madrugada.

Homônimo

PAS era também a sigla do Plano de Atendimento à Saúde, implantando em janeiro de 1996 na cidade de São Paulo pelo então prefeito, Paulo Maluf, hoje deputado federal pelo PP. Com a criação do plano, a administração das unidades de saúde foi entregue à iniciativa privada, por meio de cooperativas.

Depois de denúncias feitas à época, auditorias feitas pela Secretaria Municipal de Saúde apontaram que foram gastos irregularmente R$ 43,96 milhões pelas cooperativas nos dois primeiros anos do PAS.

A cidade de São Paulo chegou a ficar sem receber remédios do programa Dose Certa, do governo federal, porque a legislação impedia que fossem entregues à iniciativa privada.

Em 1999, o PAS foi extinto pelo prefeito da cidade à época, Celso Pitta.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u737429.shtml

Marina defende comprometimento ético e critica governos na questão ambiental

Folha

da Reportagem Local

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, foi a segunda a ser sabatinada nesta quarta-feira por prefeitos em Brasília após o tucano José Serra. Ela defendeu que o comprometimento do político deve ser ético, e não motivado só pelo período de eleição, e criticou os governos anteriores na questão ambiental.

Rouca de uma gripe recente, Marina abriu sua fala agradecendo a Deus pela sua presença e acionou o mote mais forte da sua campanha, a questão ambiental. Ela criticou todos os governos anteriores, pois "nada foi feito para evitar as catástrofes que vem sendo anunciadas há muito tempo, desde a Rio 92".

Na área de Educação, ela afirmou que, se eleita, ajudará os municípios a cumprir o piso nacional do magistério. "Quando temos o compromisso ético de fazer as coisas, as respostas técnicas a gente encontra."

Segundo ela, dinheiro pode vir da diminuição da corrupção. "Se não tivermos um comprometimento das três esferas, não tem como não sobrecarregar os municípios."

A pré-candidata verde disse ainda que o desvio de recursos dos municípios para fazer caixa de Estados é lamentável. "Isso aconteceu com verba de programas contra DST/AIDS no Estado de São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul."

A exemplo de Serra, Marina disse que recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) só com uma reforma tributária. "Não estamos em período de ficar fazendo 'puxadinho' tributário."

Para ela, assim como para o tucano, a discussão sobre os royalties do petróleo tem que ficar para próximo governo para não ser contaminada pelo período eleitoral.

Ela não agradou muito a plateia de prefeitos ao afirmar que não basta dizer que vai aumentar os repasses aos municípios. "É preciso também determinar de onde vem o dinheiro e capacitar os municípios para gerir recursos."

Marina voltou a criticar os parlamentares afirmando que "não quero mais ficar 24 anos no Senado". Ela está licenciada do cargo de senadora. "Você vai virando um bonsai, na mesa, as pessoas te podando. É melhor ser uma relva no campo, do que um bonsai dentro do palácio."

A pré-candidata ainda fez uma citação bíblica, se comparando ao Davi que venceu o Golias, e se emocionou ao falar do PT, seu ex-partido.

"Meus companheiros do PT, não é fácil vir aqui, pela primeira vez depois de anos sendo do PT. Saí para realizar um sonho de um Brasil sustentável."

No entanto, encerrou sua fala alfinetando a pré-candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff (PT). "O Brasil é maior do que a força de um gerente." A petista tem como um dos motes de sua campanha a afirmação de que foi a principal gerente do governo Lula.

Assim como Serra, Marina repetiu na sabatina a frase clichê do encontro: "As pessoas não vivem na União ou nos Estados, mas nos municípios", atribuída a Montoro e Ulysses. Dilma a repete dia sim, outro também. O tucano e Marina a usaram hoje.

Marcha

Cerca de 4.000 prefeitos participam da Marcha Nacional em Defesa dos Municípios, que começou ontem em Brasília.

Durante a sabatina, cada pré-candidato tem uma hora para expor suas ideias e responder às perguntas. A ordem foi definida em sorteio. O primeiro a falar foi Serra, seguido por Marina. Por último, Dilma.

São três temas preestabelecidos: pacto federativo, educação e saúde.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u737427.shtml

Serra afaga prefeitos, critica PT e promete criar força nacional contra calamidades

Folha

da Reportagem Local

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi o primeiro a ser sabatinado nesta quarta-feira por prefeitos em Brasília. Ele afagou os administradores dos municípios, criticou o PT e o governo Luiz Inácio Lula da Silva e prometeu, se eleito, criar uma "força nacional permanente contra calamidades".

Serra começou elogiando os prefeitos. Ele disse que, depois que governou uma prefeitura, passou a "compreender muito mais os problemas dos municípios e muitas das questões que foram levantadas".

"Municípios são amigos, são parceiros, não são adversários, entidades para a gente descarregar os nossos problemas. São unidades para somar à solução dos problemas."

Serra foi aplaudido pelos prefeitos ao criticar o "jogo de empurra" que, na sua opinião, prejudica os municípios. O tucano comparou os prefeitos ao filme "O Grande Ditador", em que os subordinados vão repassando as ordens do general e ninguém resolve os principais problemas da corporação.

O tucano ainda criticou a redução do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), provocada, segundo os prefeitos, pela desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) feita pelo governo.

"É muito errado se fazer redução de impostos temporárias, e os municípios pagarem a conta, como aconteceu."

Segundo o pré-candidato, o governo faz bondades com "chapéu alheio", e agora "prefeitos estão com pires na mão em Brasília".

Serra prometeu que, se for eleito, vai ter uma "relação produtiva e respeitosa" com os prefeitos. "O governo nunca vai se meter na na organização e na eleição dos municípios", afirmou.

Ele foi contra os prefeitos apenas quando disse ser inviável a ideia de impedir que congressistas interfiram no Orçamento da União, com a apresentação de emendas.

O tucano fez críticas ao PT e ao governo federal. "O Brasil só vai dar certo se for governado para todos, não é o Brasil dos bons e dos maus."

E ainda atacou a política fiscal do governo. "Os Estados e municípios pesam no equilíbrio da responsabilidade fiscal do país."

Serra afirmou que, no Ministério da Saúde, não fez distinção de partido. "Não pedi carteirinha partidária pra ninguém."

Nas considerações finais, disse que vai ser um presidente apartidário. "Quero conclamar os prefeitos: vamos dar as mãos independente das cores partidárias. No governo federal, eu não vou ser presidente de um partido, do PSDB, mas o presidente da nação brasileira."

Pré-sal

Serra defendeu a divisão igualitária dos royalties do pré-sal entre os Estados produtores e não-produtores. "Eu sou a favor que os municípios e Estados que não têm petróleo recebam benefícios diretos da exploração do petróleo."

Para ele, a votação da emenda dos royalties do pré-sal deveria ficar para depois das eleições. "Num ano como esse, temos que deixar essa questão para ser examinada posteriormente. É um ano muito quente, vai estimular a luta fratricida."

Sobre a possível recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), Serra diz que isso tem que ser discutido no contexto da reforma tributária, que se arrasta há anos no Congresso. "Criar ou não uma nova contribuição tem que se analisada no contexto de uma reforma tributária."

O pré-candidato defendeu a regulamentação da emenda 29, que direciona mais recursos federais para a saúde --uma das principais reivindicações dos prefeitos.

Questionado sobre os repasses da União aos municípios para programas de saúde, Serra criticou o governo federal. "Quem aumentou o gasto em saúde foram os Estados e municípios nos últimos anos, menos o governo federal", afirmou.

O tucano também alfinetou a política de isenção de IPI do governo federal, que acabou acarretando em redução de receita dos municípios. "É um mecanismo perverso", disse.

Marcha

Cerca de 4.000 prefeitos participam da Marcha Nacional em Defesa dos Municípios, que começou ontem em Brasília.

Durante a sabatina, cada pré-candidato tem uma hora para expor suas ideias e responder às perguntas. A ordem foi definida em sorteio. Depois de Serra, fala Marina. Por último, Dilma.

São três temas preestabelecidos: pacto federativo, educação e saúde.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u737380.shtml

Líder do DEM critica Serra, mas aprova tom anti-PT

Folha

da Reportagem Local

Um dos oposicionistas mais críticos à gestão petista no Palácio do Planalto, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), criticou seu candidato à Presidência, José Serra (PSDB), por dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "acima do bem e do mal", embora reconheça que o candidato tucano tem evitado ataques diretos ao presidente.

"Não achei uma frase boa. Ninguém está acima do bem e do mal, ninguém está acima das leis. Mas certamente foi em um contexto e eu não estava presente", diz Maia no vídeo a seguir, gravado pela TV UOL. Apesar disso, o deputado avalia que Serra usa o tom adequado ao poupar Lula e centrar fogo no PT e no governo.

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u737343.shtml

Em debate, Marina Silva defende reforma tributária

CAROL PIRES - Agência Estado

A pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC), pontuou suas respostas, durante debate realizado esta manhã pela 13ª Marcha dos Prefeitos a Brasília, pela defesa da reforma tributária. Ela também ressaltou a conquista de ter sido ministra do Meio Ambiente, apesar de ter sido analfabeta até os 16 anos. "A educação é o que faz a diferença na vida de uma pessoa. Digo isso porque fui analfabeta até os 16 anos. E sei o que é para um pai, para uma mãe, não saber o que será do futuro do seu filho."

Quando questionada sobre os royalties do petróleo, fugiu da polêmica briga entre Estados produtores e não produtores e, sem dizer como será feita a distribuição dos recursos, afirmou que os usará para fazer a transição do atual modelo de economia para outro, de baixo carbono.

Ovacionada ao fim do discurso e aplaudida diversas vezes pela plateia, Marina Silva embargou a voz ao falar dos companheiros do PT, partido no qual ficou filiada por 30 anos, até migrar para o PV. "Não é fácil vir aqui pela primeira vez em 30 anos sem ser mais do PT."

Uma das primeiras perguntas dirigidas a Marina foi se, uma vez eleita presidente, insistirá na criação de um novo imposto para financiar gastos em Saúde ou defenderá que a União invista 10% das receitas correntes no setor. Hoje, Estados são obrigados a investir 12% em Saúde. Municípios investem 15%. A senadora escolheu a segunda opção. "Não estamos mais no tempo de fazer puxadinhos tributários. Não encaramos o que é fundamental neste País, que é a reforma tributária", disse.

Os prefeitos também criticaram o fato de o governo fazer "bondade com chapéu alheio", quando, por exemplo, desonerou impostos para enfrentar os efeitos da crise e, em contrapartida, deixou o Fundo de Participação dos Municípios com menos recursos. Marina Silva disse que as desonerações não são ruins por si só, mas deve haver, segundo ela, uma reforma tributária para solucionar o problema.

Marina Silva deu continuidade ainda a um tom de discurso usado pelo presidenciável José Serra (PSDB) no debate anterior, quando permeou as respostas com afagos aos prefeitos. "Não dá para continuar fazendo com que as prefeituras assumam responsabilidades sem que os valores dessas responsabilidades não sejam igualmente repassados", disse, sobre o fato de hoje, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os municípios serem responsáveis pela execução de 309 programas federais.

Biografia

Além de ressaltar o fato de ter sido analfabeta até os 16 anos, Marina Silva também listou a experiência que tem na luta pela preservação do meio ambiente, o mandato de senadora da República que renova a cada eleição desde 1994 e o cargo de ministra do Meio Ambiente no governo Lula.

Marina Silva disse, por exemplo, que usará essa experiência para resolver os problemas das catástrofes naturais enfrentadas pelo País nos últimos anos, como os deslizamentos nos morros habitados no Rio de Janeiro e as enchentes no Sul do País. Segundo ela, essas catástrofes não são "naturais", e sim "resultado das mudanças climáticas".

Marina Silva, no entanto, admitiu que não cobiça mais o cargo de senadora da República. "Não quero ficar mais 24 anos no Senado, porque quando você fica muito tempo no Senado você fica igual a um bonsai. Paradinho, pequenininho, numa mesa. É melhor ser uma relva no campo do que um bonsai no Senado."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,em-debate-marina-silva-defende-reforma-tributaria,553857,0.htm