27 de mar. de 2010

Serra abre 9 pontos sobre Dilma e se isola na frente

da Folha Online

O pré-candidato à Presidência do PSDB, José Serra, abriu nove pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT), mostra pesquisa Datafolha publicada na edição deste sábado da Folha (íntegra disponível somente para assinantes do jornal ou do UOL). O tucano tem 36% e a petista 27% das intenções de voto.

Na pesquisa realizada em fevereiro, Serra tinha 32% e Dilma 28%.

Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% (tinha 12% em fevereiro). Marina Silva (PV) está estacionada e manteve os 8% obtidos no mês passado.

Em um eventual segundo turno, o tucano venceria a petista por 48% contra 39%.

A pesquisa, registrada sob o número 6617/2010, foi realizada nos dias 25 e 26 com 4.158 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u712827.shtml

26 de mar. de 2010

PT e PSDB disputam apoio de partidos nanicos para aumentar tempo de TV

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Os chamados partidos "nanicos", com pequena representação política no Congresso, se tornaram alvo de disputa das grandes legendas nas eleições presidenciais de outubro. Nos bastidores, PT e PSDB deflagraram uma corrida em busca de apoio dos "nanicos" com o objetivo de aumentar o tempo de exposição de seus candidatos no horário político no rádio e TV --além de futuras alianças para um governo de coalizão.

Legendas como o PHS, PSC, PTC e PT do B vem sendo procuradas por caciques tucanos e petistas em busca de aliança. Pela legislação eleitoral, o tempo de rádio e TV conta a partir da coligação de cada candidato. Se os "nanicos" atenderem ao chamado da aliança, passam a integrar as coligações e, automaticamente, cedem o tempo da propaganda eleitoral para o candidato.

O PSC, por exemplo, vai ter 36 segundos na propaganda política à Presidência da República. O tempo, somado com o do PHS (22 segundos) e com o do PTC (24 segundos), permite que o candidato do PSDB ou PT tenha mais de um minuto extra na sua propaganda eleitoral.

Segundo a Justiça Eleitoral, a distribuição do tempo reservado à propaganda eleitoral é feita entre os partidos que tenham representação na Câmara dos Deputados. Aqueles que possuem maiores cadeiras na Casa têm maior tempo de rádio e TV.

Maior bancada na Câmara, o PMDB deve formalizar aliança com o PT nas eleições presidenciais. O partido, sozinho, tem mais de três minutos na propaganda eleitoral. Somado com o tempo do PT, o candidato garante mais de cinco minutos em rede nacional diariamente --uma exposição estrategicamente calculada pelas legendas que disputam o Palácio do Planalto.

Pelo seu tamanho, o PMDB é tradicionalmente o partido mais cobiçado na disputa eleitoral pelo seu peso nas urnas e na propaganda eleitoral. Apesar da cúpula da legenda dar a aliança com o PT como certa nas eleições de outubro, parte da legenda defende a candidatura própria à Presidência da República. Um terceiro grupo de peemedebistas é favorável à aliança com o PSDB, que vai lançar a pré-candidatura do governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto no início de abril.

Barganha

Em troca das alianças, os partidos têm como regra pedir contrapartidas às legendas cabeças de chapa, especialmente no que diz respeito a cargos no governo eleito. Nos bastidores, os cobiçados "nanicos" vem negociando cargos e espaço futuro no Executivo numa espécie de "moeda de troca" das alianças.

Aliado do governo Lula, o PMDB comanda seis ministérios. Para garantir tamanho espaço no governo, os peemedebistas abriram mão de lançar candidato ao Palácio do Planalto nas três últimas eleições --já que, antes de aderir ao governo Lula, o partido era aliado do PSDB em nível nacional.

Outras legendas aliadas do governo, como o PC do B, ocupa o Ministério dos Esportes desde o início do governo Lula. O PP, o PSB e o PDT também comandam uma pasta cada num --numa demonstração de que os acordos pré-eleitorais são compensados depois da vitória nas urnas com a divisão de espaço no primeiro escalão.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u712504.shtml

PV adia anúncio de candidatos ao governo e Senado em SP

colaboração para a Folha Online

O Diretório do PV em São Paulo adiou o anúncio dos candidatos do partido ao governo paulista e ao Senado, que estava marcado para próxima segunda-feira. Segundo o partido, houve um problema de agenda dos pré-candidatos.

A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência, também era esperada para a reunião, mas não irá mais participar. Haverá um encontro da direção estadual, que não definirá os nomes dos candidatos.

Ao governo de São Paulo, são pré-candidatos o ex-deputado Fábio Feldmann; o deputado e ex-prefeito de Guarulhos, Jovino Cândido; o secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, Marcos Belizário; e o ambientalista Rogério Menezes.

Para o Senado, podem ser candidatos o ex-presidente do Instituto Ethos Ricardo Young e os dirigentes do partido Marco Antonio Mroz e Vera Motta.

Uma das estratégias para fortalecer a candidatura de Marina Silva é ter candidatura própria em todos os Estados com exceção do Acre, onde ela irá apoiar o senador Tião Viana (PT).

Em quatro Estados, o partido já tem pré-candidatos escolhidos. No Rio de Janeiro, o deputado Fernando Gabeira irá disputar o governo. Já na Bahia, o escolhido é o deputado Luís Bassuma e, em Minas Gerais, deputado Zé Fernando. O PV também deve ter candidato em Santa Catarina com o vereador Fabiano Piovezzan.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u712493.shtml

Serra deixa governo de São Paulo no dia 31 de março

YGOR SALLES
da Folha Online

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta sexta-feira que deixará o governo na próxima quarta-feira, 31 de março. "Isso já estava anunciado", afirmou em evento no Palácio dos Bandeirantes.

Na sexta-feira passada, Serra admitiu que é candidato à Presidência, no entanto não falou em datas. Durante a semana, partidos aliados do governador --PSDB, DEM e PPS-- anunciaram a festa de lançamento da pré-candidatura para o dia 10 de abril.

Com a saída de Serra, até o final do ano o governador de São Paulo será o vice, Alberto Goldman (PSDB).

O prazo de descompatibilização para quem vai disputar eleições em outubro termina no dia 2 de abril, que é feriado da Sexta-Feira Santa. O dia 1 de abril é evitado pelos políticos por ser conhecido como o Dia da Mentira.

Não só Serra sai do governo na próxima quarta, a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), pré-candidato ao Senado ou provável vice da chapa tucana, já anunciaram que deixarão seus cargos nesse dia.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u712465.shtml

Aécio critica falta de ajuda federal em obras de Minas e promete apoiar Serra

da Folha Online

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), criticou hoje a falta de ajuda do governo federal na conclusão de obras em seu Estado. Entre as obras citadas por Aécio estão o metrô de Belo Horizonte, além de ligações asfálticas.

"O governo federal tinha seis cidades sob sua responsabilidade, pequenos trechos com doze ou quinze quilômetros, totalizando cerca de 200 quilômetros. [...] Infelizmente as seis cidades que eram responsabilidade do governo federal não tiveram sequer os seus projetos feitos", disse. "O que eu gostaria efetivamente em relação ao governo federal é que eles tivessem nos ajudado em algumas ações importantes, como no metrô da capital."

Questionado sobre a campanha do governador José Serra (PSDB), que deve disputar a Presidência, Aécio afirmou que está à disposição do colega. "Ele já tem esse meu apoio. Eu vou estar ao lado do Serra porque eu acho importante para o Brasil iniciar um novo ciclo na gestão pública."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u712450.shtml

Lula nega campanha antecipada e diz que oposição faz barulho por razões políticas

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta sexta-feira propaganda eleitoral antecipada em favor da presidenciável petista e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e afirmou que a oposição faz barulho por razões políticas.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu multar Lula em R$ 10 mil por propaganda antecipada, em janeiro deste ano, na inauguração do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo. O tribunal também já havia aplicado multa de R$ 5.000 ao presidente por supostamente ter feito campanha para Dilma na inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas localidades de Manguinhos e Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em maio do ano passado.

"A decisão do TSE não é definitiva, de maneira que meus advogados vão entrar com recurso. Espero que a multa seja anulada, uma vez que, no meu entendimento, não houve nem tem havido campanha antecipada, nem dissimulada. O fato concreto é que todo esse barulho é feito pela oposição por razões políticas", disse ele em entrevista ao jornal "A Tarde", de Salvador.

Segundo Lula, o governo tem o dever de mostrar à sociedade de que maneira está aplicando os recursos dos impostos. "Estamos prestando contas à população e mostrando nossos serviços, como devem fazer todos os governos. Não podemos ser penalizados por tomar iniciativas, por criar programas, por investir em obras mais do que necessárias, que há muito tempo já deveriam ter sido feitas por outros governos."

O petista também falou sobre as pesquisas eleitorais e a campanha petista ao Planalto. "No meu entendimento, assim que ela [Dilma] deixar o cargo, o ritmo do seu crescimento pode ser acelerado. Afinal, livre das obrigações de governo, que não são poucas, ela terá todo o tempo livre para as articulações e posteriormente para se dedicar de corpo e alma à campanha."

Lula afirmou que a aceitação do nome da ministra na população já é muito forte e vem crescendo cada vez mais. "Eu acho que o seu crescimento é devido sobretudo à sua capacidade de trabalho, à sua dedicação, ao fato de estar inteiramente comprometida com o projeto político que vem mudando a cara do nosso país."

Bahia

O presidente comentou ainda sobre a disputa na Bahia, em que PT e PMDB assumem campos opostos na sucessão estadual com as pré-candidaturas do ministro da Integração, Geddel Vieira Lima (PMDB), e do governador Jaques Wagner (PT).

"Se dependesse do meu desejo, assim como nos demais Estados, na Bahia também haveria palanque único. Mas a esta altura sei que aqui no Estado será muito difícil conseguir. O que eu tenho a dizer aos concorrentes da nossa base de apoio é: disputem de maneira civilizada, respeitosa, façam uma competição no campo das ideias, das propostas para a Bahia, e mantenham a união no plano federal em torno da candidatura comprometida com o nosso projeto político, que está transformando o Brasil."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u712371.shtml

Grevistas de SP preparam novos atos contra Serra

CATIA SEABRA
CLAUDIA ROLLI
FERNANDO TAKAHASHI
da Folha Online

Sob o comando das centrais sindicais, servidores de São Paulo se organizam para intensificar manifestações contra o governo Serra nessa temporada pré-eleitoral. Além de professores e funcionários da Saúde --representados por sindicatos filiados à CUT --o sindicato dos metroviários se reúne no dia 30, véspera da despedida do governador José Serra, para organizar novos protestos.

O cerco começa hoje. Além do risco de Serra enfrentar protesto numa inauguração em Presidente Prudente, a parcela dos professores da rede estadual em greve, ligados à Apeoesp, promete reunir 100 mil na frente do Palácio dos Bandeirantes, em assembleia para decidir se mantêm a greve.

Preocupado, o governo tenta blindar Serra, reforçando a segurança e suspendendo a divulgação da agenda via email.

Segundo o presidente do sindicato dos metroviários e da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes, a intenção é reunir os servidores num mesmo ato incluindo os da Sabesp e Prodesp - com apoio da CGTB.

Gomes - que já concorreu ao Senado pelo PCdoB - nega inspiração eleitoral. "As manifestações sempre aconteceram. Como não tinha eleição, não chamava atenção", disse.
As centrais preparam para 1º de junho uma assembleia em que apresentarão reivindicações para os candidatos à Presidência. Originalmente, as centrais planejavam convidar apenas a petista Dilma Rousseff. Hoje, a ideia é convidar todos os postulantes, certos de que só ela irá.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u712344.shtml

Marina diz ter "ligação de sangue" com siglas

Folha - BRENO COSTA


A pré-candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva (AC), disse ontem a uma plateia de prefeitos e vereadores paulistas de diversos matizes ideológicos que possui uma ligação de sangue com "todos os partidos" e defendeu alianças com eles.

"Em cima de princípios éticos duradouros, nós podemos fazer alianças pontuais. Eu digo que eu tenho glóbulos brancos e vermelhos [elementos que compõem o sangue] em todos os partidos", disse Marina.

A senadora concedeu palestra sobre educação e desenvolvimento sustentável para cerca de 400 autoridades municipais, durante o 54º Congresso Estadual de Municípios, em Serra Negra (150 km de São Paulo).

Na semana passada, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, que pediu licença do PV após o partido avaliar que ele estava se engajando no apoio à ministra Dilma Rousseff, pré-candidata petista à Presidência, disse que os verdes estavam sofrendo de "escoliose para a direita" e que uma candidatura com viés oposicionista de Marina será um "equívoco histórico".

No Rio de Janeiro, o PV fechou um acordo com PSDB, DEM e PPS, em fevereiro, para lançar o deputado federal Fernando Gabeira como candidato à sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB).

No mesmo mês, o PV anunciou a entrada do economista Eduardo Giannetti da Fonseca, de linhagem liberal, na equipe responsável por elaborar o programa de governo de Marina.

"Essa luta nos integra, porque PSDB, PMDB, empresário, trabalhador, militante e cientista, todos precisam de água potável, de terra fértil, de ar puro. Essa é uma luta que não se enquadra nas categorias tradicionais", disse Marina.

Sobre a recente decisão de abdicar de um marqueteiro político centralizador para a sua campanha, que terá um tempo de propaganda exíguo na TV e no rádio, a pré-candidata do PV disse, em entrevista após o evento, que as decisões de uso de sua imagem serão tomadas "sem descaracterizar a minha imagem, [a partir] de uma relação entre profissionais e coordenadores de campanha".

Segundo ela, sua preocupação é criar "uma nova linguagem em política", que respeite o "estilo que cada um tem".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u712337.shtml

Eleição entra em nova fase

Folha - Kennedy Alencar

O usual é a oposição tentar antecipar a disputa eleitoral, levando o governo a postergar o embate. No segundo mandato de Lula, aconteceu o contrário. O presidente da República preferiu entrar em campo bem cedo. E fez isso com competência.

Hoje, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, é uma candidata consistente e competitiva. Institutos de pesquisa já a consideram favorita. Lula demonstra confiança na vitória. Sonha com uma conquista no primeiro turno.

Na oposição, reinou certa desorganização. PSDB e DEM não se entenderam. O candidato sempre foi o governador de São Paulo, José Serra, mas ele resistiu o quanto pôde a assumir a postulação. Já a admitiu, mas não muito. Coisas da conhecida indecisão tucana.

Portanto, o jogo tem sido favorável ao campo governista. Até a crise econômica de 2008-2009 ajudou Lula. O presidente a gerenciou com habilidade, tomou decisões econômicas corretas e contestadas à época. E teve sucesso.

Enquanto isso, Serra fez previsões equivocadas sobre a crise. Pelo que dizia o tucano, 2010 seria um ano de forte ressaca da crise, propiciando um ambiente econômico desfavorável ao projeto eleitoral do governo. Aconteceu o contrário. O cenário econômico da eleição será benéfico para Dilma.

Olhando assim, parece que a eleição está decidida.

Mas faltam mais de sete meses para o voto ser depositado na urna. Serra não é um adversário fraco, como foi Geraldo Alckmin para Lula em 2006. Só agora a oposição entrará em campo para valer. Apresentará o seu mais forte jogador. O tucano tem a simpatia de boa parte da imprensa. Divide o coração do empresariado com Dilma --em alguns setores, é mais benquisto do que a petista.

Serra jogará a maior cartada de sua carreira política. Está na vida pública desde o começo dos anos 60.

Tem os meios e a disposição para jogar duro contra adversários e inimigos. A retórica pública doce em relação a Lula, dizendo que o petista está terminando bem o governo, não deve servir a ilusões. O PSDB prepara artilharia pesada para enfrentar Dilma.

Será interessante acompanhar essa nova fase da eleição, na qual o time da oposição terá de assumir diretamente o combate ao governo.

Avaliação apressada

Uma parcela do PSDB subestima Dilma. Não são poucos os senadores e deputados tucanos que a veem como uma candidata frágil, um poste de Lula. Ela enfrentou a ditadura e torturadores. Disciplinada, deu prova de inteligência política ao virar a candidata de um partido complicado como o PT. Se falta experiência eleitoral, ganhou preparo político nos últimos tempos. Amadureceu. Não é mais a inábil ministra daquele desastrado dossiê contra FHC elaborado na Casa Civil.

Salto alto

Pessoas que estiveram recentemente com Lula saíram com a impressão de que ele está excessivamente confiante na vitória de Dilma. Em outros momentos em que se julgou poderoso demais, Lula cometeu erros que custaram caro à sua administração.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/kennedyalencar/ult511u712328.shtml

25 de mar. de 2010

Serra e Dilma disputam conquistas na área de saúde

ANNE WARTH, ENVIADA ESPECIAL - Agencia Estado

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, travaram hoje uma disputa em torno das realizações dos governos federal e estadual na área da saúde. Em cerimônia para entrega de 650 ambulâncias da rede de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para 573 municípios do País, na fábrica da Rontan, em Tatuí (SP), os principais pré-candidatos à Presidência da República fizeram discursos enaltecendo suas conquistas e os benefícios que levaram à população.

Saudada pelo nome por uma plateia formada por trabalhadores da empresa, Dilma, pré-candidata do PT, destacou que o evento representava o "casamento" entre o desenvolvimento social e o econômico. A ministra disse que, até o final do ano, o País contará com uma frota de 3,8 mil ambulâncias do Samu. "Sabemos o quanto é terrível você precisar de um atendimento médico e não ter acesso a ele de forma imediata", disse a ministra. "Num País que quer ser grande, a saúde também tem de ser grande", afirmou.

Dilma ressaltou ainda que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou a contratação de funcionários públicos na área da saúde e não apenas fornece ambulâncias para governos e prefeituras, mas paga o custeio do serviço. Ela aproveitou para fazer afagos aos prefeitos do País. "Os prefeitos e prefeitas são elementos fundamentais para que o Brasil cresça. O governo federal não consegue levar sozinho essa política generosa que é implantar o Samu e dar cobertura para 100% dos brasileiros", reconheceu.

"Achamos que é importante não só dar a ambulância, mas participar do custeio. Eu queria lembrar que aqui, em São Paulo, o governo federal participa também do custeio, ou seja, tira dinheiro do bolso e ajuda a pagar médicos, enfermeiros e, obviamente, a sustentar esse projeto que é o Samu", salientou a ministra.

Ex-ministro

No front tucano, por sua vez, Serra destacou a importância do setor da saúde na criação de empregos no País. "É um setor que emprega muita gente, não apenas médicos, mas profissionais da saúde. Esta é hoje uma frente muito grande de expansão de emprego produtivo no Brasil e em São Paulo", afirmou. De acordo com o governador, o setor emprega 700 mil pessoas somente no Estado de São Paulo. Ele voltou a lembrar em discursos sua experiência como ministro da Saúde do governo FHC para fazer elogios ao Sistema Único de Saúde (SUS).

"A partir não da minha experiência de médico, mas de ex-ministro e observador, posso afirmar que temos um SUS que é o melhor das Américas", declarou. De acordo com ele, uma pesquisa feita no Estado apontou que 600 mil usuários do SUS deram ao sistema nota média de 8,65 em termos de qualidade, numa escala de 0 a 10. "Isso dá uma medida da qualidade do serviço. O mais importante é o trabalho de cooperação de Estados, municípios e governo federal", elogiou.

O governador citou ainda que o governo de São Paulo investiu em dez novos hospitais e em 1,2 mil leitos nos últimos anos, o que permitiu uma média de 5 mil atendimentos emergenciais por dia. Serra declarou ainda que considera que o atendimento no SUS é uma forma de transferir renda para a população. "O que vai em matéria de saúde para as pessoas é uma forma de transferência de renda. Não é dinheiro no bolso, mas é atendimento e serviço", explicou. "Temos de aperfeiçoar nosso sistema de saúde e torná-lo cada vez maior, com atendimento de primeira classe", salientou.

CPMF

Em entrevista coletiva, ao ser questionado sobre a sua opinião a respeito da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), depois que Lula criticou a derrubada do imposto no Senado Federal, Serra disse ter sido o articulador da ideia de transferir os recursos arrecadados por meio do tributo para investimentos em saúde.


"A ideia de que a CPMF seria para custear a saúde foi minha", reclamou a autoria. "Na minha gestão no Ministério da Saúde, foi feito o melhor investimento na história da saúde", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-e-dilma-disputam-conquistas-na-area-de-saude,529124,0.htm

Serra e Aécio afinam discurso tucano contra 'plebiscito'

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

No encontro reservado que tiveram ontem, os governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) discutiram o discurso a ser adotado pelo PSDB na eleição presidencial para fugir da estratégia traçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estabelecer uma disputa plebiscitária entre o seu governo e o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse o mineiro. Serra fez questão de convidar Aécio para o lançamento de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, no próximo dia 10, em Brasília. Hoje, o governador de Minas reafirmou que confia numa vitória do colega paulista no momento em que a disputa se der apenas entre os candidatos.

"O embate ainda não começou. No momento em que o embate se der entre os candidatos, entre as histórias dos candidatos, entre a visão do Brasil dos candidatos, nos limites a qual cada um estará amarrado, eu acho que nós temos chances reais de vencer essas eleições".

Ainda na noite de quarta-feira, após ser homenageado com um jantar oferecido por empresários mineiros, Aécio assegurou que a candidatura a vice-presidente na chapa tucana não foi tratada na conversa."Falamos do discurso do PSDB, como o PSDB deve se apresentar daqui por diante como construtor do futuro, para fugirmos dessa comparação (entre os governos Lula e FHC) que não tem sentido, até porque é comparação de dois momentos absolutamente distintos na vida brasileira. E acho que o governador Serra está encontrando esse caminho do discurso".

Para o governador mineiro, o candidato tucano deve se apresentar ao eleitorado brasileiro reconhecendo avanços na atual gestão, mas deixando claro "que não existiria o governo do presidente Lula se não tivesse havido o governo do presidente Fernando Henrique".

Os dois governadores tucanos irão se desincompatibilizar dos cargos no próximo dia 31. Enquanto Serra já marcou data para assumir sua pré-candidatura presidencial, Aécio resiste aos apelos para que componha como vice numa chapa puro-sangue do PSDB e tem reiterado que será candidato a uma cadeira no Senado. O governador de Minas alega que contribuirá mais para a campanha presidencial permanecendo no seu Estado, onde trabalha com afinco para eleger como seu sucessor o vice, Antônio Anastasia (PSDB).

Aécio coordenou hoje, na Cidade Administrativa, uma reunião gerencial de balanço dos programas e ações de sua gestão. Ao final, alfinetou o governo federal, afirmando que o maior mérito da administração petista foi não ter rompido com a política macroeconômica do governo FHC. "No campo da gestão pública, não houve qualquer inovação no governo federal", acrescentou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-e-aecio-afinam-discurso-tucano-contra-plebiscito,529144,0.htm

PT trata aliados como empregados, diz Ciro

LUCIANA NUNES LEAL - Agencia Estado

Em entrevista ao programa "3 a 1", da TV Brasil, exibido na noite de ontem, o pré-candidato do PSB à Presidência da República, deputado federal Ciro Gomes (CE), disse que o PT trata os aliados "como empregados" e que exige respeito do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ciro reiterou que não é candidato a vice, mas a presidente, e que se considera "mais preparado" que a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff.

"Sou aliado do PT. Mas sou aliado que exige respeito. O PT tem mania de tratar seus aliados como seus empregados. Eu exijo respeito", afirmou o deputado. "Acho que o PT teme que eu ultrapasse a Dilma na campanha. E se o PT teme que eu vá passar a Dilma, eu, que estou trabalhando nas unhas, então ela vai perder para o Serra", disse, citando o futuro candidato do PSDB, o governador de São Paulo, José Serra.

Para Ciro, a inexperiência de Dilma em disputas eleitorais pode prejudicá-la. "A Dilma tem grandes dotes, mas pode cometer erros na campanha eleitoral porque nunca foi candidata", disse. Ciro Gomes disse que atendeu a um pedido do próprio presidente Lula quando transferiu a domicílio eleitoral para São Paulo, o que abriu a possibilidade de ser candidato a governador.

"O Lula me pediu para transferir meu título eleitoral para São Paulo. Falei para ele: ''Presidente, é uma honra, mas não estou preparado para governar o Estado de São Paulo''", contou o pré-candidato socialista aos entrevistadores. Segundo Ciro, a única "força" capaz de demovê-lo da decisão de disputar o Palácio do Planalto "é o Partido Socialista Brasileiro".

O deputado criticou o Banco Central, apesar do elogio ao presidente da instituição, Henrique Meirelles. "O Meirelles é ótimo, mas só quer perseguir a menor inflação", afirmou. "O Banco Central constrange o crédito."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-trata-aliados-como-empregados-diz-ciro,529154,0.htm

'Esperança, mais uma vez, está vencendo o medo', diz Dilma em SP

Ministra, que participa hoje de 'maratona' de eventos, repetiu bordão de Lula da campanha de 2002

Rosana de Cassia e Anne Warth, da Agência Estado
A pré-candidata do PT à Presidência da República e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse há pouco que o País está vivendo um momento de transformação que passa pelo governo, sociedade e empresas e pelas pessoas também. "É aquele movimento em que o Brasil dá um passo para a frente, ergue a cabeça e nós podemos transformar o nosso Brasil. Vamos fazer isso centrados nessa imensa força e com este sentimento de esperança que, mais uma vez, vem vencendo o medo no Brasil."

A afirmação da ministra recupera o bordão que ficou famoso na campanha presidencial de 2002, quando o candidato tucano à Presidência, José Serra, enfrentou o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Neste ano, Dilma deverá enfrentar Serra numa disputa que promete ser bastante acirrada.

A ministra, o presidente Lula e o governador tucano participam nesta quinta-feira, 25, em Tatuí, interior do Estado, da cerimônia de entrega de 650 ambulâncias na fábrica da Rontan. É o primeiro evento de uma vardadeira 'maratona' da qual participarão Dilma e Lula hoje em São Paulo. A ministra fez uma entrega simbólica de chaves para ambulâncias que vão abastecer 573 cidades brasileiras. O evento conta também com outras autoridades, como o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, um dos cotados para ser vice na chapa de Dilma.

Após a solenidade em Tatuí, o presidente e a ministra se deslocam para a Vila Vicentina, em Osasco, onde participam da cerimônia de inauguração e entrega de unidades habitacionais e de saneamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

À tarde, em São Bernardo do Campo, Lula e Dilma participarão da cerimônia de abertura do 2º Congresso de Mulheres Metalúrgicas do ABC, em São Bernardo do Campo, e, à noite, do jantar em comemoração ao Dia Nacional da Comunidade Árabe no Brasil, no Clube Atlético Monte Líbano, na capital. Ainda nesta quinta-feira, Lula e Dilma embarcam para Ilhéus, na Bahia, onde participarão amanhã do lançamento do edital da ferrovia Leste-Oeste.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,esperanca--mais-uma-vez--esta-vencendo-o-medo--diz-dilma-em-sp,529006,0.htm

Aécio diz que embate ainda não começou e Serra tem "chances reais" de vitória

da Folha Online

O governado de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que o embate eleitoral ainda não começou e o presidenciável tucano, José Serra, tem "chances reais de vencer" as eleições.

"O embate ainda não começou. No momento em que o embate se der entre os candidatos, entre a história dos candidatos, entre a visão de Brasil dos candidatos, os limites a qual cada um estará amarrado, acho que temos chances reais de vencer essas eleições e vejo no governador José Serra toda qualidade, toda história política para vencer e ser um grande presidente de República."

Pesquisa CNI/Ibope divulgada na semana passada mostra um salto da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, na disputa à Presidência.

Dilma obteve 30%, fazendo sua diferença para o governador de São Paulo desaparecer. O tucano tem 35%. Na pesquisa anterior, Dilma aparecia com 17%.

"Temos que ter muita serenidade nesse momento. Vejo algumas pessoas um pouco aflitas, ansiosas, é natural. Mas a nós, que cabe uma responsabilidade maior, temos que ter muita serenidade e muita tranquilidade", disse Aécio.

De saída do governo de Minas, o tucano fez hoje um balanço de sua administração. "Eu estou muito feliz. Estou muito sereno. É claro que eu sei que temos demandas enormes pela frente. Uma obra de governo é e será sempre uma obra inconclusa, como eu disse. As demandas são permanentes, mas eu tenho muita fé que vamos continuar avançando. Passo o governo ao vice-governador Antonio Anastasia na certeza de que teremos a governar Minas Gerais um homem extremamente preparado com a visão de futuro, audaz."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711954.shtml

Oposição convoca encontro para lançar tucano

PSDB começou ontem a distribuir convite para evento com participação de DEM e PPS, seus principais aliados

Christiane Samarco, Ana Paula Scinocca - O Estadao de S.Paulo


O PSDB começou a distribuir ontem o convite formal para o lançamento da candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra. Assim como o PT, que montou um Congresso Nacional do partido para formalizar a candidatura da ministra Dilma Rousseff, os tucanos decidiram "inventar" um Encontro Nacional no dia 10 de abril, em Brasília, com a participação dos principais aliados: DEM e PPS.

O formato de encontro é a versão tucana do congresso petista, que estes e outros partidos adotam para driblar a Lei Eleitoral. As regras atuais proíbem lançamentos de presidenciáveis antes de as candidaturas serem oficialmente registradas em convenção dos partidos. Para não dar conotação de comício à festa de Serra, o PSDB teve o cuidado de escolher um local fechado para o anúncio. A reunião será realizada no salão do Centro de Eventos Brasil XXI, no centro de Brasília, alugado por R$ 18 mil.

Não por acaso, os presidentes dos três partidos assinam o convite. Para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, o PSDB fez questão de dar conotação "partidária" ao evento. Decididos a livrar o candidato de questionamentos jurídicos futuros, os tucanos também seguiram a orientação de advogados, que sugeriram a elaboração de um documento conjunto, do PSDB, DEM e PPS, ao final do encontro.

Até ontem, no entanto, nem os tucanos sabiam dizer do que vai tratar o texto. Uma das alternativas cogitadas é de reunir no documento os discursos dos presidentes dos partidos aliados.

O PSDB ainda está à caça do mote que poderá se converter em eixo da campanha, a exemplo do que foi o Real e a derrota do "dragão da inflação" para o então candidato Fernando Henrique Cardoso em 1994. Em conversas de bastidor, o tucanato bate na tecla do "candidato experimentado" que dá segurança para manter as conquistas e avançar. Dizem que só "um líder testado" tem capacidade de liderar o País para vencer os desafios políticos e administrativos do futuro.

Para garantir o sucesso da festa, o PSDB quer reunir duas mil pessoas, entre políticos, intelectuais, empresários e personalidades do mundo das artes. "Não haverá militância paga no nosso encontro", afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). O objetivo é "facilitar a ida a Brasília" da militância engajada, que desembarque no encontro com entusiasmo o suficiente para passar a ideia de candidatura vitoriosa.

Ao mesmo tempo em que os funcionários do PSDB distribuíam os convites, Guerra reunia-se com os principais líderes dos três partidos na Câmara e no Senado, para pedir empenho na festa. "O sentimento é de olhar para frente, superar os problemas e fazer campanha", disse.

Os organizadores do evento contam com a presença de pelo menos 500 prefeitos do PSDB, DEM e PPS, além de governadores, deputados e líderes aliados como o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e o senador Jarbas Vasconcelos, dissidente do PMDB que vai garantir palanque para Serra em Pernambuco, onde disputará o governo.

O encontro está previsto para durar apenas quatro horas ? de 9h às 13h ? e Serra só deve participar da metade final da festa. Por isso, os organizadores preveem apenas quatro oradores: os três presidentes de partido ? Guerra, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Roberto Freire (PPS) ? e Serra, é claro.

Mas alguns tucanos defendem que o governador mineiro, Aécio Neves, também seja chamado a discursar, num gesto que mostraria a força política da candidatura que nasce no maior colégio eleitoral ? São Paulo, e tem respaldo de Minas, o segundo.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100325/not_imp528888,0.php

Mobilização nacional por Dilma

Diretórios estaduais e municipais do PT serão acionados para produzir conteúdo jornalístico durante a campanha eleitoral

Correio Braziliense  | Flávia Foreque | Tiago Pariz


A cúpula da campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, quer mobilizar os diretórios regionais do PT para ajudar na comunicação eleitoral da pré-candidata ao Palácio do Planalto. A ideia é produzir material de divulgação para televisão, rádio e internet, aproveitando o efeito multiplicador da estrutura disponível da militância petista nos estados.

O deputado André Vargas (PT-PR), secretário nacional de Comunicação, ficou responsável por sintonizar as equipes dos diretórios estaduais e municipais na empreitada palaciana. A proposta é estimulá-las a produzir conteúdo jornalístico, e não apenas panfletário, típico de propaganda eleitoral. O mentor da comunicação de campanha é o publicitário João Santana. A estimativa do ex-tesoureiro do partido Paulo Ferreira é que, só de comunicação, gaste-se cerca de R$ 80 milhões durante toda a campanha, 40% do total, estimado em R$ 200 milhões. “Ela terá condições de falar com o Brasil por meio da estrutura do PT”, disse.

A legenda conta com a Rádio PT, acessada pela internet, estúdio e equipe de rádio em Brasília e o espaço a ser utilizado pela pré-candidata. A Secretaria de Comunicação também reúne o cadastro utilizado pelos petistas nos estados para fazer a divulgação com os eleitores. “Todos os parlamentares têm redes próprias e vamos aproveitar isso”, afirmou.

A ministra deixa o cargo na próxima semana. Ela aproveitará o feriado da Páscoa para fazer a mudança da residência oficial, localizada na Península dos Ministros, para uma casa de três quartos também no Lago Sul. O aluguel será bancado pelo PT — a sigla diz apenas que o custo fica entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. O partido também dará um salário a Dilma, como antecipado pelo Correio, que deverá unificar seu vencimento como ministra, de R$ 12,5 mil, mais R$ 5,3 mil, por integrar o Conselho de Administração da Petrobras. O PT negocia com um hotel de Brasília para alugar um andar inteiro e transformá-lo em escritório político da campanha.

Tabloides
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou, ontem, a criticar a cobertura dos veículos de comunicação. “Fico imaginando daqui a 30 anos, quando alguém quiser fazer uma pesquisa sobre a História do Brasil e sobre o governo Lula e tiver que ficar lendo determinados tabloides. Esse estudante vai estudar uma grande mentira neste país”, afirmou. O presidente também demonstrou confiança na vitória de sua pupila na eleição de outubro, apesar da ordem no PT ser evitar o salto alto. “Não posso dizer quem vai ser (o futuro presidente) porque vamos aguardar. Apesar de na minha cabeça eu ter consciência do que vai acontecer neste país este ano.” As declarações de Lula foram feitas durante o balanço do programa Territórios da Cidadania, voltado para comunidades rurais.

RITMO DE DESPEDIDA
A uma semana de deixar o cargo para concorrer à cadeira de deputado estadual no Rio de Janeiro, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (PT), cumpre uma extensa agenda na reta final à frente da pasta. Ontem, ele começou o dia em um encontro com o presidente Lula e diz ter garantido a vitória dos ambientalistas em relação às mudanças no Código Florestal. “A orientação do governo face ao código é em cima do acordo com a agricultura familiar. Ou seja, não serão derrubadas as proteções das florestas brasileiras.” Ontem, Minc também divulgou um plano de sustentabilidade para a Amazônia. Hoje, lança o Inventário Nacional de Emissões de Gases Poluentes. Os eventos se estendem até o fim de semana. No Rio, ele participará de mobilizações de ONGs e de encontro com o presidente do BNDES para discutir recursos para o Fundo da Amazônia. Em seu penúltimo dia de trabalho, participará de operações de combate ao desmatamento.


» Uma indigestão chamada Ciro
Denise Rothenburg

O presidente Lula cansou. Aos amigos, tem dito que o deputado Ciro Gomes, do PSB, passou dos limites. E, por isso, não receberá mais o socialista para dizer que a candidatura do governo à Presidência da República é apenas a da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nem para afirmar que está magoado com a série de entrevistas em que Ciro não poupa críticas ao governo e ao PT, sempre levantando a história do mensalão petista, algo que Lula deseja esquecer. O presidente está decidido a repassar essa tarefa para o PSB, presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Lula está decidido a tentar minar a candidatura de Ciro “por dentro”, ou seja, chamando setores do próprio PSB para conversar sobre a inconveniência de o governo ter Ciro como candidato criticando o PT. Está disposto a derrotar o deputado eleito pelo Ceará até mesmo numa convenção dos socialistas. Até porque, tem dito Lula, dadas as críticas que Ciro faz ao PT, o Planalto considera que ele colocou um pé na oposição.

Ontem, por exemplo, no programa 3x1 da TV Brasil, Ciro voltou a bombardear a sigla e o governo. “O PT está acostumado a tratar seus aliados como se fossem seus empregados e a destratá-los, como faz com o PCdoB”, disse Ciro, citando o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. “Dirceu não está fora (do jogo político)”, afirmou, ao reclamar da ida de Dirceu ao Ceará para dizer ao governador Cid Gomes (PSB) que, se Ciro fosse candidato a presidente, o PT iria contra ele (Cid) no Ceará. “Teve ainda o desplante de fazer a mesma coisa com o Eduardo Campos em Pernambuco. Não é assim que se trata um amigo, parceiro ou companheiro.”

O deputado disse estar mais preparado do que a ministra: “Dilma tem um grande histórico, mas pode cometer um erro no processo político eleitoral porque nunca foi candidata a nada”, afirmou. “Sou, por ter mais estrada, o mais preparado para o debate. Isso não diminui a Dilma. Se o país escolhê-la, estará com uma grande presidente. Não tenha dúvida disso. Mas eu tenho mais experiência do que ela”, comparou. Na contabilidade do Planalto, foi a 10ª vez que Ciro soltou a metralhadora contra o governo. E está tomando um caminho sem volta.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/25/politica,i=181850/MOBILIZACAO+NACIONAL+POR+DILMA.shtml

Durante encontro em Belo Horizonte, Serra e Aécio firmam acordo

Correio Braziliense

Os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, ambos do PSDB, tiveram um encontro na tarde desta quarta-feira (24/3) em Belo Horizonte. O motivo da reunião é a assinatura de um termo de cooperação entre os dois estados no âmbito tributário e na área de segurança pública.

Este deve ser o último encontro dos tucanos com Aécio ainda à frente do Executivo mineiro. Ele afirmou que vai deixar o cargo no dia 31 para que possa disputar uma vaga no Senado nas próximas eleições. No entanto, Aécio garantiu que estará ao lado de José Serra, quando este anunciará oficialmente a sua pré-candidatura à Presidência da República, no próximo dia 10.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/24/politica,i=181787/DURANTE+ENCONTRO+EM+BELO+HORIZONTE+SERRA+E+AECIO+FIRMAM+ACORDO.shtml

Ligada ao PT, entidade nega ação eleitoral em greve dos professores de SP

CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

Hoje no encalço do governador e potencial candidato à Presidência, José Serra (PSDB), a Apeoesp (sindicato dos professores da rede de São Paulo) tem a imagem associada ao PT, o que alimenta, no governo, o discurso de que sua mobilização tem inspiração eleitoral.

Filiada ao PT, a atual presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, teve como antecessor Carlos Ramiro Castro, o Carlão, suplente do senador Eduardo Suplicy (PT).

Na eleição da direção do sindicato, em 2008, a chapa vitoriosa, Articulação Sindical, era apresentada pela oposição (integrada por PSTU e PSOL) como petista.

A composição da diretoria é proporcional ao resultado das eleições, contemplando correntes à esquerda do PT.
Ao deixar a presidência da Apeoesp, Ramires assumiu o comando do Conselho de Servidores, encarregado da negociação com o governo.

Enquanto os sindicatos negam qualquer motivação eleitoral, integrantes do governo insistem na vinculação política. "Essa greve é, desde o começo, eleitoral. A greve foi decidida em dezembro", disse o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, para quem o sindicato tenta se vitimizar.

Afirmando que defende uma política salarial para a categoria, Maria Izabel reage ao discurso corrente no governo Serra: "Não estamos num estado democrático de direito? Ele não é do PSDB?".

Na queda de braço, a Apeoesp acusa o governo de autoritarismo. "O governo não abre canal de negociação. O que é lamentável", diz ela.

Já o governo recorre a textos do ano passado em que a Apeoesp conclamava o "bota-fora" de Serra para alegar que o movimento estava decidido.

Líder do PT na Assembleia, Antonio Mentor afirma que o governo está terceirizando sua responsabilidade pela insatisfação da categoria. "Quiséramos nós ter esse poder de fogo para estar em todos os lados."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711736.shtml

"Sou candidato a presidente, não a vice", diz Ciro Gomes

Agência Brasil | Pedro Peduzzi

Brasília - O deputado Ciro Gomes (PSB/CE) afirmou hoje (24) que não abrirá mão da disputa pelo Palácio do Planalto neste ano mesmo na hipótese de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convidar para ser vice na chapa da petista Dima Rousseff. "Sou candidato a presidente, não a vice", disse, em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar hoje às 23h.

Ciro afirmou também que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu continua atuando nos bastidores das próximas eleições e que, inclusive, tem ameaçado alguns governadores – entre eles, seu irmão Cid Gomes, do Ceará – caso não apóiem a candidatura de Dilma Rousseff. Ele ainda criticou a forma como o Partido dos Trabalhadores trata seus aliados. José Dirceu não quis comentar as afirmações de Ciro Gomes.

Durante quase uma hora de entrevista à TV Brasil, Ciro criticou tucanos e petistas e apresentou as mudanças que faria, caso fosse eleito, principalmente na condução da economia.

“Sou um aliado do PT. Agora, sou um aliado que exige respeito. O PT está acostumado a tratar seus aliados como se fossem seus empregados e a destratá-los, como faz com o PCdoB”, disse Ciro. Segundo ele, prova disso é a forma como o José Dirceu atua nos bastidores, quando encontra-se com governadores.

“Dirceu não está fora [do jogo político]. Ele foi visitar o governador do Ceará [Cid Gomes, irmão de Ciro] e disse com toda a delicadeza que se o irmão dele fosse candidato a presidente do Brasil, ia fazer o PT ir contra a ele [Cid] no Ceará. [Dirceu] Teve ainda o desplante de fazer a mesma coisa com o Eduardo Campos em Pernambuco”, afirmou. “Não é assim que se trata um amigo, parceiro ou companheiro.”

Ciro disse, ainda, que o PT teme que a pré-candidata Dilma Rousseff seja ultrapassada por ele, no decorrer da campanha. “Eu tento dizer aos companheiros do PT que se o Lula, com a força legítima e a popularidade extraordinária e merecida que tem, não tiver segurança de que a Dilma ganha as eleições de mim, que estou trabalhando apenas com as unhas, é porque ela vai perder para o Serra. E aí será uma tragédia. O Brasil vai voltar aos anos do FHC.”

A utilização da mídia, pelo PSDB, para atingir a candidatura de Dilma também foi enfaticamente citada pelo pré-candidato durante o programa. “Isso já começou. Vocês vão ver na grande mídia. Vai ser uma pancada por semana na Dilma. Vão pegar José Dirceu, [Fernando] Pimentel [coordenador de campanha da Dilma], depois vão pegar o fundo de pensão de Furnas...”, disse pouco antes de ressaltar que não estava fazendo nenhum tipo de juízo sobre esses temas.

“É cruel. O brasileiro talvez não tenha idéia do que é enfrentar a máquina clandestina de difamação que o PSDB de São Paulo montou. Eu já passei por isso”, ressaltou Ciro.

Ciro criticou também a polarização das eleições entre “os amigos do Lula e os amigos de FHC'. Segundo ele, isso é prejudicial ao país porque acaba dando menos importância aos outros cargos que serão disputados.

“Quem manda [no país] não é o presidente. É o Congresso Nacional. Por isso pretendo dizer em minha campanha ao cidadão: 'se você quer votar em mim, então me dê deputados e senadores'.É assim que funciona”, argumentou. “E só eu posso dizer isso, porque o Serra está com uma banda de podridão e a Dilma está com a outra.”

“Dilma tem um grande histórico, mas pode cometer um erro no processo político eleitoral porque nunca foi candidata a nada", afirmou. "Sou, por ter mais estrada, o mais preparado para o debate. Isso não diminui a Dilma, que é uma pessoa extraordinária e de muito valor. É uma grande administradora, gosta do Brasil, é decente. Se o país escolhê-la, pode saber que estará com uma grande presidente. Não tenha dúvida disso. Mas eu tenho mais experiência do que ela.”

A Agência Brasil contatou a assessoria de José Dirceu, além da direção nacional do PT e do PSDB para comentar as declarações de Ciro Gomes. Nem José Dirceu nem o PT quiseram se manifestar sobre o assunto. Já a executiva nacional do PSDB declarou que “ao ser retirado de sua base eleitoral, o Ceará, Ciro Gomes foi jogado em um vácuo político. Não tendo o que fazer, depois que foi enganado e rejeitado pelo PT, o deputado, que já foi condenado quatro vezes pela Justiça por difamação, faz o que lhe resta: o uso da língua de aluguel”.

http://www.agenciabrasil.gov.br/?q=node/2803

Se eleito, Ciro aposta que unirá PT e PSDB para governar

Por Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - O deputado Ciro Gomes tem um sonho e uma certeza. Se eleito presidente da República teria no centro de sua coalizão de governo os principais adversários do país: PT e PSDB.

"Eu vou governar com os dois", apostou o pré-candidato nesta quarta-feira. "Nós estamos prontos para fazer a estabilidade da política brasileira."

A tese dessa improvável aliança não é nova. Em 1994, foi Ciro, à época filiado ao PSDB, quem fez o convite a Luiz Inácio Lula da Silva. Oferecia uma chapa do tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) com o petista, naquela mesma hora rejeitada pelo hoje presidente.

Na ocasião, o PT apostou na crítica ao Plano Real e chamava a política de estabilização de "truque" para vencer as eleições". Oito anos mais tarde, Lula assumia o Executivo federal mantendo todos os pilares econômicos de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

"Isso já é uma realidade em vários Estados", argumentou o parlamentar, citando a experiência de Minas Gerais. Lá, os dois partidos se juntaram para eleger Márcio Lacerda, do PSB de Ciro, prefeito da capital. O pacto foi abençoado por Lula à época.

Pré-candidato à sucessão nacional --mas ainda sem o apoio de sua legenda-- Ciro Gomes tenta viabilizar-se. Apesar de gostar dele, Lula não o quer na disputa. Teme que sua presença no pleito tire votos da ministra Dilma Rousseff (PT).

"Na medida em que o PSB não confirmou minha candidatura, todas as possibilidades permanecem", reconheceu. "Só quem me tira da disputa é o PSB e minha mãe."

O recado é claro. Embora verbalize constantemente lealdade ao presidente da República --de quem já foi um fiel ministro--, deixa claro que sua definição não está, necessariamente, a reboque de um apelo de Lula.

Ele não é o único pré-candidato a defender essa união. A senadora Marina Silva (PV-AC) chegou a afirmar recentemente que PT e PSDB cometeram nos últimos 16 anos um erro histórico ao não pactuarem juntos a governabilidade do país.

A lógica de Ciro e Marina é diminuir a dependência de partidos que hoje constituem as maiores forças do país, caso do PMDB --legenda constantemente acusada de fisiologismo, inclusive por Ciro Gomes.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE62N0JD20100324

Meirelles vai pensar sobre futuro no final de semana

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira que vai decidir sobre seu futuro no final de semana.

"Infelizmente acho que não vou ter tempo para tirar férias, portanto terei que pensar no assunto no fim de semana", disse Meirelles a jornalistas, ao ser perguntando se deve deixar o BC na semana que vem para poder concorrer às eleições de outubro.

"Vamos aguardar a próxima semana, eu vou conversar com o presidente (Lula). Teremos também o fim de semana para pensar. E, como eu disse, em alguns tipos de decisão --algumas pessoas falam que só falta aí até o dia 2 de abril-- eu falei, dependendo das circustâncias, isso pode ser uma eternidade, tem muito tempo ainda para pensar."

Há meses o mercado aguarda a decisão de Meirelles sobre seu futuro político. Ele precisa deixar o BC até 3 de abril se quiser concorrer a algum cargo nas eleições de 2010. Seu nome tem sido cotado, principalmente, para disputar uma cadeira no Senado por Goiás ou tentar ser o vice da chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), na disputa presidencial

Uma fonte do governo, sob condição de anonimato, disse que a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Meirelles ocorre já na segunda-feira.

Em Goiás, a expectativa é de que Meirelles possa participar de um evento pré-marcado para terça-feira, no qual o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), deve se lançar candidato ao governo do Estado. Iris deseja o presidente do BC a seu lado disputando uma vaga ao Senado.

Um ministro de Estado disse à Reuters que Meirelles estaria de malas prontas para deixar o BC. Outra fonte, que conversou nesta quarta-feira com um ministro da área econômica, foi na mesma linha. Este último afirma que o presidente do Banco Central deixaria a instituição, mas só decidiria seu futuro político mais tarde.

(Reportagem de Isabel Versiani, Fernando Exman e Natuza Nery)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE62N0VQ20100324

Serra e Aécio se reúnem em Minas para assinar atos de cooperação

BRASÍLIA (Reuters) - Em um movimento de aproximação política, os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, assinaram nesta quarta-feira dois convênios de cooperação nas áreas tributária e de segurança pública.

A cerimônia, realizada em Belo Horizonte, voltou a reunir os dois tucanos antes da campanha eleitoral. Ambos queriam representar o PSDB na eleição presidencial de outubro, mas o partido optou pelo governador paulista. Líderes da oposição passaram então a pressionar para que o mineiro aceitasse ser vice de Serra, o que Aécio tem rechaçado.

"O objetivo foi mais administrativo, mas não deixa de ser um ato político", disse à Reuters um auxiliar próximo a Aécio que pediu para não ser identificado.

O evento também serviu para o governador de Minas tentar demonstrar a Serra que se empenhará na campanha presidencial. Um sinal, disse o aliado de Aécio, foi a presença de 34 prefeitos de municípios mineiros na cerimônia.

Os dois governadores devem deixar os cargos nos próximos dias para poder concorrer a cargos eletivos. A legislação eleitoral estabeleceu o prazo para a desincompatibilização em 3 de abril. O lançamento da pré-candidatura a presidente de Serra foi agendado para 10 de abril.

(Reportagem de Fernando Exman)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE62N0W820100324

José Serra vai a Minas para afagar Aécio Neves

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O governador de São Paulo, José Serra, foi à sede do governo de Minas nesta quarta-feira afagar publicamente o seu "querido amigo" Aécio Neves --o candidato a vice-presidente dos seus sonhos do grupo de Serra, pré-candidato do PSDB. Os dois puderam conversar longamente.

Aliados de Aécio disseram à Folha que a conversa pode ter sido mais uma tentativa de Serra fazer de Aécio o seu vice, mas que o mineiro resistiria.

Mas, na sede do governo, assessores de Aécio disseram que a conversa girou apenas sobre o cenário político, sem espaço para conversa sobre Aécio vice.

Serra disse em pronunciamento, após a primeira conversa de 30 minutos com Aécio, que estava satisfeito por ter feito a sua última viagem como governador para Minas e que aquele era um ato "simbólico e representativo" da proximidade política dos dois tucanos.

O pretexto do encontro em Belo Horizonte foi assinar convênios de capacitação técnica nas áreas fazendária e de segurança pública, a sete dias de Serra e Aécio deixarem os seus respectivos governos.

No pronunciamento que fizeram, Aécio se limitou a falar dos convênios, mas Serra, não.

"Para mim é motivo de muita satisfação, na minha última saída de São Paulo, vir aqui a Minas Gerais encontrar o nosso grande governador de Minas, meu amigo pessoal, meu companheiro de partido. Portanto, o Aécio tem essas três faces quando se refere ao nosso relacionamento", disse Serra.

"E para mim é motivo de alegria, [e] para dar mais uma demonstração, ao mesmo tempo simbólica e prática, da nossa proximidade dos dois Estados e nossa, de nós dois", afirmou.

Eles não quiserem responder a nenhuma pergunta. Serra apenas repetiu o que havia dito no pronunciamento, e Aécio retribuiu os elogios.

"Eu agradeço a generosidade da visita. [E manifesto] Minha alegria em receber mais uma vez o companheiro, amigo e correligionário José Serra."

Pela manhã, no Rio, ao ser questionado sobre a insistência do PSDB em tê-lo como vice e se pode haver possibilidade de ele mudar sua posição, Aécio mais uma vez negou.

"A minha decisão é muito serena, porque ela é tomada a partir de uma convicção muito pessoal que tenho. A forma melhor de eu ajudar ao candidato do meu partido é estando em Minas, atuando em Minas, apoiando o nosso candidato ao governo, [vice-governador] Antonio Anastasia, e apoiando o candidato José Serra", disse.

"Essa é a forma que tenho melhor de ajudar o companheiro José Serra", afirmou Aécio.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711623.shtml

Pré-campanha da Dilma terá jatinho e casa alugados pelo PT

DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online

O diretório nacional do PT finaliza os detalhes da estrutura que está montando para a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), durante o período de pré-campanha eleitoral. A ministra receberá do partido salário, casa, escritório, assessores e transporte.

De abril até junho, quando a candidatura é oficializada, os custos com Dilma devem ser bancados pelo PT. Pela Lei Eleitoral, nesse período a candidatura não pode receber doações, ao contrário do partido.

Nesta quarta-feira, um grupo de dirigentes petistas --incluindo o presidente da legenda, José Eduardo Dutra-- reuniu-se com funcionários da TAM e da Líder Taxi Aéreo. O partido negocia para contratar o aluguel de um jatinho em tempo integral para a ministra.

Nesses três meses, Dilma fará uma série de viagens pelo país e não usará avião de carreira, segundo o partido. "A ministra terá uma agenda forte nesse período", afirmou Francisco Campos, membro do diretório do PT responsável pela organização da pré-campanha.

Uma casa para a ministra também foi alugada em Brasília. Como sai do governo no final do mês, ela terá que desocupar o imóvel funcional a que tem direito como ministra na Península dos Ministros.

A casa de três dormitórios no Lago Sul de Brasília custará R$ 12 mil mensais para o partido. Segundo o PT, o imóvel, onde também irá morar a sua mãe, é simples e funcional.

Outra despesa do partido será o salário de Dilma que pode variar de R$ 10 a R$ 17 mil mensais, valores proporcionais ao seu rendimento atual como ministra e integrante do Conselho de Administração da Petrobras. O PT diz que o valor exato ainda está sendo discutido.

A ministra terá ainda um escritório para despachar quando estiver em Brasília nesse período. Além disso, o partido procura uma sede para a coordenação de campanha na cidade. Um carro e um motorista também foram colocados a disposição de Dilma.

Pelo menos cinco funcionários da Casa Civil devem acompanhar Dilma para assessorá-la. A média salarial deve ser de R$ 11 mil.

Ao mesmo tempo que o PT irá pagar as despesas durante a pré-campanha, a tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, não terá a mesma função na campanha. O nome de Vaccari voltou ao noticiário depois que do pedido de quebra de sigilo do tesoureiro por conta do caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O partido está a procura de um outro nome para a função.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711617.shtml

Pelo Twitter, Mercadante apoia greves de servidores públicos de SP

da Folha Online

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) apoiou as greves de alguns setores do funcionalismo público paulista através de sua página no serviço de microblogs Twitter.

"Insatisfação do funcionalismo em SP. Professores em greve, sem diálogo. Na Saúde, paralisação de 48h. Fatecs e presídios convocam assembleia", disse Mercadante em um de seus tweets. "É urgente diálogo e negociação com os servidores."

Os professores da rede pública de São Paulo estão em greve desde o início do mês, embora o governo diga que ela não está afetando significativamente as aulas. Já o SindSaúde (sindicato dos trabalhadores públicos da Saúde) convocou uma paralisação de 48 horas nesta semana.

Além deles, os delegados da Polícia Civil resolveram entrar em "operação padrão" devido à falta de respostas a respeito do projeto de reestruturação da carreira dos delegados. Não está descartada uma paralisação total se não houver manifestação por parte do governo.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), já insinuou em diversas oportunidades que as greves possuem caráter político. Questionado na semana passada se o movimento grevista tinha motivações políticas, Serra disse que os jornalistas "são suficientemente inteligentes e observadores para tirarem conclusões".

No caso dos professores, por exemplo, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) é uma entidade sindical ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ao PT, o que levantou a suspeita. Manifestantes ligados ao sindicato já foram em diversos eventos onde Serra estaria para protestar. Hoje, em Franco da Rocha (Grande SP), quatro foram detidos em conflito durante a inauguração de um centro de saúde pelo governador.

Mercadante, por sua vez, é um dos mais cotados para ser o candidato do PT ao próprio governo de São Paulo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711484.shtml

24 de mar. de 2010

MST quer intensificar 'abril vermelho' em ano eleitoral

AE - Agencia Estado

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já começou as articulações para a jornada de ações que costuma desenvolver no mês de abril, o chamado "abril vermelho". A meta é superar os números da jornada do ano passado, quando foram registradas 29 invasões de terra - um número pequeno, em comparação com anos anteriores. Em 2004, quando o MST pôs em andamento a ofensiva, foram registradas 103 invasões. Em abril de 2007 foram 74.

A decisão de reforçar a jornada deste ano é inusitada. Tradicionalmente o MST pisa no freio em anos eleitorais, supostamente para não prejudicar os candidatos simpáticos à causa da reforma agrária e à militância dos sem-terra. Em 2002, quando as chances de Luiz Inácio Lula da Silva chegar à Presidência se tornaram palpáveis, o MST praticamente hibernou, realizando poucas ações durante todo o ano. Em 2006, ano de reeleição de Lula, puxou o freio de mão novamente.

Um dos motivos para o MST intensificar as ações em 2009 seria reagir à chamada criminalização dos movimentos sociais que estaria em curso no País. De acordo com líderes do MST, esse é o principal problema enfrentado hoje pelos sem-terra e por outros movimentos. Dias atrás, ao participar, em São Paulo, do lançamento de uma frente de comunicação a favor da reforma agrária e contra a criminalização, o principal líder do MST, João Pedro Stédile, disse que, "com a aproximação da campanha eleitoral, a direita se rearticula" para tentar "aniquilar os movimentos sociais".

Ele citou como exemplos dessa rearticulação a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST no Congresso; as denúncias do Tribunal de Contas União (TCU) sobre irregularidades no repasse de verbas públicas para entidades ligadas aos sem-terra; os pronunciamentos do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, criticando as invasões de terra; a ação das polícias militares nos Estados, e, por fim, a mídia.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mst-quer-intensificar-abril-vermelho-em-ano-eleitoral,528585,0.htm

Procuradoria pede arquivamento de inquérito contra Meirelles

BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de um inquérito contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Em nota, a procuradoria explicou que os fatos levantados eram os mesmos de um inquérito arquivado em 2007, que investigava a remessa de dinheiro ao exterior por meio de contas CC5.

"O Código de Processo Penal impõe o arquivamento, salvo se houvesse fato novo. E não havia nenhum fato novo", disse o procurador por meio da nota.

O pedido de abertura do processo, que corria sob sigilo, foi recebido no início do mês pelo ministro do STF Joaquim Barbosa. O autor era o Ministério Público Federal.

(Por Maria Carolina Marcello)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE62N0E020100324

Se eleito, Ciro aposta que unirá PT e PSDB para governar

Por Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - O deputado Ciro Gomes tem um sonho e uma certeza. Se eleito presidente da República teria no centro de sua coalizão de governo os principais adversários do país: PT e PSDB.

"Eu vou governar com os dois", apostou o pré-candidato nesta quarta-feira. "Nós estamos prontos para fazer a estabilidade da política brasileira."

A tese dessa improvável aliança não é nova. Em 1994, foi Ciro, à época filiado ao PSDB, quem fez o convite a Luiz Inácio Lula da Silva. Oferecia uma chapa do tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) com o petista, naquela mesma hora rejeitada pelo hoje presidente.

Na ocasião, o PT apostou na crítica ao Plano Real e chamava a política de estabilização de "truque" para vencer as eleições". Oito anos mais tarde, Lula assumia o Executivo federal mantendo todos os pilares econômicos de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

"Isso já é uma realidade em vários Estados", argumentou o parlamentar, citando a experiência de Minas Gerais. Lá, os dois partidos se juntaram para eleger Márcio Lacerda, do PSB de Ciro, prefeito da capital. O pacto foi abençoado por Lula à época.

Pré-candidato à sucessão nacional --mas ainda sem o apoio de sua legenda-- Ciro Gomes tenta viabilizar-se. Apesar de gostar dele, Lula não o quer na disputa. Teme que sua presença no pleito tire votos da ministra Dilma Rousseff (PT).

"Na medida em que o PSB não confirmou minha candidatura, todas as possibilidades permanecem", reconheceu. "Só quem me tira da disputa é o PSB e minha mãe."

O recado é claro. Embora verbalize constantemente lealdade ao presidente da República --de quem já foi um fiel ministro--, deixa claro que sua definição não está, necessariamente, a reboque de um apelo de Lula.

Ele não é o único pré-candidato a defender essa união. A senadora Marina Silva (PV-AC) chegou a afirmar recentemente que PT e PSDB cometeram nos últimos 16 anos um erro histórico ao não pactuarem juntos a governabilidade do país.

A lógica de Ciro e Marina é diminuir a dependência de partidos que hoje constituem as maiores forças do país, caso do PMDB --legenda constantemente acusada de fisiologismo, inclusive por Ciro Gomes.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE62N0JD20100324

Lula diz que conversará sobre política com Meirelles

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que poderá conversar na semana que vem com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sobre o seu destino político.
"A situação do Meirelles é uma situação que depende só dele. Eu talvez converse com ele na semana que vem. Não sei se ele quer ser candidato, se ele não quer ser candidato", afirmou Lula em entrevista coletiva concedida após almoço com o rei da Suécia, Carl Gustaf, no Itamaraty.

Há meses o mercado aguarda a decisão de Meirelles sobre seu futuro político. Ele precisa deixar o BC até 3 de abril se quiser concorrer a algum cargo nas eleições de 2010. Seu nome tem sido cotado, principalmente, para disputar uma cadeira no Senado por Goiás ou tentar ser o vice da chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), na disputa presidencial.

Em relação à escolha de um vice para a chapa de Dilma, o presidente disse que essa não será uma decisão dele, mas da ministra e dos partidos aliados.

"Eu já escolhi a candidata à Presidência. Escolher o vice também será demais", disse Lula.

Um ministro de Estado disse à Reuters que Meirelles estaria de malas prontas para deixar o BC. Outra fonte da Reuters, que conversou nesta quarta-feira com um ministro da área econômica, foi na mesma linha. Este último afirma que o presidente do Banco Central deixaria a instituição, mas só decidiria seu futuro político mais tarde.

Lula também comentou o pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de arquivar inquérito contra o presidente do Banco Central. Segundo o procurador, os fatos do processo são os mesmos de um inquérito arquivado em 2007 sobre suposta remessa de dinheiro ao exterior.

"Nem o procurador-geral sabia do inquérito. De vez em quando no Brasil acontece alguma coisa assim do arco da velha", ironizou o presidente.

Lula afirmou ainda que não se decidiu sobre qual modelo de avião militar o Brasil comprará para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB). Concorrem o Rafale, fabricado pela Dassault Aviation, o F/A-18E/F Super Hornet da Boeing e o Gripen da sueca Saab.

O governo brasileiro chegou a sinalizar que escolheria o caça francês, mas ainda não anunciou oficialmente o fim da concorrência. Segundo Lula, atualmente o Ministério da Defesa analisa um relatório apresentado pela Aeronáutica.

O tema será então discutido pelo Conselho de Defesa Nacional, e depois caberá ao presidente a palavra final.

Lula minimizou as conversas sobre esse assunto que tivera com o rei da Suécia durante o almoço. Ele disse que deve ter diálogos semelhantes com os líderes de Estados Unidos, Rússia e França nos próximos dias, quando os encontrará em viagens internacionais.

"É importante. Cada um vai falando e a gente vai aprendendo, vai vendo e quem sabe os preços vão caindo e as coisas vão melhorando", afirmou.

O presidente lembrou que o Brasil exige a transferência de tecnologia para fabricar e, "num futuro próximo", exportar esse tipo de aeronaves.

"Vamos tomar a decisão sem nenhum nervosismo, sem nenhum trauma. Vou tomar a decisão no momento adequado."

Em discurso antes do almoço, o rei Carl Gustaf mostrou-se interessado na possibilidade de os dois países iniciarem uma cooperação no setor aeronáutico.

(Reportagem de Fernando Exman; reportagem adicional de Natuza Nery)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE62N0LX20100324?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0

Lançamento de Serra à Presidência reunirá os três partidos de oposição

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vai lançar sua candidatura à Presidência da República no dia 10 de abril em um evento em Brasília que vai reunir os três partidos de oposição numa demonstração de apoio ao seu nome na corrida presidencial.

Intitulado de "Encontro dos partidos", o evento vai reunir filiados do DEM, PSDB e PPS para lançar oficialmente a pré-candidatura do tucano --sem o caráter de pré-convenção partidária do PSDB.

Depois do PT lançar a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em um encontro nacional do partido, os tucanos querem passar a ideia de que candidatura de Serra tem o apoio conjunto da oposição, numa ação que não é isolada do PSDB.

"É muita gente querendo fazer essa campanha. O sentimento é o de olhar para a frente e se unir na campanha", disse o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra.

Os tucanos têm como principal objetivo mostrar que o nome de Serra tem o aval de todos os partidos da oposição, especialmente depois que democratas criticaram publicamente a demora do PSDB em lançar o seu candidato.

Serra assumiu sua pré-candidatura somente na semana passada, depois de ser pressionado dentro e fora do partido para afirmar publicamente sua intenção de ser candidato.

Guerra afirmou que, além de Serra, somente os presidentes do DEM, PSDB e PPS vão discursar durante a cerimônia. Os tucanos prometem não mobilizar militantes para o evento, mas convidar políticos, intelectuais e integrantes da sociedade civil apoiadores da candidatura de Serra.

"Vamos fazer um encontro dos três partidos em que o Serra vai falar ao povo e aos nossos liderados. Ele vai falar das suas ideias, mas nada que pareça um plano de governo. Há uma imensa disposição de se fazer as coisas", afirmou.

O evento será realizado no espaço de eventos "Brasil 21", que será alugado pelo PSDB por R$ 18 mil. Como a legislação eleitoral só permite o início das campanhas em julho, o PSDB decidiu realizar o evento em um sábado, previsto para ter início às 9h e encerrar às 13h.

Em sua página do microblog Twitter, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), diz que irá mobilizar os deputados do partido. "Estaremos em peso no lançamento da pré-candidatura de Serra", afirma.

Pesquisas

Guerra disse acreditar que, com o início da campanha eleitoral, Dilma vai interromper o ciclo de crescimento registrado nas últimas pesquisas de intenção de votos.

"A campanha não começou, os candidatos não se mostraram ainda. Vamos ver o que o povo acha da candidatura da ministra Dilma. Tem muita gente que diz que a Dilma não é candidata", afirmou.

O presidente do PSDB disse que Serra pretende, na campanha, andar pelo país para conhecer microrregiões brasileiras. "O objetivo será identificar os problemas de cada área. Temos tempo para isso."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711439.shtml

Aliados distribuem convite para lançamento da pré-candidatura de Serra

colaboração para a Folha Online

PSDB, DEM e PPS começaram nesta quarta-feira a distribuir o convite para o evento de lançamento da pré-candidatura do governador paulista José Serra (PSDB) à Presidência. O evento acontece no dia 10 de abril no Centro de Eventos Brasil 21 em Brasília.

Segundo o convite, o encontro, com previsão de quatro horas, começa às 9h de um sábado. "Ao final do evento será divulgado um documento conjunto", afirma o convite assinado pelos presidentes dos três partidos.

O centro comporta 1.500 pessoas sentadas. De acordo com a administração do local, a capacidade total é de 3.000 pessoas.

O PSDB não divulgou o custo do encontro. Também não está definido, segundo o partido, quem irá discursar no encontro.

Em sua página do microblog Twitter, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), diz que irá mobilizar os deputados do partido. "Estaremos em peso no lançamento da pré-candidatura de Serra", afirma.

No dia 29 de março, o Centro de Eventos Brasil 21 irá abrigar o lançamento do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), evento que marca a despedida da pré-candidata petista Dilma Rousseff da Casa Civil.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711417.shtml

Lula diz que escolherá caças no momento adequado para evitar especulações eleitorais

SOFIA FERNANDES
colaboração para a Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que só irá tomar uma decisão sobre a compra dos caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) após ouvir o Conselho de Defesa Nacional, órgão de consulta para assuntos relacionados à soberania nacional e à defesa do Estado, composto por ministros da Defesa, do Planejamento, da Justiça, entre outros.

Lula afirmou que é preciso escolher bem o momento de fazer a decisão, para que não vire uma questão polêmica para ano eleitoral.

"Estamos em ano atípico, em ano eleitoral, e uma coisa dessa envergadura não pode ficar à mercê de especulação política. Temos que ter muito cuidado, bom senso, queremos conversar com todos os setores da sociedade", afirmou.

Lula esteve reunido hoje com o rei da Suécia, Carl Gustaf 16, em visita ao Brasil, para, entre outras coisas, negociar a venda dos caças Gripen NG, da indústria sueca Saab. A Suécia disputa com os Estados Unidos e a França a venda das aeronaves.

Apesar de fortes acenos a favor dos caças franceses, o presidente afirmou que a decisão sobre a compra ainda não foi tomada, e terá de ser feita com cautela. "Teremos de fazer com muito cuidado, com muito carinho, porque é de interesse do Brasil, mas ao mesmo tempo é uma coisa que custa muito dinheiro, uma coisa que não vai ser paga no meu governo", afirmou.

O Conselho de Defesa terá sua vez de analisar a questão após o Ministério da Defesa estudar as propostas dos fabricantes e a análise feita pela Aeronáutica. "Depois isso vai chegar em minhas mãos, e depois vamos convocar o Conselho de Defesa, que vai analisar as propostas", disse.

De toda forma, afirmou Lula, o país quer tecnologia, fabricar o avião no Brasil, e que o país seja, inclusive, exportador desses aviões, "num futuro bem próximo".

O presidente falou a jornalistas após almoço com o rei sueco. Ele aproveitou a ocasião para defender a compra bilionária. "O Brasil precisa de caças, precisa modernizar seus aviões, obviamente vamos fazer o que é melhor para o Brasil, dentro das perspectivas do Brasil, das possibilidades do Brasil", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711392.shtml

Na última semana de governo, Serra e Aécio assinam acordo de cooperação

colaboração para a Folha Online

Os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), têm um encontro marcado às 17h desta quarta-feira em Belo Horizonte. Oficialmente, os dois, que irão sair do cargo no começo de abril, assinarão um termo de cooperação na área de finanças.

Serra deve ser lançado pré-candidato do PSDB à Presidência no dia 10 de abril. Aécio pode ser candidato ao Senado ou vice na chapa de Serra. Entre os aliados de Serra, o governador de Minas é o nome favorito para ser vice.

"A forma melhor de eu ajudar ao candidato do meu partido é estando em Minas Gerais, atuando em Minas Gerais, apoiando o nosso candidato ao governo, professor Antonio Anastásia [PSDB], e apoiando o candidato José Serra", afirmou Aécio, no Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira.

O governador apressou o fim da entrevista para voltar a Belo Horizonte. "Se não vocês [jornalistas] vão dizer que eu não estou lá para recebê-lo."

Ontem, Aécio disse que deixará o governo no próximo dia 31 para se colocar a disposição do partido "tanto em Minas quanto em nível nacional". Segundo ele, não há nada definido sobre sua situação depois de sua saída.

Sobre uma chapa tucana puro-sangue, Aécio respondeu que a lógica deve ser a do vice que mais ajude a vencer a eleição.

"Acho que os aliados, assim como o PSDB, querem vencer as eleições. Então nós devemos buscar isso no momento certo e a direção do partido deve conduzir isso", afirmou na terça-feira.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711376.shtml

Antes de lançar Mercadante, PT busca acordo com Suplicy por Jair Stangler

Estadão - Radar Político

Por Clarissa Oliveira

O PT já conseguiu formar até a base para uma coligação, começou a discutir o nome do vice, mas ainda não pode lançar oficialmente o senador Aloizio Mercadante (SP) ao governo de São Paulo. Antes disso, precisa afinar o discurso com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que em função de uma janela aberta pelo próprio comando partidário se transformou em pré-candidato formal ao Palácio dos Bandeirantes.

Quando decidiu abraçar a ideia de tentar trazer o deputado Ciro Gomes (PSB) para a disputa em São Paulo, o PT empenhou-se em não constar como refém do parlamentar. Anunciou que aceitaria o registro de pré-candidaturas de quem conseguisse obter o endosso de 1% dos filiados no Estado. Seriam necessárias, então, 2.970 manifestações de apoio. A maioria desconsiderou o aviso.

Alguns parlamentares ligados a Fernando Haddad até anunciaram que buscariam apoio. Mas Suplicy cumpriu todas as etapas para o registro. Por onde passava, levava algumas folhas para pedir o apoio de colegas de partido. E fazia questão de deixar bem claras as regras: “Vocês podem assinar a minha ficha e a de outros candidatos também”, dizia. Suplicy entregou mais de 3.500 assinaturas ao formalizar sua pré-candidatura.

Agora, o senador resiste em retirar automaticamente seu nome da disputa. Costuma se queixar, por exemplo, de não ter sido chamado para o ciclo de sabatinas que o PT paulista realizou com potenciais candidatos. Avisa que está aberto ao diálogo, mas diz querer ser ouvido pelo partido e exige dos colegas “respeito” a sua intenção de concorrer.

Alguns dizem que, dada sua amizade com Mercadante, Suplicy até já teria avisado ao colega que não será um obstáculo. Ainda assim, o comando petista decidiu que vai dedicar os próximos dias à negociação de um acordo. De qualquer forma, há sempre alguém disposto a lembrar que Suplicy já disputou uma prévia com nada menos do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2010/03/24/antes-de-lancar-mercadante-pt-busca-acordo-com-suplicy/

Serristas querem PSC, mas sem apoio de Roriz

Em reação ao encontro do ex-governador com FHC, presidente do PSDB diz que negociação de aliança com partido 'não diz respeito' à eleição no DF

BRASÍLIA - O Estadao de S.Paulo

Defensores da candidatura do governador José Serra (PSDB) querem vê-lo coligado com o PSC na eleição presidencial, mas não querem ouvir falar em aliança com o ex-senador Joaquim Roriz (PSC), que deve tentar volta ao governo do Distrito Federal.

"Nosso acordo com o PSC é nacional e não diz respeito às eleições estaduais", disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra ( PE), surpreendido com a visita de Roriz ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na noite de segunda-feira em São Paulo.

A notícia de que Fernando Henrique abrira as portas de seu apartamento em Higienópolis para receber Roriz deixou o tucanato em polvorosa. "Brasília é um campo minado para todos os lados. Qualquer movimento pode gerar explosão", advertiu o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA). Serrista de primeira hora, Jutahy recomenda cautela. "Qualquer compromisso eleitoral em Brasília, antes do prazo máximo que é 30 de junho, é uma temeridade para qualquer candidato."

Tucanos querem distância do ex-senador, convencidos de que investigações da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, que levaram à prisão de José Roberto Arruda, agora governador cassado, podem complicar a vida do antecessor Roriz. E não se conformam com o encontro dele com o presidente de honra do partido. "Preferia o Fernando Henrique defendendo a legalização da maconha", lamentou, bem-humorado, o deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES).

Em conversas reservadas, eles responsabilizaram o ex-ministro Eduardo Jorge Caldas pela reunião de Roriz com FHC, considerada "totalmente inconveniente" para o candidato Serra. A avaliação é de que Caldas agiu "movido pelo ódio pessoal ao PT". Apesar do reconhecimento de que Caldas foi "injustamente perseguido" por petistas no governo FHC, com acusações pelas quais foi inclusive indenizado por ordem da Justiça, ninguém aprova o encontro com Roriz.

O trabalho dos articuladores tucanos para fechar coligação nacional com o PSC encontra explicação no tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Juntos, o PSDB, DEM e PPS somam 6 minutos e 48 segundos em cada um dos dois blocos diários de 25 minutos de programa em rede nacional. Se o PSDB fechar aliança nacional com o PTB e o PSC, ganhará um minuto a mais no programa da oposição.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100324/not_imp528400,0.php

Alckmin espera sinal de Serra para pôr campanha na rua

AE - Agencia Estado

Enquanto o PT começa a arrematar alianças para a corrida eleitoral em São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) torce para receber o quanto antes um sinal verde do governador e pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra, para pôr a campanha na rua. Cautelosos para não passar a mensagem de que querem pressionar o governador, tucanos próximos a Alckmin avaliam que somente com a autorização poderão dar mais consistência às conversas para a montagem de uma coligação.

As expectativas do time do hoje secretário paulista do Desenvolvimento estão voltadas para o dia 31. Na ocasião, Serra planeja fazer um balanço de sua gestão, em um evento no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin estará ao lado dele, assim como outros secretários. O ex-governador tem trabalhado pela sua candidatura e conseguiu consolidar o seu nome na disputa interna do partido. Até agora, entretanto, não foi chamado para uma conversa com Serra.

Enquanto esperam o aval, alckmistas têm se debruçado em conversas informais com potenciais aliados. Chegaram a falar com pelo menos dois partidos que participaram ontem de um almoço na casa do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) para afinar a chapa petista - o PR e o PRB. Ainda assim, aliados do ex-governador admitem que o mais provável é que a coligação tucana traga poucas surpresas.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,alckmin-espera-sinal-de-serra-para-por-campanha-na-rua,528501,0.htm

Lula diz ter certeza de que suas ações terão continuidade após eleições

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Ao discursar nesta quarta-feira para trabalhadores rurais e servidores públicos sobre o programa "territórios da cidadania" do governo federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter certeza de que suas ações terão "continuidade" após as eleições de outubro.

Mesmo sem mencionar o nome da pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, Lula disse que vai deixar o PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) pronto para o seu sucessor --programa que é o carro-chefe da campanha petista à sucessão presidencial.

"Um programa como esse é irreversível. Tenho consciência que vamos ter continuidade. Dia 29 [antes de Dilma deixar o cargo] vamos lançar o segundo PAC. Apenas por questão de responsabilidade. Eu não posso permitir que quem vier depois de mim perca um ano fazendo o programa. Quando essa pessoa chegar, vai ter o programa pronto", afirmou.

Mesmo sem Lula mencionar a pré-candidata, o nome de Dilma foi gritado em coro pelos militantes. Sorrindo, o presidente disse que ainda não pode dizer quem será o novo presidente, mas tem "consciência" do que vai acontecer no país.

"Eu não posso dizer quem vai ser porque vamos aguardar. Eu não posso dizer, apesar de na minha cabeça eu ter consciência do que vai acontecer nesse país este ano. Tenho consciência disso", afirmou.

Lula disse, no discurso, que não vai permitir a "paralisia" do governo federal em ano de eleições. Apesar de reconhecer que parte dos ministros vai deixar os cargos para disputar cargos eletivos em outubro, Lula afirmou que tem o "compromisso sagrado" de não "parar de governar o país" em consequência das eleições.

"Quero separar as eleições das ações do governo. Os ministros têm tarefas a cumprirem [sic]. Se todo mundo resolver abandonar o barco, a gente termina o ano sem cumprir os compromissos que assumimos. O compromisso sagrado nosso é não parar de governar esse país por conta das eleições", afirmou.

Lula reiterou que pretende substituir os ministros que deixarem o governo pelos secretários-executivos de cada pasta. "Vai sair uma série de ministros, não vou trocar muita gente, vou colocar os secretários-executivos que é quem está tocando os ministérios até agora, salvo algumas exceções. Não terá nervosismo porque temos consciência do que queremos até o final do mandato", afirmou.

Prioridades

O presidente afirmou que, entre suas prioridades até o final do governo, está a manutenção das políticas econômicas em vigor.

"Nós não podemos brincar com a economia. Não vamos brincar com a estabilidade econômica, a questão fiscal tem que ser cuidada com muita seriedade, e a inflação tem que ser controlada porque, se voltar, ela vai em cima do pobre. A inflação para o rico nunca será a mesma para a pessoa que vai comprar o feijão", afirmou.

À vontade ao lado dos militantes, Lula colocou um boné utilizado por professores do programa "territórios da cidadania". Segundo o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), o governo vai dar continuidade ao programa mesmo em ano eleitoral.

Uma das medidas, segundo o ministro, será retirar os municípios que integram o programa da "lista negra" do governo federal que impede repasses públicos. "Vamos ainda mais longe. Em 2010, quero anunciar que vamos investir R$ 27 bilhões nos territórios da cidadania. Serão 189 ações do governo e mais de 5.200 obras a serem realizadas até dezembro deste ano, portanto, nos próximos nove meses."

O presidente assina daqui a pouco projeto de lei que considera transferência obrigatória de despesas aos municípios que fazem parte dos territórios da cidadania. "A gente está retirando os municípios do Calc [cadastro do governo que impede repasses federais a quem tem dívidas]", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711260.shtml

PSDB e DEM fecham chapa Alckmin-Afif para governo de SP

FÁBIO ZAMBELI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

PSDB e DEM avançaram na costura do acordo para a eleição ao governo do Estado de São Paulo e estão prestes a anunciar que o candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes será Guilherme Afif Domingos. Os dois ocupam secretarias do governo e devem deixar os cargos para a disputa.

O último nó para o acordo foi desatado ontem: o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, avisou aos aliados que concorrerá ao Senado. Atendendo ao pedido do governador e presidenciável José Serra, Aloysio desistiu de desafiar Alckmin para as prévias. Há duas semanas, a Folha adiantou que ele tendia a concorrer ao Senado.

Mas só ontem, depois de conversa com Serra, informou oficialmente a seus aliados.

O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) já avisou a seus apoiadores que será "companheiro de chapa" de Aloysio, concorrendo à outra vaga ao Senado.

Com o PMDB, a aliança projeta arrebatar 60% do horário eleitoral: 10 minutos dos 18 minutos de programa a ser veiculado a partir de 17 de agosto.

Alckmin (Desenvolvimento), Afif (Emprego e Relações do Trabalho) e Aloysio se afastam do governo do Estado na semana que vem. Alckmin e Afif já traçam agenda paralela a partir do próximo mês.

O anúncio da chapa só deverá acontecer após o lançamento da candidatura de Serra à Presidência, no dia 10 de abril. "A aliança com o DEM está resolvida. Devemos fazer um evento em abril", disse o presidente estadual Mendes Thame.

Despedida

No dia 31, como antecipou o "Painel" ontem, Serra oficializará sua renúncia ao governo no auditório Ulysses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes. Diante de 2.000 convidados, o tucano fará uma prestação de contas de seu mandato.

Segundo roteiro discutido com aliados, Serra enviará, no dia da cerimônia, carta de renúncia à Assembleia Legislativa, com a data de 2 de abril. Ele quer ficar no cargo até a Sexta-Feira da Paixão. Na véspera, terá inaugurado o Rodoanel.

Para garantir visibilidade a Serra, o rito acontecerá em capítulos. A transmissão de cargo para o vice, Alberto Goldman, deverá acontecer na terça.

O lançamento da candidatura à Presidência será no dia 10. Só depois, a coalizão estadual deverá ser anunciada. Ontem, ainda que em tom de brincadeira, Serra revelou a preocupação com o deserto que atravessará até as convenções de junho.

"Vocês vão se livrar de mim. Vamos ter que suplicar para que venham me cobrir no futuro", disse Serra aos jornalistas.

Caberá a Alckmin demover o deputado José Aníbal da disposição de disputar prévias para o Senado. O PSDB tentará ainda convencer os secretários Paulo Renato Souza (Educação) e Xico Graziano (Meio Ambiente) a concorrer à Câmara.

Como o PTB também reivindicava seu espaço na aliança, o problema com o partido também deverá ser solucionado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u711190.shtml

PSDB silencia Fernando Henrique

IG | Nara Alves

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deverá ficar de fora da lista dos oradores do evento que vai oficializar o governador José Serra como candidato à presidência pelo PSDB. Segundo o presidente da legenda, o senador Sérgio Guerra, a “ideia inicial” é de que façam discursos os presidentes dos três partidos e o candidato, mais ninguém. O encontro reunirá cerca de 1.500 lideranças do PSDB, DEM e PPS no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, no dia 10 de abril.

Na última segunda-feira, FHC encontrou-se com o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC), antecessor do governador cassado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), preso sob acusação de ter montado uma rede de corrupção no Distrito Federal. O encontro entre os dois irritou lideranças tucanas que apoiam Serra. Segundo o senador Sérgio Guerra, o encontro não significa aliança alguma entre os partidos. “O FHC não apoiou ninguém, é conversa. O PSDB não vai apoiar candidato nenhum em Brasília”, afirmou.

A cúpula do PSDB se concentra, agora, na pré-campanha de Serra nos próximos três meses. O comitê da pré-campanha está sendo formado na ponte-aérea Brasília-São Paulo entre o presidente da legenda, a senadora Mariza Serrano e o ex-secretário das Sub-prefeituras de São Paulo Andrea Matarazzo.

“Serra vai se informar sobre diversas situações no Brasil para conhecer, interagir, entrar na casa das pessoas e ouvir”, disse Guerra em entrevista ao iG na sede do PSDB em Brasília. Serra visitará projetos de irrigação no Nordeste e de reforma agrária, conhecerá a produção agroindustrial em setores importantes para a geração de emprego, irá a empresas no ramo têxtil “pelo País afora”, de acordo com Guerra.

A escolha do vice na chapa de Serra ficará para maio, um mês antes da convenção do partido. “Conversei com o Rodrigo Maia (presidente do DEM) e decidimos que vamos resolver isso em conjunto mais para frente”, disse Guerra. O DEM e o PPS serão incorporados à pré-campanha “em breve”, segundo o senador.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/03/24/psdb+silencia+fernando+henrique+9438227.html

Serra vai a MG em sua última saída de SP como governador

AE - Agencia Estado

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta quarta-feira, 24, que sua ida a Minas Gerais para assinar um acordo de cooperação na área tributária e de segurança pública é sua "última saída de São Paulo como governador". O governador paulista evita admitir a candidatura à Presidência da República pelo PSDB, mas tem até 3 de abril para se desincompatibilizar do cargo.

"E, além disso, vim aqui também, é minha última saída de São Paulo como governador, e para mim é muito grato fazê-lo vindo a Minas Gerais, esse Estado com o qual São Paulo tem tanta relação e esse governador com quem tenho proximidade", disse Serra, de acordo com informações da Agência Minas.

Em evento ao lado do governador mineiro, Aécio Neves, Serra enalteceu a relação pessoal entre os dois tucanos e a ligação entre São Paulo e Minas. Os afagos a Aécio, que apesar de anunciar que irá concorrer ao Senado é ainda cotado para ser o vice na chapa liderada por Serra, prosseguiram também na área administrativa.

"Enfim, temos várias coisas em comum, aprendemos um com o outro. A administração do Aécio já vem desde 2003 e, portanto, assinamos aqui essa cooperação no campo tributário e naquele outro, essencial para a vida brasileira, que é da segurança".

Aécio, por sua vez, teceu comentários relacionados ao termo de cooperação e à continuidade das ações depois que ambos deixarem o cargo. "É muito importante que haja continuidade para que essas medidas se tornem medidas realmente efetivas em favor da população em Minas e São Paulo. Por isso, a minha alegria em receber, mais uma vez, o companheiro, amigo e correligionário, José Serra."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-vai-a-mg-em-sua-ultima-saida-de-sp-como-governador,528715,0.htm

23 de mar. de 2010

Juiz nega ação contra Viana por propaganda antecipada

NAYANNE SANTANA - Agencia Estado

O juiz David Prado negou uma ação contra o ex-governador do Acre e pré-candidato ao Senado, Jorge Viana (PT), por propaganda eleitoral antecipada. A denúncia foi encaminhada pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Tribunal Regional Eleitoral. O juiz entendeu que Viana não fez nenhum pedido direto de voto aos eleitores e indeferiu a ação.

O MPF alegava que o ex-governador utilizou o programa de uma emissora de televisão local para pedir votos. Segundo a denúncia, o pré-candidato divulgou, durante a participação no programa de TV, as candidaturas de lideranças da coligação do qual faz parte, entre elas a do seu irmão, senador Tião Viana (PT), que disputará a sucessão estadual no Acre.

Segundo o MPF, Viana reforçou seu desejo de ser eleito e pediu o apoio dos eleitores acreanos. Além de citar as lideranças que devem disputar as eleições deste ano no Estado, o pré-candidato ao Senado também citou a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff, que disputará a sucessão presidencial.

O MPF recomendava que o material da entrevista fosse retirado da internet, mas o juiz alegou ter reservas quanto ao controle judicial das divulgações feitas pela internet.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,juiz-nega-acao-contra-viana-por-propaganda-antecipada,528215,0.htm