7 de mai. de 2010

PT descarta demissão de coordenador da campanha de Dilma na internet

Fernando Taquari | Valor

SÃO PAULO - O secretário de comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), negou hoje que o partido estude a possibilidade de demitir Marcelo Branco, coordenador da pré-campanha de Dilma Rousseff na internet.

Vargas avaliou como "altamente positivo" o trabalho desenvolvido até o momento por Branco. Segundo o secretário, o uso da ferramenta provocou uma grande mobilização na rede mundial de computadores e incomodou os adversários de Dilma.

"Avaliar nossas ações através da internet pelas críticas que vem de setores da grande imprensa é um erro. Até porque esses veículos têm seus próprios interesses. É um papel reducionista do potencial que o PT tem nas redes sociais nestas eleições", declarou Vargas.

As críticas do secretário de comunicação à imprensa foram motivadas por notícias veiculadas ontem que especulavam sobre uma possível demissão de Branco após algumas gafes recentes cometidas por Dilma na internet.

Os petistas até chegaram a suspender o programa de rádio "Fala Dilma", que era coordenado por Branco e a princípio seria transmitido diariamente de segunda à sexta-feira. Dilma tinha cinco minutos para tratar de assuntos da agenda nacional. O programa, porém, não passou do terceiro episódio.

Em um dos episódios, Dilma afirmou que o presidente da República, em 1909, era Arthur Bernardes e não Nilo Peçanha e Affonso Penna, que ocuparam o cargo naquele período. Além disso, Branco colocou no ar um vídeo de uma entrevista em que a petista disse que os nordestinos migravam do Nordeste para o Brasil.

O PT negou que a suspensão do programa esteja relacionado a eventuais gafes. O partido argumentou que o "Fala Dilma" foi interrompido por conta da agenda atribulada da ex-ministra. Mesmo assim, prometeu retomar em breve a produção.

http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/6254665/pt-descarta-demissao-de-coordenador-da-campanha-de-dilma-na-internet

Candidatos podem gastar R$ 12 milhões com jatinhos

Andreia Sadi e Adriano Ceolin, iG Brasília


Com inicio da pré-campanha à presidência da República, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) passaram a viver uma rotina de viagens que, dadas às dimensões do país, exige a contratação de aeronaves executivas. Ao lado das despesas previstas para a realização dos programas de TV, o uso dos jatinhos constitui um dos itens mais caros da corrida presidencial.

Para estimar o tamanho desta despesa, o iG procurou as operadoras de táxi aéreo contratadas pelas duas campanhas e pediu o orçamento de um vôo com trecho entre Brasília e São Paulo. A consulta se referia a um vôo no dia 1º de maio deste ano. Foram ouvidas a TAM, que presta serviços para a campanha petista e a OceanAir, uma das empresas usadas pelo PSDB.

Segundo a TAM, o trajeto proposto pelo iG custaria R$ 44.190. A empresa oferece a aeronave 560XLS, com capacidade para até oito pessoas. A reportagem pediu um desconto e a companhia chegou a baixar o preço para R$ 41 mil. Para o uso de Lear-60, a OceanAir cobra R$ 39.300 para um voo entre Brasília e São Paulo.

Por um lado, os partidos não fretam aeronaves por vôo isolado, mas em pacotes fechados, o que proporciona descontos expressivos. Portanto, os valores repassados pelas empresas ao iG não traduzem as despesas reais. Por outro lado, as campanhas não fretam apenas uma aeronave para a campanha, mas algumas aeronaves. Além do jato dos candidatos há outros jatos voando, além de turboélices e helicópteros, quando necessário.

As contas feitas no curso desta reportagem servem, portanto, como referência de preço. Num exercício livre, se cada campanha realizar um vôo de ida e volta em cada um dos 150 dias de campanha, seriam contabilizados cerca de 300 trechos semelhantes aos orçados pelo iG. Desprezados tanto o desconto do pacote quanto as locações adicionais, o item "jatinho" poderia alcançar nas duas maiores campanhas algo como R$ 12 milhões.

O secretário de Finanças do PT e atual tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que as empresas prestadoras de serviços costumam abater uma parte do valor do aluguel “em contratos a longo prazo".

Para a candidata participar das caravanas nos Estados nestes três meses, o PT reveza o aluguel dos aviões entre as companhias TAM e Líder Taxi Aéreo. O partido optou por não contratar exclusivamente uma ou outra empresa para poder testar os modelos antes da campanha oficial. “Vamos ver qual atende melhor a necessidades da candidata. É como se fosse um período de experiência”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Os jatinhos usados nesta fase, segundo Dutra, são modelos simples. O avião da TAM, por exemplo, tem capacidade para seis a oito pessoas, mas o petista disse que não tem televisão nem frigobar. “Eu fui uma vez só. Tem isopor com gelo para latinhas de refrigerante. É um AeroDilma pé de boi”, brincou Dutra, que não quis falar em valores.

Avião tucano
No caso de Serra há um diferencial importante. Ele costuma usar um jato Lear-60, cujo proprietário é o empresário Ronaldo Cezar Coelho, ex-deputado federal pelo PSDB do Rio de Janeiro. Em 2006, ele disputou sem sucesso uma cadeira no Senado e ficou conhecido como candidato mais rico do País.

A assessoria de Serra afirma que jato de Cezar Coelho é alugado por intermédio da OceanAir, operadora de táxi aéreo. Normalmente donos de aeronaves repassam para empresas especializadas a administração do frete. O objetivo é diminuir gastos com manutenção a fim de que o avião não fique parado.

A campanha de Serra tem preferência pelo uso do avião de Cezar Coelho porque obtém descontos. A assessoria do PSDB, no entanto, afirma que não pode revelar os valores, mas garante que os gastos constarão no futuro na prestação de contas. “Eu nem sabia de quem era o avião, mas é claro que isso vai estar na prestação de contas oficiais”, afirmou o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra ao iG.

Marina Silva
A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, faz a maior parte de suas viagens em voos de carreira. Segundo sua assessoria de imprensa, o uso de jatinhos é raro mas não pôde ser descartado. No dia 19 de abril, Marina foi a uma comemoração do Dia do Índio a Porto Velho (RR) em voo comum. Mas também já foi à Cuiabá (MT), em voo de fretado. A assessoria dela disse não ter descontos.

O uso de jatinhos é uma prática que teve inicio na primeira campanha presidencial após a redemocratização, em 1989. Num país do tamanho do Brasil, seria praticamente impossível cumprir uma agenda por todo território nacional usando apenas voos de carreira.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/candidatos+podem+gastar+r+12+milhoes+com+jatinhos/n1237611653140.html

Dilma vai a evento do PAC e TV estatal tira seu nome do ar

Por Carmen Munari

SÃO PAULO (Reuters) - A emissora pública NBR procurou nesta sexta-feira eliminar o nome da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) quando era citado em discursos transmitidos ao vivo durante evento do governo federal realizado em Ipojuca (PE). A cerimônia contou com a presença da ex-ministra e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O expediente da NBR foi utilizado pelo menos cinco vezes, um deles em meio ao discurso do próprio presidente Lula.

Tratava-se da transmissão de cerimônia de lançamento do primeiro navio construído pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal projeto de infraestrutura do governo Lula e que foi coordenado até março por Dilma, então ministra da Casa Civil.

Ao citar o nome da pré-candidata, a imagem da autoridade que discursava era mantida mas o áudio era substituído temporariamente pela voz de em "off" de uma locutora que passava a fornecer as informações mais variadas, como dados da biografia de João Cândido, que dá nome ao navio.

Ficou-se sabendo que ele foi líder da Revolta da Chibata (1910), em que marinheiros rebelaram-se contra a aplicação de castigos físicos no Rio de Janeiro.

Em todas as intervenções, a locução apresentava também o motivo da cerimônia e os nomes das principais autoridades presentes, para em seguida retomar o áudio do discurso da vez.

Antes de interromper o som da fala do presidente Lula, a NBR tirou o áudio por um período de tempo do presidente da Transpetro, Sergio Machado, do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos (neste caso por duas vezes), e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, todos em citações do nome de Dilma.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE6460EU20100507

PSDB trabalha para lucrar com as arestas da base aliada e tirar palanques de Dilma

Correio Braziliense  -Denise Rothenburg


O PSDB de José Serra começa a tirar uma casquinha dos palanques que, em princípio, apoiariam a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Na última semana, os tucanos fizeram um verdadeiro arrastão na base governista. Fecharam, por exemplo, o apoio a Ricardo Coutinho (PSB), na Paraíba, e a Jackson Lago (PDT), no Maranhão. Conquistaram 80% do PMDB gaúcho com a visita de Serra ao Rio Grande do Sul esta semana e ainda amarraram os laços com o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), que concorre à reeleição.

Politicamente, o PSDB tem trabalhado para atrair parte dos aliados de Dilma descontentes com o rumo das alianças em seus respectivos estados. No caso de Puccinelli, o PMDB local está cada vez mais convencido de que Dilma apostará todas as fichas em Zeca do PT, que não só é petista como é um amigo fraterno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esses palanques que começam a escorrer pelos dedos da candidata petista começam a preocupar o comando de campanha da ex-ministra. Ontem, por exemplo, no Pará, o presidente Lula tentou amenizar o fato de ter dois palanques aliados em vários estados. “O ideal seria que a base estivesse reunida em torno de um candidato a presidente da República e em torno de um candidato do estado (a governador). Se isso não for possível, vamos encontrar um jeito”, disse o presidente, em referência à necessidade de pôr os pés em mais de um palanque nos estados.

Escanteados
O cuidado agora será no sentido de evitar que, nos locais onde há mais de um palanque aliado, aquele que se sentir escanteado migre para o apoio ao candidato do PSDB, José Serra, ou mesmo para a ex-petista Marina Silva, que concorrerá à Presidência da República pelo PV.

Ontem, por exemplo, o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN), esteve em Brasília e se reuniu com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A candidatura de Aziz não estava nos planos do governo, que preferia unir a base no estado em torno do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

Como essa união não ocorreu até agora e o DEM começa a se aproximar do governador de forma a garantir um abrigo para seus candidatos a deputado federal e estadual, o governo Lula tenta ao menos evitar que Aziz termine se tornando mais uma ponta da turma de Dilma que o PSDB leva para seu candidato, José Serra. Até porque, no âmbito nacional, a tendência do PMN é fechar com o tucano.

Investimento tucano nos aliados do PT

PB
Fechado com Ricardo Coutinho (PSB)


RS
Tem 80% do PMDB e corteja o candidato a governador, José Fogaça

MA
PSDB apoiará Jackson Lago (PDT)

MS
Partido tenta atrair André Puccinelli (PMDB)

PR
Beto Richa (PSDB) quer emplacar Osmar Dias (PDT) como candidato ao Senado


AM
DEM busca uma brecha para Serra ao lado de Omar Aziz (PMN)

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/07/politica,i=191035/PSDB+TRABALHA+PARA+LUCRAR+COM+AS+ARESTAS+DA+BASE+ALIADA+E+TIRAR+PALANQUES+DE+DILMA.shtml

6 de mai. de 2010

Dilma dá sinais de que pretende rever a estrutura do Estado se eleita

Petista disse que País deve 'sair da fase do ajuste fiscal e entrar na fase da reforma administrativa do Estado'

Malu Delgado / SÃO PAULO - O Estado de S.Paulo

Dias após ter contestado a intenção do pré-candidato do PSDB, José Serra, de criar o Ministério da Segurança Pública, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sinalizou nesta quinta-feira, 6, que, assim como o adversário, pretende rever a estrutura do Estado se eleita.

Apesar de evitar mencionar explicitamente que poderia criar um novo ministério, Dilma afirmou, em entrevista à agência internacional Reuters, que acredita ser importante uma pasta para "cuidar do empreendedorismo". "Se tem um único ministério que eu acredito que é importante era um ministério para os pequenos e médios empresários industriais e de serviços. Penso seriamente, mas não vou falar em criação de ministério", disse.

A petista disse ainda que o país deve "sair da fase do ajuste fiscal e entrar na fase da reforma administrativa do Estado, porque não é ajuste fiscal que dá jeito na máquina pública brasileira".

As falas de Dilma reforçam uma estratégia já discutida com a cúpula do PT de tentar associar o discurso de Serra à implementação de "cortes" que vão afetar o funcionamento do Estado. Na mesma entrevista à Reuters, a petista disse que o ajuste fiscal no país está feito e que não vê necessidade de redução de custeio. "Eu não faria ajuste. Eu vou fazer modificações."

O comando da campanha da ex-ministra planeja uma reação a afirmações feitas por Serra e seus aliados de que, se chegar à Presidência, contratos poderão ser revistos. "Na prática, isso é paralisação de obras e de programas, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Minha Casa, Minha Vida, e outras ações sociais deste governo", afirmou Fernando Pimentel (PT-MG), um dos coordenadores da campanha de Dilma.

A proposta de Serra de criar um ministério para cuidar da Segurança Pública e outro para atender aos portadores de deficiência física gerou desconforto no PSDB, já que os tucanos constantemente batem no "inchaço da máquina", criticam o excesso de ministérios do governo Lula, e prezam o ajuste fiscal como princípio e discurso de campanha. O tucano reagiu, dizendo que a reorganização de prioridades administrativas não pode ser confundida com inchaço da máquina pública, e que se criasse as novas pastas extinguiria outras, como a dos Portos e a Secretaria de Assuntos Estratégicos. A pré-candidata do PT disse que a segurança é prioridade, mas que o Ministério da Justiça já responde pelas políticas do setor.

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Inserções do PT veiculadas ontem reforçam a comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso para tentar promover Dilma. Uma das peças para a TV mostra pessoas sorridentes numa montanha russa. O narrador diz que o governo Lula tirou 24 milhões da miséria. Na descida, a cara delas passa a ser de pavor, e o narrador pergunta quem pode fazer mais para tirar as pessoas da pobreza, se "uma pessoa que tenha a mesma visão de Lula ou alguém que fez parte de um governo que aumentou o desemprego, os impostos e pouco reduziu a pobreza?". Em outra peça, Dilma promete fazer a revolução na saúde e na educação.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-da-sinais-de-que-pretende-rever-a-estrutura-do-estado-se-eleita,548132,0.htm

Serra afirma que, se eleito, quer PT e PV em seu governo

da Agência Folha
da Reportagem Local


O pré-candidato tucano José Serra disse nesta quinta-feira, se eleito, quer tanto o PT quanto o PV no governo. "O Brasil vai precisar estar junto nos próximos anos. Hoje e ontem a oposição sempre tem um comportamento que empurra o governo para um lado que não devia", afirmou.

Para uma plateia de prefeitos, ele disse que o desenvolvimento do país depende principalmente do crescimento das cidades. "Não só o Brasil pode mais, como estou convencido de que os municípios também podem mais e merecem mais", afirmou citando o seu slogan de campanha.

Os três principais pré-candidatos à Presidência --Serra, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV)-- participaram nesta quinta-feira do primeiro debate das eleições deste ano. O evento, que aconteceu no 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, teve como tema principal a questão dos municípios. Eles afagaram os prefeitos e fizeram promessas de valorizar os municípios, se eleitos.

Serra destacou seu papel como constituinte e de seu partido em 1988, PMDB. "É precisar dar crédito ao PMDB histórico", lembrando de propostas que aumentaram a a receitas das prefeituras. O ex-governador disse que estará ao lado das cidades e afirmou que, para ele, não tem problema pequeno.

"A parceria com os prefeitos tem que ser estreita, reconhecê-los como integrantes do pacto federativo, respeitá-los como titulares de uma esfera da federação. A máxima de Minas é minha máxima quando fui governador, prefeito: diminuir os gastos do governo com o governo para ter mais com o que gastar com os municípios, com as pessoas."

Serra apoiou a criação de royalties para outros recursos naturais, além do petróleo. "Minas, por exemplo, é campeão na exportação de alguns minérios e arrecada pouco. Mas tem que ser ligado a investimento, isso é essencial. Essa é uma questão essencial."

Ele também defendeu uma maior partilha dos recursos do petróleo entre os Estados. "Mas não podemos matar dois Estados que recebem muitos royalties. No caso de Campos [RJ], o projeto interrompia R$ 1 bilhão em royalties. Vai fechar a cidade. Isso gera discórdia no país."

No início de sua fala, Serra lembrou que disputou três vezes a Prefeitura de São Paulo e citou a frase: "A vida pública só podia ser completa se fosse prefeito alguma vez, porque é ele que está cara a cara com a população."

Ele lembrou a frase "a população não vive na União, nem nos Estados. Ela vive nos municípios". A frase foi repetida por Dilma depois.

O ex-governador destacou que, desde a Constituição de 1988, as obrigações das prefeituras aumentaram muito. "As receitas dos municípios não acompanharam as receitas da União."

Serra também lembrou uma série de pospostas que ele fez como deputado constituinte para aumentar a arrecadação das prefeituras. Ele criticou a queda do repasse do Fundo de Participação dos Municípios esse ano, em relação ao ano passado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731298.shtml

Serra e Dilma são vaiados na chegada de debate em MG

IVANA MOREIRA E EDUARDO KATTAH - Agência Estado

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) chegou ao primeiro debate entre os pré-candidatos à Presidência sob protesto e vaias dos professores da rede estadual de Minas Gerais, que estão em greve e cobram melhora no piso da categoria. Para os manifestantes, cerca de 150, "Serra, Aécio e Anastasia" são a mesma coisa, numa referência também ao ex-governador de Minas e o atual, Aécio Neves e Antônio Anastasia, respectivamente. Mas foi a ex-ministra Dilma Rousseff quem realmente enfrentou vaias da plateia do congresso mineiro de municípios.

Serra precisou ser escoltado por policiais militares e seguranças particulares para chegar ao palco auditório do congresso de municípios mineiros, que reuniu cerca de 400 autoridades. Boatos de que ele chegou a ser agredido por um professor circulou pelo auditório. Mas o candidato negou que o fato tenha ocorrido.

Descontraído e conciliador, o tucano disse que, embora possa soar como "heresia", se for eleito presidente, vai querer o PT e o PV fazendo parte de seu governo. Ele até conseguiu tirar de Dilma sua única brincadeira da tarde. Quando Serra disse que o evento não era um "Fla x Flu" ou um "Atlético x Cruzeiro", Dilma foi obrigada a confessar que é atleticana. Mas não foi a vaia dos cruzeirenses que marcou sua participação.

A ex-ministra foi vaiada quando disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva evitou que os municípios brasileiros fossem arrasados pela crise financeira mundial porque concedeu benefícios tributários para salvar a atividade econômica. Os prefeitos, prejudicados pela queda na arrecadação, não perdoaram. Não adiantou a ex-ministra dizer, depois, que o governo compensou as perdas com repasse de R$ 2 bilhões.

Serra afirmou que as perdas dos municípios com a desoneração tributária foi de R$ 3,5 bilhões e a compensação muito menor. Dilma, que disputará sua primeira eleição, aproveitou todas as oportunidades que teve para fazer propaganda do governo, com citações sobretudo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Marina

Ao contrário da petista, Serra e a ex-ministra Marina Silva (PV) pareciam bastante relaxados. Falando com dificuldade por causa de uma gripe, a ex-ministra do Meio Ambiente foi a mais aplaudida. Seu estilo calmo, mas franco, agradou aos prefeitos. Parecia ter aliados tanto na claque de Serra quanto na de Dilma.

Mais uma vez, Marina defendeu a união das pessoas de bem independente de partido. Ela lembrou que o PSDB ficou refém do DEM quando tentou governador sem o PT. E que o PT, seu partido de origem, ficou refém da "pior parte do PMDB" quando tentou governador sem o PSDB.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-e-dilma-sao-vaiados-na-chegada-de-debate-em-mg,548104,0.htm

Dilma afirma que é preciso ampliar as "relações republicanas"

RODRIGO VIZEU
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha
da Reportagem Local

No debate com os pré-candidatos à Presidência, a petista Dilma Rousseff destacou parcerias entre o governo federal e as prefeituras citando uma série de programas, como o PAC do saneamento da habitação, o Bolsa Família e o programa Territórios da Cidadania.

"O que importa é ampliar ainda mais as relações republicanas", afirmou a ex-ministra do governo Lula.

Ela voltou a dizer que o Brasil tem duas palavras na ordem dia. "Uma é transformação e outra é esperança." Dilma também trouxe um novo mote que lembra o slogan do tucano "o Brasil pode mais". Segundo a pré-candidata, "este é o presente, e quando temos um presente dessa qualidade, faremos um futuro melhor".

Os três principais pré-candidatos à Presidência --José Serra (PSDB), Dilma Rousseff e Marina Silva (PV)-- participaram nesta quinta-feira do primeiro debate das eleições deste ano. O evento, que aconteceu no 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, teve como tema principal a questão dos municípios. Eles afagaram os prefeitos e fizeram promessas de valorizar os municípios, se eleitos.

Dilma também tratou da questão do pagamento de royalties a municípios. "Concordo com Serra no que se refere a royalties da mineração. É um absurdo o que se cobra, é uma questão de dívida com a nação. Eu considero que uma das coisas mais estratégicas que tem é a parceria e eu a aprendi fazendo, aprendi que todo mundo ganha, ganha o Estado, ganha o município e a União."

Segundo ela, as prefeituras tiveram grande participação no PAC. "Eu aprendi que nós chegamos a construir uma forma de gestão que considero exemplar no que se refere ao PAC. Os municípios foram protagonistas, não receberam projeto pronto e acabado da união, discutimos a existência de projetos, no início ninguém tinha projetos. Hoje é um orgulho ver a qualidade ver os prefeitos e as prefeitas apresentam. Eles têm horizonte de investimentos e então têm uma prateleirinha de projetos."

"No que se refere ao PAC 2, aprendemos muito fazendo o PAC um com vocês. Aprendemos a importância que tem as aglomerações urbanas na resolução dos problemas do país."

A petista disse que o governo jamais olhou a filiação partidária dos prefeitos na hora de investir e destacou as medidas do governo durante a crise econômica. "Nós impedimos que a crise afetasse os municípios mineiros."

Para agradar os prefeitos mineiros, a petista citou especificamente programas federais no Estado. Ao dizer que o governo impediu que a crise afetasse os municípios mineiros, a plateia se dividiu entre aplausos e vaias.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731285.shtml

Marina Silva critica inimizade entre PT e PSDB

Folha
RODRIGO VIZEU
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha
da Reportagem Local

No debate dos presidenciáveis em Belo Horizonte, Marina Silva (PV), ex-petista, criticou a inimizade entre PT e PSDB no país.

"O PSDB tentou governar sozinho e acabou ficando refém do que há de pior do Democratas. Nós do PT tentamos governar sozinhos e acabamos ficando reféns do que há de pior do PMDB."

Em seguida, o pré-candidato José Serra (PSDB) disse querer, se eleito, ter tanto o PT quanto o PV no governo.

"O Brasil vai precisar estar junto nos próximos anos. Hoje e ontem a oposição sempre tem um comportamento que empurra o governo para um lado que não devia."

Os três principais pré-candidatos à Presidência --José Serra, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva-- participam nesta quinta-feira do primeiro debate das eleições deste ano.

O evento, que acontece no 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, tem como tema principal a questão dos municípios. Eles afagaram os prefeitos e fizeram promessas de valorizar os municípios, se eleitos.

O debate é mediado pelo jornalista Fernando Mitre, da Rede Bandeirantes. Na entrada, um grupo de professores estaduais em greve furou o cerco da polícia e bloqueou a entrada do evento. Serra tentou passar pelo protesto e precisou da ajuda de simpatizantes do partido para não ser agredido.

Durante o debate, um manifestante começou a gritar na plateia, gerando mal-estar entre os pré-candidatos e obrigando Mitre a pedir silêncio diversas vezes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731272.shtml

Em debate, presidenciáveis prometem valorizar municípios

Folha
PAULO PEIXOTO
RODRIGO VIZEU
da Agência Folha, em Belo Horizonte
da Reportagem Local


Os três principais pré-candidatos à Presidência --José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV)-- participam nesta quinta-feira do primeiro debate das eleições deste ano. O evento, que acontece no 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, tem como tema principal a questão dos municípios. Eles afagaram os prefeitos e fizeram promessas de valorizar os municípios, se eleitos.

Dilma Rousseff

Primeira a falar, Dilma Roussseff destacou parcerias entre o governo federal e as prefeituras citando uma série de programas. Ela citou o PAC do saneamento da habitação, o Bolsa Família e o programa Territórios da Cidadania. "O que importa é ampliar ainda mais as relações republicanas", afirmou a ex-ministra do governo Lula.

Dilma também trouxe um novo mote que lembra o slogan do tucano "o Brasil pode mais". Segundo a pré-candidata, "este é o presente, e quando temos um presente dessa qualidade, faremos um futuro melhor."

A petista disse que o governo jamais olhou a filiação partidária dos prefeitos na hora de investir e destacou as medidas do governo durante a crise econômica. "Nós impedimos que a crise afetasse os municípios mineiros."

Para agradar os prefeitos mineiros, a petista citou especificamente programas federais no Estado. Ao dizer que o governo impediu que a crise afetasse os municípios mineiros, a plateia se dividiu entre aplausos e vaias.

Marina Silva

Já Marina disse que a questão política continua a pesar nas finanças das prefeituras. Ela alfinetou a fala de Dilma, afirmando que, apesar de a ex-ministra ter falado de "relação republicana" do governo Lula com prefeitos, "boa parte dos recursos ainda não são repassados sem mediação política".

A senadora, que foi a mais aplaudida na primeira fala, defendeu a ideia de que o municipalismo é uma nova forma de gestão pública e pediu um novo pacto federativo. "Infelizmente muitos das atribuições continuam sendo um peso para as prefeituras." Ela defendeu a regulamentação da emenda 29, sendo aplaudida pelos prefeitos.

A pré-candidata voltou a lembrar a ideia do senador Pedro Simon (PMDB-RS) de uma constituinte para a reforma política. "O Brasil merece um processo político em um lugar do plebiscito", afirmou.

José Serra

No início de sua fala, Serra lembrou que disputou três vezes a Prefeitura de São Paulo e citou a frase: "A vida pública só podia ser completa se fosse prefeito alguma vez, porque é ele que está cara a cara com a população."

Ele afirmou que "a população não vive na União, nem nos Estados. Ela vive nos municípios". A frase foi repetida por Dilma depois.

O ex-governador destacou que, desde a Constituição de 1988, as obrigações das prefeituras aumentaram muito. "As receitas dos municípios não acompanharam as receitas da União."

Serra também lembrou uma série de pospostas que ele fez como deputado constituinte para aumentar a arrecadação das prefeituras. Ele criticou a queda do repasse do Fundo de Participação dos Municípios esse ano, em relação ao ano passado.

Protestos

O debate é mediado pelo jornalista Fernando Mitre, da Rede Bandeirantes. Na entrada, um grupo de professores estaduais em greve furou o cerco da polícia e bloqueou a entrada do evento. Serra tentou passar pelo protesto e precisou da ajuda de simpatizantes do partido para não ser agredido.

Durante o debate, um manifestante começou a gritar na plateia, gerando mal-estar entre os pré-candidatos e obrigando Mitre a pedir silêncio diversas vezes. Um dos organizadores pediu compreensão ao manifestante, que foi chamado de prefeito.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731254.shtml

Cobiçado por Serra, Dornelles tem poder no governo

Senador é padrinho do ministro das Cidades, pasta que autorizou pagamento de R$ 80 milhões para seu Estado

Adriano Ceolin, iG Brasília

Cotado como candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) é a principal liderança do seu partido beneficiada por liberação de emendas do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, ele também é o padrinho de Márcio Fortes no comando do Ministério das Cidades.

Só este ano a pasta já autorizou o pagamento de cerca de R$ 80 milhões em emendas patrocinadas pelo senador para obras de infra-estrutura e serviços no Rio de Janeiro, Estado por qual foi eleito. Dornelles atua em parceria com o governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), de quem foi aliado na eleição de 2006 e deverá apoiar em 2010.

“Eu não acompanho isso. É coisa do Sérgio Cabral”, disse em entrevista ao iG no seu gabinete. Além de Dornelles, o PP só tem mais dois parlamentares no Congresso: Simão Sessim (RJ) e Jair Bolsonaro (RJ) - esse último tem postura mais independente ao governo e já teve embates com integrantes do PT.

Além de manter Fortes e conseguir recursos para o seu Estado, Dornelles é também apontado como responsável pela indicação do diretor-técnico da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), cuja sede é no Rio. Trata-se de Marcos Vinícius Quintella Cury, cuja função na empresa é produzir projetos para ampliação das linhas de trem.

Dornelles nega ter indicado Cury para o posto. “Isso é especulação. Eu apenas fiz uma referência favorável a ele na época. É uma pessoa preparada e honesta”, afirmou o senador ao iG. Cury ocupa o cargo na CBTU desde setembro de 2007.

Ascensão

O poder de Dornelles no governo Lula se consolidou no segundo mandato de Lula. Entre 2003 e 2006, ele ocupava uma cadeira de deputado federal e não era uma liderança forte na bancada. Dornelles aumentou seu poder após parlamentares do partido terem se envolvido em escândalos de corrupção.

Apesar da constante insatisfação da bancada do PP com Márcio Fortes, Dornelles tornou-se o principal fiador do ministro na pasta das Cidades. Servidor público de carreira, Fortes foi indicado para o cargo em 2005 pelo então presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE).

No mesmo ano, Cavalcanti renunciou ao mandato após ser acusado de cobrar propina do dono do restaurante da Câmara, no episódio que ficou conhecido como “escândalo do mensalinho”. Em 2005, o então presidente do PP, Pedro Correa, foi cassado por conta do seu envolvimento no “mensalão do PT”.

Com as quedas de Corrêa e Cavalcanti, Dornelles tornou-se presidente nacional do PP e principal interlocutor do Palácio do Planalto no Congresso.

Vice do PSDB

O PP foi procurado para indicar Dornelles como vice na chapa de José Serra (PSDB) há três semanas. O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, reuniu-se com cinco deputados do PP em sua casa em Brasília e propôs a aliança.

Quarta maior bancada na Câmara, o PP tem 42 deputados. No começo do ano, o partido havia demonstrado interesse em apoiar Dilma Rousseff (PT). Até então, 20 dos 7 diretórios defendiam a coligação com a candidata petista.

As contas mudaram a partir do início das negociações para Dornelles ser o vice de Serra. Na semana passada, mais oito diretórios haviam mudado de opinião a favor do tucano. “Não tem jeito. Se ele for o vice mesmo. Todos vão aceitar a coligação”, disse.

O PT e Dilma tentam evitar a coligação ou fazer com que, no máximo, o partido fique neutro. Na terça-feira, ela almoçou com Dornelles e o ministro Márcio Fortes em Brasília.

O senador deixou o encontro sem sinalizar o que irá fazer. Por ora, ele e o seu PP seguem como integrantes da base aliada ao governo Lula. Afinal de contas, Dornelles é um dos principais beneficiários das ações e projetos da pasta das Cidades.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/cobicado+por+serra+dornelles+tem+poder+no+governo/n1237611011516.html

MPE recomenda multa e cassação do direito de transmissão do programa partidário do PT

Correio Braziliense -Diego Abreu

Em parecer enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou a aplicação de multa ao PT e a cassação do direito de transmissão do programa partidário deste semestre, previsto para ir ao ar dia 13, por supostas irregularidades na propaganda partidária exibida em dezembro do ano passado.

A manifestação do MPE vai ser anexada ao processo em que o DEM e o PSDB pedem punição ao PT, sob a acusação de a legenda ter promovido a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à Presidência da República. O parecer destaca que é “evidente a promoção pessoal” de Dilma. No texto, o MPE diz ainda que ficou caracterizada uma comparação entre o governo atual, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o anterior, de Fernando Henrique Cardoso, de modo a “macular” a gestão FHC.

Atualmente, há 17 representações no TSE contra Lula, Dilma ou o PT. Até agora, duas resultaram em multa ao presidente da República, que, pela primeira vez neste período pré-eleitoral, vai ser defendido por um advogado particular em uma ação no TSE.

Deverá ficar a cargo do PT a defesa de Lula no processo em que o presidente é acusado pelo PSDB de propaganda eleitoral antecipada em favor de Dilma Rousseff durante encontro realizado em abril, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP). O motivo é o fato de que o evento não fazia parte da agenda oficial do presidente. Nos outros processos que tramitam no TSE, a defesa de Lula é feita pela Advocacia-Geral da União (AGU).

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/06/politica,i=190806/MPE+RECOMENDA+MULTA+E+CASSACAO+DO+DIREITO+DE+TRANSMISSAO+DO+PROGRAMA+PARTIDARIO+DO+PT.shtml

PSB com Dilma

Correio Braziliense  - Denise Rothenburg


Uma semana depois de decidir retirar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, o comando nacional do PSB se reuniu com a cúpula do PT e a candidata Dilma Rousseff para anunciar seu apoio e apresentar uma lista de pedidos. Além de assento na coordenação da campanha, o PSB deseja voz ativa na elaboração do programa de governo e, ainda, tratamento igualitário a todos os candidatos a governador nos estados onde houver mais de um palanque de apoio à candidatura petista.

“Onde tiver um candidato vestindo a camisa dela, esse candidato deve ser considerado. É preciso que a campanha seja de todos e não apenas de alguns partidos”, cobrou o presidente do PSB, Eduardo Campos. Ele afirmou ainda que o PT precisa ter clareza de que “a candidatura não é do PT, é de uma frente”. E foi incisivo: “Lula só conseguiu ser presidente porque detinha o apoio de uma frente. O PT por si só não é suficiente para ganhar”.

Uma das preocupações dos socialistas é com a voracidade do PMDB no que se refere à influência num futuro governo. Por isso, desde já, ele avisou: “É preciso construir um programa que não fique só entre PT e PMDB. É preciso ampliar porque a estrutura (de campanha) vai além dos dois partidos”. O PSB, cujo 21 deputados votaram pelo fim do fator previdênciário, fechará algumas sugestões para esse programa num encontro em 21 de maio, para já deixar claro o apoio à petista.

Ao sair do almoço com a cúpula do PSB, Dilma apenas agradeceu o apoio e elogiou Ciro Gomes, que não estava presente. “Respeito, admiro e tenho a maior consideração pelo deputado Ciro Gomes. Sempre estivemos do mesmo lado”, disse Dilma, que foi evasiva quando perguntada se iria procurá-lo. “Farei sempre questão de procurar Ciro”, disse.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/06/politica,i=190805/PSB+COM+DILMA.shtml

Derrota sofrida pelo governo esfria as alianças eleitorais nos estados

Os efeitos da traição na Câmara aparecem principalmente em Minas, onde definição fica para junho

Correio Braziliense - Ivan Iunes | Josie Jeronimo


A derrota sofrida pelo governo na votação do reajuste dos aposentados e do fim do fator previdenciário fez o Palácio do Planalto endurecer o discurso contra os aliados insurgentes. A dissidência na bancada governista determinou os dois revezes. A quantidade de parlamentares de PT e PMDB que votaram contra a orientação dos próprios partidos e do governo chega a 76 deputados. O rombo nas contas públicas, provocado pela derrubada do fator previdenciário, é estimado em até R$ 15 bilhões — a cifra ainda não é consenso. Irritado, o governo esfriou negociações por alianças eleitorais nos estados e cobrou fidelidade dos aliados.

Votação que se arrastou durante semanas, a aprovação do reajuste para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo era uma derrota dada como certa pelo governo. O índice aprovado, de 7,7%, custará R$ 600 milhões a mais do que o Ministério do Planejamento aceitava bancar. Já era esperada a derrota no caso do reajuste, mas a queda do fator previdenciário pegou o Planalto no contrapé. “Esperávamos perder a questão do reajuste, mas a derrota no fator previdenciário estava fora de cogitação”, admitiu o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza.

Depois de ficar sem o controle sobre a base nas duas votações, Vaccarezza correu para identificar os dissidentes. Durante a votação, 24 petistas e 52 peemedebistas votaram pela derrubada do fator previdenciário. Entre eles, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (PT-SP). “Houve uma dispersão na base. O governo tem que avaliar como compor a base do ponto de vista político”, analisou Berzoini, que também é ex-ministro da Previdência. Até o relator oficial do fator previdenciário, Pepe Vargas (PT-RS), ajudou a derrubar o índice de correção.

Café da manhã
Os reflexos da traição dentro do próprio ninho governista foram observados já na ressaca da derrota em plenário. Um dia depois de o PMDB reforçar as derrotas governistas, lideranças do PT colocaram um freio na discussão da aliança entre as legendas em Minas Gerais, durante café da manhã na Câmara. A expectativa da reunião era de que Fernando Pimentel (PT) desistisse da pré-candidatura ao Palácio da Liberdade em nome do senador Hélio Costa (PMDB-MG). Ficou acertado apenas que os dois pré-candidatos estarão no mesmo palanque durante as eleições. A definição sobre quem seria candidato a governador pela aliança ficou para depois.

Ao diminuir a velocidade do acordo em Minas Gerais, os petistas cobraram fidelidade do partido aliado nas votações de projetos polêmicos. O acordo costurado por petistas e peemedebistas para Minas prevê o anúncio oficial sobre a chapa até 6 de junho. A tendência é de que Costa seja lançado ao governo e Pimentel, que também é coordenador da campanha nacional de Dilma Rousseff (PT), tente uma vaga no Senado Federal. “O importante é que não há hipótese de haver um palanque duplo em Minas, essa é a decisão de consenso da reunião”, ponderou o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Diante da resistência petista em ungir Costa candidato ao Palácio da Liberdade, o presidente do PMDB, Michel Temer, confirmou o adiamento da convenção nacional do partido. O evento apontará o nome escolhido pela legenda para a vice de Dilma. Inicialmente marcado para 15 de maio, o encontro passou para 12 de junho, véspera da convenção do PT que deve indicar a ex-ministra da Casa Civil como candidata do partido ao Planalto.

Questionado sobre a dissidência peemedebista na votação do reajuste aos aposentados — o partido liberou a bancada para votar como quisesse —, Temer minimizou a influência da pré-campanha eleitoral na aprovação do projeto. “Não acho que seja apenas as eleições, a Câmara tem tradição em defender os aposentados. Acredito que esses R$ 600 milhões serão suportáveis pelas contas públicas”, afirmou.

Painel de votação

Confira como governistas e oposição votaram pelo fim do fator previdenciário


PT
Dos 67 petistas que estavam no plenário, 24 desobedeceram a orientação do líder e votaram pela aprovação da emenda. Um se absteve. Entre os traidores, destacam-se nomes tradicionais do partido, como Ricardo Berzoini, ex-ministro da Previdência de Lula e Vicentinho. Jorge Bittar, Paulo Pimenta e o relator oficial do fator previdenciário Pepe Vargas também votaram contra o governo. Vale considerar que o líder não liberou a bancada e a orientação era votar não.


PMDB
Dos 65 votantes, 12 apoiaram o governo e um se absteve. O PMDB orientou a bancada para não aprovar o fim do fator.

RESTANTE DA BASE
Dos demais partidos (PDT, PSB, PCdoB, PHS, PMN, PP, PR, PSB, PRB, PTB, PTC, PtdoB), apenas 18 votaram com o governo.

PSDB
Dos 44 deputados que votaram, seis apoiaram o governo.

DEM
Apenas um dos 47 votou pela manutenção do fator previdenciário.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/06/politica,i=190799/DERROTA+SOFRIDA+PELO+GOVERNO+ESFRIA+AS+ALIANCAS+ELEITORAIS+NOS+ESTADOS.shtml

Após três programas, PT suspende produção do "Fala Dilma"

Folha - RANIER BRAGON
da Sucursal de Brasília

Criado com o objetivo de espalhar diariamente pela internet e por rádios do interior do país entrevistas em que Dilma Rousseff (PT) falaria sobre "importantes temas da agenda nacional", o "Fala Dilma" empacou no terceiro episódio e não tem atualizações desde a quinta-feira da semana passada.

No dia 27, o programa começou a ser veiculado no site da petista (www.dilmanaweb.com.br) com a promessa de que "de segunda a sexta-feira" seria colocada no ar uma entrevista com Dilma, produzida por sua assessoria.

"Os internautas e os comunicadores de rádio poderão ouvir ou fazer o download livre", apregoava o site, se referindo aos áudios de cerca de 5 minutos em que a ex-ministra discorria sobre temas formulados por sua equipe.

Nos três únicos programas veiculados até agora (na terça, quarta e quinta da semana passada), Dilma falou sobre Bolsa Família, valorização dos professores e carteira assinada. Em um deles, fez referência ao presidente da República em 1909 como sendo Arthur Bernardes em vez de Affonso Penna ou Nilo Peçanha, que ocuparam a cadeira naquele ano.

Isso apesar de a petista falar, nos programas, com um tom e ritmo similares à de quem lê um texto. Nos últimos tempos, a petista tem passado por treinamento para melhorar o desempenho diante de microfones e gravadores.

De acordo com sua assessoria, a gravação do "Fala Dilma" foi interrompida pela combinação de agenda lotada e problemas de voz da petista. Mas, ainda segundo a pré-campanha do PT, a sua produção deve ser retomada futuramente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731136.shtml

Lula quer todos os aliados em um palanque só

Folha - SIMONE IGLESIAS
da Sucursal de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que, se pudesse decidir pelas direções locais dos partidos, todos os candidatos da base aliada ficariam num palanque só, sem disputas regionais e todos unificados em torno da candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

"Eu já deixei claro em diversas oportunidades que prefiro palanque único em cada estado. Se dependesse exclusivamente da minha vontade, cada estado encontraria um jeito de acomodar todos os aliados em um só palanque", disse.

Em entrevista ao jornal "Diário do Pará", afirmou que como não quer interferir e que deixará as negociações nas mãos dos partidos.

"Mas também não quero interferir. A palavra final cabe as lideranças políticas e às direções partidárias. Vou torcer para a união, mas se não acontecer, como parece que não será possível em alguns estados devido a circunstâncias locais, conto com o apoio à candidatura nacional. Os partidos podem disputar regionalmente, mas mantendo o compromisso com o projeto nacional", afirmou.

Lula pediu que as disputas locais sejam pautadas pela "civilidade", pelo "respeito mútuo", e que as divergências se limitem às propostas para o Estado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731075.shtml

Serra, Dilma e Marina têm hoje primeiro "debate" como pré-candidatos

colaboração para a Folha

José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), os três principais pré-candidatos à Presidência, devem participar nesta quinta-feira (06) de um evento conjunto pela primeira vez. Trata-se do 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte.

É também a primeira oportunidade de debate entre os presidenciáveis, que devem receber questões relativas aos municípios do Estado.

Tanto a campanha tucana quanto a petista confirmaram a presença de seus candidatos. A assessoria da senadora pelo Acre disse no início da semana que ela comparecerá se os demais também o fizerem.

Haverá um debate sobre "Gestão e Tecnologia" para cidades, mediado pelo jornalista Fernando Mitre.

Na segunda-feira (03), Dilma e Serra participaram da abertura da Expozebu em Uberaba (MG). Na semana passada os dois estiveram na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), em horários diferentes. No último sábado (01), Dilma e Marina estiveram na festa de 1º de Maio da UGT/Nova Central e CTB, mas em horários diferentes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731034.shtml

No Sul, Serra diz que não é oposição nem situação

da enviada a Porto Alegre
da Agência Folha, em Porto Alegre

O pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, deu ontem mais uma declaração na linha de não se declarar oposição ao governo Lula. "Não me coloco como oposição ou situação. Eu me coloco como candidato para o futuro. Política para mim não é Fla-Flu nem Grêmio versus Internacional", disse o tucano, ontem, durante visita a Porto Alegre.

Mas, indiretamente, acusou o governo federal de alimentar a corrupção com o loteamento de cargos, até das agências reguladoras.

Serra afirmou que reduzirá significativamente os cargos em comissão do governo, caso seja eleito presidente.

"Vou deixar o essencial. (...) Tenho certeza que tem uma gordura bovina europeia (...) Cheguei à Prefeitura de São Paulo e era aquela coisa obesa", afirmou.

Segundo ele, o processo de indicação política foi exacerbado de "uns anos para cá".

"As agências passaram a ser loteadas politicamente. Criei duas agências no Ministério da Saúde: Anvisa e Agência de Saúde Suplementar. Na época, ninguém nem procurava para sugerir nomes. Agora, é loteado entre os partidos", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731019.shtml

Marqueteiro de Dilma perde poder e causa desconforto no comitê de campanha

colaboração para a Folha

Hoje na Folha Há menos de um mês, o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), jornalista, assumiu a coordenação geral da área de comunicação da campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff, enquanto o marqueteiro João Santana teve sua área de atuação limitada aos programas de TV do partido e do horário eleitoral. Segundo reportagem de Ana Flor na edição desta quinta-feira (06) da Folha (íntegra somente para assinantes UOL e do jornal), as movimentações no comando de campanha causaram desconforto no comitê.

A entrada do deputado, amigo de Dilma há décadas, representou, na prática, uma divisão de poder na comunicação.

Falcão passou a atuar na estratégia de imprensa. Ele coordena o planejamento de entrevistas da candidata em viagens e em Brasília e despacha diariamente com a coordenadora de imprensa, Helena Chagas. Santana, por sua vez, sempre foi uma espécie de coordenador geral de comunicação, apesar de ser oficialmente responsável pelo marketing.

Ambos atuaram juntos na campanha de Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo, em 2008, quando ela perdeu para Gilberto Kassab (DEM).

Hoje, os dois fazem parte do grupo de cardeais de Dilma, que se reúne às terças-feiras em Brasília para definir estratégias de campanha.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731009.shtml

5 de mai. de 2010

No RS, Serra promete 2ª ponte ligando Porto Alegre ao sul do Estado

Do UOL Eleições


O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu nesta quarta-feira (05), em Porto Alegre, a construção da segunda ponte sobre o rio Guaíba, principal ligação da capital gaúcha com a região Sul do Estado. "Vou providenciar de cara. Entrarei trabalhando desde o primeiro dia", disse. O tucano fez a declaração durante entrevista promovida pelo "Grupo RBS" e transmitida pela rádio "Gaúcha".

Atualmente, a ligação de Porto Alegre com o sul do Estado é feita por meio de uma ponte móvel, que tem seu tráfego interrompido diversas vezes por dia, quando a construção é içada para passagem de barcos.

O presidenciável deu uma sugestão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à política externa brasileira. Segundo Serra, Lula deveria dar um recado claro à imprensa internacional sobre a situação no Irã. "Sugiro ao Lula que dê uma declaração à imprensa internacional para que Ahmadinejad (Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã) modere na repressão àqueles que se opõem", declarou.

Sobre o governo do PSDB no Rio Grande do Sul, Serra considerou positivo. Disse que a governadora Yeda Crusius fez um bom trabalho na recuperação financeira do Estado. "Tem boas experiências nas parcerias público-privadas, na saúde, transportes e presídios. É um governo positivo para o Rio Grande do Sul".

Perguntado sobre a situação dos presídios no Brasil, o pré-candidato reconheceu que esta é uma área que não fez tudo o que gostaria enquanto foi governador de São Paulo. Segundo Serra, o maior problema é a superlotação dos presídios e o empecilho para a construção de novas penitenciárias esbarra na rejeição dos municípios em abrigar as obras mais que na falta de recursos. "Todo mundo quer, mas no município vizinho".

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/05/no-rs-serra-promete-2-ponte-ligando-porto-alegre-ao-sul-do-estado.jhtm

Em almoço, PSB garante apoio à pré-candidatura de Dilma Rousseff

Folha - SOFIA FERNANDES
ANDREZA MATAIS
da Sucursal de Brasília

Em almoço com a cúpula do PSB, a pré-candidata Dilma Rousseff recebeu a garantia de apoio do partido, que será oficializado na convenção do dia 21 de maio.

"É um momento muito especial. Do meu ponto de vista, é uma decisão estratégica para nós. Tenho certeza que a presença do PSB vai qualificar muito a minha campanha", afirmou a petista, ao sair do restaurante, em um hotel em Brasília.

Dilma afirmou que irá entrar em contato com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que ficou de fora da disputa à Presidência por pressão do governo e do seu partido, e negou desconforto na situação.

"Respeito, admiro e tenho a maior consideração pelo deputado e ex-ministro Ciro Gomes. Além disso, tenho relações afetivas com o deputado, tenho certeza que nós sempre estaremos do mesmo lado", disse.

O partido cobrou de Dilma participação no núcleo da campanha dela, que até agora é formado exclusivamente por petistas, e apoio a todos os candidatos da base, sendo eles adversários ou não.

"Não pode a coordenação da campanha discriminar um ou outro candidato", afirmou o governador de Pernambuco Eduardo Campos, presidente nacional do PSB. "Esta não será uma campanha do PT, tem que ser da frente. O PT por si só não é suficiente para ganhar as eleições", complementou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730626.shtml

Lula ironiza dificuldades com alianças e diz que Dilma pesa menos do que Serra

Folha - SIMONE IGLESIAS
da Sucursal de Brasília

Questionado por jornalistas no Palácio do Itamaraty se a pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) não está sendo uma candidata pesada demais pelas dificuldades que vem enfrentando com partidos da base governista na formação da aliança, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou: "Ela pesa menos que o adversário dela. Pesa uns 15 quilos menos", disse, em comparação com o candidato do PSDB à presidência, José Serra.

Dilma encontra dificuldades em formalizar alianças nacionais devido a uma série de impasses em acordo regionais. Exemplo disso é o PMDB, que adiou a oficialização do nome do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como candidato a vice na chapa da petista. A mudança de data tem relação com a indefinição das alianças regionais, notadamente em Minas, Ceará e Pará.

Nos bastidores, os peemedebistas afirmam que o adiamento tem como objetivo não melindrar a militância mineira do PT, que recentemente realizou uma prévia entre o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel, que acabou vencendo por uma pequena margem de votos. O diretório nacional do partido tenta emplacar o ex-ministro Hélio Costa para o governo do Estado de MG, mesmo contrariando o diretório local.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730579.shtml

Serra apoiará posição do governo sobre reajuste

SANDRA HAHN - Agência Estado

Ao ser questionado sobre o reajuste de 7,7% para os aposentados, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse que vai apoiar a decisão que for tomada pelo governo. A Câmara aprovou ontem o índice, que é superior ao proposto pelo governo, e a matéria ainda será votada no Senado.

Durante palestra em reunião-almoço na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) Serra avaliou que o controle de custos "saiu de moda" no País. "Custo do governo é uma batalha permanente" afirmou. "Saiu de moda", acrescentou, dizendo que "alguns Estados e municípios fazem, mas nacionalmente saiu de moda". Como exemplo de corte de custos, citou que em seu governo em São Paulo foram cortados 30 a 40% dos cargos de livre nomeação e "ninguém notou".

Em uma crítica ao governo, afirmou que as agências reguladoras passaram a ser "loteadas politicamente". Voltou a dizer que defende um "ativismo governamental", com função reguladora em vez de interventora, e disse que não aceitou indicações políticas para cargos de direção e secretarias quando governou São Paulo.

Para Serra, há um fenômeno "grave na política brasileira" quando "se substitui a ética individual pela ética do partido".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-apoiara-posicao-do-governo-sobre-reajuste,547436,0.htm

Serra: 'Se eu for presidente, vou ser o presidente da produção'

Tucano afirmou que o Brasil precisa recuperar a 'ideia de planejamento' e defendeu um 'plano nacional de desenvolvimento regional'

Sandra Hahn/PORTO ALEGRE - Agência Estado

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta quarta-feira, 5, que será "o presidente da produção", caso vença as eleições de outubro. "Do ponto de vista do Brasil, o que eu quero é o desenvolvimento sustentável", pregou, durante palestra a um público empresarial. "Se eu for presidente da República, eu vou ser o presidente da produção", prometeu, recebendo aplausos do público que ocupou mais de 300 lugares na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul).

Na palestra, Serra afirmou que o Brasil precisa recuperar a "ideia de planejamento" e defendeu um "plano nacional de desenvolvimento regional". "Nós temos um Ministério da Integração que vai atuando no varejo", afirmou. Para Serra, a política do ministério é mais voltada para macrorregiões menos desenvolvidas, o que considerou acertado, mas ela "também não tem uma diretriz clara". Para as sub-regiões problemáticas, "não há nenhuma política", segundo ele.

Sem citar a adversária do PT, Dilma Rousseff, Serra disse que o regime para a indústria automotiva adotado no governo Fernando Henrique Cardoso foi a principal medida de política industrial nos últimos 25 anos. "Eu digo isso até porque, de repente, se fala de política industrial como se fosse algo novo, que teria surgido só recentemente", emendou.

A adversária petista, quando esteve no Rio Grande do Sul, em abril, defendeu a política industrial do governo Lula. "Nós fizemos, fazemos e teremos de fazer política industrial, algo que muitos antes de nós consideravam prova de insensatez e atraso", afirmou Dilma, na ocasião.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-se-eu-for-presidente-vou-ser-o-presidente-da-producao,547419,0.htm

Lula desconversa sobre PMDB adiar apoio a Dilma

TÂNIA MONTEIRO - Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não conversou com ninguém sobre a decisão do PMDB de adiar para junho o anúncio do apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. "Não falei nada com ninguém, cheguei aqui às 3 da manhã da viagem", disse o presidente, referindo-se às viagens que fez a Buenos Aires e Montevidéu.

Indagado se a ex-ministra estava sendo uma pré-candidata "muito pesada" para levar adiante, por causa, principalmente das dificuldades que está enfrentando com os aliados, Lula ironizou: "Ela pesa menos que o adversário dela. Pesa uns 15 quilos menos", disse, referindo-se a José Serra, pré-candidato da oposição.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-desconversa-sobre-pmdb-adiar-apoio-a-dilma,547364,0.htm

Dilma e Temer acertam a vice-presidência

 Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, acertou com o presidente do PMDB, Michel Temer, a vaga de vice na chapa presidencial. Em um jantar entre os dois na noite passada, o primeiro desde que o presidente da Câmara passou a ser cotado à vaga, ambos decidiram juntar esforços para construir palanques únicos nos Estados.

O objetivo do encontro foi mostrar unidade e acenar com um acordo eleitoral cuja formalização está prevista para o mês que vem. Antes disso, é preciso resolver entraves em terrenos importantes como Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, palco de disputa entre PT e PMDB.

"Eu ouvi com muita alegria da pré-candidata Dilma que se, eventualmente, o PMDB me indicasse para a vice, ela receberia (a indicação) com muito agrado", afirmou Temer a jornalistas, ao lado da ex-ministra, ao sair do jantar.

Com muito cuidado, nenhum dos dois saiu da reunião proferindo anúncios. Mas também não há dúvidas hoje de que o partido de Michel Temer chancelará seu nome.

A convenção da legenda ocorrerá somente na segunda semana de junho, quando o casamento será sacramentado.

"Considero ele um nome muito importante na questão da pré-candidatura a vice. Não posso chamar de noivado nem pré-casamento, porque é uma decisão que a partir de agora vai amadurecer também no PMDB. A gente não pode nesse momento atropelar nenhum processo", completou a pré-candidata ao ser questionada.

"Nos interessa a aliança estratégica entre PT e PMDB com vistas à disputa de 2010. Dentro dos nomes apresentados ou cogitados destaca-se o do presidente da Câmara federal...Ele tem todas as credenciais para pleitear a pré-candidatura a vice", adicionou.

Temer fica fortalecido. Sua indicação nunca foi vista com entusiasmo no Planalto. A questão é que somente ele é capaz de reunir o maior número das forças partidárias para fechar a aliança.

"Nós dois agora temos que fazer muito esforço para fazer um ajuste definitivo nos Estados", adiantou o dirigente, para quem ainda são necessárias costuras políticas também no Pará e na Bahia.

Esse foi o principal passo dado até agora no sentido de celebrar o consórcio nacional com os peemedebistas, maior sigla do Brasil e legenda com maior número de prefeitos e governadores. Maior bancada da Câmara, o partido tem em sua vitrine o maior tempo de TV para propaganda eleitoral.

O encontro ocorreu no mesmo dia em que o PSC, da base de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu aderir à campanha do pré-candidato do PSDB, José Serra. Isso dará a ele cerca de 50 segundos a mais de programa.

O PP, também do campo governista, é igualmente cortejado por Serra e pode levar a vaga de vice caso decida acomodar-se na coligação oposicionista. Nesse caso, o senador Francisco Dornelles (RJ) completaria a chapa.


http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE64401320100505

PMDB adia anúncio de Temer como vice de Dilma

Convenção que oficializaria deputado na chapa presidencial foi adiada de 15 de maio para 12 de junho devido a ajustes nos estados

iG São Paulo

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, fez um convite oficial ao presidente do PMDB, Michel Temer, para a vaga de vice na chapa presidencial. Em um jantar entre os dois na noite passada, o primeiro desde que o presidente da Câmara passou a ser cotado à vaga, ambos decidiram juntar esforços para construir palanques únicos nos Estados. No entanto, o anúncio oficial de Temer como vice depende de ajustes nos estados.

O encontro do PMDB que consagraria Temer na vice de Dilma estava previsto para o dia 15, mas foi adiado devido ao impasse em Minas Gerais sobre a candidatura própria do PT ao governo ou o apoio ao ex-ministro Hélio Costa.

Antes da garantia do apoio à ex-ministra, o PMDB quer resolver entraves em terrenos importantes como Minas, segundo maior colégio eleitoral do país. Além de tentar resolver as pendências estaduais, o partido quer analisar o desempenho de Dilma nas pesquisas eleitorais. Com isso, a convenção da legenda ocorrerá somente no dia 12 de junho, quando o casamento será sacramentado.

O objetivo do encontro entre Dilma e Temer foi mostrar unidade e acenar com um acordo eleitoral. "Eu ouvi com muita alegria da pré-candidata Dilma que se, eventualmente, o PMDB me indicasse para a vice, ela receberia (a indicação) com muito agrado", afirmou Temer a jornalistas, ao lado da ex-ministra, ao sair do jantar.

Com muito cuidado, nenhum dos dois saiu da reunião proferindo anúncios. Mas também não há dúvidas hoje de que o partido de Michel Temer chancelará seu nome. "Considero ele um nome muito importante na questão da pré-candidatura a vice. Não posso chamar de noivado nem pré-casamento, porque é uma decisão que a partir de agora vai amadurecer também no PMDB. A gente não pode nesse momento atropelar nenhum processo", completou a pré-candidata ao ser questionada.

"Nos interessa a aliança estratégica entre PT e PMDB com vistas à disputa de 2010. Dentro dos nomes apresentados ou cogitados destaca-se o do presidente da Câmara federal...Ele tem todas as credenciais para pleitear a pré-candidatura a vice", adicionou.

Temer fica fortalecido. Sua indicação nunca foi vista com entusiasmo no Planalto. A questão é que somente ele é capaz de reunir o maior número das forças partidárias para fechar a aliança.

"Nós dois agora temos que fazer muito esforço para fazer um ajuste definitivo nos Estados", adiantou o dirigente, para quem ainda são necessárias costuras políticas também no Pará e na Bahia.

O presidente do Senador e um dos articuladores do nome de Temer para formação da chapa, José Sarney (PMDB-AP), disse que o deputado tem “uma liderança muito grande no partido” e, ao longo dos anos, trabalha para “se impor e ser indicado para essa posição”.

* Com Agência Brasil, AE e Reuters.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/pmdb+adia+anuncio+de+temer+como+vice+de+dilma/n1237608749824.html

Os candidatos de Dilma Rousseff

O núcleo político da coordenação também está em campanha: mas em causa própria. Dutra e Palocci, por exemplo, vão disputar mandato

Andréia Sadi, iG Brasília

Ao mesmo tempo em que assume a tarefa de conduzir Dilma Rousseff ao Planalto, o núcleo político da campanha petista estará empenhado em outra tarefa: renovar ou conquistar seu próprio mandato. Além de Dilma, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, o deputado federal Antonio Palocci e o deputado estadual Rui Falcão também são candidatos na eleição de 2010.

A ideia dos coordenadores é garantir espaço político no ano que vem caso o plano de eleger a sucessora do presidente Lula não se concretize. Se for eleita na disputa contra Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB), Dilma poderá nomear alguns dos coordenadores para ministérios ou cargos de confiança. Foi o que aconteceu com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Um dos principais articuladores da campanha vitoriosa de Lula, em 2002, ele se candidatou a uma vaga para deputado federal. Foi eleito, mas se licenciou assim que tomou posse, em 2003, para ocupar a Casa Civil.

Eleito em 2006, o deputado federal Antonio Palocci vai tentar a renovação do mandato na Câmara. Palocci foi eleito em 2000 para a prefeitura de Ribeirão Preto, em São Paulo, e se licenciou em 2003 para assumir o ministério da Fazenda do primeiro mandato do governo Lula. Tanto Palocci como Dirceu eram considerados homens fortes do presidente, mas foram atingidos por escândalos de corrupção e tiveram que deixar o cargo.

Dutra se desdobra em três. Divide-se entre a presidência do PT e a coordenação, em Brasília, e a própria campanha em Sergipe. Candidato a uma vaga para deputado federal pelo Estado, Dutra se esforça para passar os finais de semana no Estado, quando não está mergulhado em questões da campanha nacional. No resto do tempo, deixa o trabalho a cargo de assessores que montam agendas e repassam demandas da base eleitoral."Ele tem coordenação de campanha lá no Estado. Durante a semana ele mantém vários contatos na região. Ele já tem uma base consolidada lá, tem uma trajetória, foi até senador", disse um assessor de Dutra ao iG.

Para Dutra, por exemplo, fazer parte da campanha serve também de vitrine. Eleito senador em 1994, ele passou anos afastado das urnas quando no comando de estatais. Na coordenação, o presidente do PT cumpre a função de acompanhar Dilma em viagens e subir em palanques. Já para Palocci, pode até dificultar o trabalho de busca de votos, já que boa parte de sua agenda na campanha será comandada nos bastidores, para captar apoio do empresariado

Outro que deixa a cargo de assessores o dia a dia da pré-campanha é o deputado estadual Rui Falcão. Candidato à reeleição em São Paulo, Rui cuida da comunicação da campanha de Dilma. De segunda a quarta-feira, fica em Brasília, mas volta para o Estado nos finais de semana e participa de caravanas em regiões carentes com eleitores em potencial.

Para o governo de Minas Gerais ou uma vaga ao Senado, o ex-prefeito Fernando Pimentel também quer garantir um mandato em 2011. Pimentel venceu as prévias do PT realizadas neste domingo em Minas Gerais contra o ex-ministro Patrus Ananias. Ele quer encabeçar a chapa ao governo do Estado. No entanto, o PMDB, principal aliado do partido, quer lançar o ex-ministro Hélio Costa na disputa. Com a insistência dos petistas, o PMDB ameaça romper a aliança em Minas, segundo maior colégio eleitoral do País.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também vai disputar uma nova vaga na Casa. Ele faz parte da coordenação da campanha, mas não participa de todas as reuniões porque as suas prioridades são as votações no Congresso. Se Dilma ganhar e ele renovar o mandato, inclusive, pode até levar a presidência da Câmara.

Único integrante da equipe política que deve ficar fora da disputa das urnas é o secretário-geral do PT, o deputado federal José Eduardo Cardozo (SP). Desanimado, ele disse à reportagem que não vai se candidatar a nenhum cargo eletivo em 2010.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/os+candidatos+de+dilma+rousseff/n1237605879928.html

PT e PMDB fecham acordo para eleições em Minas

Agência Brasil - Priscilla Mazenotti

Brasília - PT e PMDB estarão no mesmo palanque na campanha para as eleições ao governo de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. A aliança entre os partidos foi acordada em reunião hoje (5) com dirigentes das duas legendas. O pré-candidato do PMDB, Hélio Costa, e o pré-candidato do PT, Fernando Pimentel, são os dois nomes cotados para concorrer ao governo e à vaga no Senado.

“A aliança PT e PMDB em Minas Gerais é um reflexo da aliança nacional. Os dois partidos farão, no estado, um palanque único”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

As negociações agora serão com as bases dos partidos no estado para definir qual pré-candidato vai concorrer ao governo e ao Senado. Dutra disse que o critério de escolha será político e não com base em pesquisas eleitorais, que tem apontado um favoritismo de Hélio Costa ao governo. O anúncio será feito até o dia 6 de junho, data marcada pelos partidos para anúncio da chapa majoritária.

A aliança no estado repete a aliança nacional entre os dois partidos. O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), deverá ser o candidato a vice-presidente na chapa com Dilma Rousseff (PT). Ontem, os dois participaram de um jantar e Temer disse que ouviu de Dilma que “receberia com muito agrado político e cívico” a confirmação de seu nome para vice.

Segundo Temer, a aliança nacional será feita com base nas alianças regionais. “Será em razão das soluções regionais”, disse. “Vamos pouco a pouco construindo lenta e solidamente a aliança nacional”, completou.

O PMDB marcou para 12 de junho a convenção nacional, quando deverá fazer o anúncio oficial da indicação de Temer a vice.

Edição: Talita Cavalcante

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=943669

Dilma, Serra e Marina Silva vão ficar cara a cara em Minas

Correio Braziliense

Estado de Minas


Pela primeira vez, os três principais pré-candidatos à Presidência da República – a ex-ministra Dilma Rousseff (PT), o ex-governador José Serra (PSDB) e a senadora licenciada Marina Silva (PV) – estarão frente a frente. Eles vão se reunir, quinta-feira, com uma plateia de 600 prefeitos dos municípios mineiros, público mais que qualificado na corrida dos pré-candidatos para angariar apoio e palanques no estado. Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, pode ser o fiel da balança nestas eleições e, por isso, tem sido a menina dos olhos dos presidenciáveis.

O encontro será no 27º Congresso Mineiro dos Municípios, aberto terça-feira, em Belo Horizonte, em um painel sobre a autonomia municipal. Em miúdos, os pré-candidatos responderão a perguntas sobre a concentração ou a maior descentralização de verbas nos repasses pelo governo federal às prefeituras. O tema é polêmico, principalmente para Serra e Dilma. No governo tucano, que teve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à frente, a arrecadação de uma série de impostos que seriam destinados aos municípios foi concentrada pela União. A Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) é um exemplo. Criado como verba para o custeio da saúde pública, da Previdência Social e do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, o tributo nasceu e morreu sem chegar a ser distribuído aos municípios.

O governo petista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a política tributária instaurada pelos tucanos. Mais recentemente, para frear os efeitos da crise financeira mundial no país, Lula aplicou uma série de benefícios fiscais em taxações como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida tornou-se uma das principais reclamações dos prefeitos, que sentiram no bolso a queda nos repasses federais como reflexo da iniciativa.

Os pré-candidatos devem receber essas e outras demandas dos chefes de Executivos durante o evento. De acordo com diretores da Associação Mineira dos Municípios (AMM), que organizam o congresso, o painel discutirá o fortalecimento da gestão econômica municipal. Uma das bandeiras será a redistribuição do bolo tributário. Atualmente, a União fica com 57% de toda a arrecadação de impostos, enquanto às prefeituras cabe o montante de apenas 17% das verbas. Os prefeitos protestam também contra as recorrentes quedas no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Outro pleito dos prefeitos é a aprovação da Emenda 29, que fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pelo governo federal e está parada há três anos no Congresso. A matéria, de acordo com os prefeitos, aliviaria boa parte dos orçamentos municipais.

Agropecuária

A julgar pelo desempenho de Dilma e Serra em sua pré-campanha, os chefes dos Executivos municipais mineiros podem ter boas notícias. Eles visitaram nesta semana as duas principais feiras de agropecuária no país, o Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e a ExpoZebu, em Uberaba. Para agradar os produtores rurais de um setor que representa 40% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e mobiliza cerca de 1,2 milhão de representantes, os presidenciáveis adotaram discursos contra a invasão de terras, principal exigência da bancada ruralista.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/05/politica,i=190598/DILMA+SERRA+E+MARINA+SILVA+VAO+FICAR+CARA+A+CARA+EM+MINAS.shtml

Partidos vitaminam a propaganda

Correio Braziliense -Tiago Pariz


PT, PSDB e PMDB elevaram os gastos com propaganda institucional em 2009 de olho na eleição presidencial deste ano. Segundo a prestação de contas encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os petistas desembolsaram a maior parte dos recursos com os custos para produzir peças para mostrar as realizações da legenda e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A legenda investiu R$ 4,4 milhões no ano passado, contra 3,1 milhões em 2008 — um crescimento de 42%. Em 2009, os petistas voltaram todos os esforços para dar visibilidade nacional à então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No começo do ano passado, Dilma havia sido escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidata, mas ainda se debatia internamente no partido se ela seria a melhor opção para a sucessão. A direção petista aproveitou as inserções em rádio e televisão para torná-la mais conhecida da grande massa de eleitores. A investida garantiu que ela chegasse ao patamar de 20% nas pesquisas de intenção de voto e diminuísse os questionamentos dentro da legenda.

De acordo com a prestação de contas encaminhada ao TSE, o PT também aumentou o gasto com pessoal. Entre 2008 e 2009, houve 10,5% de crescimento, salto de R$ 7,6 milhões para R$ 8,4 milhões. No ano passado, a legenda usou mais dinheiro do Fundo Partidário para pagar os funcionários. Foram R$ 3,6 milhões, contra R$ 3,1 milhões no período anterior. O restante veio de dinheiro de doações de pessoas físicas e empresas.

O PMDB registrou o maior crescimento percentual de 2008 para 2009, um salto de 152%, com a publicidade institucional. As despesas no ano passado alcançaram R$ 813 mil, contra R$ 322 mil em 2008. A explicação do partido é que, no ano eleitoral, a despesa com a divulgação oficial ficou limitada ao primeiro semestre, com cinco inserções, enquanto em 2009 ocorreram 10 peças publicitárias em datas diferentes. O aumento 2,5 vezes é argumentado também pelo alto custo de deslocamento das equipes de produção das peças para tomar depoimentos dos seis governadores peemedebistas espalhados pelo Brasil.

O PSDB teve um aumento de 50% nas despesas com publicidade, saindo de R$ 1,15 milhão, em 2008, para R$ 1,74 milhão. O dinheiro foi usado para passar uma atmosfera de sintonia entre os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, então pré-candidatos ao Palácio do Planalto. O esforço foi feito porque, nos bastidores, serristas e aecistas se desentendiam a ponto de o tucanato ficar preocupado com possíveis feridas para a eleição presidencial.

O líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), disse que o aumento de gastos com propaganda é uma tendência entre partidos com nomes fortes na disputa majoritária. “Todos os partidos que têm candidato próprio se preocupam com isso. Se o eleitor não recebeu direito a mensagem do candidato, lembra-se do partido. O PSDB está discutindo uma forma de ser mais enfático nisso. Com um candidato como o Serra, vamos ampliar o voto de legenda”, disse.



http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/05/politica,i=190567/PARTIDOS+VITAMINAM+A+PROPAGANDA.shtml

Dilma se acerta com Temer

Correio  Braziliense - Tiago Pariz


A pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, decidiu formalizar a indicação do presidente do PMDB e da Câmara, Michel Temer (SP), para vice de sua chapa. A campanha de Dilma, após intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, viu-se obrigada a acelerar a aliança para fazer um contraponto ao pré-candidato do PSDB, José Serra.

O encontro entre Dilma e Temer ocorreu na casa da ex-ministra, no Lago Sul, e terminou pouco depois das 23h. “Ela me disse que, se o PMDB formalizar o apoio, gostaria muito que eu fosse o vice”, afirmou Temer. “Tenho muito apreço pelo Temer e o considero um nome muito importante dentro do PMDB para a pré-candidatura a vice”, complementou Dilma. A partir de agora, os dois disseram que vão unir esforços para resolver impasses nos estados.

O encontro foi marcado após intervenção do presidente da República nos rumos da campanha(1). De Lula partiu o pedido pela realização do jantar para solidificar a aliança, num momento em que os coordenadores petistas encontram obstáculos no desempenho político da candidata e veem aumentar a ansiedade para ultrapassar o pré-candidato do PSDB, José Serra, nas pesquisas de intenção de votos.

O PMDB discute internamente qual a melhor data para realizar a Convenção Nacional que formalizará o apoio. A primeira opção é por 12 de junho, um dia antes da data marcada pelo PT. Havia uma discussão para jogar a convenção para o dia 22 ou realizar um congresso do partido na próxima semana, mas os peemedebistas pró-aliança com Dilma preferem realizar um único encontro na data mais próxima da convenção petista.

A estratégia de antecipar o convite a Temer foi um contraponto à campanha tucana, que ainda não tem definido como vai chegar ao nome do vice. Dentro do PSDB, não há consenso sobre o perfil do vice, nem de qual partido deve ser. Há possibilidade de o indicado partir do DEM ou do PPS. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gostaria que o vice fosse mineiro. Um dos nomes sempre lembrado é o do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, mas há políticos que preferem um nordestino.

Investida no PP
A investida em cima de Temer ocorreu depois de Dilma receber para um almoço a cúpula do PP, que também flerta com apoio ao PSDB de Serra e tem o presidente do partido, senador Francisco Dornelles (RJ), apontado como potencial vice da chapa tucana. O senador pelo Rio, no entanto, não quis comprometer o apoio de sua legenda aos petistas. Segundo ele, os diretórios regionais continuam liberados para formalizar alianças com o partido que for melhor para a estratégia de aumentar o número de deputados e senadores. Dos 27 diretórios estaduais do PP, 20 são favoráveis à aliança com Dilma e sete preferem o acordo com José Serra.

1 - DEM contra Lula no TSE
O DEM entrou ontem com mais duas representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Lula e a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Em ambas, o partido pede punição aos petistas por propaganda eleitoral antecipada em eventos da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). São 17 as ações contra Lula, Dilma e o PT no TSE. Duas já resultaram em multa.

Encontro triplo
Pela primeira vez, os três principais pré-candidatos à Presidência da República — a ex-ministra Dilma Rousseff (PT), o ex-governador José Serra (PSDB) e a senadora licenciada Marina Silva (PV) — estarão frente a frente. Eles vão se reunir, amanhã, com uma plateia de 600 prefeitos dos municípios mineiros, público qualificado na corrida dos pré-candidatos para angariar apoio e palanques. O encontro será no 27º Congresso Mineiro dos Municípios, em um painel sobre a autonomia municipal. Os pré-candidatos responderão a perguntas sobre concentração ou descentralização de verbas nos repasses pelo governo federal às prefeituras.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/05/politica,i=190561/DILMA+SE+ACERTA+COM+TEMER.shtml

T e PMDB adiam para 6 de junho definição do palanque em MG

Folha - RANIER BRAGON
da Sucursal de Brasília

Reunida na manhã desta quarta-feira, a cúpula nacional de PMDB e PT declararam que somente em 6 de junho deve haver o anúncio sobre a chapa conjunta em Minas Gerais. A divergência entre Hélio Costa (PMDB) ou um petista para a candidatura ao governo do Estado representa um dos maiores nós entre os dois partidos, que nacionalmente devem se unir em torno da petista Dilma Rousseff.

Os presidentes do PT, José Eduardo Dutra, e do PMDB, Michel Temer, disseram que a única decisão tomada é que as duas legendas terão uma candidatura única, cuja definição se dará por meio de "critérios políticos".

Nos bastidores, os peemedebistas afirmam que o adiamento tem como objetivo não melindrar a militância mineira do PT, que recentemente realizou uma prévia entre o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel, que acabou vencendo por uma pequena margem de votos.

Para a legenda, o nome de Hélio Costa, que é o preferido do presidente Lula, encabeçará a chapa, independentemente dos "critérios políticos adotados". Mas também nos bastidores, petistas alimentam a esperança de que o tempo possa beneficiá-los, em caso de uma subida de Dilma nas pesquisas. Isso, na avaliação deles, diminuiria um pouco o peso do PMDB na aliança nacional da petista.

Participaram da reunião Dutra, Temer, Costa e Pimentel. Na saída, os discursos foram na linha de que os entendimentos têm avançado. "Não vai haver palanque do PT e outro do PMDB em Minas", disse Dutra. "Haverá uma única chapa", reforçou Temer.

Os problemas entre PT e PMDB levaram ao cancelamento do encontro nacional que os peemedebistas fariam em Brasília, no dia 15. O apoio a Dilma, agora, ficou para a convenção nacional do partido, em 12 de junho.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730527.shtml

Painel: Apoio do PP a Serra depende da coligação com Yeda no RS

Folha - da Reportagem Local

Hoje na Folha O pré-candidato tucano José Serra perderá as chances de atrair o apoio do PP se não aceitar a coligação com o partido no Rio Grande do Sul tanto na chapa majoritária, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete, nesta quarta-feira (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

De acordo com a coluna, o PP quer o posto de vice da chapa à reeleição da governadora tucana Yeda Crusius.

O PP também reivindica coligação na chapa proporcional para aumentar as chances de seus candidatos a deputado.

No entanto, segundo o "Painel", o PSDB gaúcho teme ver sua bancada na Câmara desidratada pelo desempenho eleitoral dos pepistas.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730499.shtml

PMDB adia definição de vice e pressiona PT

colaboração para a Folha

Hoje na Folha O PMDB adiou a oficialização do nome do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como candidato a vice na chapa da petista Dilma Rousseff e a divulgação das propostas para um programa de governo, eventos que estavam marcados para o próximo dia 15. A informação é de reportagem da Folha desta quarta-feira (05) (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

A mudança de data tem relação com a indefinição das alianças regionais, notadamente em Minas, Ceará e Pará.

A Folha apurou que o PMDB considera resolvida a situação em Minas, onde o PT, por pressão do presidente Lula, deve apoiar o ex-ministro Hélio Costa na disputa pelo governo. No Ceará, porém, Eunício de Oliveira (PMDB) não quer o petista José Pimentel na sua chapa ao Senado. E, no Pará, o deputado Jader Barbalho (PMDB) não se acertou com a candidata à reeleição, Ana Júlia Carepa (PT).

Sobre o assunto, Dilma falou ontem que, como mineira, prefere resolver todos os "entraves" antes de realizar a solenidade de aliança e que a relação PT-PMDB é "meio nuvem, num dia o humor está de um jeito, noutro dia está de outro".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730422.shtml

Prazo para tirar ou transferir o título termina hoje

Folha -  da Reportagem Local

O prazo para tirar ou transferir o título eleitoral termina nesta hoje. Na reta final, os cartórios eleitorais do país ampliaram o horário de atendimento ao público em duas horas. Em São Paulo, os cartórios estarão funcionando das 9h às 18h.

A mudança tem o objetivo de facilitar a vida do eleitor que precisa tirar ou transferir o domicílio de seu título.

A Justiça Eleitoral lembra que o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos.

O voto é facultativo para analfabetos, jovens entre 16 e 18 anos e maiores de 70. Quem completar 16 anos até 3 de outubro poderá votar nas eleições deste ano --que elegerão presidente, governadores, deputados estaduais, federais, distritais e senadores.

Para tirar o título é necessário apresentar documento de identidade, comprovante de endereço recente e comprovante de quitação militar --no caso de homens com idade entre 18 e 45 anos.

No caso de transferência, o eleitor levar o título de eleitor, os comprovantes de votação ou justificação de eleições anteriores, documento de identificação e comprovante de residência recente.

Em São Paulo, o eleitor pode obter o endereço dos cartórios eleitorais no site do TRE-SP: www.tre-sp.jus.br. Também há um telefone para tirar dúvidas: 148 (ligação local para todo o Estado) ou (00/xx/11) 2858-2100 (ligações da capital).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u729434.shtml

Dilma convida Michel Temer para ser candidado a vice-presidente

Folha  - da Reportagem Local
da Sucursal de Brasília

A pré-candidata do PT Dilma Rousseff convidou, na noite desta terça-feira, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), para ser candidato a vice-presidente da República em sua chapa, segundo informações do "Jornal da Globo".

"Ouvi com muita alegria a pré-candidata Dilma dizer que se, eventualmente, o PMDB me indicasse para vice ela receberia com muito agrado", afirmou Temer após um encontro com a ex-ministra.

Durante o encontro, Dilma e Temer também trataram sobre as divergências entre os dois partidos na montagem dos palanques estaduais.

Convenção

O PMDB decidiu nesta terça-feira adiar o grande encontro nacional que faria em Brasília, no dia 15, para anunciar solenemente o apoio a Dilma Rousseff (PT). Divergências entre os dois partidos na montagem dos palanques estaduais foram o principal motivo, como ficou evidente no encontro que reuniu Dilma e Temer.

Os dois jantaram a sós na noite desta terça e, na saída, falaram sobre a necessidade de união para a resolução das divergências regionais.

De acordo com Temer, o partido precisa "chegar à convenção com muita tranquilidade em relação à aliança". Segundo ele, os dois precisam agora "fazer um esforço para fazer um ajustamento definitivo nos Estados".

Dilma falou que, como mineira, prefere resolver todos os "entraves" antes de realizar a solenidade de aliança. E disse ainda que a relação PT-PMDB é "meio volátil", "meio nuvem, num dia o humor está de um jeito, noutro dia está de outro". "No geral, tenho uma visão mais otimista, as tratativas estão avançando mais do que estão estagnadas", completou.

De acordo com os peemedebistas, há problemas em sete Estados, entre eles Minas, Ceará e Pará. O PMDB decidiu anunciar o apoio na convenção partidária oficial, no dia 12 de junho, um dia antes da convenção petista que vai oficializar Dilma como candidata.

A Folha apurou que o PMDB considera resolvida a situação em Minas, onde o PT, por pressão do presidente Lula, deve apoiar o ex-ministro Hélio Costa na disputa pelo governo. Costa se reúne nesta quarta-feira com Fernando Pimentel, o pré candidato do PT em Minas.

A dúvida segue, porém, no Ceará, onde Eunício de Oliveira (PMDB) não quer o petista José Pimentel na sua chapa ao Senado. E no Pará, onde o deputado Jader Barbalho (PMDB) não se acertou com a candidata à reeleição, Ana Júlia Carepa (PT).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730350.shtml

4 de mai. de 2010

Para abalar base aliada de Dilma, Serra investe no PMDB e PP gaúchos

Folha - CATIA SEABRA
da enviada a Santa Maria

Disposto a abalar a base de apoio da adversária Dilma Rousseff, o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, lançou-se desde hoje numa investida sobre o PMDB e o PP do Rio Grande do Sul. Ele procurou, pessoalmente, o PMDB gaúcho para que fizessem uma agenda no Estado.

Amanhã, vai conversar com o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), e a bancada estadual do PMDB. Em conversas, Serra pediu que o PSDB e seus aliados, como o PPS, fechassem uma aliança com o PP no Estado.

"Temos interesse em compor com o PP, inclusive no cenário nacional. Precisamos desses segundos", orientou Serra, numa roda.

Serra reagiu ainda com um "eu quero" quando um representante do PP sugeriu o nome de Francisco Dornelles para seu vice. Amanhã, Serra encontrará a cúpula do PP do Rio Grande do Sul. No Estado, PSDB e PP negociam uma aliança para o governo.

Na noite de segunda-feira, após fechado, o acordo sofreu um revés. Os tucanos discordam de um dos 14 pontos em pauta: a aliança também para eleição de deputados.

A pedido de Serra, os dois partidos voltam a conversar ainda esta semana.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730296.shtml

PSDB promete vetar candidatura de políticos com " ficha suja "

Fernando Taquari | Valor

SÃO PAULO - Assim como o PV, o PSDB promete vetar a candidatura de políticos do partido com"ficha suja"nas eleições de outubro. Há expectativa de que a Câmara analise hoje o projeto de iniciativa popular que prevê a inelegibilidade de candidatos condenados em primeira instância por um colegiado de juízes.

"Essa é uma questão absolutamente tranquila em nosso ambiente. A gente não gosta e não vai registrar candidato com ficha suja. O partido (PSDB) tem pautado sua orientação nesse sentido desde o primeiro momento", afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), em entrevista à rádio CBN.

Apesar de defender a proposta, o senador não acredita que o projeto possa valer para essas eleições. Para ter validade no pleito deste ano, o texto deve receber sanção presidencial até 6 de junho. Hoje, o plenário terá a responsabilidade de analisar o texto do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Ele fez algumas alterações no texto elaborado pelo deputado Indio da Costa (DEM-RJ), relator do grupo de trabalho que discutiu o tema. A principal mudança proposta por Cardozo diz respeito à possibilidade de o candidato apresentar recurso, com efeito suspensivo, contra a decisão de segunda instância que o tenha condenado por algum crime que implique inelegibilidade.

Ontem, o PV aprovou resolução interna que impede a candidatura de políticos do partido com condenação judicial definitiva. A regra já vai valer para as eleições de outubro. Em nota, a pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC), defendeu a medida como um ato de coerência, já que os verdes são favoráveis à aprovação da matéria no Congresso.

http://www.valoronline.com.br/?online/geral/231/6246189/psdb-promete-vetar-candidatura-de-politicos-com---ficha-suja-

Serra e Dilma criticam ações de sem-terra

Na abertura da mais importante feira pecuária do País, ruralistas apresentam reivindicações sobre segurança no campo aos presidenciáveis

Gustavo Porto, ENVIADO ESPECIAL, UBERABA - O Estado de S.Paulo

Ao participarem ontem, em Uberaba, da Expozebu, a mais importante feira pecuária do País, os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) garantiram aos criadores de gado que são contrários às ações de ocupação de propriedades rurais por movimentos de sem-terra.

O vice-presidente José Alencar (PRB-MG), que participou do evento, chegou a assinar um documento que circulou na feira contra as invasões. "Fora da lei não há salvação", disse Alencar.

Tanto Serra quanto Dilma estiveram em Uberaba a convite da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que organiza a feira. Os dois ganharam elogios do presidente da entidade, José Olavo Borges Mendes, que os chamou de "gestores públicos de altas virtudes".

Em seguida vieram as reivindicações, relacionadas à segurança no campo, alterações no Código Florestal e terras indígenas. Segundo Mendes, os ruralistas temem "excessos e arbitrariedades na política indigenista".

Não faltaram momentos de saia justa no evento. O primeiro foi quando Serra e Dilma ficaram juntos numa sala reservada, à espera da cerimônia de abertura. À saída, o pré-candidato tucano disse: "Foi um encontro gentil". Dilma comentou que isso faz parte "convívio democrático e civilizado".

Na abertura, o vice Alencar elogiou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e pregou a sua continuidade, mas sem fazer referência à pré-candidata petista, ao lado dele. Na entrevista coletiva que concedeu em seguida, Dilma enfatizou que é "a candidata da continuidade, com avanço".

Na sua entrevista coletiva, Serra cobrou segurança jurídica no campo e elogiou o setor agropecuário: "Galinha de ovos de ouro do desenvolvimento do País." Mas não quis falar sobre o processo de escolha do nome do vice na chapa que ele vai encabeçar. "Qualquer coisinha gera fofoca e especulação", disse.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), cujo nome tem sido cotado para vice do tucano, também compareceu ao evento. Em nome da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que preside, ela entregou aos pré-candidatos uma série de propostas.

A abertura da feira também teve uma manifestação de protesto de professores da rede estadual, que estão em greve. Eles enfrentaram a polícia e vaiaram o governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato à reeleição.

Focos diferentes
Após a abertura, Serra se encontrou com pecuaristas e agricultores. Já Dilma teve reunião no espaço da Associação das Mulheres Rurais de Uberaba, com a primeira-dama Marisa Letícia.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100504/not_imp546574,0.php

Na TV, Serra cita combate à crise como trunfo de Lula

CAROLINA FREITAS - Agência Estado

O presidenciável do PSDB, José Serra, admitiu ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que tenta neste pleito eleger a petista Dilma Rousseff à sua sucessão - acertou no combate aos efeitos da crise econômica financeira global no País. A afirmação foi feita em entrevista exibida na noite de ontem ao programa CQC, da TV Bandeirantes.

Na entrevista ao quadro "O povo quer saber", em que populares fazem as perguntas, Serra reconheceu ainda o programa de transferência de renda Bolsa Família como mais um ponto positivo do governo Lula. E citou o "papel de comunicador" do petista como um trunfo. Os questionamentos feitos - 22 no total, em 4 minutos - foram desde assuntos políticos até detalhes da vida pessoal do pré-candidato.

Serra brincou com a pergunta de uma mulher: se ele continuaria a esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha eleitoral. "O CQC está aqui na minha casa. Se o Fernando Henrique estiver escondido aqui, eles podem encontrar. Podem percorrer toda a casa e olhar meus bolsos também se quiserem."

O tucano disse ainda que aceitará o apoio de parlamentares do PMDB, mas que não distribuirá, em troca, cargos em um eventual futuro mandato. "Não vamos fazer loteamento de cargos", afirmou. A executiva nacional do PMDB já declarou apoio à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, mas diretórios estaduais do partido devem dar suporte a Serra.

O tucano posicionou-se contra a descriminalização do uso de drogas - ideia defendida por Fernando Henrique. "Acho que é uma estratégia que acabaria não dando certo", disse. Em poucas palavras, definiu sua opinião a respeito do aborto: "Eu acho uma coisa lamentável. Realmente muito triste."


Vida privada

Apesar de demonstrar desconforto com as perguntas sobre sua vida privada, Serra só deixou de responder a uma delas: se já teve uma relação extraconjugal. "Mas que pergunta, hein! Mas como você é xereta, hein!", retrucou. Até sobre a fama de vampiro - conquistada por conta de seus hábitos noturnos - o pré-candidato falou. "Eu aprecio muito pescoços de mulheres, mas não a ponto de morder para tirar sangue."

O tucano disse que, na intimidade, gosta de brincadeiras "pouco excêntricas" e afirmou que não se envolveria com nenhuma de suas adversárias, Dilma ou Marina Silva (PV). "Não pegaria nenhuma das duas, até porque eu sou casado. E, aliás, a Marina também é casada. Seria uma confusão muito grande." Dilma Rousseff é solteira.

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