6 de mai. de 2010

Serra afirma que, se eleito, quer PT e PV em seu governo

da Agência Folha
da Reportagem Local


O pré-candidato tucano José Serra disse nesta quinta-feira, se eleito, quer tanto o PT quanto o PV no governo. "O Brasil vai precisar estar junto nos próximos anos. Hoje e ontem a oposição sempre tem um comportamento que empurra o governo para um lado que não devia", afirmou.

Para uma plateia de prefeitos, ele disse que o desenvolvimento do país depende principalmente do crescimento das cidades. "Não só o Brasil pode mais, como estou convencido de que os municípios também podem mais e merecem mais", afirmou citando o seu slogan de campanha.

Os três principais pré-candidatos à Presidência --Serra, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV)-- participaram nesta quinta-feira do primeiro debate das eleições deste ano. O evento, que aconteceu no 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, teve como tema principal a questão dos municípios. Eles afagaram os prefeitos e fizeram promessas de valorizar os municípios, se eleitos.

Serra destacou seu papel como constituinte e de seu partido em 1988, PMDB. "É precisar dar crédito ao PMDB histórico", lembrando de propostas que aumentaram a a receitas das prefeituras. O ex-governador disse que estará ao lado das cidades e afirmou que, para ele, não tem problema pequeno.

"A parceria com os prefeitos tem que ser estreita, reconhecê-los como integrantes do pacto federativo, respeitá-los como titulares de uma esfera da federação. A máxima de Minas é minha máxima quando fui governador, prefeito: diminuir os gastos do governo com o governo para ter mais com o que gastar com os municípios, com as pessoas."

Serra apoiou a criação de royalties para outros recursos naturais, além do petróleo. "Minas, por exemplo, é campeão na exportação de alguns minérios e arrecada pouco. Mas tem que ser ligado a investimento, isso é essencial. Essa é uma questão essencial."

Ele também defendeu uma maior partilha dos recursos do petróleo entre os Estados. "Mas não podemos matar dois Estados que recebem muitos royalties. No caso de Campos [RJ], o projeto interrompia R$ 1 bilhão em royalties. Vai fechar a cidade. Isso gera discórdia no país."

No início de sua fala, Serra lembrou que disputou três vezes a Prefeitura de São Paulo e citou a frase: "A vida pública só podia ser completa se fosse prefeito alguma vez, porque é ele que está cara a cara com a população."

Ele lembrou a frase "a população não vive na União, nem nos Estados. Ela vive nos municípios". A frase foi repetida por Dilma depois.

O ex-governador destacou que, desde a Constituição de 1988, as obrigações das prefeituras aumentaram muito. "As receitas dos municípios não acompanharam as receitas da União."

Serra também lembrou uma série de pospostas que ele fez como deputado constituinte para aumentar a arrecadação das prefeituras. Ele criticou a queda do repasse do Fundo de Participação dos Municípios esse ano, em relação ao ano passado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u731298.shtml

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