20 de mar. de 2010

Em visita a Santa Catarina, Dilma alfineta Serra

Estadão

'Foram 12 milhões de empregos gerados diante da inexistência disso na gestão anterior', diz pré-candidata à Presidência

Recebida em clima de festa pelos petistas catarinenses no final da manhã deste sábado, a ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, enumerou "benefícios" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o programa Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e os "milhões de empregos gerados no período".

Dilma fez a declaração ao ser questionada sobre as comparações feitas entre ela e seu provável adversário na eleição, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). "Não costumo me manifestar sobre comparações. Principalmente em relação ao Serra. Não é só o projeto de governo que vai ser comparado. Nós podemos dizer o que fizemos. Temos capacidade de fazer o futuro. Foram 12 milhões de empregos gerados diante da inexistência disso na gestão anterior", ressaltou.

A ministra da Casa Civil participa neste sábado do 4º Congresso Estadual do PT em Santa Catarina, onde anunciou, no começo da tarde, total apoio às candidaturas da senadora Ideli Salvatti ao governo do Estado e do deputado federal Cláudio Vignatti ao Senado. O evento vai durar o dia todo no município de São José, na região da Grande Florianópolis.

Em tom de discurso eleitoral, Dilma Rousseff falou sobre o "desempenho exemplar" do governo Lula, especialmente em relação à queda da inflação e à garantia de sustentabilidade que o Brasil teve, segundo ela, durante a crise financeira.

Abordada sobre possibilidades de coalizão com o PMDB em Santa Catarina, a pré-candidata deixou claro que o PT nunca escondeu a importância que dá a uma coligação com os peemedebistas em todo o Brasil. "Vemos com bons olhos a aliança com o PMDB. Mas, serão alianças construídas sem imposições. Vamos governar o País considerando os processos de coalizão como uma forma de governabilidade", afirmou, dando o tom do otimismo sobre a disputa eleitoral.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,em-visita-a-santa-catarina-dilma-alfineta-serra,527045,0.htm

Impacto da Internet nas eleições de outubro divide opiniões

Nathália Fernandes

Da BBC Brasil em Londres

As eleições de 2010 no Brasil devem ser marcadas pela incorporação da internet como uma ferramenta importante nas campanhas eleitorais, mas especialistas ouvidos pela BBC Brasil ainda se dividem sobre a magnitude do impacto do uso da rede mundial de computadores na disputa.

Termos como blog e rede social foram incorporados à legislação eleitoral brasileira pela primeira vez na minirreforma de 2009, quando o uso da rede mundial e computadores na campanha política foi regulamentado.

O sucesso da campanha de Barack Obama em 2008 nos Estados Unidos - quando o potencial da rede mundial de computadores foi amplamente explorado - inspira os políticos no Brasil. Mas, por outro lado, apenas cerca 25% dos brasileiros estão conectados à rede.

O ano do boom?

“Este ano parece que vai ser o ano do boom da internet. Todos os partidos estão se preparando", afirma Fabiano Carnevale, secretário de Comunicação do Partido Verde (PV), partido que já há dois anos vem investindo no uso da rede e hoje tem páginas no Facebook, Twitter, Orkut e um canal no YouTube.

"Em 2006, a comunicação pela internet era feita por páginas relativamente estáticas e por envio de boletins a grupos de e-mails cadastrados. Hoje as possibilidades são bem maiores. Há muito mais interatividade", afirma André Vargas, secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT).

O lançamento da pré-candidatura de Dilma Roussef pelo PT - marcando a primeira transmissão ao vivo da TVPT, canal transmitido via web - confirma a aposta.

Segundo nota divulgada no site do PT, a transmissão pela internet "comprova a importância das novas tecnologias para a disseminação da informação". O partido sustenta que, durante pouco mais de três horas, a transmissão foi acessada por mais de 31 mil internautas de 41 países.

O palpite de Eduardo Graeff, secretário de Comunicação do PSDB, no entanto, vai em outro sentido.

Segundo ele, esta ainda será uma "eleição de transição, mais parecida com a eleição presidencial anterior a do Obama, em 2004, quando Howard Dean foi muito bem-sucedido usando a internet nas primárias do Partido Democrático".

Graeff justifica seu palpite argumentando que "esta é ainda a primeira eleição em que as campanhas vão tentar usar a internet aproveitando o conhecimento estabelecido pelas campanhas americanas. Mas aprender a fazer isso bem e adaptar isso à nossa realidade é algo bem mais complexo".

"O interesse é grande, mas o impacto ainda deve ser limitado até porque temos cerca de 30% dos eleitores conectados. Nos Estados Unidos, são quase 80%", completa o secretário do PSDB.

Especificidades da rede

Para a cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) Maria do Socorro, o impacto da internet deverá ser sentido de diferentes formas nestas eleições.

O primeiro aspecto que ela ressalta é a própria agilidade intrínseca à rede mundial de computadores e como isso pode influenciar a parcela do eleitorado que está indecisa.

"A gente está numa campanha eleitoral muito polarizada entre duas forças, PT e PSDB, situação e oposição, então qualquer fato político que venha a repercutir vai ter outra dimensão na internet e pode até mesmo ter um papel importante na definição da eleição presidencial", afirma Maria do Socorro.

Outro ponto levantado pela cientista política é a o impacto do uso da internet na questão da profissionalização da política no país. "Com a internet, a profissionalização vai aumentar. Você precisa de mais pessoas que entendam e façam essa ferramenta funcionar."

Para dar conta do desafio que a internet representa, o PSDB criou uma equipe voltada só para a campanha na internet. "É muito diferente você se comunicar num blog ou no Twitter. Você tem que falar com as pessoas não como massa e sim como indivíduos. É o oposto da televisão", afirma Eduardo Graeff.

Para o Partido Verde, a rede de computadores representa “um melhor espaço para fazer política”.

“E melhor porque não é uma comunicação de cima para baixo, como acontece normalmente e onde não há espaço para interagir. Na internet, você descentraliza o processo. O afiliado pode também gerar material", completa Carnevale, secretário de Comunicação do PV.

Comportamento do eleitor

O perfil do eleitor que o Partido Verde pretende atingir, no entanto, não é o padrão. E o secretário do partido reconhece a diferença.

"A Marina Silva (pré-candidata à Presidência), até pelas temáticas que envolve, como ética e meio-ambiente, atrai um perfil de eleitor que usa bastante a rede", sustenta Carnevale.

Na opinião da cientista política Maria do Socorro, o eleitor brasileiro é um "eleitor passivo" e a possibilidade de maior participação política que a rede proporciona ainda terá de ser assimilada pelos brasileiros.

"A internet pode levar a uma mudança de comportamento por parte do eleitor criando maior empatia e preferência partidária do que acontecia normalmente. É um meio para aumentar este vínculo", sustenta.

Arrecadação

Antes da minirreforma eleitoral de 2009, a lei brasileira era, em linhas gerais, omissa quanto à utilização da internet para a propaganda política. Agora, candidatos poderão não só usar a rede para difundir suas ideias como também para arrecadar recursos.

Doações poderão ser feitas através da internet usando depósitos bancários ou cartões de crédito e o limite a ser doado na rede segue o mesmo padrão de arrecadação por outros meios.

No entanto, o quanto esta nova ferramenta pode gerar de recursos ainda é incerto.

O PT não tem nenhuma projeção, embora reconheça a importância que esta nova fonte de contribuição representa.

"Mecanismos como o PayPal (empresa que permite a transferência de dinheiro através de email) e similares poderão nos ajudar nesta nova tarefa", afirma André Vargas.

"Como não há precedente é difícil fazer uma previsão. Nós ficaríamos felizes se a arrecadação pela internet pagasse os custos da campanha pela internet", diz Graeff.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100317_superpotencia_eleicao_campanha_nf.shtml

Internet revoluciona comunicação entre políticos e eleitores

Nathália Fernandes

Da BBC Brasil em Londres

O diretor de Estratégia Digital da campanha presidencial de Barack Obama, Joe Rospars, defende que a internet mudou não apenas o jeito de ser fazer política, mas também a participação dos eleitores no processo político e a comunicação entre candidatos e o eleitorado.

Em entrevista à BBC Brasil, ele falou sobre as estratégias usadas na eleição americana e a nova comunicação que está surgindo a partir do uso da rede nas campanhas políticas.

Rospars é sócio-fundador da Blue State Digital, empresa americana que fechou parcerias com João Santana, publicitário brasileiro responsável pela campanha eleitoral do PT em 2010.

Leia trechos da entrevista.

BBC Brasil - Como a internet está mudando o jeito de se fazer política no mundo?

Joe Rospars - A maior mudança é que a barreira para entrar é menor e mais pessoas podem participar de diferentes maneiras do processo político. Você não necessariamente tem que ser uma pessoa envolvida com política em período integral ou ser membro de um partido para expressar sua opinião ou organizar algo em sua comunidade.

BBC Brasil - A rede está então tornando o processo mais democrático?

Rospars - É uma ferramenta acessível para as pessoas se envolverem em política. Quando um maior número de pessoas começa a ter acesso a celulares e à internet, as ferramentas estão ali disponíveis para as pessoas escolherem participar e fazer isso de uma maneira mais profunda e com maior impacto do que acontecia no passado.

BBC Brasil - Normalmente política é visto como um assunto difícil. Às vezes, até mesmo tedioso. Você acha que a internet está mudando esta percepção?

Rospars - Eu acredito que está mudando sim esta percepção e mudando também o diálogo. Você pode achar que é um assunto chato ou difícil, mas com a internet há mais pessoas que participam da conversa, então você pode ler, ouvir ou assistir vozes que são mais parecidas com a sua própria. Então, você pode falar com alguém da sua comunidade ou que está interessado no mesmo tipo de assunto que você está. É uma comunicação diferente.

BBC Brasil - Qual é grande diferença entre a internet e outras mídias no que diz respeito à política?

Rospars - A grande diferença é que não são mais apenas os políticos e a mídia que determinam o discurso, com a internet há também pessoas em suas comunidades conversando entre si.

BBC Brasil - Qual foi o mérito da campanha de Obama no que diz respeito ao uso da internet?

Rospars - A grande diferença foi que fomos capazes de abrir a estrutura da campanha e assim permitir que pessoas que apoiavam Obama assumissem um papel de liderança e se tornassem parte desta estrutura.

Construímos uma rede de pessoas que estavam dispostas a fazer o trabalho para que ele fosse eleito. Pessoas nas suas comunidades tomaram responsabilidades que iam além do seu voto apenas. Elas também eram responsáveis por conseguir outros votos. E como o Obama era um candidato com um apelo político forte e por causa do desejo de mudança das pessoas, os eleitores foram capazes de demonstrar esta energia.

BBC Brasil - Qual conselho você daria a um candidato?

Rospars - Há circunstâncias diferentes em cada país, mas o principal fundamento de uma campanha bem-sucedida será abrir o processo ao maior número de pessoas possíveis e ouvir o maior número possível de pessoas.

Eu diria que o principal conselho é abrir a estrutura para o maior número de pessoas e de maneira substantiva. A melhor estratégia é tentar estar em todos os lugares e engajar as pessoas independentemente do site ou rede onde elas se encontrem.

BBC Brasil - Como fazer com que a campanha vá da internet para as ruas e vice-versa?

Rospars - É importante que todas as partes da campanha estejam integradas para que os seus partidários façam parte da mesma operação e organização e assim possam ficar online na campanha, mas também offline nas suas comunidades e vizinhança. Uma das nossas conquistas foi integrar estes dois aspectos muito bem para que todos fizessem parte da mesma experiência e as pessoas se sentissem parte de uma equipe.

BBC Brasil - Mas como estimular as pessoas a participar?

Rospars - Não há substituto para uma mensagem forte e um candidato que acredita no que diz e tem plano apoiados por seus eleitores. Há novas técnicas e ferramentas, mas não há um segredo especial. O importante é abrir para mostrar o projeto do candidato.

A tecnologia simplesmente torna possível que mais pessoas participem, mas o caráter político continua sendo o mesmo. A internet torna tudo muito mais fácil e mais pessoas podem participar, mas no fim é uma questão de construir relacionamentos.

BBC Brasil - Há um perfil de candidato que combina melhor com a internet?

Rospars - Não necessariamente, depende mais de como você estrutura a campanha e do quanto você vai conseguir envolver as pessoas.

BBC Brasil - A internet também permite que acusações e mentiras se espalhem muito mais rapidamente. Como lidar com isso?

Rospars - Estas são apenas ferramentas. Então pessoas que querem usar a rede para espalhar acusações vão fazê-lo. E na campanha do Obama nós também tivemos esta questão e o que fizemos foi tentar ser realmente muito aberto e objetivo em relação a isso e dar aos nossos partidários o apoio para responder a estas acusações.

Nós coletávamos todas estas falsas informações e ataques e publicávamos no nosso site ao lado dos fatos que contestavam aquelas acusações e mostravam que elas eram falsas.

Quando você ouve um boato, você vai até o Google e tenta checar. Nós queríamos ter certeza que uma das páginas que as pessoas iriam encontrar seria a própria página do Obama com a acusação e a verdade ao lado.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100317_superpotencia_entrevista_eleicao_nf.shtml

De olho na eleição, Serra incrementa os investimentos em programas sociais e na educação

Além de turbinar o anúncio de benfeitorias em São Paulo

Correio Braziliense - Daniela Lima

Para o ano eleitoral, o governador José Serra, do PSDB, está lustrando aquela que será sua maior vitrine na corrida pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto: o estado de São Paulo. Para tanto, atuou, principalmente, em duas frentes, ampliando os investimentos do governo e os programas sociais regionais. Com isso, Serra espera dar mais musculatura à campanha de convencimento de eleitores simpáticos às bandeiras petistas.

Bom exemplo da estratégia do tucano é o anúncio da ampliação do programa Renda Cidadã, um parente próximo do Bolsa Família. A exemplo do que fez o governo federal para aumentar o alcance da iniciativa criada por Lula, Serra aumentou o limite de renda per capita para os beneficiários de R$ 100 para R$ 200 e a duração máxima da concessão do benefício de 24 para 36 meses. Com isso, espera fazer o número de famílias assistidas saltar, em 2010, de 117 mil para 162 mil.

A ampliação de programas sociais funcionará como uma espécie de “vacina” contra fantasmas que rondam a candidatura do PSDB. A intenção é afastar a ideia de que o pré-candidato tucano seria capaz de, por exemplo, acabar com o Bolsa Família. Com a ampliação do Renda Cidadã, o governador de São Paulo sinaliza não só que apoia programas de transferência de renda, mas que também pode aumentar o alcance deles.

Para marcar posição, a estratégia de Serra foi repetida no Congresso Nacional. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) conseguiu aprovar, no início deste ano, em uma das comissões do Senado, um projeto de lei que prevê o pagamento de um benefício extra a famílias com crianças de 6 a 17 anos que tiverem bom desempenho escolar e recebam o Bolsa Família. Em resposta, Lula questionou a origem dos recursos que dariam conta deste incremento.

A onda crescente de anúncios de obras, benfeitorias e novidades no governo paulista acompanha o ritmo da disposição de Serra em se assumir como candidato ao Palácio do Planalto — também em curva ascendente. Ontem, no dia em que completou 68 anos, Serra foi entrevistado pela TV Bandeirantes como presidenciável e respondeu como tal, não se furtando a falar de temas nacionais. “Hoje, eu decidi virar o jogo”, justificou ontem, ao inaugurar uma escola técnica. O anúncio oficial de sua candidatura será em abril.

A tática tucana de crescer onde o PT tem mais tradição também mira nos trabalhadores. Em fevereiro, Serra anunciou o novo piso salarial regional de São Paulo, que varia de R$ 560 a R$ 580, para categorias que não contam com acordo coletivo. Vale lembrar que o salário mínimo do governo federal é de R$ 510.

Educação
Outra bandeira do governo federal, o investimento em escolas técnicas — R$ 4,6 bilhões serão aplicados em educação profissional este ano, segundo o Ministério da Educação — também recebeu destaque no governo de Serra. De acordo com a assessoria de imprensa do governador, R$ 1,3 bilhão será investido em escolas técnicas e tecnológicas no estado.

Dos investimentos em infraestrutura, destacam-se a construção de uma nova marginal e a conclusão do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, projeto viário que deveria circundar a Grande São Paulo para desafogar o trânsito nas rodovias que cortam a região. Serra pediu prioridade e quer entregar o trecho até o fim deste mês. A obra foi iniciada em 1998 e deve ficar pronta até a Copa de 2014. Em ano eleitoral, cada um luta com as armas que tem.

Pacotão paulista

Confira alguns dos projetos que o governo de São Paulo tem implementado:

# Novo piso salarial regional
Em fevereiro, Serra divulgou a aprovação do novo piso salarial no estado, que varia de R$ 560 a R$ 580, para trabalhadores da iniciativa privada que não têm acordo coletivo sobre o piso. O reajuste começa a valer a partir de abril e deve beneficiar cerca de 1,4 milhão de pessoas.

# Ampliação do Renda Cidadã
José Serra anunciou, em março, a ampliação do programa de transferência de renda do governo de São Paulo, o Renda Cidadã. A meta é fazer com que o número de famílias beneficiadas pela iniciativa salte de 117 para 162 mil.

# Transporte
O governo de São Paulo realiza um conjunto de obras viárias, com destaque para a construção de uma nova marginal para a capital paulista.

# Educação
Serra também está ampliando o ensino técnico e tecnológico. O investimento é de 1,3 bilhão.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/20/politica,i=180934/DE+OLHO+NA+ELEICAO+SERRA+INCREMENTA+OS+INVESTIMENTOS+EM+PROGRAMAS+SOCIAIS+E+NA+EDUCACAO.shtml

Marina diz que só depende de empresário da Natura confirmação da vaga de vice

RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, definiu hoje o empresário Guilherme Leal, fundador e copresidente do Conselho de Administração da Natura, como um "companheiro e um amigo" e que a confirmação ao posto de vice em sua chapa só depende dele.

Marina e o empresário chegaram juntos a um encontro com lideranças e a militância do PV em Cuiabá. "Vim acompanhada de um amigo e um companheiro que se filiou ao PV junto comigo e que está num processo de decisão onde ele reflete com sua família e seus sócios a possibilidade de aceitar o convite que o PV e que eu fizemos de ser o vice na chapa do partido", disse.

Segundo ela, Leal deu uma "forte sinalização" ao aceitar fazer sua filiação "em tempo hábil". "Existe o tempo de maturação. Ele é alguém que já vem contribuindo com uma boa política empresarial no nosso país, mostrando que é possível integrar as duas coisas, meio ambiente e atividade empresarial. Falta concluir a sua reflexão. Isso é uma questão de foro íntimo."

Questionado, o empresário admitiu que há "grandes chances" de assumir a vaga. "Eu já declarei desde o ano passado que estou junto com a senadora nesta caminhada. Me entusiasma essa oportunidade de discutir um novo futuro para o país. Estamos em processo de amadurecimento e o tempo dirá."

A aproximação com Marina, disse Leal, se deveu ao seu "compromisso ético com uma nova visão de país". "Ela vê a causa ambiental não como um apêndice, mas uma questão central do desenvolvimento. Qualquer visão de futuro que não inclua o ambiente como uma variável crítica é uma visão pequena."

Serra

Sobre o anúncio público da candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Marina disse que "todo mundo já sabia". "Recebi essa notícia da mesma forma que recebi a notícia de que a Dilma é candidata, ou seja, não tem novidade, todo mundo já sabia."

Ao admitir a candidatura, Serra disse que o presidente Lula está "terminando bem o governo", antecipando uma provável estratégia de não enfrentar a popularidade do presidente. Sobre o assunto, Marina disse não "ter condição de julgar" tal posicionamento.

"Eu, quando reconheço as coisas boas, estou sendo sincera. Quando eu falei sobre as políticas sociais e o mérito de ter mantido uma estrutura econômica, é porque acho que é assim que se deve fazer a política. Eu não tenho condições de julgar a opinião e o sentimento das outras pessoas."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709708.shtml

PSDB prevê lançamento do nome de Serra no dia 10

BBC Brasil - Caio Quero

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou nesta quarta-feira que o governador de São Paulo, José Serra, deve ser oficialmente lançado no próximo dia 10 de abril como indicado do partido para disputar as eleições presidenciais de outubro.

As declarações foram feitas durante uma videoconferência com internautas realizada por meio do site de relacionamentos Twitter.

"Estamos trabalhando com a hipótese de lançá-lo no dia 10 de abril. Quando o Serra sair do governo, vem a Semana Santa. Quando terminar a Semana Santa, ele será candidato. Nada mais lógico, mais tranquilo, mais seguro e mais correto", disse o presidente do PSDB.

Para poder concorrer à Presidência, Serra terá que se desincompatibilizar do cargo de governador de São Paulo até 3 de abril, como determina a legislação eleitoral. O governador, no entanto, ainda não confirmou oficialmente sua decisão.

Ainda segundo o presidente do PSDB, o lançamento do nome de Serra deve ocorrer em uma cerimônia em Brasília.


"O anúncio será em Brasília. Brasília é a capital do Brasil, aqui é a síntese das influências brasileiras e é da tradição brasileira que as campanhas sejam lançadas aqui. Nós vamos lançar a campanha do nosso candidato aqui, com brasileiros de todo lugar", disse.

Uma pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira aponta o governador de São Paulo liderando a disputa pela Presidência, com 35% das intenções de votos contra 30% da pré-candidata do PT, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No mesmo levantamento, o deputado federal Ciro Gomes, do PSB, aparece com 11% das intenções de voto e Marina Silva, do PV, com 6%.

http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/br/2010/03/serra-deve-lancar-candidatura.html

Collor e tucanos emperram indicação de embaixadores

AE - Agencia Estado

A irritação de um senador da base aliada com o Itamaraty, somada às críticas de parlamentares de oposição à política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empacou na Comissão de Relações Exteriores do Senado a indicação de 13 embaixadores para postos fora do Brasil.

O PSDB está impedindo a análise das indicações de diplomatas. Comandada pelo tucano Eduardo Azeredo (MG), a comissão se transformou, nas últimas semanas, em palco para críticas ao comportamento de Lula com relação a temas polêmicos, como o Irã - que estaria construindo a bomba atômica - e a falta de solidariedade do governo com os presos políticos em Cuba que fazem greve de fome.

Em menos de um mês, a comissão inviabilizou a indicação de dois embaixadores. No dia 11, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) impediu a sabatina do diplomata José Antonio de Carvalho para o cargo de embaixador do Brasil na Venezuela.

Antes dele, no dia 25 de fevereiro, o ex-presidente da República e hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), um aliado do governo Lula, suspendeu o exame da indicação do diplomata Fernando Simas Magalhães, escolhido para ser embaixador no Equador.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,collor-e-tucanos-emperram-indicacao-de-embaixadores,527011,0.htm

Petistas preparam lançamento de Mercadante em SP

AE - Agencia Estado

Líderes do PT paulista encerraram a semana abrindo o caminho para que o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) formalize em breve sua intenção de disputar o Palácio dos Bandeirantes em outubro. Ainda sem data marcada, o anúncio deverá ocorrer no máximo até o início de abril, segundo estimativa de dirigentes da sigla.

O primeiro a declarar formalmente que está fora do páreo para concorrer ao governo paulista foi o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, que sacramentou a decisão em um ato organizado na noite de ontem, na capital paulista. Na chegada, disfarçou apontando como motivo de sua saída da disputa o fato de estar sujeito ao prazo de desincompatibilização, no próximo dia 2 de abril. Em seguida, admitiu que o partido entendeu que o melhor caminho seria lançar Mercadante para a vaga.

O evento ajudou a firmar também a ex-prefeita Marta Suplicy como o nome do PT para o Senado. Em viagem ao exterior, ela encaminhou por escrito uma mensagem a Emidio. "Dilma, Mercadante e eu precisamos de pessoas como você à frente das nossas campanhas", afirmou Marta, na carta, dando a receita do palanque que será montado para a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,petistas-preparam-lancamento-de-mercadante-em-sp,527002,0.htm

Serra diz que crescimento de Dilma não assusta

AE - Agencia Estado

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), falou ontem abertamente, pela primeira vez, sobre sua candidatura à Presidência da República e disse que o crescimento da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Planalto, nas pesquisas de intenção de voto "não assusta".

"São cinco pontos de diferença. Mas não me assusta não, até porque eu estava prevendo", afirmou o tucano em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, do programa SP Acontece, um dos mais populares da TV Bandeirantes. Pesquisa CNI-Ibope divulgada na quarta-feira mostrou Serra com 35% e Dilma com 30%. Em fevereiro, a vantagem do tucano era de 11 pontos porcentuais, segundo o mesmo instituto.

Depois de um silêncio absoluto sobre eleição nos últimos dias, Serra admitiu, no dia em que comemorou 68 anos, que será candidato quando confirmou a data de sua saída do governo estadual. "Faltam poucos dias. No começo de abril", afirmou o governador.

Diante da declaração do apresentador de que o tucano estava ali anunciando sua postulação, ele minimizou - a oficialização será em evento em Brasília no dia 10 -, mas falou como se fosse candidato no restante da entrevista. "Não estou negando. Apenas dizendo que neste momento, enquanto eu estiver no governo, não vou fazer campanha."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-diz-que-crescimento-de-dilma-nao-assusta,526994,0.htm

Serra indica que deixará cargo e já fala como candidato

Carolina Freitas e Gustavo Uribe - Agência Estado

Cogitado como o candidato do PSDB à Presidência da República, o governador de São Paulo, José Serra, indicou na manhã desta sexta-feira, 19, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, que deixará o cargo de governador e sugeriu que deve se lançar candidato no início do próximo mês. Perguntado pelo apresentador do programa "SP Acontece" o motivo de não ter assumido ainda a posição de candidato à sucessão no Palácio do Planalto, o tucano afirmou que essa questão será resolvida no início de abril. "Nesse momento, não vou fazer campanha. Vou ter muito tempo pela frente."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-indica-que-deixara-cargo-e-fala-como-candidato,526608,0.htm

Marina nega rótulo "neoliberalismo verde" para sua candidatura

RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse que não está construindo uma "agenda de direita ou de esquerda" para as eleições. E afirmou que não conhece o significado da expressão "neoliberalismo verde", cunhada por críticos de seus recentes movimentos em busca de apoio.

"Precisamos sair destes rótulos. Eu não sei o que significa esta história de 'neoliberalismo verde'. O que eu sei é que nós tivemos conquistas nos últimos 16 anos e elas precisam ser preservadas", disse Marina.

A polêmica ganhou força após o anúncio da adesão do economista Eduardo Giannetti da Fonseca, tido como supostamente mais identificado com ideias defendidas pelo PSDB.
"Sempre buscamos oferecer alternativas, à margem de partidos e de governos. Para isso, vamos discutir com as pessoas, sem rotulá-las e sem fazer policiamento", afirmou Marina.

Ela defendeu a autonomia do Banco Central, as metas de inflação e a manutenção do superavit primário. "Eu me lembro que, quando se falava em controlar a inflação e criar reservas, diziam que era uma política neoliberal. O governo do presidente Fernando Henrique Cardoso fez isso e o presidente Lula continuou fazendo."

Questionada sobre o apoio do PSDB à candidatura do deputado federal Fernando Gabeira (PV) ao governo do Rio de Janeiro, Marina mencionou o apoio do PV à candidatura do senador petista Tião Viana ao governo do Acre.

O PV conduz um "processo correto", disse a senadora, e seu programa de governo será "guiado por princípios". "Para que nós vamos nos apequenar em uma discussão sobre o que é direita e o que é esquerda? Precisamos é assegurar que haja coerência interna e externa em torno de princípios."

Pré-sal

Por ver risco de "contaminação pelo período eleitoral", a senadora defendeu que as discussões sobre marco regulatório do pré-sal sejam transferidas para 2011. " O caso dos royalties já está contaminado. O melhor seria fazer dois movimentos: deixar para 2011 e desde já pensar como isso seria feito à luz da reforma tributária."

Ela também se disse favorável à reforma política e ao financiamento público de campanhas, mas por meio de uma "constituinte exclusiva". "Deveríamos ter deputados e senadores eleitos só para isso e que não poderiam concorrer nas próximas eleições. É a maneira de sairmos do impasse."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709569.shtml

19 de mar. de 2010

Datena é quem falou de candidatura, diz Serra

MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Mogi Guaçu (SP)

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), potencial candidato à Presidência, negou nesta sexta-feira, em evento no interior de São Paulo, que tenha anunciado a sua pré-candidatura ao Planalto em um durante entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes.

"Eu não vou falar [que é candidato]. Quem disse foi o Datena. Eu aqui vim no trabalho de governo e eu não vou misturar as coisas", disse Serra.

Ele inaugurou uma fábrica de trens da CAF do Brasil, em Hortolândia, o novo campus da da Fatec (Faculdade de Tecnologia), em Mogi Mirim, e entregou uma Etec (Escola Técnica Estadual), em Mogi Guaçu.

Em Hortolândia, Serra assistiu a funcionários da fábrica e políticos aliados cantarem parabéns pelo seu aniversário, com direito a um bolo.

O governador, que completou 68 anos, ganhou de presente de executivos da empresa espanhola uma "makila" --um tipo de bastão milenar basco.

Em discurso, Serra citou diversas obras do governo, entre elas a implantação de trens que ligarão a capital paulista a cidades da Grande São Paulo, e apelidou o pacote de obras de "bolsa transporte".

"O trem que vai atender a turma de Osasco a Itapevi, que o Metrô e a CPTM estão fazendo, é uma espécie de bolsa transporte para as pessoas, porque nós estamos passando renda para as pessoas, renda através do conforto, do tempo menor e da segurança", disse.

Em Mogi Mirim, Serra esteve ao lado do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que declarou apoio ao tucano.

Um grupo de pelo menos dez professores protestou na frente da Fatec com quatro faixas por causa da greve estadual dos docentes. Uma das faixas dizia: "Serra, a greve continua e a culpa é toda sua". No entanto, ele não chegou a avistar a manifestação por decolar de helicóptero de um terreno nos fundos.

Em Mogi Guaçu, enfrentou o protesto contra pedágios de um homem que se identificou como Wagner Menezes, 33, autônomo. Ele foi retirado à força por dois seguranças.

"Serra, quando é que você vai inaugurar mais um pedágio?", questionou o homem, antes de ser agarrado pelo braço e pelo pescoço e ser retirado de dentro da escola. A assessoria do governo disse que os seguranças eram da prefeitura. A Prefeitura de Mogi Guaçu afirmou que não sabia informar se eles eram ou não seus funcionários.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709567.shtml

Serra e PSDB reforçam sinais de candidatura à Presidência

BBC Brasil - Caio Quero

Depois de meses evitando uma confirmação oficial de sua candidatura à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra, parece ter aproveitado a data de seu aniversário, nesta sexta-feira, para reforçar os sinais de que será ele o representante do PSDB na disputa contra a petista Dilma Rousseff nas eleições de outubro.

Em uma entrevista a um programa de televisão nesta sexta-feira, Serra afirmou que "não vai fazer campanha" enquanto estiver no cargo, mas que sua candidatura à Presidência deve ser lançada no início do mês que vem.

"Não estou negando (a candidatura), apenas estou dizendo que neste momento, enquanto eu estiver no governo, eu não vou fazer campanha", disse.

Questionado sobre o crescimento da candidata do PT nas pesquisas, Serra afirmou que "vai ter muito tempo pela frente e esse efeito vai passar".

"Faltam poucos dias", respondeu o governador quando perguntado sobre quando lançaria a campanha. Serra ainda complementou dizendo que o lançamento de sua candidatura será "no começo de abril".

As declarações do governador foram feitas na mesma semana em que o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou que o partido pretende lançar a candidatura de Serra no dia 10 de abril.

"Estamos trabalhando com a hipótese de lançá-lo no dia 10 de abril. Quando o Serra sair do governo, vem a Semana Santa. Quando terminar a Semana Santa, ele será candidato. Nada mais lógico, mais tranquilo, mais seguro e mais correto", disse o presidente do PSDB.

Para poder concorrer à Presidência, Serra terá que se desincompatibilizar do cargo de governador de São Paulo até 3 de abril, como determina a legislação eleitoral.

http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/br/2010/03/serra-e-psdb-reforcam-sinais-d.html

Aécio critica eleição plebiscitária e confirma presença em evento que vai lançar Serra

da Folha Online

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), voltou a criticar nesta sexta-feira a proposta de uma eleição plebiscitária para comparar os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.

"Acho que o caminho do PSDB é olhar para o futuro, apresentar algo novo, onde todos os avanços e as conquistas que tivemos até aqui sejam a base para fazermos o que não feito até aqui. Isso é muito mais adequado e importante para as pessoas do que essa eleição plebiscitária na qual alguns querem apostar, que vai ficar quase que como numa gincana, fazer uma disputa de quem fez mais, se foi FHC ou se foi Lula."

Aécio disse ainda que dia 31 vai deixar o governo de Minas. "Nós definimos que no dia 31, pela manhã, para cumprir a legislação eleitoral e não ter qualquer questionamento, o vice-governador [Antonio] Anastasia toma posse na Assembleia, e na parte da tarde, da sacada do Palácio da Liberdade, onde eu assumi o governo há sete anos e três meses. Deixo o governo de Minas com muita emoção, mas com muita consciência de que nós fizemos um belo trabalho e que espero possa ter continuidade pelos próximos anos."

O tucano afirmou que irá tirar alguns dias de folga, mas ressaltou que estará presente no lançamento da candidatura do tucano José Serra à Presidência no dia 10 de abril.

"Quero tirar alguns dias, viajar um pouco, até para permitir que as coisas caminhem agora com alguma naturalidade sob o comando do já governador Antonio Anastasia. Mas por alguns poucos dias. Não tenho ainda nenhum roteiro prefixado. Mas, a partir do momento que o presidente Sérgio Guerra me comunicou que no dia 10 haverá o lançamento em Brasília, estarei lá como mais um soldado do partido, levando a força de Minas e o meu entusiasmo em torno da candidatura do nosso companheiro, governador de São Paulo."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709355.shtml

PSDB pede investigação de e-mail anunciando evento em apoio a Serra

colaboração para a Folha Online

O PSDB pediu nesta sexta-feira ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a abertura de investigação para saber a origem de uma mensagem que circula na internet convidando para um evento de apoio à candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência da República. O evento estaria marcado às 19h30 de hoje em um restaurante no Rio de Janeiro.

No e-mail, um grupo chamado "Coordenação da Frente Rio Serra Presidente" convida simpatizantes de Serra para o encontro "tendo em vista as atividades do ano eleitoral". A mensagem pede confirmação de presença para comemorar o aniversário de 68 anos de Serra, que acontece hoje.

O PSDB afirma ao TSE que não tem relação com esse evento e que a mensagem não foi autorizada pelo partido ou por Serra. Para o partido, a mensagem, pelas características apócrifas, parece ter sido feita para causar danos políticos para o PSDB.

A legenda quer que o TSE autorize a instalação de um inquérito na Polícia Federal para investigar a autoria da mensagem. O relator é o ministro Fernando Gonçalves.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709333.shtml

Serra diz pela 1a vez que é candidato à Presidência pelo PSDB

SÃO PAULO (Reuters) - O governador de São Paulo, José Serra, disse em entrevista a um programa de TV nesta sexta-feira que é o candidato do PSDB à Presidência da República, de acordo com a assessoria de imprensa de Serra.

É a primeira vez que Serra se apresenta como candidato.

O anúncio oficial da candidatura do tucano está previsto para 10 de abril em Brasília. Antes disso, Serra precisa se desincompatibilizar do cargo de governador, cujo prazo limite é 3 de abril. Há expectativa de que ele se afaste de suas funções no Executivo um dia antes.

(Reportagem de Natuza Nery)

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE62I0F320100319

PT encontra mansão em Brasília para acomodar Dilma durante campanha

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O PT já encontrou uma nova mansão em Brasília para acomodar, durante a campanha eleitoral, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do partido à sucessão presidencial. Dilma vai deixar a casa onde mora na Península dos Ministros e se instalar em uma mansão que fica a poucas quadras da atual e pertence ao ex-ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais e Turismo).

A informação foi antecipada hoje pelo "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete. Segundo a coluna, o imóvel é térreo, tem três quartos e não fica de frente para o lago.

Assessores da ministra já teriam visitado nessa semana a residência no Lago Sul, área nobre da capital federal, e dado aval para que o negócio, que pode chegar a R$ 10 mil por mês, fosse fechado. A vantagem da Casa de Walfrido é que está toda mobiliada.

O PT, no entanto, ainda não decidiu como vai funcionar o empréstimo da casa. Uma das alternativas seria Walfrido apenas emprestar a residência para a candidata. Outra opção em discussão seria cobrar um aluguel que seria pago pelo partido. Há ainda a opção de que Walfrido se disponibilize a devolver o aluguel ao caixa do partido como doação de campanha.

O ex-ministro de Lula passou a responder no mês passado na Justiça de Minas Gerais a processo de peculato e lavagem de dinheiro. Walfrido e mais 10 pessoas, inclusive o publicitário Marcos Valério, são acusados de participarem do mensalão mineiro --suposto esquema de arrecadação ilegal de recursos durante a campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 1998. Walfrido era vice de Azeredo.

A mudança de Dilma deve ocorrer no início de abril, quando termina o prazo de desincompatibilização determinado pela Justiça Eleitoral.

Ao deixar o governo, a ministra tem um prazo de 30 dias para desocupar o imóvel funcional. Segundo interlocutores do partido, a ministra não fez grandes exigências para a nova casa. Recomendou cuidado com os livros e pediu apenas boas instalações para seu cachorro da raça labrador, de nome "Nego".

O cachorro foi herdado de seu antecessor na Casa Civil, o ex-ministro José Dirceu, um dos principais articuladores da campanha petista ao Palácio do Planalto. Ao lado do cachorro, a ministra mantém uma rotina de caminhadas matinais.

Além do aluguel da mansão, o PT vai pagar um salário a Dilma durante a campanha eleitoral. A ministra disse na semana passada que a ajuda foi proposta porque ela não pode "viver de brisa".

"Eu vou ter que viver, eu sou obrigada a licenciar da minha atividade não só como ministra, mas da minha origem. Eu sou da fundação de economia e estatística e também não posso receber, tenho que pedir licença para tratamento de interesse. Não posso viver de brisa e não sou rica, vou ter que ter um salário do PT", afirmou.

Sem falar em valores do seu futuro salário, estimado em R$ 10 mil, Dilma disse que nunca recebeu dinheiro do PT anteriormente --prática que será quebrada durante as eleições deste ano.

Mesmo longe do governo por causa da campanha, segundo a AGU (Advocacia Geral da União), a ministra poderá continuar sua participação em atos de governo até junho, quando ocorre o registro da candidatura --já que entre abril e junho não terá nenhum cargo no Executivo, mas também ainda não será oficialmente candidata.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709240.shtml

Programa de governo é "primeiro passo" para candidatura própria, diz peemedebista

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A decisão do PMDB de elaborar um programa próprio de governo para ser lançado oficialmente no dia 8 de maio mostra as divergências no partido, até mesmo dentro da cúpula peemedebista, sobre a aliança nacional com o PT na corrida presidencial. Embora parte do comando da legenda dê como certa a aliança com os petistas, o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) --um dos responsáveis por elaborar o programa de governo do PMDB-- disse que a decisão de criar o texto é o "primeiro passo" rumo à candidatura própria da legenda em outubro.

"Nosso objetivo é ter uma proposta para o Brasil. Este é o primeiro passo para uma candidatura própria a Presidência da República. Seja nessa eleição, ou seja, nas próximas eleições. E poderá servir sim para uma futura aliança", afirma o deputado no site do partido.

Padilha preside a Fundação Ulysses Guimarães, órgão do PMDB que será responsável por finalizar o programa de governo do partido. Segundo o deputado, os peemedebistas têm "massa crítica" suficiente para lançar candidato próprio ao Palácio do Planalto --o que na sua opinião ficará claro no programa de governo.

"Está fincada a primeira pedra do alicerce para a construção do edifício, de uma Presidência da República", disse o deputado.

Na convenção do PMDB, realizada em fevereiro, a cúpula da legenda deixou clara a intenção de formalizar a aliança com o PT em outubro --mesmo com parte do partido favorável à candidatura própria ou à aliança com o PSDB.

Liderado pelo governador Roberto Requião (PR) e o ex-governador Orestes Quércia (SP), o grupo do PMDB contrário à aliança nacional com o PT lançou Requião como pré-candidato ao partido à Presidência. "Não vejo ninguém melhor na nossa área do que o Requião", afirmou o senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos articuladores do nome do paranaense.

O comando peemedebista, porém, afirma que a aliança com o PT será sacramentada para que o presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), dispute a vice-presidência na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --pré-candidata do PT.

O PMDB vai anunciar no dia 8 de maio o programa de governo do partido que será apresentado ao PT se houver de fato a formalização da aliança entre as duas legendas na disputa à Presidência da República.

Temer disse que o partido terá participação direta num eventual governo petista, com a incorporação do programa em formulação pela legenda.

"Não vamos nem aceitar prato feito nem brigar para fazer eventualmente coligação. Vamos dialogar. Você só faz coalizão dialogando e, agora, dialogando com programas de governo", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709235.shtml

PMDB traça programa e nega "prato feito" do PT

da Folha Online

Hoje na Folha No primeiro encontro formal para a elaboração de seu programa de governo, o PMDB mandou um recado ao PT, com quem negocia uma aliança eleitoral: não aceitará "prato feito" e não fará meramente uma "adesão ao plano petista", informa reportagem de Maria Clara Cabral, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, a ideia do partido é apresentar um projeto "moderado e equilibrado" em contraposição ao dos aliados na coalizão.

A Folha informa que o texto será sintético e evitará polêmicas, o que, na opinião da cúpula peemedebista, contribuirá para a aliança e para suavizar o documento final.

"Não vamos nem aceitar prato feito nem brigar, vamos fazer eventualmente uma coligação, portanto vamos dialogar e você só faz coalizão eleitoral dialogando com programas de governo", afirmou o presidente do partido, deputado Michel Temer (PMDB-SP), que tenta se firmar como vice de Dilma Rousseff (Casa Civil).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709152.shtml

Dilma diz que vê multa do TSE com 'naturalidade'

ROSANA DE CASSIA - Agencia Estado

A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse que viu com "naturalidade" a decisão do ministro auxiliar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Joelson Dias de multar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter feito propaganda eleitoral antecipada, a favor dela, em evento ocorrido em maio do ano passado, no Rio.

"Vejo com muita naturalidade. Vamos recorrer", disse a ministra, ao chegar para a reunião do Conselho de Administração da Petrobras. Na ação do PSDB, o partido pedia que Dilma também fosse punida pela mesma acusação. No entanto, o ministro do TSE considerou que a ministra não podia prever que seu nome seria aclamado no evento.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-diz-que-ve-multa-do-tse-com-naturalidade,526555,0.htm

Serra dobra valor do teto de seu 'Bolsa Família'

AE - Agencia Estado

A sete meses das eleições presidenciais, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), provável candidato tucano ao Palácio do Planalto, ampliou um dos principais programas sociais de sua gestão, o Renda Cidadã. O programa, que só atendia famílias com renda per capita de até R$ 100, agora fará pagamentos mensais às que chegarem a R$ 200. Ao dobrar o teto de renda, Serra deve beneficiar cerca de 45 mil famílias.

A comparação entre programas sociais deve ser um dos principais tópicos da campanha eleitoral deste ano. A abrangência dos programas federais é vista como um trunfo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na promoção de sua candidata, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. As lideranças tucanas têm se esforçado para mostrar que, em um eventual governo do PSDB, o Bolsa Família, que distribui cerca de R$ 12,5 milhões de benefícios mensais, será preservado.

O teto do Renda Cidadã agora supera o limite máximo de renda estabelecido pelo governo federal para atendimento pelo Bolsa Família, de R$ 140 per capita. Segundo a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (Seads), gestora do programa paulista de benefício financeiro mensal temporário, as mudanças devem elevar em 38% o número de beneficiários.

Atualmente, o Renda Cidadã distribui 117 mil bolsas. Neste ano, a perspectiva é atingir 162 mil. Para isso, o valor destinado ao programa terá aumento de 18%, saltando de R$ 98 milhões para R$ 116,8 milhões. É o maior orçamento dedicado ao Renda Cidadã desde sua criação, em setembro de 2001, durante o governo do tucano Geraldo Alckmin. A meta de atendimento, se cumprida, será recorde.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-dobra-valor-do-teto-de-seu-bolsa-familia,526498,0.htm

Justiça eleitoral livra Lula e Dilma de nova punição

MARIÂNGELA GALLUCCI E ROSANA E CASSIA - Agencia Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, conseguiram ontem à noite se livrar do risco de serem multados por terem feito suposta propaganda eleitoral antecipada. Num julgamento apertadíssimo, por 4 votos a 3, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou um pedido dos partidos de oposição para que Lula e Dilma fossem punidos por supostas irregularidades, durante discurso do presidente realizado em janeiro, em inauguração de um campus universitário em Araçuaí, Minas Gerais.

Apesar de ter votado com a ala derrotada no julgamento, o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, foi o destaque da sessão. Ele defendeu, em seu voto proferido na terça-feira, que Lula e Dilma fossem multados em R$ 5 mil. Disse que existe no Brasil uma cultura política deturpada e que os governantes costumam confundir projeto de governo com projeto de poder.

"O projeto de governo é legítimo, porque é em cima do projeto de governo, chamado de plataforma eleitoral, que o chefe de Poder Executivo é eleito", afirmou. Mas, para ele, "o projeto de poder é anti-republicano, porque não tem limite no tempo". Na terça, o julgamento tinha sido interrompido por um pedido de vista do ministro Marcelo Ribeiro, quando o placar indicava o empate de 3 a 3.

Ontem, depois de Ribeiro ter dado o seu voto, favorável a Lula e Dilma, Ayres Britto voltou a falar. Ele alertou que as inaugurações devem ter o objetivo de explicar para a população o significado da obra, os custos, o tempo de construção e os benefícios que ela trará.

Segundo ele, esses eventos não devem servir para fazer propaganda. Caso contrário poderá ocorrer um desequilíbrio do jogo eleitoral. Para Ayres Britto, a inauguração é uma ótima oportunidade para falar da obra, não de pessoas e muito menos de candidatos.

Multa

Mas também ontem, em decisão isolada de um ministro auxiliar do TSE, o presidente Lula foi multado em R$ 5 mil por fazer campanha eleitoral antecipada em favor da ministra Dilma. A decisão do ministro auxiliar Joelson Dias atendeu parcialmente ação do PSDB que queria a punição, também da ministra, durante inauguração de um complexo poliesportivo em Manguinhos (RJ), em maio do ano passado. Mas Dias considerou que Dilma não podia prever que seu nome seria aclamado pelos participantes do evento e por isso não deveria punida.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,justica-eleitoral-livra-lula-e-dilma-de-nova-punicao,526478,0.htm

PMDB quer marcar terreno

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

A reboque da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e certo de que o PT não cederá espaço de governo se a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, continuar subindo nas pesquisas, o PMDB se prepara para tentar virar esse jogo apresentando um programa de governo. Ontem, em sua primeira reunião de trabalho com a participação dos presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Banco Central, Henrique Meirelles, os peemedebistas evitaram tratar de temas específicos em público, mas internamente acenaram com um programa moderado, que tratará do fortalecimento do Estado, mas sem criar novas instituições públicas — caso, por exemplo, da Telebrás. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, era contra a recriação da empresa, mas prevaleceu a intenção do PT.

Nas áreas de energia e infraestrutura, a ideia do PMDB é trabalhar com o fortalecimento das agências reguladoras, um ponto que muitos líderes do partido consideram que o governo Lula deixou a desejar. A intenção dos peemedebistas nesse campo é criar pontos que o PT possa acolher e, no caso de rejeição, deixar a porta aberta para que a legenda possa seguir o caminho. “O partido tem que ter uma definição que não seja meramente de adesão ao que for produzido pelo PT. Tem que ser protagonista”, afirmou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, integrante da equipe que formatará esse programa. “A aliança hoje depende da posição do próprio PT e da direção nacional do PMDB e, evidentemente, têm ainda os problemas regionais”, lembrou Jobim.

Além de Jobim, Temer e Meirelles, participaram desse primeiro encontro o ex-ministro do Planejamento Aníbal Teixeira, que ocupou o cargo no governo Sarney; o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN); o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Moreira Franco; e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha (PMDB-RS). Meirelles tentou estipular uma divisão de áreas entre os presentes, mas ficou decidido que não haverá uma única voz do partido para cada setor. Na economia, por exemplo, além de Meirelles, o ex-deputado Delfim Netto também será chamado para apresentar as ideias.

Citado como um dos concorrentes de Temer para a vaga de vice na chapa da ministra Dilma à sucessão presidencial, Meirelles se esquivou de dar declarações políticas depois da reunião: “Estou totalmente focado no Banco Central”, afirmou. Temer também evitou tratar do tema “vice”. Ele se limitou a falar da aliança como o “caminho natural” do PMDB hoje, mas fez a ressalva de que ainda haverá muita conversa. “A aliança será tratada na convenção de junho. Até lá, temos muito tempo”, disse o presidente da Câmara, dando um sinal do que deverá ser o programa de governo: “Não vamos nos furtar a uma certa ousadia. Evidentemente, a ousadia estará amalgamada, misturada à ideia da moderação. É isso que nós queremos apresentar como plano de governo. Mas ainda não há planos definidos, vamos definir pouco a pouco até o dia 8 de maio”.

Na data em questão, o PMDB fará um congresso nacional em Brasília para aprovar as propostas com a presença de todos os seus caciques. Esse tempo é visto como o período de acomodação das forças políticas, em que os pré-candidatos ao Planalto estarão dedicados à campanha. O trabalho de organização das propostas ficará a cargo de Padilha, considerado um dos mais reticentes à aliança entre PT e PMDB.

Nos bastidores, há quem defina esse cronograma do PMDB como uma forma de o partido tentar manter o controle sobre a aliança com o PT e o protagonismo para a escolha do vice. Algo como um recado: “Não brinque conosco, senão vamos fazer um programa que o PT não vai gostar”. Afinal, dizem os peemedebistas, eles se mostram cansados de ver o PT querendo lhes dizer o que deve ser feito em cada área de governo, sem que possam ter voz ativa sobre qualquer setor. Com Dilma, eles esperam que seja diferente.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/19/politica,i=180696/PMDB+QUER+MARCAR+TERRENO.sht

FHC diz que PSDB deve lançar campanha antes de candidato

da Folha de S.Paulo, no Rio

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem, no Rio, que o PSDB deveria ter mais autonomia e não esperar o governador José Serra assumir que é candidato à Presidência para começar a fazer propaganda.

"Uma coisa é o candidato, outra coisa é a campanha. Não sei por que o partido tem que esperar alguém lhe dizer que é candidato para começar a fazer propaganda. Deve fazer o quanto antes", disse FHC, após palestra sobre Joaquim Nabuco na Academia Brasileira de Letras.

Apesar de defender que o seu partido faça propaganda de Serra já, FHC criticou novamente Lula por ter, em sua avaliação, precipitado a campanha, o que teria dado a impressão de que os demais candidatos estavam atrasados. Ontem, Lula foi multado pela Justiça Eleitoral por campanha antecipada.

Mesmo em sua palestra sobre o centenário da morte de Nabuco, FHC não deixou de fazer, ironicamente, uma referência a Lula. Lembrou que o abolicionista, após conhecer de perto a realidade dos Estados Unidos como diplomata brasileiro no país no início do século 20, defendeu maior alinhamento do Brasil com os americanos.

"Que o presidente Lula não me ouça, e não estou falando do Irã, mas, quem sabe, Nabuco não estivesse já delineando naquela época para o Brasil uma relação mais estreita com os Estados Unidos, que desse espaço para o país se afirmar mais em sua área de influência naquela época, exercendo uma ação de moderação na América Latina", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709126.shtml

Valdo Cruz: Lula quer o melhor palanque para Dilma em MG

da Folha Online

Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com o vice-presidente José Alencar e os pré-candidatos petistas ao governo de Minas Gerais Fernando Pimentel (ex-prefeito de Belo Horizonte) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social).

O presidente quer decidir qual será o candidato da base aliada em MG, porém, o mais cotado à vaga não participará do encontro. Trata-se do ministro das Comunicações Hélio Costa.

Lula que quer fechar um acordo em Minas que favoreça Hélio Costa e com isso amarre definitivamente o apoio do PMDB à sua candidata Dilma Rousseff", afirma Cruz neste podcast.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u709023.shtml

Marina propõe que taxista use carro elétrico

MALU DELGADO
da Folha de S.Paulo

Colaboradores e especialistas envolvidos na elaboração do programa de governo da pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC), decidiram incluir na proposta duas ideias novas no debate político brasileiro: a substituição de toda a frota de táxis do país por carros elétricos e a abertura de conteúdos de empresas de comunicação na internet em troca de incentivos fiscais do Estado.

Os conceitos, combinando isenção tributária, sustentabilidade e liberdade de informação, serão detalhados por tributaristas e economistas ambientais. Entre os acadêmicos que participam das discussões estão os economistas Jacques Ribemboim e Clovis Cavalcanti, ambos de Pernambuco.

"É papel do Estado auxiliar no acesso à livre informação na internet. A ideia é que as empresas disponibilizem seus conteúdos na rede e, em troca, recebam incentivos. Seria facultativo", disse Sérgio Xavier, um dos coordenadores da pré-campanha e candidato do PV ao governo de Pernambuco.

Em relação à substituição de carros movidos a combustíveis fósseis por carros elétricos, a sugestão é que também haja um programa de incentivo fiscal, associado à redução do preço do transporte. A bandeirada ficaria mais barata pois, segundo especialistas, o custo da manutenção do veículo é menor.

Além da redução da poluição, o programa proposto pelos "verdes" estará associado a planos de transporte públicos que limitem o uso de veículos particulares em áreas específicas nas grandes cidades, incentivando o uso do novo táxi.

Entre as propostas de livre acesso à informação, o PV quer incluir o debate sobre a flexibilização de direitos autorais, sobretudo na internet.

Será feita a defesa da licença internacionalmente chamada de "creative commons", que facilita a propagação na internet de conteúdos culturais com a autorização do artista.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709116.shtml

Em resposta a cobranças do PT por lealdade do PSB, Ciro ataca dissidências do PMDB

MALU DELGADO
da Folha de S.Paulo

Diante das dificuldades de sustentar uma candidatura à Presidência, o deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou ontem à noite, em São Paulo, que não se pode exigir de nenhum partido brasileiro um alinhamento eleitoral único em todo o país, por conta da realidade brasileira. A afirmação foi feita com intuito de neutralizar o argumento de que seu desejo de disputar a Presidência pode prejudicar candidaturas do PSB nos Estados que apostam na aliança com o PT.

Para o ex-ministro, essa mesma cobrança de alinhamento não é feita a outros aliados do governo federal, em especial ao PMDB, partido ao qual se refere como "o mastodonte político". "Em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina vão apoiar o Serra. O Jader [Barbalho] está às turras com o PT no Pará. No Maranhão, estão obrigando o PT a apoiar a Roseana Sarney (PMDB), um verdadeiro assassinato político. Na Bahia, o Geddel [Vieira Lima] é candidato agressivo contra o Jaques Wagner [governador, do PT]. E eu tenho que explicar? Justo eu", disse, sarcástico, antes de iniciar um debate com estudantes da Faculdade de Direito da USP.

PSB versus PT

Bem humorado, Ciro tentou minimizar as recentes rusgas com o PT de São Paulo por conta de declaração em entrevista à Folha, publicada na segunda-feira, na qual disse que o PT do Estado "é um desastre". "Não conheço divergência do PT com o PSB em lugar nenhum, salvo o blefe, a grosseria de alguns. Lá no Ceará andaram, a partir da visita do José Dirceu, chantageando. Ok. Tchau, baby. Siga seu caminho", disse, referindo-se a recomendações de Dirceu para que o PSB, se quer manter o apoio do PT à reeleição de Cid Gomes (PSB) ao governo do Ceará, desista de lançar Ciro à Presidência.

Apesar de ignorar o apelo do PT de São Paulo para que ele se retrate, Ciro tentou amenizar os ruídos.

"O que eu falei eu repito, tranquilamente (...) A eficiência medíocre do PSDB se afirma na situação desastrada que vive o PT. Não são as administrações [do PT], é o que aconteceu, justa ou injustamente, merecida ou imerecidamente. Eu não comemoro isso. Aconteceu um desastre no PT de São Paulo, aí eu fui dizendo os nomes: olha o que aconteceu com o José Dirceu, com a Marta, com o Mercadante, com o João Paulo. (...) De uma parte deles eu sou até testemunha em juízo. Portanto, sou aliado. Agora, vão fazer de conta que não aconteceu?", indagou.

Na entrevista à Folha publicada segunda-feira, ele disse que o PT paulista vive uma crise de confiabilidade e credibilidade por conta do suposto envolvimento de seus quadros em escândalos, como o mensalão.

"Cutucadas petistas"

Ontem, disse que petistas lhe "cutucaram" no passado, como Marta, Dirceu e Mercadante, e nunca se retrataram. Portanto, "o PT não precisa ficar magoado". "Poderemos estar chegando num tempo em que ser sincero é um defeito. Neste tempo, eu estou excluído da política. Não vou deixar de ser sincero. E ponto", disse.

O deputado reiterou só desistirá da Presidência se esse o desejo e a decisão do PSB. "Aí nenhum brasileiro poderá dizer: ah, ele desistiu, bastou o Lula botar ele no canto da parede e dar uma alisadinha e ele se entregou. Comigo essa notícia não acontecerá."

Saquê e Marisa Monte

Ao responder às perguntas de estudantes, Ciro lembrou o período em que rompeu com o PSDB e foi para a universidade de Harvard, nos Estados Unidos. "Enchia a cara de saquê, ouvindo Marisa Monte", disse, provocando risadas.

Informal, brincou com um universitário, vestido de bermuda e chinelos, que lhe fez uma pergunta: "Há 20 anos só podia ficar de terno".

Contou, ainda, que precisou, ao longo dos anos na política, adaptar seu "jeito de falar". "Quando cheguei em São Paulo parecia que eu tinha pavio curto, era esquentado."

Arruda

O deputado criticou ainda a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal de cassar o governador José Roberto Arruda (sem partido) por infidelidade partidária. Disse que, apesar de ter sido comemorada por todo o Brasil, a decisão é exótica.

Ciro acredita não haver lógica na exigência de fidelidade partidária para quem ocupa cargo no Executivo. "É perigoso gostar do linchamento porque o bandido é execrável. A gente tem de resistir a isso."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709031.shtml

18 de mar. de 2010

DEM exige vaga de vice de Serra se Aécio não aceitar posto

DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o vice na chapa à Presidência do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), deve ser do seu partido, se o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), não for o candidato.

"Se o Aécio decidir que não é candidato, naturalmente a vaga é nossa", disse o deputado nesta quinta-feira. Para ele, mesmo sendo uma chance remota, Aécio ainda é o melhor opção para a oposição.

Maia evitou, no entanto, citar um possível nome do partido entre os candidatos. "Tratar de algum nome agora pode atrapalhar, pode inviabilizar Aécio."

No começo desta semana, o Diretório do PSDB de Minas Gerais aprovou um documento que apresenta Aécio como pré-candidato do partido ao Senado. Segundo o texto, o partido reconhece Aécio como "líder maior com autoridade para articular e fortalecer o projeto tucano para Minas Gerais e para o Brasil".

Antes do escândalo do Distrito Federal, que começou em novembro passado, o governador cassado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), era um dos mais cotados para ser o vice de Serra. No entanto, a crise arranhou não só Arruda como o partido.

Apesar disso, ainda são cotados para compor a chapa o próprio Rodrigo Maia e a senadora Kátia Abreu (TO). Outra opção, sugerida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ideia que não agradou o DEM.

Para o presidente do DEM, a questão do vice não deve ser tratada logo depois do anúncio de Serra como candidato, que deve acontecer no dia 10 de abril. Ele disse que a decisão deve ficar para final maio ou começo de junho, quando haverá a convenção.

O deputado também considerou positiva a pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. Segundo a sondagem, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à Presidência, conseguiu subir de 17% para 30% na preferência do eleitorado, enquanto o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 38% para 35%. "Serra manteve o patamar dentro da margem erro", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u708942.shtml

Para Aécio, PSDB crescerá quando começar embate entre candidatos

colaboração para a Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), avaliou como natural o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência, nas pesquisas de intenção de voto. Para ele, quando houver o embate entre os candidatos o PSDB mostrará que tem condição de ganhar a eleição presidencial.

"A campanha não começou ainda. Nós temos um tempo grande para construir esse discurso. Acho que as experiências do PSDB serão mostradas. Não será uma eleição fácil para ninguém", disse nesta quinta-feira em Belo Horizonte.

Segundo o governador, há um risco para lideranças do PT que estão cantando vitória antes da hora. "No momento em que o embate se der entre candidatos e não apenas entre aqueles que os apoiam, acho que aí sim o PSDB poderá demonstrar aquilo que eu disse aqui, que nós temos melhores condições de permitir que o Brasil dê um novo salto."

Aécio também minimizou o resultado da pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. Segundo a sondagem, a petista conseguiu subir de 17% para 30% na preferência do eleitorado, enquanto o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 38% para 35%.

"O PT sempre teve uma base, um piso em torno de 30%, historicamente, mesmo nas eleições em que o presidente Lula perdeu. Não me preocupo com as pesquisas. Acho que é o momento de o PSDB construir o seu discurso", afirmou.

Para ele, a pesquisa sempre é o retrato do momento. "O PSDB tem que apresentar à população brasileira razões objetivas e claras que mostrem porque é melhor trocar de governo, mudar o grupo que governa o país e não continuar com o atual."

O governador afirmou que a eleição não será uma comparação entre o governo Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. "Não acho que as pessoas estejam preocupadas agora numa gincana para saber quem fez mais. Se foi Lula ou se foi FHC, ou se foi FHC ou Lula. Foram momentos diferentes", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u708840.shtml

Dilma pode ter dois palanques em São Paulo, admite líder do governo

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), admitiu nesta quinta-feira a possibilidade da pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), ter dois palanques da base governista em São Paulo nas eleições de outubro.

Vacarezza considera como praticamente "irreversível" a possibilidade do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) concorrer ao governo de São Paulo --cenário que leva o PT a lançar o senador Aloizio Mercadante na disputa.

"No quadro de hoje em São Paulo, não existe mais a possibilidade do Ciro ser candidato. Ele já falou e acho que não muda de posição porque já disse publicamente que não quer. O mais provável é que a Dilma tenha dois palanques em São Paulo. (...) Salvo modificações, o Mercadante será nosso candidato lá", afirmou.

Como o PSB se articula para lançar o empresário Paulo Skaf para o governo de São Paulo, Dilma terá dois palanques na disputa se o PT também lançar Mercadante. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendia a candidatura de Ciro ao governo de SP para que PT e PSB estivessem unidos em torno de uma única candidatura no Estado.

Ciro, porém, reafirmou reiteradas vezes que vai disputar a presidência da República. Nos últimos dias, a cúpula do PT de São Paulo também se mostrou irritada com o comportamento de Ciro, o que fez ganhar força a tese de candidatura própria em São Paulo.

Os petistas já dão como descartada a candidatura de Ciro ao governo do Estado depois que o parlamentar disparou críticas à legenda. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, sinalizou que não aposta mais na possibilidade de o deputado se candidatar ao governo de São Paulo.

Ataques

Ciro chegou a acenar que poderia concordar a disputar o governo estadual, chegando até a transferir seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo. No entanto, além de reiterar sua disposição de concorrer ao Palácio do Planalto, nos últimos dias o parlamentar atacou líderes do PT paulista.

Em entrevista à Folha, Ciro admitiu que a sua candidatura ao governo de São Paulo seria artificial. Segundo ele, o PT é um "desastre" em São Paulo, o que irritou os petistas, em especial os do Estado.

Vacarezza, porém, minimizou os ataques de Ciro ao PT. "O Ciro está do nosso lado, como ele mesmo diz, então não é bom ficar criando conflito", disse o líder.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u708747.shtml

Ciro teme que Lula atue nos Estados para impedir sua candidatura

Estadão - ANDRÉ MASCARENHAS E JULIA DUAILIBI

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) teme que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atue nos Estados em que o PSB mantém aliança com o PT para constranger seu partido a não lhe conceder a legenda para sua planejada candidatura à Presidência da República. Em entrevista exclusiva à TV Estadão nesta quinta-feira, 18, Ciro desautorizou as versões de que teria uma conversa definitiva sobre seu futuro político com Lula em março - "vocês marcaram para anteontem, mas ele está em Israel", brincou -, mas não descartou que o presidente atue nos bastidores para impedi-lo.

"O Lula, pela delicadeza que ele me trata, pelo respeito que ele me tem, e é recíproco, até maior o meu - eu gosto dele fraternalmente, com muito carinho, além do respeito, da gratidão pelo bem que ele faz ao povo brasileiro - ele não me pedirá jamais pra eu não ser candidato", disse o deputado. Questionado se haveria outras formas de o presidente fazê-lo ficar de fora do pleito, Ciro concordou: "As outras formas podem ser muito cruéis. Por exemplo, constranger o partido a não me dar legenda."

O deputado se refere aos diretórios estaduais do PSB que trabalham pela candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), em troca de uma aliança com o PT para o governo dos Estados. Rio Grande do Norte e Sergipe vivem esse dilema. No Rio Grande do Norte, a governadora Wilma de Faria, do PSB, trabalha para emplacar a candidatura de seu vice, Iberê Ferreira de Souza, do mesmo partido, ao governo do Estado. Em Sergipe, o governador Marcelo Déda, do PT, que deve concorrer a reeleição, tem como vice Belivaldo Chagas Silva, do PSB.

"A seção de Sergipe, seção do Rio Grande do Norte, são seções respeitadas, porque eles têm uma aliança com o PT, e ali o PT os constrange. Mas esquecem os companheiros que eu também tenho uma aliança com o PT. Nós temos aliança com PT nos três estados que governamos e nos cinco estados que o PT governa", contemporizou.

Ainda assim, ele garante ter, na legenda, o apoio necessário para pleitear a candidatura. "Tudo o que eu faço, até o presente momento, está em perfeita sintonia com a direção do meu partido."

Ibope

O deputado também minimizou a importância da pesquisa CNI/Ibope divulgada na quarta-feira, 17, em que sua candidatura aparece como um fator neutro na definição do segundo turno. O levantamento vai no sentido oposto da tese, defendida por Ciro, de que sua candidatura seria um fator decisório para que Dilma leve a decisão para o segundo turno.

"A candidatura existe para apresentar uma proposta, um projeto. E é grave a necessidade no caso brasileiro, porque eu considero, sendo aliado do presidente Lula e amigo dele, um equívoco, que faz mal pro país, fazer das eleições gerais de 2010 um plebiscito despolitizado entre os amigos do Lula, nos quais eu me incluo, e os amigos do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso. O Brasil não cabe nisso", afirmou.

Sobre sua participação nas eleições, mesmo que com chances remotas de se eleger, Ciro considera ser "imperativo moral participar do debate, se você tem, como eu, uma responsabilidade com o país".

O ex-ministro da Integração Nacional criticou ainda a atuação do governo em áreas como a saúde e educação. "Se você despolitizar o debate, como fica o futuro da saúde pública, que não vai bem, da educação pública brasileira, que não vai bem, da violência urbana?", argumenta.

Assista a seguir a íntegra da entrevista, na TV Estadão:

Parte 1



Parte 2

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http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ciro-teme-que-lula-atue-nos-estados-para-impedir-sua-candidatura,526096,0.htm

Ciro: Dilma corre risco de cometer erros na campanha

LUCINDA PINTO - Agencia Estado

A pré-candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, está apresentando um bom desempenho na fase dos "treinos livres", mas corre o risco de "derrapar em alguma curva" na hora da corrida. Essa afirmação foi feita hoje em entrevista à TV Estadão pelo deputado federal Ciro Gomes (CE), que também pretende sair candidato pelo PSB à Presidência da República.

Utilizando a figura de uma corrida de Fórmula 1, Ciro diz que ter um bom desempenho nos treinos livres - ou ter uma boa colocação nas pesquisas eleitorais antes do lançamento oficial da campanha - é importante porque é isso que determina a posição do competidor no grid de largada. Mas, afirma, na hora da corrida, tudo é diferente. E os riscos são sempre maiores para quem está estreando como candidata.

"Essa é a primeira disputa da vida dela. E se ela cometer um erro? Eu cometi, o Lula também", afirmou, referindo-se à campanha de 1994, quando Lula adotou um discurso crítico ao Plano Real, que estava em fase de implantação. Ainda assim, Ciro considera que Dilma é o melhor quadro que o PT poderia apresentar neste momento. "Ela é uma grande administradora, é séria, decente, gosta do povo. Mas é sua primeira campanha e pode cometer um erro", afirma.

Ciro voltou a fazer críticas ao governo Lula, do qual foi ministro da Integração Social, dizendo que o presidente Lula está "sentado em cima de sua popularidade". Ele diz que as boas políticas adotadas, como a melhoria dos salários, não são institucionais. "O que faz o povo nordestino votar no Lula não é o Bolsa-Família, mas a melhora dos salários, a oferta de crédito. Mas nada disso faz parte de um programa, de um desenho", afirma.

Outro problema, diz Ciro, é a "tentação humana de achar que está tudo bem". "O Brasil está bem quando se olha pelo retrovisor", afirma, dizendo que não houve avanços importantes em termos de moradia, tecnologia, política industrial e comércio exterior. "O Brasil está perdendo o passo", afirma. "Depois que o Lula se elegeu, acabou a agenda?", diz.

Outro foco de críticas de Ciro é a aliança do PT com PMDB que, segundo ele, está "assentada em frouxidão moral". "O Brasil precisa de alianças. A questão é como se organiza a aliança e para que", diz. "Se o objetivo é nomear gente sem qualificação moral, não se está fazendo uma boa aliança", afirma. "A coalizão do PT com o PMDB na Câmara é escandalosa", atacou.

Candidatura

Ciro Gomes diz que não foi procurado por Lula com o objetivo de convencê-lo a desistir de sua candidatura à Presidência da República. "Pela delicadeza com que ele me trata, acho que ele não vai me pedir isso", afirmou. De todo modo, Ciro diz que aceitará a decisão do PSB sobre o lançamento de sua candidatura. Mas garante que, se não for candidato a presidente, vai "parar" com a política.

"Vou escrever, vou ler, vou dar aula. Não tenho a política como meio de subsistência", afirmou. Assim, ele reforçou que não quer ser candidato ao governo de São Paulo, como chegou a ser cogitado. "Fico honrado com essa ideia, mas não tenho vontade", afirma. Para o governo paulista, Ciro diz que defende a candidatura própria do PSB do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e não o apoio ao petista Aloizio Mercadante.

Ciro negou que sua candidatura tenha como objetivo ser mais uma fonte de ataque contra o tucano José Serra. "Minha biografia mostra que não entraria em uma candidatura dessas por razões mesquinhas. Só se eu fosse um aloprado", afirmou. Segundo ele, é seu objetivo promover o debate, evitando assim que o pleito se torne um "falso plebiscito, despolitizado".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ciro-dilma-corre-risco-de-cometer-erros-na-campanha,526118,0.htm

Temer: PMDB terá programa de governo até 8 de maio

EUGÊNIA LOPES - Agencia Estado

O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse hoje que o partido pretende apresentar um programa de governo à pré-candidata à Presidência da República, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), e ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, até dia 8 de maio. "Vamos ter um programa até 8 de maio. Discutimos a formulação de um plano de governo do PMDB. Se houver aliança, haverá a junção do programa do PMDB com o PT. No dia 8 de maio faremos um grande congresso para apresentar isso", disse.

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, participou do encontro com a Executiva do partido, assim como o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Ao deixar a reunião, Meirelles não falou com a imprensa. Perguntado sobre a participação dele na elaboração do programa de governo, Temer, também presidente da Câmara dos Deputados, disse que "é claro que Meirelles deve dar mais ênfase à área econômica".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,temer-pmdb-tera-programa-de-governo-ate-8-de-maio,526003,0.htm

Lula cita PAC ao falar de subida de Dilma em pesquisa

DENISE CHRISPIM MARIN, ENVIADA ESPECIAL - Agencia Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se esquivou nesta quinta-feira, 18, de comentar sobre os resultados da pesquisa de intenção de votos do CNI/Ibope, que apontou um crescimento da sua candidata, Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, nas intenções de voto. Ao final de sua visita oficial à Jordânia, ele preferiu não dar uma resposta direta e indicou que o desempenho de Dilma está ligado à sua condução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da nova versão do projeto, o PAC 2, que será lançado no final deste mês. "Obviamente que a Dilma foi uma pessoa que coordenou o PAC."

De acordo com a sondagem, Dilma mantém agora uma diferença de cinco pontos porcentuais do possível candidato do PSDB, José Serra, governador de São Paulo. Em fevereiro, de acordo com o mesmo instituto, a distância entre os dois era de 11 pontos. Serra teve 35% das intenções de voto. Dilma, por sua vez, cresceu cinco pontos e atingiu pela primeira vez a marca dos 30%, em um cenário que inclui ainda Ciro Gomes (11%), do PSB, e Marina Silva (6%), do PV.

Em seguida, Lula passou a justificar a necessidade do lançamento do PAC 2 ainda neste mês para que os projetos incluídos estejam previstos no Orçamento de 2011. Boa parte das obras estará voltada para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. "Não posso deixar para o novo presidente pensar o projeto e fazer. Tenho de deixar as coisas andando", disse.

"Obviamente que não é um PAC para o governo Lula, para o governo Dilma, para o governo Serra, para o governo Marina (Marina Silva). É uma proposta de desenvolvimento para o Brasil", completou o presidente, para acrescentar em seguida que seu sucessor pode assumir ou não esse compromisso.

Desconstrução

Questionado horas antes sobre a pesquisa, o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais e coordenador do programa de Dilma, Marco Aurélio Garcia, afirmou que ainda é muito cedo para uma análise dos resultados, mas ressaltou que a ministra está "se revelando uma boa candidata" e que "toda tentativa de desconstrução" da imagem dela "não vingou". Outro colaborador do presidente insistiu que a pesquisa não trouxe novidade. "É preciso começar a levitar para haver algo novo", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-cita-pac-ao-falar-de-subida-de-dilma-em-pesquisa,525980,0.htm

Vantagem de Serra caiu porque ele não faz campanha, diz Kassab

YGOR SALLES
da Folha Online

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), defendeu nesta quinta-feira a candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência e justificou com a falta de campanha do governador o fato dele ter visto sua vantagem para Dilma Rousseff (PT) cair, segundo o Ibope.

"É importante que as pessoas saibam ler as pesquisas. O governador José Serra não está fazendo campanha, ele está governando São Paulo", disse Kassab ao inaugurar um viaduto no Jaraguá (zona norte). "Já a atual ministra [Dilma] está em campanha."

Na pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem, a petista conseguiu subir de 17% para 30% na preferência do eleitorado, enquanto Serra recuou de 38% para 35%.

Segundo análise da CNI, o avanço de Dilma se explica pela sua maior exposição, o que lhe garantiu uma maior taxa de conhecimento do eleitorado e, consequentemente, mais votos.

Kassab ainda defendeu que o governador saia candidato, o que ainda não foi oficializado. "Eu torço muito para que ele saia candidato. Eu entendo que o Brasil merece ter o Serra como presidente. O considero uma das pessoas mais preparadas [para o cargo] neste país", disse o prefeito, ressaltando que seu partido está "ansioso" para o início da campanha.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u708721.shtml

PMDB anuncia dia 8 de maio programa de governo a ser apresentado ao PT

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PMDB vai anunciar no dia 8 de maio o programa de governo do partido que será apresentado ao PT após a formalização da aliança entre as duas legendas na disputa à Presidência da República.

A cúpula do peemedebista quer participar de forma ativa do eventual governo petista, por isso vai elaborar até o começo de maio as diretrizes a serem incorporadas ao futuro programa de governo da ministra Dilma Rousseff --caso a petista seja eleita ao Palácio do Planalto em outubro.

A cúpula peemedebista se reuniu nesta quinta-feira para dar início à elaboração do plano de governo. No dia 8 de maio, o PMDB vai realizar um congresso nacional para que seus filiados aprovem o programa de governo.

O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), disse que o partido terá participação direta num eventual governo petista, com a incorporação do programa em formulação pela legenda. "Não vamos nem aceitar prato feito nem brigar para fazer eventualmente coligação. Vamos dialogar. Você só faz coalizão dialogando e, agora, dialogando com programas de governo", afirmou.

Temer descartou, porém, a possibilidade do programa do PMDB não ser incorporado em um eventual governo petista. "Nós reunimos pessoas do PMDB vocacionadas para a elaboração de um plano de governo e discutimos a formulação de um plano de governo do PMDB. Ficaremos com esse plano preparado para a eventual aliança. A ideia é que, se houver aliança, haverá junção de programas, foi o que se definiu", disse.

Segundo Temer, a comissão responsável por elaborar o programa de governo vai encaminhar suas propostas à Fundação Ulysses Guimarães --ligada ao partido --para que todas sejam reunidas no texto que será submetido à análise da legenda. "Vamos sistematizando o programa. Não levantamos nenhum tema. Haverá um programa definido do PMDB", afirmou.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vai elaborar a parte econômica do programa de governo peemedebista.

O ministro Nelson Jobim (Defesa), que é jurista assim como Temer, também participa da elaboração do programa. A "comissão" criada para discutir o futuro plano de governo também é integrada pelo ex-ministro Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos), e pelos parlamentares Moreira Franco (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), entre outros.

Alves disse que o programa do partido vai reunir propostas "do Brasil do futuro, reconhecendo o crescimento do Brasil nesses oito anos" de governo Lula. "É uma proposta de programa doutrinário do PMDB, para que no dia 8 de maior a gente possa ter o congresso nacional em que o partido vai formalizar e apoiar essas propostas", disse o líder.

Temas

Temer não adiantou os temas que serão incluídos pela legenda no programa de governo, mas disse que o PMDB está disposto a abordar temas polêmicos --a exemplo do texto elaborado pelo PT para o eventual governo Dilma Rousseff.

"Nós vamos examinando ao longo do tempo. Não vamos nos furtar a uma certa ousadia. Evidentemente, a ousadia estará amalgamada, misturada à ideia da moderação. É isso que nós queremos apresentar como plano de governo. Mas ainda não há planos definidos, vamos definir pouco a pouco até o dia 8 de maio", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u708699.shtml

Meirelles diz estar "totalmente focado" no BC, mas não descarta candidatura

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), disse nesta quinta-feira que está "totalmente focado" em seu trabalho à frente da instituição, mas não descartou uma eventual candidatura às eleições de outubro.

Após participar de reunião da cúpula do PMDB, Meirelles disse que não discutiu a possibilidade de se afastar do Banco Central para concorrer às eleições. "Não discutimos esse assunto [licença]. No momento, estou totalmente focado lá no Banco Central", afirmou.

O peemedebista vai participar das discussões do PMDB para a elaboração do programa de governo do partido que será apresentado à pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, ministra Dilma Rousseff.

A expectativa é que o presidente do Banco Central elabore a parte econômica do programa, que será finalizado até o dia 8 de maio.

"Hoje foi a primeira reunião do grupo que vai redigir a proposta de plano de governo do PMDB. Uma reunião de definição de funções, prazos e organização da estrutura do trabalho. Acho que foi reunião muito objetiva, prática, esperamos que dê a contribuição feita no futuro governo por parte do partido", afirmou.

Meirelles é cotado para disputar a vice-presidência na chapa de Dilma, uma vaga ao Senado ou mesmo concorrer ao governo de Goiás. O peemedebista, no entanto, desconversa sempre que é questionado sobre a possibilidade de se desincompatibilizar do governo para concorrer às eleições de outubro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a permanência de Meirelles até o final do seu governo no comando do Banco Central, mas nos bastidores revelou a interlocutores que também simpatiza com o nome do peemedebista para disputar a vice na chapa de Dilma.

A cúpula do PMDB quer indicar o presidente do partido, Michel Temer (PMDB-SP), para fazer a dobradinha com a petista em outubro, mas setores do PT defendem um nome mais ligado ao mercado financeiro --como é o caso de Meirelles.

Por meio de seu porta-voz, o presidente Lula disse que deseja que o presidente do Banco Central continue no cargo até o final do governo.

Meirelles tem até o dia 2 de abril para sair do governo se quiser ser candidato, como determina a lei eleitoral. O peemedebista é visto como um nome que indicaria um compromisso de Dilma com a continuidade da política econômica adotada por Lula.


Indiciamento

Na semana passada, o presidente do BC foi indiciado por supostos crimes contra a ordem tributária. O inquérito, encaminhado para o STF (Supremo Tribunal Federal), está sob a responsabilidade do ministro Joaquim Barbosa --também relator do mensalão.

A investigação no STF está sob segredo de Justiça. O documento, de 105 páginas, foi enviado para o Supremo porque, como presidente do BC, Meirelles tem foro privilegiado por ter status de ministro desde 2004.

Barbosa deve designar diligências para aprofundar a apuração do caso, o que poderá ser feito pela Polícia Federal. Só depois o Ministério Público Federal poderá ou não apresentar denúncia contra o presidente do BC.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u708679.shtml

Temer barra na Câmara projeto sobre "ficha-suja"

R7

Ele quer esperar que proposta ganhe consenso na Casa antes de levá-lo para votação

De nada adiantaram as assinaturas de mais de um milhão de pessoas e o trabalho feito pela Comissão Especial da Câmara criada para amenizar o projeto de lei que impede a candidatura de políticos com "ficha-suja" na Justiça. Mesmo com as mudanças, o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), praticamente enterrou nesta quarta-feira (17) as chances de a proposta ser votada antes das eleições de outubro. Para não pôr o projeto na pauta de votações, Temer alegou que seria "desastroso" a proposta ser rejeitada no plenário da Câmara, uma vez que não há consenso entre os partidos sobre o tema. Temer pôs, no entanto, outros projetos polêmicos na pauta de votação da Câmara, como a legalização dos bingos e a "lei da mordaça" para os integrantes do Ministério Público.

- Não devemos levar o projeto desajustado para o plenário. Como eu não preciso enganar ninguém com as palavras, que muitas vezes os ouvidos gostam de ouvir dos homens públicos aquilo que os ouvidos apreciam ouvir, vamos dialogar com os líderes e com os partidos e quando isso estiver ajustado pela maioria, nós levaremos ao plenário. Até porque seria desastroso levar para o plenário e se negar a aprovação.

Apresentado no ano passado, com mais de um milhão de assinaturas de cidadãos em defesa do estabelecimento da chamada "ficha limpa" para os políticos se candidatarem, o projeto de lei enfrenta resistências junto a maioria dos partidos. Um dos motivos para as dificuldades de a proposta ser aprovada é o estabelecimento da inelegibilidade para políticos condenados em primeira instância. Na versão apresentada hoje, a decisão tem de ter sido tomada por um colegiado de juízes.

O texto elaborado pela Comissão Especial e entregue ao presidente da Câmara pune a prática rotineira dos políticos de renunciar ao mandato para evitar abertura de processo de cassação. Pela proposta o político que renunciar para escapar da cassação não poderá se candidatar nas eleições seguintes.

O projeto de lei prevê ainda que os políticos ficam inelegíveis por até oito anos depois de cumprirem a pena estabelecida pela Justiça. Pela legislação atual, os políticos perdem o direito de se candidatar oito anos depois da condenação, sem incluir o prazo de cumprimento da pena.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/temer-barra-na-camara-projeto-sobre-ficha-suja-20100317.html

“Serra tem que ser anti-Dilma sem ser anti-Lula” diz especialista

Cientistas políticos dizem que há tendência de crescimento de Dilma Rousseff

Gabriel Mestieri, do R7

Ainda na frente, mas vendo a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aproximar-se cada vez mais, o desafio do governador José Serra (PSDB) até a eleição de outubro é tentar ser anti-Dilma, mas não anti-Lula, diz o professor de Ciência Política da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) Marco Antônio Villa.

- O problema do Serra é que ele não pode ser anti-Lula. Ele tem que ser anti-Dilma, mas não anti-Lula. Esse é o grande desafio: se contrapor a Dilma e mostrar que é melhor que ela, mas sem dizer que o governo Lula é uma catástrofe.

Especialistas em política ouvidos pelo R7 afirmaram que o resultado da pesquisa CNI/Ibope confirma que há uma tendência de crescimento da ministra da Casa Civil nas intenções de voto. No levantamento, a ministra aparece com 30% das intenções de voto, a 5 pontos do governador de São Paulo, José Serra, que tem 35%. Em dezembro, essa diferença era de 21 pontos.

Para Villa, a alta popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o fato de não ter um cabo eleitoral forte colocaram o governador Serra numa “situação desconfortável” nos últimos meses. Ele considera que, devido à grande exposição de Dilma na mídia, o resultado de Serra ainda é bom.

Ele também considera que Dilma pode ter chegado ao seu patamar máximo de intenção de votos, enquanto Serra, com menos exposição, tem uma porcentagem fiel de 35% do eleitorado.

Para o cientista político e professor emérito da Unb (Universidade de Brasília) David Fleischer, a subida de Dilma é resultado da exposição de Dilma ao lado de Lula. Para ele, Lula cumpre uma “missão impossível”, e o resultado da ministra surpreende nas regiões e classes mais ricas da população.

- Lula está realmente conseguindo a missão impossível de arrancá-la [Dilma]. As pesquisas mostram claramente que Dilma subiu tanto no Sudeste e no Sul quanto no Nordeste. No Nordeste é compreensível, pois Serra nunca foi bem. Mas no Sudeste e no Sul Dilma assustou muito os tucanos.

Fleischer aponta ainda que Dilma pode crescer entre os eleitores que não sabem que ela é a candidata de Lula. Segundo Ibope, 53% dos eleitores dizem que votariam no candidato(a) de Lula, enquanto 42% afirmam não saber que o presidente apoia a ministra.

Para Villa, entretanto, esses dados precisam ser relativizados.

- Uma candidata que tem sempre alguém falando em nome dela não vai pegar. Não vai dar para ela fazer campanha caminhando com as pernas de Lula. O eleitorado consegue detectar isso. O problema é saber até onde o eleitorado apoia uma simples marionete. Há limite de cabo eleitoral e de transferência.



http://noticias.r7.com/brasil/noticias/-serra-tem-que-ser-anti-dilma-sem-ser-anti-lula-diz-especialista-20100318.html