20 de mar. de 2010

Marina diz que só depende de empresário da Natura confirmação da vaga de vice

RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, definiu hoje o empresário Guilherme Leal, fundador e copresidente do Conselho de Administração da Natura, como um "companheiro e um amigo" e que a confirmação ao posto de vice em sua chapa só depende dele.

Marina e o empresário chegaram juntos a um encontro com lideranças e a militância do PV em Cuiabá. "Vim acompanhada de um amigo e um companheiro que se filiou ao PV junto comigo e que está num processo de decisão onde ele reflete com sua família e seus sócios a possibilidade de aceitar o convite que o PV e que eu fizemos de ser o vice na chapa do partido", disse.

Segundo ela, Leal deu uma "forte sinalização" ao aceitar fazer sua filiação "em tempo hábil". "Existe o tempo de maturação. Ele é alguém que já vem contribuindo com uma boa política empresarial no nosso país, mostrando que é possível integrar as duas coisas, meio ambiente e atividade empresarial. Falta concluir a sua reflexão. Isso é uma questão de foro íntimo."

Questionado, o empresário admitiu que há "grandes chances" de assumir a vaga. "Eu já declarei desde o ano passado que estou junto com a senadora nesta caminhada. Me entusiasma essa oportunidade de discutir um novo futuro para o país. Estamos em processo de amadurecimento e o tempo dirá."

A aproximação com Marina, disse Leal, se deveu ao seu "compromisso ético com uma nova visão de país". "Ela vê a causa ambiental não como um apêndice, mas uma questão central do desenvolvimento. Qualquer visão de futuro que não inclua o ambiente como uma variável crítica é uma visão pequena."

Serra

Sobre o anúncio público da candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Marina disse que "todo mundo já sabia". "Recebi essa notícia da mesma forma que recebi a notícia de que a Dilma é candidata, ou seja, não tem novidade, todo mundo já sabia."

Ao admitir a candidatura, Serra disse que o presidente Lula está "terminando bem o governo", antecipando uma provável estratégia de não enfrentar a popularidade do presidente. Sobre o assunto, Marina disse não "ter condição de julgar" tal posicionamento.

"Eu, quando reconheço as coisas boas, estou sendo sincera. Quando eu falei sobre as políticas sociais e o mérito de ter mantido uma estrutura econômica, é porque acho que é assim que se deve fazer a política. Eu não tenho condições de julgar a opinião e o sentimento das outras pessoas."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u709708.shtml

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