4 de dez. de 2009

Aécio sanciona lei antifumo de Minas Gerais

Terra

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) sancionou nesta sexta-feira o projeto de lei que proíbe o consumo de produtos derivados do tabaco em recintos coletivos fechados, públicos ou privados em todo o Estado. O texto será publicado neste sábado no Diário Oficial do Estado e entra em vigor em 120 dias.

"Sanciono sem vetos a lei antifumo aprovada pela Assembleia Legislativa, que proíbe o fumo em locais fechados, mas permite que o estabelecimento que assim o desejar possa ter áreas exclusivas para fumantes, obviamente, com exaustores e que não prejudiquem a saúde das outras pessoas. Portanto, é uma lei que me pareceu equilibrada", disse o governador, em entrevista, no Palácio da Liberdade.

A nova legislação estabelece que o proprietário ou responsável pelo estabelecimento comercial que descumprir a proibição será multado em valor que varia de R$ 2 mil a R$ 6 mil, de acordo com a gravidade da infração e o porte do estabelecimento. Em caso de reincidência, a multa será dobrada.

De acordo com a assessoria do governo, os recursos arrecadados com as multas serão aplicados em ações e serviços de saúde voltados para a prevenção e o tratamento do câncer.

O texto sancionado pelo governador também proíbe que professores e outros profissionais que desenvolvam atividades com alunos fumem nas dependências a que os estudantes tenham acesso nas escolas de educação básica de responsabilidade do Estado.

Nas tabacarias, o consumo de tabaco está autorizado, desde que na entrada e no interior dos estabelecimentos seja afixado aviso informando que naquele local há utilização de derivados de tabaco e que o fumo é prejudicial à saúde.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4139655-EI7896,00-Aecio+sanciona+lei+antifumo+de+Minas+Gerais.html

Dilma segue disposta a ser candidata e vai deixar o governo

Correio do Brasil

Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff será pré-candidata às eleições presidenciais e pretende deixar o cargo em fevereiro, quando começa um período de desincompatibilização dos candidatos a cargos públicos.

– Eu ainda não sou candidata, mas tudo indica que vou ser pré-candidata em fevereiro – afirmou.

A ministra fez as declarações em Hamburgo, onde participou de um seminário empresarial Brasil-Alemanha que vai discutir investimento no país no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela tem uma “perspectiva enorme de vencer”.

– É importante todo mundo saber que quero a Dilma como candidata, estou trabalhando para isso, porque trabalho com a Dilma há oito anos e sei da competência gerencial e política dela – disse em entrevista a rádios de Salvador no último dia 20.

Na ocasião, Lula disse também que se a simpatia for importante para ganhar as eleições, a ministra não sai perdendo.

– Tem adversário dela que é muito menos simpático do que ela, então, se for por simpatia, ela já está eleita – disse após afirmar que muitos alegam que Dilma não tem a simpatia e a desenvoltura necessárias para enfrentar uma campanha eleitoral.

Honduras

Ainda na conversa com os jornalistas, na Alemanha, a ministra Dilma adiantou que o governo brasileiro avalia a nova situação no quadro político de Honduras com a eleição de Profírio Lobo. Embora o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva condene o golpe de Estado que afastou o presidente Manuel Zelaya do poder e não reconheça as eleições hondurenhas, a ministra ponderou que o resultado do pleito não pode ser desconsiderado.

– Houve uma eleição. Há uma nova situação. Esse processo vai ser considerado. Não podemos desconsiderar o golpe, mas também não podemos desconsiderar as eleições – disse Dilma, classificando a situação em Honduras como “bastante turbulenta”.

A ministra conversou com os jornalistas durante viagem de trem de Berlim a Hamburgo, na qual foi apresentada ao presidente e à comitiva a tecnologia alemã que pode concorrer à licitação para a construção de ferrovias no Brasil. Segundo ela, os trens poderão ser usados nos trechos Campinas-São Paulo e São Paulo-Rio de janeiro. O governo avalia também as tecnologias francesa, japonesa coreana, chinesa e canadense.

– Há, portanto, uma concorrência robusta – disse a ministra.

http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=160759

Ciro pede mais serenidade e defende Lula

Brasília em Tempo Real

O Pré-candidato a presidente pelo PSB, deputado Ciro Gomes, defendeu ontem o presidente Lula e disse que as imagens do chamado mensalão do DEM são constrangedoras, mas afirmou que o momento exige "serenidade" para garantir o direito de defesa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse na terça-feira que as imagens do escândalo "não falavam por si", não está errado.

"Tudo o que acontece no Brasil, certas organizações de comunicação do Sudeste brasileiro querem jogar para sujar o paletó do Lula. O Lula disse uma coisa que é óbvia modernamente. Quem conhece o photoshop, conhece os programas de edição de computador que se pode piratear, deve saber que imagem hoje em dia não diz tudo, como no passado. Aí o cara vem lá e diz que o Lula vem dourar a pílula, passando a mão por cima".

Ciro admitiu, no entanto, que as imagens são fortes.

http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=04&mes=12&ano=2009&idnoticia=89824

Dilma diz que eleição em Honduras terá que ser considerada

Marcio Damasceno
De Berlim para a BBC Brasil

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira durante viagem à Alemanha que o governo brasileiro terá de considerar as eleições em Honduras nas discussões sobre a crise política no país.

"Em Honduras não estávamos discutindo eleição, estávamos discutindo golpe de Estado. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra", disse Dilma

“Acho que esse novo processo aí [eleitoral] vai ter que ser considerado. Houve uma eleição”

“Mas continuamos divergindo (de outros governos) em chamar o governo do [presidente interino Roberto] Micheletti de algo que não seja um golpe de Estado. Vamos ter que levar isso agora em consideração."

Ela disse que a situação em Honduras é "bastante turbulenta".

“Vamos ter que levar isso [as eleições em Honduras] em consideração. Não vou comparar com o Irã, no Irã houve uma eleição."

Candidatura

Dilma também reafirmou que pode ser pré-candidata à Presidência em fevereiro e citou sua experiência nas viagens ao exterior junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma vantagem em política externa.

"Ainda não sou candidata, vou ser ou não vou ser. Mas tudo indica que até vou ser pré-candidata em fevereiro", disse.

"Eu coordeno, em geral, os programas internos do governo. Mas nessas viagens eu sou, vamos dizer, uma testemunha ocular especial. Eu assisti nos últimos dias a conversa do presidente com o [premiê britânico] Gordon Brown, com o presidente [Nicolas] Sarkozy, com o [presidente chinês Hu] Jintao, as duas primeiras com o [americano Barack] Obama, quase todas as com o Bush. Então, de uma certa forma, a política externa brasileira é do meu conhecimento. Não tenho nenhuma dificuldade para lidar com ela, não.”

Trem Campinas-SP-Rio

Dilma falou com os jornalistas durante viagem da comitiva do governo no trem de alta velocidade alemão ICE.

A Siemens é uma das possíveis concorrentes a equipar a linha de alta velocidade entre Rio e São Paulo planeja de pelo governo.

"Tem uma concorrência robusta", observou. "O que estamos pedindo é que se faça um trem que ligue Campinas-São Paulo-Rio e que seja a tarifa mais baixa e menor valor de empréstimo que o governo disponibilize”, afirmou.

Ela afirmou que a transferência de tecnologia para o Brasil é um dos pontos fundamentais para a concorrência. Ela previu que quem ganhar a concorrência pode auxiliar em outros projetos em outras linhas de alta velocidade no Brasil e mesmo em linhas de metro.

"Quem fizer uma combinação que é a quantidade de recurso que vai disponibilizar mais a menor tarifa possível, vai ganhar."

“A gente exige transferência de tecnologia, porque esse é o primeiro trem. Você tem outras possibilidades de construção de trens de alta velocidade no Brasil, como para São Paulo, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Rio", disse Dilma.

Ela disse que o Brasil espera até mesmo exportar tecnologia com o aprendizado do trem de alta velocidade. Dilma não quis dar destaque às vantagens especiais do trem alemão, mas deixou claro que vê qualidades no projeto.

"Esse trem não tem uma locomotiva só, tem tração em todos os vagões", comentou. "O ministro alemão estava me dizendo, que neste trecho (de Berlim a Hamburgo) não há mais avião, porque não vale a pena."

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/12/091204_dilma_brasil_dg.shtml

Eleição 2010: Tasso vê Aécio como opção real e defende definição do PSDB

AVOL

Aécio quer que o PSDB antecipe para o final deste mês uma posição definitiva sobre a candidatura do partido ao Palácio do Planalto.

O senador Tasso Jereissati incorporou o sentimento dos tucanos que estão cada vez mais inquietos com a indefinição do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em assumir até o final deste ano a condição de pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2010. Serra tenta empurrar a decisão para o mês de março. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, também, pré-candidato a presidente, quer que o PSDB antecipe para o final deste mês uma posição definitiva sobre a candidatura do partido ao Palácio do Planalto.

Ao qualificar o governador mineiro como uma 'opção real do partido" e que "cada vez mais assusta muito os adversários", o senador Tasso Jereissati (CE) afirmou que o partido está "louco para ter seu candidato na rua". Ele disse concordar com Aécio em relação à data para a escolha do nome tucano. Segundo Tasso, existe, não só por parte do governador Aécio Neves mas por parte de todo o partido, de que pelo menos durante o mês de janeiro, o PSDBs tenha uma solução sobre quem será candidato à sucessão do presidente Lula.

http://www.antonioviana.com.br/2009/site/ver_noticia.php?id=61876

PSDB escondeu FHC em propaganda política, afirma Dirceu

Terra

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou nesta sexta-feira que o PSDB tentou desvincular a imagem do partido da do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso na propaganda eleitoral veiculada na noite de ontem.

"O programa de TV do PSDB apresentado em rede nacional escondeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ainda a maior estrela do partido e campeão nos índices de rejeição nas pesquisas, com metade do eleitorado antecipando que não vota em candidato indicado ou apoiado por ele", afirmou Dirceu em seu blog.

Os principais tucanos que apareceram no programa foram os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves. Ambos são pré-candidatos do partido à Presidência da República no ano que vem. De acordo com Dirceu, os tucanos "desapareceram, também, com dois governadores tucanos, Teotônio Vilela Filho (AL) e Yeda Crusius (RS). Sumiram, ninguém sabe, ninguém viu".

"O presidente nacional da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), conseguiu a proeza de falar das realizações tucanas sem citar FHC", afirmou Dirceu.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4140610-EI7896,00-PSDB+escondeu+FHC+em+propaganda+politica+afirma+Dirceu.html

PPS pede apoio da OAB para proposta de plebiscito sobre reforma política

da Folha Online

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) receberá na segunda-feira uma proposta sobre a realização de um plebiscito em 2010 sobre reforma política. O projeto será entregue pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) ao presidente da OAB, Cezar Britto.

O plebiscito deve perguntar aos eleitores se o Congresso Nacional deve realizar uma reforma política ou não.

"Conversei com ele hoje e a nossa proposta foi muito bem recebida. Pessoalmente, o presidente da OAB é favorável ao plebiscito. Ele adiantou que discutirá o projeto com o Conselho Federal da OAB", disse Jungmann.

Na quarta-feira, o deputado levará a proposta para o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes.

Segundo o PPS, Jungmann também levará o projeto para os líderes partidários na Câmara dos Deputados.

Ele busca amplo apoio para a proposta, que prevê que o plebiscito será realizado no mesmo dia das eleições presidenciais: 3 de outubro de 2010.

Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lideranças do PT também defenderam a realização de uma reforma política. O assunto foi desenterrado após a denúncia de envolvimento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), com um suposto esquema de corrupção.

O presidente Lula cobrou nesta semana a aprovação das reformas. "Já mandei duas minirreformas políticas para o Congresso Nacional. Mandamos agora uma reforma com sete pontos importantes para serem votados, entre eles o financiamento público. Espero que o Congresso tenha maturidade para compreender que grande parte dos problemas que acontecem envolvem a questão da estrutura partidária no Brasil."

As lideranças do PT defendem a convocação de Assembleia Constituinte para votar mudanças no sistema político nacional. "Deveria haver a eleição de um grupo específico de parlamentares para votar a reforma política e, quem sabe também, a tributária. Eles teriam prazo para a conclusão dos trabalhos, num grupo eleito especificamente para isso. O PT não vai fazer essa proposta, mas isso poderia ocorrer", disse a senador Ideli Salvatti (PT-SC).

A ideia de uma Assembleia Constituinte para discutir a reforma política surgiu em 2006, depois do escândalo do mensalão. O presidente Lula fez a proposta, na época, porque considerou que o Congresso não fosse capaz de apresentar e votar uma proposta necessária à sociedade.

Os deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Luis Carlos Santos (DEM-SP) apresentaram propostas para a convocação da Assembleia, mas elas não foram em frente. Depois, o governo enviou a sua proposta de reforma política ao Congresso, mas novamente não houve a votação das matérias.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u661822.shtml

Senador Eduardo Azeredo é vítima do "conturbado momento político", diz Aécio Neves

Rayder Bragon
Especial para o UOL Notícias


O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), saiu nesta sexta-feira (4) em defesa do senador tucano Eduardo Azeredo (MG), que ontem virou réu em ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar suposto esquema de desvio de dinheiro de empresas públicas mineiras e prática de caixa 2 durante sua campanha de reeleição ao governo do Estado, em 1998.

"O senador Eduardo Azeredo foi vítima do conturbado momento político pelo qual nós estamos passando. Eduardo Azeredo é um homem de bem, quem o conhece sabe disso", afirmou após solenidade no Palácio da Liberdade, sede oficial do governo mineiro.

Apesar de admitir que houve problemas na gestão de Azeredo, Aécio disse não ter visto indícios de participação direta do senador no episódio. "Problemas ocorreram na prestação de contas, na arrecadação de recursos, mas eu não vi nada que me desse garantias de que tenha havido, enfim, uma intermediação, uma ação direta do senador", afirmou.

Por outro lado, ele disse que a partir de agora, o parlamentar poderá ter mais tempo para se defender das acusações.

"O senador Eduardo, é preciso que fique claro, não foi condenado, o Supremo (STF) apenas autorizou a abertura de processo. E com serenidade e com tranquilidade que cabem aos homens de bem, como o senador Eduardo Azeredo, ele terá condições de se defender e, espero eu, provar sua

Mau momento
Aécio Neves avaliou como um "mau momento" a última semana vivenciada pela oposição devido às denúncias contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), acusado pela PF (Polícia Federal) de ser mentor de suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares. No entanto, Aécio procurou relativizar os acontecimentos e seus reflexos para a eleição de 2010.

"Não foi um bom momento, eu registro isso de forma muito clara. Mas, se você me perguntar se eu acho que isso tem um reflexo direto nas eleições de 2010, eu diria, com muita clareza, que não. São problemas específicos, são problemas pontuais', avaliou.

Aécio Neves reforçou a tese de que o imbróglio político causado pelo denominado "mensalão do DEM" deverá ter uma decisão, mas que ela seja tomada exclusivamente pelos democratas. Ele reiterou que a oposição deve continuar apresentando propostas. Para tanto, citou a propaganda partidária do PSDB, veiculada ontem, "mostrando a diferença entre o nosso modo de governar daqueles que estão no governo".

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/12/04/ult5773u3246.jhtm

Aécio e Serra trocam elogios no programa de TV

Valor Econômico

Equilíbrio, união entre seus correligionários e gestão eficiente. Esta é a imagem que o PSDB procura vender em seu programa de TV, exibido em rede nacional na noite de ontem, recheado de recados aos jovens, sutis referências ao Nordeste e troca de elogios entre os governadores mineiro e paulista, Aécio Neves e José Serra.

A película, com duração de 10 minutos, se inicia com o presidente do partido, o Senador Sérgio Guerra, falando aos jovens que "talvez desconheçam as realizações do PSDB". Enumera o fim da inflação, a modernização do país, que possibilitou que mais de 100 milhões de brasileiros tivessem telefone - o termo privatização é evitado - e a criação de programas como bolsa-escola e bolsa-alimentação, que nas palavras de Sérgio Guerra "o atual governo mudou o nome para Bolsa-família", como realizações do PSDB.

Na sequência, Serra surge à tela: "O maior desafio é melhorar a saúde", mote para citar realizações da época em que foi ministro da Saúde.

Na vez de Aécio, o assunto é segurança pública, onde o governador mineiro lista investimentos em inteligência e geração de oportunidades aos jovens.

Nessa toada, o programa segue intercalando falas dos governadores. As inserções de Serra trabalham sempre com assuntos pontuais, como educação, emprego e saúde. Nas falas, Serra busca proximidade do telespectador usando termos como "fala a verdade", "olha só que legal" ou "pra valer". Aécio opta por um discurso moderno, discorrendo sobre a necessidade de uma formação crítica das pessoas.

Serra e Aécio trocam elogios. E em tênues referências, voltam-se ao Nordeste. Serra, com inserções de populares - um carpinteiro alagoano e um enfermeiro pernambuco, ambos de sotaque identificável - a elogiar realizações do paulistano. Aécio, ao falar dos investimentos no Vale do Jequitinhonha, Mucuri e norte de Minas, "o nosso Nordeste", na analogia do governador mineiro.

Fica a cargo de Sérgio Guerra fechar o programa, com críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citá-lo pessoalmente.

O programa foi pensando conjuntamente pelos publicitários Luiz Gonzalez (Serra), Paulo Vasconcellos (Aécio) e Eduardo Guedes (nacional), que mantiveram conversas constantes a cada passo de sua elaboração, a fim de fornecer a sensação de unidade desejada ao filme.

PT e PMDB, cada um de maneira própria, tentam evitar que investigações da Polícia Federal enfraqueçam união em 2010

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

O surgimento de nomes do PMDB em gravações da Operação Caixa de Pandora e no material apreendido dentro da Operação Castelo de Areia (1), ambas da Polícia Federal, deixou petistas e peemedebistas em alerta, no sentido de trabalhar para blindar a chapa presidencial alinhavada entre os dois partidos. No caso do PMDB, a preocupação é não deixar que as denúncias de corrupção, em especial aquelas do Distrito Federal, enfraqueçam a inclusão do presidente da Câmara, Michel Temer, na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Da parte do PT, a intenção é monitorar as investigações para que o partido não seja surpreendido mais à frente.

Ontem, os petistas afirmaram em conversas reservadas que, pelo menos até o momento, nada mudou. Temer é o nome mais forte para formalizar a aliança. Até pela forma incisiva como ele reagiu às duas citações - a da Operação Caixa de Pandora no DF e a da Castelo de Areia, em São Paulo -, o PT considera necessário aguardar, uma vez que não há nada comprovado que desabone o presidente da Câmara.

Na avaliação dos petistas, ainda que Temer tenha qualquer "incidente" que o obrigue a ficar longe da chapa, o PMDB tem outros nomes, como o presidente do Banco Central, o ministro Henrique Meirelles, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, pré-candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais, e, ainda, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Geddel, aliás, já se referiu a si próprio há alguns meses como o "Dilmo da Dilma".

Queixa

Ontem, os peemedebistas se apressaram em responder de forma incisiva às denúncias. Temer anunciou ainda que irá ingressar com uma queixa-crime contra Alcyr Colaço, que cita seu nome e o de mais três peemedebistas numa fita gravada pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa. O deputado também ingressará na Justiça de São Paulo, para que haja interpelações relativas à citação de seu nome em uma suposta planilha apreendida na Operação Castelo de Areia, realizada em março deste ano, sobre denúncias de pagamento de propina pela construtora Camargo Corrêa.

No caso do DF, a citação de Temer e de mais três integrantes do partido numa das fitas do arsenal de Durval Barbosa - objeto da Operação Caixa de Pandora - foi tratada como uma %u201Carmação%u201D do grupo do governador Joaquim Roriz contra aqueles que lhe negaram a legenda para concorrer ao governo local. "Roriz queria uma intervenção no PMDB do DF e nós fomos contra, por isso, ele agora tenta nos envolver nisso. Já entrei com uma queixa-crime", afirma o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). "E isso não muda nada. Temer continua como o nome preferencial para candidato a vice", diz o líder, referindo-se à reunião em que PMDB e PT voltaram a discutir a aliança nacional na última quarta-feira, onde discutiram os palanques estaduais.

A gravação é datada de 17 de setembro deste ano - mesmo dia em que Roriz perdeu a chance de ser candidato pelo PMDB e Durval recorreu à delação premiada. Ali, são citados Temer, Alves, e os deputados Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filippelli (DF) como receptores de recursos do propinoduto do DF. Ontem, os quatro anunciaram ações judiciais para que Colaço comprove na Justiça o que diz no vídeo. Cunha foi o mais incisivo: "Tendo em vista a divulgação de vídeo contendo citação ao meu nome, praticada por dois meliantes, quero registrar a minha indignação e desmentir de forma peremptória que tenha qualquer tipo de relação com estes indivíduos e com qualquer fato político envolvendo o Distrito Federal", diz o texto, que segue fazendo insinuações sobre aqueles que saíram do PMDB, sem citar o nome de Roriz: "Os diálogos expostos pela gravação são mentirosos e certamente escondem interesses políticos escusos daqueles que já saíram de mandatos pela porta dos fundos e buscam uma vingança sórdida por estarem longe do PMDB".

1 - Planilha
A Operação Castelo de Areia investigou crimes financeiros e doleiros que estariam envolvidos num suposto esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas com a participação de executivos da Camargo Corrêa, uma das maiores construtoras do país. Numa suposta planilha apreendida na casa de um dos executivos, Pedro Bianchi, o nome de Michel Temer aparece várias vezes associado a valores em dólar.


» PF envia relatório
Edson Luiz

A Polícia Federal encaminhou para a Justiça Eleitoral, em São Paulo, os documentos apreendidos durante a Operação Castelo de Areia que teriam citações de contribuições em dinheiro para políticos. Em um dos papéis encontrados na casa de um dos executivos da Construtora Camargo Corrêa, estão anotações referentes ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que supostamente recebeu repasse de US$ 345 mil de 1996 a 1998. Segundo a PF, o material colhido na ação tinha como finalidade apenas embasar as investigações de lavagem de dinheiro e de crimes financeiros, sem qualquer vinculação com doações eleitorais. O deputado afirmou que não tinha nenhum envolvimento com a Construtora Camargo Corrêa ou com seu funcionário.

Segundo a Polícia Federal, os documentos e planilhas relativos a possíveis doações políticas não fazem parte do conjunto probatório da investigação que originou a Operação Castelo de Areia. "A autoridade policial responsável pela investigação requereu ainda o envio desses documentos à Justiça Eleitoral para confrontação com os recursos oficiais, cabendo exclusivamente a esta a determinação de instauração de investigação do conteúdo", apontou a PF, por meio de nota. O comunicado afirma ainda que os papéis foram anexados ao inquérito.

A Operação Castelo de Areia foi desencadeada em março deste ano, em São Paulo. A Polícia Federal investigava esquema de lavagem de dinheiro. Entre vários documentos apreendidos estavam planilhas com nomes de políticos de diversos partidos, mas sem referências de irregularidades. Porém, a PF localizou um arquivo sigiloso onde constavam outros nomes, um deles de Temer, que teria recebido supostos repasses com valores entre US$ 10 mil e US$ 75 mil. O presidente da Câmara afirmou que vai responsabilizar os autores da acusação, classificada por ele como "leviana". O deputado taxou a planilha de apócrifa e que seu nome foi grafado erradamente, o que comprovaria a fraude.

Análise da notícia
Medo da rejeição

A palavra blindagem está hoje na moda entre todos os partidos, de forma a segurar as cartas que todos eles separaram para jogar na mesa da sucessão presidencial em 2010. No caso da aliança PT- PMDB, há um motivo a mais: o temor que um enfraquecimento de Michel Temer como o nome preferencial termine por tirar dos peemedebistas aliados ao governo Lula a maioria capaz de formalizar a composição entre os dois partidos para a sucessão presidencial de 2010. Ontem, por exemplo, o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves, perguntado, foi incisivo: "Não tem o que, nem por que mudar".

O PT, da sua parte, também não tem muito espaço para rejeitar essa parceria ou se afastar dos peemedebistas. O PMDB - o mesmo que Lula rejeitou assim que chegou ao poder em 2003, recusando-se a aceitar o acordo que o então presidente do PT, José Dirceu, havia selado com Temer - aos poucos construiu um consórcio com Lula.

Hoje, os grupos de Temer e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ocupam quase metade do governo. Têm os ministérios de Minas Energia, Comunicações, Saúde, Integração Nacional, Defesa. Recentemente, o partido adquiriu também o presidente do Banco Central, o ministro Henrique Meirelles.

Isso sem contar as diretorias de estatais, como Transpetro, Eletrobras e Furnas. Em nome da continuidade dessas parcerias, ninguém vai cruzar a linha e acusar quem quer seja sem provas contundentes. E, pelo menos até agora, não há nem a voz nem a imagem de autoridades do PMDB nacional recebendo dinheiro ou conversando sobre propina. Apenas citações de terceiros no escândalo do GDF. (DR)

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/12/04/politica,i=158862/PT+E+PMDB+CADA+UM+DE+MANEIRA+PROPRIA+TENTAM+EVITAR+QUE+INVESTIGACOES+DA+POLICIA+FEDERAL+ENFRAQUECAM+UNIAO+EM+2010.shtml

Mensalão do DEM embaralha alianças para 2010

Tucanos temem que escândalo envolvendo principal aliado atrapalhe planos do partido

Andréia Sadi e Thiago Faria, do R7

Os efeitos do escândalo envolvendo o governador José Roberto Arruda, que colocou o DEM no olho do furacão, já começam a ser sentidos nos planos da oposição para 2010. O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), um dos pré-candidatos à Presidência no ano que vem, foi o primeiro a defender que o PSDB amplie o leque de alianças para a sucessão. Fontes tucanas ouvidas pelo R7 admitem que o partido, tradicional parceiro do DEM, teme que a permanência de Arruda nos quadros do partido arranhe o seu “projeto de nação”: voltar ao Palácio do Planalto.

O cientista político da UnB (Universidade de Brasília) David Fleischer também acredita que o medo dos tucanos é que o mensalão “espirre” no partido, já que o argumento de pendurar o escândalo no “pescoço do partido” cai por terra com as novas denúncias envolvendo a oposição.

- Os tucanos estão apavorados e o DEM mais ainda. Os outros partidos envolvidos de raspão, como PPS, PDT e PSB, abandonaram o navio afundando e as alianças não ficam definidas.

Marco Antonio Villa, da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) avalia que se o DEM não expulsar Arruda e se aliar com o PSDB a oposição, liderada pelo PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai adotar a bandeira do “todo mundo fez”, em referência ao mensalão que derrubou a cúpula petista em 2005.

- A idéia em 2010 é tentar dizer o seguinte: todos são envolvidos na corrupção. O Arruda é excelente cabo eleitoral da candidatura Dilma, ele ajudou a impedir que a oposição possa usar a bandeira da luta contra a corrupção.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), discorda da tese de que o mensalão que colocou seu partido no olho do furacão balance a aliança nacional com os tucanos.

- Não tem nada a ver. Estamos cuidando de uma questão interna do DEM. A aliança é com o PSDB e com os outros partidos. Estamos querendo passar o partido a limpo.

Do outro lado, no PT, o presidente do partido de Lula, Ricardo Berzoini, diz que ainda é cedo para saber se o escândalo envolvendo o principal aliado dos tucanos pode interferir nas alianças do ano quem vem.

- As denúncias mostraram que o discurso da oposição de moralidade é hipócrita. O PSDB tem muitos pontos fracos, como a própria Yeda [Crusius] no Rio Grande do Sul.

A governadora gaúcha escapou de um processo de impeachment em outubro por suspeita de envolvimento no desvio de recursos do Detran do seu Estado. O pedido foi arquivado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/mensalao-do-dem-embaralha-aliancas-para-2010-20091204.html

TSE realiza nesta sexta-feira (4) segunda audiência pública para discutir regras das eleições de 2010

Agência TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza nesta sexta-feira (4) a segunda audiência pública com o objetivo de discutir as regras das eleições gerais de 2010, com base nas alterações na Legislação Eleitoral estabelecidas na Lei nº 12.034/09, aprovada em setembro pelo Congresso Nacional.

O relator das instruções de 2010, ministro Arnaldo Versiani, vai discutir e receber nesta sexta-feira sugestões relacionadas a cédulas de contingência, fiscalização do sistema eletrônico de votação, do registro digital do voto, da votação paralela e dos procedimentos de segurança dos dados dos sistemas eleitorais. Serão discutidas também as normas para representações, reclamações e pedidos de resposta previstos na Lei nº 9.504/97.

Primeira audiência

Na primeira audiência pública, que ocorreu na quarta-feira (2), foram discutidas propostas de resoluções sobre propaganda eleitoral, condutas vedadas e pesquisas de candidatos.

Na audiência, compareceram representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); do Ministério Público Eleitoral (MPE); da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec); da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep); da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert); da Associação Nacional de Jornais (ANJ); do Ibope (Instituto de Pesquisa); de emissoras de televisão e representantes de partidos políticos.

O ministro Arnaldo Versiani afirmou que todas as sugestões recebidas serão examinadas e, aquelas julgadas pertinentes, serão incorporadas às propostas que serão levadas para discussão no plenário da Corte.

O relator informou que pretende responder as sugestões por escrito explicando porque algumas foram acolhidas e outras não.

As resoluções deverão estar prontas até o dia 5 de março do próximo ano, de acordo com o Calendário Eleitoral.

http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1259480

Dilma reafirma que será pré-candidata em fevereiro

Lísia Gusmão
Enviada especial da EBC

Hamburgo (Alemanha) - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reafirmou hoje (4) ser pré-candidata às eleições presidenciais em fevereiro, quando começa um período de desincompatibilização dos candidatos a cargos públicos. “Eu ainda não sou candidata, mas tudo indica que vou ser pré-candidata em fevereiro.”

A ministra fez as declarações em Hamburgo, onde participa de um seminário empresarial Brasil-Alemanha que vai discutir investimento no país no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela tem uma “perspectiva enorme de vencer”. “É importante todo mundo saber que quero a Dilma como candidata, estou trabalhando para isso, porque trabalho com a Dilma há oito anos e sei da competência gerencial e política dela”, disse em entrevista a rádios de Salvador no último dia 20.

Na ocasião, Lula disse também que se a simpatia for importante para ganhar as eleições, a ministra não sai perdendo. “Tem adversário dela que é muito menos simpático do que ela, então, se for por simpatia, ela já está eleita”, disse após afirmar que muitos alegam que Dilma não tem a simpatia e a desenvoltura necessárias para enfrentar uma campanha eleitoral.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/12/04/materia.2009-12-04.3765816216/view

Tasso diz que Aécio assusta cada vez mais adversários

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) saiu de um encontro nesta quinta-feira com o governador Aécio Neves (PSDB-MG) dizendo que o nome do mineiro "assusta cada vez mais" os adversários dos tucanos e defendeu que em janeiro o PSDB já tenha um candidato nas ruas, em campanha.

Aécio, que disputa com o governador José Serra (SP) a indicação do PSDB para ser candidato a presidente, fixou o começo de janeiro para que o partido decida, caso contrário estará fora dessa disputa, porque entende não haverá mais tempo para buscar aliados.

Tasso disse hoje em Belo Horizonte que a disputa interna no partido não causará riscos de cisão. Tasso reafirmou as posições do governador mineiro ao dizer que o partido está "ansioso" e "louco" para ter um candidato já em janeiro.

"Existe uma ansiedade dentro do próprio partido para que haja uma definição", disse Tasso. "O partido está louco para ter um candidato na rua, está louco para sair pregando as nossas propostas", afirmou.

O senador disse que a presença de Aécio nessa disputa é "fundamental". "Ele é uma opção real do partido, cada vez mais é uma opção que assusta muitos os nossos adversários. E a decisão dele tem que ser no momento certo para que o partido não perca essa alternativa que hoje é muito importante."

Serra vem tentando protelar essa definição para março. Seu grupo também tenta emplacar uma chapa puro-sangue, com Aécio candidato a vice.

Questionado muitas vezes sobre o prazo de Serra, Tasso limitou-se a dizer apenas que haverá conversas com o paulista. Sobre Aécio ser vice, Tasso afirmou: "O governador Aécio nos deixou muito claro aqui que não aceita candidatura a vice".

O encontro de quase três horas no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, teve a presença do ex-ministro tucano Pimenta da Veiga (MG), que defendeu as posições de Aécio, especialmente com o argumento de que o tempo para o candidato a presidente articular alianças e coordenar os palanques regionais está acabando.

Tasso concordou ao dizer que o PSDB ainda não está perdendo tempo, mas que isso poderá ocorrer. "Se a partir de janeiro não houver uma definição, pode ser que aí nós venhamos a perder tempo", disse.

Aécio apenas reiterou sua posição. "Se o partido optar por estender o prazo da sua decisão --certamente terá motivos para fazê-lo--, cabe a mim mergulhar nas coisas de Minas."

O mineiro afirmou estar sendo "absolutamente claro e leal" com o PSDB ao dizer que em março "as forças simpáticas e dispostas" a se aproximar hoje do candidato tucano "já terão decidido seu caminho".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u661558.shtml

Na TV, PSDB tenta passar imagem de unidade para 2010

Reuters

Em uma tentativa de passar a imagem de que o partido está unido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, o PSDB apresentou nesta quinta-feira ao País, em propaganda de televisão, seus dois pré-candidatos à Presidência da República, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

Os dois dividiram o tempo do programa e chegaram a elogiar um o trabalho do outro. Nos bastidores, eles disputam a preferência do partido para enfrentar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).

Primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Serra disse que o maior desafio do Brasil é a saúde. O governador lembrou as iniciativas que capitaneou quando foi ministro da área e as que tem feito em São Paulo. "Remédio para os mais pobres tem que ser de graça", afirmou. Já Aécio focou em segurança: "em Minas, nos últimos sete anos, investimos mais que qualquer outro Estado em segurança pública".

Os dois pré-candidatos falaram da importância da educação, cursos profissionalizantes e geração de empregos. "É o ensino que vira emprego", disse Serra, citando também a questão ambiental. "O Rodoanel é uma prova que dá para respeitar o meio ambiente, gerar empregos e construir o progresso e o desenvolvimento."

"Precisamos ser mais ousados e criativos. Temos que oferecer aos brasileiros uma nova ideia de escola, de ensino, de cultura e principalmente formação ética e moral", afirmou o governador mineiro, que também defendeu a redução das desigualdades regionais do País e citou especialmente o caso do Nordeste - região em que o presidente Lula tem seus maiores índices de popularidade.

O programa também contou com uma troca de elogios. Primeiro foi Serra quem falou de Aécio: "sete anos o governador Aécio governa Minas Gerais com trabalho e grande competência e muita qualidade".

Ataques ao governo
Além de Serra e Aécio, participou do programa o presidente da legenda, senador Sergio Guerra (PE). Em resposta às críticas de integrantes do governo de que o PSDB defende a privatização de estruturas do Estado, o parlamentar disse que o governo do PSDB controlou a inflação e "modernizou" o País, abrindo espaço para a universalização da telefonia.

Guerra afirmou também que foi o PSDB que criou diversos programas sociais que, depois de unificados pelo governo Lula, passaram a ser chamados de Bolsa Família.

Dizendo que o partido trabalha com "competência e seriedade", ele destacou que nos últimos anos os indicadores de saúde, segurança, educação e infraestrutura pioraram no País.

"Não adianta ficar falando que o Brasil é uma potência mundial e virar as costas para os problemas dos brasileiros", disse. "Não está certo emprestar dinheiro para os estrangeiros e não investir no Brasil e nos brasileiros."

Guerra criticou o esforço do governo para divulgar suas ações. "É menos discurso e mais trabalho, menos palanque e mais ação."

DEM teme impactos de escândalo nas eleições de 2010

GUSTAVO URIBE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O escândalo que atingiu o DEM na última semana por conta do suposto envolvimento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, em esquema de corrupção pode se expandir e causar estragos em outros Estados caso ele não seja expulso dos quadros do partido pela Executiva Nacional.

Os caciques paulistas da legenda são unânimes ao reconhecer a gravidade das denúncias envolvendo o governador e admitem que a reunião da próxima quinta-feira (10), quando será determinada a expulsão ou a permanência de Arruda no partido, poderá definir o desempenho do DEM nas eleições gerais de 2010.

"Caso não seja tomada uma atitude rigorosa em relação a Arruda, o partido poderá sair prejudicado", disse o deputado federal Milton Vieira (SP), membro da Executiva Nacional do DEM. O parlamentar reconheceu que o clima dentro do partido "está muito tenso" e afirmou que a maioria dos membros da Executiva é favorável ao desligamento de Arruda dos quadros partidários. "Eu vejo como certa a expulsão do governador."

Vieira acredita que a crise poderá ficar circunscrita ao Distrito Federal caso Arruda seja afastado do DEM. "Não existe envolvimento de outros membros do partido para que ela se expanda." Para o deputado, não há perigo de deflagração de uma crise em São Paulo, cidade governada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). "O DEM é uma sigla forte e representativa na cidade e no Estado e ficará intocável", afirmou.

O deputado federal Guilherme Campos (SP), também membro da Executiva Nacional, disse que a reunião da quinta-feira será crucial para definir o futuro do partido em 2010. "Se vai prejudicar ou não o DEM nacionalmente, tudo vai ficar claro na decisão do dia 10 de dezembro", atestou. O parlamentar admitiu que o escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal tem criado um clima "cáustico e desagradável" dentro do partido. "Isso só pode trazer resultados ruins para o DEM", afirmou. Campos ressaltou que a sigla tem uma posição sólida e firme no Estado de São Paulo, mas ponderou que o desempenho do DEM nas urnas "será determinado pela decisão da reunião".

Uma outra liderança do partido em São Paulo identificou a "expulsão imediata de Arruda" como o único caminho para que o DEM não saia prejudicado nacionalmente com o escândalo. "É um ato que ficou claro que é corrupção. Se o partido não distanciar o governador, o DEM pode se arruinar nas eleições de 2010. Assinará o atestado de que concorda com tudo isso", garantiu a fonte. Na hipótese de afastamento de Arruda, o cacique não crê que o partido perderá espaço em âmbito nacional. "Nesse caso a crise vai ficar confinada no Distrito Federal. Cada Estado é um Estado, cada quadro é um quadro", ressaltou. "Essa crise é um senhor câncer que deve ser eliminado e extirpado antes que vire metástase", figurou.

Avestruz

Em contraposição às lideranças do DEM, o cientista político Humberto Dantas, conselheiro do Movimento Voto Consciente, não acredita que o mensalão do Distrito Federal ficará localizado apenas na capital do País. Na avaliação do cientista, com ou sem a expulsão de Arruda, a crise por que passa o partido irá "escorrer para o Brasil". "O partido poderá passar por um momento avestruz, esperando o terremoto acabar. Mas é certo que o tema voltará à tona nas eleições de 2010, o que pode levar a legenda a enfrentar perdas nas urnas", explicou.

Dantas considera ainda que o episódio pode resultar no enfraquecimento do DEM diante de seus aliados. Na avaliação dele, as alianças firmadas com o partido antes da crise devem continuar, mas o DEM verá seu peso político diminuir. "A tese de um vice da legenda em uma chapa com o PSDB para a sucessão no Palácio do Planalto perderá força", observou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dem-teme-impactos-de-escandalo-nas-eleicoes-de-2010,476615,0.htm

As dúvidas e as razões de Serra candidato

Governador de São Paulo tem mais a perder que os demais presidenciáveis

José Roberto de Toledo, do estadao.com.br

SÃO PAULO - O eleitor pode se perguntar: por que José Serra (PSDB), líder absoluto em todas as pesquisas, reluta tanto em se lançar candidato a presidente? O governador tem bons motivos para ser cauteloso: tem mais a perder do que os demais presidenciáveis, tem dificuldade para encontrar um mote de campanha e conhece a história.

Serra sabe que intenção de voto a esta altura do campeonato não é garantia de voto na urna em 2010. Muito saíram e chegaram na frente. Mas a história eleitoral brasileira está plena de exemplos de candidatos que largaram em primeiro lugar e nem apareceram na foto da chegada.

O fantasma de 1994

Em 1994, Lula (PT) manteve larga margem sobre Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por meses. Em junho, batia o ex-ministro da Fazenda por 41% a 19% (Datafolha) -vantagem bem semelhante à atual, de Serra sobre Dilma. Aí veio o Plano Real, a inflação foi controlada, a popularidade do governo aumentou e FH foi subindo com ela, a cada semana: 21%, 29%, 36%, 45%. Terminou eleito no 1º turno. Lula acabou com metade dos votos do adversário.

Mesmo havendo diferenças, a começar da presença de Lula, o cenário da primeira eleição de FH é o mais próximo do pleito do próximo ano. Trata-se da única outra disputa eleitoral desde a redemocratização travada por um candidato situacionista que não era o próprio presidente mas que defendia um governo com popularidade.

Em 1989, diante da hiperinflação do governo Sarney, todos os candidatos fortes eram de oposição. Em 1998, o governo era bem aceito, mas o candidato da situação era o próprio presidente. Em 2002, a popularidade do governo estava em baixa, e deu oposição. Em 2006, o presidente foi reeleito graças à sua alta aprovação.

São Paulo na mão, Brasília voando

Se a disputa presidencial é incerta, uma candidatura à reeleição como governador de São Paulo parece muito mais factível para Serra. O PT nunca conquistou o governo paulista e ainda não tem nomes fortes. Paulo Maluf não é mais uma ameaça. O PMDB, se lançar candidato, estará rachado. E o tucano desfruta de 57% de aprovação de seu governo (Datafolha, agosto), a maior desde a posse.

Pelos mesmos motivos que Serra seria favorito se fosse candidato à reeleição, Geraldo Alckmin será favorito se conseguir a legenda do PSDB. Segundo o Ibope, o ex-governador tem entre 42% e 51% das intenções de voto estimuladas, um reflexo da presença de seu nome na memória do eleitorado. O problema de Serra é que se ele for candidato a presidente e perder, e, ao mesmo tempo, o rival Alckmin vencer em São Paulo, seu espaço político estará bloqueado, e suas chances de voltar a disputar a Presidência ou o governo paulista serão quase nulas.

Por outro lado, se passar essa e tentar disputar em 2014, Serra corre o risco de ter que voltar a enfrentar Lula nas urnas. E justamente no ano da Copa no Brasil, uma Copa que, para fins eleitorais, Lula tentará faturar como obra sua.

Sem fala

Para completar, Serra tem dificuldades de encaixar um discurso de campanha com potencial de balizar o debate eleitoral. Como é visto como principal liderança da oposição, não pode dizer apenas que vai continuar o que Lula está fazendo e melhorar. Se não é para mudar, melhor votar no candidato da situação, pensará o eleitor. É preciso encontrar algo que a maioria do eleitorado queira muito, e que ele tenha mais chances de realizar do que o PT.

Enquanto espera para ver se a popularidade do governo cai, Serra testa o discurso de campanha em programas de rádio e TV. O problema é que, com previsões de crescimento de 6% do PIB em 2010, nem apagão nem mensalão nem menino do MEP têm sido capazes de derrubar a popularidade de Lula e, por tabela, solapar as chances do candidato do governo. Por isso, o governador procrastina enquanto pode. Ganha tempo para acumular mais dados e melhor avaliar suas chances. É a decisão mais importante da carreira de Serra.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,as-duvidas-e-as-razoes-de-serra-candidato,476359,0.htm

3 de dez. de 2009

DEM cogita blindar Paulo Octávio para tentar salvar eleição de 2010

Brasília em Tempo Real - José Maurício dos Santos

O DEM muda o tom e cogita a esperança de lançar o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio como pré-candidato às eleições de 2010. A hipótese foi levantada após serem considerados insuficientes, por parlamentares democratas e advogados do partido, os indícios colhidos até agora pela Polícia Federal (PF) contra o empresário para que seja necessária a sua expulsão da sigla.

Paulo Octávio não foi filmado recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo José Roberto Arruda, apontado como operador do "mensalão do DEM". O vice-governador disse ao partido que não há nenhum vídeo que o comprometa.

Mesmo nos encontros com o diretor do Grupo Paulo Octávio, Marcelo Carvalho, quando Barbosa teria entregue a parte da propina destinada ao vice-governador no, os recursos não são mostrados, como ocorre em outras filmagens. E, nos diálogos gravados com autorização judicial, Barbosa, o autor das provas audiovisuais, é o único a apontar Paulo Octávio como envolvido no esquema.

http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=03&mes=12&ano=2009&idnoticia=89796

Escândalo no DF ameaça debilitar oposição em 2010, dizem analistas

Único governador da sigla é investigado por comandar mensalão no DF.
Para PSDB, caso não abala aliança entre partidos em nível nacional.

Mariana Oliveira - Do G1, em São Paulo

O escândalo político no Distrito Federal envolvendo o único governador do Democratas pode levar o partido a perder espaço no cenário nacional e prejudicar o desempenho da oposição ao governo federal nas eleições presidenciais de 2010, na avaliação de cientistas políticos ouvidos pelo G1.

O governador José Roberto Arruda é apontado pela Polícia Federal como comandante de um suposto esquema de distribuição de propina a deputados distritais. Arruda nega e se diz vítima de uma trama.

Nesta quarta, o vice-presidente nacional do Democratas, deputado Paulo Bornhausen (SC), afirmou que o partido não deve "assumir o ônus" gerado pelo escândalo que envolve o governador do DF.

"Estão chamando de mensalão do DEM. O partido não tem como assumir esse ônus, até porque não foi consultado sobre tudo isso que aconteceu. Isso é um erro de um diretório do DEM que precisa ser apurado."

No próximo dia 10, o DEM vai decidir se expulsa o governador. "O partido vai fazer um julgamento político. Vai ser uma análise dos efeitos político disso tudo", disse o vice-presidente.

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, avalia, segundo sua assessoria de imprensa, que se trata de um fato local e que não abala a aliança com o DEM em nível nacional.

'Chapa pura'

Para o professor do Instituto de Ciência Política (Ipol) da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer, no entanto, os desdobramentos do escândalo podem levar os dois partidos a se distanciarem no próximo ano. "É possível que os tucanos decidam que é mais adequado lançar uma chapa pura, para não se misturar."

O cientista político disse, porém, que tudo depende dos desdobramentos do escândalo. "As lideranças na Câmara e no Senado estão pressionando pela expulsão, querem tentar recuperar a imagem do partido. Mas vamos ter que esperar."

Fleischer diz que o partido está "em declínio" desde 2002, com queda no número de parlamentares e chefes do Executivo, mas pode perder ainda mais importância se perder o seu único governador.

A professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Denise Paiva Ferreira, doutora em ciências políticas pela USP e autora do livro "PFL X PMDB: Marchas e Contramarchas", que aborda a organização interna dos dois partidos, o escândalo é "mais um elemento que pode fortalecer o declínio do partido nas próximas eleições".

Para ela, a situação no DF é complicada porque a expulsão de Arruda pode levar o DEM a perder uma das principais lideranças, enquanto que a manutenção do governador nos quadros da legenda pode afetar a aliança com o PSDB em 2010.
"Perder uma liderança e o único governador de estado é prejudicial. Um partido não precisa é buscar lideranças, mas também mantê-las. A saída de Arruda pode ter um custo alto, mas eles vão precisar discutir o que vai ter um custo menor.

Histórico

Professor de ciência política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Valeriano Mendes Ferreira Costa diz que o DEM saiu da ditadura militar como um dos maiores partidos do Brasil, ao lado do PMDB, mas foi perdendo espaço ao longo dos anos.

"É a trajetória de se colocar numa posição de segundo partido de um bloco de oposição, comandado pelo PSDB. Ser o segundo do segundo já é bem atrás. No governo FHC, estava na estrutura de poder. Mas houve um estreitamento da base de poder. Um processo sazonal, porque poderia voltar a crescer se retornasse ao poder. Mas o DEM tende a se tornar um partido médio, exatamente porque não tem estratégia nem fôlego de competir com os outros partidos. Mas a trajetória já é de queda desde antes dessa crise."

Para Costa, há um "cenário de desagregação da oposição" que pode se complicar. "Isso fortalece uma chapa pura do PSDB ou a aliança com ala dissidente do PMDB. PSDB já saiu do governo local e critica nacionalmente a demora do DEM em tomar uma decisão sobre a expulsão."

Ele avalia que uma ala do PSDB pode usar o caso na definição do candidato a presidente do partido. "Há muita gente tentando vincular a decisão entre (José) Serra (governador de São Paulo) e Aécio (Neves, governador de Minas Gerais). Quem um ou outro estão mais próximos de Arruda. É por isso que a oposição tem que ter calma. (...) Melhor eles saírem (da crise do DF) com as tropas unidas do que fazerem uma retirada desorganizada."

O cientista pondera, no entanto, que a expulsão "não é uma decisão fácil". "Eles não querem que o Arruda saia atirando para todos os lados com informações que possa prejudicar o próprio partido. Acho que tudo caminha para uma expulsão, mas com acordo com o próprio Arruda."

Saiba mais sobre o DEM

O PFL foi fundado em 1985, quando dissidentes do PDS abandonaram o então candidato do partido à presidência, Paulo Maluf, e criaram a "Frente Liberal", sob o comando dos hoje senadores Marco Maciel (PE), Antônio Carlos Magalhães (BA), entre outros, para apoiar Tancredo Neves.

Eleito presidente pelo Congresso em janeiro de 1985, Tancredo era a esperança da Frente Liberal (PFL a partir daquele mesmo mês) em governar o país. Tancredo, no entanto, morreu meses depois, e o PFL teve que apoiar José Sarney (PMDB), que assumiu o Palácio. Em 1994, o partido elegeu Marco Maciel vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), vencendo com a mesma chapa em 1998.

Em março de 2007, o PFL mudou o nome para Democratas e substituiu as lideranças.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1400915-5601,00-ESCANDALO+NO+DF+AMEACA+DEBILITAR+OPOSICAO+EM+DIZEM+ANALISTAS.html

Ciro diz que é possível governar 'sem safadeza'

RICARDO RODRIGUES - Agencia Estado

MACEIÓ - Homenageado hoje em Maceió com o título de cidadão honorário de Alagoas, o deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PSB/CE) defendeu a abertura de um processo contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), para apurar o esquema de pagamento a políticos em troca de apoio. Ciro lamentou que a população passe pelo "constrangimento" de mais um escândalo e defendeu que é possível governar o Brasil sem "safadeza".

O deputado saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nesta semana disse que as imagens contra Arruda "não falam por si". "O presidente foi prudente com relação a esse episódio, afinal de contas todos têm direito a presunção da inocência", ponderou.

Desafeto

Ciro voltou a criticar o governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra (PSDB). Ele afirmou que seria um "retrocesso" para o Brasil a eleição de Serra à Presidência da República. Quanto ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB, que também está na disputa interna para ser o candidato tucano à presidência, Ciro disse que poderia seria um bom nome, já que daria um ponto final à batalha travada entre PT e PSDB.

O pré-candidato fez elogios à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e disse que a considera uma excelente administradora. "Além de ser uma grande brasileira, assim como também considero a ex-ministra Marina Silva", completou.

Ciro participou, pela manhã, da abertura da Conferência Estadual de Ciência e Tecnologia, em Maceió, onde foi agraciado com o título de cidadão honorário de Alagoas. O deputado reafirmou que deve ser candidato à presidência da República nas eleições do ano que vem.

O deputado afirmou que o Brasil cresceu em todos os aspectos com o governo Lula, mas que ainda há muito a ser feito, principalmente nas áreas sociais. "O País ainda está na posição 75 no que diz respeito ao Índice de Desenvolvimento Humano, além de enfrentar problemas na preparação da mão de obra e na distribuição de renda. Mas houve uma melhora em todos os índices, se comparado com o governo passado", alfinetou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ciro-diz-que-e-possivel-governar-sem-safadeza,476248,0.htm

Temer vê 2010 como motivo para denúncias

Terra - Keila Santana

O presidente da Câmara, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), atribuiu à disputa eleitoral de 2010 as denúncias envolvendo o nome dele e de outros deputados do PMDB no suposto recebimento de dinheiro do mensalão do DEM em Brasília. Temer é cotado para compor a chapa da ministra Dilma Rousseff como vice na campanha à presidência da República.

Temer evita dizer nomes que estariam armando para prejudicar a aliança PMDB-PT, mas disse que a disputa eleitoral foi antecipada. "Pode ser. Sem colocar a questão da vice, mas como se fala nisso, é possível que seja. Eu não saberia dizer (a motivação), não tenho razões concretas dessa vilania", disse Temer.

O nome de Michel Temer é citado em gravações que fazem parte do inquérito da Polícia Federal, onde Durval Barbosa, ex-secretário do governador José Roberto Arruda (DEM), conversa com o dono do jornal Tribuna do Brasil, Alcir Collaço, acertando a distribuição de dinheiro a parlamentares do PMDB. São citados ainda os deputados Henrique Eduardo Alves (RN), Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filipelli (DF).

O presidente Michel Temer disse que já tomou medidas jurídicas contra Alcir Collaço, que cita o nome dele na lista de recebedores do mensalão. "Hoje já tomei medidas concretas. Já acionei os advogados e estamos com petições prontas para entrar com uma queixa crime aqui em Brasília", disse.

Temer também repetiu as explicações sobre a suspeita de ter recebido doações ilegais da empreiteira Camargo Correa. Um documento apreendido pela Polícia Federal em março, na Operação Castelo de Areia, lista o nome do deputado, junto com outros 200 políticos, que seriam destinatários de doações de caixa dois da empresa.

Michel Temer atribui as acusações à posição política que ele ocupa no cenário nacional e no PMDB. "É porque sou presidente da Câmara. As perspectivas de futuro podem gerar esses tipos de desajustamentos. Não sei qual a razão objetiva de tudo isso", disse.

"Não há nenhuma doação ilegal. O que foi doado foi declarado oficialmente. Quero dizer em letras garrafais: trata-se de uma infâmia, de uma coisa vil, de gente vil que usa o nome das pessoas para chamuscar o seu prestígio", afirmou.

Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4136968-EI7896,00-Temer+ve+como+motivo+para+denuncias.html

Aliança entre PT e PMDB emperra no Pará

AE - Agencia Estado

 SÃO PAULO - A terceira reunião entre as comissões do PT e do PMDB para tentar superar divergências e fechar alianças entre os dois partidos nos Estados terminou em impasse. O deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) não compareceu ontem ao encontro marcado na sede do PT com a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, provocando constrangimento. Pré-candidato à sucessão da petista, Jader mandou um recado: só quer conversar com a cúpula do PT, não com a governadora, candidata ao segundo mandato.


O Pará integra a lista dos Estados onde o PT e o PMDB vivem às turras. Jader ajudou a eleger Ana Julia nas eleições de 2006, mas está rompido com ela depois que seu grupo perdeu cargos na Secretaria da Saúde. Em conversas reservadas, Jader - que em 2001 renunciou ao cargo de senador, acusado de desvio de dinheiro - às vezes admite concorrer ao Senado. Afirma, porém, querer de volta os cargos perdidos. O problema é que ele não confia em Ana Júlia. Uma nova reunião com o deputado foi marcada para terça-feira, novamente na sede do PT. Mas desta vez, sem Ana Júlia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ciro Gomes recebe hoje título de Cidadão de Alagoas

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O deputado Ciro Gomes (PSB-CE), possível candidato à Presidência da República, recebe hoje o título de Cidadão Honorário de Alagoas, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado. A solenidade teve início por volta das 10 horas, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, onde Ciro também participará como convidado especial da 1ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação para Desenvolvimento Sustentável.

A concessão do título ao deputado - que também foi ministro da Integração Nacional no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - foi proposta por meio de um projeto de resolução apresentado pelo deputado estadual Álvaro Guimarães (PSB). O projeto obteve aprovação unânime da Assembleia Legislativa.

Amanhã Ciro vai a Cuiabá, onde participará do lançamento do Movimento Mato Grosso Muito Mais, organizado pelo partido dele mais o PDT, PPS, PV, PC do B, PRTB, PSC, PMN e PRB. O encontro será na Federação de Comércio de Mato Grosso (Fecomércio).

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ciro-gomes-recebe-hoje-titulo-de-cidadao-de-alagoas,476114,0.htm

Aécio defende aliança PSDB-DEM

Valor Econômico

O governador de Minas Gerais e pré-candidato a presidente, Aécio Neves (PSDB), defendeu ontem a manutenção da aliança entre tucanos e o DEM para as eleições de 2010 mesmo com o escândalo do mensalão envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). "Não vejo como isso possa interferir na relação do PSDB com o Democratas porque ela se dá em um nível diferenciado, se dá em um nível nacional. Essa aliança, no que depender de mim, ocorrerá nas eleições", disse, após evento no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

O tucano refutou também a possibilidade de que o escândalo reforce a tese de montagem de uma chapa puro-sangue tucana, encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra, com ele, Aécio, como vice. "Não vejo essa relação direta. Poderia ter uma outra análise também, de que esse episódio fortaleça a ala tucana que quer ampliar a aliança e trazer outros parceiros. Isso me parece até mais natural", declarou. Ele reafirmou ser este mês seu prazo fatal para que o partido decida entre os dois presidenciáveis. Caso contrário, se dedicará às eleições em Minas, onde deve se candidatar ao Senado.

Aécio afirmou ainda desconhecer o tamanho do desgaste eleitoral que o escândalo no Distrito Federal possa causar na candidatura oposicionista em 2010. Para ele, só será possível medir os prejuízos durante o processo eleitoral. Entretanto, disse que a prioridade da campanha deve ser outra que não a discussão sobre ética.

"No que depender de mim, gastaremos o nosso tempo para discutir outras questões. Acho que existem outros temas que estarão à frente, que estarão conduzindo essa campanha, mas é natural que a questão ética também seja discutida e nós vamos discutir", disse.

Ele disse não acreditar que o PT irá aproveitar o episódio para falar sobre ética na campanha. "Não vejo o PT com muita autoridade para falar em mensalão. Não sei se terá interesse em trazer esse tema, esse tipo de questão, até porque eles teriam que dar muitas explicações." Declarou, porém, que seu partido deve estar pronto para discutir o tema. O PSDB enfrenta julgamento no STF em razão do suposto mensalão para a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas, em 1998.

Aécio elogiou Arruda no que se refere a gestão que vinha fazendo no DF, fazendo a ressalva de que "obviamente, isso tudo fica de alguma forma contaminado por essas ações".

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/5980858/aecio-defende-alianca-psdbdem

Primeiro dia de audiência pública foi dedicado a resoluções sobre pesquisas e propaganda

Agência TSE

Ocorreu nesta quarta-feira (2), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a primeira audiência pública com o fim de discutir as regras para as eleições 2010. Estão previstos mais dois encontros a serem realizados na próxima sexta-feira (4) e no próximo dia 14.

As discussões desta quarta foram em torno das propostas de resoluções que tratam de propaganda eleitoral, condutas vedadas e pesquisas de candidatos. Compareceram à audiência representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); do Ministério Público Eleitoral (MPE); da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec); da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep); da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert); da Associação Nacional de Jornais (ANJ); do Ibope (Instituto de Pesquisa); de emissoras de televisão e representantes de partidos políticos.

Os representantes dessas entidades tiraram dúvidas e fizeram sugestões de alteração em trechos das minutas de acordo com seus interesses. A Abert, por exemplo, questionou a possibilidade de o debate ocorrer mesmo sem a presença de um dos candidatos, desde que seja comprovado que tal candidato tenha sido convidado.

O ministro Arnaldo Versini, designado para relatar as instruções, afirmou que todas as sugestões recebidas serão analisadas e, aquelas julgadas pertinentes, serão incorporadas às propostas que então serão levadas para discussão em plenário. Ele disse também que pretende responder as sugestões por escrito explicando porque algumas foram adotadas e outras não.

Propaganda na Internet

Quanto à propaganda eleitoral na internet, regulamentada pela Lei 12.034/09 e que passa a valer nas eleições de 2010, o ministro Versiani ressaltou que, se por um lado a lei permitiu, de outro ela impôs certas restrições inclusive com aplicações de multa em caso de a propaganda ser feita em sítio que não é do candidato. Ele cogitou problemas que poderão ocorrer a partir disso como dificuldades para tirar um sítio do ar ou de entrar em contato com o provedor que hospeda a página. “São situações que vão surgir no cotidiano e, por isso mesmo, é importante a discussão ampla desse tema para que no próximo ano, com os casos concretos que surjam, a Justiça Eleitoral possa ter instrumentos para saber como aplicar”, disse.

Na opinião do ministro, é importante garantir que a propaganda de um lado seja ampla, mas de modo a não causar prejuízo a candidatos para não prejudicar as respectivas campanhas.

As resoluções deverão estar prontas até o dia 5 de março do próximo ano.


http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1259460

Ciro Gomes fala sobre sua candidatura a Presidência

UOL



http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/12/03/04023966C4C97386.jhtm?ciro-gomes-fala-sobre-sua-candidatura-a-presidencia-04023966C4C97386

Para Ciro, candidatura Aécio tem chances reais de vitória

UOL



http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/12/03/04023964CCC97386.jhtm?para-ciro-candidatura-aecio-tem-chances-reais-de-vitoria-04023964CCC97386

Ciro Gomes faz duras críticas a José Serra

UOL



http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/12/03/04023168D0C97386.jhtm?ciro-gomes-faz-duras-criticas-a-jose-serra-04023168D0C97386

Lula defende Constituinte para fazer reforma eleitoral

BBC Brasil

O presidente Luiz Inácio da Silva defendeu nesta quarta-feira a convocação de uma Assembleia Constituinte para tratar de mudanças na Lei Eleitoral.

"Os partidos políticos deveriam estar defendendo neste momento, depois das eleições de 2010, uma Constituinte específica para fazer uma legislação eleitoral para o Brasil", disse Lula, durante visita à Ucrânia. "Não é possível continuar do jeito que está."

Ao final de sua visita à capital do país, Kiev, Lula comentou as denúncias de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Ao ser questionado sobre se o escândalo representa mais um golpe para a classe política, o presidente disse que "é deplorável".

"Eu acho que é deplorável para a classe política. Porque nós já mandamos duas propostas de reforma política para o Congresso Nacional e as pessoas não se importam em votar. Quando seria muito mais fácil a gente votar a reforma política, moralizar o funcionamento dos partidos políticos, moralizar o processo eleitoral", afirmou.

'Grave'

O presidente foi questionado sobre declarações anteriores, quando havia dito que as imagens que mostram pessoas ligadas a Arruda recebendo dinheiro "não falam por si" e que cabe à Justiça fazer o "juízo de valores final".

Clique Leia mais na BBC Brasil: Imagem de caso Arruda não fala por si, diz Lula

"Nem fui condescendente nem incriminei. Eu apenas disse que tem um fato que está em apuração, é importante que termine a apuração", disse Lula.

"A minha tese é que as pessoas que fizeram as coisas erradas terão que pagar. Agora tem um processo, isso não é uma vontade do presidente Lula, isso é de toda a legislação brasileira. Vi algumas imagens, acho que é grave, mas tudo isso agora vai ter um processo", afirmou.

Mudanças climáticas

Durante sua visita a Kiev, Lula pediu o apoio da Ucrânia para pressionar os países desenvolvidos a apresentar metas "firmes" de redução das emissões de gases do efeito estufa durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começa no próximo dia 7, em Copenhague, na Dinamarca.

“O Brasil tem uma proposta para transformar novas tecnologias para diminuir a emissão de gases de efeito estufa”, disse Lula em entrevista ao lado do presidente ucraniano, Victor Yushchenko.

Ao final da visita, os dois presidentes divulgaram uma declaração conjunta em que Brasil e Ucrânia assumem o compromisso de lançar o foguete Cyclone 4, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, até o fim de 2010.

O Cyclone 4 é um foguete lançador de satélites e é produzido na Ucrânia. Desde 2000, os dois países mantêm uma parceria na área de exploração espacial.

O cronograma do projeto, no entanto, está atrasado devido a problemas ambientais e sociais.

"Quando dois presidentes se encontram, retiram complicações. Vamos fazer o primeiro lançamento em 2010 e entrar em uma etapa prática", disse Yushchenko.

Brasil e Ucrânia também iniciaram o diálogo para uma parceria na área de energia nuclear e desenvolvimento de tecnologia militar, além de firmarem um acordo de dispensa de vistos para turistas dos dois países.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/12/091202_lulakiev_ac.shtml

No PSDB, aumenta pressão por ''chapa puro-sangue''

Em jantar, 36 deputados cogitam dobradinha para 2010

Estadão - Julia Duailibi

O escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), deflagrou no PSDB uma corrida para fortalecer a tese da chamada chapa puro-sangue. Com o DEM no centro da crise, engrossou o coro dos defensores da tese de o PSDB blindar a chapa que disputará a eleição presidencial de 2010, formatando-a apenas com nomes tucanos.

Em jantar com 36 deputados anteontem, na casa do deputado Rômulo Gouveia (PB), em Brasília, cresceu o discurso favorável ao desenho que traz o governador de São Paulo, José Serra, como candidato a presidente, e o governador de Minas, Aécio Neves, na vice. A Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investigou pagamento de propinas para deputados e integrantes do governo Arruda, enfraqueceu o poder do DEM nas negociações e deslegitimou a pressão de parte da cúpula do partido para que os tucanos definam logo o candidato. "A única vantagem do episódio é enfraquecer o argumento de dois partidos. O que era uma realidade eleitoral passa a ser uma realidade política", disse um cacique tucano. Mais do que votos, a aliança com o DEM engorda o tempo de TV nas eleições de 2010. Fato que se torna ainda mais relevante diante da possibilidade de o PMDB apoiar o projeto nacional do PT, formando a coligação com maior tempo de TV. "O PSDB vê no DEM um aliado, mas deve se preocupar com sua agenda e deve respeitar o espaço do DEM para discutir suas questões internas", disse o deputado Eduardo Gomes (TO).

Hoje vai ao ar o programa partidário do PSDB. Serra e Aécio dividirão os dez minutos falando sobre suas gestões. O programa foi montado com os marqueteiros dos dois lados, de modo a passar uma sintonia entre os dois governadores.

Setores pró-chapa puro-sangue levarão a Aécio o argumento de que o discurso da ética ganha sobrevida na dobradinha tucana. Além de integrantes do DEM, políticos do PPS, outro aliado nacional dos tucanos, também apareceram nas investigações da PF. O presidente do PSDB-DF, Márcio Machado, também foi acusado de envolvimento nas irregularidades.

Levantamento feito pelo PSDB mostra que o partido detinha mais de cem cargos no segundo escalão do governo Arruda, além de nove administrações regionais, três secretarias de Estado e três cargos de direção em empresas do governo.

SIMPATIA

A chapa pura conta com a simpatia de setores ligados a Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O governador de Minas, no entanto, é contra. "Não vejo essa relação direta. Poderia ter uma outra análise também, dizer que, talvez, esse episódio fortaleça a ala tucana que quer ampliar a aliança, que quer trazer outros parceiros para a aliança", disse ontem Aécio, negando que a crise no DEM fortaleça a chapa pura.

De acordo com o secretário-geral do partido, Rodrigo de Castro (MG), "o episódio do DEM é ruim para a política como um todo, mas não afeta o projeto do PSDB". Questionado se o DEM poderia compor aliança com os tucanos na vice, disse: "Sem dúvida." Para o deputado Arnaldo Madeira (SP), a questão da chapa deve ser discutida apenas em abril. "O episódio mostrou como Serra estava certo em não querer antecipar a discussão eleitoral", disse.

A crise com o DEM também trouxe outra dor de cabeça para o PSDB. O palanque do Distrito Federal, que estava articulado em torno da reeleição de Arruda, precisará ser revisto.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091203/not_imp475901,0.php

DEM quer livrar vice para ter plano B na disputa de 2010

Como Paulo Octávio, apesar de citado, não aparece em vídeos ligados[br]ao escândalo, deverá ficar livre de sanções e pode até virar candidato

Estadão - Marcelo de Moraes e Christiane Samarco, BRASÍLIA

O vice-governador Paulo Octávio não deverá sofrer punições do partido por seu envolvimento no chamado "mensalão do DEM" no Distrito Federal. Poderá, ao contrário, até se transformar numa espécie de plano B da legenda para candidatura ao governo local, caso consiga sobreviver ao desgaste político provocado pelo escândalo.

Caso a expectativa de expulsão do governador José Roberto Arruda no dia 10 se confirme e, assim, fique sem legenda para disputar a reeleição, Paulo Octavio herdaria o apoio para se candidatar. Enquanto isso, Arruda tentaria manter o comando do governo até o final do mandato.

A operação, porém, é considerada delicada e de alto risco. Depende da disposição de Paulo Octávio para se expor numa disputa dificílima e requer forte blindagem política em torno de seu nome, que também é citado no escândalo e deverá ser alvo de intensos ataques.

A estratégia fica atrelada ainda ao convencimento do próprio Arruda de que o projeto passará por uma aliança política real com Paulo Octávio, não se tratando de manobra para ocupação de seu espaço. "Esse movimento só existe se tiver a participação direta de Arruda. Do contrário, ele será o primeiro a implodir o plano", avalia um político próximo do governador, que considera a estratégia "plausível".

Assim como a expulsão de Arruda já foi decidida pelo comando do partido, a salvação interna de Paulo Octávio é considerada certa pelo DEM. Ele não aparece diretamente em vídeos ou áudios gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa.

O problema central é que nas gravações de vídeo aparece Marcelo Carvalho, braço direito do ex-senador nas suas empresas, recebendo uma mala e uma pasta entregues por Barbosa, supostamente contendo dinheiro. Depois do escândalo, Paulo Octávio tem afirmado que não autorizou ninguém a receber nenhuma quantia em seu nome, inclusive Carvalho.

CONSULTA

Dirigentes do partido já levaram o caso informalmente a desembargadores para se aconselhar. A resposta à consulta indicou uma avaliação positiva, já que não existe prova material contra ele por ora. Segundo um dos consultados, "anotação feita por um bandido em um papelzinho não é prova".

Para os integrantes do DEM, o fato de o vice-governador não aparecer em nenhuma gravação já é suficiente para tratá-lo de outra forma. "São casos completamente diferentes. O DEM terá a coragem de fazer o que os outros partidos não fizeram, punindo com a expulsão um membro importante como o governador Arruda, porque foi flagrado numa situação com a qual não concordamos. Se ele não for expulso, eu saio do partido. Mas o caso de Paulo Octávio é diferente. Não precisamos ficar cassando a filiação de todo mundo, só porque alguém citou o nome dele, sem provas", afirma o deputado José Carlos Aleluia (BA).

No caso de Arruda, a situação está definida. Há uma rebelião nacional contra sua permanência no partido. São mais de 500 e-mails por dia enviados ao DEM por filiados. A condenação é certa porque 32 dos 43 votantes da Executiva Nacional têm mandato e não vão sacrificar suas eleições. Querem encerrar o caso o mais rápido possível.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091203/not_imp475920,0.php

2 de dez. de 2009

Aécio diz que crise no DF trará desgaste nas eleições de 2010

da Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), admitiu nesta quarta-feira que a crise no governo de José Roberto Arruda (DEM), no Distrito Federal, trará desgaste para as eleições presidenciais de 2010. Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Aécio disse que as denúncias contra o democrata não devem prejudicar a aliança nacional PSDB-DEM, mas disse que o saldo negativo da crise será contabilizado nas eleições.

"Não vejo que isso [denúncias] de alguma forma interfira na relação do PSDB com os democratas porque ela se dá num nível diferenciado, se dá num nível nacional. [...] Eu acredito que essa aliança entre o PSDB, o democratas, o PPS e, no que depender de mim, com algumas outras forças políticas, ocorrerá nas eleições. Obviamente, não há porque desconhecer isso, algum desgaste existe. Vamos ter que contabiliza-lo no momento eleitoral", afirmou o governador.

Arruda é suspeito de participar de um esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa do DF. O dinheiro viria de empresas que prestam serviços ao governo do DF. O governador, que foi flagrado em vídeo recebendo dinheiro, nega as acusações.

Ao comentar pela primeira vez as denúncias, Aécio disse hoje que as cenas que podem comprovar o suposto esquema de pagamento de propina são "realmente triste" e se manifestou a favor do direito de defesa de Arruda.

"O que posso dizer nesse momento --não conheço detalhes das provas-- mas as cenas são chocantes e as acusações, me parecem, são extremamente graves", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de o PT usar o episódio contra os tucanos em 2010, o governador mineiro ressaltou que os petistas não tem "muita autoridade" pra falar em mensalão do DEM. Aécio também fez questão de esclarecer que cabe "exclusivamente ao DEM" explicar o caso e tomar as decisões contra Arruda.

"É um problema chato, que nos frustra a todos. É preciso que o governador dê as suas explicações e cabe ao democratas, exclusivamente ao democratas, dar um desfecho adequado a esse processo. Qualquer intromissão nossa, de outro partido, é indevida neste momento, mas eu repito o que disse: não acho que o PT tenha interesse em trazer à campanha esse tipo de questão até porque eles teriam que dar muitas explicações", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u660779.shtml

Para Aécio, mensalão não o força a ser vice de Serra

Terra

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que as denúncias que recaíram sobre o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) não devem influenciar na formação de uma chapa entre Aécio o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) para as eleições presidenciais de 2010.

"Eu não vejo essa relação direta.(...) Não acho, falo isso com muita sinceridade, não acho que há essa relação direta sobre o meu papel nesse processo", disse Aécio.

Aécio e Serra são pré-candidatos do PSDB para as eleições do ano que vem. O partido ainda não tomou uma posição final, mas nas pesquisas de opinião, José Serra leva vantagem em relação ao colega mineiro. Arruda, por sua vez, era tido como o principal nome do DEM para ser o vice da chapa com os tucanos.

O governador do Distrito Federal está sendo investigado pela suspeita de participação no mensalão DEM, suposto esquema de desvio de recursos públicos que envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada. Arruda aparece em um dos vídeos divulgados pela Polícia Federal recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

"É preciso que o governador dê as suas explicações e cabe ao Democratas, exclusivamente ao Democratas, dar um desfecho adequado a esse processo. Qualquer intromissão nossa, de outro partido, é indevida neste momento", disse Aécio. O governador considera ainda que, com sua candidatura, o PSDB pode, além do DEM, criar alianças com outros partidos.

"Tenho disposição, se for a vontade do meu partido, de colocar o meu nome como candidato à Presidência da República. Acho que posso atrair aliados importantes, construir um discurso otimista, objetivo, com o reconhecimento do que nós fizemos, com exemplos importantes dos avanços que nós tivemos aqui em Minas Gerais", afirmou Aécio.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4135588-EI7896,00-Para+Aecio+mensalao+nao+o+forca+a+ser+vice+de+Serra.html

Mensalão do DEM reforça polarização das eleições, diz ministro

Terra  - Laryssa Borges


O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que as denúncias e imagens de um esquema de suposto pagamento de propina a deputados distritais da base aliada ao governo José Roberto Arruda (DEM) devem reforçar a polarização de propostas nas eleições de 2010.

Para o coordenador político do governo, que admitiu não ter assistido aos vídeos da Operação Caixa de Pandora, o episódio permitirá que, no próximo ano, o eleitor possa analisar melhor a diferença de projetos entre o Partido dos Trabalhadores, hoje no poder, e o DEM e o PSDB, legendas oposicionistas ao governo Lula.

"Acho que isso faz que a gente possa fazer um debate nas eleições de 2010 ainda mais centrado em quais são os projetos para o País¿, comentou. ¿(O escândalo) reforça a ideia de polarização na disputa eleitoral do ano que vem entre o que é o governo do presidente Lula (...) inclusive nos tópicos relacionados à corrupção", explicou o ministro, que não quis fazer comentários sobre se concordava ou não com a tese do presidente Lula de que "as imagens não falam por si".

O mensalão do governo de José Roberto Arruda (DEM), cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF). O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o suposto pagamento de propina a deputados da base aliada.

Em sua defesa, Arruda disse que toda a arrecadação de recursos está devidamente registrada na Justiça Eleitoral e afirmou que recebeu recursos apenas uma vez do então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, e para a compra de panetones para famílias carentes.

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4134816-EI7896,00-Mensalao+do+DEM+reforca+polarizacao+das+eleicoes+diz+ministro.html

Capanema vai testar votação biométrica

Diário do Pará

Capanema foi uma das 43 cidades brasileiras e a única no Estado do Pará escolhida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para utilizar nas eleições do próximo ano o novo sistema de identificação eleitoral: a biometria – identificação do eleitor por meio das impressões digitais. A previsão do TSE é de que em até dez anos todos os municípios brasileiros utilizem o sistema biométrico.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA), desembargador João Maroja, explicou que quatro municípios paraenses foram apontados para aderirem à novidade nas eleições de 2010. Entre eles, as cidades de Augusto Corrêa, Santa Maria do Pará e Tucuruí. “Capanema foi eleita por apresentar um número significativo de eleitores e uma boa infraestrutura”, disse o desembargador.

RECADASTRAMENTO

O próximo passo agora será o recadastramento dos eleitores da cidade, que já começa a acontecer no dia 15 de dezembro. O eleitor capanemense terá de se dirigir à zona eleitoral que vota com seu antigo título de eleitor para o cadastramento de suas digitais. No dia da votação, o eleitor será reconhecido na seção eleitoral pela digital e pela foto.

“Antes, nós faremos uma eleição simulada para que as pessoas possam aprender como o sistema funciona. Mesmo assim, temos plena certeza que esse novo método trará benefícios e segurança nas eleições”, afirmou o presidente do TRE.

Maroja disse ainda que a votação biométrica tornará a votação mais ágil. “O tempo que um eleitor leva em média para votar é de 40 segundos a um minuto e meio, com esse novo procedimento, é provável que esse tempo diminua consideravelmente”. Com o cadastramento biométrico, o TSE pretende excluir a possibilidade de uma pessoa votar por outra.

O QUE É VOTAÇÃO BIOMÉTRICA?

O sistema biométrico, que será usado em urnas eletrônicas em alguns municípios em 2010, vai reconhecer as impressões digitais dos eleitores.

COMO VAI FUNCIONAR?

Ao chegar ao local de votação, a pessoa deve apresentar seu título de eleitor. Em seguida, irá colocar o indicador ou o polegar em um leitor biométrico na própria urna eletrônica que fará a liberação para o voto. Antes de votar pelo sistema biométrico, porém, o cidadão precisa fazer o cadastramento de suas impressões digitais e da fotografia. Esse cadastro será feito a partir dos Tribunais Regionais Eleitorais.

QUAIS AS VANTAGENS?

Evitar fraudes no voto. Agilidade na votação e redução de custo por eleitor.

QUANDO VAI VIGORAR EM TODO PAÍS?

A previsão do TSE é de que em dez anos todas as cidades brasileiras passem a utilizar o novo método de votação.

O TÍTULO ANTIGO SERÁ SUBSTITUÍDO?

Não. Não será expedido título eleitoral com foto. A foto será armazenada no cadastro eleitoral e estará na folha de votação da seção onde vota o eleitor, para servir de subsídio de identificação ao mesário, caso não seja possível identificar o votante de forma biométrica. (Diário do Pará)

http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=70208

Grupos de Serra e Aécio trocam farpas

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - O escândalo do mensalão do governo do Distrito Federal deflagrou um jogo de empurra nos bastidores do PSDB. Aliados dos dois pré-candidatos à Presidência, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), tentam debitar - um na conta do outro - o prejuízo político da ligação com o DEM do governador José Roberto Arruda.

Os serristas dizem que Arruda pertence ao grupo do mineiro. Acusam também o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), de ter "se escudado" no governador do DF para "alardear" sua preferência por Aécio como forma de fazer frente à influência do ex-presidente do partido Jorge Bornhausen e se afirmar no comando da legenda.

Para os aecistas, porém, quem mais perde com a "queda da cidadela do DEM" é Serra. O raciocínio dos aliados de Aécio é simples. Eles sustentam que o grande perdedor é o paulista porque o DEM é um dos "pilares" da estratégia que Serra montou para disputar a corrida de 2010, enquanto o mineiro trabalha com a perspectiva de uma aliança bem mais ampla.

O grupo de Serra insiste em que o episódio do "mensalão do DEM" pouco afetará a caminhada do governador de São Paulo rumo ao Palácio do Planalto. Ponderam que Brasília não vincula o governo local à disputa presidencial e dizem que o pior desempenho eleitoral de Serra é justamente no DF. As pesquisas eleitorais de que dispõem mostram o tucano sempre em terceiro lugar no Distrito Federal, onde a preferência maior é pelo pré-candidato do PSB, deputado Ciro Gomes (SP). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,grupos-de-serra-e-aecio-trocam-farpas,475511,0.htm