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José Serra (São Paulo, 19 de março de 1942) é um economista e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 2006 foi eleito governador do estado de São Paulo, sendo até hoje o único eleito já em primeiro turno.
Ocupando atualmente o cargo de governador no mandato 2006-2010, já exerceu os mandatos de deputado federal constituinte (1987-1991), deputado federal (1991-1995) e senador (1995-2003), os cargos de Secretário de Planejamento de São Paulo (1983/1986), ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996), ministro da Saúde (1998-2002) e ainda prefeito de São Paulo (2005-2006). José Serra foi candidato à Presidência da República pela coligação PSDB-PMDB em 2002, tendo sido derrotado no 2º turno por Luís Inácio Lula da Silva.
Serra (PSDB-SP) tornou-se o único pré-candidato a Presidência da República pelo PSDB para as eleições brasileiras de 2010, diante da desistência oficial de seu competidor Aécio Neves (PSDB-MG), anunciada em 17 de dezembro de 2009.[1][2]
Origem e formação
José Serra nasceu na capital paulista, no bairro da Mooca,[4] filho único[5] de Francesco Serra (falecido em 1981[6]), imigrante italiano (originário de Corigliano Calabro, Calábria[7]) e de Serafina Chirico Serra (falecida em 2007[8]), brasileira filha de imigrantes italianos.[9] Serra nasceu numa pequena casa de quarto e sala, geminada a outras 24, numa rua sem saída, onde o filho tinha que dormir na sala. Seu pai, semi-analfabeto, que era vendedor de frutas no Mercado Municipal, evitava que o filho o ajudasse, deixando-o se concentrar nos estudos. Serra, entretanto, eventualmente ia trabalhar na banca de frutas.[10] Mudaram-se depois para uma casa maior, de dois quartos, numa rua sem asfalto no mesmo bairro, ao lado de uma fábrica. Quando o filho já estava no científico (atual ensino médio), mudaram-se para um apartamento alugado no bairro do Ipiranga. Apesar dos ganhos modestos de uma família de classe média baixa,[11] foi o suficiente para que o filho chegasse à faculdade sem precisar trabalhar.[6]
Tendo feito curso pré-vestibular junto com o último ano do científico, ingressou, em 1960, no curso de engenharia civil[9] da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - (Poli-USP).[6]
Política estudantil
Na universidade, logo se interessou pelo movimento estudantil, que era ativo nos anos 1960, principalmente no ensino superior.[6] Tímido, o teatro lhe ajudou a se superar, fazendo o papel principal da peça Vento forte para papagaio subir, de José Celso Martinez, no grupo teatral da faculdade.[4] Tentou fazer parte da diretoria do grêmio da Escola Politécnica, e para ser admitido na chapa, declarou ser contra as multinacionais e a favor da Revolução Cubana.[6] Derrotado em sua primeira eleição, acabou ingressando na diretoria dos eleitos, em meados de 1962, quando houve uma greve dos alunos que reivindicavam maior representatividade. Nessa época, aproximou-se de José Carlos Seixas, presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina, que era um dos líderes nacionais da Juventude Universitária Católica (JUC) e viria a ser o padrinho de Serra no movimento estudantil.[6][12]
Impressionado por Serra, Seixas o indicou meses depois para concorrer à presidência da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), como candidato apoiado pela JUC, que à época controlava a maioria dos centros acadêmicos. Serra saiu-se vitorioso e, no comando da entidade, implementou várias mudanças, cortando o uso indevido de instalações e recursos e promovendo mais eventos culturais e debates políticos, o que deu mais visibilidade à UEE-SP.[12]
Em fins de 1962, Serra foi um dos fundadores da Ação Popular (AP). Participou de congressos em vários estados brasileiros como presidente da UEE-SP, tornando-se conhecido, o que veio a facilitar sua eleição para presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em julho de 1963, como candidato da Ação Popular, tendo ainda o apoio do Partido Comunista Brasileiro. A UNE, na época, tinha status de partido político,[4][12] dando a Serra a condição participar da política nacional e a oportunidade de contato com autoridades, governadores, e com o então presidente João Goulart, o Jango.[12]
Recém eleito presidente da UNE, Serra foi convidado a ser um dos oradores de um comício em homenagem a Getúlio Vargas, em 23 de agosto de 1963, onde o último a discursar seria João Goulart. Esperava-se que os antecessores apoiassem no palanque as propostas do governo. O discurso de Serra, no entanto, ao invés de apenas apoiar o presidente de esquerda pressionado pela direita, criticou-o também, pois havia rumores de que Jango pretendia uma intervenção antidemocrática nos estados de São Paulo e Guanabara, cujos governadores trabalhavam para derrubá-lo. Foi mais aplaudido que Jango, segundo sua ficha no Dops[13][14][15] Ainda assim, Jango sabia de sua importância e teria dito: "Há generais loucos atrás de ti. Eu é que não deixo eles te fazerem mal."[4]
Golpe militar e exílio
Em 13 de março de 1964, no famoso comício da Central do Brasil, onde Jango defendeu as reformas de base, Serra, então com 21 anos, foi o mais jovem a discursar.[16] O comício foi considerado pelos conservadores uma provocação e visto como um momento-chave de radicalização do governo,[15] ajudando na junção de forças políticas, sociais e militares para derrubar Jango.
Consumado o golpe militar, Serra foi primeiro para o Departamento de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro, QG improvisado das forças leais ao presidente Jango. De lá partiu, junto de Marcelo Cerqueira (seu vice na UNE) para a casa do deputado Tenório Cavalcanti, também conhecido como "o homem da capa preta".[17]Com o incêndio da sede da UNE pelos militares, Serra tratou de esconder-se por mais alguns dias na casa de amigos, sem contato nem mesmo com a família. Aconselhado por um deputado amigo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, refugiou-se na embaixada da Bolívia, onde permaneceu por três meses.[13][17] Os militares não queriam deixá-lo sair do país, como dissera o então ministro da Guerra, Costa e Silva, aos bolivianos: "Este não deixaremos ir embora. É muito perigoso."[4] Resolvido o impasse, foi então para a Bolívia e depois para a França, onde permaneceu até 1965.[18][17] Por causa do exílio teve que interromper os estudos, não completando o curso de engenharia.[17]
Retornou clandestinamente ao Brasil em março de 1965, quando os integrantes da Ação Popular tentavam reorganizar a entidade, já na clandestinidade e com muitos líderes exilados ou perseguidos.[12] Escondido na casa de Beatriz Segall,[4][10] foi convencido a não comparecer a uma reunião em São Paulo, enfim descoberta pela polícia, que deteve todos os participantes, levando-os para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).[12] Permaneceu no país alguns meses, mas perseguido, teve que sair novamente do Brasil.
Radicou-se no Chile, participando de ações políticas para denunciar a repressão no Brasil junto de outros exilados, como Armênio Guedes, Fernando Gabeira, Almino Afonso e Betinho,[19] conhecendo também César Maia, a quem incentivou estudar economia. Permaneceu no Chile por oito anos, vivendo carreira acadêmica até 1973. Trabalhou ao lado de Fernando Henrique Cardoso e Maria da Conceição Tavares.[13] Casou-se em 1967 com a psicóloga[11] e bailarina[4]Sylvia Mónica Allende Ledezma,[20] com quem teve dois filhos, Verônica, nascida em 1969, e Luciano, em 1973, meses antes do golpe de estado naquele país.[4]
Fez mestrado na Escolatina (Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile[20]), concluído em 1972,[18] além de dar aulas de matemática para economistas, num instituto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL),[13] órgão da ONU. Chegou a prestar assessoria ao governo de Allende por alguns meses.[17]
Decretado o golpe liderado pelo general Augusto Pinochet, em setembro de 1973, Serra ajudou a transportar vários perseguidos à embaixada do Panamá.[4] Foi preso no aeroporto quando tentava deixar o país com a família, sendo levado ao Estádio Nacional, onde muitos foram torturados e mortos. Um major que o libertou foi posteriormente fuzilado.[4] Serra refugiou-se na embaixada da Itália, ficando como exilado político por oito meses aguardando um salvo-conduto.[13] Partiu depois para os Estados Unidos[4] onde fez seu segundo mestrado, e ainda o doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Cornell, concluído em 1976.[18][22] Trabalhou como professor visitante do Instituto para Estudos Avançados em Princeton, NJ entre 1976 e 1978.[23][24]
Carreira pública
Depois de catorze anos no exílio, retornou ao país em 1977, sendo um dos poucos que se arriscaram a fazê-lo antes da lei de anistia de 1979. Ao tentar uma cadeira de deputado pelo MDB, teve sua candidatura impugnada, sob a alegação de que continuavam suspensos seus direitos políticos. Coordenou, então, em 1978, a campanha a senador, pelo mesmo partido, de Fernando Henrique Cardoso, que obteve apenas a suplência (perdendo para André Franco Montoro). Foi admitido como professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp), onde permaneceu até 1983.[25][13]
Em 1982, trabalhando como pesquisador no CEBRAP, sob os auspícios da Fundação Ford,[26] coordenou a elaboração do programa de governo do candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Franco Montoro: "Quando Franco Montoro, um político da oposição, se elegeu governador de São Paulo nas eleições de 1982, José Serra e outros deixaram o Centro (CEBRAP) para trabalhar no governo do Estado".[27] Serra foi convidado por Franco Montoro para assumir a Secretaria de Planejamento, tomando posse no novo governo em março de 1983.[25]
Secretário estadual de Planejamento
Ao assumir a pasta, o estado estava com elevado endividamento, levando Serra a realizar uma gestão considerada centralizadora e impor um programa de saneamento[4] com corte de despesas, se indispondo com o funcionalismo público devido ao parco aumento salarial concedido em 1984.[17] Ainda assim, possibilitou o andamento de grandes obras do governo Montoro, como a expansão da linha leste-oeste do metrô na capital, a construção 4 mil quilômetros de estradas vicinais[28] e da hidrovia Tietê-Paraná. Desativou a Paulipetro - estatal de prospecção de petróleo paulista criada por Paulo Maluf.[29]
Por ocasião da candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República, licenciou-se do cargo de secretário, em dezembro de 1984, para integrar o grupo de economistas escolhido para elaborar o programa econômico do candidato, ao lado de Celso Furtado, Hélio Beltrão e Sérgio Coutinho, dentre outros. Indicado para coordenar o grupo, seu nome não foi bem aceito por integrantes da Frente Liberal, formada por dissidentes do partido governista, o PDS, que apoiavam a candidatura oposicionista de Tancredo, o que levou o grupo a ser constituído como comissão paritária - Comissão do Plano de Ação do Governo (Copag) - sem centralização das decisões. Com a morte de Tancredo Neves, Serra retornou a seu cargo de secretário em São Paulo.[25]
Seu nome foi cogitado para assumir o Ministério da Fazenda quando da saída de Francisco Dornelles, em agosto de 1985, mas o escolhido foi Dílson Funaro. Voltaria a ser cogitado quando da saída de Funaro, em abril de 1987, mas novamente o convite não foi consumado, sendo então indicado Luís Carlos Bresser Pereira.[25]
Afastou-se da secretaria de estado em 13 de fevereiro de 1986, para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB, a fim de integrar a assembleia nacional constituinte que fora convocada. Duas semanas depois, foi lançado o Plano Cruzado, que consistia, dentre outras medidas, em um congelamento de preços para conter a alta inflação que assolava o país. Serra apoiou o plano, lembrando que se tratava de um regime democrático, ao contrário dos planos econômicos gestados durante a ditadura militar. Na campanha para deputado, foi acusado dentro do próprio partido de usar a máquina administrativa do estado para obter aliados nos municípios. Recebeu cerca de 160 mil votos, elegendo-se com a quarta maior votação do estado.[25]
Deputado federal e constituinte
Na constituinte, Serra foi relator da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças e também integrou a Comissão de Sistematização. Criticando a atuação sem coordenação de seu partido, o PMDB, não seguiu a orientação partidária em todas as votações. Votou a favor da desapropriação das propriedades rurais improdutivas e foi contra a estabilidade no emprego e a favor do parlamentarismo. Foi o constituinte que conseguiu o maior percentual de aprovação de emendas, logrando aprovar 130 das 208 que apresentou.[25] Uma delas criou o Fundo de Amparo ao Trabalhador - (FAT), para o financiamento do seguro-desemprego com uma fonte de recursos sólida e permanente, fazendo com que o benefício começasse a ser efetivamente pago no Brasil.[9]
Na constituinte, como relator da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças (comissão onde 53% das vagas pertenciam a parlamentares de regiões menos desenvolvidas), Serra tentou evitar maiores repasses de verbas federais aos estados. Afirmou em entrevista em 2 de fevereiro de 1994: "se eu não tivesse resistido, as perdas do governo federal teriam sido ainda maiores, em torno de 60% a 70% do IR e do IPI".[30] Mas lutou pela criação do FINSOCIAL, fundo que destinaria recursos à programas sociais e participou na criação dos fundos constitucionais regionais FPM e FPE, que destinam recursos para o desenvolvimento das regiões mais carentes, em especial Norte, Nordeste e Centro-Oeste.[30] Manifestou-se contra a expansão de isenções à Zona Franca de Manaus, que para ele obrigariam o restante do país a arcar com os custos para manter poucos empregos.[30]
Foi o relator da comissão que reformulou todo o sistema tributário, os orçamentos públicos e o Sistema Financeiro Nacional. Propôs a elaboração do Plano Plurianual de Investimentos (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)[31], tendo sido relator da primeira LDO da história do país, referente ao orçamento de 1990.[carece de fontes?]
Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, em junho de 1988, presidindo sua comissão executiva até 1991. Nas eleições municipais de 1988, foi candidato à prefeitura de São Paulo, mas, em uma eleição ainda sem segundo turno, foi derrotado, ficando atrás de Luiza Erundina (à época no PT), João Leiva (PMDB) e Paulo Maluf.[25]
Foi reeleito deputado federal em 1990, com cerca de 340 mil votos, a maior votação do Estado.[32] Nessa eleição, foi um dos candidatos que recebeu apoio preferencial da Federação Brasileira de Bancos - Febraban.[25]
Em 1991, foi convidado pelo presidente Fernando Collor para assumir o Ministério da Fazenda, mas recusou, assumindo então Marcílio Marques Moreira. Em 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura de processo de impeachment do presidente Collor, acusado de corrupção.[25]
Em 1994, apoiou o Plano Real, manifestando sua confiança no êxito, mas com reservas, uma vez que alertava a necessidade de reformas, especialmente a tributária. Candidatou-se nesse ano ao Senado, defendendo uma nova revisão constitucional, que daria ênfase à reforma tributária. Defendeu o voto distrital, o fim do voto obrigatório, o fortalecimento dos partidos e a correção das distorções na representação dos estados na eleição dos deputados federais.[25]
Senador
Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos,[9] muito à frente do segundo colocado, Romeu Tuma. Declarou-se de imediato a favor da privatização da Companhia Vale do Rio Doce, desde que lei anterior autorizasse a presença de capital estrangeiro nas concessões.[carece de fontes?] Cogitado para assumir o Ministério da Fazenda, enquanto empresários de seu estado preferiam vê-lo no Ministério da Indústria e Comércio, o presidente eleito Fernado Henrique escolheu Pedro Malan para a Fazenda, convidando Serra para assumir o Ministério do Planejamento. Sua vaga no Senado foi ocupada por seu suplente, Pedro Piva.[25]
Em 1996, concorreu novamente à prefeitura de São Paulo, mas foi derrotado, ficando em terceiro lugar e nem mesmo participou do segundo turno, em que Celso Pitta (indicado do então prefeito Paulo Maluf), derrotou Luiza Erundina (ainda no PT).
[editar] Ministro do Planejamento
Licenciou-se do Senado Federal, para tornar-se ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996). Deixou a pasta para disputar a prefeitura de São Paulo, que perdeu para Celso Pitta. Com isso, retornou ao Senado, onde ficou por dois anos.
[editar] Ministro da Saúde
Assumiu então o Ministério da Saúde (1998-2002). O programa de combate à AIDS implantado na sua gestão foi copiado por outros países e apontado como exemplar pela ONU.[33] Implantou a lei de incentivo aos medicamentos genéricos, o que possibilitou a queda preço dos medicamentos.[34] Eliminou os impostos federais dos medicamentos de uso continuado.[35] Regulamentou a lei de patentes e encaminhou resolução junto à Organização Mundial do Comércio para licenciamento compulsório de fármacos em caso de interesse da saúde pública.[36] Ampliou as equipes do Programa de Saúde da Família[37] e organizou o Sistema Nacional de Transplantes e a Central Nacional de Transplantes.[38] Promoveu milhares de cirurgias por intermédio de mutirões combatendo doenças como, por exemplo, a catarata.[39] Introduziu a vacinação dos idosos contra a gripe, eliminou doenças como o sarampo e criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).[40] Não obteve, porém, sucesso no combate à dengue, doença que até hoje é epidêmica.[41]
Em sua gestão no Ministério da Saúde, foi enviado ao Congresso Nacional o projeto de lei 3.156, de 2000[42][43], que tornava mais rigorosa a política anti-tabagista no Brasil, com a proibição da publicidade e a introdução das imagens de impacto em embalagens de cigarro. Aprovado o projeto, foi sancionado dando origem à Lei nº 10.167, de 2000, regulamentada em 2001 pela Anvisa.[44][45]
Candidato à Presidência
Disputou a Presidência da República em 2002, quando obteve mais de 33 milhões de votos no segundo turno (38,73%), perdendo para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que obteve quase 53 milhões de votos (61,27%).[46] Dos votos obtidos por Serra, 2,9 milhões o foram na cidade de São Paulo, cidade na qual Lula obteve apenas 127 mil votos a mais, aproximadamente 2% dos votos válidos.
Em 2003, assumiu a presidência nacional do PSDB, partido do qual é um dos fundadores. Depois que assumiu a prefeitura da cidade de São Paulo, eleito em 2004, licenciou-se do cargo no partido. Foi sucedido em 2005 por Eduardo Azeredo (senador por Minas Gerais e também veterano no PSDB).
Prefeito de São Paulo
Em 2004, disputou a Prefeitura de São Paulo, sendo eleito no segundo turno com 3,3 milhões de votos (55% dos votos válidos).
No dia 1º de janeiro de 2005 tomou posse do cargo de prefeito com mandato para até 1º de janeiro de 2009. Um ano e três meses depois, em 31 de março de 2006, deixou a prefeitura de São Paulo nas mãos do seu vice Gilberto Kassab para concorrer às eleições para governador do estado de São Paulo, mesmo tendo assinado uma declaração dizendo que não o faria quando candidato à prefeitura.[47] Alegou que abandonar a prefeitura foi um sacrifício pessoal em prol do seu partido e foi eleito governador em primeiro turno.
A política urbana (especialmente aquela relacionada ao centro da cidade e ao projeto Nova Luz) foi criticada, no entanto, por alguns professores universitários e intelectuais ligados ao urbanismo e ao planejamento urbano e por movimentos sociais que a consideraram excludente e tendo como resultado, segundo os mesmos especialistas, o agravamento do fenômeno de gentrificação que, segundo os mesmos críticos, ocorre na região.[48]
Governador de São Paulo
As eleições para governador em 2006
Em debate eleitoral realizado na Rede Record antes da eleição, também garantira terminar o mandato. Perguntado no debate, se recomendaria a seus eleitores a não votarem nele se fizesse o oposto, Serra afirmou que o compromisso estava assumido, com os termos ditos por Boris Casoy, âncora do debate. Sua saída gerou polêmica e causou protestos[49] Aloizio Mercadante (seu adversário na disputa pelo governo do estado de São Paulo) e Marta Suplicy, adversários políticos diretos de José Serra na época, classificaram a renúncia como um "estelionato eleitoral".[50]
O Governo José Serra
Desde que chegou ao Palácio dos Bandeirantes, Serra combina uma gestão fiscal agressiva, para elevar receitas e investimentos, com um rígido controle de despesas.[51]
As prioridades de governo têm sido o Rodoanel Mário Covas, a expansão do Metrô, a modernização da rede de trens da grande São Paulo, recuperação de estradas vicinais, expansão das FATECs/ETECs e introdução das AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades).[52]
Em 2009, Serra fazia em média por cinco viagens por mês fora da capital, tendo um total de 62 deslocamentos, número que triplicou em 2010, com 16 viagens em janeiro. A maioria das viagens foi para inaugurar obras, divulgar novos programas ou anunciar a liberação de recursos para prefeituras. Três visitas foram em razão das enchentes. Serra esteve ainda em duas cidades para acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste mês de janeiro de 2010.
A principal razão disso pode ser a proximidade da data para se afastar do governo de São Paulo caso seja o candidato do PSDB à Presidência da República.[53]
O acidente do Metrô
No dia 12 de janeiro de 2007, 12º dia do primeiro mês do mandato de Serra como governador, ocorreu o acidente da Linha 4 do Metrô de São Paulo, que vitimou 7 pessoas. O desabamento de parte do túnel por onde passariam os trens do Metrô de São Paulo provocou o surgimento de uma cratera naquele local. Durante os dias que se sucederam, o corpo de bombeiros agiu para resgatar os mortos e feridos que teriam sido soterrados no desabamento. Serra compareceu a velórios de vítimas e conversou com as famílias,[54] em seu papel como chefe do governo estadual, responsável pelas obras do metrô. No entanto, até o presente momento, as causas do desabamento não foram esclarecidas.
Greves nas universidades estaduais
Em 2007, após a publicação pelo governador de cinco decretos com alterações, entre outras, nas áreas de educação e pesquisa, criando a Secretaria de Ensino Superior e versando sobre do uso das verbas públicas nas políticas de contratação de funcionários em todas autarquias ou fundações mantidas pelo Estado, inclusive as universidades estaduais, professores da USP, UNICAMP e UNESP reagiram contra suas possíveis consequências, interpretando-os como interferência à autonomia universitária. Houve greves, principalmente na USP, com a ocupação do prédio da reitoria por estudantes em protesto. A tropa de choque foi chamada, porém não houve enfrentamentos. Após mais de um mês de manifestações, o governo elaborou um novo "decreto declaratório" em que excluiu as universidades e a Fapesp das normas de três dos cinco decretos anteriores.[55] A greve se encerrou em 11 de junho.
Em agosto de 2007, Serra substituiu seu secretário de Ensino Superior, José Aristodemo Pinotti, enfraquecido pelas greves. Nomeou o lingüísta Carlos Vogt, ex-reitor da Unicamp e então presidente da Fapesp, que na primeira semana de gestão apresentou o projeto de expansão do ensino superior paulista mediante uma universidade virtual, concebida nos modelos da Universidade Aberta do Brasil, criada pelo Governo Federal, em 2005.
O acidente do Rodoanel
No dia 13 de novembro de 2009 três vigas de um viaduto em obras que fará o acesso ao trecho sul do Rodoanel caíram sobre a pista da Rodovia Régis Bittencourt, na altura do km 279, na cidade de Embu. Nesse grave acidente um caminhão e dois carros foram atingidos, deixando um saldo de três pessoas feridas.[56] Após o acidente do Rodoanel, várias investigações estão sendo feitas pelo TCU sobre um possível corte de custos na construção,[57] o que pode ter ligação com o acidente. Segundo o TSE, o governador José Serra teria recebido um auxílio no valor de R$ 1.000.000,00[58] do consórcio responsável pela construção do Rodoanel, para a sua candidatura em 2006.
O movimento grevista teve o apoio de parte da classe docente das universidades públicas paulistas, reunidas em órgãos como a Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (ADUSP), embora a ocupação também tenha sido criticada por docentes e estudantes.[59]
Durante a ocupação ocorreram atos de vandalismo no local que fizeram com que estudantes fossem investigados por inquérito policial,[60] embora até o momento nenhum deles tenha sido indiciado. Serra não permitiu que a tropa de choque da Polícia Militar retirasse os estudantes à força, mesmo tendo autorização da Justiça.[61]
Os alunos negaram-se a respeitar a ordem judicial e somente saíram algumas semanas depois do governador reelaborar a redação dos decretos mediante um "decreto declaratório" em que explicava que não estava abolida ou ameaçada a autonomia universitária.[62]
Em agosto de 2007, Serra substituiu seu secretário de Ensino Superior, José Aristodemo Pinotti pelo lingüísta Carlos Vogt, ex-reitor da Unicamp e então presidente da Fapesp, que na primeira semana de gestão apresentou o projeto de expansão do ensino superior paulista mediante uma universidade virtual, concebida nos modelos da Universidade Aberta do Brasil, criada pelo Governo Federal, em 2005. -->
José Serra e o Papa Bento XVI.
Política de investimentos
Nos últimos dez anos, os investimentos feitos pelo estado representaram de 5,3% a 8,5% da receita, Em 2008, alcançaram 9,1%. Em 2009, a previsão é que os investimentos cheguem a 17% da receita,[63] quase 130% maiores do que os previstos para 2007, primeiro ano do governo de José Serra, representando mais de quatro vezes o total investido pelo Estado em 2006, último ano da gestão anterior, de Geraldo Alckmin.[63] A intenção do governo é investir R$ 42,5 bilhões entre 2009 e 2010.[64]
Avaliação do governo
O governador José Serra, em seu primeiro trimestre de governo, segundo o Datafolha, obteve 39% de aprovação pelos paulistas. O índice de aprovação supera a do ex-governador Mário Covas, o qual obteve, no seu primeiro trimestre (entre janeiro e março de 1995), 31% de aprovação.[65]
Em 2007 foi o terceiro governador mais bem avaliado, com nota média 6,5, ficando atrás de Aécio Neves e Cid Gomes.[66][67] Em março de 2009, apesar de um aumento do índice de aprovação de seu governo - de 49% para 54% -, Serra caiu dois degraus em comparação ao ranking elaborado em novembro de 2007, ocupando então a quinta colocação entre as dez unidades da federação avaliadas (os nove maiores estados e o Distrito Federal).[68] Em maio de 2009, pesquisa Datafolha revelou uma subida de 3 pontos percentuais na avaliação do governo Serra, passando de 53% para 56% de ótimo/bom e atingindo nota média 6,7.[69]
fonte: wikipedia
serra vc e um homem de comprisso e o melhor candidato. por isso votarei em vc com muito orgulho.tenho apenas 16 anos mais tirei o meu titulo mesmo sem ser obrigatorio para que vc ganhe com ajuda de mim tambem.
ResponderExcluirserra vooc e um ladrao
ResponderExcluiruhu!!Serra to cum vc!!!Vamos levar essa!!
ResponderExcluirÉ Serra sempre votei em voce,pela sua trajetória
ResponderExcluirmas o povo gosta mesmo de produto pirata e contra
bandeado.É uma pena,o custo de tudo isso vai ser
alto e o povo gosta de imediatismo e ser tutelado.o povo brasileiro gosta de ser tratado como imbecil.
SERRA VAMOS VIRAR ESSA ELEIÇOES
ResponderExcluirso gostaria de saber se vc serra vai mudar algumas coisas do governo pt?por k a coisa ta boa na parte da educaçao em termos de iniversidade ,ne nao podemos negar que ta facinho facinho conseguir uma bolsa de estudo.vamo la serra
ResponderExcluirSerra, se vivéssemos num país onde a maioria tivesse educação, cabeça comunitária e fosse bem informada, jamais a candidata petista seria candidata, nunca teria atividade no governo e ao que tudo indica estaria é no xadrez.
ResponderExcluirInfelizmente vivemos o momento do "vale tudo", até uma candidata que precisa forjar informações de currículo para poder enganar os coitados que recebem esmolas do PT.
Quanto as pesquisas, ví aonde são feitas e porque...Não as considero porque nunca conhecí ninguem que as tenha respondido.
Para mim escolhem aonde fazê-las para influenciar os menos informados e até aqueles que são "maria vai com as outras".
Tenhamos fé, porque merecemos que nosso povo tenha acesso a Educação, Saude e um governo de quem sabe o que está fazendo e não nas mãos de um cara oba-oba!!!
Beth Kirchner
MEU VOTO É 43 (MARINA SILVA)-Nós podemos Sim!...
ResponderExcluirA melhor coisa a ser feita é entrar em um verdadeiro movimento... O Movimento de SIM a VERDADE e Transparência... SIM a Marina Silva...
O Plano de Governo da Marina vc's encontram no site www.minhamarina.org.br
Do Serra e da Dilma, não tem no site oficial da campanha deles, nem no do partido. estranho não? Será que acham q não somos capazes de ler um plano de governo? Nem as propostas principais dos candidatos tem no site... Só marketing... que triste...
Temos que mostrar que o poder ainda está em nossas mãos... Nas mãos do povo!... Ela é a melhor escolha!!!...
força Serra estamos nessa!!!!!!!
ResponderExcluirnão cumpriu a promessa de terminar o mandato como prefeito e nem como governador, ou seja não tem palavra, é politico profissional,se aposentou com menos de 40, então é vagabundo igual ao fernando henrique...
ResponderExcluirPesquisem as origens do PSDB. Este partido surgiu somente com o objetivo de conquistar mais cargos no executivo federal. Eu não quero este partido governando o Brasil.
ResponderExcluirvou deixar um recado para quem disse que serra é um ladrão, vc tem como provar? sou de natal só tenho 22 anos e nunca vi a dilma fazer p nenhuma,não se preoculpe, se por um acaso ela ganhar o que foi construido até hoje que não foi muita coisa vai por agua a baixo.todo mundo pensa diferente não é porque ela foi indicada por lula que vai fazer o que ele quer não, depois que passar e ter o mandato o resto que se d...vamos fazer acontecer diferente dar uma oportunidade para quem diz não ao aborto e sim a vida,olha moço(a)ninguem pensa igual a ninguem, antes de dizer coisas que não sabe procure ajudar o priximo que é o melhor que vc faz. passar bem . j.m.r
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