15 de jan. de 2010

Marina Silva - Plano de Governo

Aguardando envio.

Lula baixa tom e pede ao PSDB campanha de 'alto nível'

Presidente recua da declaração de que ''vale chutar do peito para cima''
 
Agencia Estado 

SÃO PAULO - Exatas 24 horas depois de anunciar para uma plateia de políticos, ministros e governadores que não adotará o estilo "Lulinha paz e amor" nas eleições presidenciais deste ano, como fez em 2002, e de apresentar a nova versão "capoeirista", afirmando que "vale chutar do peito para cima", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrependeu-se. Foi essa a síntese do recado que o próprio Lula fez chegar nesta quinta-feira, 14, à cúpula do PSDB, por intermédio do governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves. O presidente pediu a Aécio que transmitisse à direção partidária e ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), seu interesse na condução de uma campanha "de alto nível", que não venha a descambar para os ataques pessoais.

Lula agiu rápido para acalmar o PSDB. Aproveitou a presença do governador mineiro em Brasília na noite de quarta-feira, na solenidade em que o próprio presidente anunciou investimentos nos Estados que sediarão os jogos da Copa de 2014, e o chamou, discretamente, para uma conversa reservada no Palácio da Alvorada.

"Tranquilize a direção do PSDB. Faremos tudo para que seja uma campanha de alto nível", disse o presidente ao governador, de acordo com um dirigente tucano a quem Aécio relatou o encontro. "São dois candidatos do mais alto nível", prosseguiu Lula, para arrematar: "Seja com Dilma, seja com Serra, o País estará bem."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-baixa-tom-e-pede-ao-psdb-campanha-de-alto-nivel,496188,0.htm

TSE faz resolução para reprimir doações ocultas nas eleições

Terra

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgará nesta sexta-feira uma resolução para reprimir a realização das doações ocultas, mecanismo de financiamento eleitoral que não permite a identificação dos candidatos beneficiados. O texto determina que em ano eleitoral os partidos sejam obrigados a "discriminar a origem e a destinação dos recursos repassados a candidatos e comitês financeiros". As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O objetivo é impedir que os políticos recebam repasses de fontes vedadas, como concessionárias de serviços públicos e sindicatos, além de permitir que a sociedade saiba quem financiou os candidatos. A resolução ainda depende de aprovação do plenário do TSE e será submetida a audiências públicas nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4206619-EI7896,00-TSE+faz+resolucao+para+reprimir+doacoes+ocultas+nas+eleicoes.html

Depois do Rio, PV tenta resolver situação de SP

Partido tenta convencer o ex-deputado Fabio Feldmann a concorrer ao governo do Estado

Agência Estado

SÃO PAULO - Uma vez solucionado o impasse no Rio de Janeiro em torno da candidatura do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) ao governo do Estado, a senadora Marina Silva (PV-AC) sentou-se com seu time para discutir outro caso problemático, o de São Paulo. O PV tenta convencer o ex-deputado Fabio Feldmann a concorrer ao governo e tem o secretário municipal Eduardo Jorge como opção.

A negociação de Gabeira com o PSDB não tardou a atrair críticas do PSOL, que acena com apoio a Marina. Em carta, três membros da sigla, entre eles a deputada Luciana Genro (RS), disseram que o acordo tende a levar PV e PSOL a caminharem "para o encerramento das negociações".

Ontem, Marina passou por um check-up médico completo no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor-HCFMUSP), na capital paulista, em mais um preparativo para a eleição presidencial de outubro.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,depois-do-rio-pv-tenta-resolver-situacao-de-sp,496151,0.htm

Dilma põe o pé na estrada e quer colar sua imagem à de Lula nas viagens pelo país

Correio Braziliense - Leonardo Augusto

A cúpula nacional do PT não vai abrir mão de colocar a ministra Dilma Rousseff ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagens oficiais por todo o país, e a estratégia vai ser reforçada este ano. Depois das férias de fim de ano, Lula e Dilma põem o pé na estrada e retomam as viagens para lançar e inaugurar obras. Os dois embarcaram ontem para São Luís, no Maranhão, onde hoje lançam a pedra fundamental de uma refinaria da Petrobras, em Bacabeira, a 60km da capital maranhense. Ontem à noite, a dupla participou de um jantar oferecido pela governadora Roseana Sarney e seu pai, o senador José Sarney (PMDB-AP). Na semana que vem, Lula e a ministra vão a Minas Gerais.

O primeiro compromisso em Minas será na cidade de Jenipapo de Minas, no Vale do Jequitinhonha, para a inauguração da barragem de Setúbal, que terá a função de perenizar o rio de mesmo nome. A obra, orçada em R$ 188 milhões, está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A barragem foi projetada no fim dos anos 1980 durante o governo de Newton Cardoso. Depois de um ciclo de retomadas e paralisações, a obra foi reiniciada pelos governos federal, que liberou a maior parte dos recursos, e estadual. Segundo prefeito de Jenipapo de Minas, Marlio Geraldo Costa (PDT), a barragem vai ajudar a desenvolver projetos nos setores de psicultura e turismo.

Em seguida, Lula e Dilma vão a Juiz de Fora, na Zona da Mata. O presidente visita a primeira termelétrica da Petrobras movida a etanol. A agenda inclui ainda inauguração de duas unidades de pronto atendimento (UPAs) nos bairros Cidade Alta e Santa Luzia. A administração de cada UPA custa R$ 600 mil por mês. Por regulamentação nacional, 50% do valor é repassado pelo governo federal. Os 50% restantes são divididos em partes iguais pelo governo do estado e a prefeitura.

O número
R$ 188 milhões - Valor orçado da barragem de Setúbal, que está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e será visita obrigatória de Dilma em Minas Gerais

Voo solo em Minas
Mantendo a estratégia de colar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas viagens oficiais, a cúpula do PT pretende montar um cronograma específico de visitas para a pré-candidata, sozinha, em Minas Gerais, nos fins de semana, para contatos com a população e reuniões políticas. “O estado é o segundo colégio eleitoral do Brasil e foi onde o presidente Lula teve excelentes votações nas duas últimas eleições, portanto, exige atenção especial”, afirma um dos principais dirigentes nacionais da legenda, preocupado em não ver reduzido o volume de votos a candidatos petistas.

A estratégia vale até a desincompatibilização da ministra, prevista para abril. O PT nacional quer também não deixar brechas para que a oposição explore o fato de Dilma, apesar de ser mineira, ter passado a maior parte da vida no Rio Grande do Sul, apenas o quinto maior colégio eleitoral do país. A ministra viveu em Belo Horizonte até os 19 anos e ainda tem parte da família morando na capital mineira. Conforme o dirigente nacional da legenda, as primeiras visitas de fim de semana serão definidas na semana que vem, quando a maior parte dos integrantes da cúpula do PT retornam das férias.

Homenagens
A ministra também vai a Belo Horizonte, mas em datas ainda não definidas. O vereador Paulo Lamac (PT) entrou com proposição para concessão, pela Câmara Municipal, de diploma de honra ao mérito à ministra, título que, diante da estratégia já colocada em prática pelo PT, não resta dúvidas que será entregue em mãos. Na Assembleia, o deputado Durval Ângelo (PT) foi encarregado de conceder voto de congratulação à ministra, honraria que deverá ser feita pela comissão que preside, a de Direitos Humanos. A justificativa, não política, para os dois títulos são os recursos que o governo federal liberou para a capital e para o estado.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/15/politica,i=166644/DILMA+POE+O+PE+NA+ESTRADA+E+QUER+COLAR+SUA+IMAGEM+A+DE+LULA+NAS+VIAGENS+PELO+PAIS.shtml

Aproximação do PV com o DEM e o PSDB no Rio pode sepultar apoio do PSol à candidatura de Marina

Correio Braziliense - Izabelle Torres

A possibilidade de o PV dar o aval para a candidatura do deputado Fernando Gabeira ao governo do Rio de Janeiro com o apoio de partidos como o DEM e o PSDB despertou reações no PSol. A legenda presidida pela ex-senadora Heloísa Helena (AL) estava dando como certa a aliança com o PV e o apoio à candidatura verde de Marina Silva à Presidência da República. “Mas essa sinalização de uma aliança no Rio com a oposição de direita muda tudo. Entendemos que, se o Gabeira sair candidato com o apoio desses partidos, a Marina estará se posicionando alinhada com o José Serra. Não é isso que estamos buscando”, comenta o líder da legenda na Câmara, Ivan Valente (SP).

A mesma posição do paulista é defendida pela corrente Movimento de Esquerda Socialista, da qual faz parte a deputada Luciana Genro (RS). O grupo afirmou que a hipótese de alianças desenhada no Rio foge às diretrizes citadas pelo PV em resposta aos itens levantados pelo PSol em uma carta apresentada no fim do ano passado à direção da sigla verde. No documento, a legenda de Heloísa Helena afirmou que o primeiro requisito para criar condições de aliança seria o fato de a candidatura de Marina Silva representar a expressão de uma política independente, capaz de enfrentar a polarização conservadora entre PSDB e PT. Em resposta, segundo relato de integrantes do PSol, o PV se declarou de acordo com o critério e se disse favorável a candidaturas independentes em todos os estados. “O Rio é simbólico e essa possibilidade que envolve a candidatura de Gabeira em nada tem a ver com a carta que o PV nos enviou”, analisa Valente.

Em uma carta assinada pela deputada Luciana Genro e pelos dirigentes do PSol Martiniano Cavalcanti e Roberto Robaina, os integrantes da corrente dão o tom da insatisfação dentro do partido. “O princípio fundamental para que a aliança ao redor do nome de Marina fosse concretizada é a viabilização mínima de uma política independente dos dois blocos de poder do capital, um contraponto à polarização conservadora. Mas, se no terceiro colégio eleitoral do país o PV é abertamente instrumentalizado pelos tucanos na disputa, então a independência está sepultada. Tal aliança no Rio é o símbolo desse sepultamento. Consideramos uma clara derrota que Marina não se converta em candidata independente”, diz o texto.

O tema será discutido no próximo dia 21 em reunião da executiva do PSol. Até lá, integrantes da legenda pretendem conversar com membros do PV e analisar qual é a real tendência do partido no Rio de Janeiro. Se perceberem que a aliança com legendas da direita será concretizada, devem abandonar as negociações por uma aliança e insistir na candidatura da presidente nacional da sigla, Heloísa Helena, à sucessão no Palácio do Planalto. Uma possibilidade que não agrada à alagoana, que tem demonstrado interesse na disputa pelo Senado, onde sua vitória é tida como certa.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/15/politica,i=166639/APROXIMACAO+DO+PV+COM+O+DEM+E+O+PSDB+NO+RIO+PODE+SEPULTAR+APOIO+DO+PSOL+A+CANDIDATURA+DE+MARINA.shtml

Candidato não é chefe da oposição, diz Serra

Governador evita confronto direto com governo atual e indica que foco da campanha será 'o futuro'

Agência Estado


SÃO PAULO - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), só oficializará a candidatura presidencial em março, mas já adianta que o foco da campanha tucana não será o atual governo. "Candidato a presidente não é chefe da oposição", afirmou, delegando ao PSDB a tarefa de criticar o governo Lula e se guardando para o que considera o confronto real, com a candidata Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, mais adiante. A síntese é a de que o exercício da oposição é tarefa partidária. A sua é a de governar o Estado.

A mensagem alcança o Planalto porque o governador avalia que o presidente Lula antecipou o calendário eleitoral também para atraí-lo antes do tempo. Se caísse na cilada palaciana, facilitaria a estratégia de Lula de estabelecer uma campanha polarizada entre seu governo e o anterior, do PSDB. Nesse contexto, sem explicitar, Serra compartilha a tese do governador de Minas, Aécio Neves, que cunhou a expressão "pós-Lula", como referência tática para a campanha do partido. "Vou apontar as coisas para o futuro", afirmou.

Lula declarou reiteradas vezes que a campanha de 2010 será uma comparação entre seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso. O governador paulista não vai por aí. "Não vou ficar tomando conta do governo Lula", disse ele, depois de participar, no Itamaraty, de evento em que foram anunciados investimentos federais nos Estados que sediarão jogos da Copa de 2014.

As bancadas tucanas na Câmara e no Senado terão de se organizar para fazer uma oposição mais articulada e eficaz. Caberá aos deputados e senadores do PSDB, e não ao candidato presidencial do partido, acompanhar com lupa cada ato do governo Lula e liderar a oposição.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,candidato-nao-e-chefe-da-oposicao-diz-serra,496123,0.htm

14 de jan. de 2010

PSOL ameaça abandonar campanha de Marina Silva

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

SÃO PAULO - O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pode desembarcar da campanha da senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República, antes mesmo de fechar um acordo definitivo com o Partido Verde. Em documento divulgado hoje, três dirigentes da legenda repudiaram um eventual acordo entre o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) com o PSDB e o DEM para concorrer ao governo do Rio de Janeiro.

"Infelizmente, apesar de nossos reais e sinceros esforços, está ficando claro que não teremos uma base programática capaz de unir nossas forças nestas eleições", diz o documento, assinado pelo presidente do diretório do PSOL no Rio Grande do Sul, Roberto Robaina, a deputada federal Luciana Genro (RS) e o dirigente do partido em Goiás, Martiniano Cavalcanti. O texto diz ainda que se houver acordo do PV do Rio com o PSDB e o DEM, "estaremos de fato caminhando para o encerramento das negociações entre o PSOL e o PV."

Roberto Robaina disse à Agência Estado que essa ainda não é a posição oficial do partido, mas que poderá ser o caminho adotado na reunião da executiva nacional, marcada para o dia 21 de janeiro. "Não vou antecipar uma posição, mas a executiva deve concordar com nosso argumento." Segundo ele, a presidente nacional do PSOL, a ex-senadora e atual vereadora de Maceió, Heloísa Helena, foi comunicada da posição dos dirigentes. "Ela saberá conduzir a questão."

No documento, os dirigentes do PSOL afirmam que um eventual acordo no Rio acaba com qualquer desejo de independência da candidatura Marina Silva. "Se no terceiro colégio eleitoral do país o PV é abertamente instrumentalizado pelos tucanos na disputa, então a independência está sepultada".

Robaina lembra que quando iniciou conversações com o PV, uma das condições do PSOL era que a candidatura de Marina Silva não tomasse PT, PMDB, PSDB e DEM como aliados.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psol-ameaca-abandonar-campanha-de-marina-silva,495871,0.htm

Líderes do PSOL condicionam apoio ao PV à desistência de aliança com PSDB no Rio

DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online

O PSOL está prestes de desistir do apoio a candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência, segundo líderes do partido. A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) e mais dois integrantes da Executiva Nacional divulgaram manifesto nesta quinta-feira no qual condicionam o apoio à desistência do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) da candidatura ao governo do Rio de Janeiro ao lado PSDB.

"Quando iniciamos a discussão para a aliança [com Marina], um dos pressupostos era uma candidatura independente das forças políticas", afirmou Luciana. Segundo ela, essa independência deve refletir nos palanques estaduais.

A movimentação contra a aliança, que inclui os dirigentes partidários Martiniano Cavalcanti e Roberto Robaina, começou depois que a Folha publicou ontem que Gabeira admitiu a possibilidade de entrar na disputa estadual em coligação com o PSDB. Apontado como o candidato ideal do governador José Serra (PSDB), Gabeira tem aval de Marina Silva.

Segundo Luciana, se PSOL desistir da aliança, a vereadora Heloisa Helena (AL) sairá, mesmo assim, candidata ao Senado. "A Heloisa Helena está ciente da nossa movimentação, isso não muda na decisão dela de ser candidata ao Senado. A pressão em Alagoas está forte", diz a deputada, que classifica como desmoralização para o partido a aliança de Gabeira com os tucanos. Para Luciana, o partido deve sair com um candidato, mas esse nome precisa ser ainda "construído".

A reportagem ligou para Heloísa Helena na tarde desta quinta-feira, mas ela não atendeu as chamadas.

Em dezembro, Luciana apoiou Heloisa Helena na votação interna no PSOL para que se prosseguissem as negociações em torno do eventual apoio a Marina. O grupo venceu a votação na direção do PSOL por 41 a 19. "Fomos os maiores defensores da aliança", afirma a deputada.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u679393.shtml

Garcia: 'PSDB não é partido de direita, é da direita'

LUCIANA NUNES LEAL - Agencia Estado

RIO - As declarações do senador tucano Sérgio Guerra (PE) de que o PSDB está à esquerda do PT foram tratadas com ironia pelo coordenador do programa de governo petista na sucessão presidencial, o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "Tive uma crise de identidade", brincou Garcia nesta manhã. "O PSDB não é um partido de direita, é um partido da direita", definiu. Garcia disse que há pessoas de esquerda no PSDB e que admira "alguns artigos" do economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira.

Presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra comparou a posição de seu partido em relação ao PT em entrevista à revista ''Veja'' desta semana. O senador revelou que, se a oposição chegar ao poder, haverá mudança na política econômica e que a ação será rápida e objetiva. Na entrevista, Guerra afirmou que o PT "já foi" de esquerda e se transformou "num partido populista".
Garcia disse que "dá até vontade de rir" ver o presidente do PSDB falar em redução da taxa de juros. Em relação ao câmbio, questionou: "A política cambial que ele (Guerra) defende vai ser diferente do Fernando Henrique Cardoso em oito anos de governo? O câmbio para nós não é âncora, está ligado ao câmbio flutuante. No governo Fernando Henrique, a desvalorização do real era um princípio fundamental."

O assessor internacional da Presidência destacou a prioridade do governo Lula para os programas sociais. "A grande verdade é que em nenhum momento do governo Lula foram sacrificadas políticas sociais em nome da estabilidade. Nas últimas eleições, Sérgio Guerra e seu partido se queixavam que o salário mínimo tinha subido demais. Sérgio Guerra deveria cuidar da reeleição dele, que está muito difícil", reagiu Garcia.

Programa de governo

As diretrizes do programa de governo da candidata do PT à Presidência da República, ministra Dilma Rousseff, serão reunidas, segundo Garcia, "em um documento enxuto" que terá entre 10 e 12 páginas e será levado ao congresso nacional do partido, a ser realizado em fevereiro, em Brasília. "Vai ser um programa apontando para o futuro, mas ressaltando as bases passadas em que ele se assenta. Agora dá para voltar a se falar em um projeto nacional de desenvolvimento", resumiu o coordenador do programa petista.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,garcia-psdb-nao-e-partido-de-direita-e-da-direita,495794,0.htm

Preterido, Garotinho sinaliza apoio a Serra no Rio

ALFREDO JUNQUEIRA - Agencia Estado

RIO - O governador de São Paulo e pré-candidato à presidência da República, José Serra (PSDB), pode ganhar mais um palanque forte no Rio de Janeiro - terceiro maior colegiado do país. Depois do anúncio da volta do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) à disputa pelo governo do Estado, hoje foi a vez do ex-governador e também pré-candidato ao Palácio Guanabara Anthony Garotinho (PR) anunciar que pode apoiar o tucano.

Garotinho está furioso com as seguidas manifestações de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à campanha de reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). Segundo ele, se não houver uma postura neutra por parte do presidente e de sua pré-candidata a sua sucessão, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ele poderá reavaliar toda a sua estratégia de alianças.

"Minha prioridade é apoiar a Dilma. Se nem ela e nem o Lula se mantiverem neutros, se não houver reciprocidades, posso tomar duas posições. A primeira é também ficar neutro. A segunda é embarcar na candidatura do Serra. Mas isso só vai ocorrer se o PSDB e o DEM locais resolvam me apoiar e me dar seus tempos de televisão", disse o ex-governador, que vem aparecendo em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, sempre a cerca de 10 a 15 pontos porcentuais atrás de Cabral.

Garotinho explicou que esteve com o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), depois que ele desistiu de sua pré-candidatura ao governo em favor de Cabral. O petista teria lhe explicado que sua renúncia à disputa ocorreu por pedido pessoal do presidente. Ainda de acordo com Garotinho, Lindberg lhe informou que Lula vai fazer campanha aberta para o peemedebista.

Pré-candidato ao senado pela coligação que deve apoiar Gabeira, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) disse que apenas José Serra poderia avaliar a possibilidade do apoio de Garotinho. "O DEM acredita firmemente na candidatura do Gabeira", disse o ex-prefeito, via e-mail. O presidente do PSDB no Rio, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, fez coro: "O PSDB está a caminho de fazer uma aliança quádrupla com o PV, DEM e PPS, com o Gabeira governador. Não tem outro caminho". Berzoini e Lindberg não responderam as ligações.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,preterido-garotinho-sinaliza-apoio-a-serra-no-rio,495839,0.htm

Marina aprova Gabeira, mas alerta para impasse

Senadora afirma que decisão final ficará apenas para fevereiro: 'A questão é que não tenha ambiguidade'

GABEIRA: PARTIDO vai debater sobre impasse
MARINA SILVA: prioridade é projeto nacional do PV

O GLOBO - Cássio Bruno

A senadora e pré-candidata à Presidência Marina Silva (PV-AC) disse ontem ser favorável à intenção do deputado federal Fernando Gabeira de disputar o governo do Rio. Mas, segundo ela, o partido ainda precisa discutir o fato de Gabeira ter dois palanques no estado - o dela e o do governador de São Paulo, José Serra (PSDB) - já que o deputado deverá disputar a sucessão fluminense pela coligação PSDB/DEM/PPS/PV.

- Todos (os integrantes do PV) são favoráveis à candidatura de Gabeira. Agora, caberá debater como vamos viabilizar isso. A questão prioritária é que não tenha uma ambiguidade para não entrar em contradição com o projeto nacional do partido. Só vamos decidir depois do carnaval - afirmou a senadora.

Cesar Maia discute com Serra palanque do Rio

Marina lembrou que foi o próprio Gabeira quem decidiu, inicialmente, retirar a pré-candidatura ao governo do Rio, justamente para evitar subir nos dois palanques durante o primeiro turno das eleições de outubro:

- Era uma tese que já estava pronta. O Gabeira tinha uma coligação (partidária) em curso. E o partido está avaliando. O Gabeira é a liderança mais forte que temos. É a nossa maior estrela. Tem um impacto político.
O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, sinalizou que o acordo com o PV caminha bem:
- O assunto está avançando com o PV.
Ontem, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), pré-candidato ao Senado, conversou com o governador José Serra. Por e-mail, Cesar explicou que, na opinião do tucano, Gabeira conseguirá resolver o impasse dos palanques com dirigentes do PV:
- Foi (uma conversa) pelo telefone e sobre o positivo da decisão (da pré-candidatura) do Gabeira. O Serra acha que a experiência dele resolverá tudo.
O chefe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Luiz Fernando Santa Brígida, confirmou que a lei eleitoral permite a candidatos fazerem campanha em dois ou mais palanques:
- A verticalização acabou. Formalmente, não há problemas. O que pode acontecer é o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) baixar uma resolução antes das eleições, determinando o contrário.

Gabeira vai tirar votos de Cabral, avalia Garotinho
Gabeira disse que, a partir de agora, discutirá alternativas para resolver o impasse no PV:

- Queremos saber (com integrantes do partido) quais são as demandas e de que forma poderemos encontrar uma solução para o caso.
Uma das soluções apontadas pela coligação que apoia Gabeira é que o deputado dê o palanque para Marina no primeiro turno e a Serra, no segundo. O deputado é contra:
- Daria a entender que o segundo turno já estaria decidido - descartou Gabeira.
Apesar de insistir em dizer que não é pré-candidato ao governo, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) comemorou a intenção de Gabeira de voltar à disputa. Antigos aliados, Garotinho e Cabral são da base aliada da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à Presidência.
- Eu acho ótimo. Quanto mais candidatos melhor. O Gabeira tiraria votos do Cabral na Região Metropolitana - avaliou Garotinho.

Procurado, Cabral não quis falar sobre eleições.

https://seguro2.oglobo.com.br/cadastro/default.asp?pagfim=http%3A%2F%2Fwww%2Eoglobo%2Ecom%2Ebr%2Fpais%2Fmat%2F2010%2F01%2F13%2Fmarina%2Daprova%2Dcandidatura%2Dde%2Dgabeira%2Dno%2Drio%2Dmas%2Dalerta%2Dpara%2Dimpasse%2D915523046%2Easp

Tucanos divididos entre Serra e Dilma

O GLOBO - Odilon Rios

MACEIÓ. Sem a verticalização, o PSDB de Alagoas aposta em uma aliança branca para abrir as portas do governo Teotonio Vilela Filho (PSDB) e receber partidos da base da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os tucanos pedem votos para o governador de São Paulo e presidenciável José Serra (PSDB), mas, no palanque, a ordem é aceitar dividir espaço com os pró-Dilma. Tudo para reeleger o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Alagoas foi o único estado em que Serra foi o primeiro colocado na disputa presidencial de 2002.

- Digamos que na aliança tenha algum partido que vai votar na candidata do atual presidente, então ele vai lá para o palanque do presidente Lula. Ninguém será enquadrado - disse o ouvidor-geral do Estado, Claudionor Araújo, um dos articuladores da campanha de Vilela, fiel seguidor da cartilha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A dependência alagoana em relação aos cofres federais pode ajudar a explicar a flexibilidade dos tucanos. Há duas semanas, foram aprovados dois empréstimos, cujo avalista é o governo federal, que virão do Banco Mundial e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), no valor de R$500 milhões. O argumento do governo do estado é que os empréstimos ajudam a oxigenar a máquina pública, para ela arrecadar mais.

A dificuldade do PSDB alagoano é se coligar com o PMDB, do líder do partido no Senado, Renan Calheiros. Por ordem de Renan, a legenda deixou o governo Vilela em 2007, depois que o chefe do Executivo demitiu pemedebistas indiciados pela Polícia Federal na Operação Navalha, fraude envolvendo a construtora Gautama, do empresário Zuleido Veras.

Mas o vice-governador, José Wanderley Neto, é do PMDB, e não vai votar em nenhum dos apoios do PT no estado.

- Meu voto é do governador para a reeleição - disse o vice-governador.
- Não teremos dificuldade com isso, porque faz parte da democracia. Pode haver aliança branca como já houve em outras eleições - explicou Claudionor Araújo.

https://seguro2.oglobo.com.br/cadastro/default.asp?pagfim=http%3A%2F%2Fwww%2Eoglobo%2Ecom%2Ebr%2Fpais%2Fmat%2F2010%2F01%2F13%2Ftucanos%2Dde%2Dalagoas%2Ddivididos%2Dentre%2Dserra%2Ddilma%2D915523066%2Easp

Dilma planeja visitas a BH para conquistar popularidade em Minas

Correio Braziliense - Leonardo Augusto

O PT começou a construir um dos principais pilares da campanha para eleição da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido está buscando meios de manter a ministra por mais tempo possível em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. Dois motivos para visitas de Dilma já estão acertados. A entrega de diploma de honra ao mérito pela Câmara de Vereadores de Belo Horizonte e de homenagem por comissão da Assembleia Legislativa. Um terceiro está sendo montado. Um encontro de jovens organizado pelos deputados federais Reginaldo Lopes, também presidente estadual do PT, e Miguel Corrêa Júnior.

A estratégia vale para o período anterior à desincompatibilização da ministra, em abril. No período, a estratégia para tentar conduzir Dilma ao Palácio do Planalto envolve ainda “colar” a ministra ao presidente Lula, principalmente na inauguração de obras, afirma o deputado Miguel Corrêa.

Conforme o parlamentar, a estratégia é tornar Dilma mais popular em Minas. A ministra nasceu em Belo Horizonte, mas vive desde os 19 anos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o quinto estado brasileiro em contingente eleitoral. O deputado, ligado ao ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, que já trabalha como uma espécie de pré-coordenador da campanha da ministra, não perde tempo em tentar “remineirizar” Dilma. “Já encontrei com a ministra caminhando na Lagoa da Pampulha. A mãe dela e o irmão moram aqui”, argumenta.

O responsável pela proposição para concessão de diploma de honra ao mérito na Câmara de Vereadores foi o líder do prefeito Márcio Lacerda (PSB) na Casa, Paulo Lamac (PT). A proposta foi protocolada quarta-feira e não precisa de votação em plenário. Para ser aprovada, basta o apoio da maioria dos integrantes do colégio de líderes.

A cerca de nove meses das eleições, o parlamentar não fez menção a fatos políticos para justificar a concessão do título e citou apenas contribuições que, conforme diz, a ministra deu para investimentos na cidade. “Dilma foi importante especialmente na questão da liberação de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em obras como a duplicação da Avenida Antônio Carlos, que na fase inicial contou com recursos federais, e no projeto Vila Viva no Aglomerado da Serra”, afirmou.

Na Assembleia, o responsável pela apresentação de proposta para homenagem à ministra é Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa. O deputado não foi localizado pela reportagem. Nenhum assessor do parlamentar foi encontrado em seu gabinete por volta das 17h de quarta-feira. A homenagem deverá ser um voto de congratulações, que pode ser apresentado na própria comissão.

Conforme o deputado Miguel Corrêa, a segunda etapa da estratégia que vem sendo montada pelos petistas, a se aplicada depois da saída da ministra do governo federal, ainda não tem pontos definidos. A única certeza é que, por força da legislação eleitoral, a ministra terá que ficar mais distante do presidente Lula.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/14/politica,i=166400/DILMA+PLANEJA+VISITAS+A+BH+PARA+CONQUISTAR+POPULARIDADE+EM+MINAS.shtml

PSDB ainda não definiu qual discurso usar para combater a candidatura de Dilma

Correio Braziliense -  Josué Nogueira

Partido que pretende tomar o poder do PT, o PSDB segue à procura de um discurso de oposição. Presidente nacional da legenda, o senador Sérgio Guerra (PE) tem repetido que o partido não vai disputar a eleição com o presidente Lula e, sim, com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Frisa reiteradamente que "Lula não é candidato", evidenciando que o confronto direto com o presidente será evitado.

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, costuma endossar a tese. Quando seu nome ainda era cotado para a corrida ao Palácio do Planalto, ele afirmou, em visita ao Recife, em agosto, que o que interessava em 2010 era a discussão do pós-Lula. Sem meias palavras, reconheceu que tecer críticas à bem avaliada gestão do petista é um tiro no pé.

Agora, a menos de dez meses da eleição e a pouco dias da confirmação da pré-candidatura do governador de São Paulo, José Serra, à presidência, o PSDB continua entre indeciso ou temeroso no que diz respeito a argumentos para combater a candidatura petista. Já há quem acredite que a preocupação dos tucanos em não atacar Lula pode confundir o eleitor e facilitar as coisas para Dilma.

Numa avaliação pragmática, a cautela que deixa os tucanos sem discurso decorre, principalmente, da impossibilidade de formular críticas contra aquilo que eles sempre defenderam. Explica-se: ao perder o poder, os tucanos viram o PT deixar de lado ideais difundidos na campanha e apoderar-se dos programas sociais e da política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, antecessor de Lula. Em outras palavras, assistiram o PT dar prosseguimento a iniciativas exitosas, tirar a paternidade de projetos seus e deixá-los sem bandeiras.

Filiado ao PSDB e presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco, o cientista político e professor André Régis atesta que a continuidade de projetos tucanos pelo atual governo inviabiliza um discurso construído a partir de possíveis erros na economia ou na área social. Lembra que o Bolsa Família surgiu da junção dos programas Bolsa Escola, Vale Gás e Vale Alimentação, de FHC, e destaca que na economia o único senão refere-se à dosagem das taxas de juros.

Ética

Já a questão ética, que poderia ser levada ao palanque tucano, é condenada por Régis. Ele entende que o tema não tem aderência nas ruas. "O eleitor não gosta de quem assume essa postura de que 'comigo será diferente'. Eleitoralmente isso não garantiu sucesso a ninguém".

Diante disso, adianta ele, o partido deve centrar fogo na biografia de bom gestor de José Serra. E só. Nem mesmo um contraponto com a inexperiência administrativa de Dilma e o fato de ela jamais ter sido testada nas urnas deve ser feito. "Vamos mostrar o candidato como o mais preparado para dirigir o país", ressalta, acrescentando, todavia, que a pré-candidata petista tem uma biografia estreita. "Ela não é unanimidade nem mesmo no PT. Por si só, não vai avançar. O eleitor não acredita nos números inflados apresentados por ela para defender ações do governo".

Por outro lado, complementa Régis,é importante salientar que o governador paulista foi quem mais ganhou musculatura política no país no período em que Lula esteve à frente do governo federal. "Serra já provou que é bom gestor. Em áreas onde o governo Lula decepciona, como saúde e segurança, temos o que mostrar em São Paulo".

Dilma e seus pontos vulneráveis
- Aposta pessoal de Lula pela impossibilidade de lançar nomes de peso que foram chamuscados pelo mensalão
- Nunca foi testada nas urnas
- Pesou negativamete o episódio em que seu currículo constava mestrado e doutourado não cursados
- O apagão de novembro de 2009 foi apontado pela oposição como resultado da pane administrativa do tempo em que ela foi ministra de Minas e Energia
- Como o decreto para criação do Programa Nacional de Direitos Humanos passou pela Casa Civil, ficou no ar a participação da ministra na formulação de medidas polêmicas

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/14/politica,i=166396/PSDB+AINDA+NAO+DEFINIU+QUAL+DISCURSO+USAR+PARA+COMBATER+A+CANDIDATURA+DE+DILMA.shtml

PV tenta montar estruturas regionais de campanha no Rio, em Minas e em São Paulo

Correio Braziliense - Daniela Lima

Na tentativa de fortalecer a campanha da senadora Marina Silva à Presidência da República nas próximas eleições, o PV trabalha para consolidar palanques nos três maiores colégios eleitorais do país. A pressão sobre nomes fortes dentro do partido é grande e tem surtido efeito. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), por exemplo, já admite ser candidato ao governo do Rio(1) de Janeiro pela legenda. Em São Paulo, o ex-parlamentar Fábio Feldman deve assumir a disputa pelo comando do Executivo local. Para escolher um representante em Minas Gerias, o partido ainda patina entre dois nomes: José Fernando, que não deve tentar a reeleição na Câmara dos Deputados, e o ex-secretário de Meio Ambiente de Belo Horizonte Ronaldo Vasconcelos.

O eleitorado mineiro recebe bem os políticos verdes. No estado, o partido conta com quatro deputados federais e sete estaduais. “É inadmissível que não tenhamos um candidato lá”, ressaltou o coordenador nacional da campanha, Marco Mroz. Em pelo menos outros três estados os palanques verdes já estão montados. Na Bahia, o partido contará com o deputado federal Luiz Bassuma. No Paraná, o nome da legenda será Nelton Friedrich, diretor da Itaipu Binacional e, em Pernambuco, Sérgio Xavier, presidente estadual da sigla.

Para fechar as costuras, as executivas regionais do PV estão conversando com outras siglas. A sinalização de apoio do PSDB, por exemplo, foi definitiva para alavancar a vontade de Gabeira de encarar a campanha no estado do Rio. “As conversas estão muito adiantadas e estão sendo conduzidas pelo PSDB carioca. Quem vai apresentar a melhor política para o Rio somos nós”, destacou o presidente dos tucanos, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

Tempo
Com o apoio do tucanato no Rio, Gabeira terá mais tempo de programa eleitoral, contando com partidos como o DEM e o PPS. A candidatura do deputado verde servirá tanto a Marina quanto ao pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra. Com a entrada de Gabeira no cenário eleitoral, ele faz frente à campanha do governador Sérgio Cabral à reeleição. Os presidenciáveis, no entanto, parecem não se importar em dividir um palanque no Rio. Serra quer o apoio no estado no segundo turno. Marina precisará dele já no primeiro embate eleitoral.

No próximo dia 19, a Executiva Nacional do PV deve anunciar novos nomes para os palanques estaduais. Enquanto isso, a coordenação da campanha de Marina coordena reuniões para tratar de questões práticas e burocráticas da campanha. Desde o início da semana, a senadora está em São Paulo. Ela trabalha para fechar o programa partidário que vai ao ar no próximo dia 4.

O projeto conta com a consultoria, gratuita, do cineasta Fernando Meirelles. O foco do programa será a apresentação da proposta de “ um novo modelo de fazer política”. “Temos pesquisas que mostram que 64% da população não quer votar nem em Dilma nem em Serra. E que entre 55% e 58% do eleitorado não conhece a Marina. Temos um campo enorme para explorar”, acredita Marco Mroz.

1 - Estratégias
Em uma reunião a portas fechadas ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu com o prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Lindberg Farias (PT), a estratégia para garantir a candidatura dele ao Senado nas eleições de outubro. Segundo petistas, no encontro, ficou definido que o principal argumento para forçar o diretório do Rio de Janeiro a referendar o nome de Lindberg na disputa é de que ele tem mais condições políticas para enfrentar os adversários do que a ex-governadora Benedita da Silva (PT).

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/14/politica,i=166385/PV+TENTA+MONTAR+ESTRUTURAS+REGIONAIS+DE+CAMPANHA+NO+RIO+EM+MINAS+E+EM+SAO+PAULO.shtml

Dilma permanecerá colada em Lula enquanto estiver na Esplanada

É o que petistas chamam de "fase da transferência" dos votos do presidente para a ministra

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

Num primeiro encontro de cúpula para tratar da pré-campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República, os petistas decidiram que ela permanecerá “colada” ao presidente Lula em inaugurações de obras, lançamentos de projetos e programas e só sai do governo no último dia do prazo previsto na legislação eleitoral, 3 de abril. É a chamada “fase da transferência”, onde o PT tentará arrebanhar o que puder da popularidade presidencial para a sua candidata.

Depois, no período que os comandantes petistas chamam de “lusco-fusco” — de abril até as convenções que lançam oficialmente os candidatos e funcionam como uma largada do tempo regulamentar de campanha —, Dilma percorrerá o país atendendo a convites que lhe chegam diariamente para palestras em escolas, centros de estudos, empresários e partidos aliados. E tudo será feito com um foco em São Paulo, estado que hoje mais preocupa os petistas por ser a terra do candidato do PSDB José Serra, e onde estão concentrados 25% dos eleitores.

A reunião foi na casa da ministra, na noite de terça-feira, onde estiveram Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula; Franklin Martins, ministro da Comunicação; o publicitário João Santana, marqueteiro já escolhido para a campanha; Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte; José Eduardo Dutra, presidente eleito do PT; e o deputado Antonio Palocci.

A avaliação geral do grupo é que Dilma se saiu muito bem desde que teve seu nome sob os holofotes. No início de 2009, ela apresentava 4% nas pesquisas de opinião e, agora, chega ao ano eleitoral no patamar de 20%. Mas, apesar da popularidade de Lula e dos bons ventos da economia, não dá para apostar que tudo serão flores. Por isso, é chegada a hora de chamar alguns personagens para conversas mais definitivas no que se refere a palanques, especialmente em São Paulo. E lá o PT, embora conte com nomes conhecidos, não tem ninguém forte o suficiente para tirar o favoritismo do PSDB no estado.

No que se refere a São Paulo, o grupo reunido na casa da ministra “jogou a toalha” quando alguém mencionou a candidatura de Ciro Gomes ao governo paulista. A impressão dos presentes foi a de que Ciro até agora não moveu uma palha por esse projeto e nem moverá. Por isso, assim que Ciro voltar a Brasília, vão chamar o deputado e a cúpula do PSB para uma conversa olho no olho. O PT quer saber, por exemplo, como Ciro manterá uma candidatura presidencial, já que foi ultrapassado por Dilma nas pesquisas. E, de uma forma muito educada, para não melindrar o aliado, dirão que o PSB precisará escolher um caminho: ou elege um grupo de governadores com o apoio do PT ou busca um projeto presidencial.

Outro estado que Dilma passará a visitar com frequência é Minas Gerais. Lá, os petistas estão organizando homenagens à ministra e um encontro com jovens. A idéia é aproveitar a decepção mineira com a saída de Aécio Neves da disputa presidencial e mostrar as raízes de Dilma no estado onde nasceu.

A ministra intensificará essas viagens depois do congresso do PT, 18 de fevereiro, em Brasília, quando fará o discurso com as linhas gerais da campanha. Ela ficou de rascunhar o texto para levar à próxima reunião. Há dois dias, na solenidade de lançamento do Minha Casa Minha Vida para cidades com 50 mil habitantes, Dilma falou diversas vezes na necessidade de continuar o governo Lula (1)e a expressão “sabemos como fazer”.

1 - Descaso
Na frente do presidente do Senado, José Sarney, Lula disse que o desabamento de casas provocado pelas chuvas foi fruto do descaso com que se tratou da habitação nos últimos 25 anos. “Se tivessem tratado da habitação de forma sistemática, essas tragédias poderiam ser evitadas”, afirmou ela.

» Análise da notícia
Como videogame

O PT já montou as etapas da campanha de Dilma Rousseff como um experiente jogador de videogame. A primeira fase geralmente é aquela mais fácil, com poucos desafios. Basta seguir Lula e deixar que o eleitor faça a associação. Esse período, avaliam, será tranquilo, desde que o partido não tropece na confecção das alianças e não deixe o PMDB escorrer pelos dedos. Hoje, a impressão geral é a de que não há justificativa plausível para afastar Michel Temer da condição de vice na chapa presidencial e a ordem é evitar que alguns, mais afoitos, cobrem essa mudança.

A segunda fase, quando Dilma estiver fora do governo, os obstáculos serão maiores, uma vez que ela já não será a grande gestora das obras governamentais e a campanha só começa na TV em agosto. E não é assim uma especialista em futebol para reunir os amigos para ver os jogos da Copa do Mundo. Pode soar falso. Depois vem o último obstáculo: o mais difícil, que é assegurar ao eleitor que ela tem jogo de cintura para tocar o dia a dia do governo. Aí, será com ela, a TV e o eleitor. (DR)

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/14/politica,i=166367/DILMA+PERMANECERA+COLADA+EM+LULA+ENQUANTO+ESTIVER+NA+ESPLANADA.shtml

Aliança PSDB-PV por Gabeira no RJ esbarra em "série de nós"

CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

Apesar da aprovação da pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva (AC), e da torcida do governador de São Paulo, José Serra, o PSDB tem ainda que desatar um emaranhado de nós para a consolidação do palanque de Fernando Gabeira (PV) ao governo do Rio.

A avaliação é do próprio Gabeira: "Há uma série de nós pelo caminho", admitiu. Além de uma delicada engenharia para acomodação de Serra e Marina num só palanque, um dos imbróglios está na difícil relação entre o presidente estadual do PV, Alfredo Sirkis, e o ex-prefeito e candidato ao Senado, Cesar Maia (DEM).

"O PV não tem como apoiar a candidatura de Cesar Maia", avisa Sirkis, defendendo que cada um dos partidos da coligação --PSDB, DEM, PPS e PV-- lance candidato ao Senado.

Maia diz desconhecer por que Sirkis --seu "secretário por dez anos"-- impõe restrições. "Mas é natural que no inicio de negociações os partidos se posicionem em seus limites para avançar", afirmou Maia, que, na terça, conversou com Serra pelo telefone. "Estávamos ambos satisfeitos pela decisão dele [Gabeira]", relatou.

Outro foco de discórdia será a edição de chapa de deputados. O PV resiste à coligação. Mas o PSDB alega que os verdes seriam únicos beneficiários do tempo concedido a Gabeira. "Vamos usar nosso tempo para repetir "vote em Gabeira, 43". Então, o PV se coligar obedece à lógica justa e racional", disse o tucano Otávio Leite.

Assunto da conversa entre Maia e Serra, outro desafio da coligação é convencer Denise Frossard (PPS) a assumir papel ativo na campanha.

Lembrando a eleição do ex-governador Jorge Vianna (PT) --eleito no Acre graças à aliança entre PT e PSDB-- a pré-candidata do PV à Presidência disse que a candidatura de Gabeira é uma das principais apostas do PV, mas alertou para a necessidade de não se fragilizar um projeto nacional.

"É uma construção delicada. É possível fazer um arranjo em que haja autonomia?", perguntou Marina.
Para verdes, PSDB e PV terão de sentar agora para fixar critérios de distribuição de tempo e de material de campanha. Para tucanos, o ideal seria postergar o debate para depois da oficialização da aliança.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u679100.shtml

Para evitar crise, Dilma deve se concentrar em campanha

Terra

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve se concentrar nos preparativos para as eleições de 2010, nas deve ser a provável candidata do PT à presidência, para evitar as polêmicas geradas pelo Programa Nacional de Direitos Humanos. A decisão foi tomada após reunião do Palácio do Planalto com a cúpula de seu partido na noite dessa quarta-feira, segundo afirma o jornal Estado de S. Paulo desta quinta-feira.

Essa foi a primeira reunião do ano na qual participou o núcleo estratégico da campanha do PT. Dilma deve se concentrar em viagens e negociações com possíveis aliados. Para os petistas, a polêmica tem prazo de validade e deve diminuir com a mediação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4204142-EI7896,00-Para+evitar+crise+Dilma+deve+se+concentrar+em+campanha.html

13 de jan. de 2010

Aécio intensifica apoio a vice com inaugurações em Minas

BRENO COSTA
da Agência Folha, em Belo Horizonte

No dia seguinte a um almoço em São Paulo com a cúpula tucana, o governador Aécio Neves deu a mais explícita amostra até agora de que sua prioridade é fazer do vice, Antonio Anastasia (PSDB), seu sucessor em Minas Gerais -apesar do sonho da legenda de uma chapa puro-sangue com ele como vice do governador José Serra (SP).

"Os companheiros do PSDB sabem que esse tipo de pressão comigo não funciona. Apresentei uma proposta, o partido optou por um outro caminho e eu respeito. Agora, a minha dedicação integral é mergulhar nas questões de Minas", disse.

Em discurso para cerca de 200 pessoas, em Belo Horizonte, Aécio vinculou o vice Anastasia à continuidade de seu governo. "No que depender de mim, não só até o fim de 2010, mas pelos próximos anos."

"Eu terei uma tranquilidade de poder deixar, a partir do final de março, o governo de Minas Gerais nas mãos honradas, limpas e competentes do vice-governador, professor Antonio Anastasia", disse, ao lado do vice. Disse, ainda, que caberá a Anastasia dar "continuidade" ao seu "modo de governar".

Questionado, Anastasia, que tem cerca de 10% das intenções de voto, disse que fica "muito satisfeito" com a menção, mas que "isso ainda não significa movimento de natureza eleitoral ou política".

Após a cerimônia de inauguração de uma unidade de prestação de serviços, o governador reafirmou que sua "prioridade" é Minas e anunciou que vai viajar pelo interior do Estado com Anastasia a partir da próxima semana para inaugurar e vistoriar obras --estratégia iniciada em 19 de dezembro, dois dias depois de afirmar que desistiu da pré-candidatura tucana à Presidência.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u678516.shtml

Grupo quer Dilma na polêmica sobre Direitos Humanos

Participação da ministra visaria amenizar os radicalismos e produzir avanços em relação ao texto anterior

Agencia Estado

SÃO PAULO - Uma corrente do governo próxima ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a ideia de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, se exponha mais no debate em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos, com o propósito de amenizar os radicalismos e produzir avanços nesse campo em relação aos textos do governo anterior.

Esse grupo, que conta com assessores presidenciais e ministros do governo, acha que o texto produzido no Ministério da Justiça encampa em alguns pontos o ideário ultrapassado, mas o conjunto da obra poderá ser aproveitado por Dilma até com dividendos políticos. Eles avaliam que o programa, embora tenha "pecado pela abrangência" ao encampar assuntos distantes do debate sobre direitos humanos, trata de pendências históricas importantes, como a Comissão da Verdade.

Nesse contexto, o entendimento é que os participantes da resistência nos anos do regime militar já "pagaram um preço" por suas atividades no período, como a clandestinidade, a prisão e até tortura - caso da própria ministra. "É normal que candidato seja cobrado por tudo", disse um auxiliar de Lula. "É preciso perguntar para a Dilma sobre o que ela acha do programa."

Na avaliação desses assessores, a crise dos direitos humanos é um bom começo para o debate eleitoral. "Todos eles, Dilma, Serra e Marina Silva, vão ser a favor da Comissão da Verdade, uma ideia que sairá mais fortalecida da crise", afirmou o auxiliar de Lula.

A tese avança até um cenário em que os integrantes do governo que participaram da resistência armada prestem testemunho à Comissão da Verdade, sem revanchismo e apenas com uma preocupação de revelar a história para as novas gerações.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,grupo-quer-dilma-na-polemica-sobre-direitos-humanos,494862,0.htm

Lula diz estar preparado para os ataques da oposição na campanha

Valor Econômico - Paulo de Tarso Lyra, de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ontem, durante cerimônia de anúncio da liberação de R$ 3 bilhões em recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida para cidades com menos de 50 mil habitantes, que está preparado para os ataques da oposição por conta do ano eleitoral. Ao lado de sua candidata e principal gestora do programa, a chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, o presidente disse que sabe que esse ano será quente. "Como meus adversários são mais letrados do que eu, eu esperava um discurso de alto nível, programático. Mas como eles não têm programa, vão dar chutes do peito para cima. O que eles não sabem é que eu sou capoeirista", afirmou o presidente.

Lula disse que não esperem dele ser o Lulinha Paz e Amor "porque ele não é candidato". Ele pediu aos prefeitos e governadores presentes ao evento que não permitam que as relações com o governo federal sejam influenciadas pela disputa eleitoral desse ano. Para o presidente, os ataques dos adversários já começaram e vão apenas se intensificar. "Mas eu estou tão tranquilo sobre o que vai acontecer com o país nesse ano e com o resultado das eleições, que não vou permitir que haja um milímetro de mudança nos planos que temos para o Brasil nesse ano de 2010".
Lula disse que aposta no crescimento da economia nesse ano e torce para que os empresários ganhem mais dinheiro, o que gera um círculo virtuoso para o Brasil. "Ganhando mais dinheiro, os empresários constroem mais fábricas, geram mais empregos, produzem mais e voltam novamente a investir".

O presidente também anunciou algumas diretrizes básicas que estarão contidas no PAC 2, a ser anunciado nos próximos meses. "Saneamento básico, drenagem e habitação serão prioridades para nós", confirmou. Lula reclamou que o descaso das autoridades nos últimos 30 anos provocou tragédias como as ocorridas recentemente em Angra dos Reis e em São Paulo: "As pessoas foram sendo amontoadas nas encostas dos morros e na beira dos córregos dos rios sem a mínima condição."

Lula pediu um pacto de responsabilidade aos presentes: que não permitam que as pessoas construam casas em locais proibidos ou inadequados. "Se junta dez casas, é apenas um amontoado de gente. Mas se junta mil, vira um problema político que ninguém consegue tirar depois", disse ele. "Vai lá senador, deputado, movimento social, sindicalistas, impedir que essas pessoas sejam removidas. Eu sei porque já fiz muito isso", completou.

Lula também deu um recado claro para os ministros presentes ao evento: não se conformem com os resultados obtidos até o momento pelo governo federal. "Eu nunca aceitei que um time jogasse na retranca porque fazia um a zero. Se nós fizemos 300, vamos fazer 400. Se fizemos 400, vamos fazer 500. Se o Estado ficou 30 anos sem fazer nada, vamos fazer por 30 anos consecutivos", convocou.

Lula também fez um apelo para que governadores e prefeitos apresentem projetos com princípio, meio e fim. "Quando lançamos o primeiro PAC, descobrimos que muitos estados e municípios sequer tinham projetos para serem apresentados. Pelo amor de Deus, se vocês apresentarem projetos completos, dificilmente faltará dinheiro".
A chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, comemorou o aumento no financiamento habitacional liberado pela Caixa Econômica Federal durante o governo petista. Segundo a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, só em 2009 foram colocados à disposição R$ 46 bilhões. "Quando lançamos o Minha Casa Minha Vida, no ano passado, tínhamos como meta construir 1 milhão de moradias. Hoje, dentro da Caixa, temos quase 600 mil contratos de financiamento, dos quais 250 mil já assinados", destacou a ministra.

Dilma afirmou que o programa não oferece apenas moradia. "Morar com dignidade e no que é seu são dois pilares que sustentam a cidadania de cada um".

No Rio, Serra inicia conversas com Cesar Maia

ALFREDO JUNQUEIRA E LUCIANA NUNES LEAL - Agencia Estado

RIO - No mesmo dia em que o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) anunciou sua intenção de disputar o governo do Rio de Janeiro numa coligação de partidos de oposição, o governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, José Serra (PSDB), viajou à capital fluminense para participar do lançamento do livro "Os Reis dos Musicais", editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. O evento ocorreu na noite de ontem, no Sesc de Copacabana. Gabeira e Serra não se encontraram, mas o governador tucano aproveitou a oportunidade para conversar com o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), um dos articuladores da chapa que dará sustentação à candidatura do parlamentar do PV.

Embora resista em assumir a candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de março, Serra começa a se envolver abertamente na articulação para montar seu palanque no Rio, terceiro maior colégio eleitoral do País. A oposição ainda busca um candidato competitivo para enfrentar o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição, e o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Gabeira é o nome preferido dos tucanos, mas a dificuldade está no fato de o PV ter lançado a candidatura da senadora Marina Silva (AC) à Presidência da República.

"Trocamos ideias sobre como a decisão do Gabeira recompunha o quadro eleitoral do Rio", explicou Cesar Maia, via e-mail. Para ele, a mudança de posição de Gabeira, que tinha anunciado a intenção de concorrer ao Senado e, depois, de disputar a reeleição para a Câmara, pode ser explicada pela compreensão de Marina Silva sobre o quadro eleitoral no Rio. "Coerentemente, (Gabeira) se alinhou com a candidatura de Marina até que ela entendesse bem o quadro do Rio e liberasse a formação que se tinha antes dela ser candidata", afirmou o líder do DEM, que pretende ser um dos candidatos ao Senado na chapa encabeçada por Gabeira.

O ex-deputado tucano Márcio Fortes, um dos interlocutores tucanos mais frequentes de Gabeira, disse que a intenção é formar uma chapa encabeçada pelo deputado do PV, com um tucano candidato a vice-governador. A aliança incluiria ainda o DEM e o PPS na disputa pelas duas vagas do Senado. "Nosso modelo é baseado na experiência de 2008", diz Fortes. Na eleição da capital fluminense, Gabeira foi candidato a prefeito e o presidente municipal do PSDB, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, a vice. A oposição perdeu a eleição no segundo turno para o peemedebista Eduardo Paes.

''Primeira alternativa''

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que Gabeira sempre foi "a primeira alternativa" do PSDB na disputa pelo governo e que os partidos os aliados chegarão a um acordo sobre a campanha presidencial. "Avaliamos que não há problema", disse Guerra, referindo-se ao fato de a candidatura oposicionista ter dois candidatos à presidência, com Marina apoiada por Gabeira e Serra ao lado do PSDB, do DEM e do PPS.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,no-rio-serra-inicia-conversas-com-cesar-maia,495191,0.htm

Fernando Pimentel e Roberto Carvalho se reunem com Dilma para discutir campanha em Minas

Correio Braziliense - Leonardo Augusto

O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, pré-candidato do PT ao governo de Minas Gerais, saiu ontem de um encontro com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata ao Palácio do Planalto, instruído a contribuir para uma solução que evite a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no impasse com o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, também pré-candidato do partido ao governo do estado. “A ministra torce para que todos tenham juízo”, disse o vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho (PT), que participou do encontro entre a ministra e o ex-prefeito.

A demora petista na escolha do nome que disputará o governo do estado afeta a costura do palanque da ministra em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país, atrás de São Paulo. Os petistas não tornam público, mas é certo que, se não houver um acordo entre os pré-candidatos, a tendência é de que a definição parta do Palácio do Planalto. O resultado da reunião de ontem é o segundo indicativo da paciência, ao menos até o momento, de Lula em relação à disputa interna no PT de Minas. A primeira foi a escolha do vice-presidente José Alencar como intermediador das negociações.

Apesar de todo o esforço, até o momento não há o menor sinal de entendimento. Segundo alguns petistas, Patrus não aceitou a proposta de encontro com Pimentel feita por um emissário do ex-prefeito. “Patrus está radicalizando. Ele quer as prévias e pronto. Não aceita discutir mais nada”, diz uma fonte do partido. Pelo estatuto do PT, a definição do nome que irá concorrer ao Palácio da Liberdade só poderá ocorrer depois do congresso estadual da legenda, marcado para março.

Prévias
Diante do posicionamento de Patrus, o grupo de Pimentel decidiu tentar conversar com aliados do ministro para que o convençam a desistir das prévias. Os contatos são feitos principalmente com os deputados federais Gilmar Machado e Odair Cunha e com a prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa. A reportagem não conseguiu localizar os parlamentares. Conforme a assessoria de comunicação de Elisa Costa, a prefeita estava cumprindo agenda em Belo Horizonte e não poderia falar sobre sucessão estadual.

Também alegando agenda lotada, Patrus não falou com a reportagem. Uma das especulações feitas por integrantes do PT para justificar o posicionamento do ministro é que haveria um acerto entre o petista e o colega Hélio Costa (ministro das Comunicações), que também é pré-candidato ao governo de Minas.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/13/politica,i=166136/FERNANDO+PIMENTEL+E+ROBERTO+CARVALHO+SE+REUNEM+COM+DILMA+PARA+DISCUTIR+CAMPANHA+EM+MINAS.shtml

Oposição acredita que críticas ao programa de Lula podem ser usadas contra Dilma

Correio Braziliense - Edson Luiz | Izabelle Torres

A oposição encontrou a brecha que procurava para polemizar os debates antigoverno quando o Congresso voltar ao trabalho no próximo mês. Parlamentares do DEM e do PSDB vão tentar associar as críticas ao Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) à imagem da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República. Os congressistas apostam na dificuldade de aprovação dos projetos nos próximos meses porque sabem que a disposição em votar e debater temas que causam divisão de opinião nos eleitores é quase nula às vésperas de uma eleição. Dessa forma, acreditam que as propostas contidas no programa criado pelo Executivo servirão como vitrine para os parlamentares em campanha, mas não chegarão a ser votadas.

Na avaliação do líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), o debate das matérias no Congresso resultará em mudanças significativas no teor das intenções governistas e deve mostrar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que é hora de recuar. “Essa história chegará ao parlamento com o mesmo clima de divergências que enfrenta no próprio governo. Foi mais uma trapalhada do presidente e deve tomar outra forma durante as discussões que faremos no Congresso”, disse.

O recuo do governo quanto ao programa é tido como certo pelo vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR). Para o senador, o conhecido temor dos parlamentares de enfrentar temas polêmicos em ano eleitoral deve esfriar os ânimos em torno da votação das propostas contidas no projeto do Executivo. “Normalmente, projetos que despertam resistências de alguns setores vão para a gaveta em ano eleitoral. Creio que com esse não será diferente e por isso deve haver um recuo do governo. Nem para integrantes da base aliada vale a pena enfrentar esse desgaste”, opina Dias.

Mas o governo também tem suas estratégias para que o PNDH não faça estrago eleitoral ou traga desgastes não só para a ministra, mas também para o presidente Lula. Apesar de as propostas mais polêmicas terem necessariamente que passar pelo Congresso, um dos argumentos é de que, com exceção da criação da Comissão Nacional da Verdade, quase todos os pontos do plano são idênticos ao último programa de direitos humanos lançado em 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo assessores de Lula, outro argumento que a oposição e juristas utilizam é sobre a inconstitucionalidade do plano, sob a afirmação de que ele praticamente dita regras. O governo rebate, alegando que o PNDH é “programático”. “Ele recomenda a adoção de algumas ações, mas não normatiza. Ou seja, não transforma a recomendação em lei”, explica um auxiliar direto de Lula. Além disso, o governo pretende rebater com mais ênfase a crítica de que a Lei da Anistia poderia ser modificada. “Isso nunca chegou a ser cogitado”, observa o assessor.

Aborto
Outra questão é sobre o aborto,(1) um dos pontos em que Lula discorda no texto do PNDH. O presidente quer tratar o assunto como questão de saúde pública, como fez Fernando Henrique Cardoso em seu programa.

Mas o problema do governo continua sendo a Comissão Nacional da Verdade, que provoca discórdias internas, principalmente entre os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. A tendência é Lula tentar amenizar o texto, ou mesmo retirá-lo do plano, uma ideia que não agrada a Vannuchi. Entretanto, assessores palacianos afirmam que a situação, apesar de ainda haver rusgas, está sob controle. Mas a definição sobre o desenrolar dos acontecimentos só será dada pelo presidente.

1 - Saúde pública
No programa de 2002, o aborto é citado várias vezes no texto. Em uma dessas referências, o projeto diz que a questão é um tema de saúde pública, com garantia de acesso aos serviços de saúde para os casos previstos em lei. O plano destaca alguns casos em que a prática seria permitida, como quando houvesse estupro. Nos demais itens relacionados à saúde da mulher, o conteúdo é parecido com a atual proposta do governo Lula.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/13/politica,i=166134/OPOSICAO+ACREDITA+QUE+CRITICAS+AO+PROGRAMA+DE+LULA+PODEM+SER+USADAS+CONTRA+DILMA.shtml

Gabeira aceita se candidatar por aliança PV-PSDB no Rio

da Folha Online

Hoje na Folha Apontado como o candidato ideal do governador José Serra (PSDB) ao governo do Rio de Janeiro, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) admitiu ontem a possibilidade de entrar na disputa estadual, informa reportagem de Catia Seabra, publicada nesta quarta-feira pela Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Em reunião com tucanos do Estado, Gabeira condicionou sua candidatura à consolidação de uma aliança entre PSDB e PV do Rio. "Se todos se sentirem confortáveis, eu topo", disse o deputado.

A operação conta com o aval da pré-candidata do PV, Marina Silva (AC). Grife da sigla, Gabeira ameaçava desistir até do Senado se o partido insistisse no lançamento de uma chapa "puro-sangue" no Estado.

A candidatura de Gabeira oferece um palanque forte no Estado ao governador de São Paulo, José Serra, candidato tucano que lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u678445.shtml

Lula leva ministra e PMDB ao 'palanque'

No evento que liberou R$ 3 bi para prefeituras, candidata agradece líder por emenda

Estadão  -  Carol Pires e Eugênia Lopes

BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou a primeira solenidade de 2010 em palanque para a campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), candidata do PT à sua sucessão. Diante de uma plateia de cerca de mil prefeitos, nove governadores, seis ministros e duas dezenas de parlamentares, Lula desafiou seus adversários - segundo ele, "todos muito letrados" - a fazer "um debate de alto nível" nas eleições deste ano e avisou que não vai adotar o estilo "Lulinha paz e amor" da campanha de 2002.

"Estou tão convicto de que nada, absolutamente nada, vai fazer com que eu perca um milímetro do meu bom senso e desviar o País do caminho em que estamos hoje", disse Lula, na solenidade que liberou R$ 3 bilhões para mais de duas mil prefeituras. "Na ausência de discurso programático, vale chutar do peito para cima. O que eles não sabem é que eu sou capoeirista. E estou muito preparado para não deixar a coisa perpassar peito para cima."

Coube ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a defesa mais explícita do nome de Dilma para suceder Lula. Disse que a ministra é uma mulher de coragem, decisões e exemplos. "Isso mostra a ascensão das mulheres nesses anos todos, o exemplo extraordinário que ela dá, naturalmente a contribuição que ela tem dado e vai continuar dando ao nosso País", disse Sarney, que fez questão de ressaltar o governo "extraordinário" que Lula vem fazendo. Ele lembrou que, em 2010, faz 25 anos que assumiu a Presidência da República. "Às vezes acho que é outro País tal foram as transformações."

Ao lado de Sarney, Lula fez apelo para que os prefeitos mantenham boa relação com o governo federal. "Não vou permitir que o jogo rasteiro de uma campanha eleitoral estremeça a grandeza das relações que conseguimos construir", disse.

A ministra Dilma falou nas realizações do governo, com o projeto Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) . De olho na aliança com o PMDB, ela fez agradecimento ao líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), pela emenda parlamentar que incluiu no Minha Casa Minha Vida os municípios com até 50 mil habitantes.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100113/not_imp494653,0.php

12 de jan. de 2010

PMDB relega Meirelles e insiste em Temer para vice de Dilma

Terra

Líderes e dirigentes do PMDB nacional admitem que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, está fora de cogitação para ser o candidato a vice na chapa presidencial com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O nome mais cotado para o cargo é o do presidente da Câmara, Michel Temer (SP). A cúpula do partido dá sinais de que apenas uma pressão muito forte vinda por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia reverter essa situação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Quando falam sobre os possíveis nomes ao cargo de vice de Dilma, os dirigentes do PMDB não citam Meirelles. Depois de Temer, os nomes mais lembrados são os do ministros Hélio Costa, das comunicações, e Edison Lobão, de Minas e Energia.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4199567-EI7896,00-PMDB+relega+Meirelles+e+insiste+em+Temer+para+vice+de+Dilma.html

Cúpula do PSDB vai a Minas turbinar planos de Aécio

Andréia Sadi, do R7

Tucanos fazem primeira reunião em Belo Horizonte como "gesto" por vice do governador

O PSDB confirmou que a primeira reunião da Executiva Nacional do partido de 2010 vai acontecer em Minas Gerais, na segunda quinzena do mês de janeiro e "já está acertada com o governador Aécio Neves", como anunciou o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE) em seu Twitter (@Sergio_guerra).

Tradicionalmente, o encontro se dá em Brasília, mas o secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), disse ao R7 que, neste ano, Guerra decidiu fazer um “gesto” em direção ao vice de Aécio, Antonio Anastasia (PSDB). Aécio tirou o time de campo na disputa presidencial em dezembro e anunciou que vai trabalhar para Anastasia ocupar o seu lugar.

- No dia da reunião em que o Aécio falou que não seria candidato, na reunião, Sérgio (Guerra) falou, por acaso, ‘eu queria fazer um gesto para o Anastasia nacional’. Aí o Sérgio falou: ‘vou marcar a primeira reunião da Executiva aqui’, aí a gente traz os senadores , deputados e tudo.

Fontes aliadas a Aécio disseram ao R7 que a reunião será um "afago" ao governador e objetiva reduzir atritos e impacto da desistência de Aécio na disputa presidencial. O tucano vai fazer uma "verdadeira maratona" nos próximos dias e meses por todo Estado para promover Anastasia, mas essa imersão em Minas preocupa a direção nacional do partido, que, segundo fontes, ainda não desistiu de lançar a chapa puro-sangue - como é chamada a dupla de candidato e vice de um mesmo partido - encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra, e Aécio como vice.

Castro, que foi um dos principais entusiastas da candidatura de Aécio à Presidência, disse que o encontro não tratará de "nada excepcional" ao ser questionado se os tucanos discutiriam a dobradinha.

- Inclusive vamos tomar o máximo de cuidado para não tratar de nada novo e dar esse caráter de que é uma ‘forçação’ de barra em cima do Aécio.

Com a desistência de Aécio de disputar a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, os líderes da oposição no Senado chegaram a defender um movimento por uma dobradinha Serra-Aécio, ideia rejeitada por Castro. Ele que disse que o "caminho natural" do governador é disputar uma vaga no Congresso.

Além de Castro e Guerra, devem estar presentes no encontro os senadores Álvaro Dias, Marisa Serrano (MS), Lúcia Vânia (GO), Arthur Vírgilio (AM) e os deputados Edson Aparecido (SP) e José Aníbal (SP). Os governadores Serra e Aécio, segundo Castro, não devem comparecer. A assessoria do PSDB também não confirma a participação deles.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/cupula-do-psdb-vai-a-minas-turbinar-planos-de-aecio-20110112.html

Presidente quer acelerar programas federais até julho para Dilma ter o que mostrar na campanha

Correio Braziliense - Daniela Lima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressa. Sabe que terá de acelerar o andamento dos programas prioritários do governo até o fim do primeiro semestre deste ano, antes mesmo da campanha oficial. Depois de iniciada, a corrida eleitoral tomará o centro das atenções políticas do país. Como fará das principais ações da gestão o palanque da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, candidata à sucessão, precisa ter muito o que mostrar. Por conta disso, já começou o ano em marcha acelerada. Ontem, no primeiro dia de trabalho oficial do ano, reuniu-se com a equipe de coordenação política, e deu recorte à agenda de 2010. E já hoje colocará em prática a maratona de investimentos. Anunciará, às 17h, o destino de R$ 3 bilhões em programas habitacionais.

O destino de R$ 1 bilhão desses R$ 3 bilhões são municípios com menos de 50 mil habitantes, que entrarão na agenda de empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, o maior programa habitacional do governo. O atendimento às cidades com menor população foi incluído pelo Congresso durante a tramitação do projeto que oficializou a criação do programa.

No total, 2.042 propostas foram selecionadas em diversos municípios do país para a construção de moradias para pessoas com renda familiar de até R$ 1.395. Não por acaso, a região que terá o maior volume de recursos disponíveis é a Nordeste. Mais da metade do bolo — 540,3 milhões — será distribuída nos municípios de lá. A região Centro-Oeste ficou com a menor parte: R$ 60,5 milhões.

Verbas públicas
O Minha Casa, Minha Vida — apelidado ironicamente pela oposição de Minha Casa, Minha Dilma — será um dos carros-chefes da campanha da ministra petista. Ela participou do lançamento do programa em março de 2009, e agora estará novamente ao lado do presidente para anunciar a verba para os pequenos municípios do país.

Desde que começou, o programa tem sido alvo de críticas da oposição, que diz que ele — assim como o Plano de Aceleração do Crescimento — não decolou. (1) O último balanço da Caixa Econômica Federal, principal financiadora do projeto, mostra que, de março até 24 de dezembro de 2009, 247.950 unidades habitacionais foram contratadas, a um valor global de R$ 13,8 bilhões.

1 - Otimismo
É fato que o programa não atingiu as pretensões mais otimistas. Havia uma expectativa de que o Minha Casa, Minha Vida fechasse o ano de 2009 com o financiamento de 400 mil habitações contratadas. Mas o presidente da Câmara Brasileira de Indústria da Construção, Paulo Safady, diz que, diante do cenário, a execução alcançada foi um sucesso. “Ele foi lançado em março e depois vieram três meses de greve da Caixa. Além disso, o processo inicial foi mesmo mais complicado. Houve a necessidade de negociar com governo e prefeituras terrenos para as construções, além de aguardar por licenças ambientais, por exemplo”, afirmou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/12/politica,i=165890/PRESIDENTE+QUER+ACELERAR+PROGRAMAS+FEDERAIS+ATE+JULHO+PARA+DILMA+TER+O+QUE+MOSTRAR+NA+CAMPANHA.shtml

PSDB quer Serra em campo após o carnaval

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Em encontro da cúpula do PSDB para definir a estratégia eleitoral do partido neste começo de ano, caciques tucanos acertaram que o momento é de colocar o "time em campo" e estipularam os dias posteriores ao carnaval como prazo para desatar os nós nos palanques regionais. A expectativa é de que até lá o principal nome da legenda para a disputa, o governador de São Paulo, José Serra, já chamado pelos tucanos de "o candidato", mergulhe mais incisivamente nas articulações pelo País de modo a dar peso às costuras.

Presente a almoço ontem na casa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, o governador mineiro, Aécio Neves, voltou a dizer que sua prioridade é a eleição em Minas Gerais, fechando momentaneamente a porta para aceitar disputar a vice na chapa encabeçada por Serra. A cúpula do partido trabalha como plano principal convencer Aécio a ser vice.

No entanto, a ideia é não pressionar Aécio nem melindrá-lo a ponto de que seja sem volta sua decisão de disputar o Senado - apesar das negativas do mineiro, parte da cúpula acredita que ainda é possível convencê-lo da missão. "Servimos carne assada e cuscuz à paulista. O Aécio é muito mineiro, precisa comer pratos paulistas", brincou FHC, na saída do encontro.

Serra não participou do almoço, mas conversou por telefone, logo após o encontro de duas horas com o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), que também estava na casa de Fernando Henrique. "Agora, passado o fim do ano, com a definição clara de Aécio, o governador Serra é o candidato. Acabou. Agora é conversar para articular um trabalho efetivo. Trabalho de mobilização", afirmou o senador Tasso Jereissati (CE), que também presente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psdb-quer-serra-em-campo-apos-o-carnaval,494351,0.htm

PSDB retoma negociação com Gabeira para garantir palanque a Serra no Rio

Valor Econômico
 
Após bater o martelo e se ver num beco sem saída para dar palanque à campanha presidencial do governador de São Paulo, José Serra, no Rio, o PSDB voltou a negociar com o deputado Fernando Gabeira (PV) o apoio a sua candidatura a governador ou a senador, para ter algum espaço relevante no Estado. O projeto tinha sido engavetado em dezembro quando a senadora Marina Silva (PV-AC) anunciou que também concorreria à Presidência.

A situação do Rio é muito favorável à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Liderando as pesquisas feitas em dezembro com até 38% das intenções de voto no Datafolha e 35% no Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), o governador Sérgio Cabral (PMDB) é o principal palanque para a ministra no Rio.

Seu maior oponente até agora, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que também vem crescendo nas pesquisas e fechou o ano com 24% das intenções de votos no Datafolha e 21% no IBPS, também dará palanque para Dilma Rousseff, conforme declarou em recente entrevista ao Valor.

Garotinho chegou a ter um pequeno flerte com o DEM, que apoia Serra. Na terça-feira da semana passada, levou sua filha, a vereadora Clarissa Garotinho (PR-RJ), e o deputado federal Geraldo Pudim (PR) para almoçar na casa do deputado federal e presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, com o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), e o vereador Caiado (DEM-RJ). No cardápio uma possível união para enfrentar a liderança de Cabral e dar mais espaço a Serra na televisão. Mas o namoro ficou inviável devido aos apoios às campanhas presidenciáveis.

Segundo Garotinho, Cesar Maia argumentou que Lula estava com Cabral. Garotinho, no entanto, reiterou seu apoio a Dilma. Cesar Maia confirmou o almoço e a falta de acordo. Garotinho disse ao Valor que algo foi negociado, dando a entender que talvez seja possível um acordo num eventual segundo turno contra o governador.

Gabeira então voltou a ser valorizado pela oposição. Na semana passada chegou a dizer que a única saída que tinha era concorrer à reeleição a deputado federal. Isto porque, como o PV tem pouco tempo de televisão, não teria capacidade financeira para levantar uma campanha cara a governador ou a senador. Mas o deputado que perdeu a eleição para prefeito da capital numa disputa acirrada no segundo turno em 2008 - diferença de apenas 1,6 ponto percentual para Eduardo Paes (PMDB) - diz que sonha em ser senador. "O Rio não tem um voz forte no Senado. Posso dar minha contribuição para a Casa e para o Estado". No entanto, ele diz que nada está definido. "Na rua, peço votos. As pessoas perguntam para quê e eu digo que ainda não sei, mas que votem em mim", brinca.

Gabeira não é um candidato a ser descartado. Num cenário em que disputa as eleições com Cabral e Garotinho, o deputado fica em terceiro, com 17% dos votos, segundo o Datafolha. O mesmo resultado foi medido pelo IBPS, que incluiu também o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria (PT), na cédula. O prefeito, no entanto, desistiu de concorrer depois de seu candidato ter perdido a eleição do PT no Rio e da forte oposição do PT nacional, que apoia Cabral, à sua candidatura.

Por enquanto, Cabral lidera as pesquisas. Sua ação contra a violência nas favelas, através da implantação da Unidade da Polícia Pacificadora (UPP), tem rendido bons resultados nas pesquisas. "Como a violência era considerada de longe o principal problema, a aprovação do governador começa a subir", explica o diretor-presidente do IBPS, Geraldo Tadeu. "Além disso, a virtual saída de Lindberg e também de Gabeira o ajudaram com transferência de voto".

Ricardo Ismael, professor da PUC-RJ, lembra que o governador terminou o ano como vencedor político no Estado. "Ele conseguiu fortalecer seu palanque, ao conseguir a desistência de Lindberg e ao mostrar que o PT nacional está com ele, ao ver as UPPs darem resultado, o que agrada a classe média, e ainda com a expansão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para a classe mais baixa".

Tudo isso, dificulta muito a situação de Serra no Rio. O professor do Instituto de Pesquisas Universitárias do Rio de Janeiro (Iuperj) Renato Lessa não acredita que o PSDB consiga alguma força para dar palanque a Serra no Rio. "O DEM está desgastado pela administração Arruda em Brasília e a Marina cortou qualquer chance de palanque com o Gabeira", analisa. "Além disso, o partido não tem representação. O quadro para oposição no Estado é ruim", concluiu.

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/6043895/psdb-retoma-negociacao-com-gabeira-para-garantir-palanque-a-serra-no-rio

Aécio avisa que se dedicará à eleição do governo de MG e à sua candidatura ao Senado

Mais uma vez descartou a possibilidade de compor chapa com Serra

Correio Braziliense - Thiago Herdy

O governador Aécio Neves (PSDB) avisou nessa segunda (11/1) à cúpula tucana que vai concentrar todos os seus esforços nos próximos meses na tentativa de eleger o vice-governador Antônio Augusto Anastasia seu sucessor no governo do estado e trabalhar por sua candidatura ao Senado. A reafirmação de que voltará as baterias para Minas ocorreu durante um almoço em São Paulo, que contou com a presença do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e do senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), presidente nacional da legenda.

A capacidade de projeção do PSDB nos estados nas eleições de 2010 era a principal pauta do encontro, mas o mais provável candidato do partido à sucessão presidencial, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não compareceu. Segundo Guerra, o governador “tem estado ocupado com problemas decorrentes das inundações”. Um dos maiores entusiastas da chapa puro-sangue do PSDB, que eventualmente traria o nome de Aécio como vice-candidato à Presidência, FHC ouviu mais uma vez o governador mineiro dizer que não cogita essa possibilidade, por isso manterá seu plano de disputar uma vaga ao Senado por Minas.

Nas próximas semanas, o PSDB inicia a costura política para conseguir projeção nos três estados onde os tucanos avaliam que falta uma candidatura: Ceará, Amazonas e Rio de Janeiro. Em Minas, Aécio arregaça as mangas a partir da semana que vem, quando planeja iniciar uma agenda conjunta de inaugurações com o seu candidato ao governo, Antônio Anastasia. Aécio pretende sair do cargo no fim de março, dentro do prazo exigido pela Justiça Eleitoral. Isso lhe permitirá se dedicar ainda mais à campanha. Mesmo candidato, Anastasia assumirá o governo em seu lugar até 31 de dezembro.

Para o presidente do PSDB em Minas, o deputado federal Nárcio Rodrigues, Anastasia terá a chance de ser conhecido. “A partir do fim de março, ele vai ser o governador de Minas. Onde for, será a autoridade mais importante do estado. Acompanhado do Aécio, maior liderança política de Minas, é uma soma que multiplica votos”, afirmou Nárcio. A exemplo do PT no plano nacional, o PSDB terá como desafio conseguir equacionar o principal desafio do sistema eleitoral desde a aprovação da emenda da reeleição: conseguir separar as atividades de governo das atividades de campanha.

Desimcompatibilizar
Em café da manhã ontem com Anastasia, Nárcio Rodrigues disse que o vice-governador está disposto a focar seu trabalho na administração do estado, deixando a linha de frente da costura política para os principais representantes do partido. “Quem participar da campanha vai ter que sair do governo”, disse Nárcio. Os novos passos da estratégia eleitoral serão discutidos ainda esta semana, em um encontro que reunirá articuladores políticos como Nárcio; o secretário-geral do PSDB, o deputado federal Rodrigo de Castro; o secretário de Estado de Saúde, Marcus Pestana; e o secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro.

Para as lideranças tucanas, ainda é cedo para definir alianças e um possível nome para a vice-candidatura ao governo. Mas, um núcleo nomeado pelo partido iniciará as conversas com representantes dos 13 partidos que constituem a base aliada na Assembleia Legislativa. O sonho de consumo dos tucanos é conseguir atrair um partido que hoje se encontra no campo oposto no jogo sucessório de 2010, mas que é capaz de garantir votos e tempo de televisão: o PMDB. Se nos últimos pleitos foi difícil discutir um projeto comum por causa da supremacia do grupo ligado ao ex-governador Newton Cardoso no partido, este quadro ficou diferente com a eleição recente do grupo de oposição a Cardoso na disputa interna do PMDB.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/01/12/politica,i=165915/AECIO+AVISA+QUE+SE+DEDICARA+A+ELEICAO+DO+GOVERNO+DE+MG+E+A+SUA+CANDIDATURA+AO+SENADO.shtml

Para 2010, Lula diz que não adotará estilo 'paz e amor'

CAROL PIRES E EUGÊNIA LOPES - Agencia Estado


BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou a primeira solenidade de 2010 em palanque para a campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), candidata do PT a sua sucessão. Diante de uma plateia de cerca de mil prefeitos, nove governadores, seis ministros e duas dezenas de parlamentares, Lula desafiou seus adversários - segundo ele, "todos muito letrados" - a fazer "um debate de alto nível" nas eleições deste ano e avisou que não vai adotar o estilo "Lulinha paz e amor" da campanha de 2002. Disse ainda que não permitirá "jogo rasteiro" na campanha eleitoral.

"Estou tão convicto do que vai acontecer neste País no processo eleitoral que nada, absolutamente nada, vai fazer com que eu perca um milímetro do meu bom senso e desviar este País do caminho em que estamos hoje", disse Lula, na solenidade que liberou R$ 3 bilhões para mais de duas mil prefeituras. "Na ausência de discurso programático, vale chutar do peito para cima. O que eles não sabem é que eu sou capoeirista. E estou muito preparado para não deixar a coisa perpassar peito para cima", afirmou.

Coube ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a defesa mais explícita do nome de Dilma para suceder Lula. Disse que a ministra é uma mulher de coragem, decisões e exemplos. "Isso mostra a ascensão das mulheres nesses anos todos, o exemplo extraordinário que ela dá, naturalmente a contribuição que ela tem dado e vai continuar dando ao nosso País", disse Sarney, que fez questão de ressaltar o governo "extraordinário" que Lula vem fazendo. Ele lembrou que, em 2010, faz 25 anos que assumiu a presidência da República. "Às vezes acho que é outro País tal foram as transformações na nossa pátria", ponderou.

Ao lado de Sarney, Lula fez um apelo para que os prefeitos mantenham boa relação com o governo federal neste ano de eleições. "Não vou permitir que o jogo rasteiro de uma campanha eleitoral estremeça a grandeza das relações que conseguimos construir", disse o presidente. Durante todo o discurso, de quase meia hora, Lula fez questão de ressaltar a boa relação com os prefeitos que hoje, segundo ele, não precisam mendigar dinheiro para o governo federal.

A ministra Dilma foi mais técnica em seu discurso. Focou sua fala nas realizações do governo com o projeto Minha Casa Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) . De olho na aliança com o PMDB, a ministra fez um agradecimento ao líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), pela emenda parlamentar que incluiu no Minha Casa Minha Vida os municípios com até 50 mil habitantes.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-2010-lula-diz-que-nao-adotara-estilo-paz-e-amor,494574,0.htm

Cineasta nega participação em campanha de Marina

ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

SÃO PAULO - O cineasta Fernando Meirelles, diretor de "Cidade de Deus" e "Ensaio sobre a Cegueira", reiterou hoje que não participará diretamente da campanha da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República, mas dará sugestões, se for consultado. "Sou um palpiteiro", brincou no intervalo de um encontro com a parlamentar hoje, em São Paulo, para acertar os detalhes do programa de TV do partido que irá ao ar em 4 de fevereiro e será realizado por uma produtora do Rio de Janeiro.

Meirelles disse ter afinidade com as propostas da senadora e que votará em Marina. Mas, embora possa colaborar na preparação do programa eleitoral, nem ele nem sua produtora, a O2 Filmes, participarão da campanha à Presidência porque ele estará fora do Brasil durante a maior parte do ano. O cineasta está na fase de preparação de seu novo longa, cujas filmagens irão de agosto a outubro nos Estados Unidos. "Vou ficar pouco no Brasil, mas vou divulgar a campanha no boca a boca", disse.

Documentário

O cineasta também disse à Agência Estado que a base do programa do PV a ser apresentado no mês que vem dever um documentário inédito da diretora Mari Corrêa, que acompanha o trabalho de Marina há alguns anos. "Vamos fazer a remontagem de um material de 50 minutos, dos quais vamos utilizar três ou quatro minutos", explicou.

O PV aposta em um programa bem feito, de impacto, para chamar a atenção para sua pré-candidata, ainda relativamente desconhecida do grande público. De acordo com Marco Antonio Mróz, da direção nacional do PV e um dos coordenadores da campanha de Marina, a ideia é apresentar a senadora à população. "Nossas pesquisas mostram que 58% das pessoas não a conhecem. Por isso, ela será o foco do programa." Na reunião de hoje, segundo ele, foram tratadas questões técnicas e o direcionamento político da peça, que irá ao ar das 20h30 às 20h40 no próximo dia 4.

A documentarista Mari Corrêa conta que acompanhou a carreira de Marina desde o primeiro mandato como senadora até sua atuação no Ministério de Meio Ambiente. "É esse material que deve ser usado como base do programa. A ideia era finalizar o trabalho quando a Marina saísse do ministério, um material inédito que estava em stand by", disse.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,cineasta-nega-participacao-em-campanha-de-marina,494536,0.htm

'Pressão comigo não funciona', avisa Aécio

RAQUEL MASSOTE - Agencia Estado

BELO HORIZONTE - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que não se sente pressionado pelo partido a abdicar da sua posição e considerar a composição de uma chapa para disputar a Presidência da República como vice de seu colega tucano José Serra, governador de São Paulo. "Os companheiros do PSDB sabem que este tipo de pressão comigo não funciona", afirmou o governador.

Conforme Aécio, no almoço com a cúpula tucana ontem em São Paulo as discussões giraram em torno das estratégias que serão seguidas pelo partido para fortalecer alguns palanques regionais e da convicção de que algumas negociações terão de ser concluídas até fevereiro. "Está no momento de concluirmos algumas negociações, definirmos alguns palanques", disse. Ele enfatizou que não houve, por parte do partido, nenhuma pressão para que voltasse atrás na sua decisão de disputar uma vaga no Senado em 2010 e não participar de uma chapa puro-sangue tucana.

"Tenho uma clareza grande do que são as minhas prioridades. Apresentei ao partido uma proposta, o partido optou por outro caminho, mas eu respeito. Agora, minha dedicação integral, disse isso a FHC, minha prioridade absoluta é dedicar-me às questões de Minas", explicou. Segundo ele, já a partir da próxima semana a ideia é dar continuidade às inaugurações de um grande número de obras, ao lado do vice-governador Antônio Augusto Anastasia, que deve disputar o governo mineiro em 2010.

Ao comentar a recente entrevista do presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), concedida à revista ''Veja'', de que a indicação do vice na chapa tucana à Presidência poderá vir do próprio PSDB ou do DEM, Aécio se esquivou: "Não cabe a mim, neste instante, no momento em que abdico da disputa, fazer qualquer indicação que possa colidir com o sentimento do partido." Esta escolha, segundo o governador mineiro, caberá ao presidente da legenda e ao próprio candidato. Ele não descartou, no entanto, o nome do ex-presidente Itamar Franco, no PPS. "Eu acho que o presidente Itamar Franco é um nome qualificado para postular qualquer posto no Brasil."

Aécio participou hoje, na capital mineira, da inauguração da Unidade de Atendimento Integrado (UAI), na Praça Sete, destinada à prestação de serviços públicos, incluindo emissão de carteira de identidade, atestado de antecedentes criminais, emissão de extratos de multas de veículos, entre outros. Os investimentos chegaram a R$ 8,3 milhões e o posto terá capacidade para o atendimento de 5 mil pessoas por dia.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pressao-comigo-nao-funciona-avisa-aecio,494458,0.htm