14 de mai. de 2010

Dilma, Marina e Serra debatem nesta quarta-feira

Segundo encontro dos pré-candidatos à Presidência ocorre às 9h do dia 19 na XIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios

iG São Paulo

O segundo encontro entre os três principais pré-candidatos à Presidência da República deve acontecer nesta quarta-feira, dia 19. Às 9h, em Brasília, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) participam da XIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento é organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Durante três horas, os candidatos vão responder a perguntas de prefeitos sobre temas de interesse dos municípios. Cada uma terá uma hora, e não haverá debate entre os três. No dia seguinte, o encontro da CNM será encerrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O primeiro encontro de Dilma, Serra e Marina também ocorreu em um evento de municípios, no dia 6 de maio. No 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, os pré-candidatos falaram sobre reforma tributária e repasse de verbas federais para municípios, principalmente.

O segundo encontro entre os três principais pré-candidatos à Presidência da República deve acontecer nesta quarta-feira, dia 19. Às 9h, em Brasília, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) participam da XIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento é organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/dilma+marina+e+serra+debatem+nesta+quartafeira/n1237619325154.html

Durante três horas, os candidatos vão responder a perguntas de prefeitos sobre temas de interesse dos municípios. Cada uma terá uma hora, e não haverá debate entre os três. No dia seguinte, o encontro da CNM será encerrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O primeiro encontro de Dilma, Serra e Marina também ocorreu em um evento de municípios, no dia 6 de maio. No 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, os pré-candidatos falaram sobre reforma tributária e repasse de verbas federais para municípios, principalmente.

Na TV, Lula apresenta Dilma como símbolo de seu governo

Valor - Paulo de Tarso Lyra, de Brasília

O programa eleitoral do PT que foi ao ar ontem consolida um novo momento na campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Sem poder fazer carreatas e comícios públicos, a propaganda - a primeira desde que Dilma deixou o cargo de chefe da Casa Civil - serviu para deixá-la mais conhecida perante o eleitorado brasileiro e tornou-se o ponto máximo dessa primeira etapa da campanha, que se encerra com a convenção nacional de 13 de junho, a ratificação da vice-presidência para Michel Temer (PMDB-SP) e a definição das alianças estaduais.

Na propaganda, Lula aparece mostrando o quanto Dilma foi importante para o seu governo. Nesta semana, a petista deu a senha ao afirmar, em Porto Alegre, que ela era "o governo Lula". O presidente confirmou esse raciocínio ontem, enaltecendo a competência, política e administrativa, da sua principal auxiliar no governo. E apresentou à população, pela primeira vez oficialmente, Dilma como sua pré-candidata - para petistas, o lançamento da pré-candidatura em fevereiro foi um ato interno do partido.

A propaganda também apresentou uma trajetória pessoal, administrativa e política de Dilma. Sua infância em Minas, a militância política durante o período da ditadura e a carreira administrativa, iniciada em Porto Alegre, nas gestões do pedetista Alceu Collares (quando foi secretária de Fazenda) e do petista Olívio Dutra (secretária de Minas e Energia), até a chegada em Brasília, durante o governo de transição, em 2002. As gravações, tanto em Minas quanto no Rio Grande do Sul, foram feitas em total sigilo, para evitar vazamentos - os políticos aliados nos estados sequer foram avisados da presença da candidata.

O presidente chegou a comparar a trajetória de Dilma, que ficou três anos presa, com a do líder sul-africano, Nelson Mandela, que passou 27 anos na prisão.
Um petista próximo de Dilma lembrou que existem eleitores que desconhecem, por exemplo, que ela foi ministra de Minas e Energia até 2005, quando foi convidada pelo presidente a assumir a Casa Civil. "Essa trajetória precisa ser reforçada no imaginário da população", reforçou um integrante do governo. O PT quer também reforçar, com o programa, a ideia de que Dilma tem competência e qualificação para pleitear o cargo.

Se Dilma foi a grande estrela da propaganda - como foi do governo, segundo a mensagem transmitida - o horário político serviu também para mostrar o país que o PT ajudou a construir. Foram reforçadas as políticas sociais, de inclusão e a estabilidade econômica gerada a partir de uma administração séria - e que merece ter continuidade, na opinião dos idealizadores da peça publicitária.

Pela campanha, Dilma fará, na semana que vem, a primeira viagem internacional. Ela estará em Nova York nos dias 20 e 21. No primeiro dia, participará de uma homenagem ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Na sexta-feira, terá um almoço com investidores .

Após as convenções partidárias de junho, na avaliação dos estrategistas políticos da campanha de Dilma, começará a segunda etapa da campanha: os comícios e a carreatas autorizados pela Justiça Eleitoral, quando o contato com o eleitorado se tornará mais intenso. É o momento de testar a oratória e o poder de aglutinação da candidatura. Já o terceiro momento - posterior à Copa do Mundo, quando tudo vai ficar em um ritmo mais lento - inicia-se em agosto, quando começa a propaganda eleitoral gratuito, momento em que as propostas de governo serão debatidas de forma mais intensa.

A expectativa de políticos da campanha é que a pesquisa da empresa Vox Populi, registrada no TSE para ir a campo hoje, já retratará efeitos positivos do programa do PT para a candidata.

http://www.valoronline.com.br/?online/geral/231/6267064/lula-mostra-dilma-como-simbolo-do-governo

PMDB decide negar palanque eleitoral a Dilma no RS

AE - Agência Estado

Rival histórico do PT, o PMDB do Rio Grande do Sul não dará palanque à presidenciável petista, Dilma Rousseff. A decisão, somada à negativa de quatro Estados e a problemas em mais sete regionais, que se aproximam do candidato tucano José Serra, sinaliza que há risco de a aliança nacional patrocinada pelo Planalto se romper. A conselho de líderes regionais, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), adiou para 12 de junho o anúncio formal de sua presença como vice de Dilma, que seria amanhã.

Dirigentes do PMDB aproveitam tropeços de Dilma para tirar vantagens do PT nos acordos estaduais e, para ampliar a capacidade de barganha do partido, falam na construção de uma "porta de saída" para Temer. Nessa engenharia da pressão, o desempenho da ex-ministra nas pesquisas é fator predominante.

Integrantes do PMDB vinculados ao Instituto Ulysses Guimarães estão empenhados em levar adiante um movimento - denominado Estradas e Bandeiras - que defende candidatura própria do partido à Presidência. "Essa aliança nacional não está segura. Aqui no Rio Grande, você caminha na rua e os peemedebistas dizem que não votam no PT", diz o deputado gaúcho Darcísio Perondi, para quem "tudo pode acontecer", a depender da solução dos conflitos em Estados-chave como Minas Gerais, Bahia e Pará.

Ele avalia que, dos 487 diretórios municipais do PMDB gaúcho, "mais de 100%" não querem aliança com o PT.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-decide-negar-palanque-eleitoral-a-dilma-no-rs,551713,0.htm

Dilma e PT são multados

TSE pune pré-candidata e o partido por propaganda antecipada em programa de rádio e TV

Correio Brazilliense - Alana Rizzo


A pré-candidata do PT à Presdiência da República, Dilma Rousseff, foi multada em R$ 5 mil ontem à noite pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda antecipada no programa partidário apresentado em dezembro na televisão. Em decisão unânime, os ministros também multaram o partido em R$ 20 mil. Além do prejuízo financeiro, o próximo programa partidário do PT, no primeiro semestre de 2011, foi cassado. O julgamento da representação do PSDB contra o programa de 10 minutos começou poucos minutos depois da exibição na televisão do novo vídeo do partido.

De acordo com o relator, ministro Aldir Passarinho, a legislação eleitoral prevê que o programa partidário tenha “interesse comunitário”. Nesse caso, segundo ele, houve interesse em denegrir outro partido e de fazer propaganda política de um candidato. Passarinho disse ainda que só não aplicou a pena máxima de R$ 25 mil por ser a primeira do partido. O voto do relator foi seguido por seis ministros. Marco Aurélio Melo, que assumiu o cargo ontem, pediu que a pena aplicada à ex-ministra Dilma fosse maior e no mesmo valor do partido. Porém, acabou como voto vencido. O ministro considerou o programa, que foi exibido na sessão de ontem, de “apologia escancarada”. Na mesma sessão, os ministros decidiram arquivar uma representação contra o PT por propaganda antecipada nas inserções de TV.

Disputa judicial
O processo que analisa a representação dos Partidos dos Trabalhadores contra o site Gente que Mente, de responsabilidade do PSDB, deve ser levado ao plenário do TSE nas próximas sessões. Parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) considera legal os sites mantidos pelo PSDB e opinou pela improcedência da representação do PT contra suposta propaganda eleitoral antecipada negativa. Segundo a vice-procuradora-geral Eleitoral Sandra Cureau, “o lançamento de críticas a manifestações de filiado de partido opositor é admissível, desde que não exceda ao limite da discussão de temas de interesse político comunitário”. Para o PT, o conteúdo do site é ofensivo: “Os ataques à honra de Dilma Rousseff são eloquentes, em clara e nítida intenção de lhe denegrir a reputação e a imagem, com vistas a atingir sua pré-candidatura de maneira negativa”.

A vice-procuradora diz que apesar de ofensivas, não há conotação eleitoral nas matérias publicadas no site. O PT pede na representação multa no valor máximo previsto pela legislação — R$ 25 mil — e a retirada da página do ar.

Pesquisas
A Procuradoria-Geral Eleitoral pediu ontem à Polícia Federal que acompanhe pesquisas eleitorais de quatro institutos: Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus.

STF condena deputado

Diego Abreu

Pela primeira vez desde a promulgação da Constituição, em 1988, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou uma autoridade com foro privilegiado. A sessão histórica ocorreu ontem, quando, por sete votos a três, os ministros condenaram o deputado federal Zé Gerardo (PMDB-CE) a dois anos e dois meses de prisão em regime aberto, sob a acusação de crime de responsabilidade. De acordo com o STF, ele poderá ficar inelegível por cinco anos.

Apesar da inédita condenação, o parlamentar não ficará atrás das grades, pois os ministros converteram a pena em pagamento de 50 salários mínimos e prestação de serviços comunitários. O crime ocorreu na época em que Gerardo era prefeito de Caucaia (CE), entre 1997 e 2000. A denúncia aponta que o deputado aplicou indevidamente R$ 500 mil. O dinheiro era destinado à construção de um açude, mas acabou usado para erguer 16 passagens molhadas, como são chamadas as pequenas pontes construídas para atravessar os riachos do município.

Marcelo Leal, advogado do deputado, alegou que a obra atingiu a mesma finalidade para o qual o recurso estava previsto e disse ainda que o então prefeito estava licenciado do cargo durante grande parte da empreitada. Os argumentos, porém, não convenceram os ministros “O convênio foi assinado em 1997 e teve sete prorrogações pelo acusado. Por isso, não há dúvidas do dolo no emprego de recursos em desacordo com a finalidade”, disse o relator do processo, Carlos Ayres Britto.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/14/politica,i=192328/DILMA+E+PT+SAO+MULTADOS.shtml

Programa eleitoral do PT é utilizado para reforçar a candidatura de Dilma

O presidente é protagonista ao lado da pupila. Petistas comparam a gestão com a dupla FHC/Serra

Correio Braziliense - Tiago Pariz

O programa de rádio e televisão do PT, desenhado para acelerar o crescimento eleitoral da pré-candidata ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, foi ao ar ontem com a autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista dividiu o papel de protagonista com sua pupila e funcionou como o marqueteiro-mor da campanha ao encarregar-se de analisar e avaliar o resultado final da peça publicitária de 10 minutos.

Lula ocupou metade do programa petista para contar a trajetória de sua candidata e atribuir “grande parte do sucesso do governo” à “capacidade de coordenação de Dilma” à frente da Casa Civil. No esforço para exaltar a biografia da petista, valeu comparação com o líder sul-africano Nelson Mandela; reforço dos laços de pupila de Lula; e a confrontação com a época de Fernando Henrique Cardoso. No fim, lançou-se até o slogan da campanha: “É hora de acelerar e ir em frente”.

O programa de rádio e TV de 10 minutos, que passou pelo crivo de Lula, é uma aposta para ser um divisor de águas. Na cúpula da campanha, espera-se que a exposição se reverta em alta significativa nas pesquisas de intenção de votos. João Santana, o marqueteiro responsável, desenhou a estrutura da peça publicitária. Ele reforçou a estratégia voltada para o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, dois estados considerados emblemáticos na eleição de outubro. O primeiro pela larga vantagem que o pré-candidato do PSDB, José Serra, tem. E o segundo pelo potencial de contraponto ao peso eleitoral de São Paulo. “Quase esqueço de dizer uma coisa que eu acho sensacional. Ela nasceu em Minas Gerais e amadureceu politicamente no Rio Grande do Sul. Ela tem a ternura e a sensibilidade de fazer política dos mineiros e a intrepidez dos gaúchos. É uma bela mistura que será muito importante para o Brasil”, afirmou Lula.

Apresentando o Programa Luz Para Todos, gestado na época em que Dilma ocupava o Ministério de Minas e Energia, como modelo de gestão e eficiência, foram escolhidos a dedo os dois personagens beneficiados. Dilma entrevistou um gaúcho e uma mineira e mostrou os dois, como exemplos do sucesso do programa, que conseguiram mudar de vida graças à eletricidade.

Com todo holofote em Dilma, o PT ficou escondido, apesar de o horário ser reservado para a propaganda institucional da legenda, relegado a uma única citação durante os 10 minutos de duração do programa, bem menos do que as 21 vezes que o nome da pré-candidata foi citado. A peça escalou até os ministros da Educação, Fernando Haddad; da Fazenda, Guido Mantega; e do Planejamento, Paulo Bernardo, para destacar que parte das políticas de suas pastas tem o dedo de Dilma. Coube ao presidente do partido, José Eduardo Dutra, lembrar o PT no programa.

Mandela
A exaltação da biografia da ex-ministra de luta contra a ditadura militar (1964-2005) serviu para Lula comparar sua pupila com o ex-presidente da África do Sul, símbolo da luta contra o regime do apartheid. “Uma parte da história da Dilma me lembra a história do Mandela. Uma vez o Mandela me contou que só foi para o confronto porque não deram outra saída para ele. O tempo passou e o que aconteceu? Ele virou um dos maiores símbolos da paz e da união do mundo”, disse o presidente Lula.

A campanha de Dilma espera que o programa de ontem coloque o adversário tucano na defensiva. O programa exaltou comparações entre Lula/Dilma e Fernando Henrique Cardoso/José Serra em três áreas: emprego, ascensão social e energia.

O programa do PT também é a senha para a campanha de Dilma partir para o ataque contra Serra. Os responsáveis pela militância na internet vão usar o espaço das redes sociais para explorar as contradições entre o que ele diz e o partido dele faz. O PT também deverá lançar até o fim do mês o site de mobilização do partido em que o militante poderá imprimir materiais gráficos da campanha de Dilma para divulgar nas ruas.

O número
Rede Nacional
10 minutos
Tempo que durou o programa do PT em cadeia nacional de rádio e televisão

O número
21
Quantidade de vezes que o nome de Dilma foi dito durante o programa do PT

O número
3
Total de comparações feitas entre as duplas FHC/Serra e Lula/Dilma

Imagem independente

Luiza Seixas

Os brasilienses que acompanharam ontem o programa eleitoral em um shopping da cidade ficaram com uma impressão: Dilma Rousseff precisa se soltar e ter uma imagem mais independente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É a opinião da esteticista Rosimar Medeiros Santos. Ela afirma que sempre que vê Dilma na televisão tem a impressão de que a candidata usa um ponto na orelha para que Lula passe as informações a ela. “Assim, ela não transmite segurança para os eleitores. A gente sabe que ela é diferente do Lula, pois quando ele está no meio do povão parece que ele realmente faz parte desse grupo, mas ela, não. Por isso, precisa ser ela mesmo para não ficar forçado”, disse.

Já a cabeleireira Maria de Fátima Alves Barbosa garante que o sonho de todas as brasileiras é ver uma mulher no comando do país. Porém, ela acredita que ainda não está na vez de Dilma. “Acho que ela vai precisar sempre de outras pessoas ao lado para defendê-la. Nesse programa de hoje nós vimos que, além do Lula pedindo voto, os ministros mais importantes do governo apareceram para falar dela. E ela acabou falando pouco”, afirmou. “A Dilma sempre apareceu só na linha de trás do governo. Apenas quando Lula a lançou candidata que ela começou a se destacar mais. Mas, se ela for dar continuidade ao trabalho do governo atual, o país vai continuar avançando”, completou o técnico em telecomunicações Aldair Pereira Santos.

Análise da notícia
Contra-ataque dos tucanos

Denise Rothenburg

Antes mesmo de o programa do PT ser exibido ontem em cadeia nacional de TV, o PSDB tinha pronto o contra-ataque: os 10 minutos que os tucanos terão em junho, quatro dias depois da convenção em que José Serra será aclamado candidato a presidente da República. Por isso os tucanos escolheram o dia 12 para sua convenção. Assim, terão pelo menos 36 horas para fechar a edição do programa partidário com as imagens do lançamento oficial da candidatura.

A ordem de Serra é evitar polêmica com o presidente Lula, que não é candidato, e aproveitar esse período de pré-campanha para se apresentar em entrevistas de rádio, TV e jornais do interior do país. Foi assim, por exemplo, em Uberaba, onde concedeu entrevistas para rádios e para a regional da TV Bandeirantes. Ontem, em Pernambuco, repetiu a dose. Fará o mesmo no Ceará no início da semana. Os tucanos querem mesmo é dialogar diretamente com a população. E farão o possível para não largar esse caminho.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/14/politica,i=192326/PROGRAMA+ELEITORAL+DO+PT+E+UTILIZADO+PARA+REFORCAR+A+CANDIDATURA+DE+DILMA.shtml

Serra destaca boa relação com Lula e diz ter discurso coerente

Folha

LUIZ FERNANDO VIANNA
da Sucursal do Rio

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, lançou nesta sexta-feira indireta contra sua adversária, a petista Dilma Rousseff, afirmando que não se deixa pautar por publicitários e que por isso não "escorrega", mantendo um discurso coerente.

Em entrevista de uma hora de duração à rádio "Tupi", Serra declarou se dar muito bem com Lula e negou que possa ser levado a atacá-lo durante a campanha eleitoral.

"Tenho nervos de aço. Não saio do prumo", disse quatro dias depois de ter chamado uma jornalista de "nervosinha" por questioná-lo sobre o papel do Banco Central --tema que não entrou na pauta do programa.

O tucano voltou a defender a criação do Ministério da Segurança Pública, ao qual declarou que vão estar subordinados à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e à agência de combate a drogas.

Na segunda-feira, Serra afirmou que a taxa de juros no país deveria ter sido reduzida no passado e destacou que o Banco Central não é a Santa Sé. Na ocasião, demonstrou irritação ao ser questionado pela jornalista Miriam Leitão sobre também agir como presidente do BC, se eleito.

O tucano defendeu a autonomia do banco, mas afirmou que se houver "erros calamitosos", o presidente deve interferir e opinar. "O presidente tem que fazer sentir sua posição."

"O Banco Central não é a Santa Sé. Não sou contra incentivos tributários, mas é preciso um mecanismo que não puna os municípios", disse ele.

Segundo ele, o Brasil continua com a maior taxa de juros do mundo. Como alternativa, defendeu uma política de médio e longo prazo para evitar a alta da taxa como mecanismo de conter a inflação.

No mesmo dia, diante da repercussão, Serra voltou a falar do assunto. Segundo o tucano, a intervenção do governo na atuação do banco vem no momento em que se nomeiam presidente e diretores da instituição, dando a entender que, se eles forem mal avaliados, deverão ser trocados pelo presidente, que disse ser ainda ser contrário a um mandato fixo para os ocupantes de cargos de direção no BC.

"O BC trabalha direito, mas tem que ter um acompanhamento, como em qualquer país do mundo. Não é motivo para sobressalto. Tem que ter autonomia para o seu trabalho, dentro de certos parâmetros, que são os interesses da estabilidade de preços e do desenvolvimento da economia nacional."

Serra descartou, ainda, conferir mandato fixo ao presidente do BC. Segundo ele, a prerrogativa de nomeação do presidente e da diretoria é uma das maneiras de controle da política do BC.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u735159.shtml

Senador tucano diz que propaganda do PT é "violência eleitoral" e cobra reação do TSE

Folha

da Reportagem Local
da Agência Senado

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) protestou nesta sexta-feira, em discurso da tribuna, contra o programa eleitoral gratuito de rádio e TV do PT, transmitido ontem.

Nele, além de destacar a história pessoal e política da pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a compara com o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela.

"O PT cometeu uma violência contra a legislação eleitoral do país, desdenhou da Justiça Eleitoral", disse Dias.

O senador disse esperar uma "reação dura" do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "compatível com a agressão sofrida", em relação ao que classificou de "antecipação de campanha eleitoral do PT, que impôs a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República com muita antecedência".

Sobre o momento em que o presidente da República enaltece as qualidades de Dilma Rousseff e faz um comparativo do seu governo em relação ao de seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Dias declarou que não poderia ficar em silêncio:

"Se a autoridade maior desse país não respeita a lei, como se exigir que o cidadão comum venha a respeitá-la nesse momento crucial de definição do futuro do país?", questionou o parlamentar, ao lembrar que cabe agora aos advogados dos partidos de oposição, analisar as providências cabíveis.

Dias lembrou que no momento da exibição do programa do PT, o TSE julgava pela procedência de uma representação do PSDB e do DEM contra outro programa do PT exibido em dezembro de 2009, multando o partido transgressor com a suspensão de um programa eleitoral no próximo ano.

Conforme observou, a decisão do tribunal de punição ao PT deveria ter recaído sobre o programa de ontem, mas, por "retardo no julgamento", a suspensão foi adiada para 2011, quando não haverá eleições.

Em seu pronunciamento, o senador também classificou como "mentirosas" várias afirmações feitas no programa do PT. Ele informou ainda que em junho será a vez do PSDB transmitir seu programa eleitoral gratuito, destinado a expor as ideias do partido.

"O que fazer? Respeitar a lei ou seguir o exemplo do adversário, afrontando a legislação para tentar conquistar voto", questionou Dias, ao comentar que "nessa competição desigual em que um partido respeita a lei e outro não, o que não respeita é premiado, e a competição se torna desigual".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u735154.shtml

Marina difere de adversários e lança pré-candidatura no domingo em periferia do Rio

Folha - da Reportagem Local

Ao contrário de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que lançaram suas pré-candidaturas em Brasília, Marina Silva (PV) decidiu fazer sua festa fora dos grandes centros urbanos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

O lançamento do nome de Marina à Presidência ocorrerá no domingo, no Riosampa, a partir das 11h.

"A Baixada Fluminense simboliza as periferias das grandes cidades brasileiras --abandonadas, repletas de problemas socioambientais, mas palpitantes de esperanças. O lugar apropriado para Marina apresentar as suas mensagens", afirmou Alfredo Sirkis, coordenador da pré-campanha da candidata do PV.

Segundo Sirkis, Marina tem uma poderosa mensagem para a população dessas periferias --sua vida e seu exemplo de superação.

"Isso é suficiente para diferenciá-la e estabelecer aquele forte vínculo de coração com a mulher pobre e cristã, com o trabalhador que perde quatro horas por dia se deslocando ao trabalho, a partir de sua esquecida cidade-dormitório, e com o jovem de classe média local, que se vê privado de equipamentos culturais ou de entretenimento saudável."

Na ocasião, Marina ainda receberá o título de Cidadã Iguaçuense, oferecido pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u735094.shtml

Por superstição, QG tucano em São Paulo, no Joelma, vai ter o número alterado

O staff de José Serra contará com o apoio do aliado e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para se livrar da influência malévola do 13 durante a disputa eleitoral. A pedido do presidente do PMDB, Orestes Quércia, e com a autorização do proprietário do imóvel, a Prefeitura de São Paulo está trocando o número do edifício onde funcionará o comitê de campanha de Serra e Geraldo Alckmin nessas eleições: de 184 para 182.

Veja vídeo com superstições que cercam o edifício

A associação com o 13 do PT é só coincidência. Discípulo de Pitágoras --e adepto da teoria de que cada número traz um significado--, Quércia quer é afugentar os efeitos do temido 4. Como sua pronúncia se assemelha a "morte" em chinês, o 4 é evitado no Oriente. E por Quércia.

Para chegar a um resultado na numerologia, é preciso somar os algarismos de um número até que reste apenas um. É assim que 184 (1+8+4) vira 13. E, depois (1+3), 4.

Quércia recorre à numerologia cada vez que se instala num novo endereço. Como ocupará salas do edifício Praça da Bandeira antigo Joelma, pediu a troca. Kassab consultou o proprietário.

Com a mudança, troca-se o 4 pelo 2. Embora rechace a vinculação do 4 com a morte, a numeróloga Vera Caballero reconhece que o 2 é benéfico por sua associação à diplomacia --o 4 seria "falta de jogo de cintura".

QG do tucanato desde 2004 --quando abrigou a equipe de transição de Serra para a prefeitura--, o Joelma foi palco de trágico incêndio em 1974, com 188 mortes.

Pré-candidato do PSDB ao Senado, Aloysio Nunes Ferreira confessa que tem medo de assombração. Mas que isso não se aplica ao Joelma. Apesar disso, ele diz que os comitês do partido foram benzidos antes de ocupados.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u734722.shtml

13 de mai. de 2010

PP gaúcho formaliza apoio à chapa do PSDB

Valor  -  Folhapress, de Brasília

O PP do Rio Grande do Sul informou ontem que vai apoiar a candidatura de José Serra (PSDB) à sucessão presidencial mesmo sem ter fechado ainda aliança com o PSDB no Estado. É o primeiro diretório estadual do PP a anunciar apoio formal ao tucano.

A decisão foi anunciada após reunião em Brasília da qual participaram os presidentes nacionais do PP, Francisco Dornelles (RJ), e do PSDB, Sérgio Guerra (PE), além dos presidentes das duas siglas no Estado. No Rio Grande do Sul, o PP tem grande representatividade. São 9 deputados estaduais, 5 federais, 149 prefeitos, 120 vice-prefeitos, 1.177 vereadores e 484 municípios.

A aliança estadual entre os dois partidos também caminha para ser formalizada. O PP deve indicar o vice na chapa da governadora Yeda Crusius (PSDB) à reeleição, além de um candidato ao Senado, a jornalista Ana Amélia Lemos. Também há acordo encaminhado para aliança na chapa proporcional para deputado federal. A única pendência é a chapa para deputado estadual, onde há resistência dos tucanos que temem perder cadeiras para o PP.

Levantamento da "Folha de S. Paulo" mostrou que pelo menos mais 10 diretórios do PP devem anunciar apoio a José Serra. Os demais tendem a apoiar Dilma Rousseff (PT). O PSDB nacional tenta atrair o partido para a chapa do tucano oferecendo a vaga de vice-presidente da República. Dornelles disse que esta é uma decisão que só será tomada em junho e que os diretórios estaduais estão liberados para fechar as alianças que desejarem.

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/6264126/pp-gaucho-formaliza-apoio-a-chapa-do-psdb

Candidatura oficial de Serra será lançada na BA

Eleições: Escolha reflete estratégia do PSDB de conseguir 40% dos votos no Nordeste para bater Dilma em outubro

Valor - Murillo Camarotto, do Recife

Considerada estratégica para as pretensões eleitorais do PSDB, a região Nordeste deverá ser o palco da convenção nacional do partido, que lançará oficialmente no dia 12 de junho a candidatura de José Serra à Presidência da República. A festa, segundo o presidente nacional dos tucanos, senador Sérgio Guerra, deverá ocorrer em Salvador (BA), capital do maior Estado do Nordeste e que reuniria "as características culturais do brasileiro típico".

A ideia de realizar o evento no Nordeste ganhou corpo recentemente, no ritmo das constantes visitas de Serra à região. Nos últimos 30 dias, o presidenciável passou por Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas. Hoje chega a Pernambuco e na próxima segunda-feira vai ao Ceará. Também estavam planejadas para este mês viagens ao Piauí e à Paraíba.

Apesar de ainda não estar confirmada oficialmente, a realização da convenção tucana em Salvador tem o objetivo de reforçar o compromisso de Serra com o Nordeste, segundo afirmou o presidente do PSDB na Bahia, Antonio Imbassahy, provável anfitrião do encontro. De acordo com o tucano, os militantes locais só aguardam o sinal verde do comando do partido para começarem a organizar da festa.

Comemorações à parte, a decisão do PSDB evidencia a determinação do partido em obter uma votação melhor no Nordeste, conhecido reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas eleições de 2006, o petista abocanhou nada menos que 66,78% dos votos válidos da região no primeiro turno, colocando uma diferença superior a 10 milhões de votos sobre o rival Geraldo Alckmin (PSDB), que ficou com 26,15%.

Nas contas do PSDB, Serra será eleito presidente se obtiver algo próximo aos 40% dos votos válidos no Nordeste, onde estão quase 36 milhões de eleitores, segundo os dados mais recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Neste sentido, as articulações seguem intensas e o ex-governador paulista dispõe até agora de palanques em sete dos nove estados do Nordeste. O caso mais problemático é o do Ceará, onde o governador Cid Gomes (PSB), que apoiará Dilma Rousseff, ainda não tem sequer adversário em sua caminhada para a reeleição. O aliado de maior peso de Serra é o senador Tasso Jereissati, que tentará renovar o mandato.

Em outros estados, entretanto, Serra terá aliados importantes. Na Bahia, quarto colégio eleitoral do país, terá a seu lado o ex-governador Paulo Souto (DEM), que tenta voltar ao poder. Também haverá palanques fortalecidos para o tucano no Maranhão, com Jackson Lago; no Piauí, com o ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes; e no Rio Grande do Norte, com a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Além desses, Serra conta em Sergipe com o apoio do ex-governador João Alves, que também tenta voltar ao comando do Estado. Já em Alagoas, subirá no palanque do governador Teotônio Villela, que busca a reeleição. Em Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos, pré-candidato ao governo, pedirá votos para Serra. Os dois almoçam juntos nesta quinta-feira, no Recife.

Antes do encontro, Serra concederá entrevista ao radialista Geraldo Freire, o mais popular de Pernambuco, frequentemente visitado pelos líderes políticos nacionais que passam pelo Recife. Entre as prioridades da campanha do tucano em suas incursões pelo Nordeste está justamente a conversa com o maior número possível de rádios locais. A ideia é aproximar a figura de Serra da população mais simples, muito identificada com Lula.

Além do Nordeste, a outra grande aposta tucana é Minas Gerais, que também pode ser o fiel da balança da eleição. A intenção do PSDB é que Serra coloque pelo menos 3 milhões de votos de diferença sobre Dilma Rousseff, puxado pela popularidade do ex-governador Aécio Neves. Em 2006, Lula venceu em Minas com frente de mais de 1 milhão de votos sobre Alckmin.

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/6264122/candidatura-oficial-de-serra-sera-lancada-na-ba

Na TV, Dilma eleva o tom contra os tucanos

Objetivo é desconstruir o discurso de que a política econômica é apenas continuidade do FHC

Vera Rosa - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Vestida em figurino sob medida para desconstruir o discurso tucano de que a política econômica do governo Lula é apenas a continuidade bem-sucedida da gestão Fernando Henrique Cardoso, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparecerá nesta quinta-feira, 13, à noite na TV em novo estilo.

Estrela do programa de TV do partido, que será exibido em rede nacional, Dilma adotará tom menos técnico e mais político para apresentar projetos sociais que ela própria coordenou quando era ministra da Casa Civil, como o Luz para Todos.

Dilma atuará como âncora do programa, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estratégia petista consiste em mostrar que os investimentos na área social só foram possíveis porque o governo Lula rompeu dogmas econômicos da era FHC: aumentou o salário mínimo acima da inflação, elevou o superávit primário e pagou a dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Dirigido pelo marqueteiro João Santana, o programa de TV foi "vendido" para os representantes dos partidos aliados como uma "inflexão" na campanha de Dilma.

As "conquistas" decorrentes do que o PT classifica como mudança da política econômica foram traduzidas para o cotidiano da população em formato publicitário. A escolha desse tom para a propaganda não foi por acaso: pesquisas em poder do PT indicam que, para a maioria dos eleitores, Lula herdou a estabilidade econômica produzida no governo tucano. O comando da campanha de Dilma está empenhado em desfazer essa imagem.

Representação

O PSDB e o DEM entraram com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na tentativa de impedir a exibição do programa petista, mas nada conseguiram.

A oposição argumentou que o PT usou o espaço reservado à propaganda partidária no semestre passado para promover a candidatura de Dilma. "Isso chega às raias do absurdo", afirmou ontem chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.

A pré-candidata do PT gravou cenas em um assentamento de trabalhadores rurais em Brumadinho (MG), onde vai apresentar a vida dos agricultores beneficiados pelo Luz Para Todos.

Dilma também visitou o Parque Eólico de Osório (RS), inaugurado quando ela ainda era ministra de Minas e Energia.

Energia

O PT quer associar a imagem de Dilma aos investimentos em energias renováveis no momento em que a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, é atacada por ambientalistas.

A ex-ministra fez, ainda, uma gravação ao lado de Lula durante a cerimônia de lançamento do primeiro navio Suezmax, batizado de João Cândido, em Ipojuca (PE). A construção do navio contou com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), carro-chefe da campanha de Dilma.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,na-tv-dilma-eleva-o-tom-contra-os-tucanos,551151,0.htm

Serra defende política pública para área de medicamentos

Mas evita mais uma vez criticar a gestão do presidente Lula

Corrreio Braziliense - Alana Rizzo


O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, cobrou uma política mais ofensiva para a saúde. Poupando críticas à gestão do atual governo, o tucano disse, em entrevista ao Programa do Ratinho, que a área “deixou de acelerar como antes e aí começa a fazer falta”. O ex-ministro da Saúde disse, anteontem, em Goiânia, que vai criar o Programa de Aceleração da Saúde, um trocadilho ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), bandeira eleitoral da adversária, Dilma Rousseff (PT).

O plano, segundo aliados de Serra, ainda não está pronto. Entretanto, o pré-candidato vem destacando em eventos e entrevistas que pretende criar uma nova política pública para a área de medicamentos e reivindicar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que define os percentuais mínimos que os governos devem aplicar na saúde. O pré-candidato disse ainda que a ausência de fiscalização é que dá margem para problemas, entre eles, como a falta de equipamentos. Serra aproveitou para comentar que, durante sua gestão no Ministério da Saúde, cobrava mais informações sobre a situação da área pelo Brasil. Ontem, em entrevista ao SBT Brasil, Lula alfinetou o tucano: “O Serra agora está sabendo tudo o que ele não sabia quando estava no governo”.

A oposição acredita que o governo terá problemas no debate sobre a saúde, especialmente por conta da demora em aprovar a proposta que aumenta o repasse de recursos federais para a área. “É um ponto fraco. O projeto está aqui desde 2003 e até hoje o governo não concordou em votar nos termos que a saúde precisa”, destaca o primeiro secretário da Câmara dos Deputados, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG).

Na entrevista ao Ratinho, Serra (1)disse que o problema não é só dinheiro. “Você precisa mobilizar a máquina administrativa.” Entre as propostas defendidas pelo tucano, estão a organização de mutirões, o fortalecimento das equipes de saúde da família e a gestão das unidades de atendimento. O candidato vem buscando informações sobre os variados modelos de administração de hospitais adotados pelos governos estaduais. Pediu ainda um levantamento sobre a lei de consórcios públicos, aprovada pelo Congresso.

Cabos eleitorais
Os tucanos pretendem transformar os profissionais da saúde em cabos eleitorais de Serra, que foi ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso. O Movimento Brasil Saúde, criado este ano em apoio ao candidato, já articula ações no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Minas Gerais e Maranhão.

Serra voltou a dizer que é contra o aborto numa entrevista coletiva, após o programa. “Não sou a favor de mexer na legislação, mas qualquer deputado pode fazer isso. Como governo, não vou tomar essa iniciativa”, afirmou. Pela manhã, em entrevista ao grupo gaúcho de comunicação RBS, a pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff defendeu que o aborto seja tratado como uma questão de saúde pública e não como uma questão pessoal ou religiosa. “Nenhuma mulher defende ou diz que quer fazer porque é uma violência contra ela.” Segundo ela, um governo não tem que ser a favor ou contra. “O aborto é uma agressão física e a mulher recorre a isso num desespero.”

Serra não abandonou o discurso da segurança pública que, segundo ele, fará parte do PAS 2 (Programa de Aceleração da Segurança Pública). O pré-candidato defendeu a criação de uma Polícia Federal uniformizada para combater o crime organizado nas fronteiras. Se eleito, o tucano promete a criação do Ministério da Segurança Pública.

Bombas nucleares
Ao longo do dia, Dilma corrigiu uma parte da entrevista à RBS que gerou polêmica. Segundo a assessoria, a ex-ministra se confundiu ao dizer que o Irã “controla armas nucleares”, quando na verdade falava que o Irã “controla a tecnologia nuclear” e não as armas. O país islâmico nega que tenha o armamento e que seu programa nuclear tenha apenas fins pacíficos. “O Irã não é uma civilização como a iraquiana. É um país com mais de 70 milhões de habitantes. Controla armas nucleares e tem posicionamento internacional expressivo na região”, disse Dilma, pela manhã.

Na entrevista, a petista defendeu o uso pacífico da tecnologia. “A tentativa de construir um caminho em que haja o abandono de armas nucleares como armas de agressão e passe a ser pura e simplesmente pacífico (o uso) da energia nuclear é bom para o mundo inteiro.”. Para ela, é humanitária a tentativa do Brasil de dialogar com o governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o Irã entre os próximos dias 15 e 17. “O Brasil não concorda em transformar o Irã em uma região conflagrada”.

1 - Apoio
O PP do Rio Grande do Sul fechou ontem apoio à candidatura de José Serra ao Palácio do Planalto. É o primeiro diretório forte a oficializar a aliança com o tucano. O acordo faz parte da tentativa de viabilizar o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) a vice-presidente na chapa tucana.

DESTAQUE AO MEIO AMBIENTE
No segundo e último dia de sua visita a Natal, a senadora Marina Silva, pré-candidata do Partido Verde (PV) à sucessão presidencial, destacou que é necessário que o governo federal exerça uma discussão em torno do meio ambiente. Na opinião da senadora, é de extrema relevância que o desenvolvimento trabalhado hoje seja modificado rapidamente. “O modelo de desenvolvimento predatório imposto até hoje tem que ser modificado de forma emergencial”, disse. Para Marina, é preciso integrar a luta de prevenção ao meio ambiente. “Antes cada um lutava em seu lugar, seu território. A partir de agora, essa luta deve se transformar em um verdadeiro ensaio geral”, destacou.

O diretor do filme Tropa de Elite 2, José Padilha, negou a existência de um parlamentar corrupto chamado “deputado Fraga”, que seria o antagonista da história, ao rivalizar o personagem central Capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura. Em nota, o cineasta responde à polêmica provocada depois de o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) reclamar em plenário que o antagonista seria uma referência a seu nome. “O filme Tropa de Elite 2 não tem nenhum deputado corrupto chamado Fraga. Existe, sim, um personagem com esse nome, mas ele não é um deputado corrupto. O deputado corrupto, totalmente fictício, diga-se de passagem, chama-se Guaracy”, divulgou Padilha.

O cineasta escreve que “nunca havia ouvido falar” no deputado do DEM, mas, depois do desabafo do parlamentar, pesquisou sobre o histórico de Fraga na internet e descobriu que ele é um deputado aliado do ex-governador José Roberto Arruda.

Padilha reclama da reação dos deputados que criticaram o roteiro por colocar parlamentares como bandidos. Segundo o cineasta, a atitude dos deputados fere a “liberdade de expressão”. Nem mesmo o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), se salvou das críticas. A declaração de Temer, que respondeu positivamente ao pedido de Fraga para analisar o tratamento da Casa no filme, informando que a Procuradoria da Câmara entraria no caso, foi interpretada por Padilha como censura. “Será que a procuradoria vai virar um órgão de censura, cuja função é tentar proibir que artistas se inspirem na Câmara e em seus membros para fazer filmes?”. A produtora do cineasta entrou em contato com a presidência da Casa para fazer filmagens, mas o pedido acabou negado. O argumento dado foi a impossibilidade técnica.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/13/politica,i=192137/SERRA+DEFENDE+POLITICA+PUBLICA+PARA+AREA+DE+MEDICAMENTOS.shtml

Como pré-candidata, Dilma Rousseff reformula discurso sobre sua fé

Folha

JOHANNA NUBLAT
FÁBIO ZAMBELI
RANIER BRAGON
da Sucursal de Brasília

Em campanha pelo Planalto, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, reformulou radicalmente o discurso sobre sua fé em um intervalo de três meses.

Desde que disse em fevereiro deste ano que não tinha religião específica, a petista concedeu várias entrevistas nas quais aborda o tema e, na mais recente, publicada pela revista "IstoÉ" desta semana, se disse "antes de tudo, cristã. Num segundo momento, católica".

A transformação é ainda maior se levado em conta o período que precede sua pré-candidatura. Na sabatina feita pela Folha, em 2007, a então ministra da Casa Civil foi questionada sobre acreditar em Deus e ser religiosa. "Eu me equilibro nesta questão. Será que há? Será que não há?", ponderou.

Neste ano, as perguntas foram refeitas, em entrevistas exclusivas. "Uma religião específica, a senhora não tem?", questionou a revista "Época" em fevereiro. "Não, mas respeito".

Quando questionada sobre seu credo, declarou acreditar numa força superior: "Não sei se é o seu Deus, mas acredito numa força maior que a gente", disse à "Época".

A petista costuma contar que estudou em escola católica, foi batizada e crismada. Há um ano, porém, em entrevista à "Marie Claire", a então ministra disse que não praticava a religião. "Balançou o avião, a gente faz uma rezinha", brincou.

Em pré-campanha, Dilma se aproximou da Igreja Católica usando como porta o reduto "mariano", mais conservador, incrustado na Basílica Nacional de Aparecida, que atrai 10 milhões de fiéis por ano.

Para eles, a ex-ministra deu um presente: incluiu a cidade na rota do Trem-Bala. Aparecida, que havia sido eliminada do traçado inicial, apareceu como sede de uma estação no edital.

A segunda investida se deu pela Renovação Carismática. Além de ir ao santuário do padre Marcelo Rossi, em São Paulo, Dilma passou a frequentar a Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).

A "conversão" teve início em dezembro de 2008, quando ela participou do evento "Hosana Brasil", que atrai 40 mil pessoas ao acampamento montado às margens da via Dutra.

A assessoria de Dilma disse que ela estava viajando e que não seria possível localizá-la para comentar o assunto.

Arte/Folha


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u734338.shtml

PV aumenta pressão para que Leal seja vice de Marina Silva

Folha - BERNARDO MELLO FRANCO
enviado especial a Natal

O PV aumentou a pressão sobre o empresário Guilherme Leal para que ele assuma o papel de vice na chapa de Marina Silva à Presidência. A senadora quer apresentá-lo oficialmente domingo, na festa de lançamento de sua pré-candidatura, em Nova Iguaçu (RJ).

Dono de patrimônio estimado em US$ 2,1 bilhões pela revista "Forbes", ele ainda resiste a deixar o comando da Natura para se dedicar à campanha, o que tem gerado impaciência na equipe da senadora. Os dois devem ter uma reunião decisiva hoje, quando ela retorna do Rio Grande do Norte.

Marina tenta convencer Leal de que a aparição dos dois juntos no domingo pode render espaço no noticiário e dar novo impulso à chapa. "Estamos conversando o tempo todo", disse ela à Folha.

"Ele está refletindo com sócios, amigos e família. Enquanto tem gente arrombando as portas para entrar na política, ele está gentilmente pedindo licença", afirmou Marina.

O coordenador da campanha, Alfredo Sirkis, levou a pressão para a internet. Ele afirmou em seu blog que o PV espera anunciar Leal como vice no domingo, "dependendo apenas de seu OK final".

Anteontem, ele foi a São Paulo para se reunir com o empresário, mas não ouviu uma resposta conclusiva. "Acho que ele está decidido a entrar. Mas é uma questão de tempo e conveniência", disse Sirkis.

Na segunda-feira, Leal disse à Folha que ainda não havia tomado uma decisão e que não sabia se o faria até domingo. "Temos tempo", desconversou.

A interlocutores ele diz temer o efeito de uma candidatura sobre os negócios e a privacidade da família. Também alega receios ligados à sua segurança. Ele já circula em São Paulo de carro blindado, mas acredita que teria que passar a usar escolta, entre outras precauções.

Para os verdes, a entrada de Leal abrirá portas para a adesão de mais empresários a Marina. Sua presença reforçaria a competitividade da campanha, ajudando na arrecadação de doações com o setor produtivo.

O PV também quer forçar uma comparação com Michel Temer (PMDB) e Francisco Dornelles (PP), cotados para vice de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), respectivamente. "Os vices da Dilma e do Serra são um problema. O nosso é uma solução", diz Sirkis.

Segundo Marina, Leal seria um símbolo de seu compromisso com o que chama de economia do século 21: "Estamos procurando integrar as experiências da academia e do empresariado moderno. Ele ajuda nessa síntese".

A senadora aposta ainda numa reedição do "efeito José Alencar" na vitória do presidente Lula em 2002. A adesão do dono da Coteminas ajudou a derrubar resistências ao PT.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u734335.shtml

12 de mai. de 2010

Dilma admite retaliações comerciais contra a Argentina

ELDER OGLIARI - Agência Estado

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje, em entrevista aos veículos do Grupo RBS, em Porto Alegre, que o Brasil pode utilizar retaliações comerciais contra a Argentina. Essa seria uma reação ao bloqueio do país sul-americano aos alimentos brasileiros que tenham similares locais - e seria adotada desde que não haja acordo pelo diálogo. "O Brasil tem de ser firme nesta questão", afirmou a ex-ministra-chefe da Casa Civil, para destacar que, com diálogo, é possível mostrar que essa situação não é boa para nenhum dos lados.

Falando sobre invasões de terras, Dilma afirmou que não concorda com nenhuma prática ilegal. "Movimento é movimento e governo é governo. A parte que cabe ao governo é zelar pela ordem pública", disse a pré-candidata petista, com a ressalva de que isso não significa que não se possa dialogar, desde que a conversa seja na legalidade. "A lei é para todos", reiterou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-admite-retaliacoes-comerciais-contra-a-argentina,550744,0.htm

Marina cutuca rivais e defende nova mentalidade política

ANNA RUTH DANTAS - Agência Estado

Pré-candidata à Presidência da República pelo PV, a senadora Marina Silva atribuiu aos seus dois concorrentes diretos, José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT), os modelos de desenvolvimento do século 19 e 20, respectivamente. "Eles defendem o modelo de desenvolvimento dos séculos 19 e 20. O Brasil precisa mudar a mentalidade política. As pessoas estão fazendo um cálculo que é só juntar máquinas partidárias e colocar as pessoas para votar. O Brasil não precisa de gerente, precisa de pessoas com visão política, que pensem no processo, que criem estruturas e meios para fazer as coisas."

Sem deixar o tom de crítica, ela disse que as políticas sociais do governo Lula "valeram a pena", mas que o PT não conseguiu implementar o desenvolvimento sustentável. "As políticas sociais do governo Lula valeram a pena. Mas infelizmente o PT não foi capaz de se integrar a luta pelo desenvolvimento sustentável. As vezes é preciso sair de casa para de alguma forma continuar junto. Eu saí (do PT) porque não foi possível implementar uma visão de desenvolvimento sustentável dentro do governo e o PT ainda não alcançou esse objetivo", disse ela, durante entrevista a uma emissora de rádio de Natal.

Ela voltou a dizer que "jamais" imaginou ver o senador Fernando Collor de Mello no palanque da ex-ministra Dilma. "Eu disse alguns anos atrás que quem viver verá, mas jamais imaginei que pudesse ver isso. A sociedade vai fazer o seu julgamento e sentir que está dando continuidade daquilo que entende ser", destacou.

Marina Silva continua cumprindo agenda hoje na capital potiguar. À tarde ela se reunirá com assessores de campanha e, depois, estará no 20º Encontro Nacional da Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma).

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-cutuca-rivais-e-defende-nova-mentalidade-politica,550752,0.htm

Dilma defende retaliação caso Argentina proíba importação de alimentos

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu hoje que o Brasil retalie a Argentina se o país vizinho proibir a importação de alimentos que também sejam produzidos localmente.

A medida, anunciada na quinta passada pelo secretário do Comércio Interior argentino, Guillermo Moreno, está prevista para vigorar em junho e pode barrar produtos brasileiros como carne suína, tomates e milho em conserva.

"Existe pela OMC [Organização Mundial do Comércio] e pelo Mercosul a possibilidade de retaliar. Uma medida tão agressiva como essa que foi tomada contra o Brasil, ela tem de ser respondida. O primeiro momento é ter uma posição firme, muito forte", disse a presidenciável durante entrevista ao programa "Painel RBS", hoje pela manhã.

A petista sustentou que o Brasil deve lidar da mesma forma como "quando começamos a brigar com os Estados Unidos pelo algodão".

O país obteve o direito de retaliar produtos americanos porque Washington deu ao setor algodoeiro subsídios que a OMC considerou ilegais.

Dilma também criticou a medida não ter sido formalizada pelo governo argentino. "Não acho adequado o que foi feito pela Argentina contra o Brasil. Primeiro, foi feito sem manifestação formais. Uma relação entre dois países é formal", declarou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u734113.shtml

PP-RS anuncia apoio a José Serra

Folha - ANDREZA MATAIS
da Sucursal de Brasília

O PP do Rio Grande do Sul informou hoje (12) que vai apoiar a candidatura de José Serra (PSDB) à sucessão presidencial mesmo sem ter fechado ainda aliança com o PSDB no Estado. É o primeiro diretório estadual do PP a anunciar apoio formal ao tucano.

A decisão foi anunciada após reunião em Brasília da qual participaram os presidentes nacionais do PP, Francisco Dornelles (RJ), e do PSDB, Sérgio Guerra (PE), além dos presidentes das duas siglas no Estado. No Rio Grande do Sul o PP tem grande representatividade. São 9 deputados estaduais, 5 federais, 149 prefeitos, 120 vice-prefeitos, 1.177 vereadores e 484 municípios.

A Folha apurou que a aliança estadual entre os dois partidos também caminha para ser formalizada. O PP deve indicar o vice na chapa da governadora Yeda Crusius (PSDB) à reeleição, além de um candidato ao Senado, a jornalista Ana Amélia Lemos. Também há acordo encaminhado para aliança na chapa proporcional para deputado federal. A única pendência é a chapa para deputado estadual, onde há resistência dos tucanos que temem perder cadeiras para o PP.

Levantamento da Folha mostrou que pelo menos mais 10 diretórios do PP devem anunciar apoio a José Serra. Os demais tendem a apoiar Dilma Rousseff (PT). O PSDB nacional tenta atrair o partido para a chapa do tucano oferecendo a vaga de vice-presidente da República. Dornelles disse que esta é uma decisão que só será tomada em junho e que os diretórios estaduais estão liberados para fechar as alianças que desejarem.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u734091.shtml

Pré-candidata à Presidência, Dilma diz que aborto é uma violência contra a mulher

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje que o aborto é "uma violência" e que "nenhuma mulher defende". "Ninguém fala: 'quero fazer uma aborto'", disse ela.

Dilma disse que "o governo não tem que ser a favor ou contra o aborto, e sim a favor de políticas públicas". Ela afirmou que o Estado tem que oferecer políticas públicas que garantam a realização de abortos em casos em que a legislação brasileira já o prevê, como em gravidez decorrente de estupro ou quando há risco para a mãe.

"Não é possível deixar que mulheres das classe populares utilizem métodos medievais como agulhas de crochê, tricô ou chás absurdos [para fazer um aborto]", disse a ex-ministra.

Invasões

Em entrevista hoje pela manhã para o programa de entrevista "Painel RBS", transmitido pela Rede RBS para todo o Rio Grande do Sul, a pré-candidata criticou as invasões de terra promovidas por movimentos sociais.

"Não concordo com nenhuma prática ilegal. Movimento é movimento e governo é governo. A parte que cabe ao governo é zelar pela ordem pública", disse.

Ela afirmou também que não concorda com a invasão de prédios públicos ou impedimento de funcionários. "Isso não significa que não nos dispomos a negociar e a dialogar. Agora, não se dialoga em ilegalidade."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733970.shtml

Promessa sobre ficha suja afeta palanque de PT e PSDB

AE - Agência Estado

Se PT e PSDB cumprirem a promessa de não ter candidatos com ficha suja na disputa pelos governos estaduais, Senado e casas legislativas nas eleições de outubro, ambos vão ter de abrir mão de importantes nomes - alguns já apresentados como pré-candidatos. A promessa foi feita pelos presidentes dos partidos, José Eduardo Dutra (PT) e o senador Sergio Guerra (PSDB), durante debate no auditório do Grupo Estado, na segunda-feira, em São Paulo.

Ex-governador da Paraíba e pré-candidato tucano ao Senado, Cássio Cunha Lima não poderia concorrer. Foi cassado em última instância por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e político e deixou o cargo em fevereiro de 2009. Procurado, Cunha Lima não respondeu ao pedido de entrevista.

Já no Tocantins, o PT perderia o aliado e amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), parceiro do governo federal no projeto Manuel Alves, de produção de frutas para exportação, uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) inauguradas pela ex-ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT Dilma Rousseff antes de estar concluída. Miranda foi cassado TSE e deixou o governo em agosto.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,promessa-sobre-ficha-suja-afeta-palanque-de-pt-e-psdb,550723,0.htm

PV vai lançar Marina em ato para 'periferia urbana'

AE - Agência Estado

O PV pretende fazer do lançamento da pré-campanha de Marina Silva à Presidência no domingo, no município carioca de Nova Iguaçu, um contraponto às estratégias eleitorais do PSDB e PT. Os dois partidos lançaram os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) em eventos milionários realizados em Brasília. Ao referendar a candidatura de Marina na casa de shows Riosampa, palco de eventos populares da Baixada Fluminense como bailes funk, coordenadores da pré-campanha buscam colar a imagem de Marina à periferia.

"O objeto do Serra e da Dilma é o establishment político. O nosso, o povão da periferia", disse o coordenador da pré-campanha, Alfredo Sirkis. Pesquisas qualitativas do PV mostram que é nesse segmento que ela pode crescer mais. Com um tempo irrisório para o programa de TV e dificuldades de atrair eleitores do PT ou do PSDB, o PV aposta no voto da população de baixa renda das regiões metropolitanas. "Marina é a pobre que venceu na vida", disse Sirkis.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pv-vai-lancar-marina-em-ato-para-periferia-urbana,550645,0.htm

Dilma tenta agradar plateias distintas

LUCAS AZEVEDO - Agência Estado

Após passar parte do dia em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul, onde participou de um evento que discutiu o desenvolvimento da região, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rumou para Porto Alegre para cumprir uma agenda noturna. Em dois eventos distintos, a petista falou para o alto empresariado gaúcho e a fiéis correligionários.

No primeiro compromisso, que contou com a presença da governadora Yeda Crusius (PSDB), Dilma foi recebida por empresários durante a posse da direção da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), no clube Leopoldina Juvenil, o mais tradicional de Porto Alegre. Aos empresários, a ex-ministra exaltou as conquistas econômicas do governo Lula, salientando a distribuição de renda e a inclusão social.

Em seguida, Dilma participou do lançamento de um comitê suprapartidário, que contou com a presença de aliados, líderes, do ex-ministro Tarso Genro e do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. Para as centenas de pessoas presentes no encontro, que ocorreu no clube Farrapos, recanto bem mais popular que o do primeiro encontro, Dilma fez um discurso que rememorou os tempos de militância e o início da vida pública, em Porto Alegre.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-tenta-agradar-plateias-distintas,550461,0.htm

Aliança em processo de involução

Valor - Rosângela Bittar

Em todo início de governo, principalmente, e ao longo do mandato, nos embates políticos, os partidos aliados, sempre em choque de interesses, atribuem suas dificuldades à ausência de um articulador político, um mago que possa conduzir as negociações entre eles dando vantagens a todos. É um clássico da política esta discussão sobre a falta que faz o coordenador que, no governo Lula, já foi José Dirceu (PT), Aldo Rebelo (PCdoB), Jaques Wagner (PT), Walfrido dos Mares Guia (PSB), José Múcio Monteiro (PTB), Alexandre Padilha (PT). A panaceia representada pelo pobre funcionário, em cujas mãos se depositam todas as esperanças de acerto, atingiu agora a campanha eleitoral.

É por sua ausência, alega-se, que PT e PMDB não se acertam e adiamentos inexplicáveis têm sido registrados na agenda da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Se pudesse ser definido em uma palavra o estado da arte da aliança eleitoral do PT com o PMDB para as eleições presidenciais de 2010, neste momento exato, esta seria involução. E os analistas da campanha dizem que o andar de caranguejo se deve à falta desse profissional, um político competente para comandar os partidos.

A começar por Minas, e não só de Minas, surgem sinais fortes de mudança de propósitos que deixa inquietos aliados do governo fora do PT. Bem verdade que este projeto nunca esteve bem definido, mas tão pouco nítido, como agora, entrando no recuo, também nunca. O senador Hélio Costa (PMDB-MG), renhido candidato a governador de Minas com o apoio do PT, recolheu-se discretamente logo que terminou a prévia para escolha do candidato petista, oficialmente, a governador, na prática a senador na chapa de Costa. Terminada a prévia, escolhido Fernando Pimentel (PT-MG), o PT queria fazer o anúncio, mas foi o PMDB que pediu adiamento. Suspeitam aliados de Dilma que por trás desse súbito recolhimento do PMDB esteja Aécio Neves (PSDB).

Hélio Costa teria se convencido que, dividido, o PT não faria sua campanha, limitando-se a lutar pela vaga ao Senado sem preocupar-se em dividir o voto com o candidato do PSDB, Antonio Anastasia. Temendo o insucesso logo de início, estaria o senador pemedebista mais propenso agora a voltar ao Senado.

O mesmo sentimento viria determinando as decisões de vários candidatos pemedebistas ou apoiados por governadores do PMDB, segundo análises de aliados que colocam o PT sob o signo da desconfiança. No Rio Grande do Sul, o candidato do PMDB, José Fogaça, está anunciando que seguirá as decisões do núcleo regional de seu partido e este, como assinala a análise da campanha petista, "é José Serra".

"O PMDB de São Paulo é Serra, o de Pernambuco é Serra, Mato Grosso do Sul é Serra, Santa Catarina é Serra", cita o dirigente, não vendo muita saída para os candidatos do PMDB em alguns Estados. "Como o Fogaça vai fazer campanha para Dilma Rousseff com o PT batendo nele? E o Tarso Genro (candidato do PT no Rio Grande do Sul) vai bater em quem se não for no Fogaça"? Realmente, uma realidade sem sustentação politica.

Nem no Amazonas, onde os adversários da aliança PT-PMDB não se desenvolvem politicamente, a situação é tranquilizadora. O governador Eduardo Braga (PMDB) não quer apoiar Alfredo Nascimento (PR), o candidato de Dilma Rousseff, e dirige seus esforços para o candidato Omar Aziz, do PMN, partido cuja direção veta a campanha para a candidata petista à Presidência. No Ceará, o PT está impondo um candidato ao Senado, José Pimentel, que acabará afetando a eleição do pemedebista Eunício Oliveira, reconhecido como dono de muitos votos na Convenção Nacional do PMDB que vai aprovar ou não a aliança com o PT.

Até o presidente do partido, Michel Temer, apoiado por todos como o candidato a vice presidente na chapa do PT, tem feito movimentos surpreendentes. No dia seguinte a um jantar com Dilma Rousseff, quando anunciou à saída ter sido convidado para ser o candidato a vice, não produziu um grande ato, evitou o assunto e adiou a reunião do PMDB que faria uma espécie de lançamento oficial de seu nome de cuja escolha não há mais dúvidas.

O PT está cometendo dois erros, segundo os analistas internos da campanha que figuram entre os aliados. O primeiro, deu prioridade total ao desempenho nacional de sua candidata a presidente, e isto pressupunha concessões nos Estados, o que não ocorreu. O outro erro foi considerar o PMDB um partido nacional, que se contentaria com o lugar de vice na chapa concedido ao presidente do partido.

"O problema do PMDB não está na questão nacional, ser vice não resolve os problemas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em São Paulo, em Pernambuco, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul, no Pará, no Amazonas, no Rio de Janeiro, na Bahia, no Ceará, no Maranhão".

Esta concepção equivocada do PT, segundo a análise de aliados, levou a erro de execução. Tendo o tempo de TV do PMDB, e já decidido que o presidente Lula vai eleger Dilma Rousseff, o PT partiu para se fortalecer como partido num futuro governo Dilma e foi tratar de buscar candidatos para fazer uma grande bancada, senadores e governadores. Os aliados do PMDB consideram, com isto, que o PT está jogando sozinho, e resolveram dar um tempo para ver a poeira baixar.

A pressão do funcionalismo público sobre o governo por aumento de salários e benefícios está para o governo como a pressão das centrais sindicais por mais verbas e benefícios trabalhistas. São recebidos como movimentos descompromissados com os resultados, além de terem efeitos eleitorais próximos de zero. A reação do governo, traduzida na tardia braveza presidencial com os funcionários em greve, a quem o presidente Lula mandou negar reajustes e cortar pontos, é também desprovida de efetividade. Tudo já foi dado a estas comunidades e, por isto, delas o governo sabe que não perde o apoio ou os votos. Para uma pressão retórica, uma reação retórica.

Rosângela Bittar é chefe da Redação, em Brasília. Escreve às quartas-feiras
E-mail: rosangela.bittar@valor.com.br

http://www.valoronline.com.br/?impresso/politica/99/6261663/alianca-em--processo-de-involucao

Marina aposta na criação de programas sociais para os jovens

A idéia é garantir o acesso dos jovens ao ensino médio profissionalizante

Correio Braziliense - Erta Souza | Flávia Foreque


Natal (RN) — Candidata do PV à Presidência da República, a senadora Marina Silva (AC) defendeu a adoção de uma “terceira geração dos programas sociais” pelo governo federal. Durante almoço com empresários natalenses, ela explicou que a primeira geração é aquela por meio da qual os governos distribuíam cestas básicas. A segunda, que transfere renda diretamente às famílias — o Bolsa Família — em troca de contrapartida “simples” dos beneficiados. Ou seja, o compromisso de manter os filhos na escola, de levá-los periodicamente ao médico, de as mulheres fazerem pré-natal e exame do colo do útero. Na terceira geração, explicou Marina, o governo precisa focar na educação de qualidade, garantindo aos jovens o acesso ao ensino médio profissionalizante.

Com o respaldo no Rio Grande do Norte restrito ao PV, a senadora Marina Silva(1) disse que irá pautar sua campanha com o apoio do que chamou “núcleos vivos da sociedade”. Embora a prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV), também coordenadora da sua campanha no Nordeste, seja aliada do senador José Agripino Maia (DEM), Marina destacou que não estará no mesmo palanque que ele. “Isso não acontecerá. Até porque ele tem outro candidato. Aqui no Rio Grande do Norte, quem vai fazer minha campanha são a prefeita e o povo”, afirmou.

A senadora lembrou que o DEM e o PMDB, aliados do PV no plano local, apoiam, respectivamente, José Serra e a ex-ministra Dilma Rousseff (PT). Marina disse que vai pautar sua campanha pelo debate e não pelo embate com os seus concorrentes. “Meus concorrentes não são meus inimigos”, afirmou. Ela acrescentou que não tem dificuldade em reconhecer os avanços dos governos FHC — Plano Real — e Lula — programas sociais. “Precimos mantê-los, aperfeiçoá-los e avançar rumo ao futuro”, comentou. A senadora do PV disse ainda que, caso seja eleita, pretende governar com o que houver de melhor no PT e no PSDB e afirmou que o Brasil só tem perdido pelo fato de as duas legendas se negarem a dialogar.

Reivindicações
Durante o almoço, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Natal, Ricardo Abreu, apresentou à pré-candidata do PV uma pauta com diversas reivindicações que têm como objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte. A mesma pauta foi entregue ao pré-candidato do PSDB, o ex-governador de São Paulo José Serra. Entre as sugestões da CDL estão: a efetivação da operacionalização do Aeroporto(2) de São Gonçalo do Amarante; um porto para escoar a produção; desenvolvimento de energias renováveis, como a solar e a eólica; diminuição da carga tributária; incentivo as micro e pequenas empresas.

Marina enalteceu a ideia da CDL de Natal em fazer esse “debate” entre os pré-candidatos à Presidência da República. “Em ocasiões como essa é que as pessoas podem fazer uma análise das ideias, ver o estilo de liderança de cada um e avaliar as propostas apresentadas”, disse. Como em Belo Horizonte na semana passada, a senadora defendeu a criação de uma constituinte exclusiva para fazer as reformas que ainda não foram feitas. “Só vejo essa forma de fazermos as reformas política, tributária e previdenciária, por exemplo”, concluiu Marina.

1 - Cidadã honorária
Em sua passagem por Natal, a senadora Marina Silva recebeu ontem o título de cidadã norte-rio-grandense e natalense. As homenagens foram propostas pelo deputado estadual Paulo Davim (PV) e pelo vereador e secretário municipal de Educação, Edivan Martins (PV). Hoje, ela participa de encontro de secretários municipais de Meio Ambiente, de culto evangélico e concede mais entrevistas na cidade.

2 - Críticas
Diferentemente do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) que trouxe uma “solução de bolso” para a obra do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, Marina foi taxativa. “Quando a gente tem o compromisso ético e político de fazer as coisas, a gente encontra a solução técnica. Quando não existe compromisso ético e político, as dificuldades técnicas são colocadas para não fazer as coisas”, afirmou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/12/politica,i=191913/MARINA+APOSTA+NA+CRIACAO+DE+PROGRAMAS+SOCIAIS+PARA+OS+JOVENS.shtml

Painel da Folha: Em programa do PT, Lula exalta qualidades e diz que "confia" em Dilma

Folha  - da Reportagem Local

Hoje na Folha No programa de dez minutos que o PT exibirá amanhã em rede nacional, o último do partido antes do início oficial da campanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se limita a exaltar as qualidades de Dilma Rousseff e os serviços por ela prestados ao governo, como também enfatiza que "confia" na candidata que escolheu, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a coluna, no mais, o programa se divide entre a comparação presente x passado e a apresentação de Dilma.

No primeiro caso, a tônica são as realizações da era Lula, com a ressalva final de que "nem sempre foi assim". No quesito biográfico, mesclam-se fotos de infância com a trajetória pública da candidata, sem esquecer de sua condição de mãe e, logo mais, de avó.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733841.shtml

11 de mai. de 2010

Marina defende 'terceira geração' do Bolsa-Família

ANNA RUTH DANTAS - Agência Estado

Pré-candidata a presidente da República pelo PV, a senadora Marina Silva defendeu hoje, no Rio Grande do Norte, a implementação de uma terceira geração do programa Bolsa-Família. Segundo ela, a ideia é continuar com a distribuição de renda, mas focando na profissionalização dos jovens.

"A primeira geração era o sacolão, não era o melhor caminho. A segunda geração foi o Bolsa-Família, transferência direta de renda com contrapartida simples, e a terceira geração deve promover a inclusão produtiva. Mantém-se o Bolsa-Família para as famílias em situação de risco, se faz investimento pesado em educação, para os jovens terem profissionalização e serem incluídos produtivamente. Além de uma cesta de oportunidades para as pessoas que querem ser treinadas para determinadas atividades", defendeu Marina, que está em Natal para cumprir agenda de dois dias.

Ela defendeu um plano de desenvolvimento sustentável para o Nordeste, semelhante ao que elaborou para Amazônia, quando foi ministra do Meio Ambiente. "Tem que se ter um Plano de Desenvolvimento Sustentável para o Nordeste brasileiro da mesma forma que fizemos para a Amazônia. Infelizmente o ministro Mangabeira Unger não implementou, mas foi um esforço fantástico que teve a participação de 22 Ministérios, onde trabalhamos os eixos para o desenvolvimento sustentável da região amazônica".

Alternância de poder

Marina afirmou que "lamenta profundamente" a retirada da candidatura de Ciro Gomes e alfinetou os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que teriam, em sua visão, "dificuldade para lidar com a alternância de poder".

"Lamento profundamente Ciro Gomes não seja candidato, porque isso ampliaria a possibilidade de escolha para os eleitores brasileiros. A democracia tem determinados custos, que é viabilizá-la na prática. É bonito dizer que é a favor dela do ponto de vista teórico. As pessoas fazem malabarismos para se evitar que tenha um leque maior de opção porque elas têm dificuldade de lidar com a ideia de alternância no poder", analisou.

A candidata do PV chamou a atenção para o que definiu de "realinhamento" entre PSDB e PT e disse que, se eleita, desejará governar com o que existe "de melhor" nesses partidos. "É fundamental o realinhamento histórico entre PT e PSDB, se ganhar vou querer governar com os melhores. Se o PT e PSDB continuarem sem conversar o Brasil, vai sempre ficar de mal a pior. O PSDB tentou governar sozinho e ficou refém do que havia de pior dos Democratas. O PT tentou governar sozinho e ficou refém do que havia de pior do PMDB. Se tivesse uma conversa entre os dois para assegurar os interesses estratégicos do Brasil, iríamos conseguir angariar base de sustentação, com os melhores do DEM e PMDB", completou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-defende-terceira-geracao-do-bolsa-familia,550248,0.htm

"A campanha é livre", diz Serra sobre Dilma defender política de juros do BC

Folha - ANDREZA MATAIS
Enviada especial a Goiânia

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, mostrou-se surpreso nesta terça-feira com o comentário da petista Dilma Rousseff que defendeu a política do Banco Central em resposta às críticas que o tucano tem feito a alta taxa de juros mantida pela instituição principalmente durante a crise financeira mundial.

Em entrevista, durante visita que faz a Goiânia, Serra afirmava que "não é possível que alguém no país defenda a taxa de juros que é a maior do mundo", quando advertido do comentário da petista. "A Dilma defendeu isso?", perguntou. "Defendeu a política do BC", responderam os jornalistas. "BC que mantém os juros reais como os maiores do mundo. Para mim é novidade que ela tenha defendido o maior juro real do mundo. Esta campanha é livre para todo mundo defender suas posições."

Serra afirmou que não será um "José Alencar" se eleito presidente, ao ser comparado com o vice-presidente da República, um dos mais críticos à alta taxa de juros. "Não tem nada a ver." E explicou que num eventual governo seu a equipe do BC será entrosada.

Ele negou que tenha formado convicção contrária ao status de ministério do BC dado pelo governo Lula. "Nunca pensei nisso. O BC ganhou status de ministério porque havia um processo [judicial] com relação ao seu presidente [Henrique Meireles]. Agora, BC, sendo ou não ministério, é um órgão muito importante que sempre terá peso."

Mau humor

Serra comentou ainda sobre sua discussão com a jornalista Miriam Leitão, colunista da rádio CBN, ontem justamente por causa do tema BC. Ele justificou que tem dificuldades em acordar cedo. O debate foi às 8 horas. "Meu humor vai melhorando sempre ao longo do dia. O ponto alto é a noite. É uma questão de fuso horário, desde que nasci sou assim. Não houve nada agressivo. Foi apenas uma discussão com uma repórter que é experiente e tem suas convicções", afirmou.

Alianças

Sobre as alianças em torno de sua candidatura, Serra afirmou que tem buscado o maior número de partidos, inclusive o PP, mas que o assunto vice será tratado pelo partido e em junho. "Eu não fico falando disso senão dá confusão. Como disse o [Francisco] Dornelles em política a gente não lida com o "se", a gente lida com os fatos", afirmou, citando o presidente nacional do PP, cotado para ser seu vice.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733496.shtml

Marco Aurélio toma posse como ministro do TSE na quinta-feira

Folha - da Reportagem Local

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello toma posse como ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na próxima quinta-feira (13). Ele foi eleito para o cargo pelo STF em abril.

Marco Aurélio já exerceu por duas vezes o cargo de presidente do TSE: a primeira entre 1996 e 1997 e a segunda no biênio 2006/2008. O ministro entra na vaga aberta pela saída do ministro Carlos Ayres Britto, atual vice-presidente do STF.

Marco Aurélio Mello é ministro do STF desde 1990.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733459.shtml

Dilma diz ter acumulado experiência administrativa para governar o país

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Rio Grande (RS)

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje em Rio Grande (RS) que acumulou experiência administrativa para governar o país e minimizou a importância de jamais ter concorrido em uma eleição.

"Fico pensando se às vezes não é bom isso, porque seria uma lufada de ar novo numa situação mais tradicional de fazer política", disse ela.

Sobre eventuais mudanças no Banco Central, caso fosse eleita presidente, Dilma disse que "em time que está ganhando não se mexe".

Ontem, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou que, se houver "erros calamitosos" em políticas do BC, o presidente deve interferir e opinar.

Dilma também foi questionada sobre a investigação contra o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, suspeito de ligação com um suposto integrante da máfia chinesa.

"Se ele tiver envolvimento, tem que se afastar. Não sei qual a gravidade, não tenho como avaliar. Estou falando em termos de conceito. O método é que a gente não julga ninguém previamente porque você passa a ter uma política de condenação sem direito de defesa. Se tiver fundamento a acusação, afasta", afirmou Dilma.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733439.shtml

PT e PSDB divergem sobre 'meritocracia'

AE - Agência Estado

Tema recorrente no discurso dos ex-governadores tucanos José Serra e Aécio Neves e invocada como a marca de gestão do PSDB, a meritocracia entrou no vocabulário do PT, ainda que o partido, por sua relação simbiótica com o sindicalismo, tenha mais dificuldade em transpor a resistência de corporações ao sistema de avaliação e promoção por mérito no serviço público.

Sem alarde, o governo federal implantou por decreto, assinado dia 19 de março, a avaliação de desempenho entre servidores da União. Na semana passada, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu uma reforma administrativa "com meritocracia e profissionalismo". Nas diretrizes do PT para o programa de governo de Dilma é feita a defesa do "serviço público de qualidade, submetido a processos meritocráticos de seleção e promoção".

O governo federal, disse a diretora de Relação do Trabalho do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós de Silva, implantou a meritocracia "de forma negociada" devido à forte resistência entre servidores, que associam a avaliação à possibilidade de demissão. A União fez debates por três anos com servidores antes de adotar a política.

Coordenador da pré-campanha de Dilma Rousseff, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel disse que o que está em jogo neste debate é a razão pela qual se busca um Estado eficiente. Segundo ele, o "Estado enxuto" alardeado pelos tucanos é sinônimo de privatizações e cortes. "O PT quer um Estado eficiente para construir o desenvolvimento com justiça social."

Para o deputado Sidney Beraldo, ex-secretário de Gestão Pública e coordenador da pré-campanha do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, a meritocracia não significa "Estado mínimo". Ele criticou a política de reajustes lineares da União. "Demos aumento, corrigimos salários. Só que valorizamos mais os que produzem mais.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-e-psdb-divergem-sobre-meritocracia,550133,0.htm

Sem PMDB, Dilma recebe manifesto de alianças no RS

Candidata do PT cumpre agenda no Estado uma semana após o principal adversário, o tucano José Serra, visitar a região

Andréia Sadi, iG Brasília


O Rio Grande do Sul recebe nesta terça-feira a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, uma semana após a visita do principal adversário na corrida presidencial José Serra (PSDB). Durante a viagem ao Estado, a segunda em menos de um mês, Dilma receberá um manifesto de alianças assinado por cinco partidos – PT, PSB, PDT, PCdoB e Pátria Livre. O PMDB, maior aliado nacional do partido, deve ficar de fora. O histórico na região é favorável ao tucano em relação ao PMDB gaúcho.

No sul, Dilma cumpre agenda com movimentos populares e vai à posse da nova Diretoria e Conselhos da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul. À noite, no Clube Farrapos, participa de jantar com o comitê “pluripartidário”. Também será montada a pré-comissão que cuidará da campanha de Dilma no Estado. Cada partido terá direito a três nomes. A do PT será liderada por Olívio Dutra, ex-governador do Estado.

O PMDB foi convidado para o jantar, segundo lideranças locais, mas o partido de Michel Temer, cotado para vice de Dilma, não deverá comparecer. O pré-candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul é José Fogaça, que renunciou ao cargo prefeito de Porto Alegre. O PT já lançou o ex-ministro Tarso Genro (Justiça). Eles tentam evitar a reeleição da governadora Yeda Crusius (PSDB).

Como o PMDB não tem candidato à Presidência, Dilma e Serra querem o apoio de Fogaça, que seria o segundo palanque de um dos dois. Nas duas últimas eleições, o PMDB apoiou Serra, em 2002, e Geraldo Alckmin, em 2006.

No Rio Grande do Sul, o PMDB comanda 140 prefeituras. Só é superado pelo PP, que detém 149. No Estado, os pepistas devem ficar com a vaga de vice na chapa Yeda Crusius, que enfrenta diversas denúncias de corrupção desde o inicio do seu governo.

Roteiro sentimental

A viagem de Dilma não cumpre apenas roteiro profissional. A ex-ministra da Casa Civil procura priorizar visitas ao Estado para visitar a filha Paula, que está grávida de um menino. Na última viagem, Dilma acompanhou a filha em exames. O menino se chamará Gabriel e nascerá em setembro.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/sem+pmdb+dilma+recebe+manifesto+de+aliancas+no+rs/n1237615958598.html

PSDB renova carga para conquistar o PP

Tucanos tentam convencer a base no Rio Grande do Sul para consolidar a aliança com o partido no estado e na corrida presidencial

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

Reunidos em São Paulo ontem, os tucanos decidiram fazer uma nova investida sobre o PP nos estados. O alvo da vez é o Rio Grande do Sul, onde o partido do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) já esteve bem próximo de fechar o acordo com o PSDB, mas terminou recuando por causa da resistência tucana em fechar a coligação para deputado federal.

A avaliação feita pelo PSDB é a de que a aliança está emperrada por conta de apenas um deputado federal, o que é muito pouco diante de um partido que pode atrair uma boa estrutura para auxiliar na campanha, tanto para o governo estadual quanto para a Presidência da República. Afinal, o staff do PP gaúcho inclui hoje cinco deputados federais, 150 prefeitos e 1.500 vereadores, números nada desprezíveis para quem concorrerá ao governo estadual e ao Planalto. Por isso, a ideia dos tucanos é tentar convencer o partido no Rio Grande do Sul a aceitar a proposta pepista.

Dentro dessa estratégia, ontem, em entrevista à rádio CBN pela manhã, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, elogiou o PP do Rio Grande do Sul: “O de lá é excelente, tem bons quadros, o de Santa Catarina também”, comentou Serra, que está de olho no apoio dos pepistas nas duas unidades federativas. Ele fez os elogios quando perguntado se teria o apoio do PP de Paulo Maluf e aproveitou para dizer que “Maluf é um, não é o PP do Maluf”, afirmou.

Loteamento
Serra aproveitou para dizer que, na área de infraestrutura, pretende acabar com o “loteamento político das agências reguladoras. “Fui prefeito, governador, ministro da Saúde. Nunca deixei parlamentares indicarem diretores de empresas. A responsabilidade é do chefe de poder. Por que pegar alguém que não tem competência técnica? Só por ser de um partido?”, questionou Serra.

Ele repetiu que pretende manter o Bolsa Família. Entretanto, considera que o programa tem que ser “mais atrelado à saúde é à educação”. Mais uma vez, reforçou a criação do ministério da Segurança e se rendeu à mudança do regime de exploração de petróleo na camada pré-sal, de concessão para partilha da produção, como prefere o governo federal.

Ao se referir aos royalties, o discurso soou como música para os ouvidos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, ao dizer que esses estados não podem perder receitas com as quais contavam antes. Falou ainda da política externa e voltou a defender uma reforma do Mercosul. Nesse contexto, disse que não votaria no presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mas defendeu uma relação amistosa com o país vizinho. Aparentando bom humor, Serra só perdeu a calma durante a entrevista quando perguntado se, eleito, quem seria o presidente do Banco Central de seu governo.

Marina contra a pasta da Segurança

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou ontem, em São Paulo, a ideia de José Serra (PSDB) de criar o Ministério da Segurança Pública, caso seja eleito. Segundo ela, a nova pasta não resolveria o problema. “Faltam propostas e reformas de base nas políticas de segurança pública”, ressaltou. Marina também disse que o uso das Forças Armadas em funções de segurança é um improviso do Estado. “As Forças Armadas não podem ser tratadas como um puxadinho”, afirmou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/11/politica,i=191658/PSDB+RENOVA+CARGA+PARA+CONQUISTAR+O+PP.shtml

Serra é recebido em Goiânia por líderes do DEM

Folha - ANDREZA MATAIS
enviada especial a Goiânia

O presidenciável tucano, José Serra, visita nesta terça-feira Goiânia, em sua primeira incursão ao Centro-Oeste nesta fase de pré-campanha.

No final da manhã, ele foi recebido no aeroporto por cerca de 50 pessoas, representantes de dez partidos, aos gritos de "presidente". Serra chegou de jatinho à capital goiana. O PSDB local não soube informar quem pagou o aluguel.

Em Goiás, o PSDB ainda tenta o apoio do DEM à candidatura de Marconi Perillo para o governo. A expectativa é de que a visita de Serra ajude nesse entendimento. O deputado Ronaldo Caiado e o senador Demóstenes Torres, principais líderes locais do DEM, foram receber Serra no aeroporto.

O candidato tem agenda cheia na capital goiana, onde dará entrevistas para mídia local.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733371.shtml

Pré-candidata do PV revoluciona vocabulário e introduz "marinês" na campanha

Folha  -  BERNARDO MELLO FRANCO
BRENO COSTA
da Reportagem Local

Depois de transformar a questão ambiental em tema obrigatório na campanha, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, tenta promover uma pequena revolução no vocabulário eleitoral.

Em discursos e palestras pelo país, ela tem surpreendido ao recitar expressões estranhas ao dicionário político, como "problemas multicêntricos" e "desadaptação criativa".

A senadora jura não inventar nada, mas reconhece ter dado um sentido particular a alguns verbetes. Um de seus hits é "transversalidade", criado no tempo de ministra do Meio Ambiente e adotado pelos assessores mais próximos.

A "tradução'', como em outros casos, parece mais complicada do que a própria palavra. "Esta era muito usada por mim e por minha equipe para mostrar que a gente precisa de um conhecimento que seja transversal, com uma interação que seja transdisciplinar", explica.

No ABC do "marinês", índios e ribeirinhos da Amazônia são sinônimo de "povos da floresta". Causas que todo político diz apoiar e que nunca saem do papel, como a reforma tributária, viram "consensos ocos". Ou, numa variação mais dramática, para reforçar a ideia de paralisia: "ocos e congelados".

Algumas expressões parecem pedir a tecla SAP para serem decifradas pelo eleitor. Um exemplo muito usado: "Precisamos construir uma aliança intergeracional com compromisso ético". Em linguagem corrente, significaria que ela quer atrair pessoas de todas as idades e honestas.

Ao justificar o fato de ter entrado na disputa a bordo de uma legenda pequena e isolada, ela costuma se dizer à frente de um "movimento transpartidário". Nesse caso, a tradução seria que sua candidatura não se limita aos filiados ao PV.

Outro hábito dela é dizer que a realidade está "grávida de múltiplas respostas". Desta vez, o truque serve como desculpa para driblar perguntas difíceis. Algo como: "Não há respostas prontas para tudo".

Questionada pela Folha sobre a etimologia de seu vernáculo, que às vezes lembra o "do-in antropológico" do colega de partido e também ex-ministro Gilberto Gil, ela invocou raízes acadêmicas. "Essas palavras não foram criadas nem inventadas por mim", garantiu.

"Desadaptação criativa é uma expressão usada por um psicanalista argentino. Acho que tem tudo a ver com o contexto das transformações que o Brasil e o mundo precisam em relação a fazer novas perguntas para obter novas respostas."

O termo é citado sempre que Marina menciona a necessidade de mudança nos hábitos de consumo para evitar o esgotamento de recursos naturais.

"Se a gente não tivesse se desadaptado de usar as rodas apenas puxadas por bois ou cavalos, até hoje estaríamos andando de carroça", explica.

Ela gosta de dizer ainda que o mundo está diante de uma "inflexão civilizatória", ou seja, ficando mais civilizado.

As falas também reciclam termos da cartilha ambiental, como a "descarbonização" da economia. A tradução é simples: a senadora defende um modelo de produção que reduza a emissão de gases-estufa.

"Descarbonização é um termo utilizado no âmbito da convenção de mudanças climáticas", explica. "Mas aos poucos vai fazendo parte do repertório de grupos sociais, de vários segmentos da sociedade."

Marina diz já ter ouvido uma observação semelhante na rua sobre seu vocabulário: "Uma vez, um estudante brincou comigo, sugerindo que talvez fosse necessário fazer um glossário dessas expressões todas. Não seria de todo ruim".

Mas ressalva: "As pessoas, diferentemente do que se pensa, compreendem o que se diz dentro de um contexto. E eu procuro usar sempre as palavras dentro de um contexto".

Arte/Folha



http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733097.shtml

Justiça Eleitoral limita investigação de doações ilegais

Folha - HUDSON CORRÊA
ANDREZA MATAIS
da Sucursal de Brasília

Sob novo comando, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tomou duas decisões nas últimas semanas que limitam a ação do Ministério Público contra doações ilegais na campanha.

As medidas tomadas após a posse na presidência do ministro Ricardo Lewandowski abrem espaço para impunidade, afirmam procuradores eleitorais ouvidos pela Folha.

"Vamos perder todas as ações e, consequentemente, a lisura do processo eleitoral vai ficar muito abalada", afirmou a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau.

A primeira derrota do Ministério Público ocorreu no dia 29 de abril, quando o TSE decidiu que os procuradores não podem obter diretamente da Receita Federal dados sobre faturamento e rendimento de doadores a partidos e candidatos.

A lei determina que empresas podem doar até 2% de seu faturamento bruto no ano anterior à eleição, enquanto pessoas físicas não devem ultrapassar 10% do rendimento. Acima disso é doação ilegal.

O acesso direto era uma alternativa para a Procuradoria mover ações mais rapidamente. Mas, ao julgar um dos processos movidos com base em dado obtido dessa forma, o tribunal julgou que a prova era ilícita. A partir de agora será necessária autorização judicial.

O procurador eleitoral em Goiás Alexandre Santos diz que terá cerca de 430 ações prejudicadas devido às decisões do TSE. A Procuradoria era uma das que recorriam ao acesso direto à Receita e já havia conseguido que empresas fossem multadas em até R$ 4 milhões.

Na decisão mais recente, na semana passada, o TSE decidiu que as ações devem ser propostas no máximo 180 dias após a diplomação do candidato. Com isso, sepultou ao menos 3.000 ações contra empresas e pessoas físicas acusadas de fazer doações ilegais na campanha de 2006 (somando os processos nos TREs, o número chega próximo a 18 mil processos).

O Ministério Público Eleitoral considera o prazo de 180 dias após a diplomação curto demais para entrar com uma ação. A procuradora Sandra Cureau adiantou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal.

Os procuradores argumentam ainda que há uma contradição na decisão do TSE, pois foi o próprio ministro Carlos Ayres Britto, ex-presidente, que enviou no começo de 2009 dados da Receita para o Ministério Público mover ações.

De acordo com o TSE, os procuradores não podem obter diretamente dados sobre faturamento, mas a Receita deve informar, sem dar números, se o doador ultrapassou o limite. Isso já serve para mover a ação.

Segundo Lewandowski, o STF derrubaria essas ações no futuro, se elas fossem baseadas em dados sem ordem judicial.

arte/Folha



http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u733101.shtml

10 de mai. de 2010

Dilma defende gestão mais eficiente no setor público

LUCIANA NUNES LEAL - Agência Estado

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, adotou um típico discurso da oposição, o da eficiência da gestão pública, ao falar hoje para uma plateia de empresários e investidores durante seminário sobre infraestrutura, no Rio. A ex-ministra defendeu "maior profissionalismo e Estado mais meritocrático que permita um nível de gestão mais eficiente".

Uma das críticas mais contundentes dos oposicionistas é contra o que consideram inchaço e ineficiência da máquina pública no governo Lula. Hoje, Dilma disse que a eficiência administrativa é o caminho para garantir aumento da poupança pública e, com isso, mais investimentos. A ex-ministra citou a própria experiência no governo. "É inconcebível o que encontrei quando cheguei no Ministério de Minas e Energia, que tinha um engenheiro para vinte motoristas. É inconcebível que a máquina de fiscalizar ganhe quatro vezes mais do que a máquina que executa. É inconcebível que não haja formação (profissional) e isso não significa Estado inchado, significa Estado eficiente. Para que haja poupança pública no Brasil é importante que o Estado tenha mecanismos de gestão eficiente e que os recursos sejam destinados para aquilo que interessa", afirmou.

Dilma insistiu, por outro lado, na importância também do aumento da poupança e dos financiamentos privados para investimentos, especialmente em infraestrutura. "Não podemos ficar só com o BNDES. O País não pode se contentar com uma única fonte de financiamento", afirmou a ex-ministra no seminário organizado pelos jornais Valor Econômico e Financial Times. Segundo Dilma, bancos privados e fundos de pensão devem ser estimulados a participar da "nova arquitetura de financiamento". "Vamos ter que mobilizar todos os recursos financeiros que nós dispomos", afirmou a pré-candidata petista. "Não se faz política de infraestrutura baseado no Orçamento da União, dos Estados e municípios. Tem que completar com financiamento de longo prazo", afirmou.

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