9 de jun. de 2010

PV troca coordenador da campanha de Marina à Presidência Leia mais: http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/6311615/pv-troca-coordenador-da-campanha-de-marina-a-presidencia#ixzz0qN9dBKhw

Fernando Taquari | Valor

SÃO PAULO - O vereador Alfredo Sirkis (PV) não será mais o coordenador da campanha da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República nas eleições de outubro. Sirkis vai ser substituído pelo ex-secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente João Paulo Capobianco.

A mudança, segundo o vereador, já estava programada antes, já que não seria possível conciliar a coordenação da campanha com sua candidatura à deputado federal.

O PV realiza amanhã, em Brasília, sua convenção para homologar a candidatura de Marina ao Palácio do Planalto.

(Fernando Taquari | Valor)

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Partidos realizam convenções nacionais e estaduais de 10 a 30 de junho

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podem realizar suas convenções em nível nacional e estadual no período de 10 a 30 deste mês. Depois das convenções, os partidos ou coligações têm prazo até as 19h do dia 5 de julho para apresentar à Justiça Eleitoral o pedido de registro de seus candidatos à Presidência e à Vice-Presidência da República, aos governos estaduais, ao Senado, à Câmara dos Deputados e às assembleias legislativas.

De 10 a 30 de junho, os 27 partidos políticos com registro no TSE que quiserem lançar candidato a algum cargo eletivo ou fazer coligação com outra legenda deverão realizar as convenções partidárias destinadas à escolha desses candidatos. A maioria dos partidos já marcou a data das convenções nacionais e estaduais.

O registro das candidaturas para presidente e vice deverá ser feito no TSE. Só será aceito o pedido de registro com chapa completa (presidente e vice). Isso porque uma resolução do tribunal disciplinando o registro de candidaturas estabelece que a “chapa é única e indivisível”.

Os registros para os cargos de governador e vice, senadores, deputados federais e estaduais ou distritais devem ser feitos nos tribunais regionais eleitorais (TREs) de cada estado também até as 19h do dia 5 de julho. Eles seguem as mesmas regras dos registros de chapa para presidente e vice-presidente da República.

O Partido Verde (PV) será o primeiro a realizar a convenção nacional, destinada a referendar os nomes dos candidatos à Presidência da República, senadora Marina Silva, e à Vice-Presidência, Guilherme Leal. A convenção do PV será amanhã (10), em Brasília, a partir das 10h, no Espaço Brasil 21.

O PMDB, o PSDB e o PDT realizam suas convenções nacionais no sábado (12). A convenção do PMDB será em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a partir das 9h. Os peemedebistas de todo o Brasil devem aprovar, no encontro, a aliança nacional com o PT, indicando o deputado Michel Temer (SP), atual presidente da Câmara, para vice-presidente da República na chapa liderada pela petista Dilma Rousseff.

Em Salvador (BA), os tucanos de todo o país devem homologar a candidatura do ex-governador de São Paulo José Serra à Presidência. Não há previsão de ser anunciado, durante a convenção, o nome do vice que vai formar a chapa com Serra. O cargo poderá ficar com alguém do próprio PSDB, do DEM ou do PPS.

Em São Paulo, os convencionais do PDT promovem encontro nacional para aprovar a aliança com o PT. O partido já decidiu que vai apoiar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Está prevista a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da pré-candidata no encontro dos pedetistas.

No domingo (13), convencionais e militantes do PT de todo o país reúnem-se em Brasília para a convenção nacional do partido que vai referendar o nome da ex-ministra Dilma Rousseff como candidata à Presidência. No mesmo ato, os petistas devem aprovar a aliança nacional com o PMDB e o nome indicado pelo partido para formar a chapa com Dilma.

O PSB deverá realizar sua convenção nacional no dia 14 de junho, em Brasília, para referendar a coligação com o PT e o apoio à chapa liderada por Dilma Rousseff. A convenção do PCdoB está marcada para o dia 16, também em Brasília, e se destina a homologar o apoio dos comunistas à candidatura petista.

O PR, que também se coligará com o PT, ainda não definiu a data de sua convenção.

O Democratas deverá reunir os convencionais no dia 30 de junho para aprovar a aliança com o PSDB. O PPS também reúne seus convencionais, no dia 26, no Rio de Janeiro, para aprovar a coligação com o PSDB. O PTB, que também deverá se coligar com os tucanos, realizará a convenção nacional em São Paulo nos dias 18 e 19 de julho.

O Partido Progressista que, a princípio, não deverá se coligar com outras legendas para a disputa pela Presidência da República, não deverá realizar convenção nacional. Isso porque só são obrigadas a promover as convenções nacionais as legendas que forem lançar candidatos à Presidência da República ou participarem de alguma aliança que tenha candidato à Presidência.

Edição: Graça Adjuto

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=972447

Resultado do PIB pode favorecer Dilma, diz Bernardo

ANA CONCEIÇÃO - Agência Estado

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que o resultado do PIB do primeiro trimestre poderá favorecer a pré-candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. Isso porque ele acredita que boa parte da aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se deve ao bom quadro econômico do País. "Isso cria uma sensação de bem-estar que favorece o governo e sua candidata."

Bernardo afirma que embora as pesquisas de intenção de voto reflitam a situação atual (de equilíbrio entre Dilma e o pré-candidato tucano José Serra), a tendência é a de que Dilma cresça um pouco mais nos meses à frente, a partir do momento em que o eleitor conhecer melhor a pré-candidata. "Muitas pessoas declaram que gostariam de votar no Lula. Acho que é mais provável que eles votem em Dilma do que em Marina (presidenciável do PV, Marina Silva) ou Serra."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,resultado-do-pib-pode-favorecer-dilma-diz-bernardo,563889,0.htm

Bolsa-Família dá menos votos no Sudeste

Entre beneficiados, Serra atinge 40% das intenções de voto contra 35% de Dilma no Centro-Sul, nas outras regiões, petista tem 49% e tucano, 27%

José Roberto de Toledo/SÃO PAULO - Especial para o 'Estado'

O assistencialismo sozinho não explica o comportamento do eleitorado governista na sucessão presidencial. Tampouco alistar eleitores em programas sociais é garantia, por si só, de voto na urna. Outros fatores, como a região onde mora o eleitor, são mais importantes na divisão do voto. Essas são conclusões da pesquisa Ibope/Estado/Rede Globo.

Cruzamento especial encomendado pelo Estado mostra que, no conjunto da região Sul/Sudeste, o pré-candidato da oposição, José Serra (PSDB), ganha de Dilma Rousseff (PT) entre os eleitores que moram em domicílios que são beneficiados por ao menos um programa federal, como o Bolsa-Família.

O tucano tem 40% das intenções de voto contra 35% da petista nesse segmento, que representa 23% do total do eleitorado do Sul/Sudeste. A vantagem de Serra entre os assistidos pelo governo federal é metade da que ele tem no total de eleitores dessas duas regiões (42% do tucano contra 31% de Dilma), mas, ainda assim, é surpreendente, em se tratando de um grupo que teoricamente seria mais favorável ao candidato de Lula.

Já no conjunto das regiões Norte/Nordeste/Centro-Oeste, a vantagem na disputa pelos eleitores assistidos por programas federais se inverte. Dilma tem 49% das intenções de voto dos beneficiários de Bolsa-Família e similares, enquanto Serra chega a 27% entre eles.

Peso maior. A distância em favor da petista, de 22 pontos porcentuais, é grande, mas não muito maior do que a vantagem que ela leva no total do eleitorado dessas três regiões, onde bate o tucano por 45% a 28%. Os beneficiados pelo assistencialismo federal têm um peso muito maior no Norte/Nordeste/Centro-Oeste do que no resto do País: eles são 40% do eleitorado norte-nordestino e do Brasil central.

No total, 30% dos eleitores vivem em domicílios que têm ao menos um morador beneficiado por um programa social do governo federal, do Bolsa-Família ao Luz para Todos.

Na média brasileira, esse fator também mostrou-se menos decisivo para determinar a intenção de voto dos eleitores do que o senso comum acostumou-se a pintar. Dilma tem uma vantagem de 43% a 33% sobre Serra (eles empatam em 37% no total do eleitorado).

Os cruzamentos da pesquisa mostram que as razões de voto são multidimensionais, são camadas de motivos superpostos, diz Silvia Cervellini, diretora de atendimento do Ibope Inteligência. Nenhuma fator sozinho explica a decisão do eleitor.

As diferenças de renda e escolaridade também não explicam a preferência por Serra ou Dilma. No Norte/Nordeste/Centro-Oeste, a petista vence em todas as classes sociais, e com uma vantagem ainda maior entre os mais escolarizados e ricos do que entre os pobres e eleitores com poucos anos de estudo.

Do mesmo jeito, Serra lidera em praticamente todos os segmentos socioeconômicos do Sul/Sudeste. Logo, mais do que a renda, mais do que tempo que o eleitor passou na escola, e até mesmo mais do que o fato de ele se beneficiar de um programa federal, é a região geográfica que diferencia o voto em 2010.

Pistas. A pesquisa Ibope não explica em definitivo a razão desse determinismo geográfico do voto. Mas dá algumas pistas. O governo Lula é sensivelmente mais bem avaliado no Nordeste (recebe nota 8,4) e no Norte/Centro-Oeste (nota 8,1) do que no Sudeste (7,5) e no Sul (7,1).
Mas essa avaliação geral mais positiva não se explica por uma percepção, por exemplo, de que as oportunidades de emprego ou o consumo das pessoas melhoram mais no Norte/Nordeste/Centro-Oeste do que no resto do país. O porcentual dos que acham que a essas dimensões econômicas melhoraram se equivale ao verificado no Sudeste.

Isso indica que há outros motivos, talvez ligados à tradição política de cada região, que contribuem para essa dicotomia eleitoral. Algo como o que ocorre nas eleições presidenciais norte-americanas, onde há uma divisão Norte-Sul entre democratas e republicanos.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,bolsa-familia-da-menos-votos-no-sudeste,563548,0.htm

Presidente da SPTuris se licencia para ajudar Serra

Nara Alves, iG São Paulo

O presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho, se licenciou do cargo e ficará afastado até outubro, quando acontecem as eleições. Até lá, ele irá acumular a presidência do Comitê Paulista para a Copa de 2014 e diversas funções na campanha presidencial do tucano José Serra.

Nesta quarta-feira, Caio de Carvalho foi a Salvador, capital baiana, para ajudar nos preparativos da convenção nacional do PSDB, de acordo com a assessoria de imprensa do candidato. O evento está marcado para este sábado, quando Serra será lançado oficialmente à corrida presidencial.

Carvalho também foi o responsável pelo aluguel da sala que abrigou o encontro de Serra com representantes dos departamentos de psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp). O evento, solicitado pelo próprio tucano, ocorreu na tarde de ontem no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista.

Desde 2005, quando Serra era prefeito, Carvalho preside a SPTuris, empresa de capital aberto cujo maior acionista é o Município de São Paulo. Ele foi ministro do Esporte e Turismo e presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo) no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O Comitê Paulista para a Copa 2014 é coordenado pela SPTuris, responsável pela realização de grandes eventos na cidade, como a Fórmula 1, Parada Gay e Virada Cultural. O presidente em exercício da empresa agora é Tasso Gadzanis, ex-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/presidente+da+spturis+se+licencia+para+ajudar+serra/n1237656815804.html

Busca de Serra por vice vira piada

Problemas para definir o segundo integrante na chapa de Serra tornam-se prato cheio para humoristas. Partido diz que o nome não sairá na convenção deste sábado

Correio Braziliense - Alana Rizzo


A demora na escolha do nome do vice de José Serra (PSDB-SP) à Presidência da República transformou-se em brincadeira virtual. Até mesmo um “concurso cultural” em que o interessado deve escrever uma frase com motivos para ocupar a vaga foi lançado. O cartaz aponta, inclusive, os jurados: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Arthur Virgílio (PSDB) e o presidente do DEM, Rodrigo Maia. O nome do vice não deve ser anunciado na convenção do partido marcada para este sábado, em Salvador.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que a escolha será feita após o encontro que vai oficializar o nome de Serra. O senador já foi cotado para a vaga, mas garante que vai disputar a Câmara dos Deputados. Depois da negativa do ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) para o cargo, novos nomes surgiram. Entre eles, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). O PP negociava a indicação do senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Entretanto, o nome dele agora apresenta restrições, já que foi autor da polêmica emenda que alterou o tempo verbal da proposta do Ficha Limpa no Senado. Serra vem minimizando a demora. Disse que o partido tem todo o mês de junho para definir um nome.

Cupido
O tucano é protagonista de charges que caíram na rede. Todas destacam a busca do ex-governador de São Paulo por um vice. Aproveitando o Dia dos Namorados, Serra aparece, em uma delas, vestido de Cupido, segurando um coração: “Procuro um vice”. Em outra, o tucano está sentado com caixas de chocolate ao lado. “Serra, esquece. Você já comeu um carregamento de kinder-ovo e nada”, diz um homem. O presidenciável responde: “Já falei. Só saio daqui quando encontrar um vice.” O kinder-ovo é conhecido por vir com uma supresa em seu interior.

Ontem, o tucano passou o dia em São Paulo e participou de encontro com representantes dos departamentos de psiquatria da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O pré-candidato criticou o Plano Nacional do Crack, lançado pelo governo Lula, e prometeu financiar internações de dependentes químicos em clínicas especializadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Há uma resistência à ideia de que se possa ter clínica especializada para dependente químico. Isso é considerado equivalente às questões de saúde mental, porque não se poderia segregar o doente mental de outros tipos de doença, mas os hospitais gerais não são bem equipados”, afirmou.

Ameaça de greve de fome no Maranhão
Diante da chance de o Diretório Nacional do PT fazer uma intervenção no Maranhão, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) anunciou a realização de vigílias e greve de fome, caso a legenda desfaça o apoio ao candidato Flávio Dino (PCdoB-MA) ao governo do Maranhão. Depois de resolvida a pendência entre PT e PMDB em torno do candidato ao governo de Minas, Hélio Costa (PMDB), a cúpula petista vai se reunir no dia 11 para tratar da questão do Maranhão. Nos bastidores, integrantes da direção nacional afirmam que será anulada a decisão do encontro de 26 e 27 de março na qual os petistas, por 87 a 85 votos, decidiram apoiar Dino. Essa foi a maneira encontrada pela direção para avalizar a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB) e atender à exigência do pai da governadora, José Sarney (PMDB).

Lula: Dilma ao caneco

Fã de comparações esportivas e apaixonado por futebol, pelo Corinthians e pela Seleção Brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu ontem durante entrevista à rádio FM Jangadeiro, de Fortaleza (CE). Perguntado se preferiria o caneco na África do Sul ou a vitória na eleição presidencial para Dilma Rousseff, o presidente afirmou que ficaria com a pré-candidata petista. “A resposta vai fazer com que alguns adversários meus coloquem como manchete de jornal que ‘Lula não quer que a seleção ganhe o título’. Obviamente que eu prefiro que o candidato que eu apoio ganhe porque estou pensando é no Brasil para os próximos quatro, para os próximos oito anos”, respondeu Lula.

Em seguida, no entanto, o presidente mostrou que, para ele, não existe necessidade de fazer uma opção. “Agora, obviamente, a Seleção Brasileira vai ganhar. Eu fico analisando: não temos adversários. Não temos muitos adversários. Não tem muita novidade para a Copa do Mundo. Em 18 Copas, o Brasil sozinho ganhou quase que um terço”, ponderou o presidente, otimista com a equipe de Dunga.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/09/politica,i=196753/BUSCA+DE+SERRA+POR+VICE+VIRA+PIADA.shtml

Apenas 11% dos brasileiros dizem confiar nos políticos, mostra pesquisa

Folha

DE SÃO PAULO

Uma pesquisa da empresa GfK mostra que o índice de confiança dos brasileiros nos políticos continua baixa. Em 2010, 11% dos entrevistados disseram confiar na categoria, ante 16% em 2009. A média global caiu para 14% neste ano depois de estar em 18% no ano passado.

A pesquisa mediu o nível de confiança da população em profissões e organizações no Brasil, em alguns países da Europa, nos EUA, na Colômbia e na Índia. Foram ouvidas entre os dias 6 e 29 de março 18,8 mil pessoas, sendo mil no Brasil.

O maior índice de confiança nos políticos está na Índia, onde 29% dos entrevistados disseram confiar na classe. Em 2009 o patamar era de 7%.

O estudo revela que, pelo segundo ano consecutivo, os bombeiros são apontados como os profissionais mais confiáveis, com 98% das menções entre os brasileiros e 94% entre as populações do resto do mundo.

Os carteiros, com 92%, conquistaram o 2º lugar no Brasil, seguidos pelos professores dos ensinos fundamental e médio e dos médicos, que empataram em 3º lugar, com 87%.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/747917-apenas-11-dos-brasileiros-dizem-confiar-nos-politicos-mostra-pesquisa.shtml

Programa de governo do PMDB amplia Bolsa Família

Folha

NOELI MENEZES
DE BRASÍLIA


A proposta de programa de governo que o PMDB entregará à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, prevê ampliar os programas sociais da gestão Lula, segundo anteciparam nesta quarta-feira os presidentes da Câmara, Michel Temer (SP), e do Senado, José Sarney (AP).

A entrega do documento à petista será hoje, no hotel Imperial, em Brasília. Temer deve ser consagrado o candidato a vice na chapa de Dilma no sábado.

Uma das sugestões dos peemedebistas é criar uma poupança para as famílias recebem o Bolsa Família. O valor do benefício seria aumentado e parte dele ficaria em uma conta-poupança para que os filhos possam usufruir dos recursos no futuro.

A outra proposta é criar um programa similar ao Prouni, que dá bolsas de estudo integrais e parciais a alunos de universidades privadas, para os ensinos fundamental e médio.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/747962-programa-de-governo-do-pmdb-amplia-bolsa-familia.shtml

PPS faz convenção dia 26 e oficializa apoio a Serra nas eleições

Folha

DE SÃO PAULO

O PPS vai realizar no próximo dia 26, no Rio de Janeiro, a convenção do partido que vai oficializar apoio à candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República.

O evento, que terá início às 17h, ocorrerá no Hotel Guanabara. Além do apoio ao tucano, a legenda fará um balanço sobre a situação eleitoral do PPS nos Estados.

Em nota, o presidente do PPS, Roberto Freire, já havia avisado que o Direção Nacional do partido não aceitaria que os diretórios estaduais formalizassem apoio à pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.

"Algumas dessas tratativas [estaduais] tendem a acoplar o partido aos palanques estaduais da candidata do PT à Presidência da República, o que não pode ser aprovado por direção partidária em nenhuma das suas instâncias", afirmou Freire na ocasião.

Os diretórios estaduais terão que se explicar por escrito ao partido porque irão apoiar Dilma. "Caso estas decidam por não reproduzir a coligação nacional devem encaminhar pedido de aprovação, devidamente fundamentado, à Direção Nacional."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/747891-pps-faz-convencao-dia-26-e-oficializa-apoio-a-serra-nas-eleicoes.shtml

Serra convoca aliados para definir vice em sua chapa à Presidência

Folha

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO


A cinco dias da convenção que oficializará sua candidatura à Presidência, o tucano José Serra se debruçava ontem sobre nove currículos para a vice de sua chapa. Os nomes em análise são de DEM, PSDB e PP.

Segundo aliados, Serra nem sequer descarta a indicação do senador Tasso Jereissati (CE). Dono de temperamento forte, mas com votos no Nordeste, Tasso foge do padrão apontado como ideal pelo candidato.

Em conversas que invadiram a madrugada de ontem, Serra pediu a seus principais colaboradores uma avaliação do perfil dos cotados para a chapa até sexta-feira, véspera da convenção nacional do PSDB, no sábado.

O prazo foi encarado como um indício de que Serra só deverá anunciar seu vice logo após a convenção. Outro sinal está na disposição de manter o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ), entre os potenciais vices.

Com um pé no governo federal e prestes a optar pela neutralidade, o PP espera a evolução das pesquisas para decidir seu futuro na eleição.

Até lá, o PSDB investe no PP nos Estados, incluindo Minas, Rio Grande do Sul e Paraíba, na tentativa de viabilizar uma aliança.

O comando da campanha também aposta na recuperação de Serra a partir da semana que vem, quando serão exibidas as inserções do PSDB, para atrair o PP.

A opção por Dornelles não é consenso entre os aliados. Há no PSDB forte defesa pela chapa puro-sangue, mesmo sem Aécio Neves.

Entre aliados de Serra, a torcida é pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), pelo seu trânsito entre os aliados.

Apesar do temperamento inquieto, Alvaro Dias (PR) aparece como um nome que tem boa imagem pública.

O próprio Guerra, no entanto, tem alegado que a indicação de um democrata evitaria tremores na aliança. No DEM, são cotados o deputado José Carlos Aleluia (BA) e o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN).

Embora Agripino tenha um nome consolidado no cenário político, Aleluia é admirado por Serra do ponto de vista técnico.

Ainda no DEM, o nome de Valéria Pires Franco (PA) aparece como opção.

Sob pressão para anunciar seu vice ainda na convenção, Serra tem recomendado calma. A avaliação dele é que, esgotadas as investidas em Aécio Neves (MG), é possível amadurecer a escolha.

Cifras

Os cotados para a vaga de vice foram objeto de discussão num jantar na noite de anteontem entre os principais articuladores da campanha de Serra.

À mesa, Guerra, o deputado Jutahy Magalhães (BA), o coordenador administrativo da campanha, José Henrique Reis Lobo, e os tucanos Ronaldo Cezar Coelho e Márcio Fortes, ambos do Rio.

No jantar, realizado na casa do secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo, o comando da campanha também fez uma análise sobre o potencial de arrecadação para a disputa.

Embora um grupo defenda a fixação de um teto de R$ 250 milhões, a conclusão é a de que não há capacidade para tanto. A previsão de receita, segundo tucanos, é inferior a R$ 200 milhões.

Editoria de Arte/Folhapress



http://www1.folha.uol.com.br/poder/747696-serra-convoca-aliados-para-definir-vice-em-sua-chapa-a-presidencia.shtml

Imposição por Hélio Costa divide cúpula do PT de Minas

Folha

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE


Um dia após o PT nacional impor o nome de Hélio Costa (PMDB) para disputar o governo de Minas, a cúpula do PT mineiro se mostrou hoje dividida em relação ao empenho pela candidatura do peemedebista.

A decisão do PT empurrou o pré-candidato petista Fernando Pimentel para concorrer ao Senado.

A divisão ficou clara com as ausências do presidente regional do partido, Reginaldo Lopes, e do primeiro vice-presidente, Miguel Correa Jr., na reunião da Executiva Estadual. Os dois estavam em Belo Horizonte e fazem parte do grupo de Pimentel.

Integrantes desse grupo têm falado nos bastidores do PT que não pretendem se envolver na campanha de Costa, apesar de as declarações públicas de Pimentel terem sido no sentido de trabalhar pela unidade da aliança.

Alheio a isso, os membros da Executiva divulgaram uma resolução com o propósito de conduzir a militância petista para o apoio à chapa.

A resolução fala em "empreender todos os esforços para unificar a base aliada do governo Lula em Minas" e "convoca toda a militância" para eleger Costa, Pimentel e Dilma Rousseff presidente.

Porém, os próprios autores da resolução consideram que o sucesso da mobilização dependerá de uma polarização entre os projetos do presidente Lula e o do PSDB.

Isso vai depender do envolvimento do PT nacional na questão mineira, de Dilma e do próprio presidente Lula, que têm responsabilidade sobre o quadro atual, avaliou-se na reunião.

O deputado federal Odair Cunha, porta-voz dos membros da Executiva, deu o tom: "[O governador tucano Antonio Anastasia] É um adversário que nos une. O sentido é derrotar o PSDB em Minas".

Não há consenso se a entrada do ex-ministro Patrus Ananias como vice de Costa mobilizaria a militância. Por enquanto, Patrus diz não, mas um interlocutor dele lembrou que o ex-ministro "é muito partidário".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/747699-imposicao-por-helio-costa-divide-cupula-do-pt-de-minas.shtml

8 de jun. de 2010

PMDB busca acordo para controlar traições

Atingido por rebeliões nos Estados, partido tenta conter dissidentes que negam apoio à chapa presidencial de Dilma com Temer na vice

Christiane Samarco / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O fim da regra da verticalização, que obrigava os partidos a reproduzir o modelo da aliança nacional em todo o País, minou a força das direções partidárias, que não conseguem impor a fidelidade aos Estados.

Diante das dificuldades para fechar o apoio dos diretórios estaduais à chapa presidencial, os partidos tentam driblar a falta de comando criando um regulamento para as traições.

Que o diga o PMDB do deputado Michel Temer (SP). O partido não é o único que amarga rebeliões em regionais que disputam o poder local com o PT da presidenciável Dilma Rousseff. Também há problemas no PDT, PP e PTB. Mas, na condição de maior partido da base governista com estrutura em todo o Brasil, o PMDB saiu na frente. É o primeiro a deflagrar uma operação política para conter dissidentes que recusam apoio à chapa presidencial encabeçada pela petista, mesmo com Temer no posto de vice.

"Iniciei um trabalho de consulta aos diretórios estaduais para saber da possibilidade de promovermos uma convenção nacional, no dia 12, em que todos compareçam", diz o deputado Eliseu Padilha, representante de uma regional problema: o PMDB do Rio Grande do Sul, que vive às turras com o PT e não quer ouvir falar da candidatura Dilma.

Ao final do levantamento, ele levará a Temer as alternativas sugeridas por cada Estado para contornar o problema. Nas conversas preliminares, o presidente do PMDB já avisou aos líderes regionais que respeitará todas as decisões estaduais. Fez apenas um apelo: que não façam propaganda nos espaços institucionais do partido contra Dilma e o vice que preside o partido.

Como o objetivo maior é reduzir o impacto das traições, o alvo da operação é o palanque eletrônico. Em resumo, trair nos comícios, pode; no programa eleitoral no rádio e na TV, não pode.

É essa a maior preocupação do governo e de partidos aliados bem menores do que o PMDB. A direção do PP ainda não tratou do assunto, mas como o partido também é da base governista, os pepistas simpatizantes do PSDB já se movimentam em defesa da liberdade total aos Estado.

É o caso do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que já está em campanha como candidato a senador na chapa tucana ao governo do Paraná, encabeçada por Beto Richa. "Vou aguardar a decisão do diretório nacional, mas gostaria que a direção permitisse o trabalho do partido, em cada Estado, alinhado com seu candidato a governador", diz Barros.

O deputado argumenta que isto facilitará a vida do PP, já que a principal meta do partido é aumentar o número de deputados e senadores. Mas não esconde que gostaria de ter sinal verde para pedir votos a Serra na TV.

Até o PDT do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, primeira legenda da base governista a declarar apoio à candidatura de Dilma Rousseff, quer criar regras para infiéis. Quando anunciou a parceria com o PT em torno de Dilma, Lupi prometeu fechar o apoio das regionais à petista. No caso do Maranhão, não deu.

Em meio à guerra com o grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB), que conseguiu atrair setores do PT para o governo e para a base de apoio à sua reeleição, o candidato a governador pelo PDT, Jackson Lago, não quer mais saber de Dilma Rousseff.

"Mas este é nosso único problema", destaca o líder do PDT na Câmara, Dagoberto Nogueira (MS), certo de que, à exceção do PT, o PDT é o partido "mais coeso em torno da candidatura Dilma".

Regras. Jackson Lago está liberado para compor o palanque local com os tucanos e até para fazer campanha em favor do candidato do PSDB a presidente, José Serra. Mas a direção do PDT impõe uma condição: que no programa de TV ele não pedirá voto para nenhum candidato.

Em tese, isso também está sendo acertado com as regionais do PMDB. No Rio Grande do Sul, os dirigentes argumentam que o voto gaúcho não é a favor de Serra, é contra o PT, que faz questão de hostilizar o PMDB.

Mesmo assim, a tendência dos gaúchos é acatar o regulamento proposto por Temer. Devem adotar neutralidade no palanque eletrônico, embora a aposta geral seja de que a "maioria absoluta" dos peemedebistas trabalhará para eleger Serra.

Algumas regionais do PMDB, no entanto, recusam-se a aceitar novas regras para dissidentes. Em Mato Grosso do Sul, o candidato a governador André Puccinelli não concorda porque a aliança foi fechada com o PSDB. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) estabeleceu condições para não se lançar na corrida estadual e garantir o apoio a Puccinelli. Um dos itens estabelece que o programa de TV do candidato a governador deve promover José Serra.

Em Pernambuco, o comando do partido é do senador Jarbas Vasconcelos, que se lançou candidato a governador ao lado de Serra. No Acre, Flaviano Mello (PMDB) também não aceita o regulamento.

Na Bahia, o ex-ministro e deputado Geddel Vieira Lima disputa com o governador Jaques Wagner (PT) e exige tratamento igualitário do governo. Se o presidente Lula pedir voto para reeleger o governador e não fizer o mesmo por ele, Serra poderá ter dois palanques no Estado: o do PMDB e o do DEM, do ex-governador Paulo Souto, que entrou na corrida estadual coligado ao PSDB.

No Pará, onde o deputado Jader Barbalho rompeu com a governadora Ana Júlia (PT), o PSDB tem conversado com Jader e lançou o ex-governador Simão Jatene à sucessão.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pmdb-busca-acordo-para-controlar-traicoes,563204,0.htm

Pimentel é obrigado a aceitar PMDB em Minas e perde espaço com Dilma

Além de ter seu nome ligado a suposto dossiê contra José Serra, ex-prefeito de Belo Horizonte se enfraquece na coordenação de campanha da pré-candidata petista por conta da decisão do partido de apoiar a candidatura do senador Hélio Costa

Eugênia Lopes, Vera Rosa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Enredado no escândalo do dossiê contra o tucano José Serra, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel deverá se afastar do comando da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Além de ter o nome ligado ao suposto dossiê, Pimentel sai fragilizado com a decisão do PT de apoiar o ex-ministro Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas.

Pimentel queria concorrer ao Palácio da Liberdade, mas acabou derrotado. Depois de oito meses de negociações, a cúpula nacional do PT enquadrou a seção regional do partido em nome de um palanque único para Dilma no segundo maior colégio eleitoral do País. Agora, Pimentel será candidato ao Senado na chapa encabeçada por Costa.

Trata-se, na prática, de uma intervenção do PT no diretório estadual, autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O enfraquecimento de Pimentel coincide com o aumento de poder do time paulista no comitê de Dilma. Ganha força na equipe o grupo do deputado Antonio Palocci (SP) e da ex-prefeita Marta Suplicy. O deputado Rui Falcão é dessa ala e chefia a comunicação da campanha.

"Montamos uma chapa com condições de dar uma vitória expressiva a Dilma em Minas", argumentou o presidente do PT, José Eduardo Dutra. "É claro que os companheiros de Minas preferiam Pimentel como candidato, até porque ele ganhou uma prévia contra Patrus Ananias (ex-ministro do Desenvolvimento Social), mas agora temos a tarefa de unir o PT."

Baixa. A rede de intrigas que envolve a campanha de Dilma já registrou uma baixa. No sábado, o jornalista e consultor Luiz Lanzetta - amigo de Pimentel e dono da Lanza Comunicação - desligou-se da equipe, no rastro da crise do dossiê. Foi acusado de tentar contratar o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa e outros arapongas para bisbilhotar Serra e o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), além de uma penca de petistas.

O governo avalia que o escândalo não passa de "armação" montada por tucanos com personagens já conhecidos do submundo de Brasília. Para Dilma, Pimentel foi ingênuo quando não poderia ser e caiu numa "armadilha". Além disso, ela ficou irritada com a decisão do ex-prefeito de esticar a corda para ser candidato ao governo de Minas, pondo em risco a aliança nacional com o PMDB.

Pimentel disse não ver problema em se dividir entre a campanha de Dilma e a sua, ao Senado. "Mas isso tem de ser discutido com a própria Dilma e os companheiros de Minas", ressalvou, demonstrando impaciência com perguntas sobre o assunto.

Velório. O presidente do PT mineiro, deputado Reginaldo Lopes, não escondeu o aborrecimento. "Estou indo para um velório", disse ele, antes do anúncio da chapa. "Com a alma ferida, vamos fazer campanha para Hélio Costa, mas o PRB, o PR e o PSB vão embora, vão para o Anastasia", emendou, numa referência ao governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), afilhado do tucano Aécio Neves.

O PMDB quer agora que o PT ocupe a vaga de vice em Minas para Costa não ser "cristianizado". Patrus resiste a aceitar a missão, que pode cair no colo do deputado Virgílio Guimarães (PT).

Dutra tentou amenizar o mal-estar na aliança e negou o afastamento de Pimentel. "Todo candidato majoritário tem de estar majoritariamente nos Estados. Esta é uma discussão bizantina."

O acordo mineiro foi firmado na marra, após uma série de reuniões que contaram com a presença de Dutra e Dilma, além dos presidentes da Câmara, Michel Temer (SP), e do Senado, José Sarney (AP), às vésperas das convenções do PMDB e do PT, marcadas para sábado e domingo. "A simbologia dessa aliança é muito forte", resumiu Temer.

As cúpulas dos partidos acertaram, ainda, que haverá dois palanques para Dilma em Santa Catarina e no Pará. No Maranhão, o PT vai anular o encontro que aprovou o apoio a Flávio Dino (PC do B) e liberar o voto. É uma forma velada de avalizar a reeleição de Roseana Sarney (PMDB).

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pimentel-e-obrigado-a-aceitar-pmdb-em-minas-e-perde-espaco-com-dilma,563203,0.htm

Pesquisa Ibope muda tática de tucanos e petistas

AE - Agência Estado

Tucanos e petistas reavaliam estratégias de campanha diante da divisão regional revelada pela última pesquisa de intenção de votos do Ibope, em que José Serra (PSDB) lidera no Sul-Sudeste e Dilma Rousseff (PT) no Norte-Nordeste.

Além de ter escolhido Salvador para lançar a candidatura de Serra, o PSDB aposta em palanques fortes no Ceará, Paraíba, Alagoas e Pernambuco para aumentar a inserção do tucano. Cabos eleitorais como Tasso Jereissati (CE), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Paulo Souto (DEM-BA), Teotônio Vilela (AL), João Alves (SE) e Jackson Lago (PDT-MA) ajudarão a reduzir a vantagem de Dilma na região, afirmam dirigentes do PSDB.

Já o PT conta com a ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para consolidar a preferência de Dilma no Nordeste e difundir seu nome entre os beneficiários de programas sociais em regiões metropolitanas do País. Em outra frente, dará prioridade a agendas da petista no interior de São Paulo, especialmente no Vale da Paraíba, onde o PSDB tem forte penetração. "São Paulo definirá a eleição", disse o presidente do PT-SP, Edinho Silva.

Para a diretora do Ibope, Márcia Cavallari, o voto regional pode ter mais impacto que a divisão de classes sociais. "Não é um voto de classe, como parecia ser em 2006", afirmou, em debate com o jornalista José Roberto de Toledo. "A pesquisa mostrou que os pobres e ricos do Sul votariam nos mesmos candidatos, assim como os pobres e ricos do Nordeste", disse Toledo. O tucano, avaliam, terá mais dificuldade de construir um discurso, já que, segundo a pesquisa, a maioria dos eleitores vê melhoras na criação de emprego e consumo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pesquisa-ibope-muda-tatica-de-tucanos-e-petistas,563200,0.htm

Aécio mobiliza prefeitos em favor de tucano

Na primeira aparição ao lado de Serra após voltar de férias, ex-governador cobra apoio de aliados ao presidenciável e descarta dissidência no PSDB mineiro

Eduardo Kattah / ENVIADO ESPECIAL MONTES CLAROS - O Estado de S.Paulo

Pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra visitou Montes Claros ao lado do ex-governador Aécio Neves, que mobilizou os aliados em favor da candidatura do tucano. O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), que vai tentar a reeleição, também participou do encontro com lideranças e prefeitos da região norte de Minas.

Na primeira aparição com o ex-governador paulista desde que voltou das férias ao exterior, Aécio cobrou ontem dos cerca de 60 prefeitos do PSDB, PPS, DEM, PP, PTB e PSC presentes no auditório do Automóvel Clube o voto casado em Anastasia e no presidenciável tucano, chamado sempre de "presidente Serra".

Aécio encerrou seu discurso conclamando as lideranças a manter as "mangas arregaçadas" para eleger Serra: "Rumo à vitória da decência, para encerrar esse ciclo de governo que não interessa mais ao País."

Após o evento, em entrevista coletiva, o ex-governador mineiro mandou recado a eventuais dissidentes. "Se não estiver (com Serra), sai do PSDB."

Reivindicações. Presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene, o prefeito de Patis, Valmir Morais (PTB), entregou ao presidenciável do PSDB a Agenda de Desenvolvimento do Norte de Minas, documento com reivindicações da região ? como a construção de um porto seco e de um aeroporto específico para a exportação de frutas da área irrigada do São Francisco, a renegociação das dívidas de pequenos e médios produtores rurais; além de incentivos para a exploração de minério de ferro e gás natural na região.

Morais deixou claro que Aécio é a "bússola" dos políticos mineiros e disse que a mesma lista foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato à reeleição em 2006, classificando o resultado como uma "decepção". "Não recebemos satisfação nenhuma", afirmou.

Serra se comprometeu em levar "muito em conta" o documento na formulação de seu programa de governo. O tucano também prometeu a duplicação de estradas e a construção de um câmpus universitário na cidade.

Ao final, depois de ressaltar a fama da cachaça de Salinas ? cidade vizinha a Montes Claros ? e reclamar que não havia ganhado "nenhuma garrafinha", Serra disse que, se for eleito, pretende acumular, durante seis meses, a presidência da República com a presidência da Sudene.

Continuidade. Aécio e Anastasia mantiveram o discurso confiante ao comentarem a definição pelo senador Hélio Costa (PMDB) como candidato da base aliada de Lula ao governo de Minas. O governador disse que acredita numa vitória no primeiro turno da eleição. E Aécio reiterou o discurso de continuidade contra o risco de retrocesso no Estado. "Qualquer que seja o adversário, estamos prontos para vencer. Por uma razão: Minas não quer retrocesso, Minas quer continuar avançando", afirmou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-mobiliza-prefeitos-em-favor-de-tucano,563199,0.htm

Tucanos mostram confiança com indicação de Costa

"Qualquer que seja o nosso adversário, nós estamos prontos para vencer", afirmou Serra

iG São Paulo


O ex-governador Aécio Neves (PSDB) e o governador Antonio Anastasia, pré-candidato tucano na sucessão estadual, mantiveram hoje o discurso confiante ao comentarem a definição pelo senador Hélio Costa (PMDB) como candidato da base aliada ao governo de Minas Gerais. Anastasia voltou a afirmar que acredita numa vitória no primeiro turno da eleição, enquanto Aécio reiterou o discurso da continuidade.

"Qualquer que seja o nosso adversário, nós estamos prontos para vencer. Por uma razão: Minas não quer retrocesso, Minas quer continuar avançando", afirmou, após um encontro com lideranças e prefeitos da região norte de Minas, em Montes Claros, do qual participou também o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Ressaltando a "liderança ímpar" de Aécio, o atual governador disse que a base política do governo lhe deixa bastante tranquilo. "As nossas propostas serão melhores e nós teremos reconhecimento da população de Minas. Estamos totalmente confiantes."

Costa venceu a queda de braço com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), que também disputava a indicação. O PMDB mineiro divulgou nota na qual afirma que o senador foi escolhido a partir de critérios acordados previamente entre os dois partidos, respeitando o projeto nacional de palanque único para a pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT). Para o PMDB-MG, apesar de longo, o processo de escolha foi vital "para o manejo da democracia."

Para Aécio, a indicação do peemedebista já "era algo esperado". "O que eu espero em Minas Gerais, qualquer que seja o candidato, é que tenhamos uma campanha da verdade, uma campanha respeitosa", afirmou

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/tucanos+mostram+confianca+com+indicacao+de+costa/n1237655649229.html

Candidato com mais recursos em campanha vence eleição mais facilmente, dizem cientistas políticos

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Quem tem capacidade de mobilizar mais recursos tem muito mais peso no resultado eleitoral. A frase foi dita pela cientista política Helcimara Telles, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em uma entrevista por telefone à Agência Brasil.

Segundo ela, por definição o financiamento político gera um problema, pois o dinheiro é um representante da desigualdade e a política deveria ser entendida como um espaço para todos.

Para a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos (SP), não existe nenhum dispositivo que venha minorar essa relação entre dinheiro e maior sucesso eleitoral. Ela afirmou que os trabalhos vêm demonstrando que quanto maior é a quantia que vem financiar uma campanha eleitoral, mais chances há de vencer a eleição. “O sucesso eleitoral é muito relacionado à quantia recebida”.

Segundo a base de dados disponibilizada pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última eleição presidencial, em 2006, o candidato reeleito pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu R$ 81.188.298,01. As receitas do candidato que disputou o segundo turno com Lula, Geraldo Alckmin, do PSDB, foram de R$ 79.206.150,77.

Esse é o dinheiro que foi contabilizado e não está separado o que foi arrecadado no primeiro e no segundo turnos. Mas o candidato que obteve menos votos no primeiro turno da campanha presidencial, Luciano Bivar, do PSL, arrecadou R$ 214.062,50.

Na campanha para governador de São Paulo, o candidato José Serra, do PSDB, eleito no primeiro turno, arrecadou R$ 25.912.995,55. O segundo colocado na disputa, o candidato do PT Aloizio Mercadante, arrecadou R$ 11.660.783, 46. Em quarto, o candidato do P-SOL Plínio de Arruda Sampaio conseguiu arrecadar R$ 68.901,94.

Para Helcimara Telles, o problema é o quanto se gasta no Brasil com a campanha política, o que acaba tendo um valor bastante alto quando se pensa, por exemplo, que o dinheiro define, em alguma medida, o resultado de uma eleição.

“Tem alguns dados muito interessantes: 57% dos que são eleitos são os representantes que mais gastaram dinheiro com suas campanhas. Isso tem um custo alto para a democracia, porque desequilibra a competição eleitoral”.

A legislação eleitoral permite que as empresas façam doações para campanhas políticas no limite de até 2% do que faturou no ano anterior à eleição e que foi declarado à Receita Federal. O que ocorre é que uma doação de 2% de uma grande empresa “pode virar uma fortuna”, na opinião de Maria do Socorro.

Para ela, o perigo é se essa “fortuna” for usada como moeda de troca ou evidenciar uma relação muito forte entre o doador e quem for beneficiado em algum projeto futuro do governo.

“Aqueles que podem contribuir financeiramente podem acabar influenciando no resultado do processo e no resultado das futuras escolhas que serão feitas pelos próprios parlamentares. Quem doa pode exigir, a posteriori, algum tipo de patronagem ou voto. É o peso do mercado sobre a política”, diz Helcimara.

Para Maria do Socorro, pode ser prejudicial para a democracia que o poder econômico continue com tanta importância na definição do pleito.

“Tanto o PT quanto o PSDB recebem quantias próximas da maior parte desses grupos. Não é que o PT tenha mudado ou que outro partido mude, com uma ideia quase de compra, do tipo ‘você pode me dar mais ou doar mais e eu então mudo minha proposta política e vou lá defender os interesses desses grupos'”

Segundo a cientista política, dependendo de alguns partidos, é possível que isso aconteça, mas a ideia é que, quando alguém assume determinados postos de poder numa democracia, deve dar espaço para que os diferentes projetos e interesses sejam de alguma forma representados. “E é aí que o poder econômico pode ter mais poder decisório ou, pelo menos, de influência”.

E como diminuir o peso do financiamento privado nas eleições e nas definições políticas? Segundo Fabiano Angélico, coordenador de Projetos do Transparência Brasil, uma forma seria estimular as doações de pessoas físicas, oferecendo benefícios como um abatimento no Imposto de Renda, por exemplo. Outra seria limitar ainda mais o teto para as grandes empresas, baixando as doações para 1% do faturamento.

“O que se precisa ter em mente é que proibir a iniciativa privada de tentar influenciar o jogo político é ilusão. Isso jamais vai acontecer. Se amanhã tiver uma lei proibindo doações de empresas, elas vão arrumar uma forma de se ‘achegar’ nos poderosos, com alguns favores. É melhor entender que a vida é assim e regulamentar isso, deixar tudo claro. E se tiver uma pisada na bola, deve [haver] uma sanção muito forte”.

Edição: Tereza Barbosa

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=971222

Entenda o que é e como funciona o financiamento de campanha no Brasil

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O financiamento de campanha consiste na arrecadação de recursos para que os partidos e os candidatos possam fazer a campanha política. O financiamento está baseado na Lei 9504, de 1997, e sofreu algumas alterações na minirreforma eleitoral realizada no ano passado.

No Brasil, o tipo de financiamento adotado é o misto, e as doações podem ser privadas ou públicas (por meio do fundo partidário).

“As doações podem ser provenientes de recursos próprios [do candidato]; de pessoas físicas, com limite de 10% do valor que declarou de patrimônio no ano anterior no Imposto de Renda; e de pessoas jurídicas, com limite de 2%, correspondente [à declaração] ao ano anterior”, explicou o juiz Marco Antonio Martin Vargas, assessor da presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo.

Para começar a arrecadar o dinheiro, o partido ou o candidato devem solicitar o registro da candidatura, abrir uma conta bancária para a campanha e obter os recibos eleitorais, documentos numerados que devem ser emitidos a cada doação recebida.

Também há os repasses do fundo partidário. “O fundo partidário é uma arrecadação de valores, distribuído proporcionalmente aos partidos políticos pelo Estado e com determinadas naturezas: um percentual é para aplicação na publicidade ideológica, outro é para cursos que envolvam a cidadania e a implementação política de sua ideologia e, entre elas, destinar um percentual para as campanhas dos candidatos do partido”, afirmou o juiz.

Há ainda outro recurso público, lembrou Fabiano Angélico, coordenador de projetos da organização não governamental (ONG) Transparência Brasil. “Outra forma de financiamento e que é muito importante no Brasil é a do palanque eletrônico, o que chamamos de horário eleitoral gratuito – e que não é gratuito. Isso custa muito dinheiro aos cofres públicos. O que ocorre é que existe um repasse para as emissoras de rádio e de televisão, com base em tabela de publicidade”, explicou.

A legislação eleitoral também estabelece quais são as entidades proibidas de fazer doações. “As entidades que são vedadas a doar são entidades ou governo estrangeiros, órgão de administração pública direta ou indireta ou fundações mantidas com recursos provenientes do Poder Público, concessionária ou permissionária de serviço público, entidade de direito privado que receba na condição de beneficiária contribuição compulsória em virtude de instrução legal, entidade de utilidade pública, entidade de classe ou sindical, pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou que receba recurso do exterior, entidades beneficentes ou religiosas, entidades esportivas, organizações não governamentais que recebam recursos públicos, organizações da sociedade civil de interesse público [Oscip] e cartórios de serviços notariais e de registro público”, explicou Vargas.

Pela lei, os candidatos e comitês financeiros só poderão arrecadar recursos até o dia da eleição.

Edição: Graça Adjuto

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=971242

Cinco dias, cinco nós para resolver e consolidar a aliança entre PMDB e PT

Correio Braziliense - Ivan Iunes

Fechados em torno da candidatura presidencial da petista Dilma Rousseff, PMDB e PT têm agora cinco dias para desfazer cinco nós, pendentes para a aliança nacional ser sacramentada com mais tranquilidade. O prazo apertado se deve às convenções nacionais das legendas, marcadas para o fim de semana. Os encontros são as últimas oportunidades de os diretórios intervirem com mão de ferro nas composições estaduais. Depois de resolverem o maior impasse entre os partidos, em Minas Gerais, PT e PMDB usarão a semana para acertar as costuras no Pará, Paraná, Ceará, Maranhão e Santa Catarina.

A intenção dos presidentes das duas legendas, Michel Temer (PMDB) e José Eduardo Dutra (PT), é que os estados “deflagrados” entrem em acordo, sem a necessidade de intervenção nacional. O receio da dupla é de que as composições forçadas diminuam o ímpeto das militâncias em estados-chaves para a campanha presidencial. Por isso, a prioridade foi decidir os rumos da sucessão em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país.

Em uma série de reuniões que tomaram a segunda-feira, petistas e peemedebistas bateram o martelo para lançar o senador Hélio Costa (PMDB-MG) para o governo mineiro e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) para o Senado. Os políticos se digladiaram na última semana pela cabeça de chapa. Os petistas saíram de cena em prol da aliança. “A decisão em Minas era um dos eixos a nortear a decisão nacional. Esse palanque é importante para que a ex-ministra Dilma Rousseff consiga vencer no estado”, admitiu Dutra.

Vencida a batalha, Costa terá agora que fazer uma ginástica para atrair a militância do partido aliado. Os petistas ainda estão com as feridas abertas, já que a escolha envolveu até a participação do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Até o último momento, o PT mineiro tentou emplacar Pimentel. O dedo presidencial, contudo, encerrou a questão. O próprio presidente da legenda em Minas, Reginaldo Lopes, resumiu o clima pós-acordo: “Estou com a alma ferida”.

Mesmo em clima de sepultamento, o petista garante que trabalhará pela eleição de Hélio Costa. “Estaremos de corpo e alma na campanha”, anunciou. Além de definir o nome do vice — o favorito é o ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias (PT) — Costa tentará fechar alianças com partidos aliados, como o PSB e o PR. “Ainda temos duas posições majoritárias (vice-governador e senador), e duas suplências de senador para negociar”, indicou o ex-ministro das Comunicações, otimista com o futuro. “Não tenho a menor dúvida de que terei apoio de todo o PT. Fui ministro do presidente e um aliado desde o primeiro mandato. Tenho ótima relação com o PT. As disputas acabaram. As declarações das lideranças foram claras e objetivas. Todos se comprometeram com a aliança”.

Embarque
Para evitar arestas ainda maiores do que as resultantes do acordo em Minas, PT e PMDB devem correr para fechar acordos nos últimos cinco estados indefinidos. Em pelo menos um deles, o Maranhão, a possibilidade de intervenção é real. A candidata à reeleição Roseana Sarney (PMDB) pressiona pelo apoio dos petistas. Em decisão estadual, o PT decidiu embarcar na campanha do deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA). “Nossa defesa é o respeito à autonomia dos estados. Foi feito um encontro, dentro da lei, e o PT decidiu nos apoiar”, ressalta Dino. A resposta para o nó maranhense deve ser anunciada na sexta.

No Pará e no Ceará, as arestas se localizam na disputa pelo Senado. Descontente com a participação do partido no governo de Ana Júlia (PT), o candidato ao Senado Jader Barbalho (PMDB) deve capitanear a escolha de um nome próprio do partido para a sucessão. No Ceará, o candidato ao Senado Eunício Oliveira (PMDB) quer a retirada da pré-candidatura de José Pimentel (PT). Com uma disputa acirrada com o candidato tucano Tasso Jereissati (PSDB), Eunício teme perder a eleição para Pimentel.

No Paraná e em Santa Catarina, o acordo vai de provável a praticamente impossível. Os petistas paranaenses tentaram inflar a pré-candidatura de Osmar Dias (PDT) ao governo, mas o pedetista deve comprar bilhete para atravessar as eleições como candidato à reeleição no Senado, aliado aos tucanos. Restaria ao PT se aliar ao atual governador, Orlando Pessuti (PMDB). O peemedebista exige que a pré-candidata petista ao Senado, Gleisi Hoffmann, ocupe a vaga de vice na chapa — mesma exigência já feita por Dias. Ela reluta a fechar um acordo, mas pode ceder aos apelos do diretório nacional.

Em Santa Catarina, a senadora Ideli Salvatti (PT) é o nome dos petistas para o governo. No estado, a aliança com o PMDB é dada como perdida. O caminho mais provável é de que a legenda feche acordo com PSDB e DEM. A tríplice aliança escolheria um nome entre Leonel Pavan (PSDB), Raimundo Colombo (DEM) e Eduardo Moreira (PMDB), para ocupar a cabeça de chapa. Os outros dois ficariam com a vice e com o posto ao Senado.

QUANDO VALE O FICHA LIMPA
» O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu ontem a quarta consulta sobre o projeto Ficha Limpa. O deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) questiona se a lei, sancionada no fim da semana passada pelo presidente Lula, “se aplica aos registros de candidaturas no próximo pleito eleitoral, em outubro de 2010”. Essa consulta se junta a outras três protocoladas no TSE no mês passado. Duas também tratam da aplicação da lei já nessas eleições e a outra, do deputado Jerônimo de Oliveira Reis (DEM-SE), questiona a possibilidade de políticos condenados antes da aprovação da lei terem a candidatura vetada. Ainda não há data definida para o plenário do TSE responder às consultas, mas é possível que isso ocorra ainda esta semana.

José Eduardo Dutra fala sobre a aliança entre PT e PMDB em Minas


Entrevista com Michel Temer e José Eduardo Dutra sobre a aliança em Minas

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/08/politica,i=196545/CINCO+DIAS+CINCO+NOS+PARA+RESOLVER+E+CONSOLIDAR+A+ALIANCA+ENTRE+PMDB+E+PT.shtml

Pré-candidatos defendem unificação de alíquota sobre o etanol

Folha

ANA FLOR
BERNARDO MELLO FRANCO


Os três principais pré-candidatos à Presidência --José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV)-- participaram na noite desta sengunda-feira de evento organizado pelo setor sucroenergético em São Paulo.

Eles receberam um documento com as reivindicações do setor. O encontro começou por volta das 19h. Cada um deles teve 15 minutos para expor sua opinião sobre a questão. Não houve perguntas.

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi o primeiro a falar e defendeu a unificação das alíquotas estaduais e do ICMS sobre a produção de etanol. Ele sugeriu um índice de 12% adotado atualmente no Estado de São Paulo.

"O governo federal tem que se jogar nisso ativamente. É preciso unificar a alíquota", afirmou.

Ele usou boa parte de seu discurso para listar medidas tomadas por São Paulo. O ex-governador paulista lembrou que o Estado produz em torno de 60% do etanol exportado.

"Não quero fazer nenhum lance de campanha, mas o Brasil pode fazer muito mais nessa área, como a criação de um mercado mundial de etanol".

Para Serra, a área de combustível e etanol deve ter uma diretoria dentro da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Serra foi embora logo após falar, sem permanecer no evento para ouvir os demais pré-candidatos.

Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, também defendeu a unificação das alíquotas estaduais do ICMS sobre a produção de etanol e ressaltou a importância que o governo Lula deu ao setor de biocombustíveis.

"O governo do presidente Lula passou a dar uma prioridade aos biocombustíveis e ao etanol que não era dada nos últimos anos", disse Dilma. A pré-candidata afirmou que tem o compromisso de continuar dando importância estratégica ao setor "em qualquer circunstância que estivesse".

"Eu tenho um compromisso com vocês [de sistematicamente lutar para que o setor] não perca essa corrida tecnológica", declarou. A pré-candidata prometeu valorizar o setor sucroenergético "mantendo o diálogo entre nós", afirmou.

Dilma também defendeu uma saída equilibrada para a mudança do código florestal no Brasil, que está em discussão no Congresso.

Pré-candidata do PV, Marina Silva foi a última dos candidatos a falar e afirmou que "o etanol pode fazer um resgate histórico e ambiental se formos capazes de integrar desenvolvimento, meio ambiente e justiça social na mesma equação".

Marina defendeu a manutenção da regra que obriga os produtores a preservar a reserva legal de suas propriedades, mas evitou pelemizar com as críticas dos empresários do setor em relação a legislação ambiental e trabalhista que regulam a produção de cana.

Assim com Serra e Dilma, Marina defendeu a unificação das alíquotas estaduais e do ICMS para a produção de etanol.

Antes dos discursos dos presidenciáveis, Ismael Perina, presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), fez cobranças e críticas.

Segundo ele, o crescimento do setor precisa de medidas que fortaleçam a competitividade dos produtores, linhas de crédito especiais para o setor.

Perina fez duras críticas à complacência do setor público com invasões de propriedades rurais e afirmou que é preciso questões trabalhistas que respeitem as especificidades do setor rural, como a melhor definição do que são condições análogas ao trabalho escravo.

"Hoje predomina a subjetividade", afirmou. Segundo ele, os agricultores são "os grandes responsáveis pela harmonização da produção e da preservação ambiental".

Esse foi o quarto encontro com a participação dos pré-candidatos. No dia 25 de maio, os três participaram de uma sabatina organizada pelo CNI (Confederação Nacional da Indústria) que durou cerca 5 horas.

Uma semana antes, os pré-candidatos estiveram na sabatina organizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) em Brasília.

No dia 6 de maio, eles também participaram do 27º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte (MG), e transformaram o evento em um debate eleitoral que durou cerca de duas horas.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/747075-pre-candidatos-defendem-unificacao-de-aliquota-sobre-o-etanol.shtml

Dilma promete continuar com política de Lula em relação aos biocombustíveis

Folha

ANA FLOR
BERNARDO MELLO FRANCO

A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, ressaltou nesta segunda-feira a importância que o governo do presidente Lula deu ao setor de biocombustíveis, durante um evento organizado pelo setor sucroenergético.

"O governo do presidente Lula passou a dar uma prioridade aos biocombustíveis e ao etanol que não era dada nos últimos anos", disse Dilma. A pré-candidata afirmou que tem o compromisso de continuar dando importância estratégica ao setor "em qualquer circunstância que estivesse".

"Eu tenho um compromisso com vocês [de sistematicamente lutar para que o setor] não perca essa corrida tecnológica", declarou

"Temos o compromisso de continuar com a valorização do setor sucroenergético mantendo o diálogo entre nós", afirmou a pré-candidata.

Dilma também defendeu uma saída equilibrada para a mudança do código florestal no Brasil, que está em discussão no Congresso.

Assim como José Serra e Marina Silva, Dilma defendeu a unificação das alíquotas estaduais do ICMS sobre a produção de etanol.

Os três principais pré-candidatos à Presidência -- Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV)-- estão em São Paulo participando de evento organizado pelo setor sucroenergético.

Eles receberam um documento com as reivindicações do setor. Cada um tem 15 minutos para expor sua opinião sobre a questão. Não há perguntas.

Esse é o quarto encontro com a participação dos pré-candidatos.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/747065-dilma-promete-continuar-com-politica-de-lula-em-relacao-aos-biocombustiveis.shtml

Marina Silva troca coordenador de campanha

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO



A campanha da presidenciável Marina Silva (PV) vive um momento de troca de guarda. O coordenador nacional Alfredo Sirkis está de saída para se dedicar à própria candidatura a deputado federal, pelo PV do Rio.

O cargo será assumido pelo ambientalista João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente na gestão da senadora. Ele dividirá o comando com vice da chapa, o empresário Guilherme Leal.

A dupla conta com a confiança de Marina, mas não tem experiência em eleições presidenciais. Isso levou os verdes a buscarem o reforço de mais um ex-petista: o ex-deputado Airton Soares, 64.

Ele terá a missão de traçar estratégias e articular apoios nos Estados. Fundador do PT, foi um dos três deputados obrigados a se desfiliar da sigla em 1985, após votar em Tancredo Neves na eleição indireta para a Presidência.

Depois do episódio, passou por PMDB, PDT, PSDB e PPS, até se filiar ao PV, no ano passado. Atuou nos bastidores de duas campanhas presidenciais: de Leonel Brizola (PDT), em 1989, e Ciro Gomes (PPS), em 1998.

Amigo do presidente Lula, o ex-deputado é do conselho da Infraero desde o início do governo, em 2003. Ele disse à Folha que não pretende deixar o cargo, que paga jetom de R$ 1.900 por reunião mensal: "É um valor irrisório. O que me sustenta é meu escritório de advocacia".

Sobre o apoio a Marina, afirmou: "Sou amigo do Lula, mas não devo subordinação a ele".

A campanha ainda conta com outros egressos do PT, como o ex-deputado Luciano Zica, responsável pela agenda da senadora, e o publicitário Paulo de Tarso Santos, que lançou o slogan "Lula-lá" na campanha de 1989.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/747015-marina-silva-troca-coordenador-de-campanha.shtml

7 de jun. de 2010

PT e PMDB seguem sem acordo em 15 Estados

Empenhados em solucionar impasse em Minas, os dois partidos estarão em lados opostos ou não chegaram a um acordo em 14 Estados

Andréia Sadi e Adriano Ceolin, iG Brasília

A menos de uma semana de suas convenções nacionais, PT e PMDB se apressam para solucionar pendências nos Estados onde têm esperanças de montar um palanque único para a ex-ministra Dilma Rousseff (PT). As duas siglas se reúnem hoje em Brasília, em mais um tentativa de resolver o impasse em Minas Gerais, onde a disputa pela cabeça de chapa envolve o PT do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o PMDB do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa. Ainda assim, petistas e peemedebistas seguem em lados opostos ou não chegaram a um acordo em pelo menos outros 14 Estados.

O principal objetivo das negociações é dar sustentação para a montagem de uma chapa nacional, em que Dilma tenha como vice o deputado federal paulista Michel Temer (PMDB). Firmado em outubro passado, o pré-acordo entre os partidos nunca chegou a ser ameaçado em nível nacional. Porém, as cúpulas partidárias sempre visaram reproduzir a aliança no maior número de Estados possível. Segundo maior colégio eleitoral do País, Minas Gerais tem sido classificado como fiel da balança na eleição deste ano.

Pela legislação eleitoral, os partidos não precisam reproduzir nos Estados a aliança nacional - ao contrário do que ocorreu em 2002 quando a verticalização era obrigatória. Por isso, há casos em que PT e PMDB estão em chapas adversárias, como ocorre em São Paulo. Nesse caso o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) pavimentou ainda em 2008 a aliança com o pré-candidato à Presidência José Serra (PSDB), ao endossar naquele ano a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Regiões como Bahia, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Acre também colocam os partidos parceiros na disputa presidencial em saia justas locais.

Em Estados como o Paraná, por exemplo, as negociações ainda não foram encerradas. O senador Osmar Dias (PDT) é o nome que o PT quer apoiar para o governo, mas ele exige apoio do PMDB, que tem Orlando Pessuti como candidato, para entrar na disputa. Sem o PMDB, Osmar Dias ameaça abandonar a disputa no Estado e apoiar o PSDB de José Serra. Para tratar da questão, o senador disse que terá reunião com o PDT nesta segunda-feira.

No Maranhão, o PMDB ainda espera a participação de Dilma na campanha da governadora Roseana Sarney (PMDB) à reeleição, apesar de o PT maranhense insistir em apoiar o deputado Flávio Dino (PCdoB).

Convenções

Nesta sexta-feira e próximo sábado, PMDB e PT realizam, respectivamente, suas convenções nacionais. Na ocasião, deverão selar o nome de Temer para a vice de Dilma. Com 69 dos 803 votos na convenção nacional, o PMDB mineiro tem a segunda maior bancada, atrás apenas dos delegados do Rio de Janeiro (80 votos).

Se decidirem abandonar a pré-candidatura de Dilma, os aliados de Costa poderão se juntar aos peemedebistas que já apoiam a candidatura presidencial de José Serra, como os representantes de São Paulo e Pernambuco. Aliados de Temer, entretanto, não veem risco real nas ameaças e tampouco temem um revés na convenção nacional.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/pt+e+pmdb+seguem+sem+acordo+em+15+estados/n1237654897843.html

Ainda sem vice, Serra volta a Minas Gerais de Aécio

Candidato tucano à Presidência da República tem agenda em Montes Claros, onde se encontrará com lideranças políticas

Adriano Ceolin, iG Brasília

Ainda sem vice e já sem esperanças de ter Aécio Neves (PSDB) como companheiro de chapa, o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, vai a Minas Gerais nesta segunda-feira para o que será sua quinta viagem ao Estado nesta pré-campanha.

Serra irá a Montes Claros, onde deverá se encontrar com lideranças e prefeitos do norte de Minas. O encontro foi organizado pelo secretário-geral do PSDB e deputado federal, Rodrigo de Castro (MG).

“Será uma reunião com integrantes de oposição ao governo federal. A expectativa é muito boa na região”, disse Castro. O deputado ainda não confirmou a ida de Serra a Uberaba, triângulo mineiro, viagem que está prevista para quarta-feira (9).

Segundo o secretário-geral, o ex-governador mineiro Aécio Neves deverá marcar presença em Montes Claros. Na semana passada, Aécio esteve em São Paulo e participou de uma reunião com integrantes da cúpula do PSDB.

No encontro, ele reafirmou que disputará o Senado e fez sugestões sobre quem deverá ser o vice de Serra. O ex-governador mineiro voltou a defender que a vaga fique com um representante do PSDB.

Aécio tem preferência pelo senador Tasso Jereissati (PSDB). Outro nome que agrada o tucano mineiro é Sérgio Guerra (PSDB-PE). Os dois, porém, já deram declarações que querem disputar, respectivamente, o Senado e a Câmara dos Deputados.

O presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (RJ), tem dito que o partido só abriria mão de indicar o candidato a vice se Aécio fosse o candidato. O tucano, porém, é um dos principais refratários à ideia de dar o posto ao DEM.

Aécio avalia que o DEM não conseguiu superar a crise que abateu sobre o partido após o escândalo no governo do Distrito Federal. Único governador do DEM até então, José Roberto Arruda deixou a sigla e depois renunciou o cargo.

Do DEM, o nome preferido de Aécio é Katia Abreu (TO). No entanto, o próprio ex-governador mineiro descarta a atual senadora como vice por conta de seus posicionamentos a favor do agronegócio que desagradam integrantes de movimentos ambientalistas.

Para Aécio, se Katia for vice de Serra, será ainda mais difícil conquistar o apoio de Marina Silva (PV) em um eventual segundo turno entre o tucano e a candidata do PT, Dilma Rousseff.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/ainda+sem+vice+serra+volta+a+minas+gerais+de+aecio/n1237654883535.html

Emprego e renda ajudam petista; tucano capta descontentes

Entre os que consideram que a oferta de vagas 'melhorou muito', 51% pretendem votar em Dilma e 32%, em Serra

Daniel Bramatti/SÃO PAULO - O Estado de S.Paulo

A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra que a geração de empregos e a melhora da renda são fatores que impulsionam a preferência dos eleitores por Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.

Já o eleitorado descontente com serviços públicos, principalmente na segurança e na saúde, tende a votar majoritariamente no tucano José Serra.

Dos entrevistados que consideram que a oferta de empregos "melhorou muito" no País nos últimos dois anos, 51% pretendem votar na petista e 32%, em Serra. A vantagem também é larga no segmento para o qual a situação do emprego melhorou "um pouco": 47% a 33%.

No total, 56% dos brasileiros observaram alguma ampliação do mercado de trabalho nos últimos dois anos. As estatísticas oficiais alimentam essa percepção: em abril, a taxa de desemprego ficou em 7,3%, o melhor resultado desde 2002, ano do início da nova série histórica do IBGE.

Consumo. Dilma também lidera no eleitorado que viu seu poder de compra melhorar "muito": 43% a 26%. Entre os que sentiram pouco crescimento da renda, a vantagem da petista sobre Serra é menor: 42% a 37%.

A percepção de ampliação do poder de consumo é generalizada, mas mais intensa na região Nordeste: 77% acham que a situação melhorou e apenas 7% consideram que piorou. Em todo o País, esses índices são de 72% e 11%, respectivamente.

Dilma vê a situação da renda e do emprego como trunfos a explorar na campanha. No programa partidário exibido em maio em rede de rádio e televisão, o PT destacou a geração de postos de trabalho e a ascensão social dos mais pobres no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda no campo da economia, o Ibope perguntou aos entrevistados se a vida melhorou no quesito pagamento de impostos. Para um terço do eleitorado, houve piora nos últimos dois anos e 21% disseram ter sentido melhora. Nesse caso, Dilma lidera entre os mais satisfeitos e até entre os que acham que o peso dos impostos ficou igual nos últimos dois anos.

No grupo para o qual a situação dos impostos "piorou um pouco" ou "piorou muito", José Serra vence por 46% a 30% e 51% a 22%, respectivamente.

Combate ao crime. Serra marcou a entrada na chamada pré-campanha com críticas à atuação do governo federal na área da segurança. Segundo ele, há falhas no controle das fronteiras que permitem o ingresso de armas e drogas que alimentam o crime organizado.

Esse discurso encontra eco no eleitorado que percebeu piora na situação da segurança pública nos últimos dois anos. No grupo segundo o qual "piorou muito", o tucano vence Dilma por 46% a 26%. No segmento para o qual "piorou um pouco", a vantagem dele é de 40% a 31%.

Há parcela significativa da população para a qual a situação da segurança não piorou: 29% dizem que ficou tudo igual e 30 %, que houve melhora. Os mais críticos, nessa área, somam 38%.

Na avaliação dos serviços públicos de saúde há uma divisão semelhante do eleitorado: 37% veem melhora, 34% relatam piora e 27% não apontam mudanças na qualidade dá área.

Ministro da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso, Serra vê o tema como um flanco da gestão Lula. Nas últimas semanas, por exemplo, ele atacou publicamente o "loteamento" político de áreas do Ministério da Saúde.

O serviço público mais bem avaliado na pesquisa Ibope foi a educação. Para 48% dos entrevistados, o setor melhorou nos últimos dois anos. Outros 25% tiveram opinião contrária e 24% disseram não ter observado diferenças no período. Como nos demais casos, dilmistas se concentram entre os mais satisfeitos e serristas são majoritários no extremo oposto. A petista lidera com 26 pontos porcentuais de vantagem (55% a 29%) no segmento para o qual a educação "melhorou muito".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,emprego-e-renda-ajudam-petista-tucano-capta-descontentes,562486,0.htm

Dilma bate Serra por 43% a 33% entre beneficiados por programas sociais

Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra que auxílios federais, como o Bolsa-Família e o Prouni, chegam a 30% dos domicílios brasileiros

Daniel Bramatti / SÃO PAULO - O Estado de S.Paulo



A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem dez pontos porcentuais de vantagem sobre o tucano José Serra no segmento do eleitorado beneficiado por programas sociais do governo federal, segundo a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo.

Dilma tem 43% das intenções de voto entre os eleitores que recebem auxílio governamental e Serra, 33%. Já no segmento não beneficiado, o tucano tem 38% contra 34%. No universo total de entrevistados, os dois aparecem empatados, com 37%.

O levantamento revela que os programas do governo federal chegam a 30% dos domicílios do País. O mais abrangente é o Bolsa-Família, que tem beneficiários em 22% dos domicílios. A seguir vem o Farmácia Popular, com 4%. Nenhum dos demais programas listados pelo Ibope teve mais de 1% das citações.

Os números mostram que a pré-candidata petista tem apoio significativo entre os atendidos por programas federais, mas, ao menos por enquanto, derrubam a tese de que esse grupo penderia de forma quase homogênea para o lado governista na eleição. Descontados os indecisos e os que pretendem votar em branco, esse eleitorado está dividido ao meio: metade fica com Dilma e metade com os dois principais candidatos de oposição: Serra e Marina Silva (PV).

Discurso. O fator desinformação pode ter peso significativo nesse quadro, já que entre os mais pobres é maior o porcentual de eleitores que ignora o fato de que Dilma é a candidata da situação. Para conquistar votos nesse segmento, Serra tem adotado o discurso de que manterá e ampliará o Bolsa-Família caso chegue ao Palácio do Planalto.

Atualmente, um terço dos eleitores de Dilma são beneficiados por algum programa governamental. No caso de Serra, esse grupo forma um quarto de seus simpatizantes.

Para mediar a influência do braço social do governo na eleição, o Ibope listou 13 programas federais e perguntou aos entrevistados se eles ou alguém de sua família são beneficiados.

O peso dos programas se revelou maior no Nordeste, região em que Dilma colhe seus melhores resultados na pesquisa - lidera por 47% a 27%. Mas a influência da área social é menor no Norte/Centro-Oeste, outra região em que a petista está à frente de Serra, por 43% a 31%. Dos entrevistados que se declararam diretamente beneficiados pelo Bolsa-Família, por exemplo, 53% são do Nordeste, 28% do Sudeste, 11% do Norte/Centro-Oeste e 7% do Sul.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-bate-serra-por-43-a-33-entre-beneficiados-por-programas-sociais,562478,0.htm

Serra quer evitar "Dilmasia" em Minas

Pré-candidato tucano retorna ao estado para tentar colocar um freio no movimento favorável à petista Dilma Rousseff e ao governador tucano Antonio Anastasia

Correio Braziliense - Luiz Ribeiro


O pré-candidato à presidência da República José Serra (PSDB), acompanhado do ex-governador Aécio Neves e do governador Antonio Anastasia, retorna a Minas Gerais nesta segunda-feira, quando visitará Montes Claros, onde terá encontro com lideranças regionais. A expectativa é de que a presença de Aécio — que fará sua primeira aparição pública ao lado do ex-governador paulista desde que retornou de viagem ao exterior — sirva de impulso para o engajamento dos prefeitos tanto na campanha de Serra como no trabalho para a reeleição de Anastasia. Mas existe uma ameaça de divisão dos chefes de executivo em relação ao candidato a presidente do PSDB.

A ameaça é representada pela “Dilmasia”, movimento que defende o apoio casado à reeleição do atual governador e à pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. O presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), Valmir Morais (PTB), disse que cerca de 50 a 60 prefeitos deverão participar do encontro com os pré-candidatos tucanos. Segundo Morais, a maioria dos prefeitos norte-mineiros já declarou adesão à campanha para a reeleição de Anastasia e apoio à candidatura de Aécio ao Senado. Para o dirigente, o apoio ao tucano não será difícil. “Não vejo dificuldades para os prefeitos assumirem a candidatura do Serra. Vai depender da posição do Aécio”, afirma Morais. “Basta o Aécio pedir para que o Norte de Minas possa abraçar também a candidatura do PSDB para a Presidência da República”, acrescenta o presidente da Amams, que reúne 92 prefeitos.

Serra fará hoje a sua quinta viagem ao estado desde que se desincompatibilizou do governo de São Paulo, no início de abril, para concorrer ao Palácio do Planalto. Ele esteve duas vezes em Belo Horizonte e visitou Uberlândia e Uberaba, mas será a primeira viagem a Montes Claros, cidade de 364 mil habitantes, e importante centro universitário. Em 2002, quando também disputou a Presidência da República, Serra fez poucas visitas ao estado e não foi ao norte, apesar de a região ter cerca de dois milhões de votos. Nesta segunda-feira, Serra vai receber um documento com reivindicações, intitulado de Plano de Desenvolvimento do Norte de Minas, elaborado em encontro de lideranças políticas e empresariais, organizado pela Amams.

Apesar da informação do presidente da Amams, uma boa parte dos prefeitos norte-mineiros deverá apoiar Anastasia para governador e Dilma, para presidente da República. A observação é do prefeito de Salinas, José Prates (PTB), um dos cabeças da “Dilmasia”. Seria algo semelhante ao “Lulécio”, liderado pelo próprio José Prates em 2006, quando uma frente de prefeitos apoiou as reeleições de Aécio Neves para o governo de Minas e de Luiz Inácio Lula da Silva para o Palácio do Planalto. A diferença desta vez é que os prefeitos também deverão votar em Aécio para o Senado. Prates disse saber que um número expressivo de prefeitos, `no estado inteiro, incluindo filiados ao PSDB e ao PT”, que vão apoiar Dilma e Anastasia, mas não revela quem seriam eles. “Não posso falar os nomes porque não sou porta-voz deles”, justificou.


DIVISÃO MINEIRA
» Ao contrário do anunciado, terminou sem acordo o encontro entre PT e PMDB, realizado ontem à tarde, no qual se pretendia definir entre o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel o cabeça-de-chapa para disputar o governo de Minas. O PT, porém, pegou de surpresa os peemedebistas que consideravam a partida ganha com Hélio Costa, para a disputa do governo mineiro. Em reunião pela manhã, petistas e representantes do PR, PCdoB e PRB, aproveitaram a ausência do PMDB, para anunciar nova chapa, esta encabeçada por Fernando Pimentel, tendo como vice Clésio Andrade, presidente do PR de Minas, e Hélio Costa como candidato único para o Senado.

Marina reduz agenda

A convenção do Partido Verde na próxima quinta-feira é o principal motivo para a agenda reduzida de compromissos nesta semana da senadora Marina Silva, que será aclamada no evento como a candidata da legenda ao Palácio do Planalto. A agenda da pré-candidata prevê apenas a participação hoje no prêmio Top Etanol, realizado pela União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), em São Paulo.

Nesta semana, entretanto, Marina, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estarão empenhados em fazer um bom discurso nas convenções partidárias. O prazo estabelecido pela Justiça eleitoral para a realização das convenções inicia-se nesta semana e o Partido Verde será o primeiro a dar a largada. A convenção que aclamará a chapa Marina Silva e Guilherme Leal ocorrerá no Brasil 21, em Brasília. A expectativa é reunir 1,5 mil pessoas no salão principal, mas os outros espaços devem ser utilizados para acomodar os simpatizantes da candidatura da senadora. Após a convenção nacional, Marina deve ainda participar de algumas convenções do PV nos estados, principalmente no Rio, Minas e São Paulo.

Depois do evento de hoje, em São Paulo, a intenção é que Marina se concentre no discurso para a próxima quinta. O PV está empenhando em evitar a polarização do debate das eleições presidenciais entre PSDB e PT e tenta, sempre que possível, garantir a participação de Marina em eventos onde o ex-governador José Serra e a ex-ministra Dilma Rousseff também estejam. A convenção tucana ocorrerá em Salvador e a do PT, em Brasília — ambas no fim de semana.

Foi assim, por exemplo, em congresso de saúde realizado no fim de maio, em Gramado (RS). Dilma foi ao evento e, na última hora, a assessoria de Serra também confirmou sua presença. Marina, com a agenda já comprometida, não pôde ir no mesmo dia que os concorrentes. Mas nem por isso deixou de marcar presença: no dia seguinte, a senadora também prestigiou o congresso.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/07/politica,i=196397/SERRA+QUER+EVITAR+DILMASIA+EM+MINAS.shtml

Marina usa estrutura da Natura para a campanha

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO



O escritório dos sócios da Natura na rua Amauri, no Itaim Bibi, em São Paulo, tem sido usado como bunker informal da campanha da pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva.

A prática contraria o discurso do vice Guilherme Leal, que disse que se afastaria do comando da empresa e que não usaria sua estrutura para fins político-partidários.

Embora os verdes tenham montado o comitê oficial numa casa na Vila Madalena, o escritório do Itaim Bibi abriga as reuniões mais importantes, que não aparecem na agenda pública da senadora.

Além de Marina e Leal, só pisam lá alguns dirigentes da campanha e os assessores mais próximos da dupla. Jornalistas e profissionais contratados pelo PV não têm acesso aos encontros.

Na última sexta-feira, por exemplo, a pré-candidata passou a tarde a portas fechadas no escritório. Sua assessoria se limitou a informar que ela estava em São Paulo, sem compromissos públicos.

Os controladores da Natura ocupam dois andares do edifício da rua Amauri. O endereço aparece várias vezes em documentos da Natura. A sede da empresa fica em Itapecerica da Serra (SP).

A assessoria de Marina afirma que o escritório não está registrado em nome da Natura, e sim da Janos, empresa que administra o patrimônio dos controladores da fabricante de cosméticos.

Isso, segundo os verdes, descaracterizaria o uso da estrutura da fabricante de cosméticos na campanha.
De acordo com a assessoria, o endereço é usado para reuniões por oferecer estrutura melhor que o comitê e por ficar perto do hotel em que Marina costuma se hospedar em São Paulo.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/746508-marina-usa-estrutura-da-natura-para-a-campanha.shtml

Base de Aécio em Minas vacila em apoiar Serra na disputa presidencial

Folha

RODRIGO VIZEU



O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, vai hoje à mineira Montes Claros, ao lado de Aécio Neves, numa tentativa de sedimentar os apoios de prefeitos de PSDB, DEM e PPS no Estado.

Em Minas, que tem 853 cidades, os três partidos controlam 286 prefeituras. A Folha ouviu 264 prefeitos dessas legendas e 79 deles disseram que não estão fechados com Serra. A fratura atinge 28% do total: 43% no DEM, 36% no PPS e 16% no PSDB.

A indefinição ou mesmo traição declaradas dos prefeitos é um teste à dedicação a Aécio, que vem resistindo aos apelos para ser vice na chapa tucana, mas prometeu apoio total a Serra nas três legendas no Estado.

Juntas, elas administram prefeituras onde estão 27% do eleitorado mineiro.

Sem a unanimidade do "núcleo duro" aecista, Serra deve ter mais dificuldades para convencer prefeitos de siglas que integram tanto a base federal quanto a aliança estadual, como PP, PDT e PSB. Nelas, Aécio já admitiu que pode haver defecções.

Dos prefeitos ouvidos, 64 se disseram indecisos, seis declararam neutralidade e nove afirmaram apoiar Dilma. Cinco não quiseram revelar quem apoiarão.

Foram entrevistados mais de 92% dos prefeitos das três legendas no Estado. O restante --19 do PSDB e 3 do DEM-- não foi localizado.

"Homem seco"

A hesitação em fazer campanha para Serra se assenta sobre um tripé: gratidão pelos repasses de verbas de Lula, alianças locais com partidos pró-Dilma e mágoa por Aécio não ter sido o candidato a presidente do PSDB.

Alguns criticaram o estilo pessoal do paulista. "A Dilma me abraça. O Serra nem olha para a cara, é um homem seco", afirmou Dinair Isaac (DEM), de Capinópolis.

A prefeita de Carmópolis de Minas, Maria do Carmo Rabelo Lara (PSDB), se diz indefinida e promete apoiar quem prometer um hospital na cidade. "A gente depende de verba, tem que ser pragmático", concordou Lucas Siqueira (PPS), de Patrocínio.

Alguns disseram que podem pender a Serra se Aécio for vice. "Não basta ser vice, tinha que ser Aécio na cabeça", disse o indeciso Jéferson Miranda (PSDB), de Santo Antônio do Grama.

Só nove dos prefeitos ouvidos ainda não prometem apoio ao governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato de Aécio ao governo mineiro.

Fechado com Anastasia, mas não com Serra, Odilon Oliveira (PSDB), prefeito de Oratório, explica a posição: "O Aécio pediu apoio para Anastasia, mas não fala totalmente que apoia Serra".

Editoria de Arte/Folhapress



http://www1.folha.uol.com.br/poder/746435-base-de-aecio-em-minas-vacila-em-apoiar-serra-na-disputa-presidencial.shtml