3 de abr. de 2010

Dilma sobe 4 pontos e encosta em Serra, diz Vox Populi

estadão.com.br

Uma nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República da Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes e divulgada na noite deste sábado, 3, mostrou que José Serra, pré-candidato do PSDB, lidera a corrida com 34% das intenções de voto. Dilma Rousseff, do PT, aparece com 31%, seguida de Ciro Gomes (10%) e Marina Silva (5%).

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-sobe-4-pontos-e-encosta-em-serra-diz-vox-populi,533305,0.htm

1 de abr. de 2010

DEM manterá distância do PT

Correio Braziliense

Brasília – O comando do DEM aprovou na quinta-feira (31/3) uma resolução que proíbe a coligação do partido com o PT em qualquer estado do país nas eleições de outubro. Principais opositores do governo federal, os democratas argumentam que não podem unir-se ao PT por interesses estaduais, uma vez que os partidos têm "ideologias opostas" em sua essência.

"Somos antagônicos, temos posições diversas de um governo que não cumpre com a sua palavra. O partido tem que apresentar à sociedade uma posição clara de onde vai estar durante as eleições", disse o líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC).

A resolução aprovada pela Executiva Nacional do DEM entra em vigor de imediato, mas passará a valer de fato no momento do registro das coligações perante a Justiça Eleitoral. Segundo Bornhausen, o comando dos democratas terá poderes para intervir nos estados que não seguirem a determinação – com a possibilidade de proibir eventuais uniões de petistas e democratas nas eleições regionais. "Em casos de desobediência, a Executiva tem o direito de intervir nas eleições estaduais", disse o líder.

Pela tradição brasileira, apesar do combate entre governo e oposição no governo federal, muitas legendas oposicionistas se unem nos estados e municípios com partidos governistas para conseguir eleger seus candidatos. Com a resolução do DEM, os candidatos do partido ficam proibidos de formar coligações com o PT sob pena de ter que responder ao comando da legenda.

A decisão dos democratas, no entanto, não se estende aos demais partidos da oposição. "Cada macaco no seu galho, cada partido tem a sua forma de agir", disse Bornhausen.

Em nível nacional, DEM, PSDB e PPS vão firmar coligação em torno da candidatura do governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto. Em alguns estados, porém, os partidos de oposição e da base seguem caminhos distintos das alianças federais para conseguir eleger seus candidatos.

No Rio de Janeiro, por exemplo, os partidos de oposição vão apoiar o deputado Fernando Gabeira (PV) para o governo do estado. O PV é aliado do PT em nível nacional, mas vai se unir à oposição, enquanto os petistas vão apoiar o governador Sérgio Cabral (PMDB) – candidato à reeleição.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/01/politica,i=183296/DEM+MANTERA+DISTANCIA+DO+PT.shtml

Após despedida , Serra diz que inicia nova etapa

SÃO PAULO (Reuters) - No dia seguinte à despedida do cargo de governador do Estado de São Paulo, José Serra, pré-candidato à sucessão presidencial pelo PSDB, afirmou que inicia agora uma nova fase em sua carreira política.

"Está na hora de começar uma outra etapa. Esta está se encerrando", disse Serra a jornalistas.

Ele participou nesta quinta-feira de cerimônia de assinatura de ampliação do limite de endividamento do Estado em 3,3 bilhões de reais.

Serra disse que já começou a cuidar da mudança, o que inclui arrumar a grande quantidade de documentos que acumulou desde que a assumir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, em janeiro de 2007.

"Todo dia já é diferente, mas hoje foi diferente, evidente", disse.

Na quarta-feira, diante de milhares de servidores, correligionários e políticos de seu partido e de siglas aliadas, Serra anunciou a saída do governo para concorrer à Presidência da República.

Ele fez um balanço da gestão e cunhou o slogan "o Brasil pode mais". Criticou a roubalheira e disse que os governos têm que ter caráter.

Adiantou nesta quinta que vai viajar pelo país, mas antes tentará passar por um período de descanso.

Ele confirmou que envia na sexta-feira à Assembléia Legislativa a carta de renúncia do cargo e, sobre o lançamento oficial de sua candidatura à Presidência, marcado para dia 10, afirmou que será apenas "uma reunião de nossa aliança".

O vice Alberto Goldman, ex-deputado federal pelo PSDB, assumirá o governo paulista até o final da gestão, em dezembro.

(Reportagem de Hugo Bachega)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE6300FO20100401

Dilma também conta com site criado por amigas e simpatizantes

da Folha Online

Amigas e simpatizantes da ex-ministra da Casa Civil e presidenciável petista, Dilma Rousseff, colocaram no ar em março um site para alavancar a candidatura da petista ao Palácio do Planalto.

Intitulado de "Mulheres com Dilma", o site reúne depoimentos de amigas da ministra do período em que viveram em Belo Horizonte (MG) --onde a pré-candidata passou a infância.

Como a Justiça Eleitoral determina que os candidatos só podem dar início às campanhas em julho, o site de Dilma não se declara um espaço eleitoral.

O espaço reúne depoimentos de amigas da ministra mencionando qualidades de Dilma. Também há links para sites do governo federal, ONGs (organizações não-governamentais) e entidades ligadas às mulheres.

Uma das determinações dos núcleos das campanhas do tucano José Serra e Dilma ao Planalto é fortalecer a internet como ferramenta eleitoral.

No PT e no PSDB, há a intenção de se utilizar a rede mundial de computadores --especialmente sites de relacionamento-- como mais um veículo de campanha, o que inclui orientar os militantes a criar sites, blogs ou mesmo divulgar e-mails em favor da petista.

O homem que liderou a estratégia revolucionária de internet de Barack Obama durante a campanha presidencial do ano passado foi contratado para auxiliar na campanha de Dilma. A empresa de Ben Self, Blue State Digital, vai atuar como consultora para uma estratégia online da campanha da petista.

Como chefe da campanha digital de Obama, Self foi essencial na criação de uma enorme base de apoio que ajudou a levar o democrata à Casa Branca e levantar US$ 500 milhões para a sua campanha online, número recorde de doações.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u715202.shtml

Assim como Dilma, amigos de Serra lançam site para alavancar candidatura tucana

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Um dia depois de José Serra (PSDB) deixar o governo de São Paulo para dar início à pré-campanha eleitoral, simpatizantes do tucano lançaram nesta quinta-feira um site para alavancar sua candidatura.

Com o nome de "Amigos do Serra", o site traz informações sobre o pré-candidato, sua biografia e imagens do tucano em eventos do governo de São Paulo.

Oficialmente, a campanha eleitoral só pode ter início em julho, depois dos registros das candidaturas. Por esse motivo, o site não menciona a pré-candidatura de Serra ao Palácio do Planalto, mas traz informações favoráveis ao tucano --como um resumo de suas ações no comando do governo do Estado.

"A saúde no Estado de São Paulo avançou bastante no governo José Serra. Só em 2009 foram investidos cerca de R$ 9,1 bilhões. A humanização dos serviços cresceu e os paulistas ganharam mais bem estar e qualidade de vida", diz um trecho do site que tem como título "Serra faz".

O site também reúne vídeos do tucano --incluindo as imagens de sua despedida do governo do Estado-- e artigos de autoria do pré-candidato. Há também um link dedicado aos "amigos do ex-governador" e outro com detalhes da vida privada de Serra, como a sua característica de ser um "pão duro assumido".

Em março, amigas e simpatizantes da então ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) colocaram no ar um site para alavancar a candidatura da petista ao Palácio do Planalto.

Intitulado de "Mulheres com Dilma", o site reúne depoimentos de amigas da ministra do período em que viveram em Belo Horizonte (MG) --onde a pré-candidata passou a infância.

Como a Justiça Eleitoral determina que os candidatos só podem dar início às campanhas em julho, o site de Dilma também não se declara um espaço eleitoral.

O espaço reúne depoimentos de amigas da ministra mencionando qualidades de Dilma. Também há links para sites do governo federal, ONGs (organizações não-governamentais) e entidades ligadas às mulheres.

Internet

Uma das determinações dos núcleos das campanhas de Serra e Dilma é fortalecer a internet como ferramenta eleitoral.

No PT e no PSDB, há a intenção de se utilizar a rede mundial de computadores --especialmente sites de relacionamento-- como mais um veículo de campanha, o que inclui orientar os militantes a criar sites, blogs ou mesmo divulgar e-mails em favor da petista.

O homem que liderou a estratégia revolucionária de internet de Barack Obama durante a campanha presidencial do ano passado foi contratado para auxiliar na campanha de Dilma. A empresa de Ben Self, Blue State Digital, vai atuar como consultora para uma estratégia online da campanha da petista.

Como chefe da campanha digital de Obama, Self foi essencial na criação de uma enorme base de apoio que ajudou a levar o democrata à Casa Branca e levantar US$ 500 milhões para a sua campanha online, número recorde de doações.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u715157.shtml

31 de mar. de 2010

Serra presta contas e se diz pronto para nova missão

SÃO PAULO (Reuters) - Cercado de secretários, deputados, prefeitos e dirigentes de partidos aliados, o governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, anunciou nesta quarta-feira que deixa o cargo. Ele fez uma prestação de contas de sua gestão e afirmou que está preparado para sua nova missão, sem dizer claramente se será candidato ao Planalto.

"Por tudo que fizemos, sinto ganhar bastante força para esta etapa seguinte que nos espera. Vou ingressar nesta etapa com muita disposição, muita força, muita confiança, muita sinceridade e muito trabalho", disse Serra a uma plateia de autoridades, servidores e correligionários no auditório do Palácio dos Bandeirantes.

A declaração foi feita aos 50 minutos de seu discurso, perto do final.

"Esta é a nossa missão. Vamos juntos. O Brasil pode mais", disse, sob aplausos do público estimado em 6 mil pessoas pela organização. Cerca de cem ônibus trouxeram participantes da capital e do interior do Estado.

Ele também aproveitou para mandar recado aos adversários. "Já fui governo e já fui oposição, mas de um lado ou de outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas."

Serra afirmou ainda que não olhou a cor da camisa partidária dos políticos com os quais se relacionou no governo paulista e que governa para o interesse público e não para a máquina partidária.

Emocionado em trechos de seu discurso, ele ouviu gritos de "já ganhou" e confirmou a fama de obsessivo. Disse que a maior de suas obsessões sempre foi servir aos interesses de São Paulo e do país. Ainda sobre seu perfil, fez questão de rechaçar a pecha de centralizador e disse que seu relacionamento com o secretariado atesta isso.

"Não sou centralizador. O pessoal de Brasília ri ironicamente. Mas o pessoal de São Paulo me conhece e sabe que não sou centralizador", acrescentou.

Fez questão de dizer que, mesmo sem sua presença à frente do Executivo, o governo tem ainda pela frente nove meses. "O governo não terminou", enfatizou.

Entre suas características como governante, afirmou que acredita no planejamento e defendeu a austeridade econômica como forma de "extrair mais de cada real". Disse que, sem aumentar impostos, seu governo terá, ao final, triplicado os investimentos nominais, atingindo cerca de 64 bilhões de reais entre 2007 e 2010.

Quanto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que não esteve entre os convidados, foi citado por Serra apenas duas vezes no discurso, uma delas na lembrança da autoria do Plano Real.

O governador enviará à Assembleia Legislativa carta renunciando ao posto e ficará no cargo até a meia-noite de sexta-feira. Seu vice, Alberto Goldman (PSDB), assumirá em seu lugar. "Teremos um novo governador que conhece a vida, um patriota", disse Serra.

O lançamento oficial da candidatura Serra à Presidência está agendado para o dia 10, um sábado, em Brasília.

Nesta quarta-feira, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, deixou a pasta da Casa Civil também para concorrer à sucessão presidencial.

PRÉ-CAMPANHA DISCRETA

O senador Sérgio Guerra (CE), presidente do PSDB, disse no fim do evento que a partir da saída de Serra do governo paulista a pré-campanha será discreta para não ferir a legislação. Oficialmente, as campanhas iniciam em julho após as convenções partidárias.

Guerra adiantou que Serra irá viajar pelo país para conversar com representantes da sociedade civil e para articular os palanques nos Estados.

Além de Guerra, estavam presentes os presidentes do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e do PPS, Roberto Freire. Os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), além do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), também compareceram.

(Reportagem de Carmen Munari)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE62U0O320100331

Serra destaca caráter técnico de seu governo ao se despedir da equipe

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, adiou, provavelmente até amanhã (1º), o anúncio de sua decisão sobre se permanece na presidência do Banco Central (BC) até o fim deste ano, ou se deixa o BC para se candidatar a algum cargo político nas eleições de outubro.

O comunicado foi feito aos jornalistas que o procuraram, no auditório do BC, depois de participar da solenidade de comemoração dos 45 anos de criação e operação do banco. Na cerimônia Meirelles também foi homenageado como o presidente que a mais tempo está no cargo, sete anos e três meses.

Ele disse que continua em tratativas políticas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – sede provisória do Governo Lula –, mas não conversará diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também não revelou com quem esteve.

Meirelles afirmou que interrompeu as negociações para participar da solenidade, mas retornaria imediatamente ao CCBB para continuar com as conversas. Embora tenha afirmado ontem (30), às 16h30, que tomaria uma decisão em 24 horas, hoje, pouco depois das 17 horas, admitiu que “a definição pode ficar para amanhã, mas de amanhã não passa”.

Edição: Aécio Amado

http://agenciabrasil.ebc.com.br/ultimasnoticias?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=189264

Dilma sai, destaca continuidade e afirma que não vai fugir de debates

De acordo com a ex-ministra, 'nós participamos da mudança do Brasil, mas nós também mudamos. Cada um de nós é uma pessoa melhor do que entrou'

Estadão.com.br

BRASÍLIA - Depois de sete anos e três meses no governo, a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), deixou o cargo oficialmente nesta quarta, 31. A cerimônia de despedida foi presidida por Lula, que deu posse aos novos ministros. Logo depois, em entrevista, ela afirmou que não vai fugir de debates nas eleições.

Em seu discurso, logo no início, a pré-candidata disse que não iria falar de improviso para não chorar. "Vão acontecer duas coisas: uma parte vou esquecer, e eu vou chorar muito". Dilma exaltou Lula ao afirmar que o presidente é "o mais brasileiro" dos líderes da história do País.

Sem conter a emoção, a agora ex-ministra-chefe da Casa Civil disse que "o governo do senhor é um momento importante, de ápice, de vitória". "Talvez o mais longo momento de vitória de todos esses que lutaram experimentaram em sua vida." Ela citou as lutas contra a ditadura e por redemocratização, direitos, igualdade, justiça e liberdade. "A geração que me sucedeu conseguiu realizar seus sonhos. Seu governo mostrou que um País só pode ser soberano se seu povo tiver condições de sonhar".

Dilma também criticou aqueles que ela classificou como "os viúvos do Brasil que crescia pouco". Segundo ela, essas pessoas fingem ignorar que as mudanças no Brasil são substanciais. "Elas têm medo. Não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso, tem certeza que sua vida mudou e não aceita mais migalhas, parcelas e projetos inacabados", disse.

A pré-candidata acrescentou que, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o povo não é coadjuvante. "É o centro das nossas atenções." "Sob a sua liderança, presidente, que fez tanto, o Brasil está pronto pra fazer muito mais", afirmou a pré-candidata do PT. "Nós nos despedimos, mas não somos aqueles que estão dizendo adeus, somos aqueles que estão dizendo até breve", declarou.

"Nós fizemos parte da Era Lula. Vamos carregar essa história e contar para os nossos netos." De acordo com Dilma, "nós participamos da mudança do Brasil, mas nós também mudamos. Cada um de nós é uma pessoa melhor do que entrou".

Ao término de sua fala, a ex-ministra agradeceu ao presidente "por permitir esse encontro com o povo brasileiro, que fez o Brasil mais próximo do seu povo e provou o que nos sempre acreditamos, que o povo brasileiro é um povo extraordinário, que só precisava de apoio".

Depois da cerimônia, em entrevista, disse que vai participar dos debates na TV durante a campanha presidencial. Segundo ela, o debate tem um papel fundamental no processo de escolha. "Ninguém vai se esconder de debate", reforçou a ministra. Ao ser questionada se ela estava preparada para enfrentar um voo solo e não ter do lado a presença constante do presidente Lula, Dilma disse que dificilmente um projeto de governo é um voo solo. "Eu não pretendo me desvencilhar do governo do presidente Lula. Participar dele, para mim, foi um momento muito importante da minha biografia. Segundo ela, o seu voo solo daqui para a frente será com as pessoas que já vem trabalhando no projeto de governo do presidente Lula.

Dilma disse que a experiência que teve no governo lhe dá forças para enfrentar novos desafios. "Tudo o que eu passei no governo me dá muita força interior para enfrentar o que vem por aí", afirmou. Ela disse que no embate com a oposição não vai baixar o nível e usar instrumentos que não honram a transição democrática. "Por isso eu acho que não é que ele (embate) tenha que ser duro. Ele tem que ser firme e transparente", disse Dilma, reforçando que o importante é deixar o mais claro possível os projetos que estão em disputa, "para o povo poder decidir".

Ela reiterou que se sente preparada para disputa presidencial, mesmo sendo sua primeira campanha política. "Fui preparada na vida para coisas muito mais duras do que disputar uma eleição. A minha vida não foi uma coisa muito fácil. Acho que a eleição até é um momento muito bom,porque é o momento de exercício da democracia", afirmou. Segundo ela, na democracia as coisas são mais produtivas, mais generosas e menos opressivas. "Difícil mesmo era aguentar a ditadura", disse.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-sai-destaca-continuidade-e-afirma-que-nao-vai-fugir-de-debates,531891,0.htm

Serra diz que seu governo não cultivou 'roubalheira'

Governador fez balanço de sua administração nesta quarta: 'Me sinto revigorado, fortalecido, porque nós fizemos as coisas acontecer em São Paulo'

Estadão.com.br com Carolina Freitas

Em um discurso de 53 minutos para 4,5 mil pessoas, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se despediu do cargo oficialmente nesta quarta, 31. No pronunciamento, disse que seu governo nunca cultivou a "roubalheira" e afirmou governar "para o povo, não para os partidos".

"Os governos, como as pessoas, têm de ter caráter e índole. Este é um governo de caráter", disse. "Os governos têm de ter honra. Aqui não se cultivam escândalos, malfeitos ou roubalheiras. Nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito", afirmou.

"Governo, como as pessoas, tem de ter alma. A nossa alma, a alma desse governo é a vontade de melhorar a vida das pessoas, para que todos tenham oportunidade de melhorar", declarou Serra. "Governamos para o povo, não para os partidos", completou. Serra disse entrar na nova etapa com "disposição, força e fé" e conclamou os ouvintes: "Vamos juntos. O Brasil pode mais."

Governo popular

Serra disse ainda ver seu governo como "popular". Segundo ele, sua gestão deu "oportunidade aos mais pobres", com programas assistenciais e com a transferência de renda por meio da melhoria de serviços de saúde, educação e transportes. O tucano destacou ainda a geração de 1 milhão de empregos em sua administração.

O presidenciável contou ainda um episódio ocorrido durante a inauguração do Rodoanel Mário Covas, na terça-feira, 30, quando encontrou trabalhadores da obra. "A emoção me dominou quando um operário me mostrou, orgulhoso, onde estava o nome dele em um monumento que eu mandei construir", disse. "Pensei comigo: valeu a pena."

Serra agradeceu também pelo trabalho dos "funcionários públicos de verdade", que o ajudaram a governar. "Servidor não trabalha direito se o exemplo não vem de cima. Nós demos o exemplo", afirmou. Serra lembrou ainda a medida adotada por seu governo de remunerar melhor os professores de acordo com seu mérito.

Ele prometeu reagir com serenidade quando provocado por seus adversários políticos. Afirmou nunca ter torcido pelo fracasso do governo de seus opositores, pois isso significaria ser contra o bem da população. "Já fui governo e oposição. De um lado ou de outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas, nunca investi no quanto pior melhor, nunca exerci a política do ódio."

Segundo o governador, seus adversários podem atestar seu comportamento. "Jamais mobilizei falanges de ódio. Não sou assim. Não vou mudar, ainda que venha a ser alvo dessas mesmas falanges. Ao eventual ódio eu reajo com a serenidade de quem tem São Paulo e o Brasil no coração. Esse amor é a base da minha firmeza."

Durante o discurso, ele negou ainda sua fama de centralizador. "Não sou centralizador. O pessoal de Brasília ri ironicamente. Mas o pessoal de São Paulo me conhece e sabe que não sou centralizador", acrescentou.

10 minutos de saudações

O tucano iniciou seu discurso saudando a cúpula nacional do DEM, do PSDB e do PPS, secretários, parlamentares e muitos outras pessoas que estavam no evento - ao todo, foram mais de 10 minutos de saudações. Entre os presentes, Sergio Guerra e Tasso Jereissati (PSDB), Kátia Abreu, Rodrigo Maia e Gilberto Kassab (DEM), além de Roberto Freire (PPS).

Os militantes que não puderam acompanhar a cerimônia no Auditório Ulysses Guimarães, assistiram ao evento em dois telões instalados no gramado em frente ao Palácio dos Bandeirantes. Depois do discurso no auditório, Serra apareceu na sacada do Palácio dos Bandeirantes e fez um breve pronunciamento para a população.

Em frente ao Palácio dos Bandeirantes, o governador destacou: "Me sinto revigorado, fortalecido, porque nós fizemos as coisas acontecerem em São Paulo." E completou: "Ainda temos 9 meses pela frente, e o governo será conduzido por um homem honrado, um patriota, que lutou pela democracia", dize, referindo ao seu vice, Alberto Goldman.

Serra entrega sua carta de renúncia à Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta-feira (2). O vice-governador, Alberto Goldman, assume o governo do Estado até o final do ano. No dia 6 de abril, Goldman toma posse do cargo de governador, em duas solenidades, na Assembleia e na sede do governo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-diz-que-seu-governo-nao-cultivou-roubalheira,532001,0.htm

Justiça suspende programa do PSOL com crítica à primeira-dama do Rio

da Folha de S.Paulo, no Rio

A Justiça Eleitoral atendeu pedido do PMDB e proibiu a veiculação de inserções que o PSOL apresentaria na TV e no rádio, no Estado do Rio, na próxima semana. As peças criticam Adriana Ancelmo, mulher do governador Sérgio Cabral (PMDB), por ser sócia de escritório de advocacia que defende a empresa responsável pelo metrô do Rio.

A veiculação foi proibida por meio de liminar (decisão provisória) que o PSOL tentará derrubar com um recurso. As inserções --filmes e spots de 30 segundos-- já foram exibidos há duas semanas e iriam ao ar novamente nos dias 5 e 7 de abril, entre 19h e 22h.

As peças contam que o PSOL apresentou representação ao Ministério Público pedindo investigação sobre a atuação de Adriana Ancelmo no escritório de advocacia. Segundo o PSOL, a representação já foi acolhida pela Justiça e o governador terá de se explicar.

"A censura ocorre sob alegação de que o PSOL teria rompido a fronteira entre o público e o privado. Mas não foi o PSOL que ultrapassou essa barreira. Não questionamos a vida pessoal, a personalidade, a história da primeira-dama. Foi o próprio governador quem trouxe a vida íntima para a esfera do poder público e não o contrário. E isso tem que ser apurado", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo, que apresenta as inserções.

A reportagem tentou ouvir o governador do Estado por meio de sua assessoria sem sucesso.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714967.shtml

Em tom de campanha, Serra e Dilma se despendem do governo; leia íntegra dos discursos

da Folha Online

Os dois principais pré-candidatos à Presidência, o governador José Serra (PSDB) e ex-ministra Dilma Rousseff (PT) se despediram de seus cargos nesta quarta-feira com discursos que já adiantaram o tom da campanha deste ano.

Leia íntegra do discurso de Serra

Leia íntegra do discurso de Dilma

São Paulo

No Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Serra fez um balanço de seu governo num ato que contou com a presença de 5.000 servidores e correligionários. Sem mencionar nomes, Serra criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do PT. "Já fui governo e já fui oposição, mas de um lado ou de outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas", disse Serra.

Ele também criticou o aparelhamento da máquina do Estado pelo partido --a oposição acusa o governo Lula de apadrinhar sindicalistas e aliados. "O nosso governo serve ao interesse público, e não à máquina partidária. Nós governamos para o povo", disse. "Repudiamos sempre a espetacularização, a busca pela notícia fácil, o protagonismo sem substância", disse.

Cercado de secretários, deputados e prefeitos de partidos aliados, Serra afirmou que está preparado para sua nova missão. "Vamos juntos que o Brasil pode mais", conclamou ele. "Por tudo que fizemos, sinto ganhar bastante força para esta etapa seguinte que nos espera. Vou ingressar nesta etapa com muita disposição, muita força, muita confiança, muita sinceridade e muito trabalho."

Serra chegou a embargar a voz e ensaiou um choro. Ao fazer uma longa lista dos feitos de seu governo, Serra defendeu o controle dos gastos. "Austeridade não é mesquinharia", afirmou sobre o seu governo.

"Eu estou convencido que o governo, como as pessoas, tem que ter honra. E assim falo não apenas porque aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o mal feito", afirmou.

Serra confirmou a fama de obsessivo e disse que a maior de suas obsessões sempre foi servir aos interesses de São Paulo e do país.

De acordo com ele, o "pessoal de Brasília" sorri de maneira irônica quando ele afirma que não é centralizador, diferente do "pessoal de São Paulo" que o conhece bem.

Brasília

No Palácio Itamaraty, em Brasília, Dilma Rousseff disse hoje que não pretende se desvencilhar do governo Lula agora que entrará em campanha eleitoral.

"Eu não pretendo me desvencilhar do governo do presidente Lula. Participar dele para mim foi um momento muito importante da minha biografia e eu participei em todos os momentos, desde 2005, como chefe da Casa Civil e, muitas vezes, ao longo das horas noturnas que o governo se prolongou nos fins de semana", disse ela.

Dilma negou que sua candidatura seja um voo solo e disse que era um projeto. " Não é um voo solo, é um projeto. Eu me sinto muito fortalecida e apoiada por todos eles", disse.

A ex-ministra falou que está preparada para a corrida eleitoral, muito por conta dos sete anos e meio que esteve no governo. "Eu acho que eu estou preparada na vida para coisas muito mais duras que disputar uma eleição", afirmou. "Difícil mesmo era aguentar a ditadura", completou.

Dilma adotou um tom muito mais emocional em seu discurso de despedida, hoje, na cerimônia organizada pelo governo. No discurso de Dilma, acostumada a citar números e dados de planilhas, não faltaram palavras como sonho, otimismo, fé e alegria.

Dilma chegou a se desculpar por não adotar o improviso em todo seu discurso. Alegou que não conseguiria um desempenho como o do presidente Lula. "Eu terei que fazer um imenso esforço para falar de improviso, mas sei que não vou ser igual ao Lula. Vou seguir um roteiro. Pode ser que eu o esqueça e me emocione, mas vou tentar", disse a ministra. A secretária executiva da pasta, Erenice Guerra, vai substituí-la.

A ministra lembrou que a oportunidade de estar no governo de Lula significou a realização de um sonho para ela e para muitos de sua geração que passaram pela repressão do regime militar. "O governo do senhor [Lula] é importante porque significou o ápice, a vitória daqueles que lutaram muito e conseguiram vencer. Nós vencemos a miséria, a pobreza, a subvenção, a estagnação, o pessimismo e o conformismo", disse Dilma.

"Viúvos do Brasil que cresceu pouco fingem ignorar que esse país mudou. No nosso governo, o povo não é coadjuvante", acrescentou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714830.shtml

Sem apoio, Meirelles adia para 1º de abril decisão sobre saída do BC

SOFIA FERNANDES
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a adiar para amanhã a decisão sobre ficar ou sair do cargo para disputar as eleições de outubro. Com isso, a decisão pode sair no dia 1º de abril, popularmente conhecido como dia da mentira.

"Não há nenhuma decisão tomada. Continuamos conversando, porque é uma decisão de muita responsabilidade", afirmou.

Meirelles se reuniu ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir seu futuro político. À saída do encontro ele disse que Lula pediu que ficasse no BC. Meirelles respondeu que precisava de 24 horas para pensar.

Segundo o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL), Meirelles foi aconselhado por integrantes do alto escalão da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) a permanecer no cargo.

Meirelles falou hoje a jornalistas durante cerimônia de comemoração aos 45 anos do Banco Central. Ele afirmou que interrompeu as negociações sobre seu futuro político para participar do evento, e logo depois deve retomar suas conversas. Antes da cerimônia, ele estava no CCBB, atual sede da Presidência da República.

"Vamos aguardar. Não cabe antecipação. Eu avisarei se teremos condições de ter uma decisão hoje, ou se será só amanhã", disse. Meirelles afirmou ter "certeza" de que a decisão será tomada até amanhã.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714807.shtml

Presidente da Apeoesp defende greve e diz que fim do protesto daria vitória a Serra

MARIANA PASTORE
colaboração para a Folha Online

A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), Maria Izabel Noronha, a Bebel, pediu nesta quarta-feira aos professores durante assembleia da categoria que eles mantenham a greve. Segundo ela, o fim do protesto representaria uma vitória ao ex-governador de São Paulo e pré-candidato tucano à Presidência, José Serra.

Servidores públicos realizam hoje uma manifestação na avenida Paulista, batizada de "bota-fora" de Serra. O ato, segundo a Apeoesp, reúne 40 mil pessoas. A categoria marcou uma nova assembleia para a próxima quinta-feira (8), na Praça da República.

Diretora do sindicato, Nilcéia Vitorino acusou o governo de distribuir livros pornográficos, homofóbicos e racistas nas escolas. Ela disse ainda que a imprensa desqualifica o movimento dizendo que a greve é um movimento eleitoreiro.

Roberto Guido, também da Apeoesp, disse que o governo de São Paulo se diz preocupado com as escolas, mas não tem laboratórios, bibliotecas nem funcionários, e que o Executivo critica o movimento porque "colocamos o dedo na ferida e mostramos o que o governador faz, ou melhor, o que não faz".

Segundo ele, a greve não prejudica os estudantes. "Quem prejudica os estudantes é a política tucana há mais de 16 anos no governo."

O vereador José Olímpio (PP), por sua vez, afirmou que, hoje, São Paulo está se livrando da "mancha negra" chamada José Serra. "José erra na educação, erra na saúde, erra na segurança. Vamos mostrar que merecemos dignidade já."

O tucano deixou nesta quarta o governo para disputar as eleições.

Justiça

O PSDB e DEM ajuizaram ontem uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a Apeoesp e sua presidente, por uso de estrutura sindical em contrapropaganda eleitoral.

Conforme antecipado anteontem, o PSDB pede que a Apeoesp e sua dirigente sejam multados em R$ 25 mil por uso eleitoral de palanques para coordenar a greve.

O motivo da representação foi um protesto realizado na semana passada nas imediações do Palácio dos Bandeirantes. No protesto, Bebel --como a sindicalista é conhecida-- disse que Serra não seria eleito presidente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714804.shtml

Na despedida do governo, Serra critica bravatas de Lula e uso da "máquina" pelo partido

da Reuters
colaboração para a Folha Online
da Agência Brasil


José Serra (PSDB) fez um balanço hoje de seu governo em São Paulo num ato que serviu para marcar a saída do Palácio dos Bandeirantes. A saída oficial ocorrerá na sexta-feira, quando ele deixa o cargo até sexta-feira para disputar a Presidência.

Sem mencionar nomes, Serra criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do PT Dilma Rousseff. "Já fui governo e já fui oposição, mas de um lado ou de outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas", disse Serra a uma plateia de cerca de 5.000 servidores e correligionários.

Leia íntegra do discurso de Serra

Ele também criticou o aparelhamento da máquina do Estado pelo partido --a oposição acusa o governo Lula de apadrinhar sindicalistas e aliados. "O nosso governo serve ao interesse público, e não à máquina partidária. Nós governamos para o povo", disse. "Repudiamos sempre a espetacularização, a busca pela notícia fácil, o protagonismo sem substância", disse.

Cercado de secretários, deputados e prefeitos de partidos aliados, Serra afirmou que está preparado para sua nova missão. "Vamos juntos que o Brasil pode mais", conclamou ele. "Por tudo que fizemos, sinto ganhar bastante força para esta etapa seguinte que nos espera. Vou ingressar nesta etapa com muita disposição, muita força, muita confiança, muita sinceridade e muito trabalho."

Em mais de 50 minutos de discurso, Serra chegou a embargar a voz e ensaiou um choro. Ao fazer uma longa lista dos feitos de seu governo, Serra defendeu o controle dos gastos. "Austeridade não é mesquinharia", afirmou sobre o seu governo.

"Eu estou convencido que o governo, como as pessoas, tem que ter honra. E assim falo não apenas porque aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o mal feito."

Serra confirmou a fama de obsessivo e disse que a maior de suas obsessões sempre foi servir aos interesses de São Paulo e do país.

De acordo com ele, o "pessoal de Brasília" sorri de maneira irônica quando ele afirma que não é centralizador, diferente do "pessoal de São Paulo" que o conhece bem.

Ele negou que seu governo priorizasse partidos aliados na distribuição de recursos. "No meu governo, nunca se olhou a cor da camisa partidária. Eu exerci o poder neste Estado sem discriminar ninguém."

Serra destacou o caráter técnico de seu governo, lembrando que, nos cargos administrativos do Estado, deu prioridade ao conhecimento, e não a indicações políticas. "Sempre tive aversão à tese do 'dividir para governar'", afirmou o governador.

Ele disse que a maior de suas obsessões sempre foi servir aos interesses de São Paulo e do país. Na sexta-feira, o governador enviará à Assembleia Legislativa carta renunciando ao posto. Seu vice, Alberto Goldman, assumirá em seu lugar.


Professores

De forma indireta, rebateu os protestos dos professores, que estão em greve desde o dia 8 de março. "Os professores e servidores irão ganhar mais segundo o seu próprio esforço."

Enquanto Serra se despedia do cargo, representantes de cerca de 40 sindicatos de professores organizam um manifestação contra ele no centro de São Paulo. Eles saíram em passeada da avenida Paulista em direção à praça da República.

Público ilustre

No público, que ficou distribuído no auditório Ulysses Guimarães e na parte externa do Palácio dos Bandeirantes, estavam principalmente membros de partidos aliados de Serra do PSDB, DEM e PPS--, entre eles os presidentes das legendas, o senador Sérgio Guerra (PSDB-CE), o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ex-deputado Roberto Freire (PPS-PE).

Além dos secretários estaduais --incluindo os pré-candidatos ao governo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ao Senado, Aloysio Nunes (PSDB)--, a plateia contava com deputados, prefeitos e vereadores.

Assistiram ainda ao discurso os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Kátia Abreu (DEM-PI), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). O ex-governador Oreste Quércia (PMDB), pré-candidato ao Senado, também estava marcou presença.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714781.shtml

Após ação do PSDB, sindicalista diz que Serra não saberá governar o país

MARIANA PASTORE
colaboração para a Folha Online

A representação do PSDB não intimidou a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), Maria Izabel Noronha, a Bebel. Ela voltou a criticar o governador José Serra (PSDB) na manifestação convocada por servidores públicos para hoje na avenida Paulista.

"O governo de serra é autoritário, não sabe negociar. Não deixa as pessoas se manifestarem", disse ela.

O PSDB e DEM ajuizaram ontem uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a Apeoesp e Bebel por uso de estrutura sindical em contrapropaganda eleitoral.

Conforme antecipado anteontem, o PSDB pede que a Apeoesp e sua dirigente sejam multados em R$ 25 mil por uso eleitoral de palanques para coordenar a greve.

O motivo da representação foi um protesto realizado na semana passada nas imediações do Palácio dos Bandeirantes. No protesto, Bebel --como a sindicalista é conhecida-- disse que Serra não seria eleito presidente.

Sem citar a representação no TSE, Bebel criticou o tratamento dado por Serra à categoria. "Quem trata o professor dessa forma não saberá governar do país."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714752.shtml

Radar on-line: e agora, Dilma?

Veja.com - Por Lauro Jardim

E agora, Dilma?

Dilma Rousseff já é ex-ministra há algumas horas. Sua candidatura experimentará um novo desafio a partir de hoje: como avançar na corrida eleitoral nos 97 dias que separam sua saída da Casa Civil e o início oficial da campanha eleitoral, no dia 5 de julho? Até agora Dilma era levada praticamente no colo por um popularíssimo Lula, que a acompanhava em comícios travestidos de inaugurações. Essa parte da pré-campanha ficou para trás.

Para tentar segurar os cerca de 30% de intenções de voto que alcançou, os estrategistas de sua campanha estão programando aparições da candidata em palestras nos sindicatos, entidades patronais, ONGs. Estão previstas também um sem-número de entrevistas (neste período, quanto mais, melhor) e viagens para lugares que possam atrair holofotes. Na semana que vem, por exemplo, fará o que o marketing de sua campanha venderá como um "roteiro sentimental" por Minas Gerais, onde viveu até os 21 anos - não por acaso, o segundo colégio eleitoral do Brasil. Dilma irá a Belo Horizonte, Ouro Preto, Diamantina. Fora isso, Dilma contará também com algum tipo de ajuda de Lula, especialista em driblar (e debochar da) lei eleitoral. Contará também com o auxílio nada desprezível da economia em franco aquecimento. Será o suficiente? Eis uma resposta que ninguém tem.

Mas e José Serra? Não estaria com o mesmo abacaxi nas mãos ao largar hoje o governo de São Paulo? Não. Serra situa-se há quase dois anos na faixa entre os 30% e 40% do eleitorado. É um percentual consolidado. Não há porque cair sem a exposição que o governo de São Paulo lhe dá. Dilma, não. Pode-se até supor que o seu piso está na faixa entre os 25% e 30% das intenções de voto, mas ninguém (nem no PT) tem certeza disso. Agora, Dilma será a protagonista dos atos de pré-campanha. Seus discursos unanimemente tidos como enfadonhos (até por Lula, ressalte-se) deverão saltar mais aos olhos. Sua falta de jeito típica de quem nunca pediu voto ficará mais nítida (Aliás, fora os generais, é a primeira candidata a presidente desde 1945 sem qualquer experiência eleitoral). Numa palavra, Dilma passa a andar com os próprios pés na caminhada eleitoral.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/radar-on-line-agora-dilma-545287.shtml?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Dilma Rousseff se despede do governo para disputar a Presidência da República

De acordo com a ex-ministra, 'nós participamos da mudança do Brasil, mas nós também mudamos. Cada um de nós é uma pessoa melhor do que entrou'

estadão.com.br

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou de assinar o documento que empossa os 10 novos ministros durante solenidade no Palácio Itamaraty nesta quarta-feira, 31, para substituir os titulares candidatos. Lula assinou o documento que empossa os novos ministros. Depois de sete anos e três meses no governo, a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), deixa o cargo oficialmente.

No início de seu discurso, a pré-candidata disse que não irá falar de improviso porque "vão acontecer duas coisas: uma parte vou esquecer, e eu vou chorar muito". Dilma exaltou Lula ao afirmar que o presidente é "o mais brasileiro" dos líderes da história do País.

Sem conter a emoção, a agora ex-ministra-chefe da Casa Civil disse que "o governo do senhor é um momento importante, de ápice, de vitória", afirmou. "Talvez o mais longo momento de vitória de todos esses que lutaram experimentaram em sua vida." Ela citou as lutas contra a ditadura e por redemocratização, direitos, igualdade, justiça e liberdade. "A geração que me sucedeu conseguiu realizar seus sonhos. Seu governo mostrou que um País só pode ser soberano se seu povo tiver condições de sonhar".

Dilma também criticou aqueles que ela classificou como "os viúvos do Brasil que crescia pouco". Segundo ela, essas pessoas fingem ignorar que as mudanças no Brasil são substanciais. "Elas têm medo. Não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso, tem certeza que sua vida mudou e não aceita mais migalhas, parcelas e projetos inacabados", disse.

A pré-candidata acrescentou que, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o povo não é coadjuvante. "É o centro das nossas atenções."

"Sob a sua liderança, presidente, que fez tanto, o Brasil está pronto pra fazer muito mais", afirmou a pré-candidata do PT. "Nós nos despedimos, mas não somos aqueles que estão dizendo adeus, somos aqueles que estão dizendo até breve", declarou.

"Nós fizemos parte da Era Lula. Vamos carregar essa história e contar para os nossos netos." De acordo com Dilma, "nós participamos da mudança do Brasil, mas nós também mudamos. Cada um de nós é uma pessoa melhor do que entrou".

Ao término de sua fala, a ex-ministra agradeceu ao presidente "por permitir esse encontro com o povo brasileiro, que fez o Brasil mais próximo do seu povo e provou o que nos sempre acreditamos, que o povo brasileiro é um povo extraordinário, que só precisava de apoio".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-rousseff-se-despede-do-governo-para-disputar-a-presidencia-da-republica,531891,0.htm

Dilma diz que ditadura é mais difícil que eleição e que está pronta para debater

SOFIA FERNANDES
da Folha Online, em Brasília

A pré-candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que o debate eleitoral é fundamental para a escolha do presidente, e que ela não vai se esquivar desse expediente. "Não há a menor duvida que no processo de escolha do presidente o debate tem um papel fundamental, e ninguém vai se esconder do debate", afirmou.

Dilma defendeu um debate de nível para as eleições de outubro. "Eu não acho que a gente, no debate, tenha que baixar o nível ou usar de instrumentos que não sejam aqueles que honram a tradição democrática do país", afirmou.

A pré-candidata falou a jornalistas logo após cerimônia de troca de ministros, no palácio do Itamaraty. Dilma deixa a Casa Civil nesta quarta, e assume a pasta Erenice Guerra, ex-secretária executiva.

A ex-ministra falou que está preparada para a corrida eleitoral, muito por conta dos sete anos e meio que esteve no governo. "Eu acho que eu estou preparada na vida para coisas muito mais duras que disputar uma eleição", afirmou. "Difícil mesmo era agüentar a ditadura", completou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714687.shtml

Garcia admite possibilidade de deixar governo para coordenar campanha de Dilma

da Agência Brasil

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou hoje (3) que há possibilidade de deixar o cargo para coordenar a campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff --pré-candidata do PT à Presidência da República nas eleições deste ano.

"O dia tem três turnos. De manhã e de tarde eu trabalho no governo e de noite trabalharei na campanha. E ainda tenho fins de semana, que posso dedicar a isso. Se, em um determinado momento, constatarmos que há incompatibilidade, evidentemente farei como já fiz na eleição do presidente Lula em 2006, quando me afastei para assumir a coordenação da campanha. Mas até agora está dando para aguentar", disse.

Ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Brasil em Pauta, Marco Aurélio comentou ainda a saída de outros ministros que devem disputar o pleito deste ano. Para ele, o governo não se tornará mais técnico depois que secretários executivos e chefes de gabinete assumirem o comando das pastas.

"Imagine você se sobe um novo ministro, que não conhece nada. O que vamos ter é gente que já conhece como está funcionando e vai dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado. Precisamos, até o dia 31 de dezembro, estar com as coisas funcionando do jeito que funcionaram até agora", acrescentou

Marina apoiará Aécio e Itamar em Minas Gerais

da Folha Online

Hoje na Folha A senadora Marina Silva, pré-candidata do PV (Partido Verde) à Presidência, deve apoiar Aécio Neves (PSDB-MG) e Itamar Franco (PPS-MG) caso os dois concorram ao Senado em Minas Gerais, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta quarta-feira na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Em Minas, o PV não terá candidato ao Senado. "Vamos apoiar os dois", diz o vereador Alfredo Sirkis, coordenador da campanha de Marina, à coluna.

De acordo com a coluna, Marina estará no dia 9 em Minas para o lançamento da candidatura do deputado José Fernando Aparecido ao governo do Estado. "O PV vai lançar candidato apenas ao governo estadual em Minas", diz Sirkis.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714577.shtml

Governo Serra dá aumento a professores bem avaliados, mas não negocia com grevistas

da Folha de S.Paulo
do Agora

O governo estadual anuncia hoje, dia da manifestação de professores batizada de "bota-fora de Serra", que 45 mil docentes da rede (os 20% mais bem avaliados) ganharão um aumento permanente de 25%.

O reajuste faz parte de programa aprovado em outubro, que beneficia professores com as maiores notas numa avaliação de conhecimento. O pagamento será feito em 7 de maio.

A proposta faz parte da política do governo Serra de conceder dinheiro extra a servidores bem avaliados em exames.

Os sindicatos dizem que o critério é injusto, pois 80% ficarão sem aumento, e exigem reajuste salarial de 34,3%, que visa repor as perdas desde 1998. O governo diz que o índice desajustaria as finanças do Estado.

A Secretaria da Educação afirmou que não negociará com a categoria enquanto houver greve --que começou há três semanas. A pasta disse que o movimento é "político", e que soube do pedido de reajuste apenas após o início da paralisação.

A Apeoesp (maior sindicato da rede, filiado à CUT) diz que a secretaria sabia da reivindicação desde o ano passado. E afirma que a greve persistirá enquanto não houver negociação.

Manifestação

O promotor da Habitação e Urbanismo José Carlos de Freitas entrou com pedido na Justiça para barrar a manifestação de hoje, que começa às 14h, no Masp, na avenida Paulista. O pedido não foi aceito. O Tribunal de Justiça disse que não poderia detalhar a decisão.

Ontem, cerca de 30 militantes do PT de São Bernardo foram impedidos de entrar na solenidade de inspeção do Rodoanel. Mantidos sob o cerco do Batalhão de Choque no acostamento da Anchieta, desistiram.

Um grupo de manifestantes conseguiu furar o bloqueio e começou a apitar durante o discurso de Serra. Como seus apoiadores reagiram aos gritos de "Serra presidente", o governador interveio: "Aqui não temos campanha antecipada. Se o outro faz, fazemos um esforço para ficar quietos".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714518.shtml

Sem apoio para vice, Meirelles foi aconselhado a ficar no BC

da Folha Online

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), foi aconselhado por integrantes do alto escalão da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) a permanecer no cargo, informa hoje o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL).

Meirelles se reuniu ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir seu futuro político. À saída do encontro ele disse que Lula pediu que ficasse no BC. Meirelles respondeu que precisava de 24 horas para pensar.

De acordo com o "Painel", Meirelles adiou o quanto pode a decisão sobre sair do governo ou ficar porque esperava obter de Lula algum sinal de que poderia ser vice de Dilma na chapa presidencial.

A coluna informa que "apenas um acidente de percurso tirará a vice das mãos de Michel Temer (PMDB)".

Diante desse quadro, resta a Meirelles apenas a opção de sair candidato ao Senado se decidir se desincompatibilizar do cargo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714553.shtml

Serra diz deixar governo de SP com sentimento contraditório

da Folha Online

Em seu programa semanal, "Conversa com o Governador", José Serra ( PSDB) afirmou ter honrado todos os compromissos que assumiu com o Estado durante os três anos e três meses de sua gestão e que deixa o governo com a sensação de dever cumprido.

"Estou com um sentimento contraditório: triste por deixar o governo e, ao mesmo tempo, alegre por ver que nós conseguimos fazer as coisas acontecerem no Estado de São Paulo", disse o governador.

Serra afirmou que os projetos em andamento terão continuidade no comando do vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB). "O Goldman ficou do meu lado, conhece todos os problemas, ficamos compartilhando decisões, encaminhamentos, propostas e soluções", disse o governador. Ouça o programa na íntegra.

ouça

http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u714544.shtml

Após duas multas a Lula, PT propõe "trégua" à oposição

FÁBIO ZAMBELI
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Depois de duas derrotas na Justiça, o PT propôs à oposição uma trégua nas representações movidas contra o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) por propaganda antecipada.

O presidente do partido, José Eduardo Dutra, se reuniu com o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, para estabelecer um "acordo de procedimentos" judiciais durante a pré-campanha.

Para o dirigente petista, há "exagero" da oposição nas representações encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral. "Sou contra, pois você acaba inibindo a livre manifestação dos cidadãos. O caminho é político, não é judicial", disse.

Anteontem, depois do lançamento do PAC 2, opositores voltaram a cogitar a apresentação de queixa à Justiça.

"Estamos vendo que a oposição vai buscar esse caminho [das ações judiciais]. Se o PSDB quiser discutir um acordo de procedimentos em relação a essa judicialização, estamos dispostos a fazer isso", disse o presidente do PT.

O aceno feito pelo PT tem como pano de fundo a provável guerra judicial que deve abranger São Paulo, onde as duas siglas farão papéis opostos. O primeiro round da briga contempla a greve dos professores no Estado. Ontem, PSDB e DEM denunciaram ao TSE a Apeoesp (sindicato da categoria), acusada de "partidarizar" o movimento grevista.

A cúpula tucana avalia que a conversa ainda é embrionária, mas abre um diálogo entre o estafe de Dilma e de Serra. "Foi uma primeira conversa e nós sempre estamos dispostos a dialogar sobre a judicialização da campanha. Precisamos ver se há pontos convergentes para essa agenda", afirmou Guerra.

O senador disse, porém, que a negociação não inibirá as representações por propaganda antecipada. "São coisas distintas e isso não está em questão."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714514.shtml

Meirelles sinaliza ao PMDB que pode permanecer no Banco Central

Por Natuza Nery e Fernando Exman

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou em um jantar com a cúpula do PMDB na noite passada que pode permanecer no comando da instituição, afirmaram integrantes do partido na madrugada desta quarta-feira.

Se a percepção se confirmar, contrariaria todas as expectativas que davam como praticamente certa sua desincompatibilização para disputar, eventualmente, algum mandato na eleição de outubro.

"Acho que ele vai ficar, a não ser que tenha alguma reviravolta," disse à Reuters o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), presente ao encontro.

O jantar foi oferecido pelo presidente da Câmara e do partido, deputado Michel Temer (PMDB-SP), e contou com a participação de parlamentares.

Em uma de suas intervenções durante o evento, Meirelles chegou a comentar que, se deixasse o BC, não teria chance de exercer plenamente seu mandato no Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), espécie de Banco Central dos bancos centrais do mundo. Ele foi o primeiro presidente da autoridade monetária brasileira indicado para o Conselho Diretor e também para presidir o Conselho Consultivo das Américas do órgão.

Henrique Meirelles manteve mistério sobre seu futuro político na terça-feira, após encontrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião serviria para que ele comunicasse sua decisão, mas diante de um pedido do presidente para que permanecesse no cargo até o fim do governo, pediu 24 horas para pensar no assunto.

"Esse negócio de ele ser do conselho dos bancos centrais (BIS) pode pesar," disse um deputado do PMDB sob condição de anonimato.

Meirelles já foi cotado para disputar o governo de Goiás; uma vaga no Senado ou ser o vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) na disputa presidencial.

Sua indefinição surpreendeu o governo e o próprio partido, ao qual se filiou em setembro de 2009. Todas as apostas nos últimos meses davam conta de um retorno ao mundo político neste ano. No encontro com Lula na véspera, ele teria deixado a impressão de que adiaria o projeto.

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE62U00L20100331

Veja a lista de ministros, governadores e prefeitos que concorrerão em outubro

Desincompatibilização também causará mudanças nos quadros da administração do Estado de São Paulo

estadão.com.br

Dez ministros, oito governadores e cinco prefeitos de capitais devem deixar os cargos a partir desta quarta-feira, 31, para se lançar na corrida eleitoral de outubro. Entre eles estão os principais candidatos à sucessão presidencial, o governador paulista José Serra (PSDB) e a ministra Dilma Rousseff (PT).

Na esplanada, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) já deixou a pasta para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), também pode deixar o cargo, mas anunciará sua decisão nesta quarta-feira.

Nos Estados, o ex-governador de Santa Catarina Luiz Henrique da Silveira (PMDB) também já deixou o posto, para concorrer ao Senado. Na mesma situação está o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB), que deve enfrentar Tarso Genro na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul.

O ato de renunciar ao cargo para concorrer a outro, chamado de desincompatibilização, também causará mudanças nos quadros da administração do Estado de São Paulo.

Veja abaixo a lista completa, com o nome dos substitutos:

ESPLANADA

Casa Civil

Sai: Dilma Rousseff (PT), disputará Presidência

Entra: Erenice Guerra (PT), secretário-executivo da pasta


Minas e Energia

Sai: Edison Lobão (PMDB), disputará reeleição para Senado pelo Maranhão.

Entra: Márcio Zimmermann, secretário-executivo da pasta

Transportes

Sai: Alfredo Nascimento (PR), disputará o governo do Amazonas

Entra: Paulo Sérgio Passos, secretário-executivo da pasta

Integração Social

Sai: Geddel Vieira Lima (PMDB), disputará o governo da Bahia

Entra: João Reis Santana Filho, secretário-executivo da pasta


Previdência

Sai: José Pimentel (PT), disputará o Senado pelo Ceará

Entra: Carlos Gabas (PT), secretário-executivo da pasta

Agricultura

Sai: Reinhold Stephanes (PMDB), disputará a reeleição para a Câmara dos Deputados

Entra: Wagner Rossi (PMDB), secretário-executivo da pasta

Meio Ambiente

Sai: Carlos Minc (PT), disputará a reeleição para a Assembleia Legislativa do Rio

Entra: Izabella Teixeira, secretária-executiva da pasta


Comunicações

Sai: Hélio Costa (PMDB), sai para disputar o governo de Minas Gerais

Entra: Antônio Bedran, conselheiro da Anatel, ou José Artur Filardi Leite, chefe de gabinete de Hélio Costa

Igualdade Racial

Sai: Edson Santos (PT), candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados

Entra: Eloi Ferreira de Araújo, secretário-adjunto da pasta

Desenvolvimento Social

Sai: Patrus Ananias (PT), quer concorrer ao governo de Minas Gerais, mas admite disputar outro cargo caso a aliança com o PMDB exija que seja Hélio Costa o candidato

Entra: Arlete Sampaio (PT), secretária-executiva da pasta

QUEM JÁ SAIU

Justiça

Saiu: Tarso Genro (PT), candidato ao governo do Rio Grande do Sul

Entrou: Luiz Paulo Barreto, ex-secretário executivo da pasta

DÚVIDA

Banco Central

Pode sair: Henrique Meirelles (PMDB), pode concorrer ao governo de Goiás, candidatar-se a senador ou disputar a vice-presidência

Pode entrar: Alexandre Tombini, diretor de Normas do BC

GOVERNADORES

QUEM SAI

São Paulo

Sai: José Serra (PSDB), para concorrer à Presidência da República

Entra: Alberto Goldman (PSDB)


Amazonas

Sai: Eduardo Braga (PMDB), concorre ao Senado

Entra: Omar Aziz (PMN)

Amapá

Sai: Waldez Góes (PDT), concorre ao Senado

Entra: Pedro Paulo Dias Carvalho (PP)

Mato Grosso

Sai: Blairo Maggi (PR), para concorrer ao Senado

Entra: Silval Barbosa (PMDB)

Minas Gerais

Sai: Aécio Neves (PSDB), diz que irá concorrer ao Senado. É cotado para ocupar a vice na chapa de José Serra à Presidência

Entra: Antônio Anastasia (PSDB)

Paraná

Sai: Roberto Requião (PMDB), para concorrer ao Senado

Entra: Orlando Pessuti (PMDB)

Rio Grande do Norte

Sai: Wilma de Faria (PSB), para concorrer ao Senado

Entra: Iberê Ferreira de Souza (PSB)

Rondônia

Sai: Ivo Cassol (PP), para disputar vaga no Senado

Entra: João Cahulla (PPS)

QUEM JÁ SAIU


Santa Catarina

Saiu: Luiz Henrique da Silveira (PMDB), concorre ao Senado

Entrou: Leonel Pavan (PSDB)

PREFEITURAS


QUEM SAI

Cuiabá

Sai: Wilson Santos (PSDB), para disputar o governo do Mato Grosso

Entra: Chico Galindo (PTB)

Curitiba

Sai: Beto Richa (PSDB), concorre ao governo do Paraná

Entra: Luciano Ducci (PSB)

Goiânia

Sai: Iris Rezende (PMDB), para concorrer ao governo de Goiás

Entra: Paulo Garcia (PT)

Teresina

Sai: Silvio Mendes (PSDB), para concorrer ao governo do Piauí

Entra: Elmano Férrer (PTB)

João Pessoa

Sai: Ricardo Coutinho (PSB), concorre ao governo da Paraíba

Entra: Luciano Agra (PSB)

QUEM JÁ SAIU


Porto Alegre

Saiu: José Fogaça (PMDB), para concorrer ao governo do RS

Entrou: José Fortunati (PDT)


CORRIDA PAULISTA


QUEM SAI

Secretaria de Desenvolvimento

Sai: Geraldo Alckmin (PSDB), para concorrer ao Governo do Estado

Entra: Luciano de Almeida, secretário-adjunto da pasta

Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho

Sai: Guilherme Afif Domingues (DEM), para compor a chapa como vice de Alckmin

Entra: Pedro Rubez Jeha, secretário-adjunto da pasta, assume como interino

Secretaria da Casa Civil

Sai: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), para concorrer ao Senado

Entra: Luiz Antonio Marrey, secretário de Justiça do Estado de São Paulo

Secretaria de Gestão Pública

Sai: Sidney Beraldo (PSDB), para concorrer a Assembleia Legislativa

Entra: Marcos Monteiro, secretário-adjunto da pasta

Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social

Sai: Rita Passos (PV), para concorrer à Assembleia Legislativa

Entra: Nivaldo Campos Camargo, secretário-adjunto da pasta, assume como interino

Secretaria de Esportes

Sai: Claury Santos Alves

Entra: indefinido

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,veja-a-lista-de-ministros-governadores-e-prefeitos-que-concorrerao-em-outubro,531789,0.htm

Serra fará balanço em tom emotivo ao deixar governo

AE - Agência Estado

Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra quer se despedir do governo de São Paulo falando diretamente ao eleitor do Estado. O discurso que fará hoje, no Palácio dos Bandeirantes, não será um balanço recheado de números, mas uma prestação de contas em tom político, que lhe permita falar com emoção. "Eu não vou fazer balanço. Numeralha não vai ter", afirmou o governador.

O PSDB mobilizou 5 mil militantes para prestigiar a cerimônia em que ele anunciará a saída do governo e, por tabela, assumirá a candidatura presidencial. A ideia é mostrar que, no cenário nacional, ele "fará acontecer" muito mais por São Paulo e pelo Brasil.

Ontem, em evento para anunciar a liberação de R$ 53 milhões em convênios com 221 municípios, Serra deu o tom do que deverá ser sua despedida. "Saio triste. Não estou contente de deixar o governo de São Paulo. Me dei bem no governo. Fiz muita coisa, sempre com muita dedicação. Sempre fui caxias", disse.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-fara-balanco-em-tom-emotivo-ao-deixar-governo,531828,0.htm

Dilma e Serra anunciam saída de cargos para disputar eleição

Tucano apresentará balanço de sua gestão, no Palácio dos Bandeirantes; petista deve ser homenageada pelo presidente Lula, no Itamaraty

estadão.com.br

Os dois pré-candidatos mais bem cotados para ocupar a cadeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de janeiro de 2011 anunciam nesta quarta-feira, 31, que deixarão os cargos nos próximos dias para se enfrentarem na corrida pela Presidência da República.

Líder nas últimas pesquisas de intenção de votos, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), apresentará logo mais, às 15 horas, um balanço de seus três anos de gestão. O evento reunirá o secretariado, aliados políticos e entusiastas da candidatura de Serra à Presidência. No evento, o governador também anunciará que irá enviar à Assembleia Legislativa na sexta-feira, 2, sua carta de renúncia.

Depois de sete anos e três meses no governo, a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), deixará o cargo oficialmente em cerimônia com a participação do presidente. Primeiro, ela será homenageada por funcionários da Casa Civil, que prepararam um bota-fora exclusivo no auditório do Palácio do Planalto. Será nessa cerimônia de despedida, mais reservada, que Dilma pedirá à equipe apoio a Erenice Guerra, atual secretária-executiva da Casa Civil que assumirá o Ministério.

De lá, seguirá para a solenidade de posse coletiva de 11 novos ministros, que vão substituir os titulares candidatos, no Palácio Itamaraty. Em seu discurso, o presidente Lula fará um agradecimento especial à mulher que escolheu para sua sucessora, furando a fila no PT. Dirá que ficou impressionado com a capacidade de trabalho dela desde que a convidou para integrar a equipe como ministra das Minas e Energia. Dilma só chegou à Casa Civil em junho de 2005, quando o então ministro José Dirceu caiu, no rastro do escândalo do mensalão.

Em São Paulo, o PSDB paulista espera colocar 5 mil militantes na solenidade de despedida do governador, no Palácio dos Bandeirantes. Serão instalados dois telões no gramado, onde ficarão os filiados do partido.

Dentro, no Auditório Ulysses Guimarães, são esperadas cerca de 2.000 autoridades, como prefeitos, presidentes das câmaras municipais e líderes tucanos e de partidos aliados - foram enviados 4.000 convites oficiais pelo palácio, mas a expectativa é que apenas a metade compareça.

O diretório estadual chegou a expedir aviso aos militantes para que evitem ir com bandeiras e símbolos ao evento para não caracterizar campanha eleitoral antecipada. "O desejo da militância é compartilhar desse momento excepcional" declarou o secretário-geral do PSDB paulista, César Gontijo. O partido, que não tem uma tradição de militância como o maior adversário, o PT, conta com 170 mil filiados no Estado.

Com informações de Julia Duailibi e Vera Rosa

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-e-serra-anunciam-saida-de-cargos-para-disputar-eleicao,531784,0.htm

Fratura exposta na aliança entre PT e PMDB

PT decide não intervir no diretório maranhense, que apoiará candidatura de comunista ao governo do estado em vez de Roseana Sarney, do PMDB, e instaura crise entre os dois partidos

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

O comando nacional do PT já avisou aos petistas maranhanses que, se depender dos principais comandantes do partido, não haverá intervenção no diretório estadual. A medida foi cobrada pelo PMDB por causa da decisão do PT do Maranhão de apoiar a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) ao governo do estado em vez da governadora Roseana Sarney (PMDB), que disputará a reeleição. A avaliação dos petistas — feita numa reunião entre o presidente da sigla, José Eduardo Dutra, os líderes partidários e ministros filiados ao PT — foi a de que não há muito o que fazer agora.

Os petistas consideraram que o PCdoB do Maranhão é mais ligado ao governo de Roseana Sarney do que o próprio PT. Portanto, caberia ao PMDB maranhense atrair os comunistas a fim de evitar a candidatura de Flávio Dino contra Roseana. Para completar, afirmam, o PMDB em nenhum momento retirou a candidatura de Geddel Vieira Lima, que concorrerá ao governo da Bahia contra o atual governador, Jaques Wagner (PT), que tentará a reeleição.

A intenção dos petistas em fazer “cara de paisagem” ante a decisão do PT estadual promete abrir uma crise entre os dois partidos que pretendem seguir juntos na campanha presidencial. O clima de desconfiança foi criado justamente na véspera do dia em que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), deixa o cargo para se dedicar exclusivamente à montagem dos palanques estaduais e à campanha da corrida pelo Palácio do Planalto.

Conforme noticiado ontem pelo Correio, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), conversou com Lula no lançamento do segundo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e o presidente disse que havia despachado José Eduardo Dutra para o Maranhão a fim de resolver o jogo em favor de Roseana. Ontem, Dutra estava em Brasília mais preocupado com o depoimento de seu tesoureiro, João Vaccari Neto, na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Como ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), Vaccari Neto foi explicar as denúncias de desvio de dinheiro da associação para campanhas políticas do PT.

Nos bastidores, os senadores do PMDB aguardam a decisão sobre o caso do Maranhão. “Tem que ter uma intervenção lá. Eles nos disseram que estava tudo certo”, comentava o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), referindo-se ao apoio do PT à candidatura de Roseana. Os peemedebistas estão preocupados com os reflexos que essa decisão possa ter na consolidação da aliança com os petistas no plano nacional. Os aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), consideram que um desfecho desfavorável à Roseana pode terminar por comprometer a confiabilidade entre os dois partidos e, de quebra, dar munição à ala peemedebista contrária à coligação formal entre petistas e peemedebistas.

Hoje, a contabilidade do PMDB está no seguinte pé: um terço deseja seguir com Dilma Rousseff e trabalha por isso, um terço é contra a aliança e um terço está em busca de motivos, seja para apoiar a ministra Dilma, seja para brigar de vez com o PT. Há o temor de que o episódio do Maranhão balance esse último terço contra a coligação nacional com os petistas.

Outros problemas

Outro estado tem sido um problema para a relação PT-PMDB é o Ceará. No último fim de semana, o PT pediu ao governador Cid Gomes (PSB), candidato à reeleição, uma das vagas ao Senado para o ministro da Previdência, José Pimentel (PT). Os petistas também cobram o posto de vice na chapa de Gomes e, de quebra, querem o PSDB do senador Tasso Jereissati (CE) longe do palanque do governador-candidato. Pelo que estava acordado, o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) seria o candidato ao Senado da chapa e a outra vaga seria entregue a um nome sem expressão, apenas para constar, de forma a fechar uma coligação branca com o Jereissati. Mas o PT não topou.

Em Minas Gerais, as desconfianças também cresceram, uma vez que o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel querem ser candidatos pelo PT ao governo mineiro. Embora o PMDB diga que está fechada uma aliança com os petistas — que em tese apoiariam o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), como candidato a governador, e o deputado Virgílio Guimarães (PT) como vice —, o PT não assina embaixo. “Vamos primeiro resolver nossos problemas internos, que estão quase solucionados. Depois, vamos conversar com o PMDB”, afirma Pimentel.

MPF cobra devolução de salários de José Sarney

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e pede que a Justiça determine a devolução aos cofres públicos dos valores acima do teto constitucional recebidos pelo parlamentar nos últimos cinco anos. Segundo o MPF, além da remuneração como senador, Sarney recebe duas aposentadorias do estado do Maranhão. Uma como ex-governador e outra como ex-servidor do Tribunal de Justiça do estadual. O órgão diz que Sarney recebe pelo menos R$ 52 mil mensais, quase o dobro do teto estabelecido pela Constituição para servidores e agentes públicos. O máximo permitido não pode superar a remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Hoje, esse valor é R$ 26.723,13. Ontem, Sarney passou por uma cirurgia para retirar um tumor benigno da boca.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/31/politica,i=183055/FRATURA+EXPOSTA+NA+ALIANCA+ENTRE+PT+E+PMDB.shtml

Saída de Dilma Rousseff para a corrida presidencial mexe no esquema de forças na Esplanada

Paulo Bernardo herda poderes da ministra e vira nome forte da reta final do governo

Correio Braziliense - Tiago Pariz

Não é por acaso que Dilma Rousseff é considerada a gerentona do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As tarefas da ministra que deixa o cargo hoje para se dedicar à corrida pelo Palácio do Planalto serão pulverizadas entre vários integrantes do alto escalão. Sua substituta formal é a secretária executiva da pasta, Erenice Guerra, mas ela não terá o mesmo poder da mentora. Na prática, não acumulará novas responsabilidades. Quem carregará mais carga no dia a dia é o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, seguido pelo chefe da Fazenda, Guido Mantega.

Erenice assume a Casa Civil tendo como afazeres primordiais a interlocução entre os ministérios e a formatação jurídica de programas dessa reta final de governo. No cotidiano, continuará lidando com personagens conhecidos dela na Esplanada. Afinal, o presidente Lula empossa, nos lugares dos ministros que deixarão o governo para se dedicar à campanha, os secretários executivos, em sua maioria (leia mais na pág. 3). Outra das tarefas da nova chefe da pasta é dar o último retoque na Consolidação das Leis Sociais (CLS), projeto praticamente finalizado que reunirá as principais iniciativas do governo em saúde, educação e benefícios à camada mais carente da população.

Se na Casa Civil Erenice ganhou mas não levou o cargo “integralmente”, a secretária de Articulação e Monitoramento, Miriam Belchior, engordou a lista de tarefas. Ela será responsável por assumir o controle do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Miriam já é considerada a “mãe” da segunda fase do projeto, que prevê investimentos de R$ 958,9 bilhões entre 2011 e 2014. Caberá a ela, também, trabalhar para que o PAC 1 não descarrilhe.

Contraste
Fortalecido, o ministro do Planejamento terá o papel de conselheiro do presidente e tocará, por exemplo, a formatação do Programa Nacional de Banda Larga (1), que já vinha sendo dividido com Dilma. Se antes Paulo Bernardo tinha de pedir bênção a “Dilminha”, como ele se referia à chefe da Casa Civil, agora ele terá a palavra final antes de Lula ser consultado.

Esse é um cenário contrastante em relação à maneira como Bernardo chegou ao governo no início de 2005, antes do escândalo do mensalão, vindo da Câmara dos Deputados. Ele substituiu Guido Mantega por ser discreto e afinado com os interesses do então ministro da Fazenda Antônio Palocci, que impunha uma política econômica ortodoxa com mão de ferro. Com as saídas do governo de sucessivos políticos íntimos de Lula, Bernardo aproximou-se, aos poucos, do gabinete presidencial. Termina o governo como novo gerentão e próximo à ministra Dilma. Para chegar a esse prestígio, teve de desistir duas vezes da Câmara. Abandonou a proposta também este ano, numa aposta no sucesso da empreitada eleitoral de sua antiga colega. Mantega, por sua vez, recupera um prestígio que detinha mas andava ofuscado por conta da onipresença da ministra. Além disso, torna-se o ponto de referência no quesito “políticas desenvolvimentistas” do governo Lula.


Fotos
No governo, há um sub que terá também novas responsabilidades. O subchefe de Assuntos Jurídicos, Beto Vasconcelos, além das análises dos projetos, terá interlocução direta com o gabinete do presidente Lula. Os assessores do presidente garantem a estrutura diluída e descentralizada na Casa Civil não tem relação com os recentes escândalos em que Erenice Guerra se envolveu. Ela foi apontada como responsável por um dossiê com os gastos corporativos da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Oficialmente, foi uma opção do presidente e um desdobramento do perfil centralizador de Dilma. No último dia de trabalho, a ministra se despediu de funcionários e assessores. Chamou secretárias e integrantes da segurança para tirar fotos e ouviu um servidor “tocar” hinos de times imitando uma corneta.

1 - Internet inclusiva
A proposta do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) é universalizar o uso de internet rápida em todo o país. O lançamento do programa foi adiado diversas vezes, mas o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que deverá ser apresentado ao público em abril e incluído na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Uma das polêmicas é a revitalização da Telebrás, que seria o braço empreendedor do PNBL.

Paulo Bernardo
O ministro do Planejamento chegou ao governo pelas mãos do então ministro da Fazenda Antônio Palocci, no início de 2005. Era considerado um político com perfil discreto, que serviria como o braço de Palocci na pasta. Acabou sendo elevado, aos poucos, a conselheiro de Lula, até chegar como o nome forte dessa reta final de governo. Ficará responsável pela implementação do Programa Nacional de Banda Larga, uma das prioridades do governo na política de inclusão digital.


O número
R$ 959 bilhões - Quantia a ser monitorada por Miriam Belchior como gerente do PAC 2

*Colaborou Flávia Foreque



Perfis


Erenice Guerra
Advogada e ex-funcionária da Eletrobras, é nome de confiança de Dilma Rousseff desde que era consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia. Ela terá a responsabilidade de fazer a interlocução com as pastas e analisar o andamento de projetos já iniciados. É apontada como a responsável por mandar elaborar um dossiê com os gastos corporativos da ex-primeira-dama Ruth Cardoso.

Guido Mantega
Assessor de Lula desde os tempos da campanha, entrou no governo como ministro do Planejamento, seguiu para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e chegou ao Ministério da Fazenda com a saída de Antônio Palocci, em março de 2006. Com a nova geografia do poder, recupera parte do prestígio que detinha e fixa-se como o rosto por trás da estratégia desenvolvimentista.

Miriam Belchior
A secretária de Articulação e Monitoramento da Casa Civil já era responsável por tocar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas a saída de Dilma fez o presidente reforçar suas responsabilidades. Miriam é o nome de Lula na pasta. Ex-mulher do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, assassinado em 2002, trabalhou, inclusive, na administração petista da cidade do ABC paulista junto com Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/31/politica,i=183052/SAIDA+DE+DILMA+ROUSSEFF+PARA+A+CORRIDA+PRESIDENCIAL+MEXE+NO+ESQUEMA+DE+FORCAS+NA+ESPLANADA.shtml

Onze ministros de Lula entregam os cargos hoje para embarcar na briga por votos

Correio Braziliense 

Diego Abreu
Danielle Santos
Flávia Foreque

Além de Dilma Rousseff, que deixa hoje o governo para se dedicar à campanha, outros dez ministros entregarão os cargos por pretenções eleitorais. Indeciso até o início da tarde de ontem, Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) decidiu, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixar a pasta para ser pré-candidato ao governo de Minas Gerais. Ele vai disputar a indicação no PT mineiro com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.

A saída de Patrus abriu espaço para Márcia Lopes, 52 anos, irmã do chefe de gabinete do presidente Lula, comandar uma das pastas mais estratégicas da Esplanada, cuja principal função é gerir o Bolsa Família, programa de transferência de renda que atende a mais de 10 milhões de brasileiros, e cuidar de um orçamento anual de R$ 39 bilhões. Casada e mãe de quatro filhos, a paranaense Márcia Helena Carvalho Lopes exerceu a função de secretária executiva do MDS entre janeiro de 2005 e o fim de 2007. Antes, foi secretária Nacional de Assistência Social da pasta e vereadora em Londrina. É filiada ao PT e especialista na área de crianças e adolescentes. Vai herdar o cargo de Patrus porque a atual secretária executiva, Arlete Sampaio (PT-DF), tentará uma vaga de deputada distrital.

A troca de cadeiras ocorre três dias antes do prazo final estabelecido pela Lei Eleitoral. A posse dos novos ministros está marcada para as 11h de hoje, no Itamaraty. As transmissões de cargo serão à tarde.

Braço direito
Indeciso pela candidatura a deputado ou senador pelo Ceará, José Pimentel (PT) deixa o cargo de ministro da Previdência para o secretário executivo, Carlos Gabas. Funcionário de carreira há 15 anos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), é filiado ao PT e, há dois anos, o braço direito de Pimentel. Durante a campanha de reeleição de Lula, em 2006, Gabas foi responsável por coordenar o programa de governo na área da Previdência. Conhecido como um homem bem-humorado, chegou a brincar ontem, durante a inauguração do novo prédio do INSS, em Brasília, ao dizer que tinha apenas 20 convites para a posse. Gabas será o primeiro servidor de carreira a ocupar a vaga de ministro.

A lista de novos ministros também inclui nomes não tão novos. O secretário executivo de Transportes, Paulo Sérgio Passos, que vai substituir Alfredo Nascimento (PR-AM), exerceu a função de ministro de março de 2006 a março de 2007. Filiado ao PR e funcionário de carreira da pasta desde a década de 1970, Passos é mais um dos novos mandatários da Esplanada com perfil técnico.

O ministro Edson Santos, da Secretaria Especial de Igualdade Racial, vai entregar o posto para o secretário executivo, Eloi Ferreira de Araújo. Nascido em Itaperuna (RJ), Araújo é graduado em zootecnia e filiado ao PT. Está no governo desde 2008.


O feudo do PMDB

A troca de cadeiras do governo Lula mantém o PMDB fortalecido na Esplanada. O partido conseguiu emplacar ontem o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, para o cargo de ministro da Agricultura, em substituição a Reinhold Stephanes. Paulistano de 67 anos, ele foi empresário e produtor rural por mais de trinta anos, e parlamentar por cinco legislaturas, até 2002.

Geddel Vieira Lima, que deixa o Ministério da Integração Nacional para se candidatar ao governo baiano, emplacou o apadrinhado João Santana, secretário executivo da pasta. Filiado ao PMDB, Santana já presidiu o partido na Bahia. É engenheiro eletricista e participa desde o início do projeto de transposição do Rio São Francisco.

Ontem, uma romaria de ministros-candidatos se deslocou para o Centro Cultural Banco do Brasil, sede da Presidência, para conversar com Lula e definir os nomes que assumirão as pastas. Após esperar por mais de uma hora, o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), teve o encontro adiado para hoje. É quando tenta convencer o presidente a promover o peemedebista José Artur Leite, chefe de gabinete da pasta.

Apesar de não ser filiado a nenhum partido, o secretário executivo Márcio Zimmermann assume hoje o Ministério de Minas e Energia, em substituição a Edison Lobão. A promoção de Zimmermann é encarada como mais uma vitória do PMDB, pois, além de aliado de Lobão, é alinhado com o grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que exerce influência no setor elétrico brasileiro. Catarinense, o novo ministro é engenheiro elétrico da Eletrosul desde 1980. Sua indicação agrada aos funcionários do ministério.

Ontem, o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, foi convencido por Lula a ficar no governo. Ele pensava em sair candidato a deputado federal no Rio Grande do Sul.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/31/politica,i=183054/ONZE+MINISTROS+DE+LULA+ENTREGAM+OS+CARGOS+HOJE+PARA+EMBARCAR+NA+BRIGA+POR+VOTOS.shtml

"Se Serra é PSDB, por que não posso ser PT?", diz presidente da Apeoesp

da Folha de S.Paulo, em Brasília

A principal personagem da greve dos professores estaduais em São Paulo afirma que o movimento não será enfraquecido pela representação feita pelo PSDB e DEM no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e nega agir com interesse eleitoreiro.
30.mar.2010/Folha Imagem
Presidenta da Apeoesp, Maria Isabel Azevedo Noronha, é alvo de ação do PSDB
Presidenta da Apeoesp, Maria Isabel Azevedo Noronha, é alvo de ação do PSDB

"O governador é filiado ao PSDB, assim como o seu secretário da Educação [Paulo Renato Souza]. Se ele pode ser do PSDB, por que eu não posso ser do PT?", questionou a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores), Maria Izabel Noronha, conhecida como Bebel.

Os dois partidos interpelaram a entidade e sua dirigente após ela declarar que seu objetivo era "quebrar a espinha dorsal" do PSDB e do governador José Serra. As duas siglas pedem que o tribunal aplique uma multa.

Maria Izabel declarou que não será "intimidada" e ironizou a iniciativa. "Se há tanta preocupação [da Secretaria da Educação] em dizer que não há greve, por que ela usa tantos instrumentos para coibi-la?" O governo Serra, desde o início da greve, vem declarando que o movimento tem baixa adesão.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 34,3%, o que recuperaria as perdas causadas pela inflação desde 1998. Os salários dos professores da rede estadual paulista atualmente variam de R$ 1.834 a R$ 3.181 para uma jornada de 40 horas semanais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714513.shtml

Dilma e mais nove ministros de Lula deixam governo para disputar eleições

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Faltando nove meses para encerrar seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai perder nesta quarta-feira 10 ministros que deixam o primeiro escalão para disputar as eleições de outubro. O número ainda pode subir porque o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pediu ontem 24 horas para decidir se deixa o governo.

Segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) saem do governo os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Hélio Costa (Comunicações), Alfredo Nascimento (Transportes), Edson dos Santos (Igualdade Racial), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Edson Lobão (Minas e Energia), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), José Pimentel (Previdência Social), Carlos Minc (Meio Ambiente) e Reinholds Stephanes (Agricultura).

De acordo com Padilha, não há restrição para que novos ministros peçam para sair até sexta-feira, quando termina o prazo de desincompatibilização. A legislação eleitoral obriga ocupantes de cargos no Executivo a deixarem suas funções até o dia 3 de abril se forem disputar as urnas em outubro. "A única diferença é que não vai participar da posse coletiva de amanhã", afirmou.

Em fevereiro, Tarso Genro (Justiça) foi o primeiro ministro de Lula a deixar o governo por causa das eleições. Pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso foi substituido por Luiz Paulo Barreto.

Com a saída dos ministros-candidatos, sete serão substituídos por secretários-executivos e tomam posse amanhã. As exceções acontecem no Desenvolvimento Social e na Agricultura. Irmã do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, a assistente social Márcia Lopes assume o lugar de Patrus, que deixa o governo para disputar a indicação do PT para o governo de Minas Gerais.

Na Agricultura, assume a pasta o presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Wagner Rossi. Padilha afirmou que a escolha de Rossi atende ao pedido de Stephanes e da bancada do PMDB.

Padilha negou que as substituições tenham caráter político. "Não existe mudança política. O presidente optou por pessoas que estavam na máquina ou que forram indicadas pelos atuais ministros", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714505.shtml

Serra se despede de governo com protesto e festa de apoio

colaboração para a Folha Online

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), apresenta nesta quarta-feira um balanço dos três anos e três meses de sua gestão. O evento marca na prática sua despedida do governo, que acontece na sexta-feira.

Pré-candidato à Presidência, Serra terá o dia marcado por um protesto de sindicalistas ligados ao PT, na avenida Paulista, e por uma festa de apoio dos militantes do PSDB, no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.

Para o ato no palácio, que começa às 15h, o PSDB de São Paulo espera levar cerca de 6.000 pessoas. "A ideia do partido é que o Serra compartilhe esse momento com quem esteve ao lado dele e trabalhou para que isso acontecesse", afirmou o secretário-geral do PSDB-SP, César Gontijo. O lançamento oficial da pré-candidatura acontece no dia 10 em Brasília.

Ao mesmo tempo, sindicatos de servidores de SP organizam um protesto contra o governo Serra. Chamado de "bota-fora", o protesto é organizado por sindicalistas ligados à CUT e ao PT.

A manifestação está marcada para começar às 13h no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Uma hora depois começa, no mesmo local, a assembleia da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), que decidirá se mantém a greve iniciada no dia 8 de março. Depois da assembleia, o "bota fora" continua com uma passeata até o centro de São Paulo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714408.shtml

Aécio deixa governo de Minas com missão de eleger sucessor

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Aécio Neves encerra hoje a gestão de sete anos e três meses no governo de Minas Gerais, período em que acumulou aprovação de 73% de ótimo/ bom, segundo o Datafolha. Mas seu projeto administrativo sairá derrotado se Aécio não conseguir eleger o vice Antônio Anastasia como sucessor.

Essa é a avaliação feita à Folha pelo próprio PSDB-MG. "Hoje ele [Aécio] é vitorioso, mas, se não eleger o Anastasia, o projeto foi derrotado. É isso o que ele vai sentir", disse o deputado federal Narcio Rodrigues, presidente da sigla e um dos mais próximos de Aécio.

Anastasia (PSDB) é o novo governador de Minas a partir de hoje. Pré-candidato ao Senado, Aécio será o principal cabo eleitoral e o articulador da campanha dele.

Uma eventual derrota criaria no ninho tucano uma sensação de trabalho interrompido. Narcio classifica a gestão de Aécio como "transformadora" na vida do Estado e diz que a manutenção disso é que está em jogo na eleição estadual.

Ontem, ao ir até o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (a 50 km de Belo Horizonte), para agradecer à padroeira do Estado as "graças e o privilégio de governar Minas com muito trabalho e dignidade", Aécio falou da necessidade de esse projeto prosseguir.

"Minas vive um belo momento, o Brasil respeita o que ocorre em Minas Gerais, e eu espero que essa trajetória que nós iniciamos em 2003 possa ainda ter uma longa duração."
A candidatura presidencial de José Serra (PSDB) se beneficiará bastante desse engajamento, disse Narcio.

"A liderança do Aécio não permite que ele se ausente do processo eleitoral pela Presidência. Com o Serra presidente, o Anastasia teria fôlego maior para governar. No governo Aécio, o governo federal se omitiu e não participou de nenhum projeto estruturador."

Debruçado em pesquisas, o PSDB já mapeia o Estado para se mobilizar em um trabalho minucioso nos grotões, onde tem vantagem o pré-candidato do PMDB ao governo estadual, o senador Hélio Costa --ministro que está de saída da pasta das Comunicações.

A disputa tende a ficar polarizada entre Anastasia e outro nome apoiado pela pré-candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, e pelo presidente Lula. Costa deve ser esse nome.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714305.shtml

PV indica Feldmann e Young como candidatos em São Paulo

colaboração para a Folha Online

A Executiva do PV São Paulo indicou o ex-deputado Fábio Feldmann como candidato ao governo paulista e o empresário Ricardo Young, ex-presidente do Instituto Ethos, candidato ao Senado. A indicação será homologada no dia 11 de março em uma votação que contará com a presença da senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata do partido à Presidência.

"O sentimento é de que eles serão ratificados pela base do partido", afirmou o presidente do PV de São Paulo, Maurício Brusadin.

Com a candidatura própria, o partido sai da base aliada do governador José Serra (PSDB). Nesta terça-feira, foi entregue ao governo uma carta de renúncia da secretária de Assistência Social de São Paulo, Rita Passos. Deputada estadual pelo PV, ela tentará a reeleição.

Brusadin afirmou que o partido pretende indicar o número máximo de candidatos no Estado, que é de 141 para a Assembleia Legislativa e 100 para a Câmara dos Deputados.

Sobre uma aliança com o PPS da subprefeita Soninha Francine, Brusadin disse que seria o "grande sonho" do partido. De acordo com ele, no entanto, não houve conversas nesse sentido. Soninha pode sair ao Senado.

Em nota, o dirigente comemorou o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada ontem, que aponta Feldmann com 3% das intenções de voto. "Ainda nem confirmamos nossas candidaturas e já estamos pontuando", afirma.

Uma das estratégias para fortalecer a candidatura de Marina Silva é ter candidatura própria em todos os Estados com exceção do Acre, onde ela irá apoiar o senador Tião Viana (PT).

Em quatro Estados, o partido já tem pré-candidatos escolhidos. No Rio de Janeiro, o deputado Fernando Gabeira irá disputar o governo. Já na Bahia, o escolhido é o deputado Luís Bassuma e, em Minas Gerais, deputado Zé Fernando. O PV também deve ter candidato em Santa Catarina com o vereador Fabiano Piovezzan.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714302.shtml

PSDB e DEM pedem para TSE multar Apeoesp por pregar "não-voto" em Serra

da Folha Online

O PSDB e DEM ajuizaram hoje uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a Apeoesp (sindicato dos professores de SP) e sua presidente, Maria Izabel Azevedo Noronha, por uso de estrutura sindical em contrapropaganda eleitoral.

Conforme antecipado ontem, o PSDB pede que a Apeoesp e sua dirigente sejam multados em R$ 25 mil por uso eleitoral de palanques para coordenar a greve.

Para embasar o pedido de multa à entidade e sua dirigente, o PSDB anexou filmes que mostram Noronha perguntando para os professores se Serra será presidente. E, em coro, os manifestantes respondem que não. Em outro filmete, há uma música que diz: 'Daqui a pouco tem eleição. No Planalto ele não chega não'.

Na representação, os dois partidos desobediência à legislação por campanha eleitoral antecipada e investimento da máquina sindical em âmbito político-eleitoral durante assembleia de professores realizada em frente ao Palácio dos Bandeirantes no último dia 26. Dizem que pregar o "não-voto" em época eleitoral viola a legislação tanto quanto pedir voto.

Manifestação

Na manifestação da semana passada, a sindicalista disse: "Esse senhor não vai ser presidente do Brasil", afirmou ela. "Se for eleito vai acabar com imagem que Brasil conquistou lá fora."

Ela também convocou os professores a "acabarem com o partido" de Serra: "Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador", disse Bebel, como é conhecida.

Ela disse que a categoria deve aproveitar os últimos dias do governo Serra para protestar. Ele deixa o cargo na quarta-feira (31) para disputar a Presidência. "Vamos aproveitar enquanto o governador não sai."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714261.shtml