29 de mar. de 2010

Pré-candidato do PSTU ao Planalto embarca para o Haiti

congressoemfoco - Thomaz Pires

O pré-candidato do PSTU à Presidência da República, José Maria, embarca nesta semana para uma visita ao Haiti após o terremoto que devastou o país. Durante quatro dias, o postulante ao Planalto irá percorrer a capital Porto Príncipe e outras cidades, além de reunir-se com representantes de sindicatos e movimentos sociais. José Maria será o primeiro pré-candidato a visitar os haitianos desabrigados após o terremoto, ocorrido em 12 de janeiro deste ano.

O pré-candidato fará parte de uma delegação que já enviou R$ 160 mil aos haitianos. O grupo representará trabalhadores de todo o país que fizeram doações, como os metalúrgicos do ABC paulista. “Essa campanha é muito importante, porque é uma solidariedade de classe. São os trabalhadores daqui ajudando os de lá”, justificou o pré-candidato.

A delegação do PSTU também irá buscar avançar no movimento de desocupação militar. O pré-candidato defende que o país precisa estar livre das forças armadas brasileiras nesse momento. “Defendemos a imediata retirada das tropas da ONU. O Haiti precisa de médicos, engenheiros, alimentos, e não de soldados. A verdadeira função das tropas lá é proteger os interesses das empresas, e para isso, chegam a reprimir os protestos contra o menor salário das Américas”, justifica.

A retirada das tropas brasileiras tem sido uma das bandeiras do PSTU. Conforme as promessas do partido, o assunto será tema da propaganda no rádio e na TV nas eleições deste ano.

O PSTU lançou a pré-candidatura de Zé Maria em novembro do ano passado. Na justificativa da legenda, a campanha é uma alternativa a falsa polarização entre Dilma Roussef e José Serra. O partido defende uma candidatura com um programa socialista, que defenda um governo contra os interesses das grandes empresas, e de ruptura com o imperialismo e as multinacionais.

http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=32384

Um comentário:

  1. Rafael Rossi17:10

    Aparentemente não temos nada a ver com o que acontece no Haiti, mas, em primeiro lugar, é o nosso governo que está lá com tropas reprimindo o povo haitiano, assim como o imperialismo estadunidense reprime e ocupa o Iraque e o Afeganistão. Temos que ser contra esta ocupação militar promovida pelo nosso país, que retira recursos públicos de nosso povo, vitimando a nós, brasileiros, com a falta de recursos nos serviços públicos, e promovendo o treinamento dos militares e policiais brasileiros que voltam para o Brasil para reprimir os moradores de favelas e os movimentos sociais. O que existe lá é o mesmo processo de criminalização da pobreza e dos movimenots sociais que existe aqui a serviço da exploração das multinacionais e das empresas brasileiras e uma ocupação militar idêntica à dos norte-americanos no Oriente Médio. A classe trabalhadora é mundial, é internacional, por isso devemos ser internacionalistas na luta contra o Capital. É só ver esta crise econômica, que é mundial, e que terá uma resposta conjunta de todos os governos através do G-20 com congelamento de salários, demissões em massa e mais reformas neoliberais, além do desvio de recursos públicos para empresas e a intensificação do trabalho no interior das fábricas, escolas e em todo o serviço público. As privatizações também fazem parte desse pacote. A questão do HAITI tem tudo a ver conosco e a solidariedade de classe, ainda mais quando uma tragédia como este terremoto agrava a situação já de miséria e falta de liberdade daquele povo, é fundamental na consolidação de uma verdadeira consciência de classe e da unidade dos trabalhadores contra os capitalistas.

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