29 de mar. de 2010

Lula articula apoio de governadores à candidatura de Dilma

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende oferecer um jantar no Palácio da Alvorada para articular apoio de governadores do Norte e do Nordeste à candidatura da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, à Presidência da República. Hoje (29) cinco governadores da região se reuniram com o presidente no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo, pedindo apoio para suas candidaturas ao Senado.

Estiveram presentes os governadores do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB); do Rio Grande do Norte, Vilma de Faria (PSB); do Amapá, Waldez Góes (PDT), de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), e do Piauí, Wellington Dias (PT). Com exceção de Wellington Dias, todos disseram que pretendem deixar o governo e concorrer a vagas no Senado.

“O presidente os recebeu, mas marcou uma próxima conversa após a saída deles do governo”, informou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “A próxima conversa servirá tanto para definir apoio às candidaturas nos estados quanto para integrá-los à campanha da ministra Dilma. O jantar será uma oportunidade de envolvê-los no plano nacional”, disse Padilha.

O presidente Lula espera que o governador Wellington Dias defina até quarta-feira (31) se concorre a um mandato de senador pelo Piauí. De acordo com Padilha, o presidente disse a Wellington que é importante eleger no Piauí dois senadores da base aliada, e um deles seria o próprio governador.

No dia 3 de abril termina o prazo de desincompatibilização para os ocupantes de cargos do Executivo que pretendem disputar eleições neste ano. Lula ainda aguarda até quarta-feira a definição dos ministros que saem para disputar a eleição. Nesta semana Lula espera conversar com os ministros Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Hélio Costa, das Comunicações, e Reinhold Stephanes, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Amanhã (30), Lula também conversará com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que cogita deixar o governo para se candidatar a um cargo em Goiás. “Não tem nada definido, mas quem chega aqui indefinido o presidente convence a ficar”, informou Padilha sobre o tom que deverá ser adotado por Lula na conversa.

O governo ainda não indicou os substitutos para quem disputará a eleição. No entanto, de acordo com Padilha, a orientação do presidente Lula é escolher os substitutos “entre as pessoas que já estão na máquina”. “Lula ouvirá os ministros nesse sentido”, disse Padilha.

Logo após o feriado da Semana Santa, na segunda-feira (5), o presidente Lula pretende realizar a primeira reunião ministerial com a presença de todos os que permanecerem nos cargos e dos novos ministros.

“A preocupação é continuar tocando o governo, e o presidente Lula vai querer dedicação exclusiva dos ministros para isso. O ministro que fica não fica a serviço do que saiu, e sim a serviço do governo”, disse Padilha.

Edição: Nádia Franco

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