31 de out. de 2009

Petrobras pode gastar R$ 250 mi com propaganda em 2010

Terra

A Petrobras lançou, na sexta-feira, um edital de licitação para agências de publicidade que desejam concorrer a titulares da conta da companhia em 2010 e 2011. Segundo a estatal, três empresas devem dividir uma verba de R$ 250 milhões no ano que vem, eleitoral. A informação é da Folha de S.Paulo.

Em 2008, os gastos com propaganda das agências F-Nazca S&S, Quê Comunicação e Heads Propaganda, atuais responsáveis pela publicidade da Petrobras, foram de R$ 269 milhões. A verba publicitária subiu nos anos de 2006 (12%) e 2008 (13%), superando a inflação média dos períodos.

Com relação à Vale, por exemplo, a Petrobras supera os gastos com propaganda em 260% - no entanto, a Vale faz apenas campanhas institucionais, enquanto a Petrobras tem como foco também o mercado.

Segundo as regras do Tribunal Superior Eleitoral, em ano de eleições o gasto de publicidade não pode ser superior à média dos últimos três anos ou ao do ano imediatamente anterior. A estatal negou ter aumentado a verba propositadamente e disse que o aumento dos investimentos em 2007 e 2008 não foi "um modo de turbinar o orçamento da área". A companhia informou que os gastos com a divulgação do pré-sal chegaram a R$ 42,5 milhões.

http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI4074351-EI8177,00.html

Chávez pede votos a Dilma e compara Lula a Cristo

IG

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu na noite de sexta-feira o apoio das mulheres venezuelanas à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para a Presidência do Brasil. O pedido foi feito em um discurso de Chávez para cerca de mil mulheres que participavam da comemoração do aniversário de dez anos do Inamujer, órgão governamental responsável pela definição de políticas para mulheres da Venezuela.

“Dilma Rousseff esteve na guerrilha no Brasil, esteve presa, torturada e está se preparando para assumir a campanha no próximo ano. Aqui, chamo a todas que apoiemos Dilma para a Presidência do Brasil. Uma mulher digna, revolucionária, valente”, disse Chávez.

Dilma acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visita de dois dias à Venezuela e conversou com Chávez durante uma reunião que mantiveram na noite de quinta-feira.

A ministra e possível candidata do PT à presidência também acompanhou Chávez e Lula a El Tigre, onde os presidentes visitaram os campos de soja do sudeste venezuelano, como parte de uma visita durante a qual os dois líderes assinaram vários convênios.

"Lula como Cristo"

Chávez ainda comparou Lula a Cristo "anunciando a boa nova". Ele se referia ao fato de o presidente ter chegado à capital venezuelana, Caracas, com a informação de que a Comissão de Relações Exteriores do Senado havia aprovado o protocolo de ingresso da Venezuela no Mercosul.

Em 2007, Chávez chamou os senadores brasileiros de "papagaios de Washington" por terem aprovado moção pedindo a reabertura da RCTV, de Caracas, que encerrara suas atividades por não ter o governo venezuelano renovado sua concessão.

Na sexta-feira, Chávez insistiu na afirmação de que a Venezuela é um país onde há "plena democracia" e "plena liberdade de expressão". "Que ninguém acredite nesses pontos sobre o ditador Chávez e sobre a perseguição a jornalistas", afirmou. "Em Honduras, sim, há ditadura e fecharam canais (de televisão e rádio). Aqui, não. Vocês podem dizer o que queiram."

Venezuela no Mercosul

Ao comentar a decisão da Comissão de Relações Exteriores, Chávez observou que ainda pode haver obstáculos e tropeços no plenário do Senado brasileiro durante a tramitação do projeto de entrada da Venezuela no Mercosul, mas insistiu: "O horizonte é positivo. Considero que, dos pontos de vista moral, político e territorial, a Venezuela já é Mercosul. Agora, faltam esses passos, próprios de cada país."

Ele se referia ao fato de que o protocolo de adesão da Venezuela ao bloco econômico do Cone Sul ainda precisa ser aprovado pelos plenários dos Congressos do Brasil e do Paraguai. A uma pergunta sobre a possibilidade de pedir ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que interceda para acelerar a tramitação do protocolo, Chávez respondeu que o Paraguai tem seu próprio ritmo, mas se disse convencido de que, mais cedo do que tarde, o Congresso paraguaio aprovará o ingresso da Venezuela, porque essa medida beneficiaria a todos.

"O Mercosul vai-se tornar um polo de poder econômico. Inclusive os opositores, que têm suas razões, no fundo devem reconhecer que é de interesse de todos que a Venezuela entre no Mercosul", disse, referindo-se à possibilidade de expansão do livre mercado até a região do Caribe e ao acréscimo de 30 milhões de habitantes.

(*com informações das agências AFP e Estado)

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/31/chavez+pede+votos+a+dilma+e+compara+lula+a+cristo++8984938.html#Scene_1

Com eleições, quase metade dos ministros pode deixar cargo

Terra - Laryssa Borges
Direto de Brasília

A menos de seis meses do prazo máximo para que agentes públicos que planejam concorrer nas eleições de 2010 deixem seus cargos, a Esplanada dos Ministérios pode sofrer uma debandada de até 43% dos chefes das pastas. Dos 37 ministros de Estado, 16 têm claras ambições eleitorais e pretendem se arriscar nas disputas por cadeiras no Congresso, em assembleias legislativas, nos governos estaduais e na presidência da República.


Além da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, almejam se lançar na corrida pelos governos estaduais os ministros Hélio Costa (Comunicações), Henrique Meirelles (Banco Central), Tarso Genro (Justiça), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Edison Lobão (Minas e Energia), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e Alfredo Nascimento (Transportes). O pleito de 2010 trará ainda situações inusitadas, como a disputa entre dois integrantes do governo - Hélio Costa e Patrus Ananias - pelo mesmo cargo, o de governador de Minas Gerais, além da condição inédita de um chefe da autoridade monetária se filiar a um partido político, ainda como presidente do BC, para concorrer a um cargo eletivo.

Têm a Câmara dos Deputados e o Senado como alvos, por sua vez, os ministros Reinhold Stephanes (Agricultura), Paulo Bernardo (Planejamento), José Pimentel (Previdência) e Edson Santos (Igualdade Racial). Todos eles têm até o início de abril para deixar seus cargos no governo.

Sem admitir qualquer pretensão eleitoral no momento, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o neopetista Celso Amorim, de Relações Exteriores, poderiam engrossar a lista de integrantes do primeiro escalão federal dispostos a enfrentar as urnas em outubro de 2010.

Durante o ano, o próprio Lula já tentou emplacar Haddad como uma possibilidade no pleito de São Paulo, mas a absolvição do deputado Antonio Palocci pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a possibilidade de Ciro Gomes (PSB) desistir da corrida presidencial em prol de ser o candidato governista ao Palácio dos Bandeirantes tirou peso do ministro da Educação como um nome viável ao governo de São Paulo.


Em reunião com todos os ministros do governo, o próprio Lula já anunciou que pretende evitar que a poucos meses das eleições majoritárias tenha de administrar mais uma disputa de aliados por cargos públicos. A ideia é que os secretários-executivos assumam a responsabilidade pelas pastas assim que os titulares deixarem seus postos. Apesar da alternativa burocrática, dificilmente ela poderá ser colocada em prática na íntegra.

Pelo menos em dois casos emblemáticos, na Casa Civil e no Banco Central, a escolha pelos subordinados diretos dos ministros-candidatos não deve ser viabilizada. Braço direito de Dilma, Erenice Guerra enfrenta resistências do PT por ter tido seu nome vinculado ao episódio de confecção de um suposto dossiê com dados confidenciais do governo Fernando Henrique Cardoso. No caso do BC, o temor é o de que nomear um dos diretores como presidente possa não ser bem recebido pelo mercado.

Também há outros ministérios com problemas sucessórios, como o do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família. A substituta direta de Patrus Ananias, Arlete Sampaio, deve disputar eleição pelo PT do Distrito Federal. Na Agricultura, por sua vez, o PMDB ligado à Câmara dos Deputados exige manter uma indicação, ainda que Reinhold Stephanes deixe o cargo em busca de uma reeleição como parlamentar.

Em sentido contrário, entre os secretários-executivos praticamente garantidos como ministros no ano eleitoral estão Carlos Eduardo Gabas (Previdência), Márcio Zimmermann (Minas e Energia) e Paulo Sérgio Passos (Transportes).

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4073733-EI7896,00-Com+eleicoes+quase+metade+dos+ministros+pode+deixar+cargo.html

Aécio pressiona aliados tucanos

Correio Braziliense - Leonardo Augusto

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), mandou um recado claro para seus colegas tucanos: não será um refém das circunstâncias. Na prática, ele trabalha para que o partido defina, ainda este ano, qual nome será lançado para a Presidência da República em 2010. A posição vai contra as expectativas de José Serra, seu principal rival. O governador de São Paulo defende que a escolha aconteça somente em março próximo.

Aécio comunicou suas pretensões na quinta-feira última, durante um encontro com 50 parlamentares de sua base aliada na Assembleia Legislativa. "O Serra estava cavaleiro, dono da situação. Aécio agora deu um prazo", avalia o deputado estadual Domingos Sávio, líder da maioria na Assembleia. "Por mais que compreenda, que respeite, Aécio não pode se sujeitar à decisão do governador de São Paulo de levar a decisão para frente", acrescentou.

O governador mineiro acredita que suas alianças no Congresso Nacional o deixam em posição de vantagem frente a Serra. "Aécio tem certeza de que pode ser o candidato porque as conversas no Congresso são no sentido de que muita gente que estaria ao lado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, se o candidato tucano fosse o Serra, mudaria de lado se ele for o nome do PSDB", afirma o deputado estadual Lafayette Andrada, que participou do encontro no Palácio das Mangabeiras.

Conforme o parlamentar, o governador de Minas quer ser presidente e percebeu que Serra posterga a decisão de ser ou não o candidato. "Ou Serra assume ou devolve a bola para o Aécio", acredita Domingos Sávio. O parlamentar disse ainda que o governador mineiro "evitou uma exposição maior do governador de São Paulo, mas que agora não dá para segurar mais".

Pedido de apoio

Aécio também articula para consolidar a candidatura de seu vice, Antônio Augusto Anastasia (PSDB), ao Palácio da Liberdade em 2010. Depois de colocar o companheiro de chapa em 2006 em giro constante pelo estado para inaugurar obras e se encontrar com lideranças políticas, Aécio começou a afagar parte de seu principal exército nas eleições para o governo do estado no ano que vem: os parlamentares da base aliada na Assembleia Legislativa.

O governador chegou a dizer que o grupo "era imbatível caminhando junto" e pediu "marcha a todo o vapor" pela candidatura do vice, que também participou da reunião. No encontro ocorrido com a base aliada na quinta-feira, Aécio elogiou Anastasia e ressaltou a necessidade da união de esforços no momento. Para ajudar na empreitada, lembrou que, a partir do fim deste ano e durante 2010, muitas obras serão inauguradas pelo governo.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/31/politica,i=151863/AECIO+PRESSIONA+ALIADOS+TUCANOS.shtml

Chávez pede apoio de mulheres venezuelanas à candidatura de Dilma

LUCIANA LIMA
Enviada especial da Agência Brasil, em Caracas (Venezuela)

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu ontem (30) à noite o apoio das mulheres venezuelanas à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para a Presidência do Brasil. O pedido foi feito em um discurso de Chávez para cerca de mil mulheres que participavam da comemoração do aniversário de dez anos do Inamujer, órgão governamental responsável pela definição de políticas para mulheres da Venezuela.

"Vou dizer algo para vocês. Lula me convidou para uma conversa com uma grande mulher brasileira e o coração me disse que ela será a próxima presidenta do Brasil. É uma extraordinária mulher que vocês vão conhecer. Dilma Rousseff esteve também na guerrilha no Brasil, esteve presa, torturada e está preparando-se para assumir a campanha no próximo ano. Aqui, chamo a todas que apoiemos Dilma para a Presidência do Brasil. Uma mulher digna, revolucionária, valente. Vocês vão conhecer", disse Chávez.

O presidente venezuelano havia passado o dia recebendo a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na noite de quinta-feira (29) jantou com ele e a ministra Dilma no Hotel Humbold, um símbolo de Caracas localizado no alto da montanha El Ávila, ao norte da capital. Chávez apostou na popularidade de Lula para ajudar a eleger a minsitra. "Meu coração me disse muita coisa e me disse que não vai ser fácil. Mas Lula tem uma aprovação de mais de 70%".

Chávez também lembrou a atuação de outras mulheres em cargos de liderança e citou a presidente do Chile, Michelle Bachelet, além da presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, que participou na quinta-feira da inauguração do escritório de representação da CEF em Caracas.

Ao homenagear as mulheres, Chávez chegou a cantar "La Noche que me Quieras". Ele também citou a produção de soja no vale do Rio Oninoco, produzida com tecnologia brasileira desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pediu que todas passassem a consumir produtos feitos com soja. "Tomem leite de soja, comam carne de soja, queijo de soja", pediu Chávez.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u646014.shtml

Aécio não quer abrir mão do sonho

A TARDE OnLine

O governador Aécio Neves (PSDB-MG) não tem mesmo nenhum motivo para aceitar ser candidato a vice-presidente numa chapa encabeçada pelo seu colega paulista, José Serra. O sonho do mineiro é ser presidente da República, e ele não esconde isto de ninguém, e sabe que mesmo com Serra ganhando a eleição, ele estaria jogando fora a chance de chegar à cadeira presidencial, uma vez que iria ficar quatro ou oito anos vivendo à sombra do presidente e não reuniria condições para disputar a eleição como cabeça de chapa.

A ser vice, é melhor para ele se candidatar ao Senado, onde deverá ter uma vitória tranquila, e poderá se posicionar no centro dos acontecimentos, preparando-se para realizar o seu sonho mais para a frente. Parece que de nada adiantará o apelo de Serra para que Aécio abra mão da sua pretensão de ser candidato a presidente. Aliás, estes apelos me cheiram mais auma manobra dos serristas para que o mineiro saia de vez do caminho do paulista do que um desejo real de formar uma chapa “puro sangue” do PSDB.

Até porque o DEM não esconde de ninguém que pretende indicar o nome para ser vice, seja qual for o candidato a presidente do PSDB.

http://politicaecidadania.atarde.com.br/?p=4357

30 de out. de 2009

Hackers testarão segurança da Urna Eletrônica

O teste será realizado entre os dias 10 e 13 de novembro, no auditório do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), em Brasília

O POVOonline

32 Hackers terão quatro dias para tentar invadir o sistema da urna eletrônica que será usada nas eleições de 2010. O teste será realizado entre os dias 10 e 13 de novembro, no auditório do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), em Brasília.

O período de quatro dias de testes, também aberto ao público e a representantes, foi considerado insuficiente pelo engenheiro especializado em segurança Amilcar Brunazo Filho, que desde o ano 2000 acompanha o desenvolvimento da urna. Brunazo afirma em entrevista a IDG Now! que a urna eletrônica fica vulnerável por 20 dias, tempo necessário para que os 14 mil técnicos contratados temporariamente pelo TSE recebam a versão final da votação para iniciar a instalação do programa e a distribuição nas zonas eleitorais.

O objetivo dos testes públicos de segurança no sistema eletrônico de votação é procurar por possíveis falhas no sistema e propôs melhorias, informa a assessoria de ocmunicação do TSE ao IDG Now!. O grupo de 32 pessoas pode ser formado por especialistas independentes, como de empresas ou de partidos políticos.

http://opovo.uol.com.br/tecnologia/923989.html

Mendes ameniza comentários sobre viagem de Lula e Dilma

Segundo presidente do STF, "pode ser" que ele e Lula tenham leituras diferentes da lei eleitoral


Fátima Lessa - Especial para o Estado

CUIABÁ - Sem querer polemizar sobre a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às obras de transposição do rio São Francisco, acompanhado da ministra -chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e pré-candidata do PT á presidência da República em 2010, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, preferiu contemporizar e se ateve a dizer que o presidente e ele fazem leituras diferentes da legislação eleitoral. "Pode ser que ele faça uma leitura e eu outra", disse durante coletiva nesta sexta-feira, 30, em Cuiabá. Ele deixou entender que qualquer comentário "pode ser emissão de juízo".

O ministro esteve em Cuiabá para formalização de termos de cooperação técnica que beneficiarão, neste primeiro momento pelos menos 1080 reeducandos no estado de Mato Grosso. Pelos acordos firmados serão oferecidos cursos de profissionalização - visando à reinserção no mercado de trabalho - de presos em liberdade provisória e em progressão de regime. Para 860 deles serão oferecidos cursos de eletricistas, encanador,auxiliar administrativo e artesanato por órgãos do Estado. O Serviço Nacional da Indústria (SENAI) vai ofertar cursos em diversas áreas que beneficiarão 200 reeducandos. Os cursos deverão acontecer ao longo dos próximos 12 meses.

Nesta sexta-feira também foi assinado um protocolo de intenções para a contratação de dez reeducandos dentro do programa "Começar de Novo" lançado este ano pelo CNJ e objetiva sensibilizar a população para recolocação no mercado de trabalho e na sociedade de presos libertados após o cumprimento das penas. Ainda em Cuiabá, o ministro formalizou a implantação em Mato Grosso do Núcleo de Advocacia Voluntária no Estado para assistência judiciária a presos e familiares.Também foi lançado o segundo mutirão carcerário em MT previsto para abril de 2010.

No primeiro mutirão realizado em abril deste ano pela Corregedoria Geral de Justiça de Mato Grosso (CGJMT) foram visitadas 49 cadeias, seis penitenciárias, uma colônia agrícola e um presídio militar. Na ocasião foram ouvidos 11 mil reeducandos, analisados e despachados 5.754 processos e 664 reeducandos receberam os benefícios proporcionados pela lei.

O ministro Gilmar Mendes disse que a expectativa é que a formação continuada favoreça a redução da reincidência e facilite a reinserção social daqueles que saem do sistema prisional após cumprirem suas penas. Ele afirmou ainda que os mutirões poderão diminuir a carência de vagas nos presídios em Mato Grosso.O estado tem hoje um déficit de seis mil vagas.Os termos foram formalizados pelo ministro Gilmar Mendes, o presidente em substituição do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Paulo da Cunha, secretarias de Estado, Ordem dos Advogados em MT e a Fundação Nova Chance, do CNJ.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mendes-ameniza-comentarios-sobre-viagem-de-lula-e-dilma,459104,0.htm

PT vai priorizar Presidência e Congresso em 2010, diz Genoíno

Em entrevista à 'Agência Estado', deputado conta que PT deve ceder nos Estados e traça um mapa das alianças

Denise Madueño - Agência Estado

BRASÍLIA - Com o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT encerrou nesta semana com a pré-candidata Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, a rodada de encontros com a cúpula e as bancadas dos partidos da base em busca de fechar um leque de alianças para a eleição de 2010.

Enquanto o PSDB não define seu candidato à sucessão presidencial, Lula e o PT mostram que têm uma estratégia clara e vêm conquistando espaço com os partidos para garantir palanques fortes para Dilma nos Estados.

É o que revela o deputado José Genoino (SP), ex-presidente do PT, nesta entrevista à repórter Denise Madueño, da Agência Estado. A prioridade é eleger Dilma e, em nome da aliança nacional em torno de sua candidatura, o PT deve ceder nos Estados e apoiar nomes de partidos aliados, conta Genoino.

A segunda meta é para o futuro, em caso de vitória petista. O PT e Lula estão preocupados em eleger um grande número de deputados e de senadores para não correr o risco de ficar sem base de sustentação no Congresso.

A intenção é não repetir o governo Lula, que teve que acertar apoios já durante o exercício do mandato, depois das dificuldades que enfrentou com uma base parlamentar frágil. Genoino afirma ser melhor para o partido abrir mão de eleger governadores para, em troca, garantir o domínio no Congresso. Na entrevista a seguir, o petista traça um mapa das alianças eleitorais com o PMDB nos Estados considerados problemáticos.

Agência Estado - Fechado o pré-compromisso com o PMDB, o que avançou até agora nesses dez dias?

José Genoino - O que avançou é que agora nós temos uma diretriz nacional, e é fundamental a aliança com o PMDB. São dois os motivos: o PMDB participa do governo, tem sido um fator de estabilidade e dará palanques fortes e tempo na televisão para Dilma. O PMDB deve compor a chapa majoritária, e para isso nós temos de avançar nos Estados para termos palanques unificados. A existência de mais de um palanque deve ser exceção e não regra. Nós temos de ter uma aliança com palanques estaduais que vá do bloco de esquerda até o centro, que é o PMDB, passando pelo PR.

AE - A ministra Dilma e a cúpula do PT já conversaram com o PR, com o PDT, com o PMDB. É uma tentativa de fazer uma campanha no estilo "nós contra a oposição", personificada no PSDB, no DEM e no PPS?

Genoino - A campanha deve ser plebiscitária com dois projetos: o liderado por Lula e Dilma e o da aliança demo-tucana. São dois projetos, não tem terceira nem quarta via. Portanto, plebiscitar é o conteúdo da campanha. Esse plebiscito tem de se materializar nos Estados porque a eleição das bancadas de deputados estaduais, deputados federais e de senadores se dá no primeiro turno. Interessa-nos eleger grandes bancadas. Por isso, reafirmo, a prioridade é, primeiro, eleger presidente; em seguida, bancadas fortes e, depois, governadores dentro de uma eleição polarizada nacionalmente.

AE - Por que a preocupação de eleger uma bancada grande de deputados e de senadores é maior do que a de eleger governadores?

Genoino - Em primeiro lugar, pela nossa experiência. Nós temos de ter uma aliança e uma coalizão programática na eleição nacional e manter essa relação com a eleição para o Congresso Nacional. É muito difícil fazer maioria depois da eleição. É melhor construir essa maioria política durante a campanha eleitoral. Então, o importante é, primeiro, eleger bancadas afinadas com o programa da companheira Dilma. A nossa experiência do mandato do presidente Lula mostra a importância de ter uma maioria mais definida na Câmara e no Senado. Nós temos de trabalhar com isso, inclusive mostrar para a população que é importante eleger senadores e deputados.

AE - E a bancada de governadores?

Genoino - No caso de governadores, nós temos de analisar em cada Estado de acordo com quem tem viabilidade e quem pode montar um palanque unificado. O palanque unificado facilita a eleição de deputado e de senador, e nós temos de ter tempo na televisão. Como nós temos um bom governo, precisamos de palanques estaduais e tempo na televisão para falar bem desse governo. Se o PT não tem nome competitivo, deve ceder espaço para os aliados de maneira programática.

AE - A prioridade de eleger grandes bancadas no Congresso já é preventiva ante eventual dificuldade de governar no caso de a ministra Dilma ser eleita?

Genoino - Ter uma boa e grande bancada é importante para garantir a manutenção, com avanços, dos programas do governo Lula. E nós aprendemos e vivemos essa experiência que a governabilidade no Congresso Nacional tem de avançar para uma governabilidade programática. Qual o caminho que nós temos? Fazer alianças em primeiro turno de maneira transparente. Nós temos de ter bancadas mais unidas, tanto na Câmara quanto no Senado, e o PT tem de priorizar isso. Onde o PT tiver chance de eleger senador, é melhor abrir mão de governador.

AE - Para evitar o que aconteceu com o governo Lula, que precisou compor para montar a base?

Genoino - O governo Lula fez uma experiência de governabilidade que viabilizou esse projeto que está mudando o Brasil. Esse caminho que, no fundamental, foi vitorioso, nos indica a necessidade de ter bancadas mais programáticas. Principalmente, porque nós queremos continuar com avanços e nós temos de ter mais unidade no programa que vai eleger deputado e senador.

AE - Se a prioridade é eleger uma grande bancada para dar sustentação ao governo, como será a atuação do PT no caso de o PSDB ganhar a disputa para Presidência da República?

Genoino - Eu quero ganhar a eleição com a Dilma e ter maioria no Congresso Nacional, portanto eu só falo sobre esse cenário.

AE - E se o PT voltar a ser oposição?

Genoino - Eu não discuto essa possibilidade porque estou 100% empenhado em continuar sendo governo e continuar transformando o Brasil.

AE - Como fechar as alianças nos Estados?

Genoino - Para ter palanques estaduais unificados, o PT deve reivindicar a cabeça de chapa onde tiver nome competitivo e onde o PT já está governando. Onde não tiver condições, o PT deve ceder espaço para os partidos aliados, para o PMDB, para o PSB, para o PDT, para o PR. O melhor caminho é fazer essa coalizão no voto, nas urnas e na rua. Nós estamos mostrando nossa candidata, nosso programa e estamos dizendo que vamos eleger a Dilma com essas bancadas de senadores e de deputados porque nós temos de ter maioria no Congresso Nacional.

AE - O deputado Ciro Gomes (PSB-SP), que pretende se candidatar à Presidência, é um problema para a estratégia de campanha plebiscitária?

Genoino - Ciro Gomes é um parceiro, uma pessoa muito importante na defesa do governo Lula e está no nosso projeto. Nós temos de dialogar com o Ciro e com o PSB para ele somar nesse projeto estratégico. O melhor caminho é Ciro formar um grande palanque no Estado de São Paulo, junto com o PT, com o PSB, como PDT, com o PCdoB e com o PR. O PT, abrindo a possibilidade de ter Ciro como candidato ao governo, dará uma grande demonstração de que prioriza a eleição nacional e mostrará que o caminho é eleger uma bancada forte para o Congresso. Defendo uma aliança ampla com Ciro na cabeça de chapa e com Chalita (ex-tucano, o vereador Gabriel Chalita é do PSB) e Mercadante para o Senado.

AE - Como convencer os petistas paulistas a abrirem mão de um candidato próprio ao governo?

Genoino - No debate. Mostrando que o decisivo e o determinante é a aliança nacional. O que contribuir para a aliança nacional o PT dos Estados tem de ceder. Onde o PT não tem viabilidade política eleitoral, nós temos de ceder para os aliados. Em São Paulo, por exemplo, a pré-candidatura de Ciro Gomes conforma um bloco de partidos. O PT pode ter um nome próprio, desde que seja cumprida a condição de esse nome reunir a aliança com os demais partidos, PSB, PCdoB e PDT. O PT sair sozinho em São Paulo é ruim para o projeto nacional de eleger a Dilma.

AE - E no Rio de Janeiro? (A cúpula petista apoia a reeleição de Sérgio Cabral, do PMDB, aliança considerada fundamental para o acordo nacional, mas o prefeito de Nova Iguaçu, o petista Lindberg Farias, se lançou na disputa pelo cargo do peemedebista).

Genoino - Nós temos uma aliança de governo com Sérgio Cabral. Se nós participamos do governo, temos de ajudar a reeleição de Sérgio Cabral, compondo a chapa majoritária com candidatos ao Senado. Se Garotinho (ex-governador do Rio Anthony Garotinho, que está no PR) for candidato a governador, nós não podemos hostilizá-lo nem criticá-lo na medida em que ele é de um partido da base e vai apoiar Dilma. Garotinho não pode se transformar em um adversário nosso. Ele terá autonomia para apoiar a Dilma, e é bom que isso aconteça. Agora, o PT ter candidato próprio no Rio de Janeiro é um grande equívoco. Nós temos um triângulo político do colégio eleitoral: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas. Nós não podemos errar nestes Estados.

AE - O que fazer em Minas Gerais? (São pré-candidatos os ministros das Comunicações, o peemedebista Hélio Costa, e do Desenvolvimento Social, o petista Patrus Ananias, e o petista e ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel).

Genoino - Em Minas, o PT passa por uma disputa interna (Processo de Eleição Direta que vai escolher a nova direção do partido em 22 de novembro) e precisamos esperar o seu resultado. Com o peso de Minas e com a responsabilidade dos protagonistas envolvidos nesta disputa, nós temos de apelar para que haja bom senso e juízo. Os tucanos são fortes em Minas, com Aécio Neves (governador do Estado), e em São Paulo, com José Serra (governador do Estado), e nós não podemos errar. Portanto, a precondição é concretizar a aliança com o PMDB e nós temos de avaliar quem estará na cabeça de chapa.

AE - Qual é o critério para a escolha do candidato em Minas, estar na frente das pesquisas de intenção de voto?

Genoino - O critério é estar na frente da pesquisa. Segundo critério, quem tem melhores condições de ganhar. Terceiro critério, quem soma mais apoio político, aliança e voto para a candidatura nacional. Toda a análise está amarrada na prioridade da eleição nacional com a companheira Dilma, que é o projeto estratégico nosso. Esse projeto estratégico orienta, decide e induz as alianças estaduais.

AE - E na Bahia? (O ministro da Integração Nacional, peemedebista Geddel Vieira Lima, vai disputar com o governador petista Jaques Wagner, que busca reeleição).

Genoino - Na Bahia, se forem dois palanques, nós temos de ter uma relação respeitosa. Onde tiver dois palanques apoiando a Dilma, ela e Lula terão de estar nesses dois palanques.

AE - Pará? (O PMDB do deputado Jader Barbalho está de olho no cargo da governadora petista Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição).

Genoino - No Pará, nos somos governo. O PT tem candidatura e temos de viabilizar a reeleição de Ana Júlia. Para isso, temos de negociar a composição da chapa majoritária, para o Senado. Tanto na Bahia quanto no Pará, nós temos candidatos competitivos.

AE - E em Mato Grosso do Sul? (O governador peemedebista André Puccinelli quer a reeleição, mas o petista e ex-governador Zeca do PT quer concorrer).

Genoino - O PT tem de fazer uma discussão nacional com o PT de Mato Grosso do Sul e buscar uma negociação com o PMDB. O PT não deve ficar sozinho na disputa nesse Estado. Se o PT quer reeleger um governador em Estado que está governando e quer o apoio do PMDB, o mesmo deve acontecer no inverso. O PMDB em Mato Grosso do Sul tem governador e está nos chamando para apoiá-lo, como chamamos os peemedebistas do Pará e da Bahia. O PT tem de ser mais flexível e fazer uma aliança com (André) Puccinelli.

AE - Ceder nesse caso?

Genoino - É. Qual o critério que estou defendendo? O partido tem governador, é um nome competitivo e apoia Dilma? O raciocínio serve em todos os Estados. É uma boa aliança para o PT apoiar Puccinelli e priorizar a composição para o Senado.

AE - Em quais Estados o PT já considera inviável o acordo com o PMDB?

Genoino - São Paulo, Acre, Rio Grande do Sul, que já têm definições em curso. Agora, em outros Estados com problemas, devemos criar o consenso processual. Unir o possível e deixar algumas questões para depois. Vamos construindo o acordo.

AE - Um eventual governo de Dilma será mais petista do que o de Lula, que tem o perfil mais conciliador?

Genoino - O Lula é petista, e o PT é lulista. Essa tentativa de tratar o Lula separado ou diferente do PT é de marqueteiro que não conhece a história do PT nesses quase 30 anos. São cinco elementos que constroem essa maioria: Lula, PT, movimento social, governo e alianças. Isso nos dá condição de construir maioria. O PT é um elemento central para a campanha da Dilma, porque as alianças serão costuradas pelo PT no plano nacional e em cada Estado. O PT será uma força central na governabilidade do próximo período. Por isso, temos de definir alianças para a Câmara e para o Senado.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-vai-priorizar-presidencia-e-congresso-em-2010-diz-genoino,459096,0.htm

Chávez lamenta que Lula tenha de sair e defende 3ª mandato

No entanto, presidente venezuelano disse ter certeza de que a ministra Dilma Rousseff será eleita em 2010

Denise Chrispim Marin, enviada especial de O Estado de S.Paulo


EL TIGRE - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou lamentar o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter que deixar o governo do Brasil em janeiro de 2011 e defendeu a candidatura dele a um terceiro mandato. Declarou, no entanto, ter certeza de que, em 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) será eleita sucessora de Lula.
"Eu lamento que Lula saia do governo. Por que ele tem de sair? Se um presidente governa bem e tem 80% (de aprovação popular), por que ele tem de sair?", perguntou Chávez, em entrevista a jornalistas brasileiros enquanto esperava o desembarque de Lula em um pista de pouso desta cidade venezuelana.

Chávez acrescentou que não entende por que a presidente do Chile, Michele Bachelet, também terá que deixar o cargo no próximo ano se conta com índice de aprovação de 60%. "Só deixo a pergunta no ar."

Ao afirmar que tem "certeza" de que Dilma será eleita para suceder a Lula para sucedê-lo no cargo 2010. Afirmou que Dilma "tem peso, é uma grande mulher e tem a cabeça bem ordenada."

"Ela será a próxima presidente do Brasil. Podem escrever", afirmou. A uma pergunta sobre qual será sua reação se a vitória for de um candidato opositor, o presidente venezuelano apelou para o princípio da não-interferência em assuntos de outros países: "Não me meto em questões internas. Vocês são soberanos e podem fazer o que queiram. Eu não me meto", declarou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,chavez-lamenta-que-lula-tenha-de-sair-e-defende-3-mandato,459019,0.htm

Hugo Chávez diz ter certeza de que Dilma será eleita em 2010

Entretanto, presidente da Venezuela lamentou que Lula tenha de deixar o cargo e defendeu terceiro mandato
 
 Denise Chrispim Marin, enviada especial de O Estado de S.Paulo - 30/10/2009
 
 EL TIGRE - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou lamentar o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter que deixar o governo do Brasil em janeiro de 2011 e defendeu a candidatura dele a um terceiro mandato. Declarou, no entanto, ter certeza de que, em 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) será eleita sucessora de Lula.

"Eu lamento que Lula saia do governo. Por que ele tem de sair? Se um presidente governa bem e tem 80% (de aprovação popular), por que ele tem de sair?", perguntou Chávez, em entrevista a jornalistas brasileiros enquanto esperava o desembarque de Lula em um pista de pouso desta cidade venezuelana.

Chávez acrescentou que não entende por que a presidente do Chile, Michele Bachelet, também terá que deixar o cargo no próximo ano se conta com índice de aprovação de 60%. "Só deixo a pergunta no ar."


Ao afirmar que tem "certeza" de que Dilma será eleita para suceder a Lula para sucedê-lo no cargo 2010. Afirmou que Dilma "tem peso, é uma grande mulher e tem a cabeça bem ordenada."

"Ela será a próxima presidente do Brasil. Podem escrever", afirmou. A uma pergunta sobre qual será sua reação se a vitória for de um candidato opositor, o presidente venezuelano apelou para o princípio da não-interferência em assuntos de outros países: "Não me meto em questões internas. Vocês são soberanos e podem fazer o que queiram. Eu não me meto", declarou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,hugo-chavez-diz-ter-certeza-de-que-dilma-sera-eleita-em-2010,459019,0.htm

Dirceu recomenda que PT busque apoio do PMDB no Paraná para isolar grupo pró-Serra

da Folha Online - 30/10/2009

Em seu blog, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) afirma que o PT deve entrar em campo e fechar uma aliança com o PMDB do governador Roberto Requião no Paraná. o PT e o PMDB já fecharam um pré-acordo de apoio à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência.

No entanto, o pré-acordo enfrenta resistências em alguns Estados --caso de São Paulo, Pernambuco e Santa Catarina. Nesses Estados, lideranças do PMDB --Orestes Quércia (SP), Jarbas Vanconcelos (PE) e Luiz Henrique (SC)-- defendem o apoio à pré-candidatura do governador José Serra (PSDB).

Na avaliação de Dirceu, o PMDB pró-Serra não está tão fechado com o tucano. "O único lugar onde o PMDB está firme com a candidatura presidencial do governador paulista José Serra (PSDB) é Pernambuco, já que lá domina o caciquismo jarbista. Assim, tanto o ex-governador paulista Orestes Quércia, quanto o governador Luiz Henrique (SC), ainda têm que resolver problemas em seus próprios Estados", diz ele no blog.

Dirceu afirma que "cabe ao PT e à nossa pré-candidata entrar em campo e disputar os apoios estaduais que dependem, também, das alianças e palanques com o PMDB". "A começar pelo Paraná, onde estamos pagando pelas declarações precipitadas pró-senador Osmar dias (PDT-PR) de dirigentes e parlamentares, sem levar em consideração a liderança de Requião."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u645577.shtml

Lula ataca imprensa e diz que povo recusa intermediários

Agência Estado - 30/10/2009

Num sinal de que está com o discurso afiado para reforçar os palanques na eleição de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro ontem que não terá dificuldades em resgatar algumas falas típicas dos tempos de líder sindical. Ele aproveitou uma plateia de catadores de lixo reciclável para ensaiar ataques à imprensa, à elite e até alfinetadas no empresariado.
 
"Esse povo não quer mais intermediários. Esse povo tem pensamento próprio, esse povo anda pelas suas pernas, trabalha pelos seus braços, enxerga pelos seus olhos e fala pela sua boca."

Referindo-se aos jornalistas presentes como "companheiros", ele orientou que esquecessem "a pauta do editor" e ouvissem o que os catadores tinham a dizer. "Aí vocês vão entender por que a figura do chamado formador de opinião pública, que antes decidia as coisas neste país, já hoje não decide mais."

Lula abriu seu discurso com um texto preparado por assessores, com base em depoimentos de catadores. Num primeiro momento, seguiu o protocolo e fez apenas algumas brincadeiras. Mas não tardou a abandonar os papéis e partir para cima da elite. "Vocês estão ensinando a essa gente pedante, a essa gente arrogante, que o ser humano não pode ser discriminado pela sua profissão", disse. A tal "gente", descreveu, integra a parcela da sociedade que "não tinha vergonha de passar de carro e jogar um lixo qualquer", tratando catadores como cidadãos "de segunda categoria". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/30/lula+ataca+imprensa+e+diz+que+povo+recusa+intermediarios+8977949.html

PP retarda apoio a Dilma Rousseff

Tales Faria, iG Brasília - 30/10/2009

BRASÍLIA - O Partido Progressista (PP) é uma das legendas que apóiam o governo Lula no Congresso, mas não anda muito feliz. Seu presidente, Francisco Dornelles (RJ), tem reclamado do tratamento dado por Lula aos Estados produtores de petróleo, como o Rio de Janeiro, na partilha dos royalties do pré-sal. 
 
O encontro com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na noite de anteontem, foi considerado, pela cúpula da campanha da ministra à Presidência da República, como a recepção mais fria que ela recebeu das legendas aliadas ao governo.

Em entrevista ao Portal IG, Dornelles avisa que o partido não decidirá tão cedo se apóia ou não Dilma, e que o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, vem ganhando espaço.

iG - O senhor é primo do Aécio e muito amigo do governador de São Paulo, José Serra, com quem se entendeu muito bem quando ambos eram ministros de Fernando Henrique Cardoso. O PP vai apoiá-los? 
Francisco Dornelles - Não se faz política por parentesco ou amizades. Partidos não têm parentes, têm aliados e adversários. O Serra nunca chamou o PP para conversar. Nem em São Paulo. Eu e ele, por exemplo, somos amigos, mas não nos falamos desde o governo FHC. Já o Aécio é diferente, convidou o PP a visitá-lo em Minas Gerais, teve um excelente encontro com o partido. Hoje, se formos fazer um levantamento, pode-se dizer que o Aécio já teria o apoio de uns oito diretórios, enquanto o Serra teria um só. Mas a ministra Dilma não está mal, tem uns 18 diretórios estaduais simpáticos à sua candidatura.

iG - O PMDB já está quase definido no apoio à Dilma. E o PP?
Francisco Dornelles - Olha, nós não temos pressa. Acho que esse negócio do PMDB foi bom para eles, mas não ajuda na conversa da ministra com os outros partidos. Afinal, ela já chega com a chapa fechada, com o Michel Temer (PMDB-SP) como o vice. Temos ainda muitos problemas nos Estados entre o PP e o PT que não estão sendo cuidados.

iG - Daí a fria recepção à ministra...
Francisco Dornelles - Não achei fria. Você achou? Ela causou a melhor das impressões dentro do partido. Foi muito simpática. Apenas abrimos o tempo para a candidata Dilma falar. A turma foi para ouvir, não para ficar naquela conversa paroquial, com cada parlamentar fazendo pedidos localizados à ministra. Só isso.

iG - E o senhor tem reclamado muito do presidente Lula na questão dos royalties...
Francisco Dornelles - Ora, o presidente combinou com o governador do meu Estado, o Sergio Cabral, que não iria tratar disso agora, e que o Rio não seria prejudicado. Mas o relator do projeto cortou em muito a parte que caberá ao Rio e disse que isso foi acertado com o presidente Lula. Estranho, não? Daí eu sustentar que esta foi a maior agressão jamais feita pelo governo federal contra o Estado do Rio. Como parlamentar do Rio,  não posso ficar calado.


http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/30/pp+retarda+apoio+a+dilma+rousseff+8979951.html

Palocci garante que Ciro teria em São Paulo 'todo companheirismo que merece'

O GLOBO - Adauri Antunes Barbosa

SÃO PAULO - Nome mais forte do PT para concorrer ao governo de São Paulo no ano que vem, o deputado Antonio Palocci (PT-SP) manifestou apoio nesta sexta-feira em São Paulo ao também deputado Ciro Gomes (PSB-CE) em uma eventual candidatura para governador do estado. De acordo com Palocci, Ciro terá dos petistas paulistas "todo companheirismo que merece".

- O Ciro é um grande companheiro nosso. Se por alguma decisão diferente ele decidir desenvolver atividade aqui em São Paulo, vai ter em nós todo companheirismo que ele merece. Agora, esse assunto de candidatura está muito cedo - disse o deputado paulista.

Insistindo de que ainda é muito cedo para se falar em definição de candidatura, Palocci brincou com o assunto que havia debatido pela manhã, o pré-sal, observando que as eleições de 2010 também é um tema "pré".

- É muito pré. No caso, não sal...

Antonio Palocci participou do debate "Pré-sal e desenvolvimento sustentável" promovido pelo Instituto Ethos, ao lado do físico nuclear José Goldenberg, da Universidade de São Paulo (USP) e o economista Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais da França.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/10/30/palocci-garante-que-ciro-teria-em-sao-paulo-todo-companheirismo-que-merece-914434987.asp

Orestes Quércia reúne prefeitos do PMDB em apoio a José Serra

Lideranças tentam organizar um levante contra o acordo fechado neste mês entre o PMDB nacional e o PT
 
Agência Estado - 30/10/2009

SÃO PAULO - O PMDB paulista se reuniu em peso na última quinta-feira com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), para declarar oficialmente apoio ao tucano em uma eventual candidatura à Presidência em 2010. Liderados pelo presidente estadual do PMDB, ex-governador Orestes Quércia, 62 dos 65 prefeitos da legenda no Estado apareceram na sede do governo paulista. A bancada de deputados estaduais peemedebistas também engrossou o coro da aliança.

O encontro ocorreu no momento em que lideranças do partido tentam organizar um levante contra o acordo fechado neste mês entre o PMDB nacional e o PT para apoiar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ao Palácio do Planalto. O presidente da sigla, deputado Michel Temer (SP), pleiteia a vaga de vice.

"Houve uma precipitação daqueles que anunciaram essa união e começa a haver reações. Essa aliança de um grupo do PMDB com Dilma não foi baseada em nenhuma discussão. É uma aliança pragmática demais, em torno de cargos", reagiu Quércia. A aliança do PMDB paulista com Serra foi costurada ainda no ano passado. Em troca, Quércia quer ter garantida uma vaga para disputar o Senado.

O peemedebista não escondeu o objetivo da reunião. "É uma demonstração da aliança do PMDB com o Serra, o PSDB e o DEM em São Paulo, cujo objetivo maior é a candidatura do Serra à Presidência da República. Claro que não se tratou isso dessa forma, foi uma reunião administrativa, mas evidente que tem aspectos políticos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,orestes-quercia-reune-prefeitos-do-pmdb-em-apoio-a-jose-serra,458913,0.htm

PMDB lança novo portal na internet, com destaque para o uso de ferramentas interativas

Diário de Pernambuco
 
Correio Braziliense - 30/10/2009 09:45
 
Na mesma trilha aberta pelo PSDB e pelo PT, de olho nas eleições de 2010, o PMDB lança no sábado (31/10) um novo portal na internet, com destaque para o uso de ferramentas interativas para ampliar a discussão sobre o "projeto de poder do partido". A legenda deve substituir o atual site institucional (www.pmdb.org.br), que divulga a atuação de seus parlamentares, por uma "comunidade", com o uso de recursos da web 2.0, como o Twitter, o Facebook e o Orkut.

O deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS), que comanda a reformulação da página do partido, acredita que as novas ferramentas interativas podem promover a integração dos militantes da legenda e até atrair novos simpatizantes. "As questões do dia a dia do PMDB são debatidas sem um processo de interação maior. O partido não pode ser fechado. Nós queremos ouvir a sociedade como um todo, para afinar nosso discurso", afirmou.

Enquanto não começa oficialmente a campanha eleitoral e os nomes dos candidatos à presidência e aos governos estaduais não são lançados, os principais partidos do país apostam na internet para fortalecer as siglas e divulgar seus projetos políticos. O PMDB é uma das últimas grandes legendas a formalizar a entrada na web 2.0. Esta semana, o PT anunciou que está investindo R$ 600 mil na criação de um novo site, que será lançado no dia 5 de novembro. Já o PV, que se prepara para lançar a senadora Marina Silva (AC) à Presidência, já tem recursos interativos em seu site e deve lançar uma nova versão da página até o fim do ano.

O portal do PSDB (www.tucano.org.br), criado em agosto, também aposta na interatividade e já caminha para a batalha das eleições do ano que vem. A página inicial traz notícias e opiniões sobre política, com destaque para artigos que criticam a "antecipação de campanha" do PT e o "vale-tudo eleitoral" da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O site foi criado pelo diretório regional do partido em São Paulo, com a expectativa de ser transformado em uma rede nacional.

Apesar de a disputa eleitoral deixar os partidos em campos opostos, o modelo seguido na internet é praticamente o mesmo para todos. PT, PSDB, PMDB e PV, por exemplo, apostam nas mesmas ferramentas de interação - como as comunidades virtuais e o Twitter - e no lançamento de rádios e TVs virtuais para exibir vídeos e transmitir os eventos dos partidos.

Retorno
Para o cientista político Humberto Dantas, conselheiro do "Movimento Voto Consciente", o uso de recursos semelhantes entre os partidos e candidatos pode fazer com que a web não tenha o efeito previsto nas eleições do ano que vem. "Alguns analistas acreditam que a internet não vai resolver a eleição, principalmente por falta de penetração no Brasil e porque muitos políticos terão recursos muito parecidos", disse. "Apesar disso, os partidos não podem evitar essa discussão. Os candidatos não poderão deixar de usar essas ferramentas". Dantas também não acredita que o Twitter, que se tornou febre entre os políticos este ano, terá um impacto significativo na campanha do ano que vem. Ele destaca o caso do governador de São Paulo, José Serra, que é seguido por 120 mil usuários e é considerado um exemplo no uso do serviço. "Ele quer se firmar como um ser humano, como todos os outros".

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/30/politica,i=151680/PMDB+LANCA+NOVO+PORTAL+NA+INTERNET+COM+DESTAQUE+PARA+O+USO+DE+FERRAMENTAS+INTERATIVAS.shtml

Ciro Gomes diz que Aécio Neves pode mudar jogo política na disputa pela Presidência em 2010

Diego Moraes
Patrícia Aranha
 
Correio Braziliense - 30/10/2009 09:35 

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP) disse nessta quinta-feira (29/10) que se o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, for o candidato do PSDB à Presidência da República, haverá uma alteração significativa no jogo político de 2010. "Se o Aécio entrar muda tudo. Vocês vão ter muito assunto", disse o parlamentar aos jornalistas, pouco antes de iniciar uma palestra no Teatro Dulcina, no Setor de Diversões Sul de Brasília.

Apesar disso, o deputado não quis dizer se poderia desistir de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto caso Aécio se torne cabeça de chapa dos tucanos. No mesmo evento, Ciro não perdeu a chance de criticar o governador de São Paulo, José Serra, alternativa do PSDB ao governador mineiro. Para o deputado, o paulista representa uma "volta ao passado", já que competiu em 2002 para ser o sucessor de Fernando Henrique Cardoso.

Pelo telefone
Aécio Neves mostrou ontem estar disposto a manter a pressão pela definição ainda este ano da candidatura própria à Presidência da República. Mesmo depois de conversar por uma hora com o governador José Serra, durante a madrugada de ontem, o impasse continua. Serra quer estender a situação até o fim de março, prazo dado pela legislação eleitoral para desincompatibilização de quem pretende se candidatar. Aécio avisou que também vai bater o pé, repetindo o ultimato já dado aos tucanos, na semana passada, e a partidos aliados, como o DEM, esta semana. Se até dezembro o PSDB não resolver, sairá candidato ao Senado.

"Se o caminho da presidência não for entendido pelo partido como o mais adequado para mim, serei solidário, mas estarei em Minas, como candidato ao Senado". Em resposta ao governador paulista, que na quarta-feira disse ter "nervos de aço" para a política, Aécio garantiu que se mantém tranqüilo. "Nem preciso dizer como estão meus nervos, por que sempre estiveram extremamente serenos nesse processo", ironizou.

Aécio deixou bem claro que só será candidato a presidente se tiver tempo parafazer campanha e ampliar a aliança, incluindo partidos que hoje fazem parte da base aliada do governo Lula, como PDT, PV, PP, PR e até o PMDB, legendas com quem conversou nas últimas semanas. Aécio afirmou não ter intenção de convencer Serra. "Ele tem o timing dele e eu respeito". Mas avisou, em relação a dezembro: "O meu timing é esse".

Nos bastidores, aliados do governador têm dito que a mudança de posição de Aécio, que tornou pública a pressão para antecipação da definição do candidato do PSDB, foi motivada pela constatação de que o governador José Serra estaria inclinado a desistir da candidatura, temendo derrota para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O governador paulista tenderia a tentar a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/30/politica,i=151678/CIRO+GOMES+DIZ+QUE+AECIO+NEVES+PODE+MUDAR+JOGO+POLITICA+NA+DISPUTA+PELA+PRESIDENCIA+EM+2010.shtml

Mônica Bergamo: Mangabeira articulou para atrapalhar aliança do PMDB com Dilma

da Folha  Online -  30/10/2009

Mangabeira Unger ainda era ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando começou a articular com o PMDB para atrapalhar a aliança do partido com Dilma Rousseff, candidata petista à Presidência, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Segundo a coluna, entre outras coisas, ele se reuniu discretamente com Orestes Quércia (PMDB-SP), que apoia José Serra (PSDB-SP), para apresentar uma "proposta de desenvolvimento do país".

Quércia foi taxativo na resposta. "Podemos avaliar isso, mas não estou dizendo aqui que te apoio como candidato à Presidência pelo PMDB." Mangabeira, que antes de aderir ao governo Lula o qualificou como "o mais corrupto da história", mudando depois de opinião, jurou que não é candidato.
Leia a coluna completa na Folha desta sexta-feira, que já está nas bancas.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u645476.shtml

Aécio conversa com Serra, mantém cobrança por decisão e descarta ser vice

da Folha - 30/10/2009

Numa conversa na noite de quarta-feira, os governadores de Minas, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, voltaram a divergir sobre os prazos do processo de escolha do candidato do PSDB à sucessão presidencial, informa reportagem de Breno Costa e Catia Seabra, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, Aécio manteve a cobrança por uma decisão até o fim do ano e descartou a possibilidade de ser vice de Serra. Ele telefonou para Serra sob pretexto de discutir a produção do programa do partido, que vai ao ar no mês que vem.

Interlocutores do mineiro informaram que Aécio aproveitou para deixar claro que não tem a menor disposição de ser vice --cenário visto como ideal por aliados do governador de São Paulo. Em resposta, Serra teria alegado nunca ter defendido, publicamente, essa possibilidade.

A Folha informa que Aécio manteve a intenção de lançar sua candidatura ao Senado em dezembro, caso não haja definição pública de Serra e do PSDB dentro dos próximos dois meses. Já Serra manteve sua disposição de esticar a corda até março.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u645442.shtml

Propaganda eleitoral rende multa de R$ 21 mil

Ana Maria Campos
Lilian Tahan
 
Correio Braziliense - 30/10/2009 08:00 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) condenou o primeiro político com mandato por propaganda antecipada para as eleições de 2010. Por quatro votos a três, os magistrados aplicaram multa de R$ 21.282 (equivalente a 20 mil unidades de referência fiscal, a Ufir) ao distrital Rogério Ulysses (PSB) por infringir a lei eleitoral, que proíbe a divulgação do político com fins eleitorais antes do prazo de 6 de julho de 2010(1).

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral, o deputado Rogério Ulysses mantém fotos em carros e peças publicitárias na BR-463, rodovia próxima a São Sebastião, base eleitoral do parlamentar, que pretende disputar a reeleição no ano que vem. O processo foi relatado pelo vice-presidente e corregedor do TRE-DF, João Mariosi. O desembargador considerou a atitude de Rogério um caso típico de propaganda antecipada, quando o político se apresenta como candidato antes do período previsto pela legislação eleitoral.

Casos semelhantes ao do deputado Rogério, no entanto, tiveram um entendimento diferente por parte do TRE. Batista das Cooperativas também responde a duas ações por propaganda antecipada, mas recentemente foi absolvido nos dois processos pelo tribunal. Os desembargadores decidiram por maioria que ao divulgar seu nome em faixas, cartazes, adesivos, muros e até outdoors, o deputado não pediu votos explicitamente. O Ministério Público Eleitoral entrou com recurso na tentativa de reverter a decisão do tribunal.

Plenário
Para o procurador regional eleitoral, Renato Brill, o resultado diferente para ações praticamente iguais se deve à composição do plenário no dia da votação das ações. Um dos desembargadores que votou pela absolvição de Batista das Cooperativas, o juiz Evandro Pertence, não estava presente durante a análise do caso de Ulysses e foi substituído por um colega que interpretou haver propaganda antecipada na atitude do distrital. “A mudança da composição no TRE foi fundamental para o resultado. A condenação demonstra um amadurecimento do tribunal”, opinou Brill. Ele é autor de 13 representações no TRE por propaganda antecipada.

Além da recente condenação de Rogério Ulysses, das ações protocoladas na Justiça desde o início do ano, apenas mais uma, a que acusou o pré-candidato Dedé Roriz de propaganda antecipada, resultou em condenação para o alvo do processo. Pela internet, o provável concorrente à Câmara Legislativa divulgava sua intenção para 2010. Ele diz, no entanto, que as declarações online são antigas e se referem à campanha passada, mas recebeu uma multa de R$ 21,2 mil. A reportagem tentou contato com o deputado Rogério Ulysses ontem, mas não o localizou.

1- Restrição
A data faz parte do calendário eleitoral e refere-se ao período de 90 dias antes da votação, que ocorrerá em 3 de outubro de 2010.


» O que diz a lei

O artigo 36 da Lei Eleitoral estabelece que “a propaganda eleitoral somente é permitida após 5 de julho do ano da eleição”. A violação do artigo sujeita o responsável pela divulgação da propaganda e o beneficiário a uma multa que pode chegar a R$ 25 mil. Em geral, os excessos são apontados em representações feitas pelo Ministério Público. Mas não é só o MP que tem a prerrogativa de vigiar os pré-candidatos em época de eleição. A legislação eleitoral também diz, em seu artigo 96, que os próprios partidos têm legitimidade para apontar os exageros uns dos outros. As legendas, as coligações e até os próprios concorrentes — depois do registro de candidatura previsto no calendário eleitoral — podem ser autores de representações no Tribunal Regional Eleitoral. O objeto dos processos pode ir desde denúncia por propaganda antecipada a abuso de poder econômico.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/30/cidades,i=151643/PROPAGANDA+ELEITORAL+RENDE+MULTA+DE+R+21+MIL.shtml

Serra não quer briga com Lula

Folha - 30/10/2009

No PSDB, há pouquísisma dúvida em relação à candidatura presidencial de José Serra, governador de São Paulo. Ele está condenado a ser candidato. O governador sabe disso. E tem mais: deseja muito ser candidato. Pretende agarrar essa oportunidade com todas as suas forças.

Tende a zero a probabilidade de Serra desistir devido ao fortalecimento político-partidário da virtual candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Dilma deverá ter o apoio do PMDB e de uma penca de partidos da base de apoio ao governo Lula, o que garantirá o maior tempo de TV e rádio no horário eleitoral gratuito, fase decisiva da disputa presidecial.

Essa história de que Serra poderá amarelar e concorrer a uma tranquila reeleição ao governo de São Paulo tem um objetivo. Ajudar o governador a comprar tempo. E ele está taticamente certo. Serra vende uma indecisão que não corresponde aos acertos políticos já feitos nos bastidores com o seu próprio partido e os aliados DEM e PPS.

Assumir a candidatura agora significaria entrar na linha de tiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes da hora. Significaria polarizar com um presidente de alta popularidade e não com a candidata que o tucano enfrentará nas urnas.

Registro: Dilma nunca levou a sério a possibilidade de sair do cargo antes do prazo final desincompatibilização. Ou seja, ela tende a fazer como Lula em 2006. Todo mundo sabia que o petista era candidato, mas ele retardou o anúncio público o quanto pôde. Pelo prazo legal, a ministra terá até o início de abril para deixar o governo. Nesse período, continuará a negar o óbvio.

Como Serra deseja enfrentar Dilma, também vai esticar a corda o máximo que puder. O tucano acerta na estratégia de esperar para polarizar com a candidata e não com o presidente. Acredita que essa comparação direta lhe será vantajosa. O complicado será fazer toda uma campanha sem comprar briga com Lula. Até porque Lula está louco para comprar briga com Serra. E, em certa etapa da campanha, será difícil estapear a candidata sem bater duro no governo.

Alvo indireto
 
Serra tem sofrido bombardeio do presidente do DEM, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ). O tucano leva os tiros, mas o alvo é o prefeito de São Paulo, o também democrata Gilberto Kassab. Maia não está gostando nada da forma como Kassab conduz a participação do DEM no projeto presidencial serrista. Sente-se no direito de ter um lugar à mesa.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/kennedyalencar/ult511u645185.shtml

Marqueteiros querem Serra e Aécio juntos na TV

AE - Agencia Estado - 30/10/2009

SÃO PAULO - No momento em que o PSDB diverge internamente a respeito da data de lançamento da candidatura tucana ao Palácio do Planalto, marqueteiros dos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) traçaram uma estratégia comum para neutralizar a imagem de desavença e vender a ideia de união entre os dois presidenciáveis. A ideia é que os dois apareçam unidos nos dez minutos de programa, com um discurso propositivo e sem ataques diretos à candidata do governo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
 
Luiz Gonzalez, ligado a Serra, e Paulo Vasconcelos, responsável por campanhas de Aécio, reuniram-se na quarta-feira pela primeira vez em São Paulo. Juntos começaram a esboçar o roteiro do programa nacional do PSDB que vai ao ar no dia 3 de dezembro. O ápice do programa seria uma cena rápida, de cerca de um minuto, em que Serra e Aécio apareceriam juntos.

A proposta depende ainda do aval dos governadores, que levarão em consideração a leitura política que será feita da imagem. Aécio é pressionado por parte do PSDB para ser vice numa chapa encabeçada por Serra. O governador mineiro, porém, quer concorrer à Presidência e, com a ajuda de aliados, como o DEM, pressiona o partido para que antecipe o processo e defina o candidato até janeiro de 2010 - assim, teria mais tempo para tornar o seu nome competitivo. Serra resiste, alegando que é sensato estabelecer março como prazo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

29 de out. de 2009

Ciro diz que se considera pré-candidato a presidente mais vulnerável

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília - 29/10/2009

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse nesta quinta-feira que se considera o pré-candidato mais "vulnerável" na disputa ao Palácio do Planalto porque não tem a máquina pública para dar sustentação para sua campanha. Ciro, no entanto, saiu em defesa das viagens da pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ciro afirmou que a oposição não tem argumento para chamar de campanha antecipada as viagens da ministra porque os presidenciáveis tucanos, os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais), também podem aproveitar eventos públicos para ampliar a visibilidade.

"Os candidatos citados da oposição são governadores de Estado. O Serra, com aquela simpatia que lhe parece peculiar, permanece permanentemente não só em São Paulo inaugurando obras, mas em Natal, em Goiânia. Por que não se faz o mínimo de coerência nessa questão? Essa semana ele [Serra] estava lançando o cartão não sei das quantas dizendo que era legítimo que os governantes sejam reconhecidos por suas realizações. Claro que o mais vulnerável [na disputa] sou eu porque não tenho estrutura nem do governo federal nem do governo de Estado sustentando minha caminhada", afirmou.

Segundo Ciro, não há impedimentos legais para a ministra participar de eventos públicos. "[As críticas da oposição] Isso não tem pertinência nem a mínima coerência. A ministra Dilma está acompanhando o presidente Lula em supervisão de obras na posição que ela se encontra de ministra chefe da Casa Civil. Não há restrição legal nem ética ao exercício da presença da ministra ao lado do presidente Lula", disse.

Ciro afirmou que essas acusações da oposição são provocadas por uma falta de discurso e de programa para o país. "Essa crítica parte de uma certa oposição que anda perdida não tem o que dizer, o que falar, não eleitoralmente que infelizmente ainda parece que vai ganhar, mais perdida porque não sabe o que dizer", afirmou.

Apesar de defender a concorrente governista, Ciro disse que sua campanha terá diferenças estruturais em relação à da ministra. "A diferença é da identidade política, das companhias, das ideias, das experiências que cada um tem para apresentar como biografia que justifique, que qualifique sua disputa", disse.

Ciro voltou a criticar a pré-aliança entre PT e PMDB para as eleições de 2010. "O PMDB é tão bom e tão ruim quanto qualquer outro partido. O problema é o tipo de doutrina e de hegemonia moral que preside essa relação. E na minha opinião a relação que o PT tem hoje com o PMDB é uma hegemonia moral frouxa e uma doutrina sem perspectiva. Qual o projeto? Estão se reunindo pra fazer o que?", questionou.

Para o deputado, as alianças só deveriam ser fechadas no próximo ano, depois da elaboração dos programas de governo. "Vamos esperar o tempo passar. Eu acho com a experiência que eu tenho que é muito cedo [para fechar alianças]. O passo para aliança partidária deveria ser feito mais na frente porque o cimento que vou estabelecer com possíveis aliados será um programa de governo, uma doutrina para o futuro do país", disse.

Para o deputado, a aproximação de Dilma com outros partidos da base aliada para forma uma ampla aliança não enfraquece sua campanha. Ciro disse que continua defendendo duas candidaturas da base aliada e que acha a proposta do PT de fazer uma campanha plebiscitária, entre governo e oposição.

"A nossa tática é explícita e foi conversada com os companheiros do PT e com o presidente Lula. A nossa ideia é ver como o tempo amadurece nossa percepção do futuro. A primeira impressão que os companheiros do PT têm que o Brasil deveria ter uma espécie de plebiscito com duas candidaturas apenas nós entendemos que isso e um erro de avaliação e acertamos que cada um vai trabalhar a seu estilo e cumprindo sua estratégia fundamental para discutir um projeto nacional de desenvolvimento", afirmou Ciro, que hoje ministrou palestra a militantes do PSB em Brasília sobre o Brasil após o governo Lula.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u645336.shtml

Ciro diz que escolha de Aécio como candidato muda cenário eleitoral

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília - 29/10/2009

Pré-candidato do PSB à sucessão presidencial, o deputado Ciro Gomes (CE) afirmou nesta quinta-feira que se o governador Aécio Neves (Minas Gerais) for escolhido o nome do PSDB para a disputa o Palácio do Planalto, muda todo o cenário eleitoral.

Ciro disse que Aécio, ao contrário do outro presidenciável tucano, o governador José Serra (São Paulo), não faz parte da "turma" do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e não representa o compromisso com o passado neoliberal que trouxe malefícios ao país, como a explosão do desemprego.

"[Se Aécio entrar] Muda tudo. [...] O Aécio não é da turma do Fernando Henrique. Não foi ministro por oito anos do Fernando Henrique como o Serra. Lamento, não é um ataque pessoal. Ele representa um malefício para as concepções de país que eu advogo. Ele foi candidato do Fernando Henrique com responsabilidade de dar continuidade a um projeto que explodiu o desemprego no Brasil de 4% comigo no Ministério da Fazenda para 14%", disse.

O deputado, que fez parte dos quadros do PSDB entre 1988 e 1996, disse que fez questão de "romper" com o projeto de Serra mesmo tendo que "pregar no deserto" para manter coerência com seus valores. "Eu rompi. Eu também era da turma do Fernando Henrique. Eu fui pregar no deserto porque para mim não é importante cargo. O importante é ter coerência com seus valores, compromisso com seu país", disse.

Segundo Ciro, se o governador de São Paulo for eleito, o país viverá um retrocesso. "O Brasil não pode voltar atrás em relação ao projeto de organizar ao país que significou um experimento neoliberal do Fernando Henrique e sua turma, lembrando sempre que o Serra, possível candidato do PSDB, que tem todos os méritos, todas as qualidades, foi ministro oito anos desse projeto e foi candidato desse projeto à sucessão com o compromisso de continuar esse projeto que fez muito mal ao país", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u645313.shtml

Quércia diz que PMDB estará unido com Serra na disputa pela Presidência

da Folha Online - 29/10/2009

O presidente do Diretório Estadual do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, disse nesta quinta-feira que o partido estará unido com o governador José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência da República nas eleições de 2010.
"Estaremos juntos com o governador José Serra na disputa pela Presidência", disse Quércia após encontro com Serra e 63 prefeitos paulistas do PMDB no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

A declaração de Quércia contraria a decisão do comando nacional do PMDB, que fechou um pré-acordo com o PT para apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. Pela proposta, o PMDB ficará com a vaga de vice na chapa de Dilma.

Favorável à candidatura de Serra, Quércia criticou o pré-acordo. "Não se pode fazer alianças visando cargos, o que contraria a história e a ideologia do PMDB", disse.

O encontro com os prefeitos foi administrativo, mas Quércia admitiu que a reunião teve uma "dimensão política importante". "O encontro mostra a força da união do PMDB com o PSDB e o DEM, que traz grandes benefícios para São Paulo", disse.

Quércia não é o único no PMDB contrário a aliança PT-PMDB. Ontem, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) subiu à tribuna do Senado para classificar de "insana" a decisão da cúpula peemedebista de apoiar a candidatura de Dilma.

Jarbas disse que, se o PMDB não mudar de ideia em relação ao acordo nacional com o PT, haverá um "confronto político desnecessário" dentro do partido.

"Não aceitarei, de forma alguma, que esse caciquismo lulista do PT seja implantado também dentro do PMDB. Existem hoje três tendências dentro do partido: os que defendem a aliança com o PSDB, os que querem se unir ao PT e os que defendem a candidatura própria. Ou essas diferenças são respeitadas, ou haverá um desnecessário confronto político dentro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro", afirmou.

Serra não comentou as declarações de Quércia. Em recentes entrevistas, o governador paulista tem demonstrado irritação quando questionado sobre sua candidatura à Presidência. Ontem, por exemplo, ele admitiu que era impaciente para esperar em filas ou no trânsito, mas que em política tinha "nervos de aço" e que ainda era cedo para definir candidaturas.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u645292.shtml

Aécio diz que tem nervos serenos e que seu "timing" é diferente do de Serra

da Folha Online - 29/10/2009

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que está tranquilo sobre as negociações com o colega José Serra (PSDB-SP) em torno da definição da candidatura tucana à Presidência. Os dois estão na disputa para encabeçar a chapa tucana de 2010.

"E há a compreensão de parte a parte. É natural que todos nós temos que ter muita serenidade. Não preciso nem dizer como são meus nervos, porque eles sempre tiveram extremamente serenos nesse processo", disse Aécio.

Nesta semana, Serra afirmou que tinha "nervos de aço". "Eu tenho nervos de aço em política", afirmou Serra após ser questionado sobre o fato de ter assumido no Twitter que seu maior defeito é a impaciência.

Aécio disse que conversou com Serra nesta madrugada, no horário preferido de Serra. "Somos amigos, conversamos essa noite longamente. Obviamente, no horário preferido do governador José Serra, depois da meia noite, quase até a 1 da manhã. E há a compreensão de parte a parte."

Entre as divergências entre os dois está o prazo de definição da candidatura do PSDB. Aécio quer fechar isso até dezembro ou janeiro, no máximo. Já o grupo de Serra tenta postergar isso para o prazo limite --final de março.

Aécio disse que seu "timing" é diferente do de Serra. "Mas o timing de cada um é o timing de cada um", disse. "Ele tem o timing dele e eu respeito, e ele respeita o meu. A conversa foi extremamente amena, cordial como é sempre."

No entanto, ele disse que seu nome é mais agregador que o de Serra. "Acredito que possa, em eventualmente sendo candidato, atrair alianças novas a este projeto, apresentar uma proposta que fuja da polarização entre PT e PSDB apenas; exatamente pela ampliação dessa nossa aliança. Mas eu compreendo que isso tem tempo para se construído."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u645264.shtml

Aécio e Serra discordam sobre prazo para candidatura

IVANA MOREIRA E RAQUEL MASSOTE - Agencia Estado - 29/10/2009

BELO HORIZONTE - A conversa por telefone, nesta madrugada, não ajudou os governadores tucanos José Serra e Aécio Neves a chegarem a um acordo. O governador de São Paulo continua firme em sua posição de só tomar uma decisão - sobre disputar ou não a Presidência da República - em março de 2010. E o de Minas está decidido: se o PSDB não definir o nome do candidato até o fim deste ano, ele entrará em 2010 como pré-candidato ao Senado por Minas Gerais.

O diálogo, que se estendeu de meia-noite até quase 1 hora, foi, segundo Aécio, "sereno". O mineiro disse que respeita a posição de Serra, mas que os dois têm "timing" diferente.

O governador de Minas acredita que março será tarde demais para construir alianças com outros partidos em torno de uma candidatura tucana, num projeto, como ele defende, para fugir da polarização entre PSDB e PT.

"Uma eventual candidatura minha deixa de lado o retrovisor e só tem pára-brisa, olha para frente para compreender o que ficou por fazer", declarou Aécio. Para o mineiro, é "inócuo" o debate de quem fez o quê.

O governador de Minas afirmou que está à disposição do seu partido para apresentar uma proposta "renovadora e ousada" para o País. Mas garantiu que respeitará a decisão do PSDB caso a legenda entenda que a candidatura do governador paulista é mais competitiva do que a dele. "O partido tem de respeitar minha posição para garantir um palanque forte em Minas para o governo do Estado e também para a Presidência da República", afirmou, justificando sua decisão de estabelecer um prazo limite para a definição da candidatura.

Aécio garantiu que apoiará uma eventual candidatura de Serra e destacou que ambos têm espírito público suficiente para compreender que precisarão estar unidos para vencer as eleições de 2010.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-e-serra-discordam-sobre-prazo-para-candidatura,458558,0.htm

Na UGT, Meirelles adapta discurso para sindicalistas

LUCINDA PINTO - Agencia Estado - 29/10/2009

SÃO PAULO - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, estreou hoje em grande estilo em uma seara pouco usual em sua agenda, o meio sindical. Atendendo a um convite da União Geral dos Trabalhadores (UGT) - que no início do ano exigia ser recebida por Meirelles para expor suas preocupações com o aumento do desemprego no Brasil e, sem sucesso, chegou a ameaçar invadir a sede do BC - Meirelles conseguiu arrancar dos sindicalistas efusivos aplausos e abraços. E mais, foi classificado por uma categoria que sempre protestou contra os juros altos de "amigo dos trabalhadores".

O próprio presidente da UGT, Ricardo Patah, foi o porta-voz da mudança de postura da categoria com a autoridade monetária. Ao anunciar o pronunciamento de Meirelles, Patah disse que os sindicalistas precisariam rever as palavras de ordem proferidas contra Meirelles no caminhão de som do sindicato, inclusive as ameaças de invasão ao Banco Central, e elogiou: "Nós vamos ouvir o presidente do Banco Central, nosso companheiro e amigo Meirelles, que agora é amigo dos trabalhadores também. O Meirelles quer emprego pro povo, pessoal."

Meirelles foi convidado para falar, principalmente, sobre as perspectivas do emprego e da evolução da taxa de juros - classificada pelos dirigentes da UGT como o maior inimigo do emprego. Por isso, ainda que a apresentação tenha seguido o roteiro dos encontros que ele mantém com representantes do mercado financeiro, Meirelles deu ênfase especial aos temas de interesse dos trabalhadores, buscando enfatizar os avanços conquistados pelo atual governo nesse quesito, como a criação de 8,650 milhões de empregos formais ao longo do governo Lula. "Dado importante, que dá substância à economia doméstica brasileira, além dos programas sociais", afirmou.

O presidente do BC lembrou também que a massa salarial vem crescendo sistematicamente desde 2003 e, em setembro deste ano, mostrou expansão de 2,5% em termos reais em relação a setembro de 2008, apesar da crise. "Pouquíssimos países do mundo têm a massa salarial crescendo em relação ao ano passado". A renda média - a renda "por trabalhador", como ele explicou -, apesar da crise, teve crescimento real de 2% em setembro deste ano em relação a setembro do ano passado.

Meirelles afirmou que a tendência de longo prazo é de queda. "Existe o ciclo de alta e baixa. Mas a taxa tem tido nos últimos anos uma trajetória cadente. E, na medida em que o Brasil continue com políticas responsáveis, de estabilização, de responsabilidade fiscal, como tem sido mantido nos últimos anos no governo do presidente Lula, de estabilidade também inflacionária, (os juros) têm condições de continuar nessa trajetória no futuro", afirmou.

Nada conservador

Foi nesse ponto que o discurso de Meirelles ganhou um contorno diferenciado das apresentações que ele costuma fazer. O presidente do BC afirmou que o BC não tem sido excessivamente conservador na condução da política monetária - afirmação, no mínimo, pouco usual de se ouvir de qualquer autoridade monetária. E isso pode ser percebido no comportamento da inflação dos últimos anos. Meirelles afirmou que, nos últimos anos, a inflação ficou, na maior parte do tempo, dentro do intervalo superior a meta de inflação (ou seja, entre 4,5% e 6,5%).

"Quando o BC é muito conservador, a inflação fica abaixo da meta, ou no intervalo inferior, o que não aconteceu", afirmou. Outra prova apresentada por Meirelles de que o BC não é excessivamente conservador é a evolução da demanda doméstica, que crescia, em setembro de 2008, início da crise, à taxa de 9,3% ao ano. "Quando o BC é muito conservador, a demanda fica estagnada, como acontecia antes, quando a Selic era de 40%, ou de 20%", afirmou. "Nós vemos a demanda crescer, o que prova que não houve excesso de restrição (pelo BC).

Ao final de sua participação, Meirelles foi questionado por jornalistas sobre a motivação de sua ida ao congresso da UGT. Ele afirmou que, uma das coisas mais importantes em um regime de metas de inflação é fazer esse tipo de palestra a todos os segmentos da sociedade. "É importante que todos tenham acesso às informações sobre os benefícios da estabilidade, sobre o porquê das políticas econômicas e sobre o resultado da política econômica", afirmou. Ele disse que frequentemente fala para diversos tipos de público e que o interesse da UGT em ouvi-lo sobre as perspectivas da economia é bem-vindo.

A receptividade a Meirelles, no entanto, teve limites. O presidente do BC não conseguiu substituir expressões técnicas em muitos momentos de sua apresentação, o que manteve o distanciamento do público com os temas apresentados. Por isso, quando começou a discorrer sobre as condições das reservas cambiais, relação dívida/PIB e índice de Gini, temas frequentes em suas apresentações, parte dos espectadores cochilava.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,na-ugt-meirelles-adapta-discurso-para-sindicalistas,458548,0.htm

Partidos investem na internet; PMDB lança portal sábado

AE - Agencia Estado - 29/10/2009

SÃO PAULO - Na mesma trilha aberta pelo PSDB e pelo PT, de olho nas eleições de 2010, o PMDB lança no sábado um novo portal na internet, com destaque para o uso de ferramentas interativas para ampliar a discussão sobre o "projeto de poder do partido". A legenda deve substituir o atual site institucional (www.pmdb.org.br), que divulga a atuação de seus parlamentares, por uma "comunidade", com o uso de recursos da web 2.0, como o twitter, o Facebook e o Orkut.

O deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS), que comanda a reformulação da página do partido, acredita que as novas ferramentas interativas podem promover a integração dos militantes da legenda e até atrair novos simpatizantes. "As questões do dia a dia do PMDB são debatidas sem um processo de interação maior. O partido não pode ser fechado. Nós queremos ouvir a sociedade como um todo, para afinar nosso discurso", afirmou.

Enquanto não começa oficialmente a campanha eleitoral e os nomes dos candidatos à presidência e aos governos estaduais não são lançados, os principais partidos do País apostam na internet para fortalecer as siglas e divulgar seus projetos políticos.

O PMDB é uma das últimas grandes legendas a formalizar a entrada na web 2.0. Esta semana, o PT anunciou que está investindo R$ 600 mil na criação de um novo site, que será lançado 5 de novembro. Já o PV, que se prepara para lançar a senadora Marina Silva (AC) à presidência, já tem recursos interativos em seu site e deve lançar uma nova versão da página até o fim do ano.

O portal do PSDB (tucano.org.br), criado em agosto, também aposta na interatividade e já caminha para a batalha das eleições do ano que vem. A página inicial traz notícias e opiniões sobre política, com destaque para artigos que criticam a "antecipação de campanha" do PT e o "vale-tudo eleitoral" da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O site foi criado pelo diretório regional do partido em São Paulo, com a expectativa de ser transformado em uma rede nacional.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,partidos-investem-na-internet-pmdb-lanca-portal-sabado,458531,0.htm

ANÁLISE-Eleições e Marina Silva pautam agenda verde do governo

NATUZA NERY E MARIA CAROLINA MARCELLO - REUTERS - 29/10/2009

BRASÍLIA - O governo quer ficar mais verde. A um ano das eleições de 2010, a agenda ambiental vem ganhando holofotes e passou a pautar ações da Presidência da República.

O objetivo, avaliam analistas e admitem fontes do próprio governo, seria transformar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em pré-candidata à sucessão com credenciais para formular ações em favor do meio ambiente, sobretudo após a senadora Marina Silva (PV-AC) ter se transformado em virtual adversária.

Marina deixou as fileiras petistas em agosto e passou a figurar nas previsões eleitorais com a missão de incluir o tema de sua vida na agenda política do país.

Ao que consta, conseguiu.

Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prorrogou por mais três meses o IPI menor somente para eletrodomésticos da linha branca que consumam menos energia. Mostrou que diferentes setores do Executivo estão na mesma pauta.

"Não se espantem se, no futuro, tomarmos outras medidas tributárias com esse caráter (ambiental)", afirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a ministra vá em dezembro à Conferência do Clima, em Copenhague, como chefe da delegação brasileira. Segundo uma fonte do governo, essa ideia surgiu cerca de um mês atrás. Desde então, Dilma está debruçada em estudos sobre a área, abastecidos pelo Ministério do Meio Ambiente e Itamaraty.

"O Lula está tentando passar maquiagem verde na nossa ministra", avaliou João Talocchi, coordenador da campanha de clima do Greenpeace no Brasil. "Vejo a preocupação em dar uma carga ambiental para sua candidata", acrescentou.

O esforço do Planalto também guarda a intenção de ter o que mostrar à comunidade internacional durante o encontro na Dinamarca, no qual Marina Silva também é presença esperada.

A senadora foi ministra do Meio Ambiente por cinco anos na administração Lula. Acabou pedindo demissão após diversos choques com setores desenvolvimentistas do governo, inclusive Dilma.

"É para mostrar que a Dilma tem a face ambiental. É importante também para ampliar a projeção internacional dela e importante para a campanha (presidencial)", apontou David Fleischer, cientista político da Universidade de Brasília (UnB).

PAC VERDE

Apenas um dia depois da filiação da parlamentar ao Partido Verde, em 30 de agosto, o governo anunciou redução recorde no desmatamento da Amazônia.

Na ocasião, a chefe da Casa Civil também entrou em cena. Ela defendeu o viés ambientalista do Programa de Aceleração do Crescimento, afirmando que as obras de saneamento básico do PAC protegem as bacias hidrográficas do país.

"Logo após a filiação da Marina e o lançamento do marco regulatório do pré-sal, Dilma passou a falar (com regularidade) que o Brasil é o país que mais investe no meio ambiente e que busca o desenvolvimento sustentável", acrescentou Talocchi.

Nas palavras de uma fonte palaciana com acesso à pré-candidata, o combate às mudanças climáticas é tema para os próximos anos e, certamente, terá impacto na corrida presidencial de 2010.

"Com o surgimento da Marina Silva, tivemos de investir nessa agenda mais rapidamente", disse a fonte sob condição do anonimato.

O Executivo discute metas ambiciosas para reduzir emissões de gases-estufa e um pacote florestal para resolver problemas agrários. Faz isso às vésperas de Copenhague, mas o faz também às vésperas das eleições presidenciais.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,analise-eleicoes-e-marina-silva-pautam-agenda-verde-do-governo,458521,0.htm

Espero que todas as candidaturas fiquem verdes, diz Marina

da Reuters - 29/10/2009
 
A senadora Marina Silva (PV-AC) disse hoje que espera que todas as candidaturas à Presidência "fiquem verdes". Ela participou hoje de um evento em São Paulo.

"Espero que todas as candidaturas fiquem verdes e queira Deus mais verdes do que eu", respondeu ela ao ser questionada se a entrada do seu nome na corrida presidencial incentivou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ampliar as ações em relação ao ambiente.

Em relação à possibilidade de a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, chefiar a delegação brasileira que irá a Copenhague participar das discussões da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o clima, a senadora disse que esta é uma prerrogativa do presidente.

Ex-PT, Marina Silva deixou o Ministério do Meio Ambiente com críticas à atuação de Dilma na área. Recém-filiada ao PV, Marina deve enfrentar Dilma na eleição presidencial de 2010.

Logo depois de se filiar ao PV, Marina disse que não roubava votos de Dilma. Recentemente, Marina rebateu Dilma, que afirmou que as críticas as suas viagens eram preconceito da oposição contra as mulheres. Marina disse não ver preconceito.

Com Folha Online

Requião questiona acordo prévio entre PT e PMDB

Estadão - 29/10/2009

CURITIBA - O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), disse hoje que o pré-acordo fechado entre dirigentes nacionais do PMDB e PT, em jantar no dia 20, para que um peemedebista ocupe a vaga de vice numa possível chapa encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff em 2010 "não tem base legal". "Num jantar, a única coisa que eles podem escolher é a sobremesa", afirmou Requião. "O partido fala pelas suas instâncias oficiais, pela sua convenção; agora, eles têm o direito a opinião, não a tomar decisão."

Ele é um dos defensores de que o PMDB tenha candidato próprio, mas propõe que primeiramente discuta-se um programa de governo. "Acho que o PMDB deve, antes de tudo, lançar um programa com diretrizes de governo que seja um avanço em relação ao bom governo do Lula", afirmou Requião.

"Um partido tem que ter uma proposta de governo e, tendo uma proposta de governo, é natural que lance um candidato." Para o governador paranaense, somente no caso de o candidato escolhido não se mostrar viável, deve-se propor uma composição, "mas sob a perspectiva do programa".

Segundo ele, o PMDB ainda tem tempo até a convenção para discutir esse programa, mesmo que isso represente um atraso em relação a outras pré-candidaturas que já estão lançadas. "Não são os outros partidos que estabelecem o cronograma do PMDB", declarou.

No Paraná, Requião é defensor da candidatura própria e tem apoiado a pretensão do vice-governador Orlando Pessuti em postular a vaga.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,requiao-questiona-acordo-previo-entre-pt-e-pmdb,458447,0.htm

Dilma vai à cozinha em jantar com PP

Em ritmo de campanha, ministra agradece empregados e tira fotos

Estadão - Vera Rosa, BRASÍLIA

Acusada até por petistas de não ter jogo de cintura política, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mostrou na noite de quarta-feira que o treinamento para a campanha de 2010 já está surtindo efeito. Após participar de jantar com parlamentares e dirigentes do PP, na casa do líder da bancada na Câmara, Mário Negromonte (BA), Dilma foi até a cozinha agradecer aos empregados.

"E aí, gente? Eu vim cumprimentar vocês", disse a ministra, sorridente. Candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela beijou a cozinheira, abraçou ajudantes, acenou para garçons e tirou fotos com a equipe responsável pelos quitutes. "Parabéns! Obrigada por tudo", agradeceu, esbanjando simpatia, após saborear peixe e legumes grelhados.

O clima do jantar também foi de descontração. Diante de deputados, senadores, ministros e dos governadores Alcides Rodrigues (Goiás) e Ivo Cassol (Rondônia), Dilma foi só elogios ao PP - partido do deputado Paulo Maluf (SP) que, num passado não muito distante, era inimigo dos petistas. "Somos parceiros no governo. A gente não sabe onde começa a realização de vocês e onde começa a nossa", discursou.

Integrante da base de sustentação do governo Lula, o PP comanda o Ministério das Cidades e deve se juntar ao PMDB no apoio a Dilma, apesar da briga com o PT em alguns Estados, como São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul. Em Minas, por exemplo, o partido é aliado do governador Aécio Neves, um dos presidenciáveis do PSDB.

"Não há nada que uma intervenção cirúrgica não resolva", insistiu Negromonte, alegando que Lula será "o grande cirurgião" dos acordos nos Estados. "Só não podemos deixar nenhum de nossos candidatos na UTI."

Na prática, o PP vai aguardar a definição sobre o destino de Aécio - que disputa com José Serra a indicação do tucanato para concorrer ao Planalto - antes de anunciar sua posição na campanha de 2010. O principal motivo para não tornar público o apoio a Dilma agora é que Aécio é sobrinho do presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ).

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091030/not_imp458719,0.php