30 de abr. de 2010

Serra e Dilma atacam invasões de terra

Valor - Fabiana Batista, de Ribeirão Preto

Para uma plateia de lideranças rurais e industriais do agronegócio, os candidatos à presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) fizeram ontem duras críticas às invasões do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra. Ambos estiveram ontem na maior feira de máquinas e implementos agrícolas do país, a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e como esperado, se posicionaram contra as invasões de propriedades rurais. A feira reuniu na quinta-feira o maior público desde o início do evento, na última segunda, e atraiu produtores rurais, principalmente das regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.

Dilma afirmou que é inteiramente contrária às ações de tomada de prédios públicos ou invasão de terras, e defendeu o diálogo com os sem-terra. "Governo é governo, movimentos sociais são movimento sociais. A relação tem que ser o diálogo", disse a candidata petista. Ela, no entanto, afirmou que também é contrária à violência. "Não acho que a ilegalidade deve ser premiada. Mas não concordo com violência contra os movimentos sociais", afirmou.

Serra foi mais duro em seu discurso, acusando alguns movimentos políticos de se mascararem por trás de movimentos sociais. "Movimento social é uma coisa, movimento político é outra. O movimento de invasão não é social, é político". O tucano afirmou que seu governo não "alimentará essa máquina política com dinheiro público. "Vamos resolver isso", avisou.

As declarações foram feitas no contexto de repercussão de invasões do MST no chamado "Abril Vermelho" e de divulgação de levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de que o setor rural poderá perder R$ 187 milhões de faturamento bruto somente por causa das ocupações de terra ocorridas neste mês, lideradas pelo MST.

Mais à vontade em seu ninho político, Serra veio à Agrishow acompanhado de Geraldo Alckmin, entre outras lideranças tucanas, e do atual secretário de Agricultura de São Paulo, o produtor rural João Sampaio, que exerce um importante papel na aproximação da agricultura paulista com o candidato Serra.

Apesar da unicidade nos discursos dos presidenciáveis ontem na feira, o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva, vai marcar uma reunião com a candidata Dilma para maio. "Estamos alinhados com o que o Serra pensa sobre as grandes questões da agricultura, pois vimos seu posicionamento durante o governo aqui em São Paulo. Mas queremos saber mais claramente o que pensa a candidata Dilma", afirmou.

O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que acompanhou Dilma na visita em Ribeirão Preto, deve intermediar o encontro, segundo Ramalho. Além da antiga questão sobre legislação ambiental, a SRB deve levar à conversa com a candidata petista mais uma vez a discussão da redução da carga tributária sobre o setor. "Aqui em São Paulo, o Serra ampliou a fiscalização sobre o recolhimento dos tributos e conseguiu reduzir impostos. O governo federal precisa ser mais racional e econômico", disse Ramalho.

http://www.valoronline.com.br/?online/geral/231/6239588/serra-e-dilma-atacam-invasoes-de-terra

Duda Mendonça pede R$ 15 milhões por campanha

Este é o valor pedido pelo marqueteiro para fazer o primeiro turno da campanha de Hélio Costa, do PMDB, candidato em Minas Gerais

Andréia Sadi, iG Brasília

O publicitário Duda Mendonça é um dos profissionais mais qualificados do marketing político brasileiro. A qualidade do seu trabalho é indiscutível e seu estilo tem influenciado profissionais da área de norte a sul do Brasil. Tê-lo como marqueteiro é o sonho de muitos políticos. Para realizá-lo, no entanto, é preciso estar com as finanças organizadas e o caixa abastecido. Para entregar um trabalho diferenciado, Duda Mendonça cobra um preço igualmente diferenciado.

Na proposta enviada ao candidato ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa, do PMDB, Duda Mendonça pediu R$ 15 milhões. O valor se refere ao primeiro turno. Um eventual segundo turno seria discutido noutro contrato. Pelo valor pedido, Duda Mendonça montaria um quartel general em Belo Horizonte com 60 pessoas. A equipe trabalharia de junho a outubro. A proposta inclui produção e gravação dos programas de televisão, além da contratação de pesquisas qualitativas. Duda enviou a proposta, mas ainda não obteve resposta do candidato Hélio Costa.

Nas últimas semanas, o publicitário e sua sócia Zilmar Fernandes, têm trabalhado forte em duas frentes. Numa, enviam propostas para candidatos em diversos estados. Noutra frente, trabalham para montar equipes qualificadas. As propostas variam de preço, conforme a complexidade do trabalho. A eleição em Minas Gerais é considerada uma das mais complexas do país. Minas Gerais possui o quarto maior território brasileiro, o terceiro maior Produto Interno Bruto, a segunda maior população e o maior número de municípios: 853 municípios.

Outro pré-candidato em Minas Gerais é o ex-prefeito Fernando Pimentel. Pendurado nas prévias do PT no Estado, que acontecem neste domingo, Pimentel também é um cleinte potencial de Duda, se ganhar a votação. A maior probabilidade é que ele se candidate para o Senado.

O marqueteiro foi cobiçado por parlamentares de todos os partidos. Um dos primeiros a negociar com Duda foi o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO). Chegaram a conversar sobre preços e projetos, mas ainda não fecharam negócio, segundo a sua assessoria.

Uma das estratégias dos políticos candidatos é adiar a negociação para tentar um desconto no preço considerado "salgado". Outros senadores, inclusive, desistiraram de contratar os serviços do marqueteiro reclamando da quantidade de clientes de Duda. É o caso do senador Gim Argello, do PTB. Candidato ao governo do Distrito Federal, Gim estava de olho em Duda desde o começo do ano, por indicação de sua amiga, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República e que tem como marqueteiro o jornalista João Santana, indicado pelo presidente Lula.

Mas Gim desistiu das negociações. Queria um marqueteiro “mais exclusivo” e em conta. O iG apurou que, para campanha do Senado, Duda chega a cobrar de R$ 6 a R$ 10 milhões, dependendo do pacote contratado. Duda não está fora dos planos de Gim. Ele pensa em contratar seus serviços de consultoria para a campanha.

Para governos estaduais, além de Hélio Costa, Duda está no páreo para a campanha do candidato tucano em Tocantins, Siqueira Campos, e Zeca do PT, no Mato Grosso do Sul. Este último também recebeu recado de Dilma para considerar Duda. A assessoria de Zeca admite conversas com Duda, mas que a decisão ficará para meados de maio já que estão sendo avaliados outros profissionais da área.

O presidente em exercício do PMDB no Maranhão, Remi Ribeiro, confirmou que Duda prestou serviços para Roseana nesta fase inicial, mas o contrato para a campanha ainda está sendo negociado. “Se ele tiver disponibilidade, nós temos interesse. Ele fez as inserções agora na TV para a Roseana do PMDB maranhense, mas ainda estamos conversando”, disse Ribeiro, que não quis falar em valores.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/duda+mendonca+pede+r+15+milhoes+por+campanha/n1237601135314.html

Lula programa com Dilma tour pelo Brasil

colaboração para a Folha

Hoje na Folha O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já definiu uma das estratégias para tentar vitaminar a candidatura ao Planalto de Dilma Rousseff (PT) a partir de julho, informa reportagem de Valdo Cruz na edição desta sexta-feira (30) da Folha (íntegra somente para assinantes UOL e do jornal). Ele fará, depois da Copa, viagens em tom de despedida pelo país, quando dirá que a ex-ministra é a única que dará continuidade às políticas de seu governo.

Além disso, Lula confidenciou a aliados que prepara uma "série de atos de impacto" para buscar uma virada na eleição, mantidos em sigilo por enquanto. É uma tentativa de acalmar os integrantes da campanha de Dilma, que não tem reagido bem ao desempenho da ex-ministra nas pesquisas de intenção de voto e a suas aparições públicas.

Quanto às escassas aparições públicas com Dilma desde que saiu do governo, Lula acredita que não pode "banalizar" sua presença ao lado da ex-ministra nessa fase, quando boa parte do eleitorado ainda não está ligado na disputa. Seria "gastar munição".

Intervenção

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, minimizou ontem as críticas que a pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, vem recebendo de integrantes da legenda e ex-assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dutra classificou as avaliações negativas sobre a desenvoltura de Dilma na pré-campanha de "normais", mas afirmou que "não concorda e que preferia que não fossem feitas".

De acordo com a coluna "Painel", da Folha, publicada ontem, as críticas partiram inclusive do coordenador da campanha petista, Fernando Pimentel, que recomendou à ex-ministra (Casa Civil) "respostas mais objetivas e curtas, sob pena de terminar uma entrevista sem conseguir passar o recado inteiro".

Dutra disse que as críticas ainda não foram discutidas internamente pela coordenação da campanha de Dilma e que não iria polemizar o assunto. "Eu não dou importância, é natural, mas não vou esquentar", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u728193.shtml

29 de abr. de 2010

Marina diz que criar ministérios é empilhar estrutura

EVANDRO FADEL - Agência Estado

A pré-candidata à Presidência da República pelo PV, senadora licenciada Marina Silva, discordou hoje, em Curitiba, da proposta do pré-candidato pelo PSDB e ex-governador de São Paulo, José Serra, de criar os ministérios da Segurança Pública e da Pessoa Portadora de Deficiência. Objeção semelhante já tinha sido feita pela outra pré-candidata, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT). "Se a gente não pensar em reforma do sistema, criar mais ministérios é ir empilhando cada vez mais estruturas, sem o cuidado em relação à visão e a gestão", destacou Marina.

Em entrevista coletiva numa acanhada sala na sede do PV em Curitiba, na qual só foi permitida uma pergunta para cada órgão de imprensa, ela falou particularmente da proposta sobre a segurança. "Tem que fazer uma reforma da segurança pública e, a partir daí, tendo uma visão, estabelece-se um processo e cria-se a estrutura", afirmou. "Criar a estrutura antes é inchar cada vez mais a máquina pública e inchar todos os problemas."

Declarando-se amiga do deputado Ciro Gomes (PSB), ela lamentou a saída dele da disputa pela Presidência da República. "Foi feita uma operação de guerra para não permitir que o partido lhe desse a legenda", criticou. Segundo ela, a democracia perdeu ao não se dar ao eleitor uma opção a mais. "Às vezes a pessoa conhece muito bem o conceito, mas quando a democracia pode prejudicar de alguma forma o seu interesse de exclusivismo ou de não querer alternância de poder, aí se faz operação de guerra para inviabilizar as opções", disse. "Prefiro correr o risco de ser avaliada entre muitos do que fechar o leque entre poucos."

Ela afirmou não ter procurado o deputado, mas que pode conversar "no momento oportuno". A senadora licenciada considerou que sua pré-campanha está caminhando bem. "Não sou de me impressionar com as circunstâncias, se fosse assim nunca teria saído candidata a nada", disse. "Foi acreditando que a gente viu o Brasil eleger o primeiro operário presidente da República, e acreditamos que podemos ver o Brasil elegendo a primeira mulher presidente da República, não por ser mulher, mas pela visão que tem, pelos projetos e propostas."

Em palestra a estudantes e empresários, Marina afirmou que o Brasil precisa de líderes e não de gerentes, destacando que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o atual, Luiz Inácio Lula da Silva, são grandes lideranças. E rechaçou a opinião de quem a critica por elogios que faz a Fernando Henrique. "Se para ganhar votos é preciso abrir mão do que é justo e certo, é melhor abrir mão de voto."

Economia

Na palestra aos empresários ela não falou sobre a elevação da taxa de juros em 0,75 pontos porcentuais, determinada ontem em reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Mas, em entrevista pouco antes do encontro, ela disse que foi uma "decisão responsável e necessária, buscando o controle da inflação". Ao seu lado estava o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Rodrigo Rocha Loures. "Achamos que (a elevação da taxa) é um enorme equívoco, isso que estão fazendo é fuga, esse não é o caminho", contrapôs.

Em relação às propostas econômicas, Marina afirmou que o partido trabalhará com o tripé que, segundo ela, vem respondendo positivamente aos desafios enfrentados pelo Brasil: meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Questionada por empresários sobre a reforma tributária, ela reforçou que não iria prometer, porque se fosse algo simples já teria sido feito. "Há algumas reformas que já se transformaram em consenso, mas ninguém faz: reforma tributária, política, da previdência e outras mais", disse. Ela afirmou que está se unindo à proposta do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que defende uma constituinte exclusiva para realizá-las.

Lula

Sobre a escolha de Lula como um dos líderes mais influentes do mundo, Marina disse: "Ele é uma liderança respeitada em todo o mundo, não há dúvida. Não é porque estou em partido diferente que iria desconhecer o mérito da liderança no mundo e no Brasil. Não é à toa que tem os índices de popularidade que tem."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-diz-que-criar-ministerios-e-empilhar-estrutura,544721,0.htm

Marina discorda de Serra e diz que criar ministério é empilhar estrutura

Pré-candidata do PV à Presidência da República é contra a proposta de tucano de criar mais duas pastas

Evandro Fadel, de O Estado de S.Paulo

CURITIBA - A pré-candidata à Presidência da República pelo PV, senadora licenciada Marina Silva, discordou nesta quinta-feira, 29, em Curitiba, da proposta do pré-candidato pelo PSDB, ex-governador José Serra, de criar os ministérios da Segurança Pública e da Pessoa Portadora de Deficiência. Objeção semelhante já tinha sido feita pela outra pré-candidata, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT). "Se a gente não pensar em reforma do sistema criar mais ministérios é ir empilhando cada vez mais estruturas sem o cuidado em relação à visão e a gestão", destacou Marina.

Em entrevista coletiva numa acanhada sala na sede do PV em Curitiba, na qual só foi permitida uma pergunta para cada órgão de imprensa, ela falou particularmente da proposta sobre a segurança. "Tem que fazer uma reforma da segurança pública e, a partir daí, tendo uma visão, estabelece-se um processo e cria-se a estrutura", afirmou. "Criar a estrutura antes é inchar cada vez mais a máquina pública e inchar todos os problemas."

Declarando-se amiga do deputado Ciro Gomes (PSB), ela lamentou a saída dele da disputa pela Presidência da República. "Foi feita uma operação de guerra para não permitir que o partido lhe desse a legenda", criticou. Segundo ela, a democracia perdeu ao não se dar ao eleitor uma opção a mais. "Às vezes a pessoa conhece muito bem o conceito, mas quando a democracia pode prejudicar de alguma forma o seu interesse de exclusivismo ou de não querer alternância de poder, aí se faz operação de guerra para inviabilizar as opções", disse. "Prefiro correr o risco de ser avaliada entre muitos do que fechar o leque entre poucos."

Ela afirmou não ter procurado o deputado, mas que pode conversar "no momento oportuno". A senadora licenciada considerou que sua pré-campanha está caminhando bem. "Não sou de me impressionar com as circunstâncias, se fosse assim nunca teria saído candidata a nada", disse. "Foi acreditando que a gente viu o Brasil eleger o primeiro operário presidente da República e acreditamos que podemos ver o Brasil elegendo a primeira mulher presidente da República, não por ser mulher, mas pela visão que tem, pelos projetos e propostas."

Em palestra a estudantes e empresários, Marina afirmou que o Brasil precisa de líderes e não de gerentes, destacando que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o atual, Luiz Inácio Lula da Silva, são grandes lideranças. E rechaçou a opinião de quem a critica por elogios que faz a Fernando Henrique. "Se para ganhar votos é preciso abrir mão do que é justo e certo, é melhor abrir mão de voto", disse.

Na palestra aos empresários ela não falou sobre a elevação da taxa de juros em 0,75 pontos porcentuais, determinada na quarta-feira em reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Mas, em entrevista pouco antes do encontro, ela disse que foi uma "decisão responsável e necessária, buscando o controle da inflação". Ao seu lado estava o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Rodrigo Rocha Loures. "Achamos que (a elevação da taxa) é um enorme equívoco, isso que estão fazendo é fuga, esse não é o caminho", contrapôs.

Em relação às propostas econômicas, Marina Silva disse que o partido trabalhará com o tripé que, segundo ela, vem respondendo positivamente aos desafios enfrentados pelo Brasil: meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Questionada por empresários sobre a reforma tributária, ela reforçou que não iria prometer, porque se fosse algo simples já teria sido feito. "Há algumas reformas que já se transformaram em consenso, mas ninguém faz: reforma tributária, política, da previdência e outras mais", disse. Ela afirmou que está se unindo à proposta do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que defende uma constituinte exclusiva para realizá-las.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-discorda-de-serra-e-diz-que-criar-ministerio-e-empilhar-estrutura,544715,0.htm

Mercadante promete pedágio mais barato em SP

GUSTAVO PORTO - Agência Estado

Em clima de campanha, o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, fez duras críticas às políticas públicas dos tucanos e prometeu tarifas de pedágio mais baratas no Estado. Durante visita à Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior paulista, Mercadante disse que irá acabar com o "abuso" do pedágio e citou as recentes concessões do governo federal para sinalizar que é possível trocar o índice que reajusta as tarifas no Estado, o IGP-M, para o IPCA.

Mercadante citou ainda o problema da segurança pública em São Paulo, considerado por petistas um dos calcanhares de Aquiles do governo tucano. O senador lembrou da recente orientação do governo norte-americano, para que os turistas evitem visitar a Baixada Santista por conta da onda de violência na região. "Isso é uma agressão direta", afirmou, referindo-se aos turistas. "Vamos valorizar a polícia de São Paulo e fazer o que o governo Lula fez com a Polícia Federal."

O senador criticou ainda a falta de políticas de incentivo ao desenvolvimento regional e prometeu que vai criar conselhos específicos para cada região paulista. Ele também considera possível a extensão do trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e Campinas até Ribeirão Preto.

Sobre política, o senador lembrou a aliança comandada pelo PT com oito partidos de oposição que, segundo ele, dará boas condições para a disputa da eleição em São Paulo. Na eleição passada, em 2006, Mercadante foi derrotado no primeiro turno pelo ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. O petista teve 32% dos votos.

Marta

A pré-candidata do PT ao Senado, Marta Suplicy, acompanhou Mercadante e a pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, na visita à Agrishow. Marta disse que ainda espera um acordo entre PT e PSB para a disputa eleitoral no Estado e afirmou que a decisão pode sair até o fim da próxima semana. Sobre seu eventual companheiro de chapa ao Senado, ela disse que ele deve vir do próprio PSB, com Gabriel Chalita, ou do PC do B, com Netinho de Paula.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mercadante-promete-pedagio-mais-barato-em-sp,544701,0.htm

Sem citar MST, Dilma critica invasões de terra

GUSTAVO PORTO - Agência Estado

A ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, presidenciável do PT, criticou hoje as invasões de terra, a ocupação de prédios públicos e considerou as invasões como "atitudes ilegais". "Sou inteiramente contrária a criar prejuízos aos que não são responsáveis pela política e sou contrária às invasões de terra", destacou ela, sem citar o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra (MST) e cercada por uma plateia eminentemente ruralista que visita a Agrishow, no interior de São Paulo.

Na feira agrícola, Dilma pregou também o diálogo com os movimentos sociais e procurou isentar o governo do presidente Lula de qualquer responsabilidade pelas ações desse movimento. "Governo é governo e movimento é movimento. A primeira relação é termos diálogo, mas sou inteiramente contrária à tomada de locais públicos e invasões de terra", frisou Dilma. E continuou, sob aplausos tímidos da plateia: "Não pretendo compactuar com qualquer atitude ilegal que não deve ser premiada, pois estamos todos sob os mesmos princípios legais".

Em rápido discurso, Dilma citou vários programas do governo federal para a concessão de crédito ao setor agrícola, entre eles o Mais Alimentos, destinado aos pequenos agricultores e o PSI (Programa de Sustentação dos Investimentos), criado no ano passado durante a crise financeira global para injetar liquidez no mercado e financiar máquinas e equipamentos agrícolas. A ministra repetiu o que o presidente Lula já vem afirmando, que o nível de crédito no Brasil saiu de R$ 400 bilhões para R$ 1,4 trilhão nos 8 anos de sua gestão e lembrou ainda que no ano passado foram destinados R$ 92,5 bilhões para a agricultura empresarial e mais R$ 15 bilhões para a agricultura familiar, dentro do programa de safra.

A ministra deu sinais de que pretende perenizar algumas políticas temporárias adotadas pela equipe econômica do governo Lula, como a redução do IPI para bens de consumo e o próprio PSI, que está previsto para acabar no final deste ano. Dilma admitiu que o governo não conseguiu fazer a reforma tributária durante os oito anos do presidente Lula, mas prometeu que "a questão deve estar na ordem do dia nos próximos anos".

Inflação

Dilma defendeu a alta nas taxas de juros como forma de combate à inflação. A presidenciável petista afirmou que o governo não vai deixar de atuar no combate à inflação em ano eleitoral.

A ministra criticou os governos anteriores que, segundo ela, "fizeram malabarismos no passado em relação à taxa de juros e ao controle inflacionário". E garantiu: "Nós temos responsabilidade com os trabalhadores, com o povo brasileiro e com a estabilidade dos preços. Isso significa que nós não vamos ser complacentes com a inflação em momento algum. Este compromisso é meu também, com a estabilidade que no Brasil foi conquistada a duras penas".

Dilma frisou que a estabilidade econômica foi uma das grandes demonstrações de responsabilidade do governo Lula. Para ela, se garante o valor do salário dos trabalhadores quando se garante que os preços não subam. "O Brasil está maduro e ninguém vai ganhar as eleições com o malabarismo que já fizeram no passado, quando sabíamos que as coisas estavam ruins e ninguém tomava providência. Não fazemos isso no governo do presidente Lula", disse. Para ela, o aumento na taxa de juros não vai impactar no crescimento previsto para o PIB.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,sem-citar-mst-dilma-critica-invasoes-de-terra,544678,0.htm

Dilma beija eleitores e sobe em trator em feira agrícola

GUSTAVO PORTO - Agência Estado

A ex-ministra-chefe da Casa Civil e presidenciável do PT, Dilma Rousseff, foi assediada hoje por visitantes da Agrishow, feira de equipamentos agrícolas em Ribeirão Preto (SP), e em ritmo de campanha, distribuiu abraços, beijos e subiu em um dos tratores expostos na feira. Dilma chegou ao evento acompanhada do pré-candidato ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, de Marta Suplicy e de Antônio Palocci.

Enquanto caminhava para uma reunião com representantes dos setores ruralistas e de máquinas, Dilma foi abordada pela mineira Marluce de Oliveira, de Uberlândia, que abraçou a presidenciável do PT e disse que votaria em Dilma.

Pouco antes, no estande da New Holland, a ex-ministra perguntou se o trator em que havia subido fazia parte do programa Mais Alimentos, do governo federal, que dá subsídio à compra desses equipamentos. Representantes da companhia disseram a Dilma que sim e que eles haviam sido os primeiros a vender tratores do programa por meio da internet. Ganharam elogios da pré-candidata.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-beija-eleitores-e-sobe-em-trator-em-feira-agricola,544663,0.htm

Anastasia diz que não haverá retaliação a aliados que apoiarem Dilma nas eleições

RODRIGO VIZEU
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), disse hoje (29) que não haverá retaliação aos prefeitos aliados de seu governo que preferirem apoiar a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em vez de José Serra (PSDB).

"A política em Minas Gerais é feita sempre com base no entendimento, do convencimento com as ideias", afirmou Anastasia. "É claro então que é difícil falar em retaliação", disse o governador, questionado sobre os prefeitos que optarem pelo "Dilmasia".

A expressão "Dilmasia" --ou "Anastadilma"-- foi criada com a união dos nomes de Anastasia com o de Dilma, em uma referência aos que apoiarem, ao mesmo tempo, o tucano para o governo e a petista para a Presidência. Em 2002 e 2006, houve o voto "Lulécio", com vitória de Lula e do tucano Aécio Neves em Minas.

Anastasia afirmou que quando a campanha começar oficialmente, em julho, haverá um "esforço" em favor de Serra. "As lideranças políticas, bem como a população, vão ter condição de escolher."

O governador reafirmou seu apoio a Serra na disputa pelo Palácio do Planalto. "O nosso grupo político, liderado pelo governador Aécio Neves, tem, no governador José Serra, o seu nome como candidato à Presidência da República." As declarações foram feitas após a apresentação de projetos para a Copa de 2014, no BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), em Belo Horizonte.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727864.shtml

Dilma diz ser contrária a invasões de terra e que não compactuará com atividades ilegais

da Folha Ribeirão

A pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, disse hoje ser contra a invasão de terras no país. A afirmação foi feita na Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), principal feira agrícola do país, em Ribeirão Preto, e arrancou aplausos de produtores rurais e empresários do setor de máquinas agrícolas.

"Eu sou contra que haja invasão de terra, não acho razoável. Mas não acho correta uma atitude violenta contra os movimentos sociais. Mas não pretendo compactuar com nenhuma atividade ilegal", disse a ex-ministra, que respondia a uma pergunta sobre qual será seu posicionamento, se eleita, em relação aos movimentos sociais, especialmente o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Ainda segundo ela, a relação do governo com qualquer movimento social deve ser, inicialmente, de diálogo.

Após encontro com produtores, Dilma percorreu ruas da feira agrícola de carrinho. Visitou dois estandes: o da indústria Marchesan, de Matão, e o do programa Mais Alimentos, do governo federal. Em ambos, subiu em tratores e falou com produtores rurais e empresários do setor de máquinas.

Questionada sobre a saída do deputado federal Ciro Gomes (PSB) da corrida presidencial, Dilma disse que não poderia comentar, porque foi uma decisão partidária. Mas afirmou que tem "grande amizade e consideração" por Ciro.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727831.shtml

Presidente do PT minimiza crítica à performance de Dilma na pré-campanha

Folha - MÁRCIO FALCÃO
da Sucursal de Brasília

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, minimizou nesta quinta-feira as críticas que a pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, vem recebendo de integrantes da legenda e ex-assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dutra classificou as avaliações negativas sobre a desenvoltura de Dilma na pré-campanha de "normais", mas afirmou que "não concorda e que preferia que não fossem feitas".

Segundo o petista, não há expectativa de mudança na estratégia da campanha de Dilma. "É liberdade de opinião. Não concordo com essas críticas e preferia que não fossem feitas porque qualquer crítica a Dilma ganha uma dimensão maior do que merece", afirmou.

De acordo com a coluna "Painel", da Folha, publicada hoje, as críticas partiram inclusive do coordenador da campanha petista, Fernando Pimentel, que recomendou à ex-ministra (Casa Civil) "respostas mais objetivas e curtas, sob pena de terminar uma entrevista sem conseguir passar o recado inteiro".

Dutra disse que as críticas ainda não foi discutida internamente pela coordenação da campanha de Dilma e que não iria polemizar o assunto. "Eu não dou importância, é natural, mas não vou esquentar", afirmou.

Ricardo Kotscho, ex-secretário de Imprensa de Lula, escreveu em seu blog que "Dilma começou a campanha com tropeços verbais, agenda errática, coordenação inchada e mau uso da estrutura de internet, que mais atrapalha do que ajuda". A postura de Dilma também foi avaliada pelo publicitário Duda Mendonça, que cuidou da campanha de Lula em 2002.

Segundo Duda, a pré-campanha erra na forma que tenta apresentá-la ao eleitor. "Não adianta desvirtuar a Dilma. Tem que deixar a Dilma ser como ela é. As pessoas vão entender como ela é ou não. Pegá-la e fazer outra pessoa... Vai ficar numa vestimenta que não é confortável, vai ficar escorregando volta e meia", disse Duda, em palestra de duas horas na Casa do Saber, em Ipanema, zona sul do

Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), o debate em torno dos erros e acertos de Dilma é positivo. "Acho bom o debate central na imprensa ser o que as pessoas acham como está a campanha de Dilma. Muitos devem fazer o mesmo com o Serra, mas não ele não tem a mesma divulgação. Eu não concordo [com as críticas] contra a ministra, mas acho muito bom divulgar. Acho, por exemplo, que a agenda dela está muito boa", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727821.shtml

Campanha de Dilma tenta atrair o PSC e minar acordos estaduais da legenda com o PSDB

Folha - FERNANDA ODILLA
da Sucursal de Brasília

A pré-candidata Dilma Rousseff (PT) quer conversar com o PSC, legenda dona de 18 segundos no horário político e uma bancada de 26 deputados federais.

O encontro foi acertado entre a assessoria da petista e o presidente do partido, pastor Everaldo Pereira, num telefonema nesta quarta-feira. Apesar de ainda não ter data, horário nem local definidos, deve ficar para a próxima semana.

É a primeira conversa formal sobre eleições entre a pré-candidata petista e o PSC. "Nunca deixamos de conversar com o PT. O PT é que nunca conversou com a gente. Nós fomos aliados do governo durante todo o tempo", afirma o presidente da legenda.

Desde dezembro do ano passado, o PSC tem conversado oficialmente sobre apoio político com o presidenciável tucano José Serra e a cúpula do PSDB. Já acertou palanques estaduais e, segundo o presidente da legenda, pastor Everaldo, faltam apenas algumas "costuras regionais" para o PSC declarar apoio a Serra.

A Folha apurou que ainda se busca entendimento em Sergipe, Goiás e Bahia, onde o PSC quer a garantia de que poderá lançar candidato ao Senado.

Agora, o PT dá sinais de que está interessado em atrair o apoio do PSC ou, ao menos, minar a coligação formal da legenda com os tucanos.

O presidente nacional do PSC afirma que hoje o partido tende a apoiar Serra, mas não fecha as portas para os petistas. Afirma que vai ouvir o que Dilma tem a dizer.

"A perspectiva de vitória é de Dilma, com a máquina do Lula e os 80% de aprovação. Mas acreditamos que o Brasil precisa de opções melhores. Houve avanço extra-ordinário com o governo Lula, mas tem que avançar mais", disse o pastor Everaldo, que diz trabalhar para o PSC eleger ao menos 25 deputados federais nas eleições em outubro.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727767.shtml

Internet obriga candidato a interagir com eleitor

Luiz Antonio Ryff, iG Rio

“Pela primeira vez o político vai ter que interagir. Porque hoje ele faz um comício, todo mundo escuta e ele fala. Ele vai para a televisão, todo mundo escuta e ele fala. Ele vai para um debate, todo mundo escuta e ele fala. No máximo um outro igual a ele rebate. Agora não. Através do twitter e de outros meios, ele vai ter que responder. Essa é uma mudança muito grande, sobretudo nas grandes cidades”.

A constatação é do publicitário Duda Mendonça, responsável pelo marketing político da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2002. “Está todo mundo preocupado com isso. Americanos já vieram para cá, vão fazer a campanha da Dilma. O Serra está preocupado com isso, com twitter. Qual será a repercussão, não sei exatamente”.

Duda reconhece que, para a imprensa, a internet abre novas possibilidades e dá mais dinamismo à cobertura. Segundo ele, até então a imprensa repercutia fatos gerados por um debate ou por um programa das 20h. “Agora ela vai ter fatos gerados o dia inteiro”. Além disso, a internet não está submetida aos mesmos controles e limites de TV e mídia impressa. Outro ponto favorável para a internet é a conexão com o público mais jovem, mais arredio à participação eleitoral.

Ele reconhece que a importância da internet vem crescendo, mas acha que, sob alguns aspectos, ela está superavaliada. Na eleição de Barack Obama, por exemplo, ele considera que sua função foi superestimada. E diz que os eleitores de Obama podem até ter contribuído pela rede, mas o grosso do dinheiro arrecadado foi gasto mesmo em televisão.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/internet+obriga+candidato+a+interagir+com+eleitor/n1237599606704.html

Marina pede licencia do Senado para a campanha

Adriano Ceolin, iG Brasília

A senadora Marina Silva (PV-AC) pediu licença do cargo nesta quinta-feira para se dedicar à disputa pela Presidência da República. Ela encaminhou um requerimento à Mesa Diretora do Senado e divulgou uma nota à imprensa. Segundo a assessoria de Marina, a licença será concedida sem remuneração.

“Diante das diversas tarefas que lhe foram confiadas pelo PV, como a reestruturação programática do Partido Verde e a elaboração de um plano de governo com vistas à disputa eleitoral de outubro próximo, e tendo em conta que esse processo exigirá determinado grau de dedicação e tempo, o que poderia prejudicar o seu desempenho no mandato de senadora, Marina Silva decidiu se licenciar temporariamente de suas atividades”, informa a assessoria.

Marina saiu do PT para o PV em outubro passado. Ela está no seu segundo mandato de senadora. Até o começo de 2008, Marina ocupou o comando do Ministério do Meio Ambiente. Deixou a pasta após uma série de divergências dentro governo, principalmente com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, contra quem disputará a Presidência da República este ano.

Apesar de ter deixado o PT, ela manteve aliança com o partido no Acre, onde apoiará a candidatura do senador Tião Viana (PT-AC) à sucessão de Binho Marques, atual governador. Ex-governador e irmão de Viana, Jorge Viana será candidato ao Senado. A saída de Marina poderá trazer de volta ao Senado Sibá Machado (PT). Ele, no entanto, é candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/marina+pede+licencia+do+senado+para+a+campanha/n1237599715871.html

Dilma é a favorita, mas Serra está melhor, diz Duda

O marqueteiro Duda Mendonça fala ao iG sobre as campanhas do PSDB e do PT para a sucessão do presidente Lula

Luiz Antonio Ryff, iG Rio

Criador do “Lulinha Paz e Amor” em 2002, o marqueteiro Duda Mendonça, 66 anos, não deve participar da campanha pela Presidência este ano. Ele e sua equipe não estarão a serviço de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) ou José Serra (PSDB) na disputa. Até agora deve fazer cinco campanhas estaduais, entre as quais a de Paulo Skaf (PSB) ao governo de São Paulo e o de Siqueira Campos (PSDB) ao de Tocantins.

Afastado da contenda principal, ele analisa o quadro eleitoral. Em uma conferência sobre marketing político na Casa do Saber, na Lagoa, no Rio de Janeiro, ele afirmou que Dilma é a favorita. E, confiante do prognóstico, chegou a apostar um jantar com um participante da palestra. Duda também disse que Minas Gerais deve ser o fiel da balança eleitoral.

Após a palestra, em entrevista ao iG, Duda disse que, ao contrário de 2002, este ano a eleição não será de mudança. “Até quem deveria ser oposição, acaba se colocando como continuador do governo Lula”. E ele elogiou a estratégia do ex-governador de São Paulo. “Se a população perceber que não vai ter grandes mudanças, é uma vantagem para o Serra, porque ele é mais experiente que a Dilma”.

Se elogia a estratégia de Serra no período pré-eleitoral, Duda é mais reticente em relação à condução da campanha de Dilma. Acha que é hora da candidata ganhar mais musculatura. E diz que é um erro tentar transformar um político no que ele não é. “Não dá para tentar vender ela para a população apenas como a continuação do Lula”.

As opiniões de Duda devem ser levadas em conta pela experiência indiscutível que ele tem. É bom lembrar, no entanto, que a campanha da ministra Dilma é tocada pelo marqueteiro João Santana, ex-sócio de Duda Mendonça. Entre os aliados da ministra havia quem defendesse a contratação de Duda para seu lugar. O próprio Duda a procurou para tentar convencê-la a fazer a troca, mas não conseguiu.

Durante a palestra, ao ser questionado se, como publicitário, era mais difícil vender sabão ou um político, ironizou. “O sabonete não fala. Tem essa vantagem”.

Ao ser questionado se o sistema eleitoral brasileiro não é muito caro, Duda sugeriu que as campanhas fossem abolidas em troca de debates temáticos na TV. Mas disse que é uma solução que não interessa aos políticos. “Sabe por que candidato tem medo de debate? Porque lá ele aparece nu e cru”.

Leia abaixo algumas frases de Duda:

Eleição sem carisma

“Isso não vai ser fundamental. Se um deles tivesse e o outro não tivesse... os dois não têm muito. Mas todos os dois têm muita bagagem. Deve ser uma eleição mais técnica, com discussão sobre projetos. Os dois têm muito conteúdo. Os debates vão ser seguramente empolgantes.”

Serra na frente de Dilma

“Para uma candidata nova, ela até cresceu muito. O jogo começa, na verdade, depois da Copa do Mundo e, sobretudo, a partir do dia 15 de agosto, com o horário gratuito. Os candidatos estão hoje praticamente empatados. Se você levar em conta o conhecimento do Serra como governador de São Paulo, que já foi candidato à Presidência da República, foi ministro, ele tem um recall que ela não tem em nível de conhecimento.”

Estratégia de Serra está mais correta

“A postura do Serra é mais madura e estrategicamente correta. Ele não está entrando em confrontos. Ele não se apresenta como opositor do Lula, que é, sem dúvida nenhuma, um formato inteligente. Evita polarizar contra, porque aí entra no plebiscito, que é o ponto forte do Lula. Ele está mais simpático. Está menos crítico, mais solícito. Isso mostra que o Serra amadureceu e resolveu jogar pesado. É um candidato muito forte”.

Dilma precisa ganhar musculatura

“Acho que está na hora de dar a ela mais musculatura. Falar um pouco da história dela, que ela é o braço direito do Lula, que está com ele desde o governo de transição. Recentemente, o Lula viajava muito e ela era, na verdade, a grande comandante do governo. Já deu demonstrações de que conhece a máquina, que é comprometida com projeto do Lula. Isso é muito importante”.
“Não dá para tentar vender ela para a população apenas como a continuação do Lula. Tem que vender ela como uma pessoa forte, capaz, competente, preparada.”
“Não adiante tentar desvirtuar a Dilma. Tem que deixar a Dilma como ela é. E as pessoas vão entender ela. Ou não. Mas tentar fazer ela uma outra pessoa, ninguém vai conseguir. Se ela ficar numa vestimenta em que ela não fica confortável, volta e meia ela vai escorregar. É um erro.”

Saída de Ciro tira sal da disputa

“Ele daria um sal diferente à essa eleição. O temperamento mais explosivo dele ia dar um outro tom à essa disputa”.
“Vamos ver o tamanho dos tiros que o Ciro vai dar. Ele está machucado, magoado. E ninguém pode dizer que ele não tem motivo para estar sofrido. Ele tem mesmo. Ele mudou o domicílio eleitoral para São Paulo e não pode ser candidato a nada. Ele podia ter ficado ministro. Será que não houve um momento em que podiam chamar ele e encontrar uma composição que fosse boa para os dois lados?”

Qual será o tema dessa eleição?

“Com a entrada da Marina, parecia que o meio-ambiente seria o grande tema da campanha, mas esfriou. Hoje a discussão é sobre quem é mais experiente, porque o Serra, inteligentemente, não está na posição de oposição. E essa é uma estratégia correta. Porque ele sai da polêmica de discutir o governo de Fernando Henrique. E está elogiando o Lula.”

Fim do formador de opinião tradicional

“Acabou-se o tempo em que o formador de opinião funcionava como uma pirâmide de cima para baixo, quando o povo na base e os artistas, os intelectuais, os coronéis, tinham uma influência terrível. Hoje quem gera informação, quem muda o voto, é o igual, é o colega de trabalho.”
“O público que elege hoje ganha entre R$ 1.200 a R$ 2.000”.

Quando vale fazer campanha negativa

“Quando eu digo não à campanha negativa, é à baixaria. É atacar sem argumento, simplesmente porrada. Isso as pessoas não querem. Mas em alguns momentos você pode e deve usar. Em um debate, por exemplo, é quando as pessoas mais toleram você ser até um pouco agressivo com seu adversário. Por que ali elas acham que é honesto. O que você não pode é colocar, no seu programa, o seu apresentador para meter o pau no seu adversário. Ele não tem legitimidade, ele não tem credibilidade para fazer isso”.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/dilma+e+a+favorita+mas+serra+esta+melhor+diz+duda/n1237599595355.html

PSDB negocia com Paulo Maluf chapa Serra-Dornelles

O PP de São Paulo e o ex-governador de Minas Aécio Neves são, para os tucanos, fundamentais na definição de Dornelles como vice

Adriano Ceolin, iG Brasília

Na ofensiva para fazer do PP aliado de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência da República, o coordenador-geral da pré-campanha e presidente nacional tucano, Sérgio Guerra, encontrou-se na noite desta quarta-feira com o deputado federal Paulo Maluf. Ex-prefeito paulistano, ele é a principal liderança do partido em São Paulo

Os dois jantaram na casa do deputado federal Pedro Henry (PP-MT). O encontro foi marcado a pedido do congressista matogrossense e de Maluf. Eles foram contar a Guerra que a maioria do partido concorda com a indicação do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) como vice de José Serra.

As negociações passam por um aranjo, ainda por definir em São Paulo, do PP de Maluf com o PSDB e, principalmente, pelo ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB), que é sobrinho de Dornelles. “Ele só não vai ser o vice se Aécio quiser ficar com a vaga”, disse um deputado do PP que tem participado das conversas com os tucanos. Ontem Aécio disse em Uberlândia (MG) que tem conversado com Dornelles sobre a vaga de vice.

Na quarta-feira pela manhã, a bancada do PP reuniu-se na sede do partido em Brasília. Segundo reportagem do iG, dos 35 deputados que marcaram presença no encontro apenas dois posicionaram-se contra a aliança com os tucanos: Mário Negromonte (BA) e Nelson Meurer (PR). A bancada é formada por 42 deputados.

Além disso, 15 dos 27 diretórios regionais já defendem a indicação de Dornelles como vice. “Temos muito mais do que isso. As conversas estão avançadas”, disse o senador Sérgio Guerra ao iG após ler reportagem do portal na noite desta quarta-feira. Há 15 dias ele convidou oficialmente o PP para formar aliança com os tucanos.

O presidente tucano realizou um jantar no seu apartamento em Brasília com cinco deputados do PP: Pedro Henry (MT), Sandes Jr (GO), Ciro Nogueira (PI), Dudu da Fonte (PE) e João Pizzolatti (SC), que é o líder da bancada na Câmara. Esse encontro fez o partido mudar de lado, trocando aliança com PT pela com o PSDB.

No começo deste ano, 20 diretórios preferiam uma aliança com Dilma Rousseff (PT). A ex-ministra da Casa Civil chegou a participar de um jantar em que o partido anunciou apoio à candidatura dela. O presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), e o ministro das Cidades, Márcio Fortes, participaram do encontro.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/psdb+negocia+com+paulo+maluf+chapa+serradornelles/n1237599617872.html

Aécio diz que vai convencer prefeitos pró-Dilmasia a apoiarem Serra

RODRIGO VIZEU
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O ex-governador Aécio Neves (PSDB) disse que não há hipótese de prefeitos de PSDB, DEM e PPS em Minas não apoiarem o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra.

Aécio havia sido questionado sobre o voto "Dilmasia" --a possibilidade de os eleitores mineiros votarem em Antonio Anastasia (PSDB) para o governador e Dilma Rousseff (PT) para presidente.

Aécio disse que não há garantia, no entanto, do apoio total dos partidos que integram tanto a base federal quanto a aliança estadual em Minas, como PP, PR, PDT, PTB e PSB.

"Pode ser exista um prefeito que pode ter essa opção [Dilmasia]. Farei o possível para convencê-lo de que o melhor para Minas Gerais é a eleição de José Serra", afirmou Aécio.

O tucano disse que usará "a mesma ênfase" ao pedir votos para Serra e para a reeleição de Anastasia. "É importante em nível nacional que possamos ter um governo que privilegie o mérito, que avance nos investimentos em Minas, que descentralize a administração pública. É um conjunto de conceitos que estão incorporados na plataforma do governador José Serra", disse Aécio.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u728081.shtml

Dilma faz nova gravação em parque eólico gaúcho

Correio Braziliense - Estado de Minas


Porto Alegre - A presidenciável petista Dilma Rousseff visitou ontem um parque eólico em Osório (a 95 quilômetros de Porto Alegre) para gravar imagens que deverão ser exibidas no programa que o PT levará ao ar em 13 de maio. O programa é produzido pelo publicitário João Santana, marqueteiro de Dilma. A petista viajou ao Rio Grande do Sul em segredo. Ela participou de gravações entre o fim da manhã e o início da tarde.

O PT deverá levar à TV um programa focado na trajetória de Dilma, que nasceu em Minas Gerais e ganhou projeção política no Rio Grande do Sul. Terça-feira, como o Estado de Minas publicou copm exclusividade, ela participou de gravações no assentamento Pastorinhas, em Brumadinho.

A captação de imagens de Dilma diante dos aerogeradores, como são chamados os cata-ventos gigantescos que produzem energia a partir do vento, ocorreu em um momento em que o governo Lula é bastante criticado por ambientalistas por insistir na construção da hidrelétrica de Belo Monte (PA), na Amazônia.

A escolha de Osório obedeceu à lógica política de ligar Dilma a investimentos em energias renováveis. Trata-se do maior parque eólico da América Latina. As 75 turbinas instaladas são capazes de produzir 150 MW por ano – o suficiente para abastecer uma cidade de 750 mil pessoas. Quando era secretária de Minas e Energia do governo do PT gaúcho (1999-2002), Dilma coordenou estudos do potencial de geração de energia eólica no litoral do Rio Grande do Sul.

Em junho de 2007, já como ministra-chefe da Casa Civil de Lula, Dilma foi à inauguração do parque de Osório, que teve apoio federal para sair do papel. O empreendimento, que pertence aos grupos Elecnor (Espanha) e Enercon (Alemanha), consumiu investimentos de R$ 670 milhões, sendo R$ 465 milhões (69%) financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Racha Integrante da base aliada do presidente Lula, o Partido Progressista(PP) está rachado em relação ao apoio à candidatura da petista ao Palácio do Planalto. Nos bastidores, a cúpula do PP já admite que o embarque na candidatura petista não tem maioria dentro do partido, o que leva a legenda a cogitar a possibilidade de se manter neutra nas eleições de outubro ou migrar para a candidatura José Serra (PSDB) – se os tucanos formalizarem convite para o partido disputar a vice-presidência na chapa do ex-governador de São Paulo.

A Executiva Nacional do PP, reunida ontem, fixou o fim de maio como prazo para que os diretórios regionais do partido apresentem um relatório com detalhes sobre os impasses numa eventual coligação com o PT ou PSDB. "Assim poderemos pesar e avaliar o partido em âmbito nacional. Queremos que tragam os problemas de alianças para decidir", disse o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ).

O senador reconhece que o cenário político mudou dentro do partido. Na última avaliação interna, a maioria da legenda era favorável à coligação com Dilma. Agora, o PP estima que um terço dos seus filiados apoie a aliança com o PT, enquanto outro terço se mostra favorável a Serra. O resto do partido defende a neutralidade.

"O partido está bem dividido. Vamos resolver tudo isso até junho", disse o vice-presidente da legenda, deputado Ricardo Barros (PR). Na reunião da Executiva, deputados do PP afirmaram que o convite para uma eventual composição de chapa com Serra não pode ser descartado. "Ficamos felizes com essa possibilidade, que ainda não ocorreu", disse o deputado Antônio Cruz (PP/MS).

O PP é cortejado pelo PT e pelo PSDB, especialmente pelo seu tempo no programa eleitoral de rádio e TV - estimado em cerca de 1 minuto e 20 segundos. O PSDB cogita a possibilidade de oferecer a vice-presidência a Dornelles para conquistar o apoio do partido, enquanto o PT trabalha nos bastidores para manter a fidelidade da legenda a Dilma.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/29/politica,i=189533/DILMA+FAZ+NOVA+GRAVACAO+EM+PARQUE+EOLICO+GAUCHO.shtml

Chico Buarque declara voto em Dilma, mas diz que não vê diferença com Serra

Folha - da Reportagem Local

O cantor e compositor Chico Buarque de Holanda declarou seu voto na pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. "Eu confesso, vou votar na Dilma porque é a candidata do Lula e eu gosto do Lula", afirmou Chico em entrevista à revista "Brazuka", segundo o blog do Fernando Rodrigues.

No entanto, o cantor disse que não vê diferença se o pré-candidato do PSDB, José Serra, ganhar. "A Dilma ou o Serra, não haveria muita diferença".

Chico Buarque falou sobre o seu voto quando respondeu pergunta sobre declaração do cantor e compositor Caetano Veloso. No ano passado, Caetano afirmou que preferia a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (PV), porque ela não é "analfabeta nem grosseira como o presidente". O cantor foi repreendido pela mãe, Dona Canô Veloso, 102 anos, que pediu desculpa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para a "Brazuka", que é editada na França, Chico Buarque afirmou que sua mãe --Maria Amélia, de 100 anos-- e a de Caetano são eleitoras de Lula.

"Nossas mães são muito mais lulistas que nós mesmos. Mas não sou do PT, nunca fui ligado ao PT. Ligado de certa forma, sim, pois conheço o Lula mesmo antes de existir o PT, na época do movimento metalúrgico, das primeiras greves. Naquela época nós tínhamos uma participação política muito mais firme e necessária do que hoje", afirmou o cantor.

A revista perguntou a Chico Buarque se a imprensa trata o governo Lula injustamente. "Nem sempre é injusto, não há uma caça às bruxas. Mas há uma má vontade com o governo Lula que não existia no governo anterior", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u728086.shtml

Divergência no PT enfraquece militância em Minas

Divergência entre direções nacional e regional do PT desmobiliza o partido em Minas e previsão é de que poucos filiados compareçam para votar nas prévias marcadas para domingo

Correio Braziliense - Estado de Minas


A pressão do PMDB para ficar com a cabeça de chapa no caso de uma aliança com os petistas em Minas Gerais e a falta de entendimento entre os diretórios regional e nacional sobre o tema devem esvaziar as prévias de domingo, marcadas para pôr um ponto final na briga interna do partido. A proposta da consulta interna é escolher entre o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel quem será o candidato ao Palácio da Liberdade, mas a novela parece estar longe de acabar. O problema é que, diante das informações truncadas entre os dois PTs, o que defende candidatura própria e o que abre mão da vaga para ter o PMDB em um palanque único, grande parte da militância está desmobilizada.

A própria direção do partido em Minas admite a falta de entusiasmo dos petistas para participar das prévias. A expectativa é que o número de votantes diminua cerca de 30% ou até caia pela metade em relação aos que votaram no processo de eleições diretas (PED). Na ocasião, aproximadamente 50 mil eleitores petistas foram às urnas e agora este número deve chegar a um máximo de 30 mil. "Já há um reflexo da militância desanimada, só pela desconfiança de que o PT vai abrir mão da cabeça de chapa. Imagine o que vai acontecer na campanha", afirmou o presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes.

O parlamentar usa o fato como argumento para tentar convencer a direção nacional de que, caso o PT não ofereça o nome para concorrer ao governo, a campanha da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência no estado pode ser enfraquecida. “Esta desmobilização pela desconfiança de não termos candidato ao governo é um sinal que reforça nossa tese de que o PT precisa lançar um nome próprio para mobilizar o partido”, afirmou.

As prévias ocorrem contrariando posicionamento da direção nacional do PT, que vem mandando constantes recados aos mineiros. Um eventual impasse em Minas Gerais pode prejudicar nacionalmente o apoio do PMDB à candidatura de Dilma. No estado, os peemedebistas lançaram o ex-ministro Hélio Costa pré-candidato ao governo e o partido vem reivindicando a adesão dos petistas. A eleição de Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, está sendo reivindicada como prioridade para o PMDB.

Problemas Nos grupos de Patrus e Pimentel, ninguém acredita em uma intervenção nacional no PT, embora a direção tenha sido clara ao dizer que tem delegação para resolver os impasses regionais. Os dois pré-candidatos que concorrem às prévias também não falam em desmobilização ou interferência do comando de Brasília. "Não diria desmobilização, pode ser que haja um processo de conhecimento desta realidade", afirmou Pimentel referindo-se ao fato de o PT não ter garantia de que vai encabeçar a chapa com o PMDB.

Já Patrus Ananias acredita em uma boa participação. "Sinto as pessoas, tenho conversado com lideranças, prefeitos, deputados, vereadores e militantes. Da parte deles a adesão é muito ampla", disse. Pimentel criticou o fato de o partido ter que fazer prévias para escolher seu candidato e disse ter tentado um acordo para evitar isso. "Não foi possível e isso diminui o espaço de tempo político. Podíamos estar trabalhando desde outubro, quando a maioria no PED escolheu um grupo para representar o PT", afirmou, referindo-se à vitória de seus apoiadores para comandar o diretório.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/29/politica,i=189531/DIVERGENCIA+NO+PT+ENFRAQUECE+MILITANCIA+EM+MINAS.shtml

Número de jovens entre 16 e 17 anos que tiraram o Título de Eleitor cai 28% em 2010

Prazo para se alistar termina em 5 de maio

Correio Braziliense

O prazo para tirar o Título de Eleitor termina no próximo dia 5, mas muitos jovens ainda não se alistaram. Desde a última eleição, o número de eleitores brasileiros com 16 e 17 anos %u2014 que têm o voto facultativo %u2014 caiu 28%. Os adolescentes, que em 2006 ultrapassavam 2,4 milhões de votantes, não chegam a 1,8 milhão este ano. A queda também atingiu o Distrito Federal, mas em menor proporção. O total de eleitores com menos de 18 anos diminuiu 10,6%, o que significa uma baixa de 2.489 votantes nessa faixa etária. Para estas eleições, já se alistaram mais de 59 mil eleitores candangos de 16 a 18 anos.

A estudante Alícia Cannes, que completa 16 anos em maio, engrossa essa estatística. Ela diz que prefere não votar porque está insatisfeita com a política brasileira. %u201CPara mim, nenhum dos candidatos é bom o suficiente, cada um tem alguma coisa que estraga%u201D, observa. %u201CAs pessoas deveriam se importar mais quando os políticos erram e protestar para mudar alguma coisa.%u201D

O comportamento de Alícia é considerado normal na avaliação da professora de ciência política da Universidade de Brasília Lúcia Avelar. %u201COs jovens, em geral, podem ter tanto um desencanto e achar que não tem jeito mesmo, que todo mundo é ladrão, quanto fazer parte dos movimentos pela prestação de contas dos políticos, o chamado controle cidadão.%u201D É desse segundo grupo que fazem parte os estudantes da UnB responsáveis pela criação do movimento Vote Para Mudar. %u201CNosso objetivo é fomentar a importância do voto, mostrar que cada um faz a diferença%u201D, explica a estudante de direito Talitha Selvathi, 24.

O grupo estimula o alistamento eleitoral, com visitas a colégios e a universidades do DF. Nelas, é realizado o cadastro no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir de então, os novos eleitores têm cinco dias para completarem o registro em qualquer cartório eleitoral. Ao todo, cerca de 300 jovens já se alistaram com o movimento. A estudante da UnB Gabriela Rondon, 19, foi uma delas. %u201CIsoladamente o voto não muda nada, mas, quando um conjunto se mobiliza, sim%u201D, ressalta.

Transferência
O estudante de ciência política da UnB Gabriel Santos Elias, 23, já é obrigado a votar. Mas, mesmo com a possibilidade de justificar o voto, já que o título dele é de Minas Gerais, Gabriel também faz questão de participar e transferiu o título. %u201CAntes pensava muito na política nacional e pouco no Buriti. Mas percebi que é esse descaso que gerou a crise em que estamos. Por isso quero trabalhar na mudança do cenário político do DF também.%u201D

Para transferir o voto, o eleitor precisa residir no estado há, pelo menos, três meses e não ter feito outra transferência há menos de um ano. Caso perca o prazo, ele deve se apresentar no dia das eleições para justificar a ausência ou então viajar ao estado de origem para votar. Há também o voto de trânsito, no qual o eleitor que está temporariamente fora da cidade de origem pode votar para presidente. Basta procurar uma zona eleitoral.

SERVIÇO
Para mais informações, acesse o site www.tre-df.jus.br ou ligue no (61) 3441-1000.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/29/politica,i=189499/NUMERO+DE+JOVENS+ENTRE+16+E+17+ANOS+QUE+TIRARAM+O+TITULO+DE+ELEITOR+CAI+28+EM+2010.shtml

José Serra e Dilma Rousseff voltam as atenções para alianças com o PP e o PTB em busca de maior exposição na TV

Mas partidos tendem a manter a neutralidade

Correio Braziliense - Ivan Iunes


Devidamente costuradas as principais alianças à Presidência da República, os dois pré-candidatos ao Palácio do Planalto mais bem colocados nas pesquisas, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), miram agora em duas legendas médias: PP e PTB. O maior atrativo dos dois partidos é o tempo de televisão que cada um vai dispor durante o horário eleitoral gratuito. Juntos, os dois significam mais três minutos à propaganda em rede nacional. As alianças regionais, contudo, devem levar as duas siglas à neutralidade. Somente a governador são 11 pré-candidatos anunciados por PP e PTB (veja quadro).

Embora tenham histórico de participação durante o governo de Lula, PP e PTB flertam com o desembarque no palanque de oposição para as eleições de outubro. Nesta quarta-feira, por exemplo, a direção nacional do PP negou apoio oficial a Dilma Rousseff. O motivo seriam as negociações estaduais. Como a pré-candidatura de Dilma já tem um vice praticamente confirmado — o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) —, o cargo pode pender a balança para que o PP apoie Serra.

A indicação natural do partido para a vice do tucano seria o senador Francisco Dornelles (RJ). O acordo, contudo, dificultaria a situação do partido em vários estados, além de colocar em risco o Ministério das Cidades, hoje entregue a Márcio Fortes e responsável por um orçamento de R$ 15,2 bilhões. Entre as duas faturas, o mais natural é que o partido escolha manter-se neutro na composição nacional. “O caminho do PP é favorecer ao máximo os estados, por isso a neutralidade pode ser o caminho ideal”, pondera o vice-presidente da legenda, o deputado federal Ricardo Barros (PR).

Dono de um tempo de televisão de 1 minuto e 20 segundos, o PP pretende lançar cinco candidatos a governador. Ainda ambiciona aumentar a bancada no Congresso Nacional, onde conta com 41 deputados e um senador. As apostas da legenda para engordar a participação no Senado são Ricardo Barros (PR), Esperidião Amin (SC), Ana Amélia (RS), Benedito de Lira (Al) e Ivo Cassol (RO).

Divisão
Se o PP encontra aparente paz interna, a divisão interna no PTB é bem maior. A bancada do partido, que conta com 22 deputados federais e sete senadores, tende a apoiar a governista Dilma para a Presidência. Do outro lado da mesa, a direção da legenda, capitaneada pelo ex-deputado federal cassado Roberto Jefferson (RJ), pressiona por uma aliança com Serra. No cerne da disputa pelo apoio da legenda está um tempo de televisão de até 1 minuto e 50 segundos.

O partido pretende esticar a corda até o limite das convenções, em junho, também de olho nas alianças regionais. O PTB pretende lançar seis candidatos a governador, além de Romeu Tuma (SP), Luiz Francisco Barbosa (RS), Júnior do Friboi (GO) e Armando Monteiro Neto (PE) para o Senado. Como os candidatos têm alianças divididas entre Dilma e Serra, o partido também flerta com a neutralidade. “Adotar a neutralidade seria mais vantajoso para os estados. Liberaria a aliança para tomar o melhor caminho, de acordo com a região”, analisa o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/29/politica,i=189473/JOSE+SERRA+E+DILMA+ROUSSEFF+VOLTAM+AS+ATENCOES+PARA+ALIANCAS+COM+O+PP+E+O+PTB+EM+BUSCA+DE+MAIOR+EXPOSICAO+NA+TV.shtml

Em visita ao Triângulo Mineiro, Aécio Neves promete viajar com Serra

Lideranças do PP regional anunciam que estarão no palanque do tucano

Alana Rizzo

Especial para o Correio


Uberlândia (MG) — A troca de afagos entre o pré-candidato à Presidência José Serra e o ex-governador mineiro Aécio Neves deixa claro que o PSDB não quer correr o risco de perder a disputa no segundo colégio eleitoral do país. Durante a passagem do presidenciável pela região mais paulista de Minas, os dois não se descolaram. Logo que Aécio chegou na cidade, 15 minutos depois de Serra, os ex-governadores foram para uma sala ainda no aeroporto e tiveram uma conversa reservada de cinco minutos. Aécio prometeu reforçar a campanha do ex-governador paulista no estado e no país. Garantiu que vai viajar com o pré-candidato depois de uns dias de “férias”. A agenda ainda não está fechada.

“A força da sua juventude será fundamental para a nossa caminhada”, disse Serra. Ele elogiou também o talento do mineiro para escolher a equipe de trabalho, agradando, por tabela, o atual governador Antônio Anastasia, que era vice do tucano. O paulista ainda brincou do “conceito” de Aécio com as mulheres. “Muitas me pediram para dizer a ele que tirasse a barba”. Serra não pediu, mas o ex-governador mineiro apareceu de visual novo: sem barba, bronzeado e com os cabelos mais claros.

Desde que prometeu entrar de cabeça na campanha de Serra e viajar por Minas, esta é a primeira vez que o ex-governador mineiro colocou mesmo pé na estrada. O apoio do mineiro é essencial para a campanha do partido. Segundo aliados, Aécio deve ser o fiel da balança na região. Em 2002, a votação de Serra não foi tão expressiva. Teve, no primeiro turno, 17,9% dos votos. Contra 55,6% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No segundo turno, ficou com 29,2% e Lula, 70%. “Em 2002, existia um nome chamado Lula”, disse Aécio Neves, que foi eleito na região do Triângulo Mineiro com 72,9% dos votos.

O ex-governador mineiro, entretanto, negou a possibilidade de ser vice na chapa e afirmou que este assunto será debatido pela coligação. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que é primo de Aécio, está cogitado para ocupar a vaga de vice. O partido integra a base aliada do governo Lula, que está rachado com relação ao apoio a Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

Em Uberlândia, o prefeito da cidade, Odelmo Leão, que já foi líder do PP na Câmara dos Deputados, e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Alberto Pinto Coelho, cotado para vice na chapa do governador de Minas, Antonio Anastasia, garantiram que vão fazer campanha para o tucano no estado. Os dois acompanharam a comitiva de Serra na cidade. Ao lado de prefeitos, deputados estaduais e federais, o pré-candidato participou de um encontro na associação comercial. Do lado de fora do prédio, servidores da educação que estão em greve no estado protestaram e acabaram se enfrentando com a claque tucana. A comitiva entrou por outra porta e não viu a manifestação. Durante o encontro, militantes gritavam e batucavam o tempo todo “Serra, presidente, e Anastasia, governador”. Um jingle ecoava “Minas pode mais” e o “Triângulo pode mais”, em referência ao mote de Serra: “o Brasil pode mais”.

Em seu discurso de quase meia hora, Serra destacou lideranças locais e chegou a comparar o Triângulo Mineiro ao interior europeu. Mais uma vez, rasgou elogios a Aécio, a quem atribuiu os bons índices da região. “Isso é que é governar direito. Você nivela por cima.” Segundo ele, a região vai “decolar como um foguete”. Ontem, Serra deixou um pouco de lado o discurso do passado, em que contava seus feitos no Ministério da Saúde. Falou mais da sua experiência como prefeito da maior cidade do país.

Ministérios
Serra reforçou sua proposta de criação de novos ministérios. Nos últimos dias, o tucano vem batendo na tecla da necessidade de ter uma pasta específica para tratar de Segurança Pública. A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, criticou o projeto e disse que a medida vai inchar a máquina. Em resposta, Serra disse que, se eleito, iria acabar com algumas secretarias que ganharam status de ministério no governo Lula como a dos portos e de Assuntos Estratégicos. Serra prometeu também uma pasta para tratar dos portadores de deficiência.

O presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia, também atacou o governo. “As diferenças já começaram a aparecer. Queremos um Brasil servindo aos brasileiros. O PT um Brasil servindo ao partido”, disse. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire, também participou da visita ao Triângulo Mineiro. Serra ouviu o tradicional “chororô” de prefeitos. Ouviu reclamações, lamentações e pedidos de obras. Por conta de uma reunião da Associação Mineira de Municípios que estava marcada para ontem também, cerca de 40 prefeitos participaram do encontro. O tucano foi cobrado a rever o pacto federativo e garantir a reforma tributária. Porém, as promessas para a região foram outras: o gasoduto e a transformação do aeroporto da cidade em internacional.

Atraso
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, chegou a Uberlândia por volta das 14h30. Ele foi recebido por lideranças da região e ficou esperando o
ex-governador de Minas Aécio Neves chegar à cidade. “Aécio sempre brinca que ficava me esperando. Agora, eu sou o Serra pontual e ele está atrasado”. Serra comemorou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de derrubar a patente do Viagra. Para ele, o genérico vai agradar muita gente.

Para saber mais
Uma região bem rica

Com uma população em torno de 1,5 milhão de habitantes, o Triângulo Mineiro tem Uberlândia, Uberaba e Araguari como as principais cidades. É uma das regiões mais ricas de Minas Gerais, com a economia voltada para a distribuição. As principais indústrias ali instaladas relacionam-se aos setores de processamento de alimentos e madeira, açúcar e álcool, fumo e fertilizantes. Uberlândia, a maior cidade da região, com 634 mil moradores, é comandada pelo PP. O prefeito é Odelmo Leão. Já Uberaba (296 mil habitantes) e Araguari (111 mil habitantes) têm prefeitos do PMDB, Anderson Adauto e Marcos Coelho de Carvalho.

Ciro Gomes
Serra não quis comentar a decisão do PSB de retirar a candidatura de Ciro Gomes. Já Aécio fez questão de demonstrar insatisfação como afastamento do deputado federal da disputa pela Presidência. Ele disse que Ciro é preparado e que quem perde é a política brasileira, que terá uma eleição polarizada. Aécio disse que pretende conversar com Ciro para saber a possibilidade de, no futuro, estejam juntos”.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/29/politica,i=189472/EM+VISITA+AO+TRIANGULO+MINEIRO+AECIO+NEVES+PROMETE+VIAJAR+COM+SERRA.shtml

Painel: Duda Mendonça ofereceu serviços à campanha de Dilma

colaboração para a Folha

Hoje na Folha Duda Mendonça tentou em janeiro oferecer seus serviços à pré-candidata petista à Presidência Dilma Rousseff, informa o "Painel" da Folha desta quinta-feira (29) (íntegra só para assinantes UOL e do jornal). O movimento foi abortado pelo presidente Lula, que impôs o publicitário João Santana na comunicação.

O marqueteiro, que, durante a CPI do Mensalão afirmou ter R$ 10,5 milhões do PT numa conta secreta no exterior, disse que "com Serra ou Dilma a gente está bem servido". Ele tem contas tanto no governo federal quanto no de São Paulo, terreno tucano.

Palestra

Na última terça-feira, Duda Mendonça disse que a campanha de Dilma erra na forma que tenta apresentá-la ao eleitor.

"Não adianta desvirtuar a Dilma. Tem que deixar a Dilma ser como ela é. As pessoas vão entender como ela é ou não. Pegá-la e fazer outra pessoa... Vai ficar numa vestimenta que não é confortável, vai ficar escorregando volta e meia", disse Duda, em palestra de duas horas na Casa do Saber, em Ipanema, zona sul do Rio.

Responsável pela campanha de Lula em 2002 e pelo marketing do governo até o escândalo do mensalão em 2005, Duda afirmou acreditar, apesar disso, que Dilma deve vencer devido ao apoio do presidente.

"Se não fosse o Lula, seria a vez do Serra. Serra é um baita de um quadro, puta governador. Se não fosse o Lula, era a vez dele. Mas Lula é igual Padre Cícero ou está ali perto."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727670.shtml

Marina vai à Colômbia analisar estratégia de 'surpresa verde'

Folha  - BERNARDO MELLO FRANCO
da Reportagem Local
ITALO NOGUEIRA
da Sucursal do Rio

O PV quer pegar carona no fenômeno Antanas Mockus, o candidato verde que assumiu a ponta da corrida presidencial na Colômbia.

A senadora Marina Silva programou uma excursão ao país vizinho no próximo dia 20. A ideia é conhecer a estratégia que transformou o ex-prefeito de Bogotá em favorito.

"Queremos construir um eixo MM, Mockus-Marina", anima-se o coordenador da candidatura verde, Alfredo Sirkis.

Para ele, o exemplo colombiano comprova o "potencial de crescimento da ecologia política". "Nossos países são diferentes, mas acredito que as mesmas causas produzam os mesmos efeitos", afirma.

Além de trocar experiências, os verdes brasileiros planejam gravar cenas para o programa de TV de Marina. A mensagem principal já está definida: se Mockus vencer lá, a senadora também pode vencer aqui.

Favorito à sucessão do presidente Álvaro Uribe, o ex-prefeito iniciou a campanha como azarão, com 10% das intenções de votos -patamar atual de Marina. Na última pesquisa, do instituto Ipsos, ele alcançou 38%, contra 29% do governista Juan Manuel Santos. A eleição será no dia 30 de maio.

A equipe de Marina quer analisar como a internet auxiliou na arrancada de Mockus. Além da senadora e de assessores, vão à Colômbia os secretários do PV Fabrício Carnevale (Comunicação) e Marco Antônio Moz (Relações Internacionais).

O midiático candidato colombiano tem empolgado jovens no Facebook desde a pré-campanha. Neófito no PV colombiano, ele superou dois rivais nas prévias do partido.

Carnevale diz que o sucesso na rede independe de uma estrutura robusta de campanha. Por isso, ter um investimento menor não impediria Marina de superar José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na rede.

"O PV colombiano tem apenas duas pessoas operando a campanha de Mockus na internet. Mostra que não são só as megaestruturas de campanha na rede que podem fazer um bom trabalho", diz Carnevale, para quem a campanha na web potencializa a "da rua".

Segundo ele, Mockus conta com uma estrutura menor do que a que estará à disposição de Marina, cuja equipe trará ao menos 30 pessoas. A campanha nas mídias sociais ficará a cargo do jornalista Caio Túlio Costa.

"Para alimentar as redes sociais, dar conta da interatividade e explorar ao máximo as possibilidades, é necessário estrutura e know-how", diz o pesquisador Camilo Aggio, da Universidade Federal da Bahia.

Mais de 470 mil internautas já acessaram o perfil de Mockus no Facebook. Ele tem 21 mil seguidores no Twitter. Marina tem 31 mil, mas não possui perfil oficial no Facebook.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727638.shtml

28 de abr. de 2010

PCdoB divulga nota de apoio à aprovação do Ficha Limpa

Agência Câmara via Correio Braziliense

A líder do PCdoB, deputada Vanessa Grazziotin (AM), divulgou há pouco nota reiterando o apoio da bancada do partido ao Projeto de Lei Complementar da Ficha Limpa (518/09), nos termos do substitutivo apresentado pelo grupo de trabalho.

Na nota, além de destacar o “protagonismo da bancada na construção das condições para sua aprovação”, a parlamentar cobra da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania seu pronunciamento sobre o projeto de lei complementar e sobre o substitutivo do grupo de trabalho da Câmara que analisou o tema.

Confira a íntegra da nota:

NOTA

A Bancada do Partido Comunista do Brasil - PCdoB - considera de grande importância a votação do Projeto de Lei Complementar nº 518, de 2009, conhecido como "Ficha Limpa", nos termos do substitutivo apresentado pelo Grupo de Trabalho que analisou este tema na Câmara dos Deputados.

Entendemos que o Projeto traz uma grande contribuição para dar legitimidade ao processo eleitoral, conferindo credibilidade aos que exercem cargos eletivos. Por isso, apoiamos sua aprovação.

Desde o início da tramitação do Ficha Limpa nossa bancada tem participado ativamente em construir as condições de sua aprovação. No grupo de trabalho que examinou a matéria, o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) teve grande protagonismo na confecção do texto que chegou ao Plenário, enquanto o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), como líder do Bloco PSB-PCdoB-PMN-PRB, foi signatário do requerimento de sua tramitação em urgência urgentíssima.

O Projeto de Lei Complementar, com as emendas a ele apresentadas em Plenário, encontra-se neste momento sob exame da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), que, segundo delegação do Plenário, terá até o dia 29 de abril para dar seu parecer.

Consideramos importante o pronunciamento da CCJC sobre a proposição, cumprindo sua incumbência regimental de opinar sobre matéria eleitoral e deixando claro, em nosso voto, que o prazo dado a essa Comissão não teria nenhuma conotação protelatória quanto a sua votação pela Casa.

Aguardamos que, conforme estipulado pelo Plenário, a proposição, com ou sem manifestação da CCJC, retorne à pauta de votação até a próxima semana, na qual, com os aperfeiçoamentos que venham a ser feitos, possamos aprová-la no prazo mais rápido possível.

A sociedade aguarda a aprovação dessa matéria, e nossa Bancada está comprometida com isso.

Brasília, 28 de abril de 2010.

Vanessa Grazziotin Líder do PCdoB

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/28/politica,i=189397/PCDOB+DIVULGA+NOTA+DE+APOIO+A+APROVACAO+DO+FICHA+LIMPA.shtml

Para criar ministérios, Serra quer extinguir outros dois

BRÁS HENRIQUE - Agência Estado

O pré-candidato à Presidência da República, José Serra, voltou a afirmar hoje em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que, se eleito, deverá criar os Ministérios da Segurança Pública e da Pessoa Portadora de Deficiência. Para isso, o tucano planeja extinguir dois Ministérios.

Ao ser questionado sobre as críticas feitas por sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT), que considerou desnecessária a criação de novos ministérios, o ex-governador paulista enfatizou que atualmente existem pastas que podem ser extintas, como o dos Portos e o de Assuntos Estratégicos.

Serra está reunido com lideranças políticas do PSDB na região, além de Aécio Neves e o governador mineiro Antonio Anastasia.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-criar-ministerios-serra-quer-extinguir-outros-dois,544250,0.htm

Dirceu: Serra não tem autoridade para falar de segurança

GUSTAVO URIBE - Agência Estado

O ex-ministro da Casa Civil e deputado federal cassado, José Dirceu (PT), engrossou hoje o coro petista contrário ao compromisso do presidenciável do PSDB, José Serra, de criar o Ministério da Segurança Pública, caso seja eleito. O ex-parlamentar chamou a proposta de um "afago à direita truculenta" e acusou o tucano de repetir uma promessa já feita durante as eleições de 2002, quando Serra enfrentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Para ser objetivo, eu tenho que reconhecer que sobre segurança o candidato da oposição não tem nenhuma autoridade para falar", opinou Dirceu em seu blog (www.zedirceu.com.br).

O ex-ministro criticou a gestão do PSDB à frente do Estado de São Paulo na área de segurança pública. "Sabemos o resultado: zero em matéria de segurança. São políticas que deixaram milhares de mortos pela polícia, o que faz com que a retórica de Serra sobre direitos humanos seja só para constar em seu currículo", ressaltou.

Em entrevista ao programa "Brasil Urgente", transmitida pela TV Bandeirantes na segunda-feira, Serra prometeu que, se eleito, criará o Ministério da Segurança Pública. O tucano cobrou do governo federal um envolvimento maior na área de segurança, com destaque ao combate ao crime organizado. Na entrevista, o tucano deu um tom mais popular ao seu discurso. Afirmou que "bandido tem de ser enfrentado com dureza" e que o governo tem de "engaiolar" os criminosos.

Dirceu criticou o vocabulário usado por Serra. "A única novidade agora é a linguagem chula e agressiva que lembra a direita sobre a repressão", avaliou. De acordo com o deputado cassado, o "enfrentamento" proposto por Serra no programa televisivo usa "nomes bonitos ou de impacto" para agradar a "direita mais truculenta e reacionária".

Na manhã de ontem, antes de participar do Congresso dos Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Carga, no Senado Federal, a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, condenou a promessa de Serra de criar o Ministério. A petista considerou pouco relevante a proposta, a qual, segundo ela, só contribuiria com o inchaço da máquina pública. Para Dilma, o Ministério da Justiça tem desempenhado bem a função de zelar pela segurança pública.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dirceu-serra-nao-tem-autoridade-para-falar-de-seguranca,544247,0.htm

Servidores enfrentam militantes antes de visita de Serra

BRÁS HENRIQUE - Agência Estado

Enquanto aguardavam a chegada do pré-candidato à Presidência da República, José Serra, do ex-governador mineiro, Aécio Neves, e do atual governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), servidores da educação estadual confrontaram militantes tucanos em frente à Associação Comercial e Industrial (ACI) de Uberlândia. Cerca de 30 representantes do Sindicato dos Servidores de Educação Estadual estavam com faixas reivindicando o piso salarial de R$ 1.312,85 ao governador, enquanto militantes do PSDB gritavam frases de apoio a Serra, Aécio e a Anastasia.

Por volta de 14h40, após uma discussão verbal, houve um rápido confronto. Militantes tucanos usaram mastros de bandeira para agredir os representantes sindicais. Carlos Alberto Kian, colaborador do sindicato, caiu e foi atingido por um chute no rosto. O óculos do sindicalista quebrou e ao tentar se levantar foi contido pela Polícia. Os grupos foram separados pela PM.

Segundo Elaine Cristina Ribeiro, diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, cerca de 70% dos professores estaduais de Uberlândia estão paralisados há cerca de 20 dias e 80% do Estado estariam em greve no neste período.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,servidores-enfrentam-militantes-antes-de-visita-de-serra,544237,0.htm

Petistas acusam coordenador de Serra de comandar "guerra suja" na internet

TAI NALON
colaboração para a Folha

O PT estuda acionar juridicamente o PSDB pelo registro de sites que incitam o que eles classificam como "guerra suja" entre militâncias na internet. Um dos sites questionados é o gentequemente.org.br, que traz críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à pré-candidata petista Dilma Rousseff. O site entrou no ar em meados de 2009.

O registro do site petralhas.com.br também entrou nas listas de discussão das redes sociais na internet. O domínio foi registrado pelo coordenador de campanha do pré-candidato à Presidência José Serra (PSBD), Eduardo Graeff. O ISD (Instituto Social Democrata), entidade ligada ao PSDB, também consta do registro do domínio dessa página --que está inativa.

Petistas usaram o episódio para acusar Graeff de comandar uma "infantaria cibernética" que dispara boatos sobre a pré-candidata petista Dilma Rousseff e seus correligionários.

No Twitter, o deputado André Vargas, diretor de comunicação do PT, acusou Graeff de ser "articulador das baixarias do PSDB" e incitar uma "guerra suja" na internet. O deputado Brizola Neto (PDT) reproduziu imagens do registro dos domínios em seu site e questionou a conduta tucana. O site Galera Dilma atribuiu a Brizola Neto as denúncias sobre as intrigas na internet.

O domínio petralhas.com.br está registrado em nome de Graeff, que, além de membro do PSDB, é conselheiro do ISD. Em seu estatuto, o ISD se apresenta como "uma sociedade civil sem fins lucrativos, destinada a promover o debate e a divulgação de idéias e teses da social democracia".

Outro lado

Graeff admitiu ter registrado o domínio do site petralhas.com.br, mas negou participação na distribuição de boatos contra o PT. "De que forma um site inativo, isto é, um nome de domínio, se envolve em uma guerra cibernética?", questionou.

Segundo ele, a ideia de registrar esse domínio foi inspirada no livro "O País dos Petralhas", do jornalista Reinaldo Azevedo --o livro foi lançado em 2008. Graeff disse que, na ocasião de seu lançamento, achou que o material rendia um site e que o nome era "divertido".

Sobre o site gentequemente.org.br, Graeff afirmou que as intenções do PSDB não são de disparar, mas de desmentir boatos. "Como o de que vamos acabar com o Bolsa Família, por exemplo", disse.

Procurada pela reportagem, a assessoria do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, analisa se comentará o assunto.

Disputa judicial

André Vargas afirmou que o PT analisa tomar providências jurídicas em relação aos sites. Para ele, "o PSDB estimula a guerra suja" na internet com iniciativas desse tipo. Ele se disse surpreso com o envolvimento de coordenadores da campanha de Serra na criação dos sites. "Achava que eles iam fazer por trás, mas estão fazendo de frente", disse.

Graeff ironizou o incômodo petista: "Estou pensando em mudar o nome do site de 'Gente Que Mente' para 'Gente Que Mente e Não Gosta de Desvendar Mentiras'".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727326.shtml

Aécio admite conversar com Dornelles sobre vice de Serra

Folha - BRENO COSTA
enviado especial a Uberlândia (MG)

O ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) admitiu hoje que tem conversado com o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). O nome de Dornelles tem sido visto como plano B para vice do pré-candidato tucano José Serra caso Aécio não aceite mesmo o posto.

Segundo Aécio, "não temos pressa nesse momento para essa questão do vice".

Três fatores centrais fazem de Dornelles uma opção para compor a chapa de Serra: a proximidade com Aécio e Minas Gerais, a atração do hoje neutro PP para a coligação de Serra e o consequente aumento no tempo de TV. A intermediação de Aécio pode facilitar um acordo.

Serra participa hoje do "Encontro de Lideranças do Triângulo", que deve, na prática, exaltar as pré-candidaturas de Serra e do governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB). Cerca de 500 pessoas participam do evento, em Uberlândia.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727298.shtml

Dilma grava imagem em parque eólico no Rio Grande do Sul

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

A presidenciável petista Dilma Rousseff visitou hoje um parque eólico em Osório (95 km de Porto Alegre) para gravar imagens que deverão ser exibidas no programa que o PT levará ao ar no dia 13 de maio.

O programa é produzido pelo publicitário João Santana, marqueteiro de Dilma. A petista viajou ao Rio Grande do Sul em segredo. Ela participou de gravações entre o final da manhã e o início da tarde.

O PT deverá levar à TV um programa focado na trajetória de Dilma, que nasceu em Minas Gerais e ganhou projeção política no Rio Grande do Sul. Ontem, ela participou de gravações em Belo Horizonte.

A captação de imagens de Dilma diante dos aerogeradores, como são chamados os cataventos gigantescos que produzem energia a partir do vento, ocorreu em um momento em que o governo Lula é bastante criticado por ambientalistas por insistir na construção da hidrelétrica de Belo Monte (PA), na Amazônia.

A escolha de Osório obedeceu à lógica política de ligar Dilma a investimentos em energias renováveis.

Trata-se do maior parque de eólico da América Latina. As 75 turbinas instaladas são capazes de produzir 150 MW por ano --o suficiente para abastecer uma cidade de 750 mil pessoas.

Quando era secretária de Minas e Energia do governo do PT gaúcho (1999-2002), Dilma coordenou estudos do potencial de geração de energia eólica no litoral do Rio Grande do Sul.

Em junho de 2007, já como ministra-chefe da Casa Civil de Lula, Dilma foi à inauguração do parque de Osório, que teve apoio federal para sair do papel.

O empreendimento, que pertence aos grupos Elecnor (Espanha) e Enercon (Alemanha), consumiu investimentos de R$ 670 milhões, sendo R$ 465 milhões (69%) financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727282.shtml

Análise: Cotado para dividir chapa com Serra, PP deve ficar com Dilma

Folha - da Reportagem Local

Embora o nome do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) tenha circulado com força no PSDB --como possível candidato a vice na chapa do presidenciável José Serra (PSDB)--, o PP fez uma reunião na manhã desta quarta-feira e "decidiu não decidir nada". É o que informa Fernando Rodrigues, colunista do UOL e repórter da Folha em Brasília, no vídeo abaixo.

Na análise do colunista, o PP dificilmente apoiaria os tucanos, já que está no governo Lula há algum tempo, tem o Ministério das Cidades e uma centena de cargos na administração federal. "O mais provável é que, no final de maio, a legenda decida não apoiar ninguém ou, até, apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Planalto."

veja o vídeo

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u727239.shtml

Professores de Minas e supostos militantes do PSDB se enfrentam antes da chegada de Serra

Folha - BRENO COSTA
enviado especial a Uberlândia (MG)

Um grupo com cerca de 30 professores da rede estadual de Minas Gerais faz um protesto na frente da Associação Comercial de Uberlândia (MG), onde haverá na tarde desta quarta-feira evento com a participação do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Por volta das 14h30, houve um princípio de confusão entre os professores e cerca de 50 supostos militantes do PSDB. Duas pessoas ficaram feridas no tumulto.

O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), e o ex-governador Aécio Neves (PSDB) também participarão do evento em Uberlândia.

Os professores estaduais de Minas estão em greve há 21 dias. A reivindicação da categoria é o piso salarial de R$ 1.312,85 para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727232.shtml

Eleitores com dificuldade de locomoção têm até 4ª para transferir título para seção especial

colaboração para a Folha

Eleitores com dificuldade de locomoção no Estado de São Paulo devem solicitar até 5 de maio transferência para uma seção especial, caso ainda não estejam inscritos em uma. Essas seções são de fácil acesso às urnas porque estão instaladas em locais sem escadas ou com elevadores. Idosos também podem fazer o pedido.

O eleitor interessado pode obter o endereço dos cartórios eleitorais no site do TRE-SP. Dúvidas são esclarecidas na Central de Atendimento ao Eleitor nos telefones 148 (ligação local para todo o Estado) ou (11) 2858-2100 (para ligações da capital).

Título de eleitor

Os cartórios eleitorais do país ampliaram o horário de atendimento ao público em duas horas. Em São Paulo, os cartórios estarão funcionando das 9h às 18h. Haverá plantão no feriado de 1º de maio (sábado) e no próximo domingo (02).

A mudança tem o objetivo de facilitar a vida do eleitor que precisa tirar ou transferir o domicílio de seu título. O prazo para tirar ou mudar de domicílio eleitoral termina em 5 de maio.

Quem tira o título deve levar ao cartório documento de identidade, comprovante de endereço recente e comprovante de quitação militar --no caso de homens com idade entre 18 e 45 anos. No caso de transferência, o eleitor levar o título de eleitor, os comprovantes de votação ou justificação de eleições anteriores, documento de identificação e comprovante de residência recente.

Para agilizar o atendimento, antes de ir ao cartório o eleitor pode solicitar sua inscrição ou transferência pela internet, no mesmo site.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u727157.shtml

Maioria do PP defende Dornelles como vice de Serra

Adriano Ceolin, iG Brasília

A bancada do PP na Câmara e pelo menos 15 dos 27 diretórios do partido já se manifestaram a favor da coligação com o PSDB para a disputa da Presidência da República. Se a conta se mantiver até o fim de maio, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) deverá ser o vice na chapa do tucano José Serra, que conta com PPS e DEM.

Na manhã desta quinta-feira, a bancada reuniu-se na sede do partido em Brasília. Segundo o iG apurou, 35 dos 42 deputados participaram do encontro. Apenas dois se manifestaram contra a aliança com Serra: Mário Negromonte (BA) e Nelson Meurer (PR). “Hoje a maioria do partido é Serra”, disse Antonio Cruz (PP-MS).

Até o fim de fevereiro, a maioria do partido preferia apoiar Dilma. Então líder do partido, Negromonte chegou a realizar um jantar com a ex-ministra com integrantes do PP. Na época, 20 diretórios apoiavam contra 7 que defendiam a aliança com Serra. As contas mudaram depois que Serra foi lançado candidato e começou defender o nome de Dornelles como vice.

O convite para o PP integrar a chapa de Serra foi feito há 15 dias num jantar realizado no apartamento do senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do partido e coordenador-geral da campanha de Serra. Cinco deputados do PP foram ao encontro: Sandes Jr (GO), Pedro Henry (MT), Ciro Nogueira (PI), Dudu da Fonte (PE) e o líder João Pizzolatti (SC).

“Foi uma conversa muito boa. Queremos Dornelles vice do Serra”, disse Sandes Jr. Os outros congressistas preferiram manter discrição, principalmente porque negociam alianças nos Estados. Ciro Nogueira, por exemplo, está mais próximo dos palanques do PTB e do PT, cujos candidatos se dizem aliados de Dilma Rousseff (PT).

Em Santa Catarina, o PP de Pizzolatti pode ser aliar ao PT também. Na terça-feira, a pré-candidata ao governo, deputada Angela Amim (PP), reuniu-se com Dilma no comitê da candidata em Brasília. “Foi uma conversa muito boa. Ela quer parceria”, disse. No entanto, o PT também lançou pré-candidata no Estado: a senadora Ideli Salvatti (SC).

Para evitar um ingresso imediato de Angela no palanque de Serra, a própria Ideli marcou o encontro de Dilma com Angela Amin. “Mas nós queremos garantia. A decisão caberá ao partido”, disse a deputada. Ela contou ao iG que também foi procurada por Serra. “Falamos por telefone e devemos nos encontrar”, afirmou.

Nesta quarta-feira, o PP deu mais uma boa notícia para Serra. Pré-candidato ao Senado, o deputado Benedito Lira (AL) fechou acordo com o governador Teotonio Vilela (PSDB), que disputará a reeleição. Na Câmara, Benedito sempre foi um dos defensores do governo Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-ministra Dilma.

A decisão de Benedito em fechar com o governador tucano foi movido por uma questão de espaço. O candidato de Dilma ao governo de Alagoas será o Ronaldo Lessa (PDT). Para o Senado, a ex-ministra apoiará o nome de Renan Calheiros (AL), líder do PMDB no Senado.

Com Celso Russomano como candidato ao governo, o PP de São Paulo também é a favor da aliança com Serra. "O partido ficou muito sensibilizado com o convite da vice para o Dornelles. Vamos montar uma comissão de deputados discutir isso", afirmou o deputado Vadão Gomes (PP-SP). O ex-prefeito paulistano Paulo Maluf também já deu declarações favoráveis ao candidato tucano.

Ministério e emendas

O trunfo do governo Lula para segurar o PP na aliança é o Ministério das Cidades, comandado pelo partido desde 2005 quando o então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PE), indicou Márcio Fortes para o cargo.

Na manhã desta quarta-feira, Fortes teve uma reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para negociar a liberação de R$ 160 milhões em emendas parlamentares. “O problema é que a partir de junho isso vai acabar. Deputado do PP está preocupado com o futuro, com a eleição”, disse um congressista pepista ao iG

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/maioria+do+pp+defende+dornelles+como+vice+de+serra/n1237599145867.html

PSB cobra isonomia no apoio aos palanques regionais

Correio Braziliense - Denise Rothenburg

Aos poucos, o presidente Lula vai conquistando aquilo que planejou há tempos: colocar todos os partidos da base aliada em torno da candidata do PT, Dilma Rousseff. Nesse cerco, aliados da ex-ministra avaliam que só faltam o PTB e o PP. Ontem, foi a vez do PSB de Eduardo Campos e de Roberto Amaral. Por 20 votos(1) a 7 nos diretórios regionais e 21 a 2 na Executiva Nacional, os socialistas disseram não à candidatura do deputado Ciro Gomes (CE) à sucessão presidencial.

Na próxima terça-feira, o PSB e o PT farão uma reunião para avaliar a situação dos palanques estaduais e acertar o roteiro da festa que os socialistas planejam promover em 17 de maio para anunciar o apoio a Dilma numa reunião do diretório nacional. “Foi no voto. Não foi uma decisão de gabinete. Adoraria poder anunciar uma candidatura, mas não foi isso que a conjuntura me ofereceu”, afirmou Eduardo Campos, presidente da sigla, se rendendo à visão do presidente Lula de eleição polarizada entre Dilma e o candidato do PSDB, José Serra.

O PSB agora vai tratar de cobrar do PT o mesmo tratamento dispensado a outros aliados que já estão na aliança de Dilma — PDT, PR, PRB e PCdoB —, além do PMDB, que pretende oficializar a candidatura de Michel Temer como vice na chapa da ex-ministra no próximo dia 15. “O que valer para o PT e para o PMDB valerá para o PSB. Queremos um critério”, cobrou Eduardo Campos, referindo-se a apoio nos palanques regionais. Campos acredita ter hoje uma força partidária capaz de eleger de seis a sete governadores, cinco senadores e mais de 40 deputados federais. Foi em nome desses projetos que os diretórios estaduais preferiram abdicar da candidatura própria a presidente da República.

Reunião
A primeira providência de Eduardo Campos e de Roberto Amaral foi voar até o Rio de Janeiro para uma reunião com Ciro ainda na terça-feira. Ontem, o deputado postou um poema do russo Vladimir Maiakovski em seu site: “Na primeira noite, eles aproximam-se, colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam nas flores, matam nosso cão e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada”.

O poema, para os socialistas, foi a senha de que Ciro irá mesmo sair de cena nos próximos dias. Depois, ele divulgou uma carta no mesmo site, dizendo que considera a decisão do PSB um erro tático, mas não vai mais espernear. “Não é hora mais, entretanto, de repetir os argumentos claros e já tão repetidos e até óbvios. É hora de aceitar a decisão da direção partidária. É hora de controlar a tristeza de ver assim interrompida uma vida pública de mais de 30 anos dedicada ao Brasil e aos brasileiros e concentrar-me no que importa: o futuro de nosso país!”

1 - Apoio
Quando o Correio previu, no último sábado, o placar do PSB em 19 a 8, contava ainda o Amazonas como pró-Ciro. Mas desde que Serafim Corrêa fechou com o PR de Alfredo Nascimento, sobraram sete estados em apoio ao deputado: Maranhão, Rio Grande do Sul, Pará, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará. Assim, o resultado ficou em 20 a 7. Na Executiva, de 21 votos possíveis, Ciro teve apenas dois: os de Ademir Andrade (PA) e José Antônio (MA).

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Serra foca na saúde

Alana Rizzo

O “exército de jaleco”, criado pelos coordenadores da campanha de José Serra (PSDB) à Presidência da República, recebeu ontem orientações para divulgar atos do ex-ministro da Saúde e provocar o debate sobre saúde pública nestas eleições. A oposição acredita que esse é um tema frágil na candidatura do PT. O Movimento Brasil Saúde, lançado em Brasília, se intitula como suprapartidário. Porém, o que se viu na divulgação do manifesto foram declarações claras de apoio ao tucano.

O médico sanitarista e ex-ministro interino da Saúde José Carlos Seixas disse que a área precisa de uma liderança “autêntica, de caráter e não titubeante”. Para o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO), a discussão sobre a saúde está ganha. “Vamos levar de goleada. O governo teve a chance de aprovar a Emenda 29 e em sete anos não fez nada.”

Deputados estaduais e federais, secretários, ex-funcionários do ministério e da Fiocruz, médicos e enfermeiros participaram da mobilização que elencou pontos da passagem de Serra pelo ministério e cobrou mais investimentos na área.


Cautela
O coordenador do movimento, Renilson Rehn, pediu cautela aos militantes por conta da Justiça Eleitoral e prometeu para julho um site com mais “força”. O baiano trabalhou com Serra no ministério e no governo de São Paulo. Na última visita do ex-governador à Bahia, Renilson o acompanhou nos hospitais de Irmã Dulce.

Em sua segunda visita à Bahia este mês, Serra privilegiou o corpo a corpo nas ruas de Alagoinhas e Feira de Santana. Com a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva rachada no estado, os tucanos esperam ganhar força e diminuir as diferenças no Nordeste, reduto de Lula. Hoje, Serra estará em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/28/politica,i=189252/PSB+COBRA+ISONOMIA+NO+APOIO+AOS+PALANQUES+REGIONAIS.shtml