27 de abr. de 2010

Serra nega que criação de Ministério da Segurança inche a máquina pública

MATHEUS MAGENTA
da Agência Folha, em Alagoinhas (BA)

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, negou hoje que a criação do Ministério da Segurança Pública, sugerida por ele ontem em um programa de TV, aumentaria o inchaço do governo do federal, uma das principais críticas dos tucanos ao governo Lula.

"Até porque a máquina tem que ser fortalecida nas coisas fundamentais. E essa é uma coisa fundamental", disse o ex-governador de São Paulo, em entrevista durante visita ao município de Alagoinhas (123 km de Salvador).

Serra não deu mais detalhes sobre a sua proposta. Mas falou que é "muito raro" que em Estados a Secretaria da Justiça esteja junto com a da Segurança.

"Que tem uma coisa a ver com a outra, tem. O problema é a concentração de esforços. Concentrar, especializar, preparar e atuar com muita firmeza num problema que é, junto com a saúde, o mais grave do Brasil."

Em Brasília, a pré-candidata petista Dilma Rousseff afirmou que "não vê com importância" a proposta de criar o Ministério da Segurança Pública. "Acho que o Ministério da Justiça tem um caráter forte de segurança pública. Dentro daquela ideia de não ficar criando ministério para tudo, então eu não vejo muito importância nisso. O foco na segurança pública eu considero importante e nós temos o que apresentar porque a segurança pública foi uma questão estrutural e acho que o Ministério da Justiça tem desempenhado com empenho isso", disse.

Na semana passada, em Natal, Serra afirmou o Estado tem que ser "musculoso, mas enxuto". "Nós não somos lutadores de sumô, disse.

Bahia

Na visita a uma associação comercial de Alagoinha, Serra foi recebido por cerca de 30 manifestantes das UJS (União da Juventude Socialista). Um cartaz dizia: "Quem abre uma escola fecha uma prisão. Educação de qualidade ou Ministério da Segurança Pública?"

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u726724.shtml

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