2 de out. de 2009

Semana na política: prazo de filiação partidária chega ao fim

Sexta-feira, 02/10/2009
O interessado a se candidatar nas eleições de 2010 tem que se filiar a um partido. Mas, o prazo para esta filiação se encerrou nesta semana. Confira este e outros destaques da política nesta semana.

Ciro quer "intimidade" com São Paulo ao mudar título eleitoral

SÃO PAULO (Reuters) - O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) justificou nesta sexta-feira a transferência de domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo pela necessidade de adquirir intimidade com o Estado, intenção que ele diz concretizar em três meses.

Ele reafirmou sua disposição de disputar a Presidência da República, e disse que militantes petistas também participaram da decisão de seu partido de mudar o local do título de eleitor.

Ciro vinha resistindo à mudança de seu domicílio eleitoral, mas acabou convencido pelo partido.

A alteração deixa uma porta aberta para uma candidatura ao governo do Estado de São Paulo, desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que até agora não conta com a anuência dos pré-candidatos petistas.

"São Paulo é o maior Estado brasileiro, e para ser candidato a presidente da República, tem que ter intimidade com a expressão que São Paulo tem na economia, na cultura e entre os trabalhadores", afirmou Ciro a jornalistas na segunda zona eleitoral, no bairro da Água Branca, na capital paulista, onde efetuou seu registro eleitoral.

"De maneira que o partido achou que era conveniente tomar esta intimidade com São Paulo".
Ao ser questionado sobre uma possível candidatura paulista, o parlamentar reagiu afirmando que o PSB trabalha com a opção de lançar o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que se filiou ao partido na quarta-feira.

Ciro enfatizou que, assim que a legenda tomou a decisão da transferência do seu título, telefonou para Skaf para comunicá-lo.

Uma eventual candidatura em São Paulo cria problemas para o atual governador José Serra (PSDB). Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Serra não quer que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), possível adversária em 2010, tenha um palanque forte no Estado, responsável por 22,3 por cento do eleitorado brasileiro.

"Eu venho para ajudar. Reafirmo minha candidatura a presidente da República, porém agora, com a legitimidade formal de, sendo domiciliado em São Paulo, ajudar a construir a agenda de São Paulo", declarou.

Ciro afirmou que tem residência na alameda Barros, mas que não pretende passar o fim de semana na capital paulista. Ele chegou à zona eleitoral vindo de Fortaleza, para onde retornou imediatamente após o registro.
(Reportagem de Carmen Munari; Edição de Natuza Nery)

http://oglobo.globo.com

Leia a íntegra do manifesto e a lista de apoiadores do nome de Plínio Sampaio para presidente

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Leia abaixo a íntegra do manifesto de intelectuais que apoia a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio a presidente.

"Construir um projeto socialista para o Brasil

Para unir a esquerda socialista e os movimentos sociais combativos apresentamos a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à Presidência da República

'Só crescemos na ousadia'
Mario Benedetti

As trabalhadoras e os trabalhadores de todo o mundo vivem um tempo de profundas definições diante da eclosão de uma das piores crises da economia capitalista desde 1929 - crise estrutural, acentuada pelo padrão neoliberal de acumulação capitalista da era das desregulamentações, à qual se soma uma gravíssima crise ambiental cuja dimensão mais urgente é o aquecimento global.

Esta autêntica crise de civilização ameaça agravar ainda mais a situação da classe trabalhadora. Os primeiros efeitos já causaram um aumento de 200 milhões de miseráveis no mundo e põem em risco a manutenção de direitos conquistados em épocas menos adversas.

No Brasil, nenhum desses imensos desafios poderá ser adequadamente enfrentado se não houver articulação entre os partidos de esquerda anticapitalistas, os movimentos sociais anti-sistêmicos, os sindicatos autônomos e classistas e a juventude engajada na luta política e cultural.

O primeiro passo para isso consiste na formulação de um programa, um projeto para o Brasil, de combate aos efeitos perversos das crises em curso. O programa precisa estar fundamentado em medidas macroeconômicas que configurem uma estratégia de enfrentamento à crise sem aceitação das restrições que o capital e a classe dominante querem impor aos trabalhadores, e sem perda de direitos e garantias já adquiridos. Tem que enfrentar as questões da dívida pública, encaminhando a agenda do Jubileu Sul para realização de uma rigorosa auditoria, cancelando os pagamentos ilegítimos dos juros, denunciando a baixa tributação sobre o capital, objetivando assegurar menor tributação aos trabalhadores e recursos para desenvolver as políticas públicas.

Somente combatendo o padrão de acumulação expropriador e depredador será possível enfrentar a grave crise ecológica criada pela lógica irracional do mercado.

O programa deve, também, ser um instrumento contra as tendências autoritárias, xenófobas, machistas e racistas que se alimentam do agravamento do quadro social. Mais amplamente, o programa tem de expressar uma resposta conjunta dos povos de nossa região aos agravados desafios comuns colocados pela crise de civilização que vivemos. Devemos pautar também uma intensa denúncia da criminalização dos movimentos sociais e da pobreza.

Por fim, em nossa compreensão a luta dos socialistas não pode se limitar ao combate às formas de corrupção, mas o atual cenário de escândalos recoloca para nós a obrigação de defender o fim do Senado.

Alternativa anticapitalista em 2010
Um projeto anticapitalista, popular e socialista precisa ter seu programa forjado desde já nas lutas imediatas. Apenas dessa forma as forças populares terão condições de oferecer, em 2010, uma alternativa de voto aos milhões de brasileiros e brasileiras.

A classe trabalhadora não pode ficar refém da falsa polarização entre a candidatura do governo Lula versus a do bloco PSDB/DEM, pois, com pequenas diferenças, seus programas têm por mote a salvação do capital diante da crise e ataques à classe trabalhadora.

Tampouco podemos deixar de apresentar uma alternativa de projeto à possível candidatura de Marina Silva, pelo PV, que não expressa uma ruptura com o projeto global de governo que balizou os dois mandatos de Lula. Além de não superar uma visão utópica e meramente retórica de que pode haver desenvolvimento ambiental sustentável sobre bases capitalistas. Não por acaso, o partido que escolheu para se filiar se encontra na base de governos que vão do PT ao PSDB e tem Zequinha Sarney como um dos seus chefes.

Um nome a serviço de um projeto
O povo tem o direito de conhecer formas não capitalistas de sair da crise, por isso nos propomos a construir as bases de um autêntico projeto socialista para o Brasil. O nome de Plínio de Arruda Sampaio, como pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, afirma essa necessidade e a possibilidade deste debate.

Plínio é uma reserva moral e política da esquerda brasileira, que guarda coerência integral com os desafios da reorganização de forças no campo socialista e da classe trabalhadora neste novo momento histórico em que vivemos. E representa de forma coerente um projeto de natureza anticapitalista para o Brasil.

Além disso, é capaz de representar o perfil de uma política de alianças centrada nos partidos da Frente de Esquerda Socialista (PSOL, PCB e PSTU) e nos setores do movimento de massas que permanecem comprometidos com uma intervenção transformadora na luta de classes.

Enfim, a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio possui enorme potencial de aglutinação de forças políticas e sociais, avanço no debate programático e acúmulo estratégico na direção de um projeto socialista para o Brasil.

A partir deste manifesto propomos construir uma ampla agenda de debates e atividades com todos aqueles setores que estejam dispostos a se engajar na formulação de um novo projeto para o Brasil com as bases aqui sugeridas.

PRIMEIROS SIGNATÁRIOS
Alfredo Bosi - professor da Universidade de São Paulo (USP), crítico e historiador de literatura brasileira, e membro da Academia Brasileira de Letras
Ariovaldo Umbelino - professor do Deptº de Geografia da USP
Aziz Ab´Saber - geógrafo e professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
Caio Navarro de Toledo - professor colaborador do IFCH/Unicamp
Ciro Correia - professor do Instituto de Geociências da USP
Dom Tomás Balduíno - bispo emérito de Goiás Velho, fundadador da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e do CIMI (Conselho Indigenista Missionário)
Douglas Belchior - historiador e membro do Conselho Geral da UNEafro e militante do movimento negro
Elaine Behring - professora do Departamento de Políticas Sociais da Faculdade de Serviço Social da UERJ
Fábio Konder Comparato - professor titular da Faculdade de Direito da USP
Fernando Silva - integrante da Executiva Nacional do PSOL
Francisco Whitaker Ferreira - integrante do secretariado internacional do Fórum Social Mundial e da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB
Heloísa Fernandes - professora do Deptº de Sociologia da USP e colaboradora da Escola Nacional Florestan Fernandes
Ildo Luís Sauer - professor titular do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e integrante do programa de Pós-Graduação em Energia da USP
Joaquim Francisco de Carvalho - físico e mestre em Engenharia Nuclear
Jorge Grespan - professor do Deptº de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH/USP)
Jorge Luiz Martins - advogado e integrante da Coordenação Nacional da Intersindical
Juarez Torrez Duayer - professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal Fluminense (UFF)
Júnia Gouvêa - integrante do conselho editorial da revista 'Debate Socialista'
Luiz Allan Kunzle - professor da Ciência da Computação da Universidade Federal do Paraná e Secretário Geral da APUFPR
Marcelo Badaró Mattos - professor do Deptº de História da UFF
Marcelo Carcanholo - professor do Deptº de Economia da UFF
Maria Orlanda Pinassi - professora do Deptº de Sociologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP/Araraquara)
Marina Barbosa Pinto - professora da Escola de Serviço Social da UFF
Mario Maestri - historiador e professor do programa de pós-graduação em História da Universidade de Passo Fundo
Otília Arantes - professora do Deptº de Filosofia da USP
Paulo Arantes - professor do Deptº de Filosofia da USP
Paulo César Pedrini - coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo
Paulo Gouveia - integrante do Diretório Nacional do PSOL
Paulo Nakatani - professor do Deptº de Economia e do programa de pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Paulo Pasin - diretor da Federação Nacional dos Metroviários
Paulo Rios - diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU (Fenajufe) e integrante do Diretório Nacional do PSOL
Plínio de Arruda Sampaio Jr. - professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Raul Marcelo - deputado estadual pelo PSOL/SP e integrante do Diretório Nacional do PSOL
Reinaldo Carcanholo - professor de Economia e do Mestrado em Política Social da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Ricardo Antunes - professor do Deptº de Sociologia da Unicamp
Roberto Leher - professor da Faculdade de Educação da UFRJ e pesquisador d o Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso)
Robert Ponge - professor do Instituto de Letras da UFRGS
Rosa Maria Marques - professora da Faculdade de Economia da PUC-SP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política
Sandovan Vivan Eichenberger - psicólogo e integrante da equipe pedagógica da Escola Latino-Americana de Agroecologia do MST no Paraná
Sandra Feltrin - advogada do MST e da Via Campesina no Rio Grande do Sul, e integrante do Diretório Nacional do PSOL
Sara Granemann - professora da Escola de Serviço Social da UFRJ
Soraya Smaili - professora do Deptº de Farmacologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Valéria Nader - economista e Editora do Correio da Cidadania
Virgínia Fontes - professora da EPSJV-Fiocruz, da pós-graduação em História da UFF e colaboradora da Escola Nacional Florestan Fernandes-MST
Vito Letízia - economista e professor aposentado pela PUC-SP"

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/10/02/ult5773u2649.jhtm

Grupo ligado ao PSOL lança pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio para Presidência

Ex-petista surge como opção ao nome de Heloísa Helena ou ao apoio do partido à Marina Silva em 2010

Do R7

Um grupo de intelectuais ligados ao PSOL vai divulgar neste sábado (3) um manifesto em que criticam a candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência e defende o nome de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL-SP) para disputar o cargo em 2010. Plínio foi candidato ao governo de São Paulo em 2006 e fez parte do grupo de ex-petistas que criou a sigla em 2004.

O manifesto é assinado por intelectuais de esquerda e ainda não representa uma posição oficial do PSOL com relação às eleições do ano que vem. O nome mais forte do partido para a disputa ainda é o da ex-senadora e atual vereadora em Maceió, Heloísa Helena (PSOL-AL), mas recentes declarações dela pró-Marina e demonstrações de que ele prefere disputar uma vaga no Senado por seu Estado acenderam o sinal amarelo entre seus apoiadores.

Outro nome com o qual o partido trabalha é o do ex-deputado federal pelo PT , Milton Temer (PSOL-RJ), que disputou o governado do Rio em 2006.

O documento que será lançado em evento no Sindicato dos Advogados de São Paulo propõe “um projeto anticapitalista, popular e socialista”. “Apenas dessa forma as forças populares terão condições de oferecer, em 2010, uma alternativa de voto aos milhões de brasileiros e brasileiras”, diz o documento.

Entre os nomes que já assinam o manifesto está o do bispo dom Tomás Balduíno, fundador da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), dos professores da USP (Universidade de São Paulo), Fábio Konder Comparato e Alfredo Bosi, que também é membro da ABL (Academia Brasileira de Letras).

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/grupo-ligado-ao-psol-lanca-pre-candidatura-de-plinio-de-arruda-sampaio-para-presidencia-20091002.html

Ciro Gomes, um candidato multiuso

 02/10/2009

Confira o comentário político de Fernando José, repórter e apresentador da Jovem Pan Online.

Para qual cargo Ciro Gomes vai concorrer? Veja análise

02/10/2009

 colunista do UOL em Brasília, Fernando Rodrigues, fala sobre a mudança de título eleitoral do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE); saiba mais no blog do Fernando Rodrigues; siga o blog no Twitter; confira dos casos de desvio de conduta no Congresso no Monitor de Escândalos do UOL

1 de out. de 2009

Internet pode redefinir campanha de 2010, diz estrategista de Obama

O uso de ferramentas da internet como comunidades virtuais, blogs e microblogs (twitter) entre outras pode redefinir "o formato das próximas eleições" no Brasil. A opinião é de Scott Goodstein, um dos principais estrategistas da campanha presidencial de Barack Obama na internet em 2008.

"A comunicação está mudando e as pessoas estão mais engajadas na interação de mão-dupla do que na comunicação de uma mão só. Eu acho que a mídia social é uma parte crescente do discurso político e pode ser usada para definir o formato do debate político nas próximas eleições no seu país", disse Goodstein à BBC Brasil.

Na opinião de Goodstein, uma das principais consequências do uso das ferramentas será permitir aos eleitores que participem da construção dos discursos de campanha e influam no processo eleitoral de uma maneira que não era possível no passado.

"Meus pais levavam semanas ou meses para conversar sobre política com amigos e familiares. Agora, por meio de e-mails, blogs, comunidades virtuais, nós podemos nos comunicar com amigos e parentes de uma maneira muito rápida", argumenta.

Vantagens

Boa parte dos recursos a que Goodstein se refere já estavam disponíveis em eleições passadas. Mas, pela primeira vez, elas poderão ser usadas livremente pelos candidatos, nas eleições de 2010, graças à lei eleitoral sancionada na terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por meio desses recursos, as campanhas vão poder abastecer seus eleitores mais militantes de informações e argumentos que depois também são redistribuídos aos membros das comunidades virtuais de que eles participam.

Além da redução do custo da distribuição, Goodstein afirma que a estratégia tem uma outra vantagem para os políticos que fazem uso dela: a mensagem política chega às pessoas por meio de interlocutores "em quem elas confiam".

"Você está habilitando as pessoas a levarem a sua mensagem para amigos e parentes. É uma coisa muito diferente de apenas colocar um anúncio na TV ou divulgar um comunicado à imprensa e esperar que as pessoas venham a você."

Goodstein diz que as ferramentas não "vão ganhar a eleição sozinhas, mas são um boa parte do diálogo que você trava com seus eleitores".

Transparência

Segundo Goodstein, o uso dessas ferramentas de comunicação interativa nas eleições dos Estados Unidos no ano passado permitiu que a campanha de Obama reagisse às mensagens e às informações que a equipe do candidato recebia dos eleitores.

"A campanha de Obama tratou com seriedade os rumores que circulavam por e-mail e pode enfrentá-los e dizer às pessoas o que era verdade e o que não era", conta.

Mas, na opinião de Scoot Goodstein, esses recursos só são eficientes se usados com "transparência".

"Há tanto marketing e anúncios publicitários por aí que, se o seu candidato for usar uma comunidade virtual, isso não pode ser visto pelas pessoas apenas como uma ferramenta de marketing. Tem de ser completamente transparente e autêntico."

Goodstein já esteve no Brasil em agosto e estará de volta para participar do seminário de comunicação política "O Efeito Obama no Brasil", promovido pela Universidade George Washington, em São Paulo nos dias 15 e 16 de outubro.

Ele é cotado como um possível reforço para a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), à Presidência.

O estrategista confirmou à BBC Brasil que tem conversado com empresas de comunicação política no Brasil, mas que ainda não há nada fechado.

Henrique Meirelles se filia ao PMDB, mas fica até março de 2010 no BC

Quarta-feira, 30/09/2009

Em Cima da Hora

O presidente do Banco Central ainda não se decidiu se vai concorrer ao governo de Goiás ou a uma vaga no Senado. Meirelles afirmou que não vai praticar política partidária esse ano.


 

Dilma evita falar sobre candidatura de Meirelles como vice-presidente

Quarta-feira, 30/09/2009

Em Cima da Hora

Henrique Meirelles já se filiou ao PMDB, mas garantiu que fica na presidência do Banco Central até março de 2010. A ministra comentou que Meirelles tem direito de se filiar a qualquer partido.

PDT e PSB pressionam Lupi a aceitar ser vice de Ciro Gomes

Um dos pedetistas mais empenhados em reeditar a parceria com o PSB é o deputado Paulo Pereira da Silva 

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Chistiane Samarco, da Agência Estado


BRASÍLIA - Dirigentes nacionais do PDT e do PSB estão pressionando o ministro do Trabalho e presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, a aceitar o posto de vice na chapa presidencial do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). A aliança é fundamental para dar viabilidade à candidatura do PSB porque os socialistas têm garantido apenas 1 minuto e 11 segundos de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Este tempo poderá até dobrar com a divisão, entre todos os candidatos, da sobra de minutos destinados aos partidos que não entrarem na corrida sucessória, mas ainda assim não será suficiente para garantir um palanque eletrônico que dê sustentação.
A tese defendida pelos dirigentes do PDT é a de que a candidatura Ciro é útil ao Planalto porque garante a presença de uma alternativa da base governista no segundo turno na corrida presidencial. Como o PT e o presidente Lula ainda insistem na tese de que o melhor seria manter a base unida em torno de um só candidato - a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff -, o ministro do Trabalho nega que tenha interesse em compor chapa com o PSB.

Um dos pedetistas mais empenhados em reeditar a parceria com o PSB é o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que foi vice de Ciro em 2002. Ele admite que "a convivência com o candidato a presidente não foi muito fácil", mas observa que Ciro "amadureceu muito" nesses oito anos. "Será uma chapa muito melhor do que nós dois fomos", aposta o deputado.

Coube ao ex-vice Paulinho, da Força Sindical, telefonar ao ministro para transmitir a preocupação de Ciro, que lhe pedira ajuda para convencer Lupi a aceitar a missão. "O jogo nem começou e você já está descartando a chapa com Ciro?", questionou o deputado. Lupi recomendou que ele lesse com cautela as declarações que dera sobre a questão da vice e corrigiu: "Eu não descartei nada".

O PSB também não aceita a negativa de Lupi, com a justificativa de que a candidata do presidente Lula é a ministra Dilma. "A base aliada tem que compreender que é mais provável que a Dilma seja a candidata do governo que vai disputar o segundo turno, mas que tem que permitir que o Ciro participe da disputa", apela o presidente de honra do PSB, Roberto Amaral. Ele argumenta que a candidatura Ciro só será uma alternativa de fato se for viável e frisa que a candidatura só será viável dentro da base.

"Ou Ciro sai como candidato da base, com o pressuposto de continuidade do projeto, ou não será candidato", diz Amaral. Uma das vantagens que os socialistas veem na candidatura de Ciro sobre Dilma é o fato de ele ter muito mais liberdade para confrontar com o pré-candidato da oposição e governador de São Paulo, José Serra. Na condição de ministra que se relaciona institucionalmente com o governador, avaliam, a candidata Dilma tem que ser mais contida.

A direção do PSB sabe que o ministro Carlos Lupi só aceitará compor a chapa presidencial com o candidato socialista se o presidente Lula concordar com a operação. Pondera, no entanto, que tanto o Planalto quanto os partidos da base governista precisam compreender que a candidatura Ciro é útil para o governo e mais: "Pode ganhar esta eleição", adverte Amaral, ao destacar que os socialistas não entrarão no jogo sucessório como "coadjuvantes".

O presidente de honra do PSB adverte também que o projeto Lula corre "muito risco" se a eleição for definida no primeiro turno. O raciocínio neste caso é de que, além de garantir o segundo turno, a candidatura Ciro garante que um governista estará na disputa final, seja ele ou a ministra Dilma.

http://www.estadao.com.br


Possíveis candidatos em 2010 têm até sábado para regularizar domicílio eleitoral

01 outubro

Brasília - Termina sábado (3) o prazo para que o cidadão que pretenda candidatar-se nas eleições de 2010 regularize o domicílio eleitoral na circunscrição em que quer concorrer e tenha a filiação deferida em um partido. A data também marca o fim do prazo para as legendas interessadas na disputa obterem o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o TSE, os cartórios eleitorais podem funcionar em regime de plantão no próximo sábado, em horários que serão decididos pelos juízes de cada município.

Nas eleições de 2010 serão eleitos o novo presidente da República, governadores, senadores, além de deputados federais, estaduais e distritais. O calendário eleitoral foi aprovado pelo plenário do TSE no dia 1º de julho deste ano (Resolução 23.089). O primeiro turno será no dia 3 de outubro de 2010 e o segundo turno, nos casos em que houver necessidade, no dia 31 do mesmo mês.

http://www.jornaldamidia.com.br

30 de set. de 2009

Aécio diz a Lula que está 'no páreo' por Presidência

30/09/09 - Por AE

São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou sobre a sucessão de 2010 com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), por uma hora ontem à tarde. Lula quis saber do tucano se ele ainda estava "no páreo", ou se o candidato tucano a presidente seria mesmo o governador de São Paulo, José Serra. Aécio respondeu que está no jogo e que assumirá "de peito aberto" a pré-campanha pelo Brasil, assim que regressar da viagem oficial de duas semanas ao exterior. À noite, o governador embarcou para a Itália.

Na conversa, Lula mostrou confiança no desempenho de sua candidata, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Para que a candidatura petista seja bem sucedida, ele aposta no alinhamento entre PT e PMDB em vários Estados, inclusive Minas. Por isso, o presidente perguntou sobre a relação de Aécio com o ministro das Comunicações, o peemedebista, Hélio Costa. Candidato ao governo mineiro, Costa articula aproximação com o tucano e não esconde sua disposição de retribuir-lhe o apoio na corrida presidencial. "Se Aécio for candidato a presidente, os mineiros têm que se unir em torno dele", disse Costa.

Aécio contou que sua articulação com o PMDB estadual está em aberto. Lula tem conhecimento de que o PMDB mineiro está rachado, sabe que seu ministro "tem lado" e não tem dúvidas de que este lado é o de proximidade com o governador. Ao falar sobre o quadro de Minas, Aécio reiterou o "sentimento" predominante no PSDB de que ele é opção que pode agregar mais apoios. O governador está convencido de que o debate sucessório será focado no modelo de gestão e nas propostas para garantir que as conquistas dos últimos 16 anos de administração tucana e petista avancem.

Lula admitiu para Aécio que havia apostado na polarização da disputa entre um candidato do Planalto - Dilma, no caso - e o da oposição. Um dirigente do PSB revela que, antes de se encontrar com o tucano, o presidente fez questão de levar ao conhecimento do partido aliado sua preocupação com a pré-candidatura presidencial do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).

Embora Ciro resista em mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, abrindo a possibilidade de disputar o governo paulista, em vez da Presidência, Lula insiste nesse cenário - tanto que telefonou ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pedindo-lhe que, na condição de comandante do PSB, tente convencer Ciro a fazer a mudança de domicílio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Filiação de Meirelles é um marco, diz liderança do PMDB


CÉLIA FROUFE - Agencia Estado

GOIÂNIA - A filiação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao PMDB hoje é um marco no cenário político brasileiro, na avaliação do presidente do partido em Goiânia, Adib Elias. "Não se trata de uma filiação importante. É a mais importante do território nacional", afirmou, em entrevista à Agência Estado.

Elias disse que já "havia sentido" na sexta-feira a inclinação do presidente do BC de se filiar ao partido, após conversa informal em Goiânia naquele dia. "Estamos conversando com interlocutores a respeito do tema há algum tempo, mas a confirmação veio mesmo ontem, às 7 horas da noite", comentou.

De acordo com ele, os preparativos para a recepção de Meirelles hoje, em Goiânia, já estão praticamente todos prontos. Elias disse que o presidente deve chegar à capital de Goiás às 10 horas, uma hora antes do momento marcado para a filiação, na sede do PMDB na cidade. A cerimônia de filiação contará, conforme o presidente do PMDB estadual, com o discurso dele próprio, do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, que pretende disputar a eleição para governador, e de Meirelles.

O presidente do BC evita falar sobre candidatura no momento, alegando que só tomará uma decisão em março do próximo ano. Ele já descartou a possibilidade de concorrer à vaga de governador de Goiás por conta da necessidade de se afastar do cargo neste momento e porque também teria recebido a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não se candidatar ao pleito.

Em princípio, Meirelles deverá concorrer a uma vaga ao Senado, mas ele vislumbra também a possibilidade de compor a chapa para chegar à Presidência com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. De qualquer forma, esta decisão só seria tomada no limite do prazo final, no fim do primeiro trimestre de 2010.
 
http://www.estadao.com.br

Calendário Eleitoral de 2010 começa no sábado, dia 3

O próximo dia 3 de outubro é a primeira data que deve ser observada pelos partidos e candidatos que desejam concorrer às eleições gerais de 2010. A um ano da eleição, os partidos que pretendam concorrer devem ter, até essa data, obtido o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também até o próximo dia 3 de outubro, os candidatos devem ter domicílio eleitoral na circunscrição na qual pretendem concorrer e estar com a filiação deferida no partido pelo qual vão disputar uma vaga.

O calendário eleitoral para as eleições de 2010 foi aprovado pelo plenário do TSE no dia 1º de julho deste ano (Resolução 23.089). Nas eleições gerais do ano que vem serão eleitos o novo presidente da República, governadores, senadores, além de deputados federais, estaduais e distritais.

O primeiro turno será no dia 3 de outubro de 2010. Caso nenhum candidato a presidente da República ou a governador obtenha a maioria absoluta dos votos válidos nesta data, haverá segundo turno no dia 31 do mesmo mês.

Fonte: Diário MS

29 de set. de 2009

Lula sanciona reforma eleitoral e libera debate entre candidatos na web

Ele manteve permissão para voto em trânsito para eleição presidencial.
Novas regras entram em vigor já na campanha do ano que vem.
 
Jeferson Ribeiro
Do G1, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (29) a reforma eleitoral aprovada pelo Congresso e vetou a parte da lei que igualava as regras para debates entre os candidatos na web às regras da televisão e rádio.

Com o veto do presidente Lula ao artigo que tratava das regras dos debates, apenas as emissoras de rádio e TV, que são concessões públicas, ficam obrigadas a convidar todos os candidatos que disputam um mesmo cargo para realizar debates. Apesar de serem obrigadas a convidar todos os candidatos, as emissoras podem realizar debates com a concordância de até 2/3 dos concorrentes. A web está livre dessas regras.

Lula manteve o texto aprovado pelo Congresso na parte que prevê a exigência de impressão de votos em um percentual de urnas em todo o país nas eleições de 2014. O presidente não levou em conta o pedido de alguns ministros, como o da Defesa, Nelson Jobim, para vetar a proposta dos deputados. Jobim chegou a classificar a mudança de “retrocesso”.

O presidente manteve a proposta aprovada do voto em trânsito no pleito para presidente da República. Com isso, o eleitor fora do seu domicílio eleitoral poderá comparecer a uma sessão eleitoral e votar em um dos candidatos à Presidência. Essa mudança ainda será objeto de regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e vale apenas para votação nas capitais.

Outros vetos

Lula vetou também uma proposta do Congresso que previa o parcelamento de multas eleitorais junto à Receita Federal. O Ministério da Fazenda pediu o veto deste artigo porque o órgão responsável por esse parcelamento, já previsto na lei eleitoral anterior, é a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

O presidente também vetou um novo cálculo proposto pelo Congresso para restituição via Imposto de Renda para as empresas de radiodifusão pela veiculação da propaganda eleitoral gratuita.

Com o veto, as emissoras continuam sendo obrigadas a informar à Receita o valor da publicidade comercial veiculada no dia anterior à veiculação da propaganda eleitoral e a receita obtida com venda da mesma grade publicitária naquela faixa de horário 30 dias antes e 30 dias depois da propaganda eleitoral.

Veja o que passa a valer após a sanção de Lula

Liberdade na internet – O projeto aprovado estabelece a “livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato, durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores - internet -, assegurando o direito de resposta”. Antes da reforma eleitoral, a campanha na internet não tinha legislação específica. Lula vetou trecho da lei que determina que a internet siga as restrições de rádio e televisão para a realização de debates entre candidatos. Com o veto, a web fica livre de regras.

Blogs, sites e redes de relacionamento – O texto aprovado permite aos candidatos manter blogs, sites pessoais e páginas em redes de relacionamento, como o Orkut ou Facebook, durante o período eleitoral.

Mensagens eletrônicas – O texto permite a candidatos usar “outros meios de comunicação interpessoal mediante mensagem eletrônica” durante a campanha eleitoral. Nesse caso podem ser enquadradas as mensagens enviadas por celulares (torpedos).

Doações – Fica permitida uma inovação no sistema de arrecadação das campanhas, semelhante ao que já ocorre em outros países, como os Estados Unidos. O eleitor poderá fazer doações aos candidatos ou aos partidos por meio de cartão de crédito, pela internet.

Debates – As emissoras de rádio e televisão continuam obrigadas a convidar todos os candidatos quando forem realizar debates. Mas, o debate poderá ser realizado com as regras sendo aceitas por 2/3 dos candidatos, o que permite a realização de debates sem a presença de todos os concorrentes. A web não sofrerá qualquer restrição.

Programas sociais – As entidades de assistência social vinculadas a candidatos não poderão criar ou ampliar programas em plano eleitoral. Candidatos a cargos do Executivo continuam proibidos de participar de inaugurações de obras públicas nos três meses anteriores à eleição.

Impressão de votos – Uma parcela dos votos, para efeito de amostra, será impressa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em cada eleição. Os votos impressos mantêm o anonimato do eleitor e poderão ser usados para determinar uma eventual recontagem.

Voto em trânsito – Pelo texto aprovado, o eleitor poderá votar caso não esteja em seu domicílio eleitoral. A medida, entretanto, vale apenas para votos em candidatos à Presidência da República. O sistema é adotado em outros países. Como os EUA, onde é possível votar até pelo correio.

Meirelles sai de encontro com Lula sem dar declarações

Tânia Monteiro, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, deixou o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, 29, sem fazer declarações aos jornalistas que o aguardavam em grande número.
Segundo fontes do governo, os dois discutiram, no encontro, o futuro político de Meirelles. O PMDB de Goiás divulgou na sexta-feira, em Goiânia, a versão de que Meirelles havia concordado em assinar ficha de filiação ao partido para possível candidatura a um cargo eletivo em 2010.

Ainda assim, interlocutores de Meirelles disseram que está mantida a possibilidade de uma viagem dele à capital de Goiás nesta quarta-feira, 30, para assinar a filiação, em cerimônia prevista para as 11 horas.

Na noite de quarta-feira, o presidente do BC deve embarcar para Copenhague (Dinamarca), onde ele e o presidente Lula participarão da reunião em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciará a escolha da cidade sede das Olimpíadas de 2016. A expectativa de Lula é a de que o Rio de Janeiro seja a cidade escolhida.

Com discurso afinado ao de Ciro, Chalita se filia ao PSB

Carolina Freitas, da Agência Estado

SÃO PAULO - A filiação do vereador de São Paulo Gabriel Chalita ao PSB, nesta terça-feira, 29, teve ares de lançamento da candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à presidência da República em 2010.

Chalita deixou na semana passada o PSDB, disparando críticas ao governador do Estado, o tucano José Serra, que também pretende concorrer ao Planalto no ano que vem. O PSB preparou um evento para 400 pessoas, com direito a fogos de artifício e bateria de escola de samba para receber o novo filiado.

Ao lado de Chalita, Ciro foi ovacionado durante toda a cerimônia com o refrão "Brasil para frente, Ciro Presidente". Um painel com as cores do partido, amarelo e vermelho, ocupava toda a parede, atrás do palco, com imagens do ex-governador Miguel Arraes, do governador de Pernambuco Eduardo Campos, Ciro Gomes e Chalita.

Marcaram presença na cerimônia de filiação líderes do PT. Apesar de trabalhar por uma candidatura própria, o PSB compõe a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já o PSDB, legenda de Chalita até a semana passada, faz oposição a Lula.

Chalita e Ciro mostraram um discurso afinado durante a cerimônia, especialmente nas críticas. Em entrevista após o evento, os dois condenaram quem faz política "pelo subsolo", em referência ao comportamento de José Serra.

Chalita reclamou da política educacional do governo de São Paulo e levantou suspeita sobre a atuação de Serra nos bastidores.

"Basta fazer qualquer movimento de saída partidária, que vem uma quantidade de blogs te destruindo com coisas que a gente não sabe de onde vem", alfinetou. "Tem gente que diz que é o Serra quem faz. Eu não gostaria de acreditar nisso", completou o vereador. "Na política, a gente deveria parar de usar o subsolo. Serra não é um político que admiro."

Troca de elogios

A ida de Chalita ao PSB tem por objetivo a disputa ao Senado Federal nas eleições de 2010. Contudo, líderes do PSB deixaram antever a possibilidade de lançar o ex-tucano ao cargo de governador de São Paulo.

Chalita disse preferir o Senado, mas Ciro elogiou a possibilidade do novo correligionário concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. O deputado federal chegou a dizer que Chalita seria um candidato a governador melhor do que ele próprio. "Tenho mais experiência que ele, mas ele tem mais intimidade com São Paulo e representa muito mais o novo do que eu."

Chalita retribuiu o elogio ao seu companheiro de partido: "Meu candidato (para a Presidência) é Ciro Gomes", afirmou.

Líder do PT elogia filiação de Chalita e diz que caminhará com Ciro em 2010

TATHIANA BARBAR
da Folha Online
 
O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), aproveitou a filiação do vereador Gabriel Chalita (SP) ao PSB para dizer que os dois partidos devem estar juntos na eleição presidencial de 2010. PT e PSB fazem parte da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas os dois têm pré-candidatos próprios para 2010: a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE).

"Quero falar da minha admiração por Ciro. Qualquer que seja o caminho eleitoral de Ciro, estaremos juntos", disse Vaccarezza.

Para dimensionar a importância da aliança PT-PSB, Vaccarezza disse que o "Brasil não teria Lula se não tivesse o PSB".

O petista também elogiou a filiação de Chalita, que saiu do PSDB com críticas ao antigo partido. "Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB", afirmou Chalita.

"A filiação de Chalita é maior fato político e eleitoral do semestre. O Chalita no PSB muda a realidade do Estado e a conjuntura nacional [da disputa eleitoral]", disse Vaccarezza.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), minimizou as críticas de Chalita. "Nem sei se [a opinião] vale ou não vale [para o Chalita]. Não estou nem aí", disse Serra ontem ao ser questionado se a opinião de não responder a baixarias valeria para o vereador.

Participam da filiação de Chalita os deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Márcio França (PSB-SP) e o jogador Marcelinho Carioca.

Na filiação ao PSB, Chalita critica gestão Serra na educação e elogia Ciro

TATHIANA BARBAR
da Folha Online, em Brasília

O vereador Gabriela Chalita (SP) se filiou hoje ao PSB sinalizando que sua plataforma na campanha eleitoral de 2010 será a educação. Ele elogiou os professores e criticou a gestão do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na educação. Chalita deixou o PSDB com críticas ao grupo ligado a Serra.

"Nenhuma obra supera a da educação. Eu respeito os professores. Não coloco a culpa neles pelos fracassos na sala de aula e sim os maus gestores", disse Chalita ao criticar a gestão Serra na educação.

Chalita aproveitou para afagar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), desafeto político de Serra. Ciro e Serra são pré-candidatos à Presidência.

"O PSDB foi minha casa por mais de 20 anos e foi lá que conheci Ciro Gomes. Correto e corajoso", afirmou o vereador.
Em resposta, Ciro se disse fã de Chalita. "É um privilégio trabalhar ao seu lado. Sou seu fã à distância, de longa data."

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que Chalita era corajoso por mudar de partido. "Para nós é uma grande alegria [sua filiação]. Você é referência na educação, na ética, na tolerância com a diversidade da sociedade."

Chalita, por sua vez, agradeceu ao PSB pelo espaço que o partido deu a ele. O vereador deve tentar uma vaga no Senado em 2010.

Serra minimizou as críticas de Chalita. 'Nem sei se [a opinião] vale ou não vale [para o Chalita]. Não estou nem aí', disse Serra ontem ao ser questionado se a opinião de não responder a baixarias valeria para o vereador.

Ao sair do PSDB, Chalita fez críticas a Serra. "Na condição de vereador mais votado do Brasil, eu queria pelo menos ter sido respeitado pelo partido. Eu não fazia parte da Executiva nem do Diretório. Nunca me reuni com o governador Serra. Fui tratado de uma forma preconceituosa no PSDB."

Meirelles avisa Lula sobre candidatura e deve assinar filiação ao PMDB no aeroporto

da Folha Online
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou duas viagens que faria hoje para poder se encontrar com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Lula participaria de um evento em São Paulo. À noite, o presidente estaria no Rio de Janeiro.

Como Meirelles precisa se encontrar com Lula antes de anunciar que decidiu se filiar ao PMDB, Lula teve de cancelar suas viagens ao Rio e São Paulo. Lula viaja hoje à noite para Copenhague. E Meirelles deve assinar sua filiação ao PMDB amanhã em Goiás. A filiação deve ser assinada no aeroporto mesmo. É que Meirelles embarca em seguida para Copenhague.

Toda essa engenharia precisou ser montada em função do calendário eleitoral. Pela legislação, as filiações de quem pretende disputar as eleições de 2010 precisam estar regularizadas até 3 de outubro --próximo sábado.

Hoje, em São Paulo, Meirelles despistou sobre seu futuro político. "Eu vou tomar uma decisão em relação ao que será da minha carreira futura até março. No momento estou 100% focado no BC, sem nenhuma atividade política até março do ano que vem", disse Meirelles.

No entanto, ele sinalizou que não descartou a possibilidade de sair candidato. "Existir a possibilidade [de me candidatar], existe.Não quer dizer que a decisão será tomada", afirmou. "Não gosto de ir fechando portas de forma precipitada."

PT minimiza Ciro Gomes e pede apoio à Dilma

Terça, 29 de setembro de 2009

Marcela Rocha

O Partido de Ciro Gomes (PSB-CE) define nesta terça-feira, 29, seu domicílio eleitoral. A permanência do deputado federal ou transferência para São Paulo significam uma candidatura à presidência ou ao governo paulista, hipótese ainda não descartada por setores do PT, que não tem um nome decidido para São Paulo.
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), minimiza o avanço de Ciro nas pesquisas de intenção de voto e diz contar com o apoio do deputado cearense para garantir o segundo turno da presidenciável Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil.
- A nossa candidata é uma só. A candidata do presidente Lula é só a ministra Dilma Rousseff. Obviamente o Ciro não é um inimigo nosso, ele é uma pessoa com quem vamos dialogar, com quem vamos trabalhar de forma civilizada e no segundo turno pediremos o apoio dele para a nossa candidata.

Decidido a concorrer à Presidência da República, Ciro não pretende fazer a transferência, mas deixou a decisão para o PSB.
O presidente Lula é o segundo mais bem avaliado entre os presidentes da América, segundo uma compilação de pesquisas divulgada hoje pela mexicana CM (Consulta Mitofsky). Em Honduras, Brasil tomou frente; Lula é bem visto pelas comunidades internacionais. Para o presidente do PT, "conseguir migrar esse prestígio do Lula para Dilma é um trabalho que exige muito esforço, estratégia e persistência".
Em entrevista a Terra Magazine, Berzoini nega que o PT já tenha feito qualquer acordo com Ben Self, marqueteiro responsável pela bem sucedida campanha do presidente Barack Obama. "O que ele tem, que eu sei, é uma conversa com João Santana (publicitário que assessora Lula desde 24 de agosto de 2005) e nem mesmo este tem contrato com o PT". Self confirmou o trabalho com o partido para 2010.
Leia abaixo a íntegra da entrevista com Ricaro Berzoini:



Terra Magazine - Sobre a possível candidatura de Ciro, como o PT pretende se comportar tendo em vista que o Ciro é um aliado político e já foi ministro do Lula?
Ricardo Berzoini -
O Ciro já foi candidato a presidente por duas vezes, em 1998 e em 2002. No primeiro turno, defendeu posições parecidas com as nossas. Em 2006, era ministro do presidente Lula e decidiu sair candidato a deputado federal pelo PSB do Ceará. Se ele for candidato agora, vamos tratar como um concorrente, um adversário de primeiro turno, mas é uma pessoa com um programa político semelhante ao nosso.

O que isto significa?
Que a nossa candidata é uma só. A candidata do presidente Lula é só a ministra Dilma Rousseff. Obviamente o Ciro não é um inimigo nosso, ele é uma pessoa com quem vamos dialogar, com quem vamos trabalhar de forma civilizada e no segundo turno pediremos o apoio dele para a nossa candidata.


Mas Ciro está bem nas pesquisas de intenção de voto. Na última obteve resultado semelhante ao da ministra Dilma...
Pesquisas feitas um ano antes das eleições, para nós, tem pouquíssima utilidade. Em termos de intenção de voto, a pesquisa só tem valor quando estamos a três ou quatro meses antes da eleição. Por enquanto, o importante é o qualitativo, ou seja, analisar quais são os anseios das pessoas e não intenção de voto em níveis de conhecimento.


O Serra tem dado entrevistas em rádios nordestinas e feito pronunciamentos na região. E o PSDB fez um Gibi para "explicar as origens do Bolsa Família" no Norte e no Nordeste do País. O que o senhor acha disso?
Eles precisam fazer um esforço muito grande para tentar disfarçar a ausência de políticas sociais relevantes no governo FHC. Acho que, obviamente, eles estão no papel deles, mas confundir o Bolsa Escola, que atingiu algumas centenas de milhares de famílias com o Bolsa Família, que é muito mais abrangente e consolidou os cadastros do governo e que viabilizou o atendimento a 11 milhões de famílias, exige, realmente, um esforço muito grande para tentar confundir a opinião pública.


Em entrevista ao portal Terra, Ben Self, marqueteiro de Barack Obama, confirmou que vai cuidar da campanha do PT nas eleições. O senhor também confirma? 

É uma confirmação absolutamente imprópria. Ele não tem nenhum tipo de compromisso conosco e nem nós para com ele. O que ele tem, que eu sei, é uma conversa com João Santana e nem mesmo este tem contrato com o PT. Quem vai trabalhar na campanha nacional será decidido pela próxima direção do partido, que será eleita em novembro. Se ele falou isso, houve confusão entre a relação que ele mantém com João Santana e a relação que ele mantém com o PT. Não há relação contratual com Ben Self.

O presidente Lula é o segundo mais bem avaliado entre os presidentes da América, segundo uma compilação de pesquisas divulgada hoje pela mexicana CM (Consulta Mitofsky). Em Honduras, Brasil tomou frente; Lula é bem visto pelas comunidades internacionais. Como transferir isto para a presidenciável?
Temos que nos beneficiar de uma situação política que foi construída com esforço, com trabalho governamental, partidário e que levou Lula a essa situação. Claro que conseguir migrar esse prestígio do Lula para Dilma é um trabalho que exige muito esforço, estratégia e persistência. Principalmente numa visão pedagógica de como traduzir essa mensagem para a população. Trabalharemos com humildade e pés no chão, sabendo que temos um governo extremamente popular, mas ao mesmo tempo precisamos traduzir para a população que a escolha feita parte do pressuposto de continuar a obra do presidente Lula com a sua ministra chefe da Casa Civil que será a nossa candidata a presidente.

Alguns críticos a esse projeto petista dizem que o fato de a ministra nunca ter se candidatado a nada é um fator que joga contra. Com que olhos o senhor observa essas críticas? Isto é algo que preocupa a direção do partido?
Isso nós veremos nas urnas. Tenho certeza que essa avaliação será respondida com o voto popular.


Terra Magazine

Filiação de Roriz ao PSC será confirmada até o fim da semana

29/09/2009 - Lilian Tahan 

Daqui até sábado, a ida do ex-governador Joaquim Roriz (PMDB) para o PSC será confirmada. Não que esse seja o plano idealizado para concorrer às eleições, mas será o possível. Depois de deixar o PMDB, Roriz passou a cogitar a filiação a um partido de médio porte. Essa sim seria, na visão do político, uma possibilidade mais confortável. Tem assediado o PSB e o PDT, mas tudo indica que terá mesmo de dar a largada rumo ao Buriti a partir de um legenda nanica. Dessa forma, a aposta do ex-governador ficará concentrada nas coligações com siglas mais robustas. Findo o prazo para as filiações, a temporada de composições passa a ser o objetivo dos candidatos para 2010.

Roriz tem feito o que pode para convencer partidos intermediários a emprestarem legenda ao seu projeto de reeleição. Nas últimas semanas, seus alvos foram o PSB, de Rodrigo Rollemberg, e o PDT, de Cristovam Buarque. E até que acabe o prazo, o ex-governador vai tentar abrigo nessas legendas. Na semana passada, Roriz pediu uma reunião com o presidenciável do PSB, deputado federal Ciro Gomes.

Rejeição

O encontro chegou a ser agendado por Rollemberg, mas acabou cancelado em seguida por ele mesmo. “Vamos conversar com Roriz assim como faremos com os outros segmentos políticos. Mas definitivamente não haverá conversa até o último dia para as filiações”, afirma Rollemberg, que teme a rejeição do ex-governador em sua base eleitoral.

Da mesma forma, o PDT não aceita formalizar nenhum tipo de coligação com Roriz, pelo menos por enquanto. Roriz bem que tentou organizar um encontro com o presidente da sigla, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mas a conversa não chegou a ser marcada e, provavelmente, não ocorrerá até sábado. O presidente do PDT no DF, senador Cristovam Buarque, está no Egito e só retorna na semana que vem.

Obrigado a assinar a ficha do PSC, Roriz trabalhará em duas frentes para se tornar viável na corrida pelo Palácio do Buriti. Insistirá em se aliar com os partidos maiores e, enquanto isso não ocorre, arrastará para perto de si todos os partidos nanicos que cruzarem seu caminho. “A temporada de filiações é o café com leite. O que conta mesmo são as composições partidárias e essas negociações estão só começando”, avisa um correligionário de Roriz.

Dimba para distrital
Uma das principais habilidades de Dimba é fazer gol. Em 2003, o jogador de futebol nascido em Planaltina foi artilheiro do Campeonato Brasileiro pelo Goiás. Mas agora o atleta vai atacar de político. Pretende se candidatar nas próximas eleições a uma vaga de deputado distrital. A plataforma de campanha de Dimba será o futebol, é claro, e as possibilidades que a bola tem de contribuir para o desenvolvimento social.

Aos 35 anos e afastado dos gramados, Dimba concorrerá ao posto de deputado pelo PTC, partido ao qual se filiou há duas semanas. Seu mentor político e ex-empresário para assuntos futebolítisticos, Délio Cardoso, foi quem convenceu o jogador a entrar para política. Os dois se conheceram em 1996, quando Dimba jogava pelo Botafogo Sobradinho. Ex-diretor do Detran, Délio também tentou tornar-se deputado distrital, mas não teve performance suficiente para se eleger. Agora preparará o amigo para a competição política.

Dimba, que já jogou em times brasileiros, entre eles o Botafogo e o Flamengo, e em equipes internacionais, como o Lessa de Portugal, agora pendurou as chuteiras e tem se dedicado à família, que mora em Brasília, e ao projeto social Dimba Gol. Nele, o ex-artilheiro investe em escolinhas de futebol, aliando a prática de esportes à disciplina para os estudos. 

Lula deve sancionar minirreforma eleitoral hoje

terça-feira, 29 de setembro de 2009

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende sancionar hoje a minirreforma eleitoral, aprovada há duas semanas pelo Congresso. A expectativa é que ele vete, pelo menos, dois artigos - o que prevê o voto impresso a partir da eleição de 2014 e o que cria o voto em trânsito nas capitais para presidente da República, a partir do ano que vem. Já houve apelos do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Ayres Brito, para que esses dispositivos sejam vetados por Lula.

Segundo assessores, o presidente ainda está analisando o caso. Lula tinha agenda hoje em São Paulo, mas decidiu permanecer em Brasília para definir, entre outros assuntos pendentes, os vetos à minirreforma eleitoral. Para valer em 2010, Lula precisa sancionar a lei até sexta-feira, a fim de que esteja publicada no Diário Oficial da União do dia 3 de outubro. Se não o fizer antes de viajar para a Europa, a sanção caberá ao vice-presidente José Alencar, que a partir de hoje à noite estará no exercício do cargo.

Pelas novas regras, o uso da internet pelos candidatos e partidos ficará liberado durante os três meses de campanha eleitoral, que começa em 5 julho de 2010. As empresas de comunicação na internet terão ampla liberdade na cobertura jornalística. No caso de debates, valerão as regras impostas para TV e rádio. Ou seja, é assegurada a participação de candidatos cujos partidos tenham representante na Câmara. A nova legislação permite ainda a doação, para as campanhas eleitorais, de pessoas físicas via internet, inclusive com cartão de crédito.

A lei também garante as chamadas "doações ocultas", ao deixar explícito que as empresas podem contribuir para os diretórios de partidos, que repassam os recursos aos comitês financeiros ou diretamente ao candidato. Isso evita que ele fique "carimbado" pela doação de determinada empresa. A minirreforma proíbe a propaganda eleitoral em outdoors, em muros e paredes externas e em placas. Os candidatos ficarão proibidos de comparecer a inaugurações de obras públicas nos três meses que antecedem as eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

28 de set. de 2009

Aécio defende escolha de nome tucano só em dezembro

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

BELO HORIZONTE - Ao defender que o candidato tucano à Presidência da República em 2010 não seja definido antes de dezembro, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que acredita que no fim do ano o cenário eleitoral poderá lhe favorecer na disputa com o governador paulista José Serra. "Acho que em dezembro podemos ter quem sabe um cenário um pouco diferente, onde a busca, a capacidade também de agregar novos aliados ao nosso projeto possa se tornar cada vez mais decisivo para nós vencermos as eleições", afirmou o mineiro.

Aécio costuma apregoar como um dos trunfos de sua pré-candidatura a capacidade de aglutinar mais apoios, inclusive de partidos que no momento estão na base de sustentação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, ele voltou a dizer que na definição do candidato tucano não deve ser levado em conta apenas as pesquisas eleitorais e repetiu o bordão de que "em uma eleição o importante não é a largada, o importante é a chegada".

"As pesquisas, para serem compreendidas e serem instrumento importante de análise, elas devem abranger, elas devem trazer a avaliação, uma série de outras circunstâncias, inclusive essa, a capacidade de crescimento, a capacidade de novas alianças que fragilizem o adversário", disse o governador, após participar, no Palácio da Liberdade, do anúncio de novas linhas de financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado (BDMG) para prefeituras mineiras.

Em desvantagem nas intenções de voto, Aécio tem procurado sinalizar que está no páreo e não aceita a candidatura de Serra como um fato consumado. "O partido continua em aberto", destacou o deputado federal Rodrigo de Castro, secretário-geral do PSDB e um dos principais aliados do mineiro no partido. "Não temos nenhuma definição".

O governador inicia amanhã uma viagem de 11 dias ao exterior. Após retornar ao Brasil, ele deverá definir a data da licença de cerca de 15 dias que pretende tirar para se dedicar à pré-campanha em viagens, principalmente às regiões Norte e Nordeste.

Aécio continua argumentando publicamente que considera as prévias um "melhor instrumento" para a definição do candidato e mantém a investida interna. Amanhã ele recebe o presidente do PSDB do Rio de Janeiro, José Camilo Zito. No Estado, os tucanos são pressionados a apoiar uma candidatura do DEM. "Sempre tivemos lá uma aproximação grande com o deputado Fernando Gabeira que é um dos nomes lembrados, mas no momento em que seu partido (PV) lança uma candidatura, é natural que o PSDB tenha que rever sua estratégia", afirmou o governador.

Para Aécio, cenário eleitoral pode estar diferente em dezembro

Governador de Minas crê que a capacidade de agregar novas alianças pode ser um fator decisivo para a vitória

Eduardo Kattah, de O Estado de S. Paulo
BELO HORIZONTE - Ao defender que o candidato tucano à Presidência em 2010 não seja definido antes de dezembro, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse nesta segunda-feira, 28, que acredita que no fim do ano o cenário eleitoral poderá lhe favorecer na disputa com o governador paulista José Serra. "Acho que em dezembro podemos ter quem sabe um cenário um pouco diferente, aonde a busca, a capacidade também de agregar novos aliados ao nosso projeto possa se tornar cada vez mais decisivo para nós vencermos as eleições", afirmou o mineiro.

Aécio costuma apregoar como um dos trunfos de sua pré-candidatura a capacidade de aglutinar mais apoios, inclusive de partidos que no momento estão na base de sustentação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta segunda-feira, 28, ele voltou a dizer que na definição do candidato tucano não deve ser levado em conta apenas as pesquisas eleitorais e repetiu o bordão de que "em uma eleição o importante não é a largada, o importante é a chegada".

"As pesquisas, elas para serem compreendidas e serem instrumento importante de análise, elas devem abranger, elas devem trazer a avaliação, uma série de outras circunstâncias, inclusive essa, a capacidade de crescimento, a capacidade de novas alianças que fragilizem o adversário", disse o governador, após participar, no Palácio da Liberdade, do anúncio de novas linhas de financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado (BDMG) para prefeituras mineiras.

Em desvantagem nas intenções de voto, Aécio tem procurado sinalizar que está no páreo e não aceita a candidatura de Serra como um fato consumado. "O partido continua em aberto", destacou o deputado federal Rodrigo de Castro, secretário-geral do PSDB e um dos principais aliados do mineiro no partido. "Não temos nenhuma definição".

Viagem e Licença

O governador inicia nesta terça-feira, 29, uma viagem de 11 dias ao exterior. Após retornar ao Brasil, ele deverá definir a data da licença de cerca de 15 dias que pretende tirar para se dedicar à pré-campanha em viagens, principalmente às regiões Norte e Nordeste.

Aécio continua argumentando publicamente que considera as prévias um "melhor instrumento" para a definição do candidato e mantém a investida interna. Nesta terça-feira, 29, ele recebe o presidente do PSDB do Rio de Janeiro, José Camilo Zito. No Estado, os tucanos são pressionados a apoiar uma candidatura do DEM. "Sempre tivemos lá uma aproximação grande com o deputado Fernando Gabeira que é um dos nomes lembrados, mas no momento em que seu partido (PV) lança uma candidatura, é natural que o PSDB tenha que rever sua estratégia", afirmou o governador.

No exterior, Aécio participa de um evento ambiental em Los Angeles (EUA) e depois segue para a Itália, onde assina a transferência do controle da Terna Participações para a Cemig. O mineiro já disse que pretende entregar ao primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, um cheque de R$ 3,5 bilhões referente à aquisição. A convite da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o governador participa também de uma feira em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Marina acusa Lula de antecipar campanha eleitoral

ALFREDO JUNQUEIRA - Agencia Estado


RIO DE JANEIRO - A senadora e pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva (AC), e o vice-presidente nacional de seu partido, o vereador Alfredo Sirkis, acusaram hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter antecipado em um ano a campanha eleitoral, ao lançar, em janeiro, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como nome do PT a sua sucessão. Segundo eles, a manobra provocou desorganização e paralisia na gestão da administração pública.

Marina e Sirkis preferiram criticar a iniciativa do presidente Lula a falar sobre conversas do PV com outros partidos na tentativa de estabelecer alianças para o ano que vem. Eles evitaram polemizar sobre as dificuldades que o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato do partido ao governo do Rio de Janeiro, passou a enfrentar depois que Marina se filiou à legenda. Desde então, o PSDB do Rio, que apoiava Gabeira, passou a considerar a possibilidade de lançar o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB), para disputar a sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB) e, com isso, oferecer no Rio palanque único para o candidato tucano à Presidência.

"Infelizmente, no Brasil, nós terminamos a eleição de presidente e governador, começa a se discutir a de prefeito e vereador, e depois volta para presidente e governador novamente. Isso é um prejuízo para a gestão pública, como se fosse uma paralisia que acontece a cada dois anos no País", afirmou Marina, após participar de solenidade na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na qual ganhou o título de cidadã honorária da cidade. "Acho que não é correto que a gente antecipe a disputa eleitoral, a eleição, de uma forma assim tão precoce", disse a senadora.

Marina ainda concordou "inteiramente" com Sirkis, que criticou e responsabilizou diretamente o presidente Lula pela antecipação da campanha. "Acho que deve haver uma percepção que essa campanha foi desencadeada de forma totalmente artificial e, penso, perniciosa quando o presidente Lula decidiu começar a mexer com campanha presidencial em janeiro deste ano", disse Sirkis.

ISTOÉ: CIRO GOMES ALERTA QUE PANCADARIA VAI COMEÇAR CONTRA SUA CANDIDATURA

Determinado a disputar o Planalto em 2010, o deputado federal Ciro Gomes tem declarado estar mais preparado para o embate eleitoral. Mais experiente, Ciro sabe das dificuldades que terá de enfrentar forte oposição para viabilizar seu nome na corrida presidencial. Ciente disso, em entrevista a revista istoé que já nas bancas, Ciro anunciou "vem pancadaria por aí" numa declaração de quem sabe que sua candidatura começa a incomodar tanto a candidatura do governador José Serra, do PSDB, quanto a ministra Dilma Roussef, do PT. Leia mais sobre esse assunto em matéria da revista Istoé:

Ciro muda o jogo

O crescimento do candidato do PSB e de Marina Silva nas pesquisas mostra que o eleitor não quer apenas um plebiscito entre PT e PSDB

Sérgio Pardellas

Especialistas em pesquisas eleitorais são unânimes ao afirmar que a mais de um ano das eleições a intenção de voto atribuída a cada candidato não pode ser considerada consolidada. Essas mesmas pesquisas, no entanto, segundo os analistas, indicam com segurança qual é o desejo do eleitor. Nesse sentido, os resultados da pesquisa CNI/ Ibope divulgada na última semana mostram que a mensagem transmitida aos políticos é muito clara: o eleitor quer novidade. Não necessariamente juventude ou um nome desconhecido, mas sim uma disputa que passe longe das eleições plebiscitárias, entre PT e PSDB, que se repetem no País desde 1994. O crescimento das candidaturas da senadora Marina Silva (PV-AC) e, principalmente, do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), hoje com 17% e em segundo lugar, já repercutiram tanto no PT como no PSDB. Em São Paulo, embora ainda se mantenha na liderança da pesquisa, o governador tucano, José Serra, reuniu seu QG para avaliar a queda de quatro pontos percentuais e já admite assumir publicamente a candidatura antes do final do ano.

No PT e entre os partidos aliados do presidente Lula, a queda nas intenções de voto na ministra Dilma Rousseff, também de quatro pontos percentuais, provocou reações mais fortes. A estratégia traçada por setores do governo para os próximos meses será a de desconstruir a candidatura de Ciro Gomes. À frente da operação está o ex-ministro José Dirceu. "Sei que vem muita pancada por aí, preciso ter paciência", constatou Ciro em entrevista à ISTOÉ na última semana.

A intenção dos apoiadores da ministra da Casa Civil é fazer com que o pré-candidato pelo PSB perca musculatura política até o início do próximo ano. "Vamos explorar as incongruências do discurso econômico e político de Ciro", adianta um petista com trânsito livre no Planalto. A senha foi dada por Dirceu em viagem ao Nordeste durante a semana passada.

Em entrevista para rádios no Ceará, o ex-ministro apontou suas baterias na direção do pré-candidato socialista. "Se o PSB insistir na tese de duas candidaturas na base governista para presidente, vamos fazer o mesmo nos Estados, lançando candidatos do PT onde o PSB tem nomes consolidados", ameaçou Dirceu numa referência aos Estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba. "O Ciro não concorda com a estratégia plebiscitária. Ele quer ser presidente da República com a anuência de Lula. Mas nem o PT nem Lula vão abrir mão da hegemonia do processo", completou o ex-ministro.

Depois da entrevista, Dirceu seguiu para um encontro, em um apartamento no bairro Meirelles, com o governador do Ceará, Cid Gomes. Pretendia convencer Cid a demover o irmão deputado da candidatura. Em vão. Cid se recusou a falar sobre sucessão presidencial, em quase uma hora de conversa.

As declarações de Dirceu caíram como uma bomba no PSB. Um dos principais líderes do partido na Câmara, o deputado Beto Albuquerque (RS) reagiu, dizendo que não se pode negar o tamanho do PSB no Nordeste.

"Quem mais perde com um eventual rompimento é o PT", avisa. Ciro não entende que seja uma ameaça ao projeto governista. Pelo contrário.

Não nutro a expectativa de Lula e o PT não lançarem Dilma. Só espero que, com a minha candidatura consolidada, o presidente diga que, além de Dilma, eu também sou um nome capaz de seguir com as mudanças que o País vem implementando", disse o deputado cearense à ISTOÉ. Ele acredita ter fôlego para atingir 25% dos votos. Para seguir em frente com o seu projeto, Ciro se fia num acordo tácito celebrado entre ele, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e Lula em julho. Os três estabeleceram o mês de fevereiro como prazo-limite para a definição das candidaturas governistas. "Nós continuaremos construindo o nome do Ciro. Com este cenário atual, ele é candidato", disse Campos. Até o final do ano, Ciro vai percorrer pelo menos 50 cidades.

A filiação do exsecretário de Educação de São Paulo Gabriel Chalita ao PSB, para sair candidato ao Senado, atende parte deste propósito. Ligado ao ex-governador Geraldo Alckmin, Chalita foi o campeão das urnas do País no ano passado, elegendo-se vereador com 102 mil votos.

Outros partidos da base governista também reagiram à pesquisa. Em conversas com a cúpula do PSB, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, admitiu apoiar o candidato socialista, caso a candidatura da ministra continue patinando até o início de 2010. O que mais preocupa os comunistas é a alta taxa de rejeição da candidata. Segundo a pesquisa CNI/ Ibope, em três meses, os eleitores que disseram não votar "de jeito nenhum" em Dilma passaram de 34% para 40%. Na avaliação de integrantes do PCdoB e até do PTB governista, o temperamento de Dilma tem jogado contra ela. "Fizemos uma ampla reunião com a bancada de Pernambuco para comemorar a indicação de José Múcio para o TCU e Dilma, além de não aparecer, nem sequer deu um telefonema. Por essas e outras é que vou fazer campanha para o Ciro", disse à ISTOÉ um parlamentar do PTB. O próprio José Dirceu admite que a campanha da candidata de Lula precisa mudar. Com os partidos aliados em cima do muro, a boia de salvação mais uma vez passa a ser o PMDB, que tem a oferecer estrutura nos Estados e tempo de televisão. O comando da campanha de Dilma também planeja um grande comício de relançamento da candidatura nas próximas semanas. "Essa situação exige definições que não podem mais esperar. É um trabalho que deve ser iniciado pela definição do vice e intensificação dos entendimentos com o PMDB", disse Dirceu.

O fato é que as últimas pesquisas de intenções de voto mostram que a eleição presidencial está longe de uma definição. Os números revelam que parte expressiva do eleitorado anda inquieta, em busca de novas opções. A senadora Marina Silva (PVAC), que apareceu com índices entre 6% e 11% da preferência do eleitor, também reflete isso. Sua bandeira de preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentado é contemporânea. Está ganhando espaço nas ruas. "Marina não só atrai os eleitores insatisfeitos com o PT como também encanta os mais jovens, interessados nesse discurso mais do que atual", diz o cientista político Antonio Lavareda.

"O resultado da pesquisa é gratificante e minha candidatura representa a renovação", afirma a senadora. Mesmo José Serra, em primeiro lugar com 35% da preferência do eleitorado, não pode dar a eleição como favas contadas. Um caso exemplar é o da eleição à Prefeitura de São Paulo em 2008, quando a candidata do PT Marta Suplicy foi derrotada por Gilberto Kassab no segundo turno, mesmo figurando com quase 40% dos votos durante boa parte da campanha. A sucessão de Lula, portanto, está mais em aberto do que nunca.

Aécio defende escolha de nome tucano só em dezembro

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado


BELO HORIZONTE - Ao defender que o candidato tucano à Presidência da República em 2010 não seja definido antes de dezembro, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que acredita que no fim do ano o cenário eleitoral poderá lhe favorecer na disputa com o governador paulista José Serra. "Acho que em dezembro podemos ter quem sabe um cenário um pouco diferente, onde a busca, a capacidade também de agregar novos aliados ao nosso projeto possa se tornar cada vez mais decisivo para nós vencermos as eleições", afirmou o mineiro.

Aécio costuma apregoar como um dos trunfos de sua pré-candidatura a capacidade de aglutinar mais apoios, inclusive de partidos que no momento estão na base de sustentação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, ele voltou a dizer que na definição do candidato tucano não deve ser levado em conta apenas as pesquisas eleitorais e repetiu o bordão de que "em uma eleição o importante não é a largada, o importante é a chegada".

"As pesquisas, para serem compreendidas e serem instrumento importante de análise, elas devem abranger, elas devem trazer a avaliação, uma série de outras circunstâncias, inclusive essa, a capacidade de crescimento, a capacidade de novas alianças que fragilizem o adversário", disse o governador, após participar, no Palácio da Liberdade, do anúncio de novas linhas de financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado (BDMG) para prefeituras mineiras.

Em desvantagem nas intenções de voto, Aécio tem procurado sinalizar que está no páreo e não aceita a candidatura de Serra como um fato consumado. "O partido continua em aberto", destacou o deputado federal Rodrigo de Castro, secretário-geral do PSDB e um dos principais aliados do mineiro no partido. "Não temos nenhuma definição".

O governador inicia amanhã uma viagem de 11 dias ao exterior. Após retornar ao Brasil, ele deverá definir a data da licença de cerca de 15 dias que pretende tirar para se dedicar à pré-campanha em viagens, principalmente às regiões Norte e Nordeste.

Aécio continua argumentando publicamente que considera as prévias um "melhor instrumento" para a definição do candidato e mantém a investida interna. Amanhã ele recebe o presidente do PSDB do Rio de Janeiro, José Camilo Zito. No Estado, os tucanos são pressionados a apoiar uma candidatura do DEM. "Sempre tivemos lá uma aproximação grande com o deputado Fernando Gabeira que é um dos nomes lembrados, mas no momento em que seu partido (PV) lança uma candidatura, é natural que o PSDB tenha que rever sua estratégia", afirmou o governador.
 
http://www.estadao.com.br/

'Estou pronta para o que der e vier', diz Dilma sobre candidatura

Ela comemorou avaliação médica de que não tem mais traços de linfoma.
Segundo Dilma, momento mais difícil foi quando soube que estava doente.


A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira (28) que está pronta "para o que der e vier" ao comentar sobre sua possível candidatura à Presidência da República. A afirmação foi feita após a posse do novo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que substitui José Múcio, nomeado para uma vaga no Tribunal de Contas da União.

"Eu acho que o que aparecer na minha vida, estou pronta"

Dilma comemorou o resultado do tratamento a que se submeteu contra um câncer linfático. Nesta segunda, os médicos que a atendem disseram, em nota, que "a ministra encontra-se livre de qualquer evidência de linfoma, com estado geral de saúde excelente". Segundo a ministra, o período mais difícil da doença foi a descoberta do câncer.

“Os médicos disseram que meu tratamento foi concluído. Estou muito feliz. Até porque a sensação com o sucesso do tratamento é de mais energia. É uma coisa que acontece e que faz a gente valorizar mais a vida”, disse.

Dilma disse ainda que está conversando com o Ministério da Saúde para saber como é feito o tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) e que quer entender porque o medicamento Mabitera, usado contra o câncer, não é distribuído no país gratuitamente.
 
“Eu acho que essa gestão do tratamento do câncer no Brasil é uma questão que terei o máximo interesse enquanto questão de saúde pública. Inclusive estou muito preocupada com a cobertura do tratamento quimioterápico para todas as pessoas que tratam das diferentes formas de manifestação do câncer. Estou inclusive fazendo uma gestão junto ao Ministério da Saúde no sentido de levar essa questão do Mabitera para todos os brasileiros que estão passando por tratamento”, disse.

Dilma agradeceu o apoio que recebeu durante o período em que se tratou no Hospital Sírio-Libanês. “Eu queria agradecer a todas as pessoas que me procuraram, foram solidárias, fizeram grupos de oração, fizeram santinhos, que fizeram alguma corrente favorável à minha pessoa e à minha saúde”, afirmou. Ela agradeceu em especial o vice-presidente, José Alencar, que também luta contra o câncer, há mais de dez anos.
A ministra aconselhou ainda as pessoas que têm câncer a manter as atividades normais durante o tratamento. Segundo ela, isso ajuda a vencer a doença. “É bom porque você deixa de ter olhar só sobre si mesma e tem de olhar sobre os outros. Fica mais fácil de levar a vida”, afirmou.


_do http://g1.globo.com

Contato

Em tom de campanha, Marina faz caminhada na zona sul do Rio

Pretexto do evento era discutir a posição do Brasil em conferência sobre o clima; mas candidatura predominou

Clarissa Thomé, de O Estado de S.Paulo

RIO - O pretexto era a Conferência de Copenhagen, em dezembro, e a posição que o Brasil deve assumir no encontro sobre o clima, mas o tom da caminhada na orla da zona sul, neste domingo de sol, 27, com a participação da senadora Marina Silva (PV-AC), foi o de campanha eleitoral.      

Quase o tempo todo cercada por um cordão de isolamento, Marina foi abraçada por militantes, fotografada, distribuiu beijos e abraços e foi saudada aos gritos de "Brasil urgente! Marina presidente!", palavra de ordem resgatada da primeira campanha eleitoral de Lula para a presidência, em 1989.

Foi preciso que o vereador Alfredo Sirkis interrompesse a caminhada e lembrasse que fiscais do Tribunal Regional Eleitoral acompanhavam o ato "à espera de um mal passo". Não surtiu grande efeito: os manifestantes passaram a gritar "Brasil no clima, junto com Marina".

Marina defendeu posição mais firme do Brasil a respeito da redução da emissão de gases do efeito estufa e evitou falar da campanha. Se apresentou como "pré-candidata prioritária" do PV .

"Eu me filiei a um partido que honrosamente me deu esse lugar de pré-candidata prioritária. E eu me sinto honrada com esse lugar. Obviamente que as instâncias partidárias irão tomar essa decisão em 2010 e todo nosso esforço agora vai ser no sentido de darmos conteúdo, a forma ao processo daquele que será o plano de governo", disse a senadora.

A caminhada reuniu cerca de 500 pessoas, que levaram duas horas para percorrer o calçadão do Leblon, Ipanema e Copacabana.



Carlos Lupi descarta ser vice de Ciro e diz preferir Dilma

Ministro do Trabalho defende em Paris união das esquerdas em torno da chefe da Casa Civil em 2010

Andrei Netto, de O Estado de S.Paulo



PARIS - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira em Paris que não cogita a hipótese de ser candidato a vice em uma eventual chapa liderada pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à presidência em 2010. A costura política vinha sendo realizada com o objetivo de ampliar o palanque e o tempo de propaganda política na TV unindo PSB e PDT em uma única chapa. Presidente licenciado do PDT, Lupi disse que, entre Ciro e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, prefere a segunda.
As declarações foram feitas ao término da reunião internacional de ministros do Trabalho e do Emprego na sede da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) na capital francesa. Lupi disse que recebeu um telefonema do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) sondando-o para a possibilidade de se aliar a Ciro em uma coligação, que tentaria ainda negociar o apoio do PCdoB, reeditanto o bloquinho. De acordo com o ministro, as conversas não evoluíram.

"O Ciro cometeu um ato de gentileza", desconversou, afirmando que não é o momento para discutir candidatura, lembrando da amizade entre ambos e do fato de o PDT já ter apoiado do candidato socialista em 2002. A seguir, descartou a hipótese. "Sou da base aliada do presidente Lula. Eu não farei absolutamente para dividir o palanque", argumentou. "Considero fundamental a continuidade do governo Lula. E o presidente já informou que a candidata dele é Dilma Rousseff."

Lupi disse ainda que não tem pretere os "projetos pessoais" em nome de "projetos políticos". E, nesse momento, reiterou, seu projeto é trabalhar pela candidatura única da situação. Para o ministro, no momento há três pré-candidaturas da base do governo, incluindo na lista a da senadora Marina Silva (PV-AC). Lupi lembrou também que o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pretende ser o quarto nome.

A fragmentação da base aliada em várias candidaturas, entende, pode ser frágil caso o PSDB lance chapa puro-sangue, com os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves. "Na minha modesta avaliação, nós temos de ter candidatura única em torno daqueles que o presidente Lula julga ser mais importante para dar continuidade ao seu governo." Questionado sobre o nome ideal, o ministrou foi direto: "Hoje é a Dilma".

Divergências locais dividem PSDB e DEM

28/09/2009 - CATIA SEABRA

enviada especial da Folha a Natal

Ao lado do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves, assistiram, anteontem, a uma tensa discussão entre o ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima e o senador Cícero Lucena (PB).

Na Paraíba, Cunha Lima defende o apoio à candidatura do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). Cícero Lucena pretende concorrer ao governo. Num almoço na tarde de sábado, Serra tentou debelar a crise.

Na ríspida conversa, Cunha Lima insistiu na ideia de que não há espaço para a candidatura de Cícero no Estado. De acordo com ele, haveria o risco de o PSDB da Paraíba sair da eleição menor do que é hoje.

Cunha Lima, que ameaça deixar o partido, prometeu ficar desde que asseguradas condições para que concorra ao Senado. Cícero disse que cabe ao partido na Paraíba decidir seu destino.

Esse era também um dos nós na pauta de uma conversa entre o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

Num café da manhã, Maia se queixou da concentração de poder em São Paulo e reclamou das negociações em Estados como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

Sobre o Rio, reclamou do PSDB insistir no lançamento de candidatura própria, em vez de apoiar o verde Fernando Gabeira.

O próprio Serra pediu que o PSDB fluminense suspendesse a operação. Na conversa, Rodrigo defendeu ainda que o PSDB apoie Osmar Dias (PDT) no Paraná e Coutinho na Paraíba.

Sobre o Espírito Santo, alegou que o tucanato não pode exigir que o DEM rompa com o governador Paulo Hartung (PMDB), sem investir no fortalecimento dos democratas no Estado. Uma das propostas seria a de que Rita Camata, hoje no PMDB, se filiasse ao DEM em vez de ir para o PSDB, hipótese que ela cogita.

A própria deputada resiste, no entanto, à ideia.

Maia reclamou ainda da maneira unilateral como é conduzida a costura de palanques pelo país.

28/09/2009 Governo Lula é refratário a metas de clima, diz Marina

ITALO NOGUEIRA

da Folha de S.Paulo, no Rio

Ao participar de uma caminhada com cerca de 500 militantes do partido na zona sul do Rio, a senadora Marina Silva (PV-AC) disse que há "posições refratárias" no governo Lula para a adoção de metas para redução de emissão de gases poluentes.

Ela cobrou que o governo divulgue sua proposta de metas para o clima e defendeu que os países em desenvolvimento tenham compromisso equivalente à metade do que é cobrado dos países desenvolvidos.

"Nós não podemos ser surpreendidos em Copenhague com a proposta brasileira."

Chefes de governo de todo o mundo vão se reunir em dezembro na Dinamarca para definir o novo acordo de proteção do clima.

Ouvindo em diversos momentos o grito "Brasil urgente, Marina presidente", ela afirmou se sentir "honrada" por ser a "pré-candidata prioritária" do PV. Mas afirmou que a candidatura só será decidida em 2010.

Acompanhada do deputado Fernando Gabeira (PV), que obteve quase 70% dos votos na zona sul nas eleições municipais, quando foi derrotado por Eduardo Paes, Marina era disputada por militantes e banhistas que buscavam uma foto.

Na metade da passeata, o vereador verde Alfredo Sirkis pediu para que os gritos de campanha fossem abolidos. "Temos um fiscal do TRE aqui. Campanha presidencial só no ano que vem.

Embarque de PMDB na candidatura Dilma oficializa racha do partido e isola serristas

GABRIELA GUERREIRO

MÁRCIO FALCÃO

da Folha Online, em Brasília

Sem perder a tradição, o PMDB vai seguir rachado em 2010 na disputa pela Presidência da República. Embora a maioria do partido esteja favorável ao embarque do PMDB na candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a ala que apoia o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), promete tentar reverter o pensamento dos peemedebistas aliados do governo federal até o início de 2010.

A ala serrista do PMDB aposta na queda da candidatura de Dilma para reverter a maioria dos peemedebistas que atualmente apoiam a petista. "Confesso que hoje somos minoritários, a parte governista é bem maior. Mas a Dilma está caindo nas pesquisas Pelo que conheço do PMDB, muitos vão abandonar esse barco", disse o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

O parlamentar, que é um dos articuladores do apoio do PMDB a Serra, defendeu que o partido espere antes de definir que vai apoiar Dilma formalmente. Nos bastidores, porém, aliados do presidente licenciado do partido, Michel Temer (PMDB-SP), negociam o anúncio nos próximos dias do apoio a Dilma --o que abre caminho para o presidente da Câmara ser indicado para a vice-presidência na chapa da petista.

"Essa definição poderia ser mais adiante. Ponderamos para o presidente Temer que isso atropelava os fatos. O PMDB sempre foi isso, teve essa divisão. Há um açodamento do PMDB em fechar essa aliança", afirmou.

Um dos articuladores do nome de Temer na chapa de Dilma disse à Folha Online acreditar que a legenda, ao formular o apoio da Dilma, vai selar o racha interno já previsto para 2010. Apesar do risco, os "dilmistas" têm pressa em meio à pressão do Palácio do Planalto para garantir o apoio do PMDB no ano que vem.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), reconhece que o apoio dos peemedebistas é importante para qualquer candidato que disputa as eleições. Mas admite que o PT, se conseguir compor chapa com o PMDB, não terá a totalidade do partido ao seu lado nos Estados.

"O PMDB sempre foi um partido que se apresentou nas eleições dividido. Sabemos que há setores do PMDB na Câmara e no Senado que não têm compromisso com a coalizão em torno do governo federal. Dificilmente 100% do partido vai para as eleições do ano que vem com o presidente Lula", afirmou Berzoini.

Apesar de reconhecer o esperado racha dos peemedebistas, o presidente do PT defendeu pressa para a oficialização da aliança com o PMDB em 2010. "Se pudermos consolidar rapidamente [a aliança], melhor. Mas desde que seja realista e factível", disse o petista.

Maluf elogia Dilma, Serra e Ciro e diz que Marina deveria tentar ser governadora do Acre

Haroldo Ceravolo Sereza - Do UOL Notícias
O deputado federal Paulo Maluf, presidente do PP de São Paulo e uma das principais lideranças do seu partido, elogiou três pré-candidatos a presidente da República: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PSB). Mas criticou duramente a senadora Marina Silva (PV).

Para ele, Marina foi recebida com "oba-oba" pela mídia, mas tem pouco a oferecer além do discurso verde. "Quais são as ideias dela da saúde pública? Quais são as ideias dela da educação, do transporte coletivo, dos metrôs, da estrada de ferro, do pré-sal?", disse, em entrevista ao UOL Notícias.

Para ele, Marina deveria tentar antes ser governadora do Acre. "Seria uma boa experiência para ela. Um Estado pequenininho, dos mais pobres do Brasil, para ela começar a cartilha. Não pode começar a cartilha na engenharia, tem que começar a cartilha no primeiro primário."

Formado em engenharia, Maluf disse que, quase que certamente, voltará a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo em 2010.

Maluf chegou à Câmara com 739.827 votos em 2006, a maior no ano do país em números absolutos, depois de uma série de candidaturas a cargos majoritários - Maluf foi candidato a presidente em 1989, a governador em 1990, 1998 e 2002 e a prefeito em 1992, única em que foi eleito pelo voto direito.

A candidatura à Câmara foi vista como uma tentativa de levar os processos a que responde para o foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal. Na entrevista, ele negou essa estratégia e criticou o bloqueio de bens a que estão submetidos seus filhos.

Nesta semana, o STF decidiu desmembrar o inquérito em que estão envolvidos quatro filhos de Maluf, Flávio, Otávio, Lina e Lígia. Eles foram denunciados em 2006 pelo promotor Rodrigo De Grandis por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas ainda não são réus, e vão responder ao processo na primeira instância. Maluf e Sylvia continuam respondendo no STF.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista, em que Maluf fala também sobre a duplicação das Marginais e comenta a declaração de Lula de que em 2010 não concorrerá ao cargo de presidente da República nenhum "troglodita de direita" - para Maluf, a fala não se dirigia a ninguém que disputou a Presidência em 1989, nem a ele, nem a Fernando Collor, nem a Ronaldo Caiado, tradicionalmente apontados como candidatos à direita na disputa.

27 de set. de 2009

Para marqueteiros, campanha na internet deve buscar interação com eleitor

Reforma eleitoral aprovada pelo Congresso liberou uso da internet.
Candidato poderá participar de debates na web e receber doação on line.

Maria Angélica Oliveira
Do G1, em São Paulo

Na próxima campanha eleitoral, é possível que você acompanhe debates pela internet, seja convidado a participar de alguma comunidade virtual criada por um comitê para discutir a criação de empregos ou a preservação do meio ambiente, acompanhe o dia-a-dia de seu candidato por blogs ou pelo Twitter e faça doações on line com seu cartão de crédito.

A liberdade na utilização da internet – que possibilita essas e muitas outras ações – faz parte da reforma eleitoral aprovada pelo Congresso. Para entrar em vigor nas próximas eleições, o projeto deve ser sancionado e publicado no Diário Oficial até o próximo dia 3 de outubro, exatamente um ano antes das eleições de 2010, quando serão escolhidos o presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais.

O G1 ouviu marqueteiros para saber o que muda nas eleições com um novo mundo a ser explorado em sites de relacionamento, blogs, e-mails e outras ferramentas de comunicação. Em vez de soluções complexas, eles citam o básico: interação e boas ideias.

“Como a campanha do Obama na internet foi muito comentada na mídia impressa, na mídia televisiva, mídias que tradicionalmente os políticos acompanham, acho que todos vão buscar se comunicar através da internet. [Mas] a verdade é a seguinte: a mais digitalizada das mídias ou um simples folhetim pra se distribuir em um pedágio se não tiver uma grande ideia, não acontece nada”, diz o publicitário Washington Olivetto, que não faz campanhas políticas.

Aliás, para quem pretende se espelhar na campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “case” de sucesso com dois milhões de perfis de usuários no site oficial e US$ 500 milhões arrecadados pela internet, um lembrete: a estratégia da campanha virtual de Obama começou a ser desenhada dois anos antes da eleição.
Foto: Divulgação Cesar Paz, presidente da Associação Brasileira das Agências Digitais (Foto: Divulgação)E, para quem pretende ser candidato, um alerta: comunicação on line “não é criar um perfil no Twitter e sair twittando”, diz o presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (Abradi), Cesar Paz.

Para imaginar como seria uma boa campanha eleitoral na internet, é preciso primeiro entender as diferenças entre a comunicação on line e a comunicação nos meios tradicionais, como televisão e rádio.

O publicitário Raul Cruz Lima cita uma lição básica a ser aprendida. “A internet não é um meio de divulgação das coisas, é um meio para relacionamento. As outras mídias são de uma mão só. Na TV, há uma massa de pessoas com quem você tem que falar e elas não têm como interagir. A internet é o contrário”, explica.

Exemplo disso é o Blog do Planalto, criado pela Presidência da República. Logo após sua estreia on line, o site ganhou um “clone” que permite aos visitantes fazer comentários – algo restrito na página original. A falta de interação e o tom oficial foram apontadas por blogueiros ouvidos pelo G1 como pontos fracos do Blog do Planalto.

'Desejo do usuário'

O tipo de interação que se pretende ter também pode ser segmentado. “Hoje o candidato pode conversar com todo mundo buscando interesses. Ele vai numa rede e diz assim: 'Quem é que gosta de corrida de automóvel?'”, exemplifica o publicitário Nelson Biondi.

Mas há um porém. É preciso ter cuidado para que as ações não sejam invasivas. Imagine um banner que atrapalhe a navegação ou uma caixa de e-mail “entupida” de mensagens que você não solicitou? Um “tiro no pé”, segundo o presidente da Abradi.

“Qualquer comunicação que se faça na internet passa por uma lógica muito simples, que é o desejo do usuário. Através da interatividade, ele vai buscar aquilo que interessa (...) a internet não segue a lógica do modelo de propaganda convencional: maior exposição, maior impacto e consequentemente maior conversão”, diz.

'Manifestação do voto'

Em vez de buscar eleitores na internet, o publicitário Nelson Biondi deixou que eles se manifestassem ao pedir colaborações para a campanha à reeleição do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), em 2008. E recebeu.

“A gente levou a internet para os programas na televisão, não só chamando para o site como pedindo sugestões, comerciais... A história era a seguinte: era a manifestação do voto. Gravava o filho, o pai. As pessoas mandavam e alguns a gente punha no ar, na TV. Foi um sucesso”, diz.

É o tipo de ação que faz as pessoas se sentirem importantes em uma campanha, como defende o publicitário Raul Cruz Lima, que trabalhou na campanha do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) à prefeitura paulistana, em 2008.

Ele acredita no “poder de multiplicação” da internet. Para Lima, uma boa estratégia é entrar em contato com pessoas que pretendem votar no candidato e aprofundar o relacionamento com elas.

A internet não é um meio de divulgação das coisas, é um meio para relacionamento. As outras mídias são de uma mão só. Na TV, há uma massa de pessoas com quem você tem que falar e elas não têm como interagir. A internet é o contrário” "

“Quando o cara é fanático por uma marca, vira um multiplicador, começa a convencer outras pessoas a comprar aquela marca. Acho que a internet vai seguir esse caminho. É você pegar um grupo, fazer com que as pessoas multipliquem as coisas com amigos, parentes”, diz.

Doações

A utilização da internet para doações não é vista com muita expectativa pelos publicitários ouvidos pelo G1. Para Nelson Biondi, a melhor estratégia será utilizar o dinheiro arrecadado on line para investir na campanha de TV e rádio. No entanto, ele pondera, haverá dificuldade em obter contribuições devido ao perfil do eleitor brasileiro.

“O acesso à internet no Brasil dá-se quase a metade pela lan house. Eu não acho que o cara que senta em uma lan house e paga para usar a internet nesse período vai ali sentar e fazer doação. Ele paga R$ 10 pra ficar uma hora e vai dar R$ 10 de doação?", questiona.

Para Washington Olivetto, que comanda a agência W/Brasil, não será tão fácil convencer o “eleitor comum” a contribuir para as campanhas.

“Acho bem mais difícil. Pode acontecer em partidos com características mais ideológicas. Por exemplo, como foi o PT durante anos e já não é mais. Nos Estados Unidos, isso ficou mais claro porque a decisão entre democratas e republicanos é claramente ideológica, e essa cultura é fortemente estabelecida. Nós não temos uma forte cultura de partidos.”