Sobre Zé Maria

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A história de Zé Maria está ligada às lutas da classe operária e à disputa pelo socialismo.

José Maria de Almeida nasceu em Santa Albertina , interior de São Paulo, em 1957. Com 20 anos, foi estudar Matemática na Fundação Santo André, no ABC. De dia, trabalhava como metalúrgico.

Começou sua militância em 1977, em Santo André (SP). Sua primeira prisão pela ditadura militar aconteceu em 1977, quando distribuía um boletim para o 1º de Maio. Zé Maria ficou detido por 30 dias. Teve participação ativa nas mobilizações que começaram na Scania e se espalharam por todo o ABC no final dos anos 1970.

Em 1980, foi preso pela segunda vez. Junto com ele, estava Lula e outros sindicalistas, enquadrados na Lei de Segurança Nacional.

Zé Maria apresentou a primeira proposta de fundação de um partido de trabalhadores, durante um congresso metalúrgico na cidade de Lins (SP) em 1979. Após ser um dos fundadores do PT, ajudou a fundar a CUT, compondo a diretoria executiva da central entre 1991 e 2004.

Demitido e perseguido pelas direções das empresas do ABC, Zé Maria partiu para Minas Gerais, tendo papel de destaque na direção de grandes mobilizações, como na greve com ocupação da Mannesman, em 1989.

Foi expulso do PT em 1992 junto com a Convergência Socialista. Fundou o PSTU em 1994 a partir da reunião de várias tendências e correntes.

Em 2004, rompeu com a CUT por conta da adaptação da central às estruturas do Estado. Hoje, é dirigente nacional do PSTU e integra a Secretaria Executiva Nacional da Conlutas, entidade que se apresenta como alternativa à CUT. Na Conlutas, atua pela unificação da esquerda numa única central.

Zé Maria foi candidato à presidência da República pelo PSTU em 1998 e em 2002, com o lema “Contra burguês, vote 16”. Em 2002, sua campanha esteve a serviço da denúncia contra a Alca, que transformaria o país numa colônia dos EUA. O partido sai fortalecido, e Zé Maria recebeu mais de 400 mil votos.