Agência Estado
A mensagem alcança o Planalto porque o governador avalia que o presidente Lula antecipou o calendário eleitoral também para atraí-lo antes do tempo. Se caísse na cilada palaciana, facilitaria a estratégia de Lula de estabelecer uma campanha polarizada entre seu governo e o anterior, do PSDB. Nesse contexto, sem explicitar, Serra compartilha a tese do governador de Minas, Aécio Neves, que cunhou a expressão "pós-Lula", como referência tática para a campanha do partido. "Vou apontar as coisas para o futuro", afirmou.
Lula declarou reiteradas vezes que a campanha de 2010 será uma comparação entre seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso. O governador paulista não vai por aí. "Não vou ficar tomando conta do governo Lula", disse ele, depois de participar, no Itamaraty, de evento em que foram anunciados investimentos federais nos Estados que sediarão jogos da Copa de 2014.
As bancadas tucanas na Câmara e no Senado terão de se organizar para fazer uma oposição mais articulada e eficaz. Caberá aos deputados e senadores do PSDB, e não ao candidato presidencial do partido, acompanhar com lupa cada ato do governo Lula e liderar a oposição.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,candidato-nao-e-chefe-da-oposicao-diz-serra,496123,0.htm
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