24 de out. de 2009

Propaganda eleitoral gratuita nas eleições 2010 vai custar R$ 851 milhões

Contas Abertas - 24/10/2009

A propaganda gratuita dos partidos políticos nas eleições do próximo ano, no rádio e na TV, não vai sair tão em conta para os cofres públicos. A Receita Federal estima que as emissoras de todo o país deixem de pagar R$ 851,1 milhões em impostos, em 2010 (veja tabela). O ônus se deve ao fato de que os veículos de comunicação recebem isenção fiscal para transmitirem a propaganda partidária, que não é paga por partidos políticos, coligações ou candidatos. É uma forma do governo compensar as eventuais perdas das empresas de comunicação, oferecendo-lhes o benefício da renúncia fiscal, já que as emissoras deixam de receber de anunciantes para veicularem a propaganda.

De certa forma, a Receita “compra” o horário das emissoras, permitindo que as empresas deduzam do imposto de renda 80% do que receberiam caso o período destinado ao horário político fosse vendido para propaganda comercial. Repassando o custo ao cidadão, que é o mantenedor dos órgãos públicos por meio dos impostos que paga, é como se cada brasileiro pagasse R$ 4,44 para receber informações sobre os candidatos e os partidos políticos. A conta é feita considerando a população atual do país que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está estimada em 191,5 milhões.

O benefício tributário para 2010 será o mais alto em pelo menos oito anos, e é bem superior ao valor de outros pleitos eleitorais. Em 2006, por exemplo, quando foi realizada a última eleição presidencial, a renúncia fiscal das emissoras geradas pela propaganda eleitoral gratuita foi de R$ 228,6 milhões. Ou seja, um crescimento de 272% na isenção de tributos de uma eleição presidencial para a outra. Já em 2002, a isenção concedida às emissoras de rádio e TV foi de R$ 210 milhões, já considerando os efeitos da inflação. A cifra é quatro vezes menor que o benefício tributário que deve ser concedido às emissoras no próximo ano. Em termos percentuais, a variação é positiva em 305%.

Nos últimos oito anos, incluindo 2009, o ônus aos cofres públicos devido à isenção fiscal concedida as empresas de comunicação chega a R$ 2,8 bilhões, já descontada a inflação acumulada no período. Este ano, a modalidade de gasto tributário “horário eleitoral” está na 30ª posição no ranking de perdas de arrecadação, atrás do Simples Nacional e do Programa Nacional de Apoio à Cultura. Apesar de corresponder a apenas 0,7% do total de benefícios tributários da Receita previstos para este ano, a isenção concedida às empresas de rádio e televisão superam os benefícios tributários com o Programa Universidade para Todos (Prouni), por exemplo, estimado em R$ 502,8 milhões.

Mesmo quando não há eleições, a propaganda partidária institucional se faz presente. E, com isto, a isenção tributária para o horário eleitoral continua em vigor. A campanha dos partidos, mesmo em anos não eleitorais, consiste na divulgação de temas relacionados aos interesses das agremiações, no intuito de conquistar simpatizantes ou difundir os ideais do grupo. Nos anos não eleitorais de 2007 e 2005, por exemplo, a Receita deixou de arrecadar, respectivamente, R$ 534,5 milhões e R$ 344,2 milhões, já considerando os efeitos da inflação no período.

De acordo com a Receita Federal, a explicação para o crescimento do gasto tributário com a propaganda eleitoral para 2010 se deve a uma diferença na base de dados utilizada para se chegar à estimativa. O ano-calendário 2006 de declarações foi utilizado para fazer o cálculo da renúncia fiscal em 2009 e em 2010. Já para 2008, o ano-calendário utilizado foi 2005. Isto ocorreu, segundo a Receita, devido às particularidades da metodologia, já que o órgão não possui uma série longa de declarações das empresas que possibilitem a distinção dos efeitos da renúncia fiscal da propaganda eleitoral em ano de eleições e naqueles não eleitorais.

O cálculo da Receita para a perda de arrecadação segue a metodologia da Coordenadoria de Previsão e Análise, que é feito com base na Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). A estatística sobre a renúncia fiscal, de acordo com a Receita, é a mais próxima a que se pode chegar, tendo em vista de que se trata de um método de inferência, ou seja, impossível definir o número exato. Dados precisos são somente aqueles de arrecadação, quando os impostos realmente foram recolhidos.

Apesar das cifras grandiosas, nem todas as empresas de comunicação eram contempladas com o benefício fiscal, até a aprovação da minirreforma eleitoral este ano. De acordo com o assessor jurídico da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rodolfo Machado Moura, o número de empresas que faziam jus à compensação fiscal estava entre 20% e 25%. Por isso, a entidade buscou a ampliação do benefício tributário contemplado na minirreforma. “Agora, o ressarcimento foi ampliado para as empresas do Super Simples, o que foi uma vitória”, explica.

Segundo Rodolfo, 80% das empresas que integram o quadro da Abert fazem parte do Simples Nacional. “Em termos financeiros de renúncia fiscal para a Receita vai mudar muito pouco, já que as empresas que mais faturam já recebem hoje a isenção. O que vai mudar é o número de empresas contempladas que hoje têm lucro de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês, fazendo com que o valor do ressarcimento seja pouco para a Receita, mas de grande valia para as empresas”, pondera.

Os efeitos da ampliação do número de empresas beneficiadas só irão ser sentidos na estimativa de arrecadação da Receita para 2011, que levará em conta o balanço das declarações colhidas em 2010. Mas, até lá, segundo Rodolfo Machado Moura, a Abert vai continuar reivindicando a flexibilização da tabela de dedução no Imposto de Renda das emissoras; pleito da categoria que foi vetado pelo presidente Lula quando sancionou a minirreforma eleitoral. “Algumas empresas estão sendo autuadas pela Receita Federal que quer uma dedução em cima do menor valor de tabela, por entender que o que deve ser levado em conta é aquele efetivamente praticado, desconsiderando as variáveis de cada emissora”, diz.

Desta forma, segundo Rodolfo, as emissoras acabam ficando à mercê de um fiscal da Receita, que não conhece as variáveis de mercado, e impõe um valor a ser deduzido com base em cifras em que, eventualmente, um horário para inserções foi vendido a um anunciante por um preço bem menor que o de costume. Desta forma, não pode ser utilizado como medidor.

A regulamentação do espaço cedido ao horário eleitoral, a compensação fiscal das emissoras de rádio e televisão, bem como as especificações para o imposto de renda da pessoa jurídica são garantidos por três legislações: Lei 9.096 de 1995, artigo 52, parágrafo único; Lei 9.504 de 1997, artigo 99; e decreto 5.331 de 2005.


Lula usa eleição interna no PT para enquadrar Estados

FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo - 24/10/2009 
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende utilizar a eleição interna do PT no final de novembro para enquadrar Estados que resistem a abrir espaço para aliados.

Nesta semana, Lula interveio no caso mais espinhoso, o do Rio de Janeiro. Liberou seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para dar apoio explícito ao deputado federal Luiz Sérgio, que concorre à presidência do diretório estadual com o discurso de apoio à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB).

"Temos o desafio de consolidar as mudanças promovidas pelo governo Lula e construir um amplo arco de alianças para garantir a continuidade de nosso projeto de transformação do Brasil", diz a mensagem de apoio a Luiz Sérgio enviada por Carvalho.

Lula orientou seus aliados a fazerem o possível para dar vitória por ampla margem a Luiz Sérgio, de preferência no primeiro turno da votação petista. Segundo a Folha apurou, sindicatos ligados à CUT ajudam na mobilização pró-Sérgio.

O apoio do chefe de gabinete de Lula ganha em relevância pelo fato de o principal adversário de Sérgio, Bismarck Alcântara, ser assessor dele no Planalto, em Brasília.

Alcântara defende a candidatura a governador do prefeito petista de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, mas a vitória de Sérgio praticamente selaria a aliança com o PMDB.

"A disputa no Rio é emblemática. O resultado dará nitidez ao caminho que o Estado seguirá na eleição", diz o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira.

Outros Estados problemáticos para o PT vivem situações semelhantes. No Ceará, o governo trabalha pela chapa ligada à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, defensora do apoio ao PSB. Concorre com ela o grupo do ex-prefeito de Quixadá Ilário Marques, que prefere candidatura própria.

No Paraná, Lula aposta numa vitória esmagadora do grupo ligado ao ministro Paulo Bernardo (Planejamento) para sacramentar o apoio ao senador Osmar Dias (PDT) para o governo. A assinatura de Dias à CPI do MST nessa semana deu fôlego no partido a uma ala que rejeita a aliança.

Outro exemplo é o Pará, onde o atual presidente estadual, João Batista, concorre à reeleição com o discurso de apoio ao PMDB do deputado federal Jader Barbalho.

Nesses Estados, mas principalmente no Rio, o PMDB exige uma composição com o PT para honrar o "pré-compromisso" firmado de apoio à candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Marcado para 22 de novembro (com segundo turno em 6 de dezembro), o PED (Processo de Eleição Direta) prevê o voto direto dos filiados para as direções nacional, estaduais e municipais.

Uma vitória convincente da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mais ligada a Lula, daria mais força para moldar os palanques regionais ao gosto da estratégia nacional.

"Uma vitória de candidatos que defendem a tese da aliança em vários Estados é uma sinalização fundamental para 2010", diz Francisco Rocha, coordenador nacional da ala CNB.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642714.shtml

Lula festeja 64 anos e quer comemorar eleição de Dilma em 2010

Presidente diz que pediu crescimento de 5% ao soprar velinhas.
Ele também afirmou que espera campanha 'civilizada' no ano que vem.


Jeferson Ribeiro Do G1, em Brasília - 24/10/2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou antecipadamente seu aniversário de 64 anos neste sábado (24) em frente ao Palácio da Alvorada. Pela terceira vez desde que se elegeu presidente, ele foi comemorar com militantes petistas e simpatizantes de seu governo mais um ano de vida. Lula completa 64 anos no próximo dia 27.

Após soprar as velinhas, Lula disse que fez um pedido para que a economia cresça entre 4,5% e 5,5% em 2010. Questionado se não havia pedido para que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, vencesse as eleições presidenciais, ele brincou dizendo que estava proibido pela legislação eleitoral de fazer esse pedido, mas afirmou que espera comemorar junto com seu aniversário em 2010 a vitória da candidata à sucessão.

Cerca de 200 pessoas compareceram para a festa antecipada do presidente que teve bolo e organização do PT do Distrito Federal. A comemoração ocorreu em 2006, 2007 e nesse ano. Em 2008 Lula não estava em Brasília na data do aniversário.

“Isso não posso [pedir] porque está fora da época eleitoral e a legislação não permite nem em sonho que eu possa fazer qualquer pensamento positivo sobre a Dilma antes das convenções partidárias e antes de ela se afastar do governo. Mas, se Deus quiser no próximo aniversario eu estarei comemorando as eleições dela”, disse o presidente.

Lula disse ainda que espera um crescimento econômico contínuo nos próximos anos para que o país atinja as previsões do Banco Mundial de ser a quinta maior economia mundial em 2016.

“Olha um pedido foi para que as coisas transcorram com muita normalidade e que o Brasil cresça bem no ano que vem, porque sem nós conseguirmos crescer mais ou menos 5%, 4,5% ou 5,5% significa que a crise definitivamente acabou no Brasil e significa que a gente pode ter alguns anos de crescimento contínuo para que a gente possa estabelecer na prática aquilo que o Banco Mundial está dizendo, que em 2016 o Brasil pode ser quinta economia mundial”, revelou.

O presidente afirmou também que está feliz por completar 64 anos e que se sente “um jovem de 63 anos”. Ele comentou ainda que espera que as eleições de 2010 sejam “civilizadas”.

“Nós vamos ter eleições e eleições é sempre um momento extraordinário de consagrar a democracia no país, mas é sempre importante que as campanhas sejam civilizadas e com interesse de politizar a sociedade e que a campanha seja feita num nível compreensível para a sociedade”, pediu.

Presentes

Rodeado dos simpatizantes, Lula tirou fotos, pegou crianças no colo e agradeceu os militantes que estiveram presentes até nos momentos de “crise”. “Esse pessoal aqui, durante aquela crise brava de 2005 do nosso governo, estava lá na porta da Granja do Torto [uma das residências oficiais do presidente] esperando eu chegar com café, chimarrão. Eles sempre estavam lá e eu nunca chamei eles para tomar um café comigo e mesmo assim eles estão aqui todos os anos para comemorar o meu aniversário”.

Enquanto cumprimentava as pessoas Lula ia recebendo presentes, cartas e pedidos. Entre os presentes recebidos estavam: uma caixa com duas garrafas de cachaça, um jogo de pôquer, dado pelo vice-presidente José Alencar, uma espécie de árvore de madeira com 30 estrelas de madeira que representam os 30 anos de fundação do partido, um quadro com fotos da Seleção Brasileira campeã de 1958 e uma bola com logotipos do PT, do Corinthians e com seu nome estampados.

Ao receber o jogo de pôquer de Alencar, Lula brincou dizendo que tomaria todo o dinheiro do vice-presidente. “Vou rapelar o Zé Alencar. Tudo que ele ganhou na Coteminas eu vou tirar dele”, disse.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1353491-5601,00-LULA+FESTEJA+ANOS+E+QUER+COMEMORAR+ELEICAO+DE+DILMA+EM.html

23 de out. de 2009

FHC pede calma ao PSDB para escolha de candidato

RAQUEL MASSOTE - Agencia Estado - 23/10/2009

BELO HORIZONTE - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou hoje uma suposta precipitação do governo em torno da campanha eleitoral e defendeu que o PSDB não tome uma decisão apressada na definição do candidato à Presidência da República entre os governadores de São Paulo, José Serra e de Minas, Aécio Neves. Para ele, a escolha do melhor candidato virá em um tempo "oportuno".

Fernando Henrique esteve hoje em Belo Horizonte para uma palestra no encerramento de uma convenção de contabilidade, mas não se encontrou com Aécio.

Ao ser questionado sobre a pesquisa realizada pelo Ibope que teria irritado o governador mineiro, com os nomes de Serra e Aécio na mesma chapa, Fernando Henrique disse que não havia visto os resultados. "Me disseram que na pesquisa os dois juntos, em qualquer posição, aumentam o potencial de votos. Isso é bom porque mostra que a população confia em dois importantes governadores do PSDB, mas não quer dizer que se deva decidir agora quem seria o candidato."
 
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,fhc-pede-calma-ao-psdb-para-escolha-de-candidato,455567,0.htm

Aécio questiona PSDB sobre pesquisa para avaliar chapa pura

da Folha Online - 23/10/2009

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), questionou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), sobre uma pesquisa realizada pelo Ibope para avaliar a suposta chapa pura do para disputar a sucessão presidencial de 2010.

Aécio disputa com o governador de São Paulo, José Serra, a indicação do PSDB para concorrer à Presidência. Mas já negou a possibilidade de ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada por Serra. Para o tucano mineiro, gastar dinheiro com pesquisa para avaliar a chapa pura seria desperdício de dinheiro.

Ontem, depois que soube do resultado parcial da pesquisa, Aécio procurou Guerra para questionar a origem do levantamento. Segundo o governador, o presidente nacional tucano disse que a pesquisa não foi encomendada pelo PSDB, mas por um militante do partido no Rio de Janeiro: Ronaldo César Coelho.

"[A pesquisa] Não é do partido por uma outra razão: o partido não jogaria dinheiro fora fazendo uma pesquisa, cogitando a minha presença como candidato a vice-presidente da República. Esta possibilidade, simplesmente, não existe", afirmou Aécio ontem, em entrevista divulgada por sua assessoria.

A reportagem deixou recados com a assessoria de Sérgio Guerra e no escritório de Ronaldo César Coelho, mas não obteve retorno.

Na avaliação do governador mineiro, as pesquisas não vão mudar muito até dezembro ou janeiro, quando deverão ser definidas as candidaturas.

Serra e Aécio discordam no prazo em que a candidatura do partido deve ser definida. Para Aécio, o PSDB deve anunciar seu candidato até janeiro de 2010. Serra, defende março.

Para tucanos de Minas, Aécio está ansioso com a indefinição, uma vez que o governo federal está em franca campanha em favor da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).

"O PSDB e os aliados da oposição têm a convicção de que temos uma grande chance de vencer as eleições apesar de toda a movimentação do presidente da República. E vamos buscar uma candidatura que esteja bem nas pesquisas, isso é sempre muito importante, mas que mostra um potencial também de crescimento e de atração para novos parceiros", afirmou Aécio.

Como forma de divulgar sua pré-candidatura entre os tucanos, o governador mineiro tem viajado pelo país para se reunir com líderes do partido nos Estados. A próxima viagem já foi marcada para 14 de novembro, em Alagoas.

Segundo Aécio, a Executiva Nacional do PSDB está montando um roteiro para oferecer aos dois pré-candidatos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642455.shtml

Dirceu diz que PT terá candidato em SP se Ciro disputar a Presidência

da Folha Online - 23/10/2009

O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) voltou a defender hoje em seu blog que o PT apoie em São Paulo a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo do Estado. Segundo ele, o PT terá candidato próprio se Ciro não disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Ciro lançou seu nome para a disputa pela Presidência. Seu partido, entretanto, pertence à base de apoio do presidente Lula --que defende que a base se una em torno da candidatura única de Dilma.

O presidente já disse publicamente que prefere que a base tenha apenas um candidato para que a eleição presidencial de 2010 seja plebiscitária ao estilo 'nós contra eles'.

Para isso acontecer, Ciro teria que desistir do Palácio do Planalto para apoiar Dilma. Em troca, o PT de São Paulo precisa apoiar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

"O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) pode ter o apoio do PT se optar pela candidatura ao governo de São Paulo, mas a legenda tem nomes para sair com candidatura própria. Dois deles, que acredito reúnem as preferências da militância, são [Antonio] Palocci e Emídio [Souza] que certamente poderão chegar a um acordo no caso de Ciro não sair candidato", disse Dirceu no blog.

Ele afirma que não é contrário à candidatura própria do PT. "Mas minha prioridade é a aliança com o PSB, e o deputado cearense como candidato em São Paulo, possivelmente com o apoio, também, do PDT, PC do B, PP e PR e de setores do PMDB. Se ele sair para presidente vamos ter um candidato próprio a governador e procurar manter esse arco de alianças, mesmo sem o PSB."

Pré-candidato ao governo de São Paulo, Emidio sinalizou hoje disposição de apoiar a candidatura de Ciro. Em carta aberta (leia a íntegra) à militância petista, Emidio defendeu que o PT abra diálogo com partidos da base de apoio do presidente Lula em prol da candidatura da ministra Dilma Rousseff.

"Posiciono-me pela abertura e diálogo, sem vetos, a todas as alternativas apresentadas pelos partidos que venham a se unir para derrotar o projeto dos tucanos em São Paulo. Considero que, em nome da prevalência política do projeto nacional, podemos juntos chegar ao melhor acordo para as forças renovadoras no Estado", diz ele na carta.
 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642402.shtml

Presidente do PT de SP diz que ainda não discute ser vice de Ciro

da Folha Online - 23/10/2009

O presidente do diretório estadual do PT-SP, Edinho Silva, escreveu hoje no Twitter (microblog) que a discussão sobre seu nome para vice do deputado Ciro Gomes (PT-CE) ainda não está na mesa. Ciro diz que é candidato a presidente. Mas o PT tenta convencê-lo a sair candidato ao governo de São Paulo.

Á estratégia é fazer Ciro apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência. Em troca, o PT apoiaria seu nome em São Paulo.
Reportagem publicada hoje na Folha informa que a ala do PT paulista liderada pelo ex-ministro José Dirceu ofereceu ao PSB de Ciro Gomes dois nomes para ocupar o posto de vice: o de Emidio e o de Edinho Silva, presidente do PT-SP.

A reportagem informa que esse movimento tem como objetivo enfraquecer o grupo que no dia 5 do mês passado aprovou a 'construção' de uma candidatura própria à sucessão de José Serra (PSDB).

Edinho disse que essa discussão não existe ainda. "É motivo de alegria meu nome ser lembrado para compor uma chapa com o Ciro para o governo de São Paulo", disse no Twitter.

Mas ele afirma que será candidato a deputado estadual. "Sou candidato a reeleição para a presidência do PT/SP; e tenho demonstrado a minha disposição em concorrer a uma vaga na AL-SP."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642427.shtml

PT não pode chutar aliados nem depender da agenda de Ciro, diz Emidio de Souza

FABIANA FUTEMA
editora de Brasil da Folha Online - 23/10/2009 
 
Pré-candidato ao governo de São Paulo, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), defendeu hoje que o partido priorize a eleição nacional em detrimento da estadual. Ele admitiu a possibilidade de apoiar a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao Palácio dos Bandeirantes, mas diz que o PT também deve se preparar para lançar um nome na disputa.

"Temos que apresentar [uma candidatura própria] e lá na frente, se for o caso, nós teremos que saber recuar. Porque para nós o projeto nacional é mais importante. A eleição da [ministra da Casa Civil] Dilma [Rousseff] é mais importante. E não consideramos o Ciro um adversário", disse ele por telefone para a Folha Online.

Segundo ele, o PT tem de conciliar essa disposição de se aliar a Ciro sem abrir mão de preparar sua candidatura própria ao governo de São Paulo. "Temos que preparar nosso candidato e respeitar o adversário. Se for preciso, lá na frente, já tem candidato preparado. Não podemos condicionar nossos passos ao calendário do Ciro. Ele tem a lógica dele."

Emidio disse que ainda não é hora de discutir quem vai ser vice numa eventual chapa de Ciro ao governo de São Paulo. "Não tenho me colocando nessa posição. Até agora ele disse que é candidato a presidente. E não demonstrou vontade de ser candidato em São Paulo. Porque vamos pensar em discutir vice para para um candidato que não existe? O PT tem que preparar o nome [para a disputa] e estar aberto a negociações."

O prefeito de Osasco publicou hoje em seu site uma carta à militância do PT defendendo a possibilidade de apoiar um nome de fora do partido para o governo de São Paulo. Essa carta se soma às declarações de dirigentes do PT, que manifestaram nos últimos dias a necessidade do partido estar aberto para negociar com o PSB.

Todas essas manifestações rebatem a ex-ministra Marta Suplicy (SP), que ao defender a candidatura própria do PT fez críticas a Ciro. A declaração de Marta irritou dirigentes do PSB.

Emidio disse que o PT deve abandonar essa postura em relação a outros candidatos. "O PT tem que formar uma frente em São Paulo. Não pode chutar ou tratar mal os aliados, nem o PSB, ou o PC do B ou o PR. Tem que ter nosso candidato, definir, mas saber que os demais partidos da aliança também podem ter [candidato]."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642396.shtml

Presidente do PPS diminui peso de Ciro nas eleições

LAURIBERTO BRAGA - Agencia Estado - 23/10/2009


FORTALEZA - O presidente do PPS, Roberto Freire, reconheceu hoje, durante abertura do Encontro da Executiva Nacional, em Fortaleza, que o deputado federal Ciro Gomes (PSB) foi relevante nas duas vezes em que se candidatou pelo partido à presidência do Brasil, mas minimizou sua importância no cenário atual: "Com o Ciro candidato, qualquer um ganha. Ele tem importância, mas essa importância é insignificante para nós. Ele é derrotado em toda simulação do primeiro turno com os adversários efetivos que tem."

Freire continuou: "Não estamos fazendo nenhuma demonização, mas o Ciro é um candidato difícil. Ele está isolado". Amanhã, Freire será reeleito para a presidência do partido e terá como vice o ex-presidente da República, Itamar Franco.

Estratégia partidária

O líder nacional do PPS criticou também a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "É frágil e fraca. É uma candidata que não se consolidou. Há um ano, Lula vem fazendo campanha dela, usando nosso dinheiro de imposto de forma profundamente irresponsável. Se (Lula) não tomar cuidado, a candidata dele despenca."

Roberto Freire afirma que o partido vai apoiar a candidatura do PSDB e defende uma chapa "puro sangue" dos tucanos, formada pelos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). "Temos dois excelentes candidatos. O PPS não pede vice. Nós defendemos que a chapa seja Serra-Aécio ou Aécio-Serra".

O PPS também pretende ter uma candidata ao governo de São Paulo: a secretária da Prefeitura de São Paulo, Soninha. "Se ela não aceitar o PPS, vamos apoiar a candidatura do PSDB, que pode ser Geraldo Alckmin ou Aloísio Nunes", afirmou Freire.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,presidente-do-pps-diminui-peso-de-ciro-nas-eleicoes,455425,0.htm

Leia íntegra da carta de Emidio de Souza à militância petista

da Folha Online - 23/10/2009
 
Pré-candidato ao governo de São Paulo, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), sinalizou hoje disposição de apoiar a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao Palácio dos Bandeirantes.

Em carta aberta à militância petista, Emidio defendeu que o PT abra diálogo com partidos da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pelo governo de São Paulo em prol da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência.

Leia íntegra da carta de Emidio de Souza à militância petista:

"Carta aberta aos filiados e simpatizantes do PT no Estado de São Paulo
Unir as forças renovadoras e sintonizar São Paulo com o Brasil

Nas eleições gerais de 2010 os brasileiros definirão nas urnas o que esperam para o Brasil e seus Estados. A decisão dos eleitores será feita com base, essencialmente, entre dois projetos de nação. Um, democrático, social, desenvolvimentista e sustentável. Comandado com maestria pelo presidente Lula, escudado na força do PT e dos partidos da base aliada do governo federal. O outro, conservador, privatista e neoliberal, praticado pelo PSDB.

A escolha será entre o presente e o futuro promissores que vivenciamos com os programas do governo federal como o PAC, Pré-sal, Biocombustíveis, Minha Casa Minha Vida e tantos outros que melhoram substancialmente a vida dos brasileiros, levando o país a um lugar de destaque jamais experimentado no concerto das principais nações do mundo. Ou o passado de atraso econômico, juros astronômicos, desemprego e submissão internacional dos tempos de Fernando Henrique Cardoso.

Nesse processo, o Estado de São Paulo desempenhará papel estratégico. Será em terras paulistas que se desenvolverá a batalha central dessa disputa política e eleitoral. Maior Estado em população e detentor da maior fatia de contribuição para o PIB do país, São Paulo sintetiza a polarização entre PT e PSDB que marca os últimos quinze anos da política brasileira. Aqui o antagonismo dos projetos petista e tucano é mais pungente.

Também em São Paulo, duas escolhas basicamente estarão à disposição dos eleitores. Escolher o candidato que vai representar mais de duas décadas de atraso, produzido pelo neoliberalismo das gestões do PSDB, ou votar a favor de uma nova alternativa que se expressa no projeto do PT e dos partidos aliados e se materializará num programa de governo moderno e renovador para o Estado.

Nesse contexto, a eleição direta para as direções do PT e a realização do nosso 4º Congresso serão momentos decisivos para a reestruturação e fortalecimento do partido. Fazer o melhor PED e o melhor congresso de nossa história deve ser a meta da militância petista. Assim estaremos preparados para enfrentar e vencer o grande desafio de eleger a primeira mulher presidente do país. Mantendo e avançando o atual projeto nacional de desenvolvimento econômico e social com distribuição de renda e inclusão cidadã de milhões de brasileiros. E também conquistando o governo estadual, derrotando os tucanos no seu ninho e sintonizando o Estado de São Paulo com o momento positivo do Brasil.

Esta deve ser a maior motivação para que os militantes façam do PED e do 4º Congresso instrumentos de debate, revitalização e mobilização de nossa base partidária e social.

Sobre nossa prioridade não pode pairar dúvida. Devemos preparar o PT para manter-se à frente do governo federal, elegendo a companheira Dilma presidente em 2010, para continuar e avançar a revolução social que iniciamos em 2003.

O que deve nos unir é o apoio a Dilma presidente e a certeza de que é chegada a hora de renovar o governo estadual e resgatar São Paulo da situação lastimável em várias áreas. Na segurança, com o crime dando as cartas. Na educação, com o abandono das escolas e a desvalorização dos professores. Na saúde, com a população sofrendo nas filas e na habitação e saneamento básico com a inoperância do CDHU e da Sabesp.

Além de solucionar os problemas dessas áreas, a população paulista demanda um governo que priorize a aceleração do crescimento econômico no Estado de maneira sustentável com o meio ambiente. Ao mesmo tempo em que se fomenta um novo ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico potencializando a atuação de nossas universidades e centros de pesquisa e estudo.

A verdade é que a sociedade paulista está mais consciente e percebe o desgaste no modo de governar dos tucanos. Com uma nova gestão progressista e aliada à continuidade do governo de Lula, São Paulo tem tudo para voltar a ser a locomotiva do país. Um bom exemplo é a descoberta do pré-sal que fará do Estado, na próxima década, o segundo maior produtor de petróleo no país. É nosso papel garantir que essa nova riqueza seja utilizada para melhorar a vida de todos.

A incompetência do atual governo estadual fica ainda mais evidente quando contraposta ao ritmo de realizações e conquistas do governo Lula e dos 64 municípios administrados pelo PT no Estado. Basta comparar a rapidez e competência do governo federal nas dezenas de medidas de enfrentamento da crise, com a ineficiência de Serra, que, letárgico, governa o principal centro econômico e financeiro do país.

Vamos trabalhar com determinação para reproduzir em São Paulo o mesmo arco de alianças que apoia o governo Lula. Montar para nossa candidata o palanque mais amplo e representativo, com as relevantes forças políticas e sociais paulistas. Nossa melhor estratégia é enlaçar o projeto estadual ao nacional de modo a que um fortaleça o outro. Fazendo da vitória das forças progressistas em São Paulo uma poderosa alavanca para o projeto de continuar melhorando a cada dia o país.


Reafirmando a prevalência do projeto nacional com a eleição de Dilma presidente, a prioridade para elaboração de um programa de governo e tendo em conta a decisão da direção estadual de oferecer nomes para o debate com os partidos aliados, coloco-me à disposição do PT e de todas as forças progressistas de São Paulo para disputar o governo estadual.

Essa decisão é motivada pelo apoio e adesão de muitas lideranças importantes do partido e da sociedade, que veem no meu nome e no trabalho desenvolvido à frente da Prefeitura de Osasco, um instrumento para canalizar energias, partidos e grupos sociais em prol da renovação da política estadual. A experiência de comandar a quinta maior cidade do Estado reafirmou minhas convicções na importância das alianças para ganhar e também governar com democracia e participação social.

Assim, mesmo consciente que o PT possui no estado enorme força e representatividade social, e reúne entre suas lideranças diversos companheiros capacitados para pleitear o cargo de governador; posiciono-me pela abertura e diálogo, sem vetos, a todas as alternativas apresentadas pelos partidos que venham a se unir para derrotar o projeto dos tucanos em São Paulo. Considero que, em nome da prevalência política do projeto nacional, podemos juntos chegar ao melhor acordo para as forças renovadoras no Estado.

Encerro com um chamamento à militância e lideranças pela unidade em torno da candidatura de Dilma a presidente e pela união, organização e fortalecimento da oposição à aliança demo-tucana em São Paulo. Com um PT plural e aberto ao diálogo com todas as forças democráticas, estou convicto de que podemos conquistar pelo voto popular o direito de iniciar uma nova, democrática, transparente e eficiente administração que propicie uma melhor qualidade de vida e um futuro promissor aos brasileiros de São
Paulo.

Emidio de Souza
Prefeito de Osasco"

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642283.shtml

Emidio sinaliza apoio a Ciro e defende abertura de diálogo com partidos aliados em SP

da Folha Online - 23/10/2009

 
Pré-candidato ao governo de São Paulo, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), sinalizou hoje disposição de apoiar a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao Palácio dos Bandeirantes.

Em carta aberta (leia a íntegra) à militância petista, Emidio defendeu que o PT abra diálogo com partidos da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pelo governo de São Paulo em prol da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência.

"Posiciono-me pela abertura e diálogo, sem vetos, a todas as alternativas apresentadas pelos partidos que venham a se unir para derrotar o projeto dos tucanos em São Paulo. Considero que, em nome da prevalência política do projeto nacional, podemos juntos chegar ao melhor acordo para as forças renovadoras no Estado", diz ele na carta.

Na carta, ele diz que essa opção não significa que o PT não tenha nomes para disputar o governo paulista. "[...] Mesmo consciente que o PT possui no Estado enorme força e representatividade social, e reúne entre suas lideranças diversos companheiros capacitados para pleitear o cargo de governador."

Ciro lançou seu nome para a disputa pela Presidência. Seu partido, entretanto, pertence à base de apoio do presidente Lula --que defende que a base se una em torno da candidatura única de Dilma.

O presidente já disse publicamente que prefere que a base tenha apenas um candidato para que a eleição presidencial de 2010 seja plebiscitária ao estilo "nós contra eles".

Para isso acontecer, Ciro teria que desistir do Palácio do Planalto para apoiar Dilma. Em troca, o PT de São Paulo precisa apoiar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

Reportagem publicada hoje na Folha informa que a ala do PT paulista liderada pelo ex-ministro José Dirceu ofereceu ao PSB de Ciro Gomes dois nomes para ocupar o posto de vice: o de Emidio e o de Edinho Silva, presidente do PT-SP.

A reportagem informa que esse movimento tem como objetivo enfraquecer o grupo que no dia 5 do mês passado aprovou a "construção" de uma candidatura própria à sucessão de José Serra (PSDB).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642280.shtml

PSDB testa chapa puro-sangue e irrita Aécio

CHRISTIANE SAMARCO - Agencia Estado - 23/10/2009


BRASÍLIA - O primeiro teste da chapa puro-sangue do PSDB na eleição presidencial, com o governador paulista José Serra na cabeça e o mineiro Aécio Neves no posto de vice, provocou um curto-circuito político no partido. Pesquisa encomendada ao Ibope mostrou a chapa tucana com 41% das intenções de voto, bem à frente dos 16% dados à chapa PT-PMDB, mas não houve clima para comemoração. Além de irritar Aécio e provocar uma crise na Executiva Nacional tucana em torno do vazamento, a enquete pôs abaixo a tese da necessidade de se formar uma chapa Serra-Aécio para tentar derrotar o PT em 2010. Com ou sem Aécio, Serra vence Dilma com mais que o dobro dos votos da petista no segundo turno.

Sozinho, em uma simulação que não menciona o nome do vice, o candidato Serra também recebeu 41% das intenções de voto, sete pontos percentuais a mais do que ele próprio alcançara na pesquisa de setembro. Ele foi seguido pela petista Dilma Rousseff (17%), tecnicamente empatada com o PSB do deputado Ciro Gomes (16%). A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, foi a preferida de 9% dos entrevistados na pesquisa.

Já na simulação em que o candidato tucano é o governador mineiro, Ciro venceria o primeiro turno com 26% das preferências. Aécio, que também cresceu 7 pontos percentuais de setembro para cá, empataria com Dilma no segundo lugar, ambos com 19% dos votos, e Marina Silva (11%) seria a quarta colocada. A enquete foi realizada com 2002 eleitores brasileiros entre os dias 1º e 5 de outubro e foi encomendada pelo ex-deputado Ronaldo Cesar Coelho (PSDB).

"O PSDB nacional não tem minha autorização para fazer pesquisa incluindo meu nome como candidato a vice-presidente. Isso seria desperdício de dinheiro, porque essa hipótese não existe", reagiu Aécio, que levou seu protesto ao presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE). Na suposição de que a direção partidária patrocinara a pesquisa sem aviso prévio, para pressioná-lo a assumir a vice de Serra e facilitar a vitória do PSDB em 2010, Aécio avaliou que foi atropelado e traído pelo vazamento dos resultados.

Contudo, quando pediu explicações ao presidente do partido, o governador mineiro foi informado de que o PSDB não encomendara pesquisa alguma. Convenceu-se disso, mas aproveitou para dizer que não está disponível para ser vice de quem quer que seja. "Meu nome está colocado à disposição do partido para disputar a Presidência da República", sentenciou.

Surpresa

Guerra frisou que nem sequer tivera tempo de ler a pesquisa que Ronaldo Cezar enviara na véspera à sede do partido em Brasília. Para acalmá-lo, argumentou que, segundo um representante da Executiva Nacional que recebera o material, o cenário com Aécio candidato e Serra na vice também havia sido testado.

Preocupados em não melindrar Aécio e ainda convencidos de que uma chapa com a dupla de governadores será "imbatível no futuro próximo", serristas de vários Estados trataram de pôr panos quentes na crise. Interlocutores de Serra procuraram Aécio e seus aliados para dizer que o governador paulista fora tão surpreendido quanto ele com a pesquisa, e mais: Serra não teve responsabilidade alguma sobre o vazamento dos dados.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psdb-testa-chapa-puro-sangue-e-irrita-aecio,455374,0.htm

Gilmar Mendes: eu viajo e não estou em campanha eleitoral

Terra - Direto de Brasília 23/10/2009 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, minimizou, nesta sexta-feira, as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as contestações do magistrado de eventual uso eleitoral de viagens com a pré-candidata à presidência, a ministra-chefe da casa Civil, Dilma Rousseff, para inauguração de obras. Ele voltou a insinuar, no entanto, que a fiscalização e o acompanhamento de empreendimentos públicos por Lula e Dilma chega ao ponto de se transformarem em "comícios"."Eu também tenho viajado bastante e não estou em campanha eleitoral", afirmou.

"Eu não tenho nada contra viagem. Ele que viaje bastante. Não há nenhum problema quanto a isso. Eu só estou dizendo quando se transforma eventual fiscalização de obra ou suposta fiscalização de obra em comício ou manifestação eleitoral. É o que tem acontecido", disse Mendes após participar da posse do novo ministro-chefe da Advocacia-geral da União (AGU), Luís Inácio Adams.

Na posse de Adams, Lula havia declarado que o presidente e os ministros precisavam viajar pelo País "para saber o quer está acontecendo". "Muitas vezes eu pergunto para a Dilma como está uma obra e ela diz que nem começou", disse.

Questionado, Gilmar Mendes, assim como Lula, também se mostrou favorável às discussões em torno de mecanismos que permitam que as obras públicas possam ser fiscalizadas sem necessariamente terem de ser embargadas por órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU).

"A discussão não é se a obra pode ou não ser feita, mas como ela pode ser feita. Em que local ela pode ser feita, em que condições. Todos nós temos responsabilidade nessa questão. Não é só o Judiciário. Acho que a maior responsabilidade hoje é de uma reforma legislativa, que deve envolver legislação do Ministério Público e do meio ambiente", declarou.

"O presidente está fazendo inclusive uma auto-crítica. Isso também é um problema de governo. Quando ele fala de meio ambiente, ele está falando do próprio governo, que tem responsabilidade nisso porque o governo tem iniciativa de fazer ou refazer a legislação, além de ter a maioria no Congresso para mudar essa situação", observou Mendes.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4058663-EI7896,00-Gilmar+Mendes+eu+viajo+e+nao+estou+em+campanha+eleitoral.html

PSDB usa pesquisa para testar chapa José Serra-Aécio Neves

Ibope mostrou tucanos com 41% das intenções de voto, bem à frente dos 16% dados à chapa PT-PMDB

Christiane Samarco, de O Estado de S.Paulo - 23/10/2009


BRASÍLIA - O primeiro teste da chapa puro-sangue do PSDB na eleição presidencial, com o governador paulista José Serra na cabeça e o mineiro Aécio Neves no posto de vice, provocou um curto-circuito político no partido. Pesquisa encomendada pelo ex-deputado Ronaldo Cesar Coelho (PSDB) ao Ibope mostrou a chapa tucana com 41% das intenções de voto, bem à frente dos 16% dados à chapa PT-PMDB, mas não houve clima para comemoração. Além de irritar o governador de Minas Gerais e provocar uma crise na Executiva Nacional tucana em torno do vazamento, a enquete com 2002 eleitores brasileiros entre os dias 1º e 5 de outubro pôs abaixo a tese da necessidade de se formar uma chapa Serra-Aécio para tentar derrotar o PT do presidente Lula em 2010. Com ou sem Aécio, Serra vence Dilma com mais que o dobro dos votos da petista no segundo turno.

Sozinho, em uma simulação que não menciona o nome do vice, o candidato Serra também recebeu 41% das intenções de voto, sete pontos percentuais a mais do que ele próprio alcançara na pesquisa de setembro. Foi seguido pela petista Dilma Rousseff (17%), tecnicamente empatada com o PSB do deputado Ciro Gomes (16%). A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, foi a preferida de 9% dos entrevistados. Na simulação em que o candidato tucano é o governador mineiro, Ciro venceria o primeiro turno com 26% das preferências. Aécio, que também cresceu 7 pontos percentuais de setembro para cá, empataria com Dilma no segundo lugar, ambos com 19% dos votos, e Marina Silva (11%) seria a quarta colocada.

"O PSDB nacional não tem minha autorização para fazer pesquisa incluindo meu nome como candidato a vice-presidente. Isso seria desperdício de dinheiro, porque essa hipótese não existe", reagiu Aécio, que levou seu protesto ao presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE). Na suposição de que a direção partidária patrocinara a pesquisa sem aviso prévio, para pressioná-lo a assumir a vice de Serra e facilitar a vitória do PSDB em 2010, Aécio avaliou que foi atropelado e também traído pelo vazamento dos resultados.

Quando pediu explicações ao presidente do partido, contudo, o governador foi informado de que o PSDB não encomendara pesquisa alguma. Convenceu-se disso, mas aproveitou para enfatizar que não está disponível para ser vice de quem quer que seja. "Meu nome está colocado à disposição do partido para disputar a Presidência da República", sentenciou. Guerra frisou que nem sequer tivera tempo de ler a pesquisa que Ronaldo Cezar enviara na véspera à sede do partido em Brasília. Para acalmá-lo, argumentou que, segundo um representante da executiva nacional que recebera o material, o cenário com Aécio candidato e Serra na vice também havia sido testado.

Preocupados em não melindrar Aécio e ainda convencidos de que uma chapa com a dupla de governadores será "imbatível no futuro próximo", serristas de vários Estados trataram de pôr panos quentes na crise. Interlocutores de Serra procuraram Aécio e seus aliados para dizer que o governador paulista fora tão surpreendido quanto ele com a pesquisa, e mais: Serra não teve responsabilidade alguma sobre o vazamento dos dados.

Reconhecido como serrista de primeira hora, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) passou o dia repetindo que a pesquisa fora feita para uso interno e que não houve nenhuma intenção de criar dificuldade ao governador mineiro. "Tudo isto é stress pré-campanha", minimizou. "São episódios que podem gerar constrangimentos, mas serão superados pelo interesse comum", completou Jutahy, convencido de que tudo está sendo conduzido com "profissionalismo, respeito e todos os cuidados mútuos" que os dois pré-candidatos merecem.

Um aliado do governador mineiro chamou a atenção para o fato de a pesquisa liberar Aécio do sacrifício de assumir a vice, dando-lhe liberdade para optar por uma "candidatura certa" ao Senado, enquanto Serra briga pela presidência. A má notícia para os mineiros é que os números também mostram que a chapa puro sangue só mudaria o resultado final da eleição caso Serra fosse o vice de Aécio. Com este reforço, o governador de Minas sairia na frente no primeiro turno (Aécio 25%, Ciro 22%, Dilma 19% e Marina 9%) e teria chance real de vitória no segundo.

A dupla Aécio-Serra receberia 37% das intenções de voto contra 34% dados à chapa Dilma-Michel Temer. No embate com Ciro Gomes e o PDT do ministro Carlos Lupi (Trabalho) na vice, o resultado seria o empate com 35% de preferência para cada um.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,psdb-usa-pesquisa-para-testar-chapa-jose-serra-aecio-neves,455318,0.htm

'Ficou acertado que o PMDB indicará o vice', diz Lobão

LEONARDO GOY - Agencia Estado - 23/10/2009

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta manhã que "ficou absolutamente acertado que o PMDB indicará o vice" na chapa que o PT montará para disputar a Presidência da República em 2010. De acordo com ele, a decisão, tomada durante jantar no Palácio da Alvorada na terça-feira, é a de que o PMDB participará da chapa presidencial e, como todos apoiam a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para a Presidência, ficou entendido que o PMDB indicará o vice.

Questionado se o nome para a vaga será o do presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), Lobão afirmou: "Até por proposta do Temer esta decisão só vai ser tomada em março do ano que vem." O ministro mostrou ainda expectativa de que seja superada a resistência do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia ao acerto com o PT. Lobão disse ter esperanças de que "Quércia, um político experiente, se reintegre ao pensamento do partido" no que diz respeito à sucessão presidencial. 
 

Edison Lobão garante que PMDB terá vice na chapa com PT

Ministro espera que seja superada a resistência do ex-governador de SP Orestes Quércia ao acerto

Leonardo Goy, da Agência Estado - 23/10/2009

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira que "ficou absolutamente acertado que o PMDB indicará o vice" na chapa que o PT montará para disputar a presidência da República em 2010. Segundo o ministro, a decisão, tomada durante jantar no Palácio da Alvorada na última terça-feira, é de que o PMDB participará da chapa presidente e como todos apoiam a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para a presidência, ficou entendido que o PMDB indicará o vice.
 
Questionado se o nome para a vice-presidência será o do presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), Lobão: "até por proposta do Temer esta decisão só vai ser tomada em março do ano que vem".

Lobão mostrou ainda expectativa que seja superada a resistência do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia ao acerto com o PT. Disse ter esperanças de que "Quércia, um político experiente, se reintegre ao pensamento do partido" no que diz respeito à sucessão presidencial.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,edison-lobao-garante-que-pmdb-tera-vice-na-chapa-com-pt,455299,0.htm

Lula rebate declaração de Mendes sobre viagens com Dilma


Terra | Laryssa Borges - 23/10/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou nesta sexta-feira a posse do novo advogado-geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, para criticar a recente decisão de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), de paralisar obras importantes para o governo. Na mesma solenidade e ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, Lula ainda rebateu as insinuações do magistrado de que poderiam existir irregularidades nas frequentes viagens de Lula e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para vistoriar e inaugurar empreendimentos públicos.

Em um recado para Gilmar Mendes e suas condenações sobre as viagens de Lula e de Dilma, apontada como a candidata governista à sucessão do presidente, resumiu: "se o presidente e os ministros não estiverem andando por esse País para saber o quer está acontecendo (...). Muitas vezes eu pergunto para a Dilma como está uma obra e ela diz que nem começou".

Ao comentar a atuação do TCU, sem citar nominalmente a instituição, Lula disse ter um relatório das "coisas consideradas absurdas" e elencou diversos exemplos, em sua avaliação, de situações em que parece que "todo mundo é desonesto até que se prove o contrário".

"As coisas mais absurdas (...) (são) obras paralisadas durante dez meses, cinco meses, um ano e depois essas obras são autorizadas sem que as pessoas que as paralisaram tenham qualquer indício de punição. Quem faz está subordinado a todas as leis e quem dá ordem para parar não está a nenhuma. Os entraves são demais. Se parte do pressuposto que todo mundo é desonesto até que se prove o contrário", criticou.
"(Com) Esse negócio de um remar para frente e cinco remarem para trás a gente nunca vai ganhar a medalha de ouro que a gente pretende ganhar no campo da economia", afirmou.

"Muitas vezes prevalece a coisa lá embaixo. As pessoas não tem dimensão de como é paralisar uma obra do País. Com que direito alguém para uma obra por nove meses? Qual é o custo para a União, para o País, para o povo brasileiro? Quantos milhões deixamos de ganhar com aquela obra paralisada? Acho que isso vai ter que mudar", defendeu o presidente Lula.

Na avaliação de Lula, para fazer frente a esses problemas é preciso que os órgãos de controle e de acompanhamento de obras públicas promovam uma "harmonização" entre si para evitar prejuízos na consolidação dos projetos. "É preciso uma harmonização melhor entre essas dezenas de instituições (...) entre si. Às vezes uma pessoa nos confins de um estado qualquer tem mais poder que um presidente da República, que um quadro de ministério. Às vezes é uma pessoa de quarto escalão", reclamou.

"Tem que ter uma câmara alguma coisa, tecnicamente inatacável, para decidir. Senão o País vai ficando atrofiado", concluiu.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4058505-EI7896,00-Lula+rebate+declaracao+de+Mendes+sobre+viagens+com+Dilma.html

Peemedebistas criam grupo para tentar pacificar ânimos nos estados onde há controvérsias graves com os petistas

Leonardo Augusto
Correio Braziliense  - 23/10/2009
 
A cúpula nacional do PMDB montou uma comissão para definir as alianças que o partido fará nos estados para as eleições de 2010. A decisão de criar o grupo foi tomada depois de um jantar, na terça-feira, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do governo nas eleições do ano que vem, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, fecharam pré-compromisso para que PT e PMDB estejam unidos no ano que vem. Na briga pelo Palácio do Planalto, a bolsa de apostas aponta o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como o provável vice na chapa.

Participam do grupo o próprio Michel Temer, o líder do bloco parlamentar PMDB/PTC na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), os ministros das Comunicações, Hélio Costa (MG), da Integração Regional, Geddel Vieira Lima (BA), e da Defesa, Nelson Jobim (RS), além do ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco. A primeira reunião está marcada para terça-feira. A escolha dos três ministros e do ex-governador não foi à toa. Em Minas, na Bahia, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro existe o risco de não se repetir o possível acordo a ser fechado nacionalmente entre PT e PMDB, o que enfraqueceria os planos de sustentação estadual da campanha de Dilma.

Dos três ministros na comissão, dois são pré-candidatos ao governo de seus estados: Hélio Costa e Geddel Vieira Lima. Conforme o ministro das Comunicações, o principal obstáculo a ser superado são as “posições irremovíveis e pessoais”. Em Minas, pelo lado do PT, são pré-candidatos o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.

Cabeça
No estado, o ministro defende que os dois partidos mantenham conversas e que, no momento da definição de quem ficará com a cabeça de chapa, provavelmente no início do ano que vem, seja escolhido como candidato quem tiver “preferência eleitoral”, ou seja, o que estiver em melhor posição nas pesquisas. O grupo ligado a Pimentel, no entanto, não abre mão de ter o ex-prefeito da capital como cabeça de chapa.
“Queremos, de forma fraterna, convencer o ministro Hélio Costa de que temos o candidato com melhores chances de vitória”, afirma o presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes, ligado a Pimentel.

O posicionamento pode jogar o ministro Hélio Costa nos braços do governador Aécio Neves, que tem como pré-candidato ao governo o atual vice, Antônio Anastasia. “A construção de uma candidatura não pode ser isolada. Tem que partir de um grupo. Tentei ser candidato sozinho duas vezes e perdi”, afirma o ministro, derrotado na disputa pelo governo mineiro em 1990, por Hélio Garcia, e em 1994, por Eduardo Azeredo.

Na Bahia, caberá à comissão discutir o impasse criado no estado depois do afastamento do ministro Geddel Vieira Lima do governo do petista Jaques Wagner, que quer a reeleição. Geddel, por sua vez, almeja brigar pelo Palácio de Ondina ano que vem. No Rio, o próprio presidente Lula já deixou claro que pretende apoiar o atual governador, Sérgio Cabral. O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), no entanto, sonha com o cargo. Já no Rio Grande do Sul, a disputa é independente dos nomes que possam estar na briga pelo governo do estado em 2010. Os dois partidos, em terras gaúchas, são inimigos políticos históricos.

"Queremos, de forma fraterna, convencer o ministro Hélio Costa de que temos o candidato com melhores chances de vitória"
Reginaldo Lopes, presidente do PT mineiro

Da aliança à ressaca
Os principais problemas estaduais para o acordo nacional entre PT e PMDB

São Paulo
O ex-governador Orestes Quércia aliou-se ao PSDB. Ele tem controle do partido, mas alguns prefeitos peemedebistas de cidades interioranas são a favor do apoio à ministra Dilma Rousseff.

Rio de Janeiro
O presidente Lula determinou que o PT desista da candidatura de Lindberg Farias e apoie o governador Sérgio Cabral.

Mato Grosso do Sul
O PT nacional quer enquadrar o ex-governador Zeca do PT para ele apoiar o atual mandatário André Puccinelli.

Pará
Está sendo articulado um acordo para o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, filho do deputado Jader Barbalho, ser vice da governadora Ana Júlia na reeleição.

Bahia

O governador Jaques Wagner (PT) acusa o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) de patrocinar o racha no estado, e insistir em se lançar ao governo contra o petista.

Paraná
O PMDB cobra do PT apoio ao candidato do governador Roberto Requião. O cenário já foi mais desgastado com Requião flertando com o PSDB. Hoje, há espaço para o entendimento.

Minas Gerais
Parte do PT não quer apoiar a candidatura ao governo do ministro Hélio Costa (PMDB)

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/23/politica,i=150172/PEEMEDEBISTAS+CRIAM+GRUPO+PARA+TENTAR+PACIFICAR+ANIMOS+NOS+ESTADOS+ONDE+HA+CONTROVERSIAS+GRAVES+COM+OS+PETISTAS.shtml

PT convida MST para ajudar no programa de Dilma

FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília - 23/10/2009

O PT convidou o MST e outros movimentos sociais para discutir o governo Lula e colaborar com a campanha e o programa de governo de Dilma Rousseff (Casa Civil) em 2010.

O movimento, objeto de uma CPI no Congresso, é um dos principais convidados de um "colóquio" com o PT neste fim de semana em São Paulo.

João Paulo Rodrigues, um de seus principais líderes, dividirá amanhã uma mesa de debates com o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, e o presidente da CUT, Artur Henrique. Dilma também estará no evento, em uma mesa separada.

Publicamente, a relação entre o MST e o governo aparenta estar estremecida, principalmente após a polêmica imagem de um trator sendo usado pelo movimento para derrubar pés de laranja numa fazenda em São Paulo. Lula chegou a caracterizar o ato de "vandalismo".

Mas, segundo o secretário de Movimentos Populares do partido, Renato Simões, "o PT nunca deixou de apoiar o MST, mesmo que faça algumas críticas". Ele afirma que o PT está convidando 60 movimentos sociais. Além de MST e CUT, participarão também UNE, Contag e outros. "Queremos discutir a conjuntura, fazer um balanço do governo Lula e convidar os movimentos a um diálogo sobre 2010", diz Simões.

O líder João Paulo Rodrigues diz que os militantes do PT sempre foram aliados do MST na "luta pela reforma agrária".

Ontem, o PT reuniu seu GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) para definir os próximos eventos da candidatura Dilma.

Em 10 de novembro, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, vai se reunir com os 27 presidentes estaduais do partido. Irá pressioná-los para priorizar a aliança pró-Dilma. Isso significa abrir mão de candidaturas a governador, vice e senador para aliados, sobretudo o PMDB.

Rio, Minas e Mato Grosso do Sul são Estados onde o PT ensaia candidatura contra os peemedebistas. No Ceará, a ameaça é de romper com o PSB.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642148.shtml

Lula ofende aliados, afirma Virgílio

No Brasil, Jesus se aliaria a Judas, disse presidente em entrevista

Estadão - 23/10/2009 | Carol Pires, BRASÍLIA

A afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que, se Jesus Cristo fosse governante do Brasil, teria de fazer coalizão com Judas, foi duramente criticada pela oposição. "A declaração de Lula é uma ofensa grave aos aliados", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "Quem é Jesus? Ele? Não é demais ele se comparar a Cristo?"

A entrevista na qual Lula diz que Jesus teria de se aliar a Judas foi publicada ontem no jornal Folha de S. Paulo. "Qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste país ou o maior direitista, não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer tem uma diferença do tamanho do Oceano Atlântico. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão", declarou Lula, ao defender suas atuais alianças.

A polêmica acontece dois dias após o jantar que selou a adesão do PMDB à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial. Maior aliado do governo, o partido tem as maiores bancadas da Câmara, com 92 deputados, e do Senado, com 17 parlamentares, além de presidir as duas Casas e comandar seis ministérios.

EM CAMPANHA

"Foi uma metáfora infeliz, pois Jesus já nos mostrou que a aliança com Judas, quando a gente já sabe que ele é Judas, não deve ser feita", reagiu a pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC). A ex-ministra do Meio Ambiente criticou a aliança entre PT e PMDB. "Consolida a visão de política que não se alinha de forma programática, mas pragmática."

O presidente do PPS, Roberto Freire, avalia que a alta popularidade de Lula, aferida em pesquisas, o fez "perder o senso de realidade", chegando ao "cúmulo de justificar suas alianças escusas colocando Jesus e Judas em conluio".

"Jesus se aliar a Judas para fazer política soa como uma blasfêmia", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, após evento sobre pré-sal no instituto que leva seu nome. "Não foi isso que a gente aprendeu na escola, nas aulas de religião."

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) declarou que "a empáfia do presidente está pior". "Ele mostra cada vez mais vocação autoritária. Despreza a questão ética e defende a promiscuidade que levou o partido dele a responder pelo mensalão. É pagar um preço muito elevado. Ele mostra, ao dizer isso, que não tem projeto de País, só projeto de poder."

"UMA AULA"

O vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF), defendeu o presidente Lula, afirmando que ele "deu uma aula" sobre a política brasileira. "Lula falou o que é a realidade do País."

Argello, que também é líder do PTB, partido aliado ao governo, disse não ter se ofendido com a comparação do presidente usada para justificar suas alianças políticas. "O ideal é um presidente popular, bem avaliado, com credibilidade no Brasil e no mundo. Não sou PT, eu sou Lula - que é o animal político que mais conhece o sentimento do povo."

Provável candidato do PSDB à Presidência em 2010, o governador de São Paulo, José Serra, também repercutiu o fato. "Quem fala com Cristo pode perguntar a ele", ironizou, sobre a declaração do presidente.

"A entrevista mostra bem, de ponta a ponta, o que é o Lula na forma e no conteúdo. Nesse sentido é uma entrevista bem interessante", afirmou o tucano, sem explicar a quais características do presidente estava fazendo referência.

COLABORARAM SILVIA AMORIM, ROBERTO ALMEIDA e ANDREA VIALLI

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091023/not_imp455161,0.php

22 de out. de 2009

Lideranças do PT admitem apoiar Ciro ao governo de São Paulo

GABRIELA GUERREIRO

da Folha Online, em Brasília  - 22/10/2009

Lideranças do PT passaram a defender publicamente a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de São Paulo. Ciro lançou seu nome para a disputa pela Presidência. Seu partido, entretanto, pertence à base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --que defende uma candidatura única da base: a da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse que Ciro tem todas as condições para ser candidato ao Palácio dos Bandeirantes. "Ciro é uma liderança que tem compromisso com o nosso projeto, com o governo Lula. Se ele apoiar a ministra Dilma, o PT de São Paulo tem que deixar as portas abertas. Ele tem todas as condições de ser candidato ao governo de São Paulo. Se apoiar a Dilma, temos todas as condições de apoia-lo. Se o Ciro não for, o PT tem excelentes nomes, como o Palocci, a Marta, o Emídio", disse Mercadante."

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), pré-candidato petista ao governo de São Paulo, diz que já conversou com Ciro sobre o possível apoio a seu nome na capital paulista. "Eu ontem conversei com o deputado Ciro Gomes e transmiti que, da minha parte, não tenho qualquer objeção que ele venha a disputar se for escolhido de forma legítima pelo PT. Ainda que ele tenha consciência de que hoje é um forte candidato à Presidência."

No entanto, Suplicy admite que o PT ainda trabalha por uma candidatura própria no Estado. "Há uma preferência natural por um candidato do partido, mas não que [o Ciro] seja um impossibilidade."

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse que não há nenhuma resistência ao nome de Ciro no PT. "Nunca houve. Estamos abertos a esse apoio."

Para conseguir o apoio de Ciro à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff, o PT precisa fechar uma aliança com o PSB em São Paulo. Ou seja, abrir mão da candidatura própria ao Palácio dos Bandeirantes e apoiar Ciro.

O grupo de apoio da ex-ministra Marta Suplicy, entretanto, insiste na candidatura própria. No Twitter (microblog), Marta defendeu essa tese hoje ao responder a uma internauta. "Vou ser candidata em 2010, mas estou muito na campanha para que [o deputado petista Antonio] Palocci seja o nosso candidato", escreveu ela.
 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641873.shtml

Kassab reage a Lula e diz que favoritismo de Serra não é recall

estadao.com.br - 22/10/2009

SÃO PAULO - Aliado do governador paulista, José Serra (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), se contrapôs à opinião de que o favoritismo dele para 2010 não passa de recall de outras eleições. "No caso de Serra não é recall, é a avaliação da população em relação ao seu desempenho e à torcida para que seja presidente. Quarenta e um por cento das pessoas querem que Serra seja presidente, não candidato", disse, em referência à pesquisa encomendada pelo PSDB, na qual Serra, tendo como vice Aécio, aparece em primeiro lugar com 41% de intenção de voto.

Apesar da pressão do DEM para que o PSDB antecipe a definição do candidato a presidente, Kassab mostrou sintonia com Serra, que só quer anunciar a decisão em março do ano que vem. "Vejo as pressões com naturalidade. É como time de futebol: a torcida quer ver logo seu time em campo, fica naquela ansiedade", disse. "Acho correto pensar na candidatura em janeiro ou fevereiro, como Serra tem dito. Pressões não enfraquecem ninguém. Respeito quem tenha opinião diferente da minha dentro do DEM."

O prefeito também comentou a afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressa em entrevista nesta quinta-feira ao jornal 'Folha de S.Paulo', de que, no Brasil, Jesus teria de se aliar a Judas para criar coalizão. "O presidente quis justificar suas alianças. Aqui na Prefeitura de São Paulo, eu não faço aliança a qualquer custo."

Kassab avaliou como "natural" a aliança entre PT e PMDB no âmbito nacional e o fato desse elo não se repetir regionalmente. "Em São Paulo temos uma aliança também natural com o PMDB, explicável e correta. Não vejo incompatibilidade no PMDB ter aliança aqui com o governador José Serra e, nacionalmente, com Lula."

O prefeito também disse que fará o possível para que o governador paulista concorra à Presidência da República em 2010. Serra disputa com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, a indicação do PSDB. "Acredito que Aécio será presidente um dia, mas torço pelo governador José Serra. Gostaria muito de vê-lo candidato e de vê-lo eleito presidente", afirmou Kassab ao chegar para a inauguração de uma escola municipal na zona norte da capital paulista. "O que eu puder fazer para que Serra seja candidato, o que estiver ao meu alcance, eu farei."

Com informações de Carolina Freitas, da Agência Estado

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,kassab-reage-a-lula-e-diz-que-favoritismo-de-serra-nao-e-recall,454840,0.htm

Veja lista de deputados que retiraram nomes do requerimento da CPI do MST

EXTRA

da Folha Online  - 22/10/2009

Até a meia-noite de ontem, governo e oposição travaram uma batalha em torno da CPI do MST. Enquanto os governistas tentavam garantir a retirada de assinaturas, os oposicionistas ampliaram o número de parlamentares que apoiaram a investigação.

O requerimento que tinha recebido o aval de 182 deputados quando foi lido em plenário. A base governista conseguiu convencer 19 deputados a retirarem seus nomes. Mas a oposição tinha 47 nomes de "gaveta" para acrescentar ao requerimento. Com isso, a CPI deu entrada com os nomes de 210 deputados e de 36 senadores --um a mais que o requerimento inicial.

Veja abaixo a lista de deputados que retiraram nomes do requerimento da CPI do MST

Aelton Freitas (PR-MG)

Antonio Cruz (PP-MS)

Charles Lucena (PTB-PE)

Dr. Nechar (PP-SP)

Eduardo da Fonte (PP-PE)

Fernando Chiarelli (PDT-SP)

Francisco Rossi (PMDB-SP)

Geraldo Thadeu (PPS-MG)

João Carlos Bacelar (PR-BA)

João Magalhães (PMDB-MG)

Jurandil Juarez (PMDB-AP)

Leo Alcântara (PR-CE)

Luciano Castro (PR-RR)

Marcelo Teixeira (PR-CE)

Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG)

Tonha Magalhães (PR-BA)

Vilson Covatti (PP-RS)

Vinícius Carvalho (PTdoB-RJ)

Wellington Roberto (PR-PB)
 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641814.shtml

Contra Ciro, ala do PT declara apoio a prefeito de Osasco em SP

da Folha de S.Paulo - 22/10/2009 
 
Em reação à possibilidade de candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de SP, uma ala do PT no Estado divulgará uma carta deixando explícita a pré-candidatura do prefeito de Osasco, Emidio de Souza.

O documento tem adesão do líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, e dos deputados João Paulo Cunha e José Genoino, entre outros.

O PT paulista defende a candidatura própria ao governo, mas sofre intensa pressão do Palácio do Planalto para apoiar Ciro.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641618.shtml

Mercadante defende apoio do PT à candidatura de Ciro ao governo de SP

da Folha Online - 22/10/2009
 
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), defendeu hoje que o partido apoie a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de São Paulo. A declaração de Mercadante mostra a tentativa de enquadrar o grupo da ex-ministra Marta Suplicy (PT), que criticou essa possibilidade e defendeu o lançamento da candidatura própria do partido.

Ciro afirma que pretende disputar a Presidência. Seu partido, entretanto, pertence à base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente já disse publicamente que prefere que a base tenha apenas um candidato para que a eleição presidencial de 2010 seja plebiscitária ao estilo "nós contra eles".

Para isso acontecer, Ciro teria que desistir do Palácio do Planalto para apoiar a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil). Em troca, o PT de São Paulo precisa apoiar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

"Ciro Gomes é sim uma ótima opção para disputar o governo de São Paulo com o nosso apoio. Se não for, o PT tem excelentes nomes", disse Mercandante no Twitter (microblog). "Ciro Gomes tem direito e condições de disputar a Presidência da República. Fez parte do nosso governo e faz parte do nosso projeto."

Mercadante afirma que espera ter o PSB na aliança de 2010. "Estamos consolidando uma aliança para 2010 com o PMDB, PC do B, PDT, PR e PRB. E esperamos contar com o PSB."

Ciro minimizou ontem fato de Dilma ter conquistado o apoio de uma série de partidos da base governista à sua candidatura, enquanto o PSB caminha isolado rumo à disputa pelo Palácio do Planalto. "É da natureza da minha candidatura", afirmou.

O deputado negou sua disposição em concorrer ao governo de São Paulo, mesmo depois de transferir o seu domicílio eleitoral para o Estado. "Repito: sou candidato a presidente. Não tenho mancha na minha vida pública."

Ciro disse ontem que não se pauta pelas pesquisas eleitorais para avaliar as condições de sua candidatura. "Eu não acho que ela [Dilma] tenha um teto [na candidatura]. Já perdi eleição saindo na frente, já venci saindo do zero. Ainda temos o grid de largada que vai marcar a partida, e depois teremos a corrida", disse.

Questionado se Dilma faria igual o piloto Rubens Barrichello --que larga na frente, mas não vence acorrida--, Ciro desconversou. "Quem sabe [o Barrichelo] não sou eu? Agora eu, o Senna, mas eu espero que não naquela corrida fatídica", afirmou.

Marta
 
Nesta semana, Marta foi mais cautelosa ao avaliar o cenário eleitoral. "Está tudo nublado. E até março, acho que não ter muita novidade. Nem por parte da oposição nem da nossa parte. Está cada vez mais nublado", disse na segunda-feira à noite.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641706.shtml

Oposição critica Lula e diz que presidente se une até com traidor para fazer sucessor

GABRIELA GUERREIRO
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília - 22/10/2009

A oposição reagiu nesta quinta-feira à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em defesa da governabilidade disse que era preciso fazer alianças para ter apoio no Congresso. "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão", disse Lula em entrevista à Folha.

O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), criticou as declarações de Lula e disse que o petista decidiu verbalizar práticas veladas do governo federal. "Infelizmente, o presidente apenas vocaliza o que no passado não vocalizava. É um governo pragmático que, para garantir sua sustentação, faz aliança até com o pior traidor", afirmou.

Segundo Maia, Lula está disposto a se aliar com o que há de "pior na política" para conseguir eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República em 2010.

O presidente do PPS, Roberto Freire (PE), disse à Folha Online que Lula mostra que tem como prática se aliar a pessoas envolvidas em irregularidades.

"A comparação com Jesus Cristo e Judas para quem é católico como ele e cristão, como boa parte da população brasileira, é uma violência para justificar todas as bandalheiras, traições que permitiu que se fizesse em seu governo. Com essa frase ele deixou claro porque ocorreu o mensalão, os aloprados", afirmou.
Freire disse que a popularidade Lula permitiu ao presidente dizer "tudo que lhe vem à cabeça" sem razoabilidade. "Em toda entrevista, ele mostra que está completamente perdido. Estamos com um presidente que se julga acima de qualquer outro mortal. Ele tem falado besteiras imensas sem se preocupar com limites éticos e morais."

Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a entrevista de Lula mostra que o presidente não tem limites para tentar eleger Dilma. "Há uma relação de promiscuidade entre o presidente e os partidos que o apoiam. Já não há cuidado com a questão ética que o presidente agora considera irrelevante", disse o tucano.

Já o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), afirmou que Lula "perdeu a serenidade" ao defender a aliança com o PMDB a qualquer custo. "Essa história de se comparar a Jesus Cristo e Judas mostra que ele se sente acima dos mortais. O presidente precisa aterrissar. O presidente fala uma coisa e pratica outra. Ao invés de tentar uma convivência democrática com a oposição ele agride e ao mesmo tempo estimula o convívio com os mensaleiros e aloprados."

A oposição aposta que o PMDB, apesar de ter fechado um pré-acordo com o PT em torno da candidatura de Dilma, vai mudar de ideia até o momento da votação. "A aliança é um desejo, não uma certeza. Os interesses regionais vão falar mais alto para o PMDB", afirmou Dias.

Freire, por sua vez, disse que Lula vive de "fantasia e factóide" porque sabe que sua candidata não vai decolar nas pesquisas de intenção de votos. "Ele sabe que a Dilma não tem potencial e que esse PMDB que participou do jantar é o mesmo que já participava do café da manhã e das reuniões no Palácio", afirmou o presidente do PPS.

Além de não apostar na confirmação da aliança PT-PMDB, a oposição também avalia que Lula não conseguirá transferir votos para Dilma em 2010 a ponto de elegê-la presidente da República.

"Essa exposição da ministra com a máquina do governo não se tornou positiva, não creio que seja possível transferir os votos necessários. Há o percentual de beneficiados do Bolsa Família que podem obedecer ao chamado do presidente, mas isso não é suficiente", afirmou Dias.

Na opinião de Maia, a transferência da popularidade de Lula por Dilma está vinculada à estratégia do PT nas eleições de 2010. "A transferência depende da popularidade ele, mas das estratégias das duas campanhas.
Claro que é uma eleição difícil, mas as estratégias é que são vencedoras ou não. Vai depender a estratégia da oposição no processo eleitoral", afirmou.

Entrevista
 
Na entrevista exclusiva à Folha, Lula disse acreditar na transferência de seu prestígio para a candidata na disputa do ano que vem.

"Um candidato da oposição, governador de São Paulo [José Serra], já foi candidato a presidente, já foi senador, já foi ministro, tem uma cara muito conhecida no Brasil inteiro. A transferência de voto não é como passe de mágica. Vamos trabalhar para que a gente possa transferir todo o prestígio do governo e do presidente para a nossa candidatura."

Lula também defendeu a aliança do PT com o PMDB ao defender uma candidatura de coalizão para a petista. "Qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste país ou o maior direitista, não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer tem uma diferença do tamanho do oceano Atlântico."

Questionado se nomes do PMDB suspeitos de envolvimento em irregularidades podem prejudicar a imagem de Dilma, Lula desconversou. "O dia em que você for acusado, justa ou injustamente, enquanto não for julgado, terá de ser tratado como cidadão normal. Não tenho relações de amizade, mas institucionais."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641728.shtml

Kassab diz que fará o que puder para Serra ser candidato

CAROLINA FREITAS - Agencia Estado - 22/10/2009

SÃO PAULO - Aliado do governador paulista, José Serra (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse hoje que fará o possível para que o tucano concorra à Presidência da República em 2010. Serra disputa com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, a indicação do PSDB. "Acredito que Aécio será presidente um dia, mas torço pelo governador José Serra. Gostaria muito de vê-lo candidato e de vê-lo eleito presidente", afirmou Kassab ao chegar para a inauguração de uma escola municipal na zona norte da capital paulista. "O que eu puder fazer para que Serra seja candidato, o que estiver ao meu alcance, eu farei."
 
O prefeito se contrapôs à opinião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressa em entrevista hoje ao jornal "Folha de S.Paulo", de que o favoritismo de Serra para 2010 não passa de recall de outras eleições. "No caso de Serra não é recall, é a avaliação da população em relação ao seu desempenho e à torcida para que seja presidente. Quarenta e um por cento das pessoas querem que Serra seja presidente, não candidato", disse, em referência à pesquisa encomendada pelo PSDB, na qual Serra, tendo como vice Aécio, aparece em primeiro lugar com 41% de intenção de voto.

Apesar da pressão do DEM para que o PSDB antecipe a definição do candidato a presidente, Kassab mostrou sintonia com Serra, que só quer anunciar a decisão em março do ano que vem. "Vejo as pressões com naturalidade. É como time de futebol: a torcida quer ver logo seu time em campo, fica naquela ansiedade", disse. "Acho correto pensar na candidatura em janeiro ou fevereiro, como Serra tem dito. Pressões não enfraquecem ninguém. Respeito quem tenha opinião diferente da minha dentro do DEM."

O prefeito comentou ainda a afirmação de Lula de que, no Brasil, Jesus teria de se aliar a Judas para criar coalizão. "O presidente quis justificar suas alianças. Aqui na Prefeitura de São Paulo, eu não faço aliança a qualquer custo." Kassab avaliou como "natural" a aliança entre PT e PMDB no âmbito nacional e o fato desse elo não se repetir regionalmente. "Em São Paulo temos uma aliança também natural com o PMDB, explicável e correta. Não vejo incompatibilidade no PMDB ter aliança aqui com o governador José Serra e, nacionalmente, com Lula."

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,kassab-diz-que-fara-o-que-puder-para-serra-ser-candidato,454840,0.htm

Decisão sobre licença de Lula só sai em 2010

Fernando Rodrigues entrevista o presidente do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP);

Michel Temer deve ser vice na chapa de Dilma Rousseff

Fernando Rodrigues entrevista o presidente do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP);

PT quer apoio de diversos partidos para Dilma

Fernando Rodrigues entrevista o presidente do PT, o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP)

Eleições 2010: PSDB ainda tenta acordo com PMDB

Faltando um ano para as eleições, a disputa pelo Palácio do Planalto se intensifica. O PT fechou um acordo com o PMDB, mas os tucanos tentam virar o jogo e conseguir o apoio dos peemedebistas em 2010.

Até onde vai a aliança PT-PMDB?

O Globo | Enviado por Adriana Vasconcelos - 22.10.2009

Mesmo cientes de que terão de abrir mão de algumas candidaturas nos estados, para garantir o PMDB na aliança nacional em favor da ministra Dilma Rousseff, a maioria dos petistas comemoravam ontem o resultado do jantar da véspera com a cúpula peemedebista.

— O tempo de TV é decisivo para o governo numa campanha — observava o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), emendando uma simulação do discurso que o presidente Lula poderá fazer para tentar transferir parte de seus votos para a candidata petista em 2010.

A questão agora é saber se esse pré-acordo entre PT e PMDB tem chance de durar até a convenção do próximo ano.

Para isso, a ministra Dilma terá de mostrar competitividade e voltar a crescer nas pesquisas eleitorais sobre a sucessão presidencial.

Se isso não acontecer, será que mesmo que esses peemedebistas vão resistir aos olhos compridos de antigos aliados, como os tucanos?

É fato que a oposição, neste momento, está numa situação bastante complicada.

Os dois pré-candidatos tucanos, Aécio Neves e José Serra, não conseguiram ainda se entender sobre quem vai encabeçar a chapa do PSDB, nem se há alguma chance mesmo de uma chapa puro sangue.

Seus principais aliados, o DEM e o PPS, não escondem sua preocupação com a demora desta escolha.
Mesmo favorito, Serra ainda não conseguiu mostrar firmeza para os defensores de sua candidatura.
Aécio tem mostrado mais disposição com o colega paulista nesta disputa interna para garantir a vaga de candidato à Presidência, mas já avisou à cúpula tucana que só se manterá na disputa até o fim do ano.

Isso significa que, se o partido não agir rápido, sofrerá a primeira dissidência.

O que não será bom para o PSDB, nem Serra, que sonha com o mineiro como vice.

O quadro político mostra, portanto, que o jogo eleitoral para 2010 está longe de ser definido.

Muita água há de passar por debaixo da ponte até lá.

http://oglobo.globo.com/pais/moreno/diarioreporter/posts/2009/10/22/ate-onde-vai-alianca-pt-pmdb-234509.asp

'A eleição de 2010 já começou e é briga de cachorro grande'

O Globo - 22/10/2009

Apesar de estarmos distantes mais de 300 dias das próximas eleições, para governo e oposição, há um bom tempo, 2010 já começou. De fato, não há como esconder que o "trem eleitoral" já ocupa as ruas e as telas jornalísticas, levando, a todos os brasileiros, "paz e amor", água são franciscana transposta e toda sorte de farpas e espinhos.

Na última semana, a viagem de Lula, Dilma Rouseff e Ciro Gomes ao sertão brasileiro foi uma "senhora jogada de mestre" para apaziguar os ânimos entre o PT e o PSB, que ainda não chegaram a uma conclusão sobre nome a ser apoiado no caso de indicação única à chapa de 2010. Dilma ou Ciro? Se ambos se lançarem na disputa, Serra agradece.

Viajando com os dois, portanto, o presidente passa a idéia de "paz e amor" e, ao mesmo tempo, divulga junto ao eleitorado a imagem dos prováveis candidatos à sucessão. Por baixo dos panos, ainda, nos próximos dias, o casamento entre o PT e o PMDB foi anunciado e Lula, que não é menino, terá a faca e o queijo na mão. Será?

Mas, enquanto ele, Lula, e os presidenciáveis "vistoriam" as mal iniciadas obras da contestada e polêmica transposição do Rio São Francisco, dormindo em alojamentos improvisados e subindo em palanques, a oposição - que também não se faz de morta - tenta reaver armas, ou conseguir novas, para desgastar a imagem do governo, mantendo seu articulado plano rumo ao topo do poder no próximo sufrágio. Eles querem subir a Serra, digo, a rampa. Mesmo em pleno exercício de seus mandatos, os governadores de São Paulo e de Minas Gerais e também presidenciáveis, José Serra - o favorito nas pesquisas - e Aécio Neves estão com agenda cheia de viagens pelos estados do Brasil. Burlando o expediente de trabalho, os peessedebistas viajam o Brasil e, como já admitiu o governador mineiro, ele "não sai de casa se não for pra fazer política".

Além disso, os oposicionistas estão munindo seu arsenal contra as ações do governo. O PSDB já decidiu que vai pedir à Casa Civil um relatório dos gastos da viagem às obras do São Francisco, para ingressar com uma ação contra o Lula e a ministra, no Tribunal Superior Eleitoral, por prática de campanha eleitoral antecipada. Também, a oposição animou-se com o fato de a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, ter encontrado a agenda que confirma o encontro que ela e Dilma Rouseff tiveram, encontro onde Dilma teria "solicitado" agilidade no processo contra integrantes da família Sarney e que a ministra, a ferro e fogo, nega ter ocorrido. O caso virá à tona, novamente e, flagrada diversas vezes mentindo, como no famigerado caso do currículo falso, é bem provável que Dilma veja seu nariz arrogante crescer mais um pouco.

Mas, é verdade, alguns tiros da oposição pareceram de festim. É o caso das CPIs das ONGs e da Petrobras, que se arrastam no Congresso, quase mortas. Dessas CPIs, creiam, nem pizza, nem nada. Outro, o cômico e ridículo caso da "cueca vermelha" de Suplicy, pretenso superhomem sem noção, em que o Democratas cogitou alegar quebra de decoro parlamentar do petista. O corregedor do Senado, Romeu Tuma, já descartou a possibilidade. Ora, o DEM tem memória curta: há pouco tempo, uma dúzia de denúncias contra Sarney, por deslavada prática de cambalachos, foi arquivada... E eles esperavam a cassação de Suplicy por causa de uma cuequinha vermelha? Tenham santa paciência! Vão trabalhar!
A campanha começou e, a cada dia, efervesce! De certo, até outubro próximo, a queda de braço pública e midiática será voraz e trará à luz muita sujeira oculta. É assistir e ver que águas serão mais fortes e menos podres: se o mar de popularidade do presidente Lula ou o mar de favoritismo do governador José Serra. Segura, meu povo, que é briga de cachorro grande!

http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2009/10/22/eleicao-de-2010-ja-comecou-e-briga-de-cachorro-grande-773488484.asp