1 de out. de 2010

Debate da Rede Globo 30/10/2010 - 2 de 8

Debate da Rede Globo 30/10/2010 - 1 de 8

Debate da Rede Globo,com a presença dos candidatos a presidência da república:
José Serra (PSDB),Dilma Rousseff (PT),Marina Silva (PV) e Plinio de Arruda Sampaio (PSOL) mediado por William Bonner)

30 de set. de 2010

Supremo aprova ação do PT: eleitor só precisará de um documento para votar

Camila Campanerut
Do UOL Eleições


Por oito votos a dois, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) aprovaram, nesta quinta-feira (30), a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada pelo PT, pedindo que a Suprema Corte negasse a decisão da Justiça Eleitoral de cobrar do eleitor, no dia da votação, a apresentaçãodo título de eleitor e de um documento de identidade com foto.

Com a decisão, o eleitor não é mais obrigado a levar dois documentos para votar, ou seja, de porte de apenas um documento com foto é possível votar; só com o título de eleitor, não.

Em seu voto, a ministra-relatora do caso, Ellen Gracie, ponderou que a dupla documentação era “desnecessária”. “Entendo que não é cabível que coloque como impedimento ao voto do eleitor (...) [Assim] a ausência do título de eleitor não impediria o exercício do voto”, detalhou a ministra, que teve apoio dos ministros José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.

Antes da conclusão da decisão, a ministra frisou que com a decisão o documento “não se torna inútil”, apenas dispensável. “Quem trouxer o título, será atendido com mais celeridade (...) Segue-se exigindo ambos os documentos, mas a ausência do título não impede o direito de votar”.

Na ação, o Partido dos Trabalhadores também afirmava que a retirada do direito de votar pela ausência do título acabaria “por cassar o exercício da cidadania do eleitor”.

Os votos contrários à decisão foram do ministro Gilmar Mendes e do presidente do STF, Cezar Peluso. Mendes pediu vista nesta quarta-feira (29), adiando a decisão sobre o tema para hoje.

A argumentação contrária de Mendes é que “uma liminar a três dias da eleição” seria um fator de “desestabilização do processo eleitoral”.

Já Peluzo, contrariado por fazer parte da minoria, disse: “acabou de ser decretada, a partir de hoje, a abolição do título eleitoral”.

Vale lembrar
O prazo para a solicitar a segunda via do título de eleitor termina nesta quinta-feira. O pedido pode ser feito em qualquer cartório eleitoral, mesmo se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral.

Para as eleições deste ano, 135.804.433 brasileiros estão aptos a votar para presidente, governador, senador, deputado estadual, federal e distrital, segundo o TSE.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/30/supremo-aprova-acao-do-pt-eleitor-so-precisara-de-um-documento-para-votar.jhtm

Em encontro com representantes religiosos, Dilma se diz contra ao aborto

Correio Braziliense - Tiago Pariz


Com a indicação de que Marina Silva (PV) está absorvendo os votos de religiosos, Dilma Rousseff (PT) pediu apoio de bispos de congregações evangélicas e de setores da Igreja Católica, ontem, para tentar conter a drenagem de potenciais eleitores. Numa mobilização de olho em viabilizar a vitória em primeiro turno, pastores e missionários gravaram mensagem de apoio à presidenciável petista e prometeram conversar com seus rebanhos para acabar com o que chamaram de “onda de boataria” na corrida pelo Palácio do Planalto.

A equipe do marqueteiro João Santana aproveitou o encontro com 27 representantes religiosos ontem, no escritório político de Dilma, para gravar declarações de cerca de 10 pessoas. Os depoimentos irão ao ar entre hoje e amanhã, e também serão divulgados na internet. Entre os que prometeram apoio, estão o deputado Manoel Ferreira (PR-RJ), bispo do Ministério Madureira, da Assembleia de Deus, e o vereador e missionário católico Gabriel Chalita (PSB-SP), candidato a deputado federal.

A candidata Dilma Rousseff defende suas posições pró-Vida e favorável à família em reunião com representantes católicos e evangélicos

O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, foi o condutor da reunião. Partiu dele o pedido para os presentes ajudarem a campanha de Dilma. O presidente Lula também se mobilizou em favor de sua candidata. Em vídeo publicado ontem na página de internet de Dilma e também televisionado, Lula diz que “pessoas saíram do submundo da política para falar mentiras”.

Durante o encontro, os religiosos disseram a Dilma que a posição dúbia sobre o aborto e uma suposta frase que ela teria dito, disseminada via internet — na qual afirma que nem Cristo tiraria a vitória dela — estavam causando estragos na campanha. A petista lamentou o que chamou de “fatos do submundo político” e negou a declaração.

Dilma reforçou que é contra a prática do aborto e afirmou que, se eleita, não fará nenhuma lei para legalizar o ato. “Sou contra o aborto. É uma violência contra a mulher”, disse, acrescentando que o Estado deve amparar as mulheres que optam por interromper a gravidez. “Quem recorre ao aborto corre risco de morte e elas têm de ser atendidas.” A petista também rejeitou fazer um plebiscito sobre o tema.

Os bispos prometeram fazer reuniões com os seus fiéis para dirimir as dúvidas e pregar o voto na petista. “Dentro do segmento evangélico, temos reuniões duas ou três vezes por semana. Temos os meios eletrônicos. Faremos um trabalho, um esforço forte”, disse Manoel Ferreira, acrescentando que colocará integrantes de seu grupo religioso para disparar telefonemas em favor de Dilma para esclarecer que ela é contra o aborto e nunca usou o nome de Cristo em vão.

Cartas
Os religiosos divulgaram uma carta contra a “boataria cruel”, assinada pelo bispo Ferreira, e outra de dom Demétrio Valentini, da Diocese de Jales (SP). Valentini criticou a campanha que, em vez de privilegiar o debate e o confronto de programas e ideias, ficou carregada de “ataques pessoais em tentativas de desmoralizar os adversários”, mas evitou pregar voto em algum candidato.

Marina rebate rival do PT
A presidenciável Marina Silva (PV) acusou ontem a rival Dilma Rousseff (PT) de mudar seu discurso sobre a legalização do aborto para ganhar votos. “Eu não faço discurso de conveniência. A ministra Dilma já disse que era a favor e depois mudou de posição. Não acho que em temas como esse se deva fazer um discurso uma hora de uma forma e outra hora de outra só para agradar ao eleitor, afirmou a candidata, que fez campanha no Rio de Janeiro.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/30/noticia_eleicoes2010,i=215560/EM+ENCONTRO+COM+REPRESENTANTES+RELIGIOSOS+DILMA+SE+DIZ+CONTRA+AO+ABORTO.shtml

Serra apela para os indecisos e defende aposentadoria integral

Correio Braziliense


São Paulo — O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) está tão confiante no segundo turno das eleições que renovou as energias nesta reta final de campanha para investir na parcela do eleitorado que ainda não decidiu em quem votar — que, segundo pesquisas de diversos institutos, varia de 18% a 24%. Ontem, durante o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), em São Paulo, o tucano pediu aos indecisos que “deem uma chance” a ele.

Serra também voltou seu discurso para os beneficiários da Previdência Social, prometendo fazer uma nova reforma previdenciária “de maneira realista”. “Eu prefiro mexer na idade do que na remuneração. É necessário examinar a questão para se fazer uma coisa séria”, disse, acrescentando que é favorável à aposentadoria integral dos funcionários públicos.

O candidato ainda defendeu a capacitação e a qualificação permanente do funcionalismo público. “A estabilidade das instituições depende da qualidade do funcionário. Ou o Estado brasileiro se profissionaliza de fato ou vamos amargar péssimos efeitos para a economia”, prevê. Ele também citou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como exemplo de má administração. “O que está acontecendo com os Correios é uma vergonha. A empresa está sendo destruída pelo aparelhamento feito por parte de partidos e de sindicatos ligados ao governo”, discursou.

Partidarização
O tucano também fez críticas à partidarização de empresas públicas. Ele citou como exemplo o que ocorreu nas agências reguladoras, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A Anvisa virou objeto de barganha política. Isso resultou em atrasos na aprovação dos genéricos”, destacou.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/30/noticia_eleicoes2010,i=215536/SERRA+APELA+PARA+OS+INDECISOS+E+DEFENDE+APOSENTADORIA+INTEGRAL.shtml

Presidente do PT minimiza telefonema de Serra a Gilmar Mendes

Folha

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, minimizou e classificou de "nada demais" nesta quinta-feira o telefonema do presidenciável José Serra (PSDB) ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes antes do julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Dutra ironizou e insinuou que se fosse Dilma, a repercussão seria outra. "Não sei se esta estória do Serra ligar pro Gilmar Mendes é verdadeira e, se for, não acho nada de mais. Agora, imaginem se fosse a Dilma...", disse o petista no Twitter.

A Folha revelou hoje que após receber uma ligação do candidato do PSDB, Mendes interrompeu o julgamento do questionamento do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha. Serra e Mendes negaram ter conversado.

No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menor nível de escolaridade.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/807219-presidente-do-pt-minimiza-telefonema-de-serra-a-gilmar-mendes.shtml

Nova pesquisa Datafolha mantém indefinição sobre segundo turno

Agência Brasil


Brasília - O Instituto Datafolha divulgou durante a madrugada de hoje (30/9) uma nova pesquisa sobre intenção de voto para a eleição presidencial do próximo domingo (3). De acordo com o levantamento, Dilma Rousseff (PT) tem 52% dos votos válidos, contra 31% de José Serra (PSDB) e 15% de Marina Silva (PV).

Na pesquisa estimulada, Dilma tem 47% das intenções de voto, José Serra, 28%, e Marina, 14%. Plínio de Arruda Sampaio (P-SOL) teve 1% das intenções de voto, e os demais cinco candidatos não atingiram juntos 1%. O percentual de indecisos é de 6%, e outros 3% declararam que votarão em branco ou nulo.

Ao comparar os dados da pesquisa Datafolha divulgada na terça-feira (28), Dilma cresceu 1 ponto percentual. Serra e Marina mativeram o mesmo índice de intenção de voto na pesquisa estimulada – 28% e 14%, respectivamente.

A soma das intenções de voto dos adversários de Dilma é de 48%. Nesse cenário, a petista estaria eleita no primeiro turno, pois precisa de 50% dos votos válidos mais um. A margem de erro amostral da pesquisa, no entanto, não permite assegurar nenhum prognóstico. Segundo cálculo do Datafolha, as intenções de voto podem variar 2 pontos percentuais.

O levantamento foi encomendado pela Folha de S.Paulo e pela Rede Globo e feito entre os dias 28 e 29. Foram ouvidas 13.195 pessoas em 480 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 33.119/2010.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/30/noticia_eleicoes2010,i=215570/NOVA+PESQUISA+DATAFOLHA+MANTEM+INDEFINICAO+SOBRE+SEGUNDO+TURNO.shtml

Dilma estanca queda e oscila 1 ponto para cima--Datafolha

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, oscilou 1 ponto para cima em pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Datafolha, e interrompeu a trajetória de queda observada nos dois levantamentos anteriores do instituto.

Segundo o levantamento, encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo e pela Rede Globo, Dilma tem 52 por cento dos votos válidos, que excluem os brancos e nulos, contra 51 por cento no levantamento anterior realizado no início desta semana. A soma de votos válidos dos demais candidatos variou de 49 para 48 por cento.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos para mais ou para menos, os votos válidos de Dilma podem variar de 50 a 54 por cento, de acordo com o instituto. Já a soma de votos válidos dos adversários pode ir de 46 a 50 por cento. E como são necessários 50 por cento dos votos válidos mais um para decidir a eleição no domingo, o Datafolha aponta incerteza sobre as chances de realização de uma segunda rodada de votação.

Se considerados todos os votos, Dilma variou um ponto para cima entre a pesquisa realizada segunda-feira, para 47 por cento. José Serra (PSDB) manteve os 28 por cento e Marina Silva (PV) ficou com os mesmos 14 por cento do levantamento anterior.

O candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, ficou com 1 por cento dos votos. Os demais candidatos não atingiram 1 por cento, 3 por cento declararam voto branco ou nulo e 6 por cento disseram não saber.

Com a variação, a petista pôs fim a uma trajetória de perda de votos. Segundo o Datafolha, entre os dias 15 e 27 deste mês, Dilma perdeu cinco pontos. Esse período coincidiu com as denúncias de tráfico de influência que atingiram a Casa Civil e provocaram a demissão de Erenice Guerra, ex-assessora de Dilma, do comando da pasta.

Na simulação de um segundo turno entre Dilma e Serra, a petista oscilou um ponto para cima em relação à pesquisa anterior e agora tem 53 por cento. Serra manteve os 39 por cento da sondagem anterior, 5 por cento disseram que votarão em branco ou anularão o voto e 3 por cento disseram não saber.

Na pesquisa espontânea, quando não é apresentada uma lista dos candidatos ao eleitor, Dilma tem 38 por cento, contra 22 por cento de Serra e 11 por cento de Marina.

Na quarta-feira, Ibope e Sensus também divulgaram pesquisas sobre a corrida presidencial e ambos os institutos apontaram vitória de Dilma já no primeiro turno, que será disputado no domingo .

O Datafolha entrevistou 13.195 pessoas entre terça e quarta-feira em 480 municípios.

DILMA SEGUE LÍDER EM TODAS REGIÕES

A candidata do PT manteve a liderança em todas as regiões do país, apontou o Datafolha. A situação mais confortável para a ex-ministra é no Nordeste. Nessa região, Dilma tem 59 por cento da preferência do eleitorado, contra 21 por cento de Serra e 10 por cento de Marina.

No Sudeste, a petista tem 43 por cento, Serra 30 por cento e Marina 17. No Norte e no Centro-Oeste, Dilma aparece com 43 por cento, ante 31 por cento de Serra e 19 de Marina. No Sul, a ex-ministra soma 42 por cento, ante 35 de Serra e 10 de Marina.

Favorita para se tornar primeira mulher a presidir o Brasil, Dilma tem vantagem maior entre o eleitorado masculino do que o feminino. Entre os homens, 52 por cento declaram voto na petista, contra 26 que preferem Serra e 13 por cento que declara voto em Marina.

Entre as mulheres, a candidata do PT soma 43 por cento, ante 31 por cento de Serra e 15 de Marina.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68T0JY20100930

Serra e Dilma reforçam promessas em penúltimo programa de TV

SÃO PAULO (Reuters) - No penúltimo programa do horário eleitoral gratuito na televisão, nesta quinta-feira, os dois principais candidatos à Presidência da República --José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)-- reforçaram as promessas feitas durante a campanha e evitaram ataques diretos.

O programa do tucano humanizou o candidato, mostrando ele e sua relação com a família. "Como ele tem uns horários bem diferente dos meus, era muito bom que, durante a noite, com as crianças pequenas, eu dormia e ele trocava as fraldas, dava mamadeira", disse sua mulher, Monica Serra, referindo-se ao período em que os dois filhos do casal eram pequenos.

Além disso, foram reforçadas as promessas do candidato, como a construção de 400 quilômetros de metrô em grandes cidades e o aumento do salário mínimo para 600 reais.

"Eu lutei muito para chegar até aqui e poder pedir o seu voto de cabeça erguida. A minha história de vida é limpa, íntegra. Você sabe o que penso e sabe que eu tenho capacidade de realizar", disse o candidato.

"Eu vou usar a minha autonomia, o meu peso político, para fazer um governo que enfrente as dificuldades e os grandes interesses contrariados. E que não seja refém de partidos políticos, dessa ou daquela turma", complementou.

O programa da petista pede para que o eleitor vá às urnas no domingo e vote pela continuidade, sem esquecer o título de eleitor e um documento com foto --exigência de uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Com fé e confiança, o brasileiro aprendeu a conjugar o verbo mudar... com estabilidade, sem sustos, sem conflitos. Com Lula, a gente aprendeu como isso é bom. Por isso, vamos às urnas neste domingo para votar em Dilma e, assim, garantir um Brasil que vai seguir mudando, vai seguir em frente e no rumo certo", disse o locutor do programa da petista.

"Hoje, é o último dia da campanha. Domingo vamos decidir entre dois modelos de governo bem diferentes. O nosso modelo, os brasileiros já conhecem: é aquele que mudou o Brasil", falou Dilma.

Uma sequência de cenas faz um giro por todas as cinco regiões do Brasil, com uma série de diálogos entre Lula e Dilma que tratavam da manutenção das políticas implantadas. Ao final, o locutor da campanha diz: "Dilma é a garantia de que o país vai continuar crescendo".

Ao final, Lula aparece ao lado da candidata. "Você que acredita em mim e acha bom meu governo, não tenha dúvida: vote na Dilma. Igual a mim, a Dilma gosta dos pobres, respeita a vida, a paz, a liberdade e as religiões. Votar na Dilma é votar em mim com a certeza de um governo ainda melhor", disse Lula.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68T0JD20100930

Confiante, Marina vê debate desta noite com primeiro do 2o turno

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que considera o debate entre os presidenciáveis desta noite como o primeiro embate do segundo turno.

Apesar de ainda ocupar o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a candidata verde tem convicção de que será a escolhida pelo eleitor para disputar com a petista no final do mês.

"Esse debate é o último do primeiro turno e já é o primeiro do segundo. Estou me preparando duas vezes, como o último e o primeiro", disse Marina a jornalistas em um hotel do Rio de Janeiro onde está reunida com assessores discutindo a estratégia para o debate da Rede Globo, que tem início às 22h30.

Em nova pesquisa Datafolha, Dilma tem 52 por cento dos votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos), Serra tem 31 por cento e Marina, 15 por cento.

Ela acredita que tem mais possibilidades do que Serra de seguir na eleição. Segundo a candidata, se Serra for ao segundo turno poderia sair derrotado como seu companheiro de sigla Geraldo Alckmin na eleição de 2006, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitorioso.

"Quem está preocupado que não seja repetição de 2006 vota Marina presidente. Essa é a vantagem de Marina Silva em relação à outra candidatura que não é competitiva em hipótese alguma no segundo turno", disse, tratando a si própria na terceira pessoa.

Apesar da crítica ao tucano, Marina disse que se chegar lá vai buscar a adesão de Serra. "Nós vamos discutir com quem não estiver no segundo turno de forma muito respeitosa."

Sobre temas polêmicos que podem fazer parte do debate desta noite, disse que não teria porque abordar a questão da legalização do aborto, em que tem posição contrária.

Ela vem afirmando que Dilma mudou o discurso sobre a questão para ganhar votos.

(Reportagem de Pedro Fonseca)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68T0LJ20100930

Serra não é competitivo e seria derrotado em 2º turno, diz Marina

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que o adversário José Serra (PSDB) não é competitivo "em hipótese alguma" e seria derrotado num eventual segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).

Ela disse ser a única opção de "segundo turno viável" contra a petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto e pode ser eleita já no domingo.

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"Tenho certeza de que sou o segundo turno viável, aquele que é capaz de concorrer efetivamente com a candidatura que está em primeiro lugar. A candidatura do PSDB, até pelos erros que cometeu, com certeza não tem essa viabilidade", disse Marina, em entrevista num hotel na Barra da Tijuca, no Rio.

"Nós somos o segundo turno viável, que de fato tem condições de disputar para valer. Esta é a vantagem de votar Marina Silva em relação à outra candidatura [de Serra], que não é competitiva em hipótese alguma no segundo turno", acrescentou.

A senadora disse que um segundo turno entre Dilma e Serra seria uma "repetição de 2006", quando o presidente Lula (PT) venceu com facilidade o tucano Geraldo Alckmin.

"Seria uma espécie de repetição de 2006. A candidatura capaz de fazer uma disputa de igual patra igual com certeza é a minha."

A senadora cancelou a visita a uma favela e vai permanecer no hotel até a hora de se deslocar para o debate dos presidenciáveis nos estúdios da TV Globo em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/807190-serra-nao-e-competitivo-e-seria-derrotado-em-2-turno-diz-marina.shtml

Marina estuda visita a Alagoas para apoiar Heloísa Helena

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A presidenciável Marina Silva (PV) estuda viajar a Alagoas entre sexta-feira e sábado para manifestar apoio a Heloísa Helena, que disputa vaga no Senado pelo PSOL.

Marina disse que a amiga está sendo "massacrada" no Estado. Ela aparece em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP), apoiado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL). Heloísa corre risco de não se eleger.

"Estou vendo como é que eu faço para dar um abraço na Helô", disse a presidenciável. "Aquela mulher lida quase sozinha contra as forças do atraso na política do Nordeste."

Marina fez um apelo para que a imprensa nacional cubra a candidatura de Heloísa, que sofreria boicote dos veículos alagoanos, muitos controlados por políticos adversários.

"Ela está sendo massacrada lá em Alagoas. É uma mulher corajosa e valente, colocada na clandestinidade pelos meios de comunicação daquele Estado."

http://www1.folha.uol.com.br/poder/807199-marina-estuda-visita-a-alagoas-para-apoiar-heloisa-helena.shtml

Gilmar Mendes e Serra negam ter conversado

Folha

MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA


O tucano José Serra negou ontem que tenha ligado para o ministro Gilmar Mendes.

O ex-presidente do STF também disse que não conversou com Serra ontem.

"Ele pode ter tocado em meu nome quando falava com alguém, questionado como eu iria votar. Mas não falou comigo."

Mendes afirmou que não é o candidato "nem ninguém" que vai dizer como ele deve ou não votar. "Tenho minhas próprias convicções para avaliar quando é ou não é importante pedir vista [durante o julgamento]."

O ministro disse ainda que é amigo de Serra, assim como tem relações pessoais com advogados ligados ao PT.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806925-gilmar-mendes-e-serra-negam-ter-conversado.shtml

Serra aposta em segundo turno e elogia fidelidade de Alckmin

Folha


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, participou de um comício nesta quarta-feira (29) no bairro da Mooca --zona leste de São Paulo. O tucno defendeu que seus aliados estejam prontos para um eventual segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). "Descanso só em novembro, pois vamos ter outubro inteiro para fazer campanha pelo Brasil inteiro", disse.

Durante discurso, Serra também elogiou a fidelidade do candidato tucano ao governo paulista, Geraldo Alckmin, seu ex-rival interno no partido.



http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/807038-serra-aposta-em-segundo-turno-e-elogia-fidelidade-de-alckmin.shtml

Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar

Folha

MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA


Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha.

No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

Gilmar Mendes e Serra negam ter conversado
Gilmar Mendes pede vista e interrompe julgamento sobre obrigatoriedade de documentos
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A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT).

A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menor nível de escolaridade.

Após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens. O funcionário o informou que o ministro do STF estava do outro lado da linha.

Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório onde ocorria o encontro. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"

Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.

Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.

Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.

O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.

Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.

À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.

Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.

Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.

Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.

"A apresentação do título de eleitor não é tão indispensável quanto a do documento com fotografia", afirmou Ellen Gracie.

O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha consigo seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."

A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.

O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.

O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806923-apos-ligacao-de-serra-gilmar-mendes-para-sessao-sobre-documentos-para-votar.shtml

No último dia de TV, Dilma "paz e amor" cola em Lula; Serra aposta em 2º turno

Andréia Martins
Do UOL Eleições


No último dia do horário eleitoral gratuito na TV, durante o programa da tarde, os dois principais presidenciáveis, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mostraram depoimentos especiais na tentativa de conquistar votos.

A petista falou em governar com "paz e amor", defendeu liberdade de religião e voltou a colar sua imagem na do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano optou por reforçar a ideia de ser "candidato do bem" e mostrar que é o mais preparado para administrar o país. Ambos usaram clipes caprichados, com músicas de apelo emocional.

Serra disse que quer governar o país com uma “economia forte, com aumento de emprego e distribuição de renda”. No programa, mostrou momentos com a família e falas da mulher, Mônica Serra, e da filha, Veronica Serra. Ele até cantou antiga canção de Carnaval que costumava entoar para os filhos.Também voltou a mostrar suas principais realizações na área da Saúde.

Entre as principais promessas, destacou que, se eleito, irá aumentar o salário mínimo para R$ 600, dar 10% de reajuste a todos os aposentados e abrir 1 milhão de vagas em escolas técnicas. Serra encerrou sua fala no programa pedindo voto e mostrando-se confiante no segundo turno. “No domingo, eu peço o seu voto. Vamos ao segundo turno e, se Deus quiser, à vitória”.

Serra também teve direito de resposta no programa do PSTU, que numa propaganda de 15 segundos veiculada em 18 de setembro, acusou o tucano de ter "rabo preso" e o vinculou a atos corruptos. “Nunca teve nenhuma mancha em sua biografia. Serra não merece as ofensas e calúnias da qual foi vítima”, disse a mensagem da coligação “O Brasil Pode Mais”.

A líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma Rousseff (PT), abriu seu programa dizendo que, no domingo, o eleitor vai “decidir entre dois modelos de governo”, afirmando que o modelo atual "foi responsável por mudar o Brasil”.

Ao longo do programa, a petista fez um “pingue-pongue” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversos pontos do Brasil, ambos destacaram as realizações do atual governo nas cinco regiões do país, especialmente na área de empregos e agricultura.

Lula, em seu depoimento final, disse que assim como ele, Dilma "gosta dos pobres", respeita a vida, a paz, a liberdade e as religiões.

Dilma tentou mostrar um lado suave, dizendo que, se eleita, vai governar com "paz, amor e serenidade". Ela novamente se defendeu do que o PT chama de "boatos de fim de campanha", negando que fosse fazer qualquer restrição religiosa. Afirmou que vai "defender a democracia e a liberdade, respeitar a fé, as religiões e as convicções das pessoas e defender a vida".

Nesta semana, circularam informações na internet de que a petista teria dito que defendia o aborto, que nem Jesus Cristo tiraria sua vitória nessas eleições e que, se eleita, fecharia templos. Para combater essa campanha, Dilma se reuniu nesta quarta-feira com lideranças religiosas e convocou uma entrevista coletiva.

A terceira colocada nas pesquisas, Marina Silva (PV), dedicou seu programa a reforçar o crescimento apresentado nas últimas pesquisas. A verde direcionou seu discurso às mulheres e aos jovens, dizendo “vamos ao segundo turno”.

Já o candidato do PSOL, Plíno de Arruda Sampaio, acostumado a dizer “vote PSOL, vote 50”, aproveitou para pedir o voto do eleitorado. “Neste dia final, quero o seu voto. Vote PSOL, Vote Plínio”, disse o socialista.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/30/no-ultimo-programa-na-tv-dilma-faz-dobradinha-com-lula-serra-e-marina-apostam-em-2-turno.jhtm

TSE nega direito de resposta a Dilma contra Serra

Priscilla Mazenotti
Da Agência Brasil

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou cinco pedidos da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, para responder afirmações feitas pelo candidato do PSDB, José Serra, em sua propaganda política.

Três deles pediam direito de resposta contra a propaganda em que Serra afirmou que Dilma não “daria conta” de escolher seus ministros, caso seja eleita. O quarto direito de resposta contestava alegação de Serra de que a candidata petista foi a que mais aumentou a conta de luz dos brasileiros nos últimos oito anos.

Ao negar os recursos, os ministros entenderam que os argumentos de Serra são apenas uma crítica política e que não há requisitos para conceder o direito de resposta.

No quinto recurso negado, Dilma pedia direito de resposta por conta da propaganda de José Serra que mostrou matéria da revista Veja falando sobre suposto tráfico de influência na Casa Civil.

Segundo o ministro-relator, Henrique Neves, há jurisprudência do TSE que admite o uso crítico na propaganda eleitoral de notícias publicadas na imprensa.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/30/tse-nega-direito-de-resposta-a-dilma-contra-serra.jhtm

29 de set. de 2010

Dilma e Serra intensificam esforços para afastar boatos

BRUNO BOGHOSSIAN - Agência Estado

Para evitar prejuízos à imagem nos últimos dias antes das eleições, equipes de campanha de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) intensificaram os esforços para desmentir boatos e denúncias falsas que circulam na internet. E-mails que ligam candidatos a temas polêmicos, como aborto e privatizações, são os principais alvos dos candidatos - que também usam sites e redes sociais para tentar divulgar as informações corretas. A avaliação é de que é preciso agir rapidamente, antes que os eleitores cheguem às urnas, para evitar que os boatos se espalhem e sejam tomados como fatos.

Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convocado para rebater a onda de boatos contra Dilma. Em uma gravação que começou a ser exibida na TV e está no site da candidata petista, o presidente defende a ex-ministra e lembra que sofreu com campanhas negativas quando disputou as eleições. "Estou vendo acontecer com a Dilma o que aconteceu comigo no passado, quando pessoas saíam do submundo da política mentindo a meu respeito", diz Lula.

O sinal de alerta na equipe petista foi aceso por uma enxurrada de e-mails e artigos em blogs que afirmavam que Dilma seria favorável ao aborto e que teria declarado que "nem Jesus Cristo" impediria sua vitória no primeiro turno. Hoje, diante de líderes religiosos, a candidata precisou reforçar sua postura "em defesa da vida" e esclarecer que as mensagens são apenas de boatos.

Na candidatura do PSDB à Presidência, o próprio José Serra fez questão de esclarecer afirmações polêmicas sobre seu programa de governo. Na internet, o tucano tenta se descolar do que chama de "mentiras" que circulam pelas redes sociais - como supostos projetos de privatização da Petrobras e o fim do Bolsa-Família, da Zona Franca de Manaus e dos concursos públicos.

"Há uma máquina de mentiras a meu respeito, trabalhando em tempo integral", escreveu o candidato, ontem, na rede de microblogs Twitter. "Eu não vou privatizar a Petrobras, isso é terrorismo do PT", acusou.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-e-serra-intensificam-esforcos-para-afastar-boatos,617312,0.htm

Edir Macedo divulga carta em apoio a candidatura de Dilma

Folha

DE SÃO PAULO

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo, publicou na internet uma carta em defesa da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Líder nas pesquisas, Dilma é alvo de ataques de católicos e evangélicos sob a acusação de que defende o aborto. Em sua carta, Macedo diz que a petista é vítima de mentiras e acusou autores de spam de fazer "o jogo do diabo".

Na carta, Edir Macedo nega ainda que Dilma tenha afirmado que nem mesmo Cristo tiraria dela sua vitória.

Ao falar dos ataques contra Dilma via email, o bispo afirma que "se os cristãos fossem tão ágeis e eficientes para usar as ferramentas modernas da comunicação na pregação do Evangelho, assim como parecem ser para disseminar boatos, certamente muitas almas seriam ganhas para o Senhor Jesus".

"Quem pensa que está prestando algum serviço ao Reino de Deus, espalhando uma informação sem ter certeza de sua veracidade, na verdade, está fazendo o jogo do diabo", criticou.

"O Senhor Jesus não precisa de advogados, nem de assessores de comunicação que saiam em "defesa" de Seu Nome. Ele precisa de verdadeiros cristãos, que entendam, vivam e preguem a Verdade".

Reprodução

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806780-edir-macedo-divulga-carta-em-apoio-a-candidatura-de-dilma.shtml

Marina acusa Dilma de mudar discurso sobre aborto para ganhar votos

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO


A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, acusou nesta quarta-feira a adversária Dilma Rousseff (PT) de mudar seu discurso sobre a legalização do aborto para ganhar votos.

"Eu não faço discurso de conveniência. A ministra Dilma já disse que era a favor e depois mudou de posição. Não acho que em temas como esse se deva fazer um discurso uma hora de uma forma e outra hora de outra só para agradar o eleitor".

A senadora reafirmou que é a favor de um plebiscito sobre o assunto. Ela se diz pessoalmente contrária à liberação do aborto por motivos religiosos.

Marina fez uma rápida aparição na Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Cercada por muitos jornalistas e assessores, não conseguiu fazer corpo a corpo com eleitores que passavam pela estação.

Ela passa a noite no Rio e se prepara na quinta-feira para o debate entre os presidenciáveis na TV Globo.

DILMA

Na tentativa de rebater a onda de boatos que circula entre evangélicos e católicos, Dilma reuniu hoje lideranças dos dois segmentos para reforçar que é contra os temas-tabus para os religiosos, como o aborto, e desmentir a fala de que teria dito que nem Jesus Cristo tira dela essa eleição.

Dilma afirmou que esses boatos fazem parte do "submundo da política" e costumam aparecer na reta final das eleições.

A petista disse novamente que é contra o aborto e que não defenderá um plebiscito. Segunda ela, ainda que o PT defenda uma discussão maior sobre o tema, isso não a fará propor nenhuma medida ao Congresso para descriminalizar a prática.

"Somos um partido democrático. Não se trata de desautorizar [a discussão], eu como presidente não irei tomar essa posição. Não sou a favor de modificação a legislação. Deixe ao congresso a iniciativa", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/806807-marina-acusa-dilma-de-mudar-discurso-sobre-aborto-para-ganhar-votos.shtml

Dilma nega ter dito que nem Jesus a derrotaria na eleição

Folha

Diante de representantes evangélicos e católicos, a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) desmentiu o boato de que ela teria afirmado que nem mesmo Jesus a derrotaria na eleição, durante um discurso realizado nesta quarta-feira (29).

"Repudio integralmente afirmações que colocaram na minha boca de que eu usei o nome de Cristo para falar que nem ele me derrotava nessa eleição. É uma calúnia, é uma vilania. Esses boatos saíram do submundo político e são típicos de final de campanha", afirmou.



http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/806791-dilma-nega-ter-dito-que-nem-jesus-a-derrotaria-na-eleicao.shtml

Dilma diz que não vai propor flexibilização na legislação sobre aborto

Agência Brasil

Depois de se reunir na manhã desta quarta-feira (29) no escritório polítco, em Brasília, com lideranças religiosas cristãs, a candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que tem o compromisso, caso eleita, de não enviar ao Congresso nenhuma proposta de mudança na legislação sobre o aborto. Ela explicou, no entanto, que vai tratar o assunto como uma questão de saúde pública, ou seja, mulheres com complicações devido ao aborto não podem deixar de ser atendidas na rede de saúde. “Nessa situação, o aborto já ocorreu”.

“Pessoalmente eu não sou a favor do aborto. Sou contra o aborto porque considero uma violência contra a mulher. No entanto, não acredito que uma mulher recorre ao aborto em condições precárias porque quer”, disse a candidata. “Nós já temos uma legislação sobre o assunto”, completou.

O Código Civil não considera crime o aborto quando praticado em casos de gravidez por estupro ou quando a gestação representa risco de vida para a mãe. Algumas igrejas atuam no sentido de manter atual legislação e outras querem até que essas exceções ao crime sejam retiradas. Por outro lado, mulheres organizadas no movimento feministas e até mesmo no próprio PT defendem uma flexibilização maior da lei.

Dilma Rousseff também manifestou ser contrária a um plebiscito sobre o aborto. “Sou contra um plebiscito sobre esse assunto e vou dizer o porquê. Acho que um plebiscito sobre o aborto divide o país e, nesse caso, não é possível dizer quem vai ganhar ou perder. Nesse caso os dois lados perdem”, disse.

Dilma afirmou ainda que, embora o Estado brasileiro seja laico, a parceria com as igrejas é estratégica na luta contra a pobreza, as drogas, a prostituição infantil, no combate à gravidez precoce e pela valorização da família.”Me comprometi que, em caso de haver um governo meu, ele ouvirá sistematicamente os grupos religiosos. Essa parceria é estratégica para nós”, afirmou.

A candidata petista aproveitou para desmentir boatos de que teria dito que “nem Cristo” tiraria dela a vitória nessas eleições. “Repudio integralmente afirmações que colocaram na minha boca de que eu usei o nome de Cristo para falar que nem ele me derrotava nesse eleição. É um absurdo, uma calúnia, é uma vilania contra mim. De acordo com Dilma, os boatos são típicos do fim de campanha e teriam saído do “submundo político”.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/29/noticia_eleicoes2010,i=215468/DILMA+DIZ+QUE+NAO+VAI+PROPOR+FLEXIBILIZACAO+NA+LEGISLACAO+SOBRE+ABORTO.shtml

Crescimento de Marina Silva na reta final anima correligionários

Diferença entre ela e Serra, contudo, ainda é expressiva

Correio Braziliense - Alice Maciel

“Tentaram me ignorar, mas agora não dá mais.” Com esse tom e apostando na chance de chegar ao segundo turno no domingo, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, tentou disseminar no eleitorado ontem, tanto em Belém quanto em Juiz de Fora (MG), a aura de otimismo que considera essencial para consolidar a “onda verde” na reta final da corrida presidencial. “Eu acredito na confiança dos cidadãos e cidadãs e na capacidade de cada um de querer um Brasil melhor”, disse “O Brasil vai decidir no segundo turno se quer a Silva ou uma Rousseff”, afirmou.

Marina atribuiu seu crescimento nas pesquisas ao posicionamento propositivo adotado na campanha, longe do vale-tudo eleitoral. A ex-ministra confia que pode vencer as eleições se passar da primeira rodada, por meio do horário eleitoral, que será o mesmo entre os dois concorrentes. “Com um minuto e vinte nós conseguimos mobilizar as pessoas e, com certeza, com o mesmo tempo, as pessoas vão poder tomar uma decisão com mais clareza, de forma mais confiante”, completou.

O problema de Marina é que a distância dela para José Serra, atualmente o segundo colocado nas sondagens eleitorais, é de mais de 10 pontos percentuais. Segundo Marina, as pesquisas não estão conseguindo alcançar a mobilização da população de todo país e captar o que chamou de onda verde. A candidata disse que nesta reta final não vai modificar a estratégia e negou tratar um candidato ou outro diferentemente. Segundo Marina, sua atitude é de explicitar seu posicionamento e de contribuir para que os concorrentes possam explicitar os seus. “Por que o PSDB e o DEM sempre fizeram críticas ao Bolsa Família e agora estão dizendo que vão dobrar e que vão dar o 13°? A pergunta que eu tenho feito é se fizeram uma auto-crítica ou se é só um discurso para ganhar eleição”, acrescentou.

Marina voltou a afirmar que se vencer o pleito não vai deixar nenhum partido de fora e vai governar o país com o melhor do PT, do PMDB, do PSDB e do DEM. Ela afirmou que vai oxigenar a política. “O país está cansado dessa briga entre vermelhos e azuis”, afirmou. Ela acredita que terá apoio dos dois lados. “Os militantes do PT estão incomodados com as alianças incoerentes que foram feitas e os do PSDB estão incomodados com o promessômetro que se transformou a candidatura de José Serra.”

Conquistas
A candidata disse ainda que vai manter as conquistas dos governos das duas legendas (PT e PSDB) , como o Bolsa Família e o Plano Real, respectivamente. “Mas vamos reparar os erros que hoje existem na educação, onde 40% das nossas crianças não chegam sequer à oitava série.” Além de Belém, Marina visitou Juiz de Fora. A ex-ministra, que é evangélica, participou de um encontro do Conselho de pastores e fez corpo a corpo pelas ruas da cidade no fim do dia. Ela voltou a dizer que é contra o aborto e a liberação das drogas. “Eu tenho defendido o plebiscito para que a sociedade brasileira, na sua maioria, possa debater e decidir. A sociedade brasileira é diversa e a nossa campanha está conversando sobre essa questão. Eu sempre tive uma posição muito clara em relação àquilo que eu defendo publicamente.”

Eu acredito na confiança dos cidadãos e cidadãs e na capacidade de cada um de querer um Brasil melhor”
Marina Silva, candidata do PV à Presidência

Esperança no PSDB

Desde sempre o discurso do candidato tucano à Presidência, José Serra, é de não comentar pesquisas. Ontem, contudo, diante da possibilidade mais factível de um segundo turno entre ele e Dilma Rousseff, de acordo com as projeções do Datafolha divulgadas ontem, o tucano não negou que recebeu uma injeção de otimismo. “Estou confiante como sempre. Acho que vai haver segundo turno, mas não me guio por pesquisas”, comentou José Serra, durante visita a Salvador.

“Nesta mesma época, em 2002, ninguém achava que eu ia para o segundo turno. Depois, achavam que eu ia ter 30% (dos votos) e eu tive quase 40%”, ressaltou. “Na eleição para prefeito de São Paulo foi a mesma coisa, achavam que a Marta Suplicy ia ganhar no primeiro turno e, no segundo turno, que eu ia ganhar por pouco e ganhei por mais. Isso é normal.”

Serra viajou à capital baiana para receber o título de cidadão soteropolitano, concedido pela Câmara Municipal. A Região Nordeste é um dos focos de investimento do tucanato porque é ali que Lula e, por consequência, Dilma, têm grande quantidade de votos. Durante o evento, Serra falou sobre a liberdade de imprensa, citando autores baianos. “Como não citar o grande poeta Gregório de Matos, que nenhuma censura conseguiu calar? Ele exerceu com lucidez e clareza sua crítica política, pagou o preço pela sua ousadia, mas deixou uma obra imortal”, lembrou. “Desconfio que se Gregório existisse ainda hoje, talvez algum dos censores que andam por aí tentasse calar.”

Depois da cerimônia na Câmara, Serra se reuniu com dom Geraldo Magella Agnelo, cardeal de Salvador e arcebispo-primaz do Brasil, na Cúria Metropolitana. No encontro, Agnelo entregou a Serra documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que prega o voto em “pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família e à dignidade humana”.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/29/noticia_eleicoes2010,i=215361/CRESCIMENTO+DE+MARINA+SILVA+NA+RETA+FINAL+ANIMA+CORRELIGIONARIOS.shtml

Ibope e Sensus indicam eleição de Dilma no 1o turno

Raymond Colitt e Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - A candidata governista à Presidência, Dilma Rousseff (PT), ainda tem uma boa chance de vencer a eleição presidencial no primeiro turno, no próximo domingo, apesar de escândalos recentes que afetaram sua campanha, mostraram duas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira.

Os dois levantamentos mostraram Dilma confortavelmente acima dos 50 por cento dos votos válidos, que ela precisa para evitar um segundo turno no dia 31 de outubro contra José Serra (PSDB) e para se tornar a primeira mulher presidente do Brasil.

A ex-ministra-chefe da Casa Civil do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu 3 pontos percentuais na pesquisa realizada pelo instituto Sensus, para 47,5 por cento. Ela, no entanto, ainda tem 54,7 por cento dos votos válidos, quando são excluídos os brancos e nulos, de acordo com o levantamento, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT)

Dilma aparece com 55 por cento dos votos válidos em uma outra pesquisa, realizada pelo Ibope por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mesmo patamar em que estava na pesquisa deste instituto na semana passada

Serra, ex-governador de São Paulo, não conseguiu tirar vantagem da perda de fôlego de Dilma e perdeu 1 ponto percentual, para 27 por cento no levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e registrou 25,6 por cento na sondagem do Sensus.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, candidata do PV, que tem poucas chances de chegar a um eventual segundo turno, ficou com a maioria dos votos perdidos pelos adversários nas pesquisas recentes. Ela subiu quase 3 pontos, para 11,6 por cento na pesquisa Sensus, e 1 ponto, para 13 por cento, no Ibope.

Dilma, que aos 62 anos disputa sua primeira eleição, tem se aproveitado da popularidade de Lula e do bom momento econômico para liderar em todas as pesquisas.

De acordo com o Sensus, somente 4 por cento dos eleitores desaprovam o governo Lula, numa sinalização da batalha enfrentada por Serra nesta eleição.

Dilma viu sua vantagem ser reduzida recentemente, em meio a denúncias de corrupção que levaram à demissão de sua ex-assessora Erenice Guerra do comando da Casa Civil.

EFEITO DE ESCÂNDALOS PERDEM FORÇA?

Os 55 por cento dos votos válidos para Dilma representam 6,3 milhões de votos acima da marca dos 50 por cento, segundo o diretor do Sensus, Ricardo Guedes. Para ele, os efeitos de denúncias de corrupção é limitado e é improvável que anule a vantagem de Dilma.

"Um tipo de fadiga da corrupção está se estabelecendo", disse Guedes, acrescentando que os eleitores de menor renda e de menor escolaridade estão decididos em seu apoio a Dilma por conta das medidas adotadas no governo Lula que agudaram a tirar milhões de pessoas da pobreza.

Rafael Lucchesi, diretor da CNI, faz raciocínio semelhante. "(O caso Erenice) pode ter tido um impacto grande na opinião pública, mas não se refletiu objetivamente no quadro eleitoral."

Uma pesquisa do Datafolha divulgada na terça-feira mostrou perda de apoio a Dilma na classe média, aumentando as chances de a eleição ser decidida no segundo turno .

As duas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira mostram que Dilma venceria Serra facilmente num eventual segundo turno, com vantagem de cerca de 20 pontos percentuais.

O Ibope ouviu 3.010 pessoas entre os dias 25 e 27 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. O Sensus entrevistou 2 mil pessoas entre os dias 26 e 28 de setembro e a margem de erro de seu levantamento é de 2,2 pontos percentuais.

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68S0O520100929

'Dama de ferro', Dilma acredita em Estado ativo, diz FT

DANIELA MILANESE - Agência Estado

"Dama de ferro", tecnocrata severa, com firme crença no poder de um Estado ativo. É dessa forma que o jornal britânico Financial Times descreve a candidata Dilma Rousseff (PT), que deve "vencer facilmente" as eleições presidenciais no Brasil - com uma referência ao título que marcou a vida política da conservadora e liberal Margaret Thatcher. A proximidade da disputa aumenta a cobertura da imprensa internacional sobre o Brasil e o FT volta a dedicar hoje uma página ao País, depois do amplo destaque dado ontem.

O jornal afirma que Dilma prometeu "mais do mesmo" para arrancar na disputa, enquanto o adversário José Serra (PSDB) não conseguiu avançar com a sua aparente "versão mais eficiente" da política social do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de descrever os avanços observados no País nos últimos anos, o FT diz que os maiores desafios a serem enfrentados por Dilma virão da área social e econômica, como a desigualdade, a violência e o déficit em conta corrente.

"A complacência também é o calcanhar-de-aquiles da economia brasileira", diz a publicação. Para o FT, o País quer poder global, mas para dar o próximo passo terá de se mover para um novo estágio econômico: oferecer não mais, e sim um melhor serviço público.

A violência que ainda atinge as favelas torna o Brasil um lugar mais mortal do que o México, argumenta o jornal. A publicação avalia que é parcialmente um mito a percepção de que o País é um lugar de esperança e mobilidade social, como aparenta a história pessoal de Lula, que saiu da pobreza para a Presidência da República. Apesar do recente sucesso, o Brasil continua sendo o 11º país mais desigual do mundo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dama-de-ferro-dilma-acredita-em-estado-ativo-diz-ft,617246,0.htm

Serra sinaliza mudanças na idade para aposentadoria se eleito

Maurício Savarese
Do UOL Eleições


Diante de uma plateia de funcionários públicos, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou nesta quarta-feira (29) que, se eleito, tem a intenção de promover uma reforma da Previdência, baseada na idade dos contribuintes. O tucano indicou também a necessidade de uma reforma tributária" em fatias, para não unir dez grupos diferentes contra o projeto".

"Eu, particularmente, toda a questão previdenciária eu quero refazer no Brasil de maneira realista, que funcione", disse o presidenciável. "Eu prefiro mexer muito mais na idade do que na remuneração. Essa é uma questão importante, mas há algo que temos de examinar com a abertura, para fazer uma coisa séria. Do contrário, nós ficamos com um pé em cada canoa nessa matéria".

Mais tarde, questionado por jornalistas, o ex-governador de São Paulo afirmou que seus comentários sobre o assunto foram "apenas ênfase", e que é favorável à aposentadoria integral para funcionários públicos. "[Mas] também não precisam se aposentar com 40 e poucos anos", afirmou.

Atualmente, homens têm direito à aposentadoria integral se comprovarem 35 anos de contribuição previdenciária, contra 30 anos das mulheres. Para se aposentar por idade, homens e mulheres precisam ter, respectivamente, 65 e 60 anos - para os trabalhadores rurais são necessários 60 anos completos para homens e 55 para mulheres.

O tucano, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, não defendeu nenhuma idade específica para promover mudanças na Previdência se for eleito. "Tem que examinar as leis", disse ele, que se comprometeu a ter "diálogo com as entidades para formular mais eficiente". O encontro foi promovido pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

Reforma tributária

Serra, que tenta forçar um segundo turno com a líder nas pesquisas, Dilma Rousseff (PT), acusou o governo federal de não compreender as relações entre o Congresso e as mudanças na legislação tributária, o que impediria um modelo mais eficiente no Brasil. Ele afirmou ainda que a adversária não conseguiria ter profundidade para discutir o assunto.

Em seguida, afirmou ser "quem mais entende" da relação entre Congresso e mudanças na legislação. "Nessa reforma tem que pegar um objetivo de cada vez para que os adversários não se somem", afirmou.

O candidato do PSDB cancelou dois eventos a que compareceria nesta quarta-feira no Estado: uma visita à cidade de São José dos Campos e outra a Osasco. No início da noite ele fará uma caminhada em Barueri, na região metropolitana da capital paulista, e termina o dia com um ato de campanha na Mooca, bairro onde nasceu na zona leste de São Paulo.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/29/serra-sinaliza-mudancas-na-idade-para-aposentadoria-se-eleito.jhtm

Diante de religiosos, Dilma nega ter dito que nem Jesus a derrotaria

Rodrigo Bertolotto
Do UOL Eleições

Após reunião de duas horas e meia com representantes evangélicos e católicos, a presidenciável petista Dilma Rousseff fez um pronunciamento, nesta quarta-feira (29), para desmentir o que o PT qualifica como "boatos" de final de campanha.

"Repudio integralmente afirmações que colocaram na minha boca de que eu usei o nome de Cristo para falar que nem ele me derrotava nessa eleição. É uma calúnia, é uma vilania", disse a petista, ao se referir ao que classificou de "campanha difamatória". "Esse boatos saíram do submundo político e são típicos de final de campanha", afirmou.

Nos últimos dias, circularam rumores, principalmente nos meios evangélicos, de que Dilma era favorável ao aborto e ao casamento de pessoas do mesmo sexo, o que já foi apontado como um dos favores da oscilação nas pesquisas de intenções de votos.

A presidenciável aproveitou a presença das autoridades religiosas para declarar que, em um hipotético governo, não pretende promover um plebiscito sobre o aborto. “É uma questão que só divide o país. E, no final, todo mundo acaba perdendo.” Ela se comprometeu que seu possível governo não seria autor de leis sobre o assunto. “O que eles me pediram é que deixasse o tema para o governo”, disse a candidata.

Na reunião, que aconteceu na manhã desta quarta em seu escritório político em Brasília, a petista reafirmou valores como a liberdade absoluta de crença, cooperação na área de educação e na reabilitação de dependentes químicos em parceria com entidades religiosas, que em um eventual governo seu também desempenhariam essas funções.

Dilma voltou a se declarar contra o aborto, o que fez reiteradamente durante sua campanha. "Sou pela valorização da vida, e pessoalmente acredito que o aborto é uma violência contra a mulher".

Nessa reta final de campanha, a petista tenta não perder votos da base evangélica que apoiou os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os boatos entre os grupos evangélicos e católicos teriam influenciado, junto com o “caso Erenice” e o clima de “já ganhou”, para o retrocesso da popularidade de Dilma nos últimos dias.

"Na reunião, me comprometi, que em caso de haver um governo meu, ele ouvirá sistematicamente os grupos religiosos. Essa parceria é estratégica para nós", disse a candidata, que se declara católica.

Ela não quis falar muito sobre as últimas pesquisas de intenção de voto. "A grande pesquisa é daqui a três dias", afirmou, ao se referir à votação do dia 3 de outubro com um erro de cálculo.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/29/diante-de-religiosos-dilma-desmente-boatos-sobre-posicao-pro-aborto.jhtm

Com 2º turno, campanha de Serra precisa de um freio de arrumação, diz Aécio

UOL

Fernando Rodrigues


"Vou colocar um blaser", diz um sorridente Aécio Neves, 50 anos, antes de começar a falar ao UOL e à Folha ontem de manhã em seu apartamento em Belo Horizonte. De calça jeans e camisa sem gravata, ele transmite tranquilidade. Está com 67% de intenção de votos para se eleger ao Senado. Seu candidato ao governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), lidera as pesquisas.

Animado com o resultado do Datafolha indicando a possibilidade de haver segundo turno na disputa presidencial, o tucano sentencia sobre o que fazer depois de 3 de outubro na campanha de seu correligionário José Serra: "Nós teremos de dar um freio de arrumação".

Como assim? Para Aécio, é preciso usar mais líderes regionais na campanha presidencial do PSDB. Por exemplo, os eventuais governadores eleitos no primeiro turno, como o paulista Geraldo Alckmin e o mineiro Anastasia. "Isso pode ser uma alavanca vigorosa para o Serra no segundo turno".

O que Aécio chama de "freio de arrumação" seria também "uma politização maior da campanha" e "um diálogo mais permanente". Ou seja, mais gente do partido sendo ouvida para tomar as decisões estratégicas. Até agora, não é o que se passa no QG serrista. "Eu não culpo o Serra por isso. A campanha tem sua dinâmica. O Serra está se desdobrando. Quem acompanha o Serra tem de reconhecer o esforço pessoal que ele está fazendo. Com a cara boa, por mais que alguns achem que isso seja difícil, mas com a cara boa onde ele vai".

Um dos principais líderes do PSDB, Aécio sinaliza como será seu comportamento moderado em 2011. "Nós não podemos mais, sejamos nós ou o PT, reeditar a oposição que o PT fez ao governo FHC e tampouco a oposição que o PSDB fez a projetos e ações que nós sempre defendíamos, mas que por sermos da oposição deixamos de defender [no governo Lula]".

A partir do ano que vem, seja governo ou oposição, o PSDB "tem que renovar-se". Para Aécio, o partido precisa renovar seu programa e dizer o que "pretende para os próximos 20 anos".

Num eventual segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra, Aécio considerar essencial atrair o apoio de Marina Silva (PV). "Mas não é apenas o apoio formal da candidata. É o PSDB se aproximar e incorporar algumas propostas do PV", defende.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/29/aecio-neves-defende-mudancas-na-campanha-de-serra-em-eventual-segundo-turno.jhtm

28 de set. de 2010

Marina pede 'ampla mobilização' para chegar ao 2º turno

CARLOS MENDES - Agência Estado

A candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, afirmou hoje, em Belém (PA), que está "inteiramente confiante" de que vai para o segundo turno da eleição. "Eu acredito na confiança dos cidadãos e das cidadãs e na capacidade de cada um de querer um Brasil melhor", disse. Para ela, os últimos números da pesquisa Datafolha, que revelam ter sido a candidata que mais cresceu na reta final da campanha, representam um sentimento da população que precisa ser ampliado com uma "ampla mobilização" dos simpatizantes, seja nas ruas ou pela internet, para conquistar novos eleitores.

"Tentaram me ignorar, mas agora não dá mais", repetiu a candidata, durante conversa com os jornalistas. Marina credita seu crescimento ao fato de sempre ter procurado "debater propostas" de governo, evitando ataques aos adversários e o que classificou de "vale tudo eleitoral".

Indagada se as denúncias de quebra de sigilo fiscal na Receita Federal e cobrança de propina na Casa Civil teriam contribuído para que ela subisse nas pesquisas, Marina disse: "Eu preferia que esses escândalos não tivessem acontecido, porque não ajudam o País."

O desenvolvimento sustentável da Amazônia, segundo a candidata, estará entre as suas prioridades de governo, caso seja eleita. Ela defende a combinação de ações de infraestrutura, uso sustentável das florestas, agricultura com sustentabilidade para grandes e pequenos proprietários, respeito às populações tradicionais e valorização dos seus produtos.

Feira

Ao sair do aeroporto internacional de Belém em carreata até o centro da cidade, Marina conversou com moradores e recebeu declarações explícitas de voto. Na feira do Ver-o-Peso, tradicional ponto turístico da capital paraense, a conversa com vendedores de frutas e ervas foi descontraída.

Ela contou ter morado em Belém na década de 60, quando sua família saiu do Acre, e sempre acompanhava a mãe ao Ver-o-Peso para comprar gó, uma espécie de peixe de água doce muito consumido na região. Segundo Marina, o peixe era assado e comido com farinha pela família.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-pede-ampla-mobilizacao-para-chegar-ao-2-turno,616636,0.htm

Em comício em São Paulo, Dilma promete erradicar a miséria no país

Agência Brasil

São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, prometeu erradicar a miséria no país, durante comício realizado na noite de hoje (27) no Sambódromo do Anhembi, zona norte da capital paulista. "Queremos que o Brasil inteiro seja composto por uma classe média forte", disse Dilma, ao discursar para cerca de 35 mil militantes que agitavam bandeiras sob a chuva. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do ato da campanha de Dilma.

Em entrevista coletiva após o ato, Dilma voltou a falar sobre o tema, ressaltando que o desenvolvimento precisa levar qualidade de vida para toda a população. Para ampliar a renda das classes mais baixas, a candidata disse apostar em uma combinação “virtuosa” de programas de distribuição de renda e a formalização do mercado de trabalho.

Segundo Dilma, é importante que não haja apenas crescimento, mas distribuição da riqueza entre toda a sociedade. “Uma nação desenvolvida não é o PIB [ Produto Interno Bruto]”. Ela destacou ainda a importância da agricultura familiar nesse processo.

A candidata também comentou a exigência de que o eleitor apresente dois documentos no momento da votação. Para ela, a medida pode prejudicar algumas parcelas da sociedade, como os indígenas. “Achamos que quando você cria certas regras, você pode prejudicar segmentos da população.” O PT entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a exigência.

A “força” da militância petista, que ficou no comício mesmo sob chuva, também foi lembrada por Dilma. Estiveram presentes no evento, diversos candidatos a deputado da coligação que apoia a petista, o candidato ao governo estadual pelo PT, Aloizio Mercadante.

Lula aproveitou o comício para falar sobre a capitalização da Petrobras, na última sexta-feira (24). De acordo com ele, foi a maior operação do tipo na “história do planeta”, o que transformou a empresa na segunda maior petrolífera do mundo. "Daqui a pouco, seremos a primeira."

O presidente criticou a falta de vagas nas universidades públicas do estado de São Paulo. Segundo Lula, elas só atendem 8% dos universitários paulistas.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/28/noticia_eleicoes2010,i=215184/EM+COMICIO+EM+SAO+PAULO+DILMA+PROMETE+ERRADICAR+A+MISERIA+NO+PAIS.shtml

Líder evangélico ataca Marina e anuncia apoio a Serra

Folha

BERNARDO MELLO FRANCO
CATIA SEABRA


A seis dias da eleição, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, acusou ontem a presidenciável Marina Silva (PV) de "dissimular" suas ideias sobre a liberação do aborto e da maconha e anunciou apoio a José Serra (PSDB).

Ele era o principal líder evangélico a declarar voto na candidata, que é fiel da Assembleia de Deus. A mudança foi comemorada pelos tucanos, que contam com discursos a favor de Serra nos programas de TV do pastor.

Malafaia havia anunciado apoio a Marina na sexta-feira, pelo Twitter. Em carta enviada ontem a fiéis, ele a chamou de "pessoa que se diz cristã" e a condenou por defender um plebiscito sobre os dois temas polêmicos.

"Pior do que o ímpio é um cristão que dissimula", escreveu. "Ao propor plebiscito, Marina está jogando para a torcida, para ficar bem com os que são contra e com os que são a favor. Sai de cima do muro, minha irmã!".

O pastor disse ainda: "Como faltaram convicção e firmeza em suas declarações, uma vez que o cristão tem de mostrar a cara posicionando-se de forma categórica contra o pecado, Marina perdeu meu voto. Já que não tenho tantas opções, votarei em Serra para presidente."

A carta foi concluída com um ataque ao PT: "Infelizmente, Marina não nega suas raízes petistas."

A deserção surpreendeu Marina e sua equipe, que foi informada da carta pela Folha. Os verdes ainda festejavam a adesão do pastor.

Em nota, a campanha se disse surpresa: "Por se tratar de um líder religioso bem informado, causou estranhamento a revisão de seu apoio três dias depois, com objeções a posicionamentos defendidos exaustivamente por Marina desde o lançamento da candidatura."

A senadora prega a realização dos plebiscitos sobre aborto e maconha desde o início do ano. O pastor Sóstenes Cavalcante, ligado a Malafaia, alegou que ele não sabia e decidiu mudar o voto ao ouvi-la no debate da TV Record, domingo.

Um dirigente da campanha tucana afirmou que Serra não esperava a adesão de última hora e reforçará a defesa de posições conservadoras para ganhar mais força com os evangélicos.

A aproximação entre Malafaia e Marina preocupava aliados de Dilma Rousseff (PT), especialmente no Rio.

O pastor, que não quis dar entrevista, comanda seis horas diárias na TV aberta. Compra horários na Bandeirantes, na RedeTV! e na CNT. Seu irmão Samuel é candidato a deputado estadual no Rio pelo PR, do ex-governador Anthony Garotinho.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/805644-lider-evangelico-ataca-marina-e-anuncia-apoio-a-serra.shtml

Dilma terá Lula, e Serra será 'otimista' na reta final

Folha

ANA FLOR
CATIA SEABRA
BERNARDO MELLO FRANCO


A propaganda de José Serra (PSDB) deverá insistir na linha light nesta reta final, mas o comando da campanha já desenha uma "nova cara" para um eventual segundo turno. Já o programa final de Dilma Rousseff (PT) terá de novo o presidente Lula para tentar garantir a vitória já no dia 3.

Nos últimos dias de campanha, o presidente terá uma agenda intensa. Ele fará mais quatro eventos sem a candidata --dois comícios e "caminhadas silenciosas".

Lula programou um comício amanhã em Aracaju e um na noite de quinta-feira em São Paulo --quando Dilma estará no debate da Rede Globo, considerado decisivo.

Na sexta-feira e no sábado, quando a Lei Eleitoral proíbe eventos públicos, Lula fará uma ou duas caminhadas na região do ABC. Dilma deve participar de uma delas.

No sábado, ela irá ao Rio Grande do Sul. Ela votará em Porto Alegre no domingo. Depois vai a Brasília, onde acompanha a apuração com Lula, no Palácio da Alvorada.

Hoje, tanto Dilma quanto Lula devem gravar para o programa final da TV. Eles já gravaram, nos últimos dias, em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Fortaleza, Salvador e Ouro Preto (MG).


SERRA

Para o programa final, nesta quinta-feira, Serra deverá fazer um discurso otimista, de aposta no segundo turno. Como já tem feito em eventos, deverá pedir mobilização de eleitores.

Serra manifesta, desde já, apreensão quanto ao eventual segundo turno. Na madrugada de ontem, ele discutiu mudanças no formato da campanha. O medo é não resistir ao cerco petista a partir do dia 4 de outubro.

Segundo participante da conversa, ocorrida no aeroporto do Galeão, a campanha precisará ser "menos solitária". O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, está ligando para aliados pedindo empenho nesta semana.

No último programa, a campanha apostará na biografia do candidato, com um apanhado de suas propostas.

A história de Serra deverá consumir cerca de quatro minutos do programa, que contará com o depoimento do candidato e um novo clipe.

Tanto no programa como no debate, Serra deve evitar confronto direto com Dilma.

MARINA

No último programa, as prioridades do PV são explorar ao máximo a figura de Marina Silva, que falará direto para a câmera, e clamar pelo segundo turno.

As pesquisas qualitativas mostram que o ponto forte dela é a imagem de honestidade e franqueza, que gera empatia. Por isso, o discurso vai martelar a ideia do "Brasil que queremos" e não terá promessa de obras ou metas específicas de governo.

Marina gravou ontem algumas opções de fala final. Foi preparada uma peça com apoiadores ilustres, mas, por causa do tempo curto, a tendência é que não vá ao ar.

A modelo Gisele Bündchen não gravou, e o apoio do senador Pedro Simon (PMDB-RS) não será usado por orientação da assessoria jurídica do PV, já que o partido dele está aliado a Dilma.

O tom mais incisivo contra Serra e Dilma foi aprovado no debate da Record e deve se repetir no da Globo.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/805649-dilma-tera-lula-e-serra-sera-otimista-na-reta-final.shtml

Antes de pesquisa, Dilma inaugura repertório crítico a Marina

Folha

Na véspera da divulgação de um Datafolha que aponta nova redução da vantagem de Dilma Rousseff sobre a soma dos adversários, a petista inaugurou domingo, no debate da TV Record, um repertório crítico a Marina Silva (PV), que subiu de 11% para 14% e virou peça-chave para forçar um eventual segundo turno, mesmo que nele venha a estar José Serra (PSDB).

Segundo o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL), a lembrança de denúncias que atingiram o Ministério do Meio Ambiente e a cobrança de soluções para os problemas apontados por Marina foram discutidas previamente no QG dilmista, mas não há consenso sobre o que fazer agora.

A necessidade de desconstruir o discurso "marineiro" foge ao roteiro inicial do PT.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/805655-painel-antes-de-pesquisa-dilma-inaugura-repertorio-critico-a-marina.shtml

Crescimento lento e contínuo de Marina é combustível para indefinição da eleição

Folha

ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

Em 12 dias, a candidata do PT, Dilma Rousseff, perdeu cinco pontos nas intenções de voto e a possibilidade de vitória no primeiro turno na eleição presidencial está agora dentro da margem de erro.

Nesse período, ela caiu de 57% para 51% dos votos válidos. Para a eleição antecipada, são necessários 50% mais um dos votos válidos.

E não foram só a queda de Erenice Guerra na Casa Civil e a revelação de quebra de sigilo fiscal do tucanato que influenciaram o cenário.

O Datafolha mostrou que esses casos atingiram especialmente segmentos da classe média que começavam a enxergar luz própria em Dilma, a despeito das críticas relacionadas ao apadrinhamento de Lula. A petista não conseguiu manter nesses estratos a aura conquistada.

Mudanças que acontecem somente em subconjuntos típicos de classe média são insuficientes para provocar alterações expressivas como as verificadas agora.

O crescimento lento e contínuo da candidata do PV, Marina Silva, em diferentes setores do eleitorado encontrou na queda recente e geograficamente homogênea de Dilma o combustível para a indefinição do processo.

Em pouco mais de 30 dias, Marina cresceu seis pontos entre as mulheres. Na última semana, Dilma perdeu cinco pontos nessa faixa. A mesma tendência se observa entre os que têm nível médio de escolaridade e renda entre 2 e 5 salários mínimos.

Nos segmentos mais fiéis ao presidente Lula, Marina também evoluiu, mas não de maneira tão expressiva.
Entre os que possuem renda familiar de até dois salários mínimos e entre os menos escolarizados, por exemplo, ganhou três pontos.

Se quiser lugar no segundo turno, a candidata deve adequar o discurso para abalar a blindagem lulista à candidatura Dilma nesses estratos mais populares.

É uma tarefa difícil, mas a candidata já demonstrou bom desempenho em debates, e quinta-feira haverá o confronto da TV Globo.

Caso contrário, o maior beneficiado pelo seu crescimento continuará sendo José Serra, que estacionou no patamar dos 28%. O tucano tem de torcer, ainda, para que os eleitores de Marina aprendam o número que devem digitar na urna para votar na candidata do PV, já que 67% deles ainda não sabem.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/805585-crescimento-lento-e-continuo-de-marina-e-combustivel-para-indefinicao-da-eleicao.shtml

Celso Russomanno declara apoio a Dilma; assista

Folha

O candidato do PP ao governo paulista, Celso Russomanno, declarou nesta segunda-feira (27) apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República.

Russomanno disse que acompanhou de perto do trabalho do presidente Lula e que o melhor para o Brasil hoje seria a eleição de Dilma.

"Eu recebo o apoio com muita satisfação. O arco de forças que sustenta minha candidatura está completo", declarou a petista.

assista

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/805723-celso-russomanno-declara-apoio-a-dilma-assista.shtml

Vantagem de Dilma sobre a soma dos adversários cai a 2 pontos, diz Datafolha

Folha

A seis dias da eleição, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, já não tem mais garantida a vitória em primeiro turno, revela nova pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país.

Segundo o levantamento, Dilma agora perde votos ou oscila negativamente em todos os estratos da população.

Nos últimos cinco dias, Dilma perdeu três pontos percentuais entre os votos válidos que decidirão o pleito. Ela recuou de 54% para 51% --e precisa de 50% mais um voto para ser eleita.

Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Dilma pode ter 49% dos votos válidos. Ou 53%, o que a levaria ao Planalto sem passar por um segundo turno eleitoral.

Editora de Arte/Folhapress


Ainda considerando os votos válidos, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, apenas oscilou positivamente, de 31% para 32%.

Marina Silva, do PV, também oscilou positivamente dentro da margem de erro. Passou para 16%, ante os 14% que tinha na última pesquisa, realizada entre os dias 21 e 22 de setembro.

Houve queda ou oscilação negativa para a candidata escolhida pelo presidente Lula para sucedê-lo em todos os estratos da população, nos cortes por sexo, região, renda, escolaridade e idade.

Uma das maiores baixas (queda de 5% nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.020,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda.

Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro. Foi quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-principal assessora, Erenice Guerra.

De lá para cá, o total das inteções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%.

Considerando somente os votos válidos, a diferença entre Dilma e os demais candidatos despencou de 14 pontos há duas semanas para dois pontos agora.

A pesquisa mostra também que houve forte "desembarque" da candidatura Dilma entre as mulheres (queda de 47% para 42%) e entre os eleitores mais escolarizados, com curso superior.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, a vantagem da petista também caiu. No levantamento anterior, Dilma tinha 55% das intenções de voto. Agora, tem 52%. Serra, que antes tinha 38%, agora tem 39%.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/805607-vantagem-de-dilma-sobre-a-soma-dos-adversarios-cai-a-2-pontos-diz-datafolha.shtml

27 de set. de 2010

Marina: crescimento em pesquisas incomoda adversários

GUSTAVO URIBE - Agência Estado

Num tumultuado corpo a corpo na região central de Guarulhos (SP), a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse que seus adversários do PT e do PSDB têm se incomodado com seu crescimento nas recentes pesquisas de intenção de voto e acusou ambos de tentar conter esse movimento. "Eles tentam conter a onda verde, mas não há quem consiga segurar essa onda", disse, referindo-se às críticas feitas a ela durante o debate de ontem da TV Record.

De acordo com a candidata, os seus oponentes, José Serra (PSDB)e Dilma Rousseff (PT), tentavam antes ignorá-la, mas agora "não dá". "Toda vez que polarizam comigo estão assinando embaixo: Marina está a beira de ir para o segundo turno", afirmou. Para ela, as críticas foram motivadas pela força de sua candidatura nas ruas. "Eles tentaram me ignorar, mas hoje as forças das ruas fazem com que tenham de me reconhecer e vir para a cena do debate comigo", provocou.

A candidata negou que tenha elevado o tom contra seus adversários no debate de ontem. "Eu continuo fazendo a crítica, mas uma crítica construtiva", disse. Ao responder a uma pergunta sobre as atuais investigações na Casa Civil, Marina provocou Dilma, que afirmou durante o debate que também houve investigações da Polícia Federal (PF) no Ministério do Meio Ambiente quando Marina chefiava a pasta. "Não faço acusações levianas", afirmou, explicando que tomou as providências em relação a todas as denúncias feitas e as encaminhou para a PF.

''Twitaço''

Com quase duas horas de atraso, Marina chegou ao centro de Guarulhos no final da manhã de hoje festejada pela militância do PV. No carro de som, um jingle em ritmo de samba embalou sua chegada. Ao lado do candidato do PV ao Senado, Ricardo Young, ela disse que o debate é uma oportunidades para discutir as melhores propostas para o País.

"Não é um diálogo de surdo-mudo, onde já esteja no script o que vai dizer, o que vai sentir e o que vai transparecer", disse. A candidata afirmou que nos próximos debates vai continuar reagindo às críticas de seus oponentes. "Vou reagir conforme as coisas são colocadas. Não é algo ensaiado", disse.

A candidata caminha neste início de tarde para uma lan house, onde fará mais uma edição do seu tradicional "twitaço", quando sua equipe de campanha tenta colocar Marina entre os assuntos mais comentados de rede de microblogs Twitter.

A cidade de Guarulhos foi escolhida a dedo pela equipe da candidata, já que o objetivo do PV é angariar votos nas regiões periféricas das principais metrópoles do País, de olho no eleitorado das classe C e D. Na quarta-feira, a campanha pretende fazer um caminhada semelhante em Diadema, também na Grande São Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,marina-crescimento-em-pesquisas-incomoda-adversarios,615980,0.htm

Candidatos ainda não divulgaram programa de governo

AE - Agência Estado

A seis dias das eleições, os brasileiros que têm a intenção de definir ou consolidar o voto a partir dos programas de governo defendidos pelos candidatos se sentirão frustrados. Os candidatos à Presidência que lideram as pesquisas de intenção de voto não divulgaram, ao longo do processo eleitoral, um programa de governo detalhado e direto.

Dilma Rousseff (PT) protocolou no dia 3 de julho no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um documento intitulado Diretrizes do Programa 2011/2014, "em caráter provisório". "O (programa) definitivo deverá contemplar as sugestões de todos os partidos que integram a coligação que apoia a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência", diz a proposta apresentada.

Após divergências internas, a coordenação de campanha da petista alegou que o programa definitivo seria elaborado a partir de um consenso entre todos os partidos que integram a coligação "Para o Brasil Seguir Mudando". PT e PMDB, os principais partidos da coligação, elaboraram em seguida pelo menos quatro versões de um novo programa de governo que, até o momento, não foi mostrado à sociedade. Procurado pelo Estado de S. Paulo, o coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, não respondeu até a publicação desta reportagem.

Discursos

José Serra (PSDB) respondeu à exigência da Justiça Eleitoral de protocolar um programa apresentando dois discursos feitos por ele, com 14 páginas. O tucano criou um mecanismo interativo na internet para colher propostas para seu programa de governo, mas, até o momento, o material ainda não foi tornado público.

"Acredito que o Estado deve subordinar-se à sociedade, e não ao governante da hora, ou a um partido. O tempo dos chefes de governo que acreditavam personificar o Estado ficou para trás há mais de 300 anos. Luis XIV achava que o Estado era ele. Nas democracias e no Brasil, não há lugar para luíses assim", disse Serra na convenção do PSDB que o oficializou candidato, no dia 12 de junho. Esse é um dos discursos que foi protocolado no TSE como programa de governo.

Aliados de Serra garantem que o programa, com 270 páginas, será divulgado nesta última semana antes da eleição. Mais de 300 propostas da sociedade teriam sido acolhidas e analisadas pela equipe do tucano. O candidato, porém, impediu a divulgação oficial antes que ele próprio fizesse uma revisão de todo o material.


Proposta

Entre os candidatos, apenas Marina Silva (PV) apresentou uma proposta que mais se assemelha a um programa de governo. Ainda assim, a candidata esclarece que se trata de "diretrizes do programa de governo". No início da campanha, dirigentes do PV afirmavam que Marina apresentaria o mais inovador e ousado programa de governo entre todos os candidatos.

Marina apresentou ao TSE uma segunda versão das diretrizes do programa de governo, em julho. A segunda versão mantém os compromissos da primeira e acrescenta sugestões colhidas entre colaboradores e a partir de debates na internet. Foram incluídas propostas sobre turismo e consumo responsável.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,candidatos-ainda-nao-divulgaram-programa-de-governo,615898,0.htm

PT minimiza efeito de debate na TV, Serra pede "um voto a mais"

Por Maria Pia Palermo

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O PT, partido da líder nas pesquisas Dilma Rousseff, viu o debate realizado na noite de domingo como pouco capaz de provocar uma mudança no cenário eleitoral. Já o tucano José Serra, confiante no segundo turno, pediu um voto a mais aos seus eleitores e Marina Silva (PV) reiterou a esperança de um embate feminino depois de 3 de outubro.

Coordenador da campanha de Dilma, Marco Aurélio Garcia, mostrou-se cético em relação a possíveis efeitos do debate. "Não acredito que produza grandes modificações. Modificação se produz se um não vem ou se alguém faz um desastre total. A minha impressão é que no debate de hoje a Marina está tirando voto do Serra", avaliou ele durante um intervalo.

Vestida de branco em vez do vermelho que caracteriza seu partido, Dilma começou o encontro séria, e seu primeiro sorriso veio após pergunta do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, que questionou a petista sobre as denúncias envolvendo sua ex-assessora e sucessora na Casa Civil Erenice Guerra.

O toma-lá-dá-cá mais esperado, entre Serra e Dilma, no entanto, não dominou o plateau do estúdio da TV. Depois do beijo dado pelo tucano na petista, quando a cumprimentou ao pisar no local, houve pouco contato direto.

Assim como Dilma fez nos debates anteriores, Serra evitou confrontá-la com perguntas. Os ataques de ambos vieram nas respostas quando foram questionados pelos outros presidenciáveis ou pelas três jornalistas que participaram do evento.

Ambos apontaram as regras do debate como responsáveis pelas poucas ocasiões de embate direto. "Não tive oportunidade, a única vez que eu tive eu fiz. Depois, na lista de colocação eu estava embaixo e já tinha feito antes, mas eu perguntei para todo mundo", disse Serra a jornalistas após o encontro.

O tucano, entretanto, fez a primeira pergunta do programa e escolheu Plínio para respondê-la, mesmo podendo direcionar a questão à petista.

Já Dilma, questionada por que não dirigiu perguntas ao tucano, disse: "Eu dirigi a quem eu achei que era mais importante".

A opção do tucano de não aproveitar todas as chances que teve para perguntar à Dilma foi alvo de ironia por parte do presidente do PT, José Eduardo Dutra.

"Nunca antes na história de debates políticos nesse país, o segundo colocado evitou fazer perguntas pra quem estava em primeiro", cutucou em sua conta no serviços de microblogs Twitter.

No fim do encontro, Serra se dirigiu diretamente aos eleitores, pediu voto dos indecisos e fez um apelo para os que já se decidiram por ele que conseguissem um voto a mais para sua candidatura

"Pedi o voto sem nenhuma inibição às pessoas. E pedi também a quem já me apoia que ganhe um outro voto, de alguém que não ia votar, porque temos que multiplicar os votos", disse. "Domingo que vem vamos decidir quem vai para o segundo turno", garantiu, apesar de as pesquisas de opinião prognosticarem uma vitória de Dilma já no primeiro turno.

MULHER NA PRESIDÊNCIA

Marina, terceira colocada nas pesquisa de intenção de voto, buscou se apresentar como uma terceira via, alternativa a Dilma e Serra. Afirmando que os eleitores querem eleger pela primeira vez uma mulher presidente, a candidata verde pediu então que os eleitores promovam um segundo turno feminino.

"As pesquisas indicam uma tendência de que os brasileiros querem uma mulher na Presidência da República depois de 500 anos. E estão procurando fazer justiça às duas que estão disputando, à Rousseff e à Silva", afirmou após o debate.

Mas na arena dos ataques, Plínio foi, mais uma vez, o vencedor. Além das acusações a Dilma, ele foi duro com Marina. A chamou de "demagoga" e declarou que ela "foge quando não sabe responder".

O candidato do PSOL provocou risos na plateia, como em outros debates, e colocou todos os candidatos no mesmo saco ao dizer que "aqui todo mundo está mais ou menos envolvido em corrupção". Desligadas as câmeras e encerrado o show, Plínio avaliou que, sem ele, "a Rede Record iria ter um problema sério de queda de audiência".

(Edição de Eduardo Simões)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE68Q06920100927

Marina defende petistas das denúncias contra a ex-ministra Erenice Guerra

Correio Braziliense - Edson Luiz


A candidata do Partido Verde ao Palácio do Planalto, Marina Silva, saiu ontem em defesa do PT, legenda à qual pertenceu. Segundo ela, a sigla não pode ser alvo das críticas por causa das denúncias contra Erenice Guerra, ex-ministra-chefe da Casa Civil. A candidata fez uma caminhada pela Zona Sul do Rio, onde afirmou ainda, que gostaria de trabalhar com petistas que não tiveram envolvimento em escândalos. Seu adversário, o tucano José Serra, abriu mão do corpo a corpo e chegou à capital fluminense no fim do dia. Serra se recusou a comentar a entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que afirmou que Dilma Rousseff seria eleita.

“Tem uma parte do PT que nunca participou de mensalão, e que fica constrangida com estes acontecimentos”, disse Marina, ressaltando que a parte à qual se referia era o lado bom do partido. “A minha fala foi sempre no sentido de salvaguardar aqueles segmentos que não são minoritários, que não se envolveram com o mensalão e que não estão satisfeitos com as alianças incoerentes, e que estão sendo preteridos em relação a elas”, explicou a candidata do PV, observando que outras alas petistas que provocam escândalos são as que não aprendem com os erros. “É uma parte que fica repetindo os erros, assim como o PSDB, que também repete erros inclusive também com suas alianças incoerentes”, emendou.

Imprensa
José Serra chegou ao Rio no fim do dia e cancelou uma visita a uma livraria, em Ipanema. Na entrevista que concedeu no Aeroporto Internacional Tom Jobim, ele defendeu a liberdade de imprensa, mas não quis comentar as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Financial Times sobre uma provável eleição de Dilma. “Não foi assim, não foi isso que ele disse”, afirmou o tucano. Serra também falou sobre a liberdade de imprensa no Brasil. “Não há país democrático sem imprensa livre e a imprensa no Brasil tem sido assediada”, afirmou o tucano. “A liberdade de imprensa tem sido atacada e todos nós, não apenas os jornais, todos aqueles que são democratas têm que defender a liberdade de imprensa”, acrescentou.

O tucano voltou a prometer um reajuste de 10% para os aposentados, afirmando que o percentual representa o dobro daquilo que o governo atual vem pagando. Serra lembrou que hoje é o dia do idoso e voltou a falar sobre seu trabalho para a terceira idade, quando foi ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso.

DEM CONTRA AÇÃO APRESENTADA PELO PT
O Democratas anunciou no começo da noite de ontem que contestará hoje a Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo PT na última sexta-feira. Os petistas questionam os dispositivos que exigem do eleitor um documento com foto, além do título eleitoral. De acordo com texto divulgado pelo site do DEM (www.dem.org.br), o presidente nacional do partido, Rodrigo Maia, avalia “que a exigência da lei é adequada e necessária porque não há, até o presente momento, outra forma capaz de eliminar a possibilidade de fraude no momento da votação”. De acordo com o comunicado, Maia estranha a iniciativa do PT em apresentar uma ação com “esse teor a uma semana da eleição, que poderá confundir o eleitor, além de prestar um desserviço ao país”.

Momentos de tensão

O debate entre os quatro principais candidatos à Presidência da República, realizado ontem pela TV Record, teve seus principais momentos de tensão entre os postulantes, logo no primeiro bloco. Plínio de Arruda Sampaio (PSol) e Marina Silva (PV) se enfrentaram por causa de temas polêmicos, enquanto que Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se estranharam quando o assunto foi a politização das agências reguladoras. A candidata também foi mais uma vez questionada sobre o envolvimento de Erenice Guerra — sua sucessora na Casa Civil — em irregularidades.

Ao contrário do que se esperava, os primeiros embates não foram entre Serra e Dilma, mas entre Plínio e Marina. Eles discutiram por causa do aborto. O candidato do PSol disse que sua concorrente desvia de temas desta natureza, mas a adversária rebateu que defendia o debate sobre os assuntos. “Você está fazendo demagogia para ir ao segundo turno”, disse Plínio à oponente. “Sempre tive a mesma postura, que é manter a coerência”, rebateu Marina.

O embate entre Serra e Dilma ocorreu no fim do primeiro bloco, quando Serra acusou o governo de aparelhar politicamente as agências reguladoras. A candidata petista rebateu afirmando que a atual administração fez concursos públicos, já que encontrou os órgãos sem recursos humanos. Dilma também falou sobre Erenice, repetindo que a Polícia Federal vem realizando uma investigação rigorosa sobre o caso. Enquanto que Serra respondeu sobre a ausência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em sua campanha. (EL).

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/27/noticia_eleicoes2010,i=214971/MARINA+DEFENDE+PETISTAS+DAS+DENUNCIAS+CONTRA+A+EX+MINISTRA+ERENICE+GUERRA.shtml