Correio Braziliense
Os quatro principais candidatos à Presidência participaram na noite deste domingo (26/9) de debate promovido pela TV Record. O debate foi dividido em quatro blocos e durou cerca de duas horas. No primeiro bloco, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) se apresentaram e fizeram perguntas entre si. As respostas eram comentadas por outro candidato, com réplica e tréplica. No segundo bloco, jornalistas fizeram questões aos candidatos, com comentários de outro candidato e direito a réplica e tréplica.
No terceiro bloco do encontro, houve duas rodadas de perguntas entre os candidatos, também com réplica e tréplica. No último bloco, cada candidato teve dois minutos para considerações finais.
O debate abordou temas como política externa, emprego, corrupção, exclusão social, programas ProUni (Programa Universidade para Todos) e Reuni (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), gestão pública, agências reguladoras, papel de Fernando Henrique Cardoso na campanha de José Serra, moradia popular, mensalão do PT e do DEM-DF, capacidade administrativa, "tática do medo" na campanha, impactos ambientais de obras do Plano de Aceleração do Crescimento, cobertura das eleições pela imprensa, educação em São Paulo, políticas antidrogas, salário mínimo, analfabetismo, ensino técnico, capitalização da Petrobras e impostos.
Algoz de favoritos
A candidata do PV, Marina Silva, assumiu o papel de algoz no evento promovido pela Rede Record, optando por fazer críticas ao tucano, na briga pelo segundo turno. Marina também não poupou a petista, questionando-a sobre escândalos na Casa Civil.
Marina atacou Serra em pelo menos dois momentos. No primeiro, afirmou que o DEM, partido coligado ao PSDB, foi contra o Bolsa-Família e que o tucano, em São Paulo, promoveu cortes de programas sociais. Em seguida, a candidata do PV confrontou o tucano sobre a política de terceirização de funcionários públicos e criticou a gestão dele como ministro do Planejamento no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
As recentes denúncias que envolvem a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que foi braço direito de Dilma no governo, e o caso de violação de sigilo fiscal na Receita Federal foram abordados no debate, tendo a petista como alvo central de questionamentos. “Ninguém está acima de qualquer suspeita. O que é importante é que não se deixe nada sem apurar”, afirmou Dilma.
A candidata do PT afirmou que se as investigações não tiverem sido concluídas até as eleições, ela dará prosseguimento a elas, se eleita. “Asseguro que eu vou investigá-los até o fim.” Afirmou ainda que partidos e instituições não estão livres de pessoas com problemas de conduta. “Tenho certeza de que no meu período na Casa Civil não houve nenhum escândalo de corrupção de que eu tenha tomado conhecimento”, reagiu, encurralada por Marina.
Estratégia
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, mudou a estratégia durante o debate da TV Record e evitou, sempre que pôde, atacar diretamente sua rival, a petista Dilma Rousseff. O tucano preferiu formular perguntas sobre o governo Lula e sobre planos futuros a Marina Silva, candidata do PV, e a Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL. As questões, sobre educação, saúde, política externa, deram a Serra a deixa para fazer críticas a Dilma sem se dirigir a ela.
Por sua vez, Dilma Rousseff, a exemplo dos outros debates de que participou, também evitou questionar Serra diretamente. Formulou suas questões a Marina e Plínio, sempre que possível. Houve poucos momentos de confronto direto entre a petista e o tucano.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/27/noticia_eleicoes2010,i=214958/DILMA+E+SERRA+EVITAM+CONFRONTO+NA+TV+RECORD+MARINA+ATACA+ADVERSARIOS.shtml
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