20 de nov. de 2009

TSE realizará audiências públicas sobre instruções das eleições de 2010

Agência TSE

Relator das instruções relativas às eleições de 2010, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Arnaldo Versiani anunciou nesta sexta-feira que irá realizar audiências públicas nos dias 2 e 4 de dezembro próximo para receber sugestões dos partidos políticos e da sociedade em geral.

O anúncio foi feito durante reunião de ministros do TSE com presidentes e corregedores dos Tribunais Regionais Eleitorais, em Brasília. O ministro Versiani pediu aos TREs que apresentem sugestões.

Durante o encontro, o relator e o ministro substituto Joelson Dias fizeram apresentação das novidades instituídas pela lei nº 12.034, em relação a campanha eleitoral antecipada, financiamento de campanha e uso da internet para propaganda.

O TSE tem prazo até 5 de março para aprovar todas as instruções relativas às próximas eleições gerais. A expectativa de Versiani é editar parte delas ainda neste ano.

Financiamento de campanha

“A Lei nº 12.034 trouxe boas novidades e outras não tão boas assim. É preciso que a Justiça Eleitoral trabalhe agora essas questões”, disse Versiani.

Uma dos dispositivos da nova lei criticados pelo ministro foi a possibilidade de registro de candidatura de políticos que tiveram a prestação de contas rejeitada em eleições anteriores. Pela jurisprudência vigente nas eleições municipais de 2008, o candidato só obtinha o direito de concorrer se tivesse as contas aprovadas, dentre outros requisitos.

Internet e propaganda eleitoral

O ministro substituto Joelson Dias lembrou que a utilização da internet para propaganda eleitoral deve respeitar o direito do eleitor de acessá-la ou não. Ou seja, ela pode ser veiculada, por exemplo, em blogs e sites pessoais, que o internauta visita voluntariamente. Ele destacou a proibição ao anonimato e à propaganda paga.

Por isso, a lei nº 12.034 permite que o candidato envie e-mails para eleitores, mas permite que os destinatários recusem o recebimento e peçam, portanto, o descadastramento. Para isso, deve haver uma ferramenta embutida na própria mensagem. Se o candidato não excluir o eleitor da sua lista no prazo de 48 horas, estará sujeito ao pagamento de multa de R$ 100 por mensagem enviada indevidamente.

O ministro disse que, em geral, quem descumprir as regras de propaganda na internet será punido com o pagamento de multa que varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

EM/BA

http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1256457

Lula diz que Dilma tem perspectiva "enorme" de vencer

Lula disse também que se a simpatia for importante para ganhar as eleições, a ministra não sai perdendo

Agência Brasil

Em entrevista, nesta sexta-feira, 20, a rádios de Salvador o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que quer a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata à Presidência da República em 2010 e avaliou que ela tem uma “perspectiva enorme de vencer”.

“É importante todo mundo saber que quero a Dilma como candidata, estou trabalhando para isso, porque trabalho com a Dilma há oito anos e sei da competência gerencial e política dela. Ela iria apenas colocar o estilo dela no governo e fazer as coisas novas que não conseguimos fazer.”

Lula disse também que se a simpatia for importante para ganhar as eleições, a ministra não sai perdendo. “Tem adversário dela que é muito menos simpático do que ela, então, se for por simpatia, ela já está eleita”, disse após afirma que muitos alegam que Dilma não tem a simpatia e a desenvoltura necessárias para enfrentar uma campanha eleitoral.

Lula também avaliou o potencial que ele tem de transferir votos para os candidatos que apoia. Para ele, é mais difícil transferir votos para cargos como os de vereador e prefeito, por se tratar de políticos que estão mais próximos das pessoas em seus bairros e cidades. Já no caso de presidente da República, Lula avalia que seu apoio teria mais peso.

“Acho que o governo tem possibilidade de repassar muito voto, claro que tudo isso é relativo, por que vai depender muito da performance da nossa candidata, do desempenho dela durante a campanha, nos debates”, disse.

http://opovo.uol.com.br/politica/930243.html

19 de nov. de 2009

Stephanes grava propaganda política do PMDB

CÉLIA FROUFE - Agencia Estado

BRASÍLIA - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, gravou na tarde de hoje uma inserção de 30 segundos para o programa eleitoral do PMDB, que será veiculado na noite de quinta-feira da semana que vem. Durante sua fala, Stephanes ressaltou a importância da agricultura para o desenvolvimento do Brasil e a eficiência do agricultor nesse processo, que, segundo ele, é muito dinâmico.

"O agricultor produz o suficiente para o País, gerando excedente para exportação", relatou, a respeito da gravação. O ministro reforçou que ficará no cargo até o início de abril, quando deve sair para disputar novamente uma das cadeiras de deputado federal do PMDB pelo Paraná.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,stephanes-grava-propaganda-politica-do-pmdb,469131,0.htm

Lula diz que eleitor deve escolher candidato comprometido com políticas sociais

Agência Brasil

Natal - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta (19), em entrevista ao Jornal de Hoje, de Natal, que o eleitor deverá escolher nas próximas eleições um candidato que tenha compromisso com a continuidade das políticas sociais.

“Acho que o eleitor deve escolher quem tenha uma história de compromisso com as políticas que estamos implementando e que estão devolvendo aos cidadãos o orgulho de serem brasileiros”.

Lula disse também que para garantir a continuidade dos projetos do governo, tem defendido a união dos partidos da base aliada nos planos regional e nacional.

O presidente ainda citou os avanços econômicos dos últimos anos e disse que em crises passadas o Brasil reduzia investimentos, aumentava impostos e juros, mas que, desta vez, diante da crise, o país expandiu os investimentos públicos e reduziu os juros e os impostos.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/19/politica,i=155757/LULA+DIZ+QUE+ELEITOR+DEVE+ESCOLHER+CANDIDATO+COMPROMETIDO+COM+POLITICAS+SOCIAIS.shtml

Aécio volta a cobrar definição sobre candidatura tucana

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

BELO HORIZONTE - Um dia depois da manifestação dos presidentes de diretórios regionais do PSDB, o governador de Minas, Aécio Neves, reforçou hoje a cobrança por uma definição do candidato tucano à Presidência em dezembro deste ano ou no máximo em janeiro de 2010.

Aécio disse que percebe uma "certa ansiedade" entre os aliados nas viagens que tem feito pelo País. "Os entendimentos regionais, estaduais, eles dependem de alguma forma de uma palavra do eventual futuro presidente da República, pelo menos na expectativa dos nossos companheiros. E, portanto, isso tem feito falta", afirmou o governador, em Juiz de Fora (MG), onde visitou o ex-presidente Itamar Franco (PPS).

Em uma reunião em Brasília ontem, a maioria dos presidentes dos diretórios regionais do partido defendeu o mês de janeiro como data limite para a escolha do presidenciável tucano. Aécio disputa a indicação com o governador de São Paulo, José Serra, que lidera as pesquisas de intenção de voto e quer que o anúncio seja feito somente em março.

O governador mineiro não considerou como uma vitória pessoal a avaliação dos dirigentes regionais do partido, que temem que a demora no processo inviabilize negociações para alianças nos Estados. Ele disse que respeita a decisão de Serra, mas voltou a afirmar que após o prazo que estabeleceu, caso não consiga se viabilizar como candidato à Presidência, irá se dedicar "muito e profundamente" à sua sucessão em Minas Gerais.

"Não sou um ser isolado na política. Eu represento um conjunto de forças. O que tenho buscado apresentar ao meu partido são alternativas. Alternativas de uma candidatura que pode, eventualmente, acoplar algumas outras forças políticas para o embate que não será fácil", ressaltou Aécio.

Pela manhã, o governador fez uma visita a Itamar, vice-presidente do PPS e um dos seus principais aliados, que se recupera de uma cirurgia na próstata. "O presidente Itamar será um ator importante no processo eleitoral futuro. Em que posição, o tempo é quem vai dizer", observou. O ex-presidente é cotado para compor chapa como vice no caso de Serra ser o candidato tucano.

ICMS

Em Juiz de Fora, Aécio assinou decreto que reduz a carga do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para investimentos na região da Zona da Mata mineira. Aécio atendeu a apelos de Itamar, outros políticos locais e empresários, contrariados com uma lei estadual (4.533/2005) do Rio de Janeiro que reduziu, por 25 anos, de 19% para 2% o ICMS de empresas que se instalem em municípios do Estado.

"Tomei uma decisão política de reação", afirmou o mineiro. "Não podíamos permitir que empresas deixassem de se instalar na região da Zona da Mata, em Juiz de Fora em especial, e que outras fossem pro outro lado da fronteira, para o Rio de Janeiro".

O governador disse que optou pela política agressiva de incentivos para garantir o desenvolvimento da região da Zona da Mata. "A guerra fiscal não é o melhor caminho. Ela tem sido perversa ao longo do tempo para com os Estados e para com as próprias empresas", ressaltou. "Estou dando o mesmo tratamento fiscal que o Rio de Janeiro tem dado às empresas que lá se instalam, de 2% de ICMS".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-volta-a-cobrar-definicao-sobre-candidatura-tucana,469090,0.htm

Simon: PMDB discutirá sábado candidatura própria

CAROL PIRES - Agencia Estado

BRASÍLIA - O governador do Paraná, Roberto Requião, reunirá em Curitiba, no próximo sábado, integrantes do PMDB que defendem a candidatura própria do partido nas eleições presidenciais em 2010. De acordo com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), estarão presentes no encontro, além dele, o ex-ministro Mangabeira Unger, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, e cerca de 15 presidentes de diretórios estaduais do partido.

Simon disse que o encontro será uma resposta à cúpula do PMDB que antecipou a aliança com o PT nas eleições presidenciais do próximo ano, segundo o senador, "sem consultar a maior parte do partido". Pedro Simon defende a candidatura do próprio Roberto Requião.

"O Requião é um nome que esquentaria a campanha. Ele é fã do Lula, é muito próximo ao presidente, mas argumenta que pode ser o candidato do Lula se for para o segundo turno. O PMDB deve ter candidato no primeiro turno e depois discutir quem apoiará no segundo, isto é o certo", afirma o senador, que ainda aponta os governadores Luiz Henrique e Sério Cabral, do Rio de Janeiro, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como nomes fortes dentro do PMDB para disputar à presidência da República.

O senador gaúcho admite, porém, que mesmo Requião ou outro nome forte do partido aceitando lançar candidatura própria, será difícil ganhar o aval da cúpula nacional, inclinada a apoiar o candidato do PT e indicar o vice-presidente na chapa. Mas, na avaliação dele, o debate sobre a candidatura própria deve ser levantado para "valorizar o partido".

"Não é fácil porque esta turma tem os ministérios, tem uma máquina enorme. Mas as bases querem candidaturas próprias. Acho difícil, mas se o Requião topasse e saísse a trabalhar, seria capaz de movimentar o jogo", afirma o senador gaúcho. "Só apoiam a Dilma essas pessoas do PMDB que estão no governo e não querem perder seus cargos. Se ganha a eleição um Requião da vida, não será o Temer, nem o Sarney que vão indicar as pessoas para compor ministérios. Este é o mesmo pessoal que ficou oito anos com o Fernando Henrique Cardoso e ficou oito anos com o Lula e vai apoiar quem for para continuar no poder", completa.

O convite recebido por Pedro Simon do diretório do PMDB do Paraná prevê uma agenda que começa às 10 horas, com discurso de abertura, exposição de um programa de governo pelo ex-ministro Mangabeira Unger, e ainda a presença do presidente do partido, deputado Michel Temer (PMDB-SP). A assessoria de imprensa do deputado nega, no entanto, a participação dele no encontro. O líder do PMDB no Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirma que as lideranças no Congresso Nacional também devem faltar à reunião. "A presença do líder passaria a imagem de que esta é a opinião da bancada, e não é", disse o senador.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,simon-pmdb-discutira-sabado-candidatura-propria,469064,0.htm

Serra e Aécio travam duelo de biografias no rádio

Valor Econômico

"Olá, sou Aécio Neves. Talvez, muitos de vocês não me conheçam. Há sete anos, governo Minas Gerais e faço isso de maneira apaixonada."

É assim que o governador mineiro se apresenta, em uma das inserções do PSDB no rádio, que começaram a ser veiculadas nesta semana. São quatro programas de 30 segundos aproximadamente, tendo Aécio e o governador de São Paulo, José Serra, espaço igualmente dividido, com duas inserções cada, feitos de maneira separada e idealizados por seus respectivos marqueteiros.

Ao se apresentar ao eleitor, Aécio vende a imagem de agregador, ao dizer que política é "feita com sensibilidade, novas ideias, convocando as pessoas de bem desse país". Na outra inserção a que teve direito, o governador mineiro nem sequer aparece. O personagem central é o seu vice e possível candidato ao governo mineiro, Antonio Anastasia.

Já Serra louva conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso, do qual fez parte, citando a implantação dos medicamentos genéricos e o programa de combate à AIDS realizações da época em que era ministro da Saúde.

Sempre iniciadas por um locutor, Serra arremata o discurso com frases categóricas como "seriedade e planejamento, essa é a receita do PSDB para melhorar a saúde no Brasil". A inserção do governador paulistano reaviva uma velha celeuma, ao vaticinar: "Foi durante o governo do PSDB que se criou o seguro-desemprego, maior benefício social do Brasil". Na verdade, o seguro-desemprego foi instituído pelo decreto 2.283 de 27 de fevereiro de 1986, pelo então presidente José Sarney. O benefício foi inserido no decreto que criou o Plano Cruzado I. Na Constituinte, o tucano apresentou emenda que criava fonte de financiamento ao benefício.

Na campanha presidencial de 2002, ao citar sua proeminência na criação do seguro-desemprego, Serra foi contestado por Almir Pazzianotto, ex- ministro do Trabalho no governo Sarney.

Em mesmo número e duração, as inserções na tevê terão caráter menos personalista. Segundo interlocutores do partido, que participaram da elaboração dos programas, tanto Serra quanto Aécio tratarão de defender a tese de que o PSDB conta em suas fileiras com gestores competentes, sendo os dois pré-candidatos exemplos das bandeiras defendidas pelo partido. "Houve um clamor da militância para que mostrássemos nossa maneira de pensar o país, e que esses programas têm de demonstrar que ambos (Serra e Aécio) têm posições parecidas. Nas entrelinhas, tem que ficar claro que o partido está unido", diz esse interlocutor.

Para o programa do dia 3 de dezembro, com duração de 10 minutos e ainda não gravado, o PSDB mantém as negociações em aberto. Aécio Neves foi apresentado ontem ao roteiro preparado por Paulo Vasconcellos. Serra deve receber a proposta de Luiz González por estes dias. Ainda que a hipótese de que os dois marqueteiros trabalhem conjuntamente não esteja descartada, ela se torna improvável, já que há dentro do PSDB grande insatisfação com González, em decorrência de manifestação pública do publicitário pela candidatura Serra.

https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/11/19/serra-e-aecio-travam-duelo-de-biografias-no-radio

Aécio diz que Itamar é um dos maiores estimuladores de sua candidatura em 2010

da Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que o ex-presidente Itamar Franco (PPS) tem sido um dos maiores estimuladores de sua eventual candidatura à Presidência em 2010. Aécio disputa com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a indicação do PSDB para disputar o Planalto.

"Acho que o presidente Itamar será um ator importante no processo eleitoral futuro. Em que posição, o tempo é quem vai dizer. Mas recebo sempre do presidente Itamar estímulos. Ele tem sido um dos maiores estimuladores de uma eventual candidatura minha à Presidência da República e quando Itamar Franco fala, o Brasil ouve e o Brasil respeita."

O tucano esteve hoje em Juiz de Fora e se encontrou com Itamar, que se recupera de uma cirurgia para retirada de nódulo na próstata.

O governador mineiro reiterou ainda que aguarda até dezembro, início de janeiro, uma posição do PSDB sobre 2010. "O que tenho buscado apresentar ao meu partido são alternativas. Alternativas de uma candidatura que pode, eventualmente, acoplar algumas outras forças políticas para o embate que não será fácil. Tenho dito e reitero que até o final de dezembro, no máximo início de janeiro é importante eu ter uma decisão. Porque se não for no caminho da Presidência da República, pretendo me dedicar muito e profundamente a Minas Gerais."

Aécio disse que, ao percorrer os Estados, percebeu que há uma preocupação dos diretórios sobre a demora na definição do candidato à Presidência.

"Tenho viajado por todo Brasil como vocês tem acompanhado. Nessa última semana, última segunda-feira estive em Alagoas, e colhi lá do diretório de Alagoas o mesmo sentimento. Os entendimentos regionais, estaduais, eles dependem de alguma forma, de uma palavra de um eventual futuro presidente da República, pelo menos na expectativa dos nossos companheiros. E, portanto, isso tem feito falta."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u654766.shtml

Na Bahia, Lula reina e Serra lidera

veja.com

Uma pesquisa encomendada pelo PSDB ao Instituto Análise revelou que, ao menos na Bahia, a transferência de votos de Lula para Dilma Rouseff ainda não andou. O instituto ouviu 1 000 pessoas em todo o estado neste mês de novembro. Dos entrevistados, 91% consideram o governo Lula “ótimo” ou “bom” - um topo de popularidade nunca visto antes na história desse país. No entanto, isso não se reflete em votos para Dilma.

José Serra lidera com 46% dos votos, seguido por Dilma, com 26%, Ciro Gomes, com 12% e Marina Silva, com 4%. No cenário em que Ciro não aparece como candidato, Serra chega a 53%, Dilma a 29% e Marina a 5%.

“Neste ano, o Serra nunca teve 46% dos votos na Bahia”, afirma o tucano baiano Jutahy Júnior.

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/eleicoes-2010/na-bahia-lula-reina-e-serra-lidera/

Cícero se reúne com José Serra, Sérgio Guerra, líderes do PP e DEM

Click Pb

O senador paraibano Cícero Lucena (PSDB) se reuniu na noite desta quarta-feira (18), em Brasília, com o governador de São Paulo, José Serra. O encontro dos tucanos ocorreu durante a comemoração do aniversário do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

Também participaram da reunião os senadores José Agripino (líder do DEM), Francisco Dornelles (presidente nacional do PP) e o deputado federal, ACM Neto (DEM-BA).

O cardápio oferecido pelo aniversariante ultrapassou a culinária nordestina e seguiu para a atual conjuntura da política brasileira.

O senador adiantou que os temas relacionados à disputa eleitoral da Paraíba foram discutidos, e o governador José Serra demonstrou total conhecimento da realidade política paraibana. A preservação dos palanques do PSDB nos Estados é um dos assuntos de maior discussão entre os integrantes da Executiva nacional do PSDB.

O presidente da legenda anunciou que o partido promoverá reuniões periódicas com representantes de seus diretórios estaduais. O objetivo, segundo o presidente, senador Sérgio Guerra, será a acompanhar, discutir e ajudar na preparação da legenda visando as eleições gerais de 2010.

Acordo com Ciro constrange PSDB e irrita petistas

Valor Econômico

BRASÍLIA - Além de causar constrangimento entre os tucanos, o acordo de Ciro Gomes (PSB) com Aécio Neves (PSDB), para as eleições de 2010, provocou cobrança e insatisfação no PT. Em conversa na terça-feira, em Belo Horizonte, Ciro reafirmou o compromisso de retirar sua candidatura a presidente, se o nome a ser indicado pelo PSDB for o do governador de Minas Gerais. Na prática, isso significaria o afastamento de Ciro da candidatura oficial do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Ciro já havia manifestado, em julho, a intenção de abrir mão de sua candidatura e apoiar Aécio Neves, na hipótese de o governador vir a ser o candidato do PSDB. À época, a declaração foi tomada apenas como provocação ao governador de São Paulo, José Serra, o mais provável candidato dos tucanos a presidente. Para Aécio, receber novamente Ciro em Belo Horizonte era mais um capítulo da disputa que trava com Serra. Mas a situação de Ciro mudou bastante desde julho passado.

Nesse período, Ciro manteve sua candidatura presidencial, apesar de um apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PSB de apoio à candidatura única dos partidos aliados (Dilma), e transferiu o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo, deixando em aberto a possibilidade de concorrer ao governo do Estado. A gestão de Ciro ficou a cargo do presidente do PT, Ricardo Berzoini, que coordena o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do partido. Em pelo menos duas ocasiões o presidente petista foi acionado para " conter " o deputado cearense.

Na primeira, Ciro exigia uma rápida definição do PT sobre sua eventual candidatura ao governo de São Paulo. Os petistas pediram tempo para aparar as arestas internas esperadas em decorrência do lançamento de um candidato (Ciro) de outro partido (o PSB).

O PT tem outros nomes que podem ser indicados, como o do deputado Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, e de Emídio de Souza, prefeito de Osasco, por exemplo. A ex-prefeita Marta Suplicy também havia defendido a candidatura própria, tendo especificado o nome de Palocci, e precisava ser " conversada " para apoiar a estratégia do presidente Lula para São Paulo.

O tempo passou e o PT não se manifestou, como esperava Ciro. O deputado voltou a exibir sinais de impaciência com o partido, que preferiu então jogar o problema para o presidente Lula. A conversa do presidente com o ex-ministro da Integração Nacional não foi muito diferente.

Fontes do PSB, por outro lado, contam que o flerte de Ciro Gomes tem dois objetivos: jogar para dentro do PSDB, partido ao qual já foi filiado, a fim de demonstrar que Aécio é capaz de reunir mais apoios que o governador José Serra; e o segundo, estabelecer uma cabeça de ponte em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. Se conseguir dividir o eleitorado mineiro, Ciro poderia anular a diferença a ser obtida por Serra em São Paulo.

Ao manter Ciro como pré-candidato, o PSB aumenta seu poder de negociação com o partido líder da aliança que atualmente apoia o governo. Também se resguarda em relação à possibilidade de que Dilma Rousseff não viabilize sua candidatura a presidente. O PT esperava resposta melhor da ministra nas pesquisas, devido a ampla exposição a qual foi submetida, após ter recebido alta hospitalar. Ciro, por seu turno, mantém-se à frente ou empatado tecnicamente com Dilma. O governador José Serra, líder nas pesquisas, acha que Ciro é mais candidato a presidente que a governador do Estado.

Entre as declarações que Ciro fez em Belo Horizonte, uma especialmente chamou a atenção dos petistas: a de que Aécio é o candidato que pode " convocar todos os brasileiros decentes, de todos os partidos, como faz em Minas, e celebrar um projeto de país que dê avanço ao que o presidente Lula representou " . Para o presidente Lula e o PT, o candidato descrito por Ciro Gomes tem um outro nome. Chama-se Dilma Rousseff. O governador Aécio, depois de ter dado um prazo para o PSDB se definir (15 de janeiro) abandonou o discurso do pós Lula e passou a atacar o governo, na expectativa de melhorar sua posição relativa entre os tucanos.

Ontem, em São Paulo, o governador José Serra evitou comentar a aproximação entre Aécio Neves e Ciro Gomes. Depois de vistoriar obras de ampliação do metrô de São Paulo, Serra negou-se a falar sobre política, mas disse aos jornalistas que eles poderiam fazer perguntas sobre o assunto, se quisessem. Porém, adiantou que não iria responder.

Questionado sobre o encontro de entre Aécio e Ciro, o governador paulista disse que não caberia a ele comentar. " Não tem nenhum comentário. O Aécio tem o direito de ver as pessoas que ele quiser. A mim não cabe comentar " , afirmou. (Com agências noticiosas)

(Raymundo Costa| Valor)

http://www.valoronline.com.br/?online/politica/6/5954728/acordo-com-ciro-constrange-psdb-e-irrita-petistas

Movimento pela 'ficha limpa' pede pressa para votação na Câmara

Projeto foi apensado e tramita junto com outro mais antigo.
A proposta encontra resistência na Casa.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

Integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral voltaram à Câmara nesta quinta-feira (19) para pedir pressa na votação do projeto que proíbe a candidatura de políticos com “ficha suja”. A proposta foi entregue à Câmara no mês de setembro acompanhada de 1,3 milhão de assinaturas coletadas em todo o Brasil. Novas assinaturas devem ser acrescentadas em dezembro.

O projeto visa proibir candidatura a qualquer cargo eletivo de quem tenha condenação em primeira instância ou tiver contra si denúncias recebidas por órgão colegiado por diversos crimes, como tráfico de drogas, crimes eleitorais, trabalho escravo, exploração sexual de crianças e adolescentes, lavagem de dinheiro, entre outros.

A proposta encontra resistência na Casa. O próprio presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), já defendeu que o projeto sofra mudanças. Entre elas, que seja proibida a candidatura somente de quem já foi condenado em decisão colegiado, o que geralmente só acontece na segunda instância.

O projeto foi apensado e tramita junto com outro projeto mais antigo sobre o tema. Por isso, a proposta já está pronta para ser votada em plenário. Mesmo assim, ainda não há previsão e o projeto dificilmente será votado neste ano. O presidente da Câmara disse que a inclusão do tema em pauta depende de acordo entre os líderes. Temer levantou a possibilidade de fazer uma comissão geral para debater o tema em plenário.

O secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara, defendeu que a tramitação seja acelerada e ressaltou que o projeto não pode ser interpretado como contrário ao parlamento.

“Existe uma resistência, mas é preciso deixar claro que este projeto não é contra o parlamento, contra os deputados e senadores, mas a favor da sociedade”, disse Lara.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1385166-5601,00-MOVIMENTO+PELA+FICHA+LIMPA+PEDE+PRESSA+PARA+VOTACAO+NA+CAMARA.html

PV procura PSOL e PSC para ampliar aliança eleitoral

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Uma preocupação do PV com a candidatura da senadora Marina Silva (AC) à Presidência da República é a possibilidade de ser identificada apenas com o tema do meio ambiente, o que custaria votos. Por isso, a direção partidária decidiu iniciar a costura de alianças com o PSOL e o PSC. De acordo com o deputado Sarney Filho (PV-MA), o PSOL pode acrescentar à candidatura um apelo ético e o PSC, o lado cristão.

O PV começou a se inquietar com os rumos da campanha de Marina após a divulgação, no dia 10, de pesquisa Vox Populi na qual ela aparece com apenas 3% das intenções de votos. Nessa pesquisa, encomendada pela TV Bandeirantes, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), está em primeiro lugar, com 36% das intenções de voto (no mês passado tinha 40%). Em segundo, vem a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 19% (subiu 4 pontos em relação a outubro), seguida pelo deputado Ciro Gomes (PSB), com 13%, e pela ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), com 6%.

A aliança com os dois partidos também garantiria mais tempo de propaganda para Marina no rádio e na TV. De acordo com projeções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidatura do PV teria 36 segundos em cada inserção quando começar o horário da propaganda eleitoral. Com a adesão do PSOL e do PSC, passaria para 1 minuto e 24 segundos.

O PV tratará das alianças numa reunião extraordinária de sua Executiva, programada para hoje. Heloisa Helena desistiu de se candidatar à Presidência para apoiar Marina Silva e anunciou que seu partido deve fazer aliança com os verdes. O próximo passo será um encontro entre Marina e Heloisa. Em seguida, será a vez de chamar lideranças do PSC para conversar. Se a aliança der certo, os três partidos participarão da elaboração do programa de governo de Marina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pv-procura-psol-e-psc-para-ampliar-alianca-eleitoral,468927,0.htm

Desavenças levam tucanos a antecipar debate sobre 2010

ANDREZA MATAIS
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Presidentes de diretórios estaduais do PSDB aumentaram ontem a pressão para que o partido defina no máximo até janeiro seu candidato à Presidência na disputa de 2010. Chamados para uma reunião que iria discutir as alianças políticas, direcionaram a pauta para a definição sobre a disputa presidencial, o que deixou o presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), numa saia-justa.

Ao mesmo tempo, o DEM reforçou a cobrança ao PSDB também pela definição do nome do candidato. Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, disputam a vaga. Serra defende uma definição apenas em março; Aécio até o final do ano. "Cem por cento do partido querem antecipar a discussão. É um dado para os candidatos, nada mais", minimizou Guerra.

Embora apoiem o cronograma defendido por Aécio, presidentes estaduais levaram uma notícia ruim para o governador de Minas. Diante do presidente estadual do PSDB mineiro, Paulo Abi-Ackel, apresentaram pesquisas segundo as quais Serra tem hoje melhor performance nos Estados. "A maioria manifestou preferência por Serra", disse o presidente do PSDB do Maranhão, Roberto Rocha.

Sem citar o encontro de Aécio com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), tucanos reclamaram do risco de "tensionamento" entre os dois. "A cada movimento que um faz, o outro reage. E isso pode ficar incontrolável", alertou Cláudio Diaz (PSDB-RS).

Dos 22 presidentes estaduais que participaram do encontro, apenas os de São Paulo e Bahia foram contra antecipar a discussão da candidatura. "Só deve antecipar se tiver um fato marcante, como uma chapa puro sangue, caso contrário é antecipar problema", disse o ex-prefeito de Salvador Antonio Imbassahy.

O argumento para a antecipação é que a candidata do governo, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), está em campanha, permitindo a costura de alianças nos Estados. Levantamento do PSDB indica que em pelo menos 12 Estados as alianças dependem da definição para a Presidência. A lista inclui Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco. No encontro, perguntaram a Abi-Ackel se Aécio apoiaria Serra em Minas caso não seja o escolhido. Ele devolveu com outra pergunta antes de responder que sim: "E Serra apoiaria Aécio em São Paulo?" Ficou sem resposta.

A indefinição também dá margem a "ingerências" como a de Ciro Gomes, pré-candidato do PSB, que anunciou apoio a Aécio caso ele seja candidato. "O Ciro tem toda liberdade de apoiar quem quiser, mas não acredito que o partido dele troque a Dilma", disse Guerra. O DEM reuniu-se em Brasília em almoço promovido pelo governador José Roberto Arruda (DF), com objetivo de "mostrar unidade", já que nas últimas semanas grupos têm mostrado divergências sobre quem o partido deve apoiar.

"A divergência que existe é que alguns têm preferência por um candidato do PSDB, outros por outros. Eu prefiro o candidato Serra. Entendo e respeito os outros", afirmou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Ele e o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen promovem uma queda de braço com o presidente do DEM, Rodrigo Maia, para comandar as negociações com o PSDB. Sentido-se excluído das conversas com Serra, Maia passou a defender o nome de Aécio. Ontem, nenhum deles se manifestou na reunião. Apenas o governador Arruda discursou.

O ex-prefeito Cesar Maia não foi ao encontro. Recentemente, ele também defendeu o nome de Aécio. "Quem tratará das conversas com o PSDB é o presidente Rodrigo Maia", disse ACM Neto (DEM-BA).

Alvo de críticas dos tucanos, o encontro de Ciro com Aécio causou tremores no PSB. Líder do partido no Senado, Antônio Carlos Valadares (SE) acusou Ciro de tratar o partido como descartável. "O PSB está em segundo plano. Em primeiro, Aécio Neves. chefe de Ciro é Aécio Neves", protestou o senador, que quer aliança com Dilma.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u654586.shtml

Apoio de Ciro Gomes a Aécio começa a incomodar

Depois do crescimento de Aécio Neves nas pesquisas, declarações de Ciro Gomes passaram a desagradar a petistas e a tucanos

Correio Braziliense - Maria Clara Prates

A reação irada de petistas e de tucanos à intenção do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República, de retirar-se da disputa caso a opção do PSDB seja pelo governador de Minas, Aécio Neves, está sendo interpretada como um termômetro para medir o fortalecimento do mineiro em relação ao governador de São Paulo, José Serra, na disputa das eleições de 2010. O nome do candidato tucano só deve ser decidido pelo partido no próximo ano e Ciro há tempos declara sua preferência por Aécio publicamente. Desde o início do ano, Ciro tem se aproximado de Aécio e em pelo menos quatro oportunidades — março, julho, agosto e novembro —, confessou sua simpatia pelo governador de Minas.

Enquanto serristas históricos interpretaram o apoio de Ciro a Aécio apenas como uma jogada de marketing para aumentar a pressão sobre José Serra por uma definição de sua possível candidatura ainda este ano, pesquisa do Vox Populi, na última semana, aponta em sentido contrário. Encomendada por um partido da base aliada, ela revelou que Aécio só perde em intenção de votos, em consulta espontânea, para o presidente Lula. Ou seja, estaria na frente do concorrente paulista no PSDB e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata petista à sucessão. Entretanto, para o cientista político Marcos Coimbra, diretor do instituto Vox Populli, a pesquisa não é o melhor indicativo do fortalecimento de Aécio como o nome do PSDB para disputar a Presidência.

“O forte indicativo do crescimento do governador de Minas é o próprio apoio de Ciro Gomes e de outros representantes da base aliada do atual governo. As articulações em torno do mineiro são muito maiores do que de Serra”, afirmou. Ele lembrou ainda que a insatisfação do PT com a ampliação dos apoios já ficou evidente em declaração de um petista histórico, José Dirceu, ao revelar que a disputa de Dilma com Aécio é considerada muito mais difícil do que com o governador paulista.

Em seu blog, ontem, José Dirceu voltou a afirmar que o PSDB não quer Serra e alfineta: “Além do mais, a tucanada está às voltas com um racha em seu mais tradicional aliado, o ex-PFL-DEM, capitaneado pela dupla Cesar Maia (ex-prefeito do Rio) e Rodrigo Maia (presidente nacional pefelista-demo). Uma fratura exposta, porque a maioria demo também não quer Serra e prefere Aécio”.

Coimbra lembrou também que as eleições em 2010 não serão pautadas pelas pesquisas: “Se fosse assim, a candidata do PT à sucessão de Lula não seria de forma alguma Dilma Rousseff. A escolha do presidente por ela foi exatamente porque ela tem mais a cara do governo que vai representar”. E conclui: “Nessa linha, podemos entender que as intenções de votos para Aécio reveladas em pesquisas têm menos importância do que os apoios declarados que vêm recebendo de líderes partidários, como Ciro Gomes e Rodrigo Maia, presidente nacional do Democratas”.

Alianças
Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), uma chapa composta por Aécio e Ciro ainda não foi objeto de discussão no partido. Ele disse que a política de aliança dos dois presidenciáveis terá peso na hora de o partido definir seu nome à sucessão. “Essa aliança entre Ciro e Aécio nunca passou pelo partido, mas é claro que as políticas de aliança dos dois candidatos são uma variável que será considerada”, afirmou.

No cenário de ranger de dentes causado pelo encontro de Ciro e Aécio, quem saiu para pôr fim ao debate foi o próprio governador José Serra. Ontem, quando vistoriava as obras de ampliação do metrô de São Paulo, o tucano disse que não caberia a ele nenhuma análise. “Não tem nenhum comentário. O Aécio tem o direito de ver as pessoas que ele quiser. A mim, não cabe comentar”, afirmou.

Elogios ao tucano
Nos últimos meses, o deputado Ciro Gomes vem ressaltando que o governador Aécio Neves terá apoio incondicional caso seja candidato ao Palácio do Planalto. Veja algumas das declarações do parlamentar do PSB-CE:

Março
“O governador de Minas tem a obrigação de expor sua posição no debate político nacional. Boa parte do que está sofrendo o Brasil deve-se ao desmantelamento da presença equilibradora de Minas Gerais na política”

Julho
“O governador Aécio, sendo candidato a presidente da República, descomprime gravemente a necessidade estratégica de eu apresentar uma candidatura”

Agosto
“Se for Aécio (o candidato), fica praticamente imbatível, porque, para ele ser candidato, terá de fazer acordo com o Serra, que nessas circunstâncias disputaria a reeleição em São Paulo”

Novembro
“Se Aécio se viabilizar candidato, sua presença é tão importante para o Brasil que torna minha candidatura não mais necessária”

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/19/politica,i=155648/APOIO+DE+CIRO+GOMES+A+AECIO+COMECA+A+INCOMODAR.shtml

Marina Silva diz que quer lei para meta brasileira de CO2

MARIA CLARA CABRAL
da Folha de S. Paulo, em Brasília

A ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva (PV-AC) defendeu nesta quarta-feira (18), durante uma comissão geral na Câmara, a institucionalização das metas brasileiras de emissões de gases. Uma das ideias da pré-candidata à presidência é apresentar um projeto de lei específico para, assim, obter o comprometimento dos próximos governos com o assunto.

Para Marina, a meta não "pode ser protocolar, só para aproveitar a conjuntura política em que esse assunto possa render algum tipo de visibilidade para as lideranças políticas".

"Não podemos chegar a Copenhague apenas com uma proposta dizendo que fizemos o nosso dever, para não nos indispormos com os países desenvolvidos, nem com os emergentes", afirmou ela durante a reunião, que discutiu a posição brasileira na Conferência do Clima, a ser realizada no mês que vem, em Copenhague, Dinamarca.

Na semana passada, o governo anunciou a meta de redução "voluntária" de 36,1% a 38,9% de suas emissões de CO2 até 2020, em relação ao que emitiria se nada fosse feito. Já em relação a 2005, o ano de pico das emissões brasileiras, é um corte de cerca de 15%.

Detalhes

Durante seu discurso, a senadora defendeu ainda o detalhamento operacional de todo o processo no Orçamento federal e a criação de um site para acompanhamento da implementação da política sobre o assunto pela população.

Marina criticou também a defasagem do inventário brasileiro sobre as emissões de gases e disse que apresentará requerimento ao Ministério da Ciência e Tecnologia para que explique no Legislativo o problema.

"Temos um hiato, ou pelo menos uma falha grave: o inventário brasileiro, que deve ser a base para qualquer posição nossa em Copenhague, está atrasado. É fundamental que tenhamos esclarecimentos sobre o motivo desse atraso, pois não podemos continuar com dados de 1994, que já deveriam estar atualizados a partir do novo inventário", afirmou ela.

Além de Marina, diversos deputados e representantes de ONGs e de ministérios participaram da comissão ontem. O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que a Casa está empenhada na discussão de propostas sobre a mudança climática e que o Congresso deverá votar novos projetos até a data da conferência de Copenhague.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u654598.shtml

PV negocia com Psol e PSC para 'turbinar' Marina Silva

Da AE

Preocupada com a possibilidade de a candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República ser identificada apenas com o tema do meio ambiente, o que custaria votos, a direção do PV decidiu iniciar a costura de alianças com Psol e PSC.

O Psol, na avaliação do deputado federal Sarney Filho (PV-MA), poderia acrescentar à candidatura apelo ético; o PSC, o lado cristão. O PV tratará das alianças em reunião extraordinária de sua executiva, programada para hoje.

O acordo com garantiria mais tempo de propaganda para Marina no rádio e na TV. Hoje, segundo projeções do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a candidatura do PV teria 36 segundos em cada inserção. Com Psol e PSC, passaria para um minuto e 24 segundos - tempo este que ainda pode aumentar um pouco dependendo do número de candidatos ao cargo majoritário.

Heloísa Helena (Psol) desistiu de se candidatar à Presidência para apoiar Marina e anunciou que seu partido deve fazer aliança com os verdes. O próximo passo será reunião entre as duas. Em seguida será a vez de chamar o PSC para as conversas. Se a aliança der certo, os três farão o programa de governo do PV.

Indagada ontem se está tímida na campanha à Presidência, Marina disse atender às determinações da sigla.

http://home.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=8&id=5779010

''Se há especulações, a culpa é do PSDB''

Entrevista - Cesar Maia (DEM), ex-prefeito do Rio; Maia nega crise com tucanos, mas diz que o processo de escolha do PSDB é 'esotérico' e que nunca viu nada parecido

Estadão - Julia Duailibi

Após afirmar no começo da semana que o governador de São Paulo, o tucano José Serra, lembra os "piores caudilhos", Cesar Maia (DEM) disse não haver crise na aliança PSDB-DEM.

As críticas a Serra têm a ver com a definição do palanque no Rio?

Fiz uma observação no terreno da politologia, tratando de um tipo de caudilhismo invertido, em que não é o partido que define as regras do jogo, mas pré-candidatos. Nada tem a ver com eleições regionais.

Por que considera Aécio um candidato melhor que Serra?

Tenho feito todos os dias a campanha do Serra. Avaliar cenários eleitorais, nada tem a ver com apoiar. Se o PSDB tivesse aberto o debate interno, estas ou aquelas conclusões seriam tiradas pelo partido. Mas como o processo é esotérico, com pré-candidatos que falam com a imprensa, vazam notinhas e não tratam com coletivos partidários, fica difícil tirar conclusões. Se há especulações, a culpa é do PSDB.

A aliança passa por uma crise?

Não há crise. O PSDB, DEM e PPS estão unidos para 2010. Mas que é uma novidade pré-eleitoral, isso é. Não conheço caso assim: "Atenção, partido e militantes, em mais seis meses saberão da novidade". E o cronômetro avançando.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091119/not_imp468716,0.php

18 de nov. de 2009

Ciro volta a incensar candidatura Aécio

Valor Econômico

O deputado Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB à Presidência da República em 2010, reafirmou ontem sua intenção de disputar o Planalto em 2010, mas voltou a admitir que se o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, for o nome tucano na disputa, sua candidatura não será mais necessária. "Se o governador Aécio Neves se viabilizar candidato a presidente da República, penso que sua presença é tão importante para o Brasil que a minha candidatura não é necessária mais. Voltando a repetir, quem decide se sou candidato, ou não, é o meu partido. Mas a minha necessidade aguda de ser candidato não remanesce mais. Por que? Porque o Aécio encerra esse provincianismo", disse o deputado, acompanhado de Aécio, durante visita a Minas, no lançamento do portal "Brasil tem jeito". Sobre a possibilidade de ser o vice de Aécio, Ciro desconversou: "Meu partido é quem decide."

Ciro disse ainda que não poderia dar lição ao tucano de como ele deveria barrar a candidatura do governador de São Paulo, José Serra, ao Planalto. Aécio e Serra disputam a indicação do PSDB. "O neto do Tancredo Neves não vai receber lição de ninguém."

O deputado voltou a afirmar que não tem a intenção de disputar o governo de São Paulo em 2010. "O presidente Lula pediu que eu fizesse essa transferência [de título para São Paulo] para manter a porta aberta e ajudar a organizar as coisas em São Paulo que é um Estado importante do Brasil. Se depender de mim, não serei [candidato em São Paulo]."

Aécio, por sua vez, disse que não há como Ciro e ele não estarem juntos de alguma forma. "Temos uma visão muito parecida de quais são os grandes desafios do Brasil. Vamos conversar como fazemos permanentemente sobre o Brasil, sobre o processo eleitoral. E na política, como eu disse, se pudéssemos estar juntos, para mim seria extraordinário. Se não pudermos, nós não deixaremos de ter afinidades."

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reconheceu que a declaração de apoio de Ciro à candidatura de Aécio ao Palácio do Planalto favorece o nome do tucano na disputa interna para encabeçar a chapa presidencial. Guerra disse que o eventual apoio do PSB a uma candidatura tucana seria "muito importante" para a legenda - apesar de considerá-la improvável. "Sou da terra do presidente do PSB, e não acho isso provável", afirmou. Guerra aposta no apoio do PSB à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto, mas não descarta o embarque de Ciro na candidatura de Aécio.

O senador admitiu que, no momento do PSDB definir o nome do seu candidato à Presidência, as alianças poderão ajudar na escolha entre Aécio e Serra. "O que vamos fazer é examinar em conjunto, no tempo adequado, as possibilidade eleitorais de ambos. O arco de alianças que podem introduzir, as candidaturas que podem fazer."

Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES), as declarações de Ciro em apoio a Aécio representam sua opinião pessoal, não do partido como um todo. "É um movimento feito por dois pretendentes a candidatos à Presidência que se movimentam de forma conjunta, buscando furar bloqueios impostos a eles. O Aécio tem o bloqueio do próprio PSDB, e o Ciro, das alianças que ainda não firmou", disse.

https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/11/18/ciro-volta-a-incensar-candidatura-aecio

Líderes estaduais do PSDB querem definir candidato até janeiro

Marcelo de Moraes, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Em reunião do PSDB nesta quarta-feira, 18, a maioria dos presidentes dos diretórios estaduais do partido defendeu a antecipação da definição da candidatura presidencial até janeiro. O movimento representa um revés para a estratégia do governador de São Paulo, José Serra, líder nas pesquisas de intenção de voto, que deseja retardar ao máximo essa definição, para evitar desgaste político e ataques dos adversários. Mas interessa ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que defende a antecipação por ser menos conhecido do eleitorado e precisar de mais tempo para viabilizar sua candidatura.

A pressão dos diretórios está sendo feita por conta do reflexo das campanhas regionais. Sem candidato escolhido, os tucanos vêm encontrando dificuldades para iniciarem suas campanhas e para montarem as alianças locais. Além disso, reclamam que o governo federal já está em ritmo eleitoral, pedindo votos para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e articulando acordos nos Estados.

Apesar da preferência e pressão dos representantes dos diretórios estaduais, o PSDB preferiu não tomar decisão sobre o assunto na reunião, que durou quase cinco horas e foi realizada na sede do partido em Brasília.
O presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), entretanto, reconheceu que "100% do partido prefere resolver o quanto antes" a definição da candidatura e concorda com isso. A questão é que Guerra avalia que não adianta antecipar a definição do candidato se o gesto custar a harmonia política entre Serra e Aécio.

"O consenso geral é que todo mundo deseja uma breve solução, mas desde que isso implique numa verdadeira adesão dos dois pré-candidatos. Se essa adesão não estiver garantida ainda, melhor não resolver logo", afirmou.

Para ele, a cobrança dos diretórios pela aceleração do processo é normal diante dos movimentos da candidatura governista. "Você tem uma campanha na rua de uma candidata com dinheiro público. Todo militante, todo torcedor do PSDB, quer fazer a mesma coisa. Não de gastar o dinheiro público, mas de fazer campanha também", disse.

Na reunião, Guerra ouviu muitos diretórios regionais defenderem abertamente a antecipação da candidatura.

"Não interessa qual é o nome, porque ambos são ótimos candidatos. Mas temos que definir logo", afirmou o governador de Roraima, José Anchieta. "O candidato acaba sendo a principal bandeira de uma campanha. Precisamos dessa escolha rápido", reforçou o deputado federal Roberto Rocha, presidente do diretório maranhense.

"A escolha tem que ser feita o mais breve possível. Quer a gente queira ou não, a campanha já está nas ruas", acrescentou o senador Flexa Ribeiro, presidente do diretório do Pará. "Sou a favor da escolha rápida. Ajudará na definição das alianças", apoia o deputado federal Gervásio Silva, vice-presidente do diretório de Santa Catarina. "No caso do Rio de Janeiro, escolher agora seria melhor", disse a deputada federal Andreia Zito, que representou o diretório fluminense.

"Minha função me faz andar nas ruas o tempo todo e estou sentindo isso, que a campanha já começou. E o nosso militante está sem referência sobre nossa candidatura. Janeiro seria um prazo bem razoável", concorda o secretário de Obras do Distrito Federal, Márcio Machado, que preside o diretório tucano da capital.

Serristas isolados

Aliados da candidatura de Serra tentaram fazer a defesa da estratégia de aguardar o maior tempo possível, mas ficaram em situação minoritária. Foi o caso do diretório baiano, através do ex-prefeito de Salvador Antônio Imbassahy, que acha que a escolha rápida do candidato poderia ser prejudicial.

"Você vai antecipar problemas. O governador Serra tem hoje 40% nas pesquisas. A antecipação poderia trazer problemas para ele e para o governador Aécio, que precisam cuidar das administrações dos seus Estados, que vão indo bem", defendeu.

No encontro, o deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente do diretório de Minas Gerais, aproveitou para fazer a defesa pública da candidatura de Aécio Neves.

"É inegável que o eleitorado mineiro está muito animado com a possibilidade de ter um candidato do Estado com grandes possibilidades de ser eleito. E é inegável que o governador Aécio Neves tem uma enorme capacidade de atrair apoios em outros partidos em torno de sua candidatura", disse, referindo-se a eventuais acordos que Aécio poderia conseguir no PSB, através do deputado Ciro Gomes, e no PP, via senador Francisco Dornelles (RJ), que é parente do governador mineiro.

A ideia da direção do PSDB é repetir a reunião dos dirigentes estaduais a cada mês. "Vamos fazer um fórum de presidentes uma vez por mês. Porque a gente quer acompanhar as eleições nos Estados e queremos que os Estados interfiram nas questões que são discutidas aqui", explicou o senador Sérgio Guerra.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lideres-estaduais-do-psdb-querem-definir-candidato-ate-janeiro,468559,0.htm

Partido Verde debate eleições 2010 em encontro em PE

45graus

O programa do PV será debatido neste final de semana em uma reunião em Recife O Partido Verde debaterá nos dias 20 e 21 em um encontro na cidade de Recife o programa do partido para as próximas eleições.O Piauí estará representado por Ivaldo Fontenele, vereadora Teresa Brito e pelo professor Deocleciano Guedes.

A reunião contará com a presença da senadora Marina Silva (PV-AC) bancada estadual do Nordeste e deputados federais. Teresa Brito disse que após o encontro o PV sairá mais fortalecido, devendo definir pela candidatura própria nos estados e traçar diretrizes partidárias relacionadas as eleições 2010.


http://www.45graus.com.br/politica/54883/partido_verde_debate_eleicoes_2010_em_encontro_em_pe.html

PSB capixaba não cogita da saída

seculodiario.com | Renata Oliveira

A declaração do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), de que abandonaria o projeto de disputar a presidência da República em favor do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB-MG) – se este fosse o candidato tucano à sucessão de Lula – mexeu com o mercado político nacional. No Espírito Santo, porém, o senador Renato Casagrande (PSB) tratou de acalmar os interlocutores.

O socialista, que vem evitando falar sobre eleição 2010, disse no Twitter que as conversas entre Ciro Gomes e Aécio Neves abriram uma nova perspectiva no debate eleitoral do próximo ano. Mas que, pelo menos no Espírito Santo, o PSB não cogita de outra possibilidade. “Não há nenhum debate que não seja no sentido da candidatura de Ciro à presidência da República”, disse o senador.

Ciro e Aécio se reuniram nessa terça-feira (17) em Minas para um almoço. Os dois discutiram a possibilidade de uma parceria em 2010. O encontro não agradou aos tucanos paulistas, que apoiam à candidatura do governador José Serra (PSDB-SP), e nem aos socialistas capixabas, que contam com a candidatura de Ciro Gomes para a presidência, o que tornaria obrigatório o palanque socialista no Estado.

Mas interlocutores garantem que o projeto de Casagrande não é dependente de Ciro Gomes. Caso o deputado federal não dispute a eleição, o senador, que tem bom trânsito com o governo federal, poderia erguer um segundo palanque para Dilma Rousseff, do PT, no Estado.

Seja com palanque próprio ou no palanque de Dilma Rousseff, o governo do Estado quer impedir a entrada do socialista na disputa. A visibilidade do senador garantiria a ele uma boa margem de votos, levando o pleito para o segundo turno. O governo quer garantir a vitória de Ricardo Ferraço (PMDB) na primeira etapa da eleição.

Enquanto o partido não se define em nível nacional, a direção regional dá sequência ao projeto político do partido para 2010. O partido busca apoios de outras siglas para agregar força à candidatura, além de formar uma chapa proporcional forte para dar sustentação ao palanque.

http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=4462

Cúpula do DEM reafirma apoio incondicional ao candidato tucano em 2010, seja Serra ou Aécio

Maria Lima | O GLOBO

BRASÍLIA - Em almoço na residência oficial de Águas Claras, onde mora o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), a cúpula do DEM e as bancadas dos partidos no Congresso decidiram afinar o discurso da legenda, que evidenciou divisões nas últimas semanas, com partidários dos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) manifestando preferência por um ou outro nome. Na reunião nesta quarta-feira decidiram, ao final, reafirmar o apoio ao candidato do PSDB à sucessão de Lula, seja ele Serra ou Aécio.

Segundo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), foi "um almoço Pollyana", só para fazer o jogo do contente. Ou seja, mostrar que o partido, embora cada um tenha sua preferência, está conformado com a idéia de que haverá apoio incondicional ao PSDB, independentemente da escolha por Aécio ou Serra, ou chapa pura.

- Foi um almoço para tirar foto e mostrar o discurso oficial do partido, feito pelo Arruda, de que a decisão unânime é apoiar o que o PSDB decidir - relatou o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA).

Não participou do almoço o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, que em entrevista esta semana chamou o governador José Serra de caudilho, ao criticar a postura do paulista de só confirmar se será candidato a presidente ou não em março. Estavam presentes, entre outros, o presidente e ex-presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ) e Jorge Bornhausen (SC), respectivamente, além dos líderes Ronaldo Caiado (GO) e José Agripino (RN), o prefeito paulistano Gilberto Kassab e a senadora Kátia Abreu (TO).

Eles negam que tenham dado um puxão de orelhas em Rodrigo Maia, por causa do bombardeio ao Serra. Só Arruda discursou.

- O DEM tem que apoiar incondicionalmente o PSDB, seja quem seja o candidato, para voltarmos ao poder. Foi muito boa a experiência na oposição, mas cansei -disse Arruda, que esta numa cadeira de rodas por causa de uma cirurgia no tendão.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/18/cupula-do-dem-reafirma-apoio-incondicional-ao-candidato-tucano-em-2010-seja-serra-ou-aecio-914818465.asp

Cabral diz que vice de Dilma será do PMDB

Flávio Tabak | O GLOBO

RIO - O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse na manhã desta quarta-feria que o PMDB ocupará a vaga de vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para disputar a Presidência da República.

- Minha candidata tem nome sobrenome, é Dilma Rousseff. Será a candidata do meu partido, o PMDB. Nós vamos dar a vice-presidência na chapa com Dilma Rousseff - disse o governador, no 1º Distrito Naval, onde recebeu, ao lado do prefeito Eduardo Paes, a Ordem do Mérito Naval.

Cabral também comentou sobre a insistência do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), de dizer que é candidato ao governo do estado. Segundo o governador, a pré-candidatura não interfere nas negociações entre PMDB e PT no estado:

- É um direito dele, que o prefeito de uma cidade e tem a legitimidade do seu mandato. Não vejo nada demais de ele querer disputar internamente e ter suas perspectivas pessoas. Tem que se respeitar, e, no debate democrático, tomar a decisão.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/18/cabral-diz-que-vice-de-dilma-sera-do-pmdb-914814137.asp

Serra diz que Aécio tem direito de ver Ciro e evita polêmica

da Folha Online

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), evitou nesta quarta-feira comentar a aproximação entre o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), todos pré-candidatos à Presidência da República em 2010.

Após vistoriar obras de ampliação do metrô de São Paulo, Serra disse que não iria falar sobre política, mas disse aos jornalistas que eles poderiam fazer perguntas sobre o assunto, se quisessem. Porém, adiantou que não iria responder.

Questionado sobre o encontro de ontem entre Aécio e Ciro, o governador paulista disse que não caberia a ele comentar. "Não tem nenhum comentário. O Aécio tem o direito de ver as pessoas que ele quiser. A mim não cabe comentar", afirmou.

Ontem, Ciro visitou Aécio e voltou a admitir que se o governador mineiro for o nome tucano na disputa presidencial, sua candidatura não será mais necessária. O deputado também descartou a possibilidade de disputar o governo de São Paulo, como defende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Se o governador Aécio Neves se viabilizar candidato a presidente da República, penso que sua presença é tão importante para o Brasil que a minha candidatura não é necessária mais. Voltando a repetir, quem decide se sou candidato, ou não, é o meu partido. Mas a minha necessidade aguda de ser candidato não remanesce mais. Por que? Porque o Aécio encerra esse provincianismo", disse Ciro.

Sobre a possibilidade de ser o vice de Aécio, Ciro desconversou. "Sobre candidatura, meu partido é quem decide."

Para petistas, a aproximação de Aécio e Ciro foi recebida pelo PT como uma provocação a Serra, que disputa com Aécio a indicação para concorrer ao Palácio do Planalto em 2010.

Nos bastidores, petistas avaliam que Ciro, eterno desafeto de Serra, não pretende fazer parte de uma chapa com o PSDB, que é comandado por aliados do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem rompeu.

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), uma chapa composta por Aécio e Ciro ainda não foi objeto de discussão no partido.

Guerra disse ontem que a política de aliança dos dois presidenciáveis terá peso na hora do partido definir seu nome. "Isso [aliança Ciro e Aécio] nunca passou pelo partido. [...] É claro que as políticas de aliança dos dois candidatos é uma variável que será considerada", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u654231.shtml

DEM faz esforço para manter unidade em relação ao PSDB

Temos que manter o pacto de unidade do partido, respeitando as preferências', disse Agripino Maia

Carol Pires, da Agência Estado

BRASÍLIA - Após as declarações do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM) de que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se comporta no processo pré-eleitoral "como os piores caudilhos", lideranças do DEM correram para reforçar a imagem de união do partido em relação ao PSDB. Senadores e deputados da sigla se reuniram, em almoço na residência do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), com a presença do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), para "gerar uma fotografia de união", como definiu o líder do partido, senador José Agripino Maia (RN).

"Foi um almoço para gerar uma fotografia, para mostrar a união do partido e deixar claro o seguinte: a manifestação de preferências é aceita, mas não pode ultrapassar os limites da colaboração que o partido tem que oferecer ao PSDB seja quem for o candidato", resumiu o senador potiguar. Ele se referia à opção por Serra ou pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves - os dois presidenciáveis tucanos.

Agripino afirmou ainda que o DEM deve respeitar o tempo do PSDB para escolher o cabeça-de-chapa para as eleições presidenciais do próximo ano. O DEM poderá indicar o candidato a vice-presidente na coligação. "O juiz do tempo é o PSDB. Temos que manter o pacto de unidade do partido, respeitando as preferências, mas sem permitir que a manifestação de preferências interfira na unidade do partido", completou.

Apesar o almoço ter sido marcado para contrapor as recentes declarações tanto de Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM quanto do ex-prefeito Cesar Maia, - ambos criticando a demora do PSDB em definir o candidato -, José Agripino nega que esse assunto tenha sido tratado durante o encontro de hoje. "É assunto superado, ninguém tocou neste assunto. É coisa que não se considera. É uma coisa com a qual o partido não colabora", disse.

Para amanhã está marcado um novo almoço de conciliação, desta vez entre Rodrigo Maia, José Agripino, o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), e o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (SP). O objetivo do novo encontro é o de mostrar que a união dos partidos de oposição está acima de eventuais declarações dos filiados do DEM, divididos entre os apoiadores da candidatura de Serra e os que optam pela de Aécio.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dem-faz-esforco-para-manter-unidade-em-relacao-ao-psdb,468477,0.htm

PMDB é o mais forte nos Estados, com 9 candidatos

UOL

A julgar pelas pesquisas eleitorais disponíveis até o momento (ainda sem as restrições impostas pela lei), os dois principais partidos de oposição, PSDB e DEM, têm hoje 13 candidatos competitivos e com chance de vitória em disputas dos 27 governos estaduais em 2010.



http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/11/18/0402386AC8818366.jhtm

Para pré-candidato do Psol, Marina é ``ecocapitalista``

O POVOonline

Diferentemente do que defendeu a ex-senadora Heloisa Helena (Psol), o pré-candidato da sigla ao Planalto, Plínio de Arruda Sampaio, condenou a aliança com o PV de Marina Silva

Hébely Rebouças
hebely@opovo.com.br

O pré-candidato à Presidência da República pelo Psol e um dos nomes históricos da esquerda brasileira, Plínio de Arruda Sampaio, 79 anos, rechaçou ontem, em Fortaleza, qualquer possibilidade de aproximação com a candidatura ``burguesa``, ``morna`` e ``eco-capitalista`` representada, segundo ele, pela senadora Marina Silva & escolhida pelo PV para disputar o Palácio do Planalto em 2010. A fala

Durante entrevista coletiva na sede do Psol cearense, Plínio foi enfático ao defender sua campanha para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e duro ao criticar a postura ambígua do PV em alguns estados. ``Nós temos que ter um discurso de choque. A Marina tem a mania de engolir sapo, passou seis anos engolindo o Governo Lula. E esse discurso ameno não ganha eleição, não se sustenta``, criticou.

A reação veio dias após a senadora Heloisa Helena, uma das principais referências do Psol no Brasil e ex-candidata à Presidência pelo partido, ter dito que Marina é a melhor opção para governar o País. Reforçando sua insatisfação diante da hipótese de aliança, Plínio chegou a dizer que pretende formalizar uma reclamação à executiva nacional do partido, por causa da decisão de abrir o diálogo com o PV. Segundo ele, a Conferência Nacional do Psol & ocorrida em agosto deste ano & deliberou que o partido lançaria candidato próprio à Presidência.

Apesar do racha, Plínio considerou natural e legítima a discussão, lembrando que qualquer decisão só será tomada em março do ano que vem, quando o Psol se reúne novamente para definir os rumos para a corrida eleitoral.

Pragmatismo?
Não se alinhar ao PV em 2010 significa reduzir o arco de apoios e, consequentemente, aumentar o nível de dificuldade para eleger deputados federais, estaduais, por exemplo? Para Plínio, não necessariamente. Ele avaliou que é pura ilusão imaginar que o PV pode fazer a diferença na performance eleitoral do Psol. ``Na atual conjuntura, nós não temos a hegemonia. Eles, sim. Os votos deles não serão transferidos para nós``, argumentou.

O socialista foi além ao afirmar que ser pragmático, no momento, é levantar a bandeira socialista e defender o programa da legenda & e não entrar em uma aliança que, segundo ele, pode ser facilmente desmascarada. ``Precisamos fazer uma proposta anticapitalista``, bradou.

Questionado sobre as limitações de uma possível campanha protagonizada por ele, que já se aproxima dos 80 anos, Plínio lançou mão do bom humor e garantiu que é possível fazer um bom debate sem precisar sair pulando de estado em estado. ``Vou ficar sentadinho, tomando meus remedinhos, levantando o debate``, brincou.

http://opovo.uol.com.br/opovo/politica/929416.html

Sem aliança, João Alfredo teme isolamento

O POVOonline

Visivelmente dividido e cauteloso na escolha das palavras, o vereador João Alfredo (Psol), de Fortaleza, afirmou ontem não ter tanta certeza de que abrir mão da aliança com o PV e lançar candidatura própria à Presidência da República sejam as melhores opções para seu partido, em 2010.

Logo após a entrevista coletiva com Plínio de Arruda Sampaio & pré-candidato do Psol ao Palácio do Planalto &, o parlamentar avaliou que será preciso aprofundar o debate, para que o Psol não caia no pragmatismo pleno, ``fazendo alianças sem critério``, mas que também não seja excluído do espectro político-eleitoral.

``É uma situação muito difícil. Estamos diante de uma encruzilhada. Precisamos de um meio termo entre nossa bandeira ideológica e a luta eleitoral. Eu temo que fiquemos isolados``, desabafou o vereador.

João Alfredo também fez ponderações à postura ambígua do PV em alguns estados, mas considerou que há certa afinidade entre alguns discursos de Marina e do Psol, como a prioridade dada ao meio ambiente. ``Na minha opinião particular, a restrição não é à senadora, mas a algumas características da sigla``, explicou.

Apesar de sua opinião não estar totalmente alinhada à tese defendida ontem por Plínio de Arruda Sampaio, o vereador destacou que é a maioria do partido quem deve fechar o dilema. ``E a decisão, seja ela qual for, terá de ser respeitada``, ressaltou.

Questionado sobre os rumos do Psol no Ceará, João Alfredo voltou a dizer que está aberto às decisões do partido, mas deixou claro que deseja atrelar sua candidatura a chances reais de eleição. ``Se a capacidade maior é que a gente se eleja para deputado federal ou estadual, quero que as decisões sejam pensadas a partir disso``. (HR)

http://www.noolhar.com/opovo/politica/929417.html

Eleição do PT testa força do projeto Dilma nos Estados

SÍLVIA FREIRE
BRENO COSTA
GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha

As eleições diretas para os diretórios estaduais do PT, que acontecem no próximo domingo, vão testar em alguns Estados a aceitação pela base do partido da decisão da cúpula nacional do PT e do presidente Lula em formar uma ampla aliança em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência em 2010.

Pelo menos em Minas, Paraná e Maranhão, a eleição interna do partido está polarizada entre correntes que defendem o lançamento de candidaturas próprias e alas que apoiam a construção de alianças visando uma coligação ampla para a candidatura à Presidência.

Em Minas, o "soldado" de Lula é o candidato Gleber Naime, que tem o apoio do ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social). O ministro é favorável a uma composição com o ministro peemedebista Hélio Costa (Comunicações), líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo.

A posição é oposta à do ex-prefeito de BH Fernando Pimentel, amigo pessoal de Dilma, mas que defende a candidatura própria do PT em solo mineiro. O ex-prefeito apoia o atual presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes.

No Paraná, o secretário Ênio Verri (PT), candidato da CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente majoritária do PT, defende a coligação com um candidato da base aliada de Lula para o governo.

O deputado estadual Tadeu Veneri, que tem apoio de correntes ligadas à esquerda petista, defende a candidatura própria. Segundo ele, a eleição de domingo não será definitiva em relação à política de alianças no Estado, pois a militância deve levar em conta outros pontos do programa do partido.

Em Pernambuco, as duas principais candidaturas à presidência do diretório estadual defendem a continuidade da aliança com o PSB do governador Eduardo Campos. Os dois candidatos minoritários defendem a candidatura própria.

A disputa pelo comando do diretório do PT no Maranhão divide os candidatos entre o apoio à governadora Roseana Sarney (PMDB) e a oposição à família Sarney.

O candidato da CNB no Maranhão, Raimundo Monteiro, disse que sua posição é seguir a orientação do diretório nacional e se aproximar do PMDB em 2010. "Depois da eleição vamos ver qual é a fatia de cada grupo no diretório estadual. O novo diretório terá a responsabilidade de conduzir o processo eleitoral no Estado", disse.

No Pará, a discussão interna gira em torno da renovação da aliança com o PMDB e o PTB, que já integram o governo de Ana Júlia Carepa (PT). Ela deve disputar a reeleição.

O candidato Bira Rodrigues, da chapa Movimento PT, é contra a aliança com o PTB do prefeito de Belém, Duciomar Costa, e defende a discussão do tamanho do PMDB dentro do programa de governo.

No Rio Grande do Sul, a disputa interna tem quatro candidatos a presidente, mas o deputado estadual Raul Pont (Mensagem ao Partido), é o favorito, com o apoio do ministro Tarso Genro, pré-candidato ao governo. O grupo de Tarso tenta atrair PDT e PTB, partidos aliados ao prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, provável nome do PMDB à sucessão estadual e adversário histórico do PT.

No Ceará, 6 das 7 chapas apoiam a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), para a presidência do diretório e defendem a continuidade da aliança com o governador Cid Gomes (PSB), que apoiaria Dilma. Para o secretário-geral do PT-CE, Antônio Carlos de Freitas, a posição só deverá ser rediscutida se Ciro Gomes (PSB) disputar o Planalto.




http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u654075.shtml

Painel da Folha: PV cobra de Marina presença para evitar eleição plebiscitária

da Folha Online

Hoje na Folha Em jantar anteontem com Marina Silva, lideranças do PV cobraram da candidata o fato de ter desaparecido e permitido que a eleição "voltasse a ficar plebiscitária" justamente no momento em que Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) passaram a duelar em torno do meio ambiente, agenda da senadora, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a coluna, Marina acolheu parte das críticas, mas fez menção à escassa estrutura de sua pré-campanha e ao fato de que o PV havia decidido não transformá-la numa candidata monotemática.

A coluna informa que, por enquanto, ficou combinado que ela fará pelo menos um discurso por semana no Senado. Ainda no jantar do PV, Fernando Gabeira reiterou que disputará o Senado, não o governo do Rio.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u654070.shtml

Heloísa Helena apoia Marina à presidência e se lança ao Senado

Terra

A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, disse nesta terça-feira em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que a pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, é o único nome capaz de promover o debate do desenvolvimento sustentável com inclusão social. Heloísa também se retirou da disputa ao Planalto em 2010 e deixou claro que seu objetivo é voltar ao Senado, onde ocupou uma cadeira entre 1999 e 2007.

"Quem, como eu, move os passos políticos independentemente da dinâmica e contas eleitorais se sente na feliz obrigação de apoiar Marina", afirmou. "Marina é o nome que tem condições de fazer esse debate do desenvolvimento sustentável com inclusão social. Qualquer outro nome que o faça é de um artificialismo eleitoreiro que beira ao cinismo".

A ex-senadora e atual vereadora de Maceió criticou colegas de partido contrários à coligação com o PV. Mas apesar disso, disse que não vai passar por cima das discussões do partido, que segundo o jornal, deve decidir sobre a sucessão presidencial numa conferência em março.

Se decidir concorrer ao Senado, Heloísa deve disputar a vaga com o atual líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, e com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4108086-EI7896,00-Heloisa+Helena+apoia+Marina+a+presidencia+e+se+lanca+ao+Senado.html

Encurralado entre Serra e Aécio, DEM tenta superar racha

FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Enfraquecido pela permanência fora do poder federal por quase sete anos e com uma bancada sempre em declínio no Congresso, o DEM faz hoje almoço em Brasília para tentar unificar o discurso sobre 2010.

Nas últimas semanas, caciques do DEM têm se desentendido em público a respeito da estratégia a ser adotada na disputa pelo Palácio do Planalto.

De um lado, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e seu pai, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, atacam o PSDB pela estratégia de aguardar até março ou abril para definir quem será o candidato a presidente. A maioria dos deputados democratas apoia as críticas. Essa ala enxerga no governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), a melhor opção como postulante ao Planalto.

Do outro lado está o grupo comandado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e pelo ex-presidente da sigla Jorge Bornhausen. Eles apoiam o governador José Serra (PSDB-SP) e não enxergam problemas na tática de postergar a decisão.

"O almoço terá dois objetivos principais. Vamos tentar unificar o nosso discurso e dizer que o DEM vai apoiar o candidato a presidente do PSDB, não importa quem ele seja. E vamos trabalhar para ter Serra e Aécio juntos na disputa, possivelmente numa chapa Serra-Aécio", explica o governador do DF, José Roberto Arruda.

Foram convidados todos os 56 deputados e 13 senadores do DEM. A cúpula também estará presente, inclusive Kassab.

Há nos bastidores do DEM também especulação sobre como os políticos do partido vão se comportar em 2010 nos Estados diante de uma possível alta popularidade do presidente Lula. O governador de Brasília nega um possível apoio ao PT ou à pré-candidata dessa legenda ao Planalto, Dilma Rousseff.

O líder na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse que o "sentimento é pela busca da unidade partidária", mas ressalva: "Enquanto o PSDB não se definir sobre quem será o candidato a presidente, o DEM continuará a fazer alianças localmente. Mais adiante, ninguém poderá cobrar do nosso partido que tenhamos palanques homogêneos em todos os locais para o candidato a presidente".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u654002.shtml

Lula aprova Mendes e quer fim de divergências

Presidente teme que discordâncias entre Fazenda e BC atrapalhem a economia no fim de seu mandato

Estadão
- Beatriz Abreu, BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou positivamente a troca de comando na diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC) e deu uma ordem à equipe econômica: sem marolas nesses quase 11 meses que antecedem as eleições. Lula quer que o Ministério da Fazenda e o BC mantenham sintonia na divisão de tarefas na condução da economia e reforçou que a prioridade do governo é o controle da inflação. Sua preocupação é evitar movimentos desnecessários na economia.

"Como faltam menos de 11 meses para as eleições, fazer marola nessa hora é bobagem", disse o presidente. O "fazer marola" expresso por Lula significa não adotar medidas sobre as quais não se tenha a devida segurança a respeito dos efeitos no mercado financeiro e na confiança do empresariado de que o País retomou a rota de crescimento.

O ponto de fragilidade continua sendo a excessiva valorização do real, mas também nesse caso Lula pediu prudência. O sinal de alerta foi dado e o governo está preparado, no entanto, para intervir caso se confirmem os cenários de uma enxurrada de dólares. Aí, Mantega tem o aval para dosar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), aplicado no ingresso de capital estrangeiro.

Nesse sentido, a substituição de Mário Torós por Aldo Luiz Mendes não significa uma inflexão na condução da política monetária. A forma como Meirelles conduziu o processo de saída de Torós, que precipitou seu afastamento da diretoria depois de uma entrevista ao jornal Valor Econômico, na qual revela detalhes da operação do BC durante a crise financeira, foi elogiada no Palácio do Planalto. Lula ficou especialmente atento à receptividade do nome do novo diretor pelo mercado.

Ontem pela manhã, Meirelles se reuniu com o presidente Lula, que aprovou a indicação de Mendes, que agora terá seu nome submetido ao Senado. Meirelles fez uma escolha pessoal e, segundo fontes, não sofreu a influência do ex-ministro Antonio Palocci, o responsável por tornar Mendes um dos vices-presidentes do BB.

A opção "certamente" agradou a Palocci, mas, de alguma forma, pode ter desagradado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que demitiu Mendes do Banco do Brasil, em abril deste ano, quando decidiu trocar a diretoria do BB e seu então presidente Lima Neto por discordarem de uma política mais ofensiva na instituição para redução dos juros. Meirelles conversou com Mantega sobre a escolha e não houve objeções. "Nem poderia", disse uma fonte. Afinal, Mantega também sacou do Banco Central o economista Emílio Garofalo, que integra a assessoria especial da Fazenda.

O que prevaleceu na opção pelo nome de Mendes foi o interesse de ter no BC um nome comprometido com a gestão da política monetária até dezembro de 2010. A avaliação foi a de que dificilmente se encontraria no mercado um nome com as características de Mendes, especialmente no que se refere ao compromisso de ficar no BC "até o fim". Até a troca de comando no Planalto, nada deve mudar, exceto na hipótese da candidatura de Meirelles.

A opção continua em aberto. O presidente do BC diz a amigos que sua filiação não foi questão política, mas jurídica. Quis garantir a opção de dar novo rumo a sua carreira. Se essa opção fosse hoje, não sairia do BC.

Essa continua sendo a preferência do presidente Lula. Para ele, o ideal seria ter Meirelles à frente do BC até o fim de 2010 e a continuidade dos diretores de Política Econômica, Mário Mesquita, e de Administração e de Liquidações, Antonio do Valle. Entre Meirelles e Mesquita há um pacto: saem juntos. Valle já teria manifestado o interesse de continuar na instituição, se esse for o desejo do presidente do BC que assumirá em 2011.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091118/not_imp468052,0.php

PV e PSOL vão 'aprofundar o diálogo' para 2010, diz Marina

O GLOBO - Isabel Braga

BRASÍLIA - A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira que o PV e o PSOL devem "aprofundar o diálogo" em busca de uma aliança para as eleições de 2010. O assunto deverá ser discutido em reunião da Executiva do PV nesta quinta-feira, em Brasília. A senadora agradeceu as declarações de apoio de Heloisa Helena (PSOL-AL) à sua candidatura.

- É uma manifestação importante. Eu a Heloísa já vínhamos conversando. Ela tem feito um esforço para viabilizar o apoio, por isso vemos com muita alegria. As comissões do PV e do PSOL irão aprofundar o diálogo, porque existem dificuldades de lado a lado. Vamos dialogar, ver se a aliança será formal ou informal. Não tem data para definição - disse Marina.

A senadora também rebateu críticas de que sua campanha está parada:

- Se uma campanha se resolvesse falando em plenário, eu falaria todos os dias. Existe uma agenda estruturada pelo PV, estamos viajando, estive na região de São José dos Campos, também já estive em Belém, Manaus. Estamos trabalhando com os meios que possuímos. Agenda não tem faltado. Obviamente vocês da mídia podem comparecer mais a elas.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/18/pv-psol-vao-aprofundar-dialogo-para-2010-diz-marina-914813584.asp

17 de nov. de 2009

Sem Lula, estreia filme sobre presidente; ministro ironiza acusações da oposição de uso eleitoral

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Sem a presença do protagonista, o filme "Lula, o Filho do Brasil" estreia na noite de hoje na abertura do 42º Festival de Cinema de Brasília. O filme que conta parte da vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser acompanhado apenas pela primeira-dama Marisa Letícia.

Segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), o presidente prefere assistir o filme numa exibição reservada aos familiares.

O ministro disse que já teve a oportunidade de assistir a história ainda na fase de finalização e que foi preciso uma rebelião da parte dos ministros para que fossem liberados para sessão desta noite.

O presidente coordenava no início da noite uma reunião sobre PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na área de rodovias. "É emocionante. A história do presidente Lula é fantástica. Agora, tivemos que fazer uma rebelião. O homem [Lula] queria fazer reunião até o fim da noite", disse.

Paulo Bernardo rebateu às críticas da oposição que acusam o uso político da imagem do presidente com a divulgação da obra às vésperas de ano eleitoral. O ministro desafiou a oposição a lançar um filme contando a vida de algum líder oposicionista. "Não tem nada ilegal ou irregular nisso. Eles também que façam um filme. Se procurar, acham alguma história interessante", afirmou.

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), reforçou a defesa de Lula e provocou os oposicionistas a contarem a vida do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Arthur Henrique, reconheceu, no entanto, que o filme pode ter impacto nas eleições de 2010. "Influência indiretamente porque sensibiliza e mostra a imagem e a vida de um lutador", afirmou.

A CUT e outras centrais sindicais fizeram um acordo com a distribuidora do filme para vender ingressos antecipados entre 20 de novembro e 30 de dezembro a preços populares --R$ 5 o ingresso.

Polêmica

O início da sessão também foi marcado pela reclamação de representantes do governo do Distrito Federal pelas restrições da produtora do filme. O diretor Fábio Barreto não permitiu que o filme fosse liberado antes para a inclusão de legendas para os deficientes auditivos nem adaptado com a audiodescrição para os cegos.

Com orçamento de aproximadamente R$ 12 milhões, "Lula, o Filho do Brasil" é o filme mais caro da história do cinema brasileiro e será exibido em quase 400 salas no Brasil. A estreia nacional do filme está prevista para o dia 1º de janeiro, mas hoje ele terá sua pré-estreia no Festival Internacional de Cinema de Brasília --apenas para convidados.

Dirigido por Fábio Barreto e estrelado por Rui Ricardo Diaz, Glória Pires, Cléo Pires, Juliana Baroni e Milhem Cortaz, "Lula, o Filho do Brasil" não participará da Mostra Competitiva do festival.

Segundo produtores, serão realizadas exibições especiais para comunidades pobres de grandes cidades e localidades da zona rural onde não há cinemas. O filme conta a história de Lula desde seu nascimento, em 1945, no sertão de Pernambuco, até sua consagração como líder sindical, em 1980, no ABC paulista.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u653844.shtml

Berzoini nega caráter eleitoreiro e sugere filme sobre FHC

Terra - Marina Mello
Direto de Brasília

Ministros do governo Lula e o presidente do PT, Ricardo Berzoini, negaram nesta terça-feira, ao chegarem na pré-estreia do filme Lula, O Filho do Brasil, que o lançamento do filme próximo a 2010 tenha qualquer caráter eleitoreiro. Ao ser questionado sobre críticas, Berzoini sugeriu que a oposição faça um filme sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"O presidente Lula não é candidato a nada no ano que vem, apesar de ser um cabo eleitoral muito importante. Mas acho que a manifestação cultural é assim. Por exemplo, eu sugiro à oposição que tentem fazer um filme sobre a vida de Fernando Henrique (Cardoso). Certamente vai ser bastante interessante", disse.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), usou o mesmo argumento de Berzoini para negar caráter eleitoreiro da produção. "O Lula não é candidato, ele já foi reeleito. Seria (eleitoreiro) se ele fosse candidato", disse. Questionado se a vida de Dilma, pré-candidata do PT às eleições presidenciais de 2010, também renderia um filme, Lupi respondeu: "por que não?".

Lula, O Filho do Brasil, dirigido por Fábio Barreto, abre a 42ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro nesta terça-feira, às 20h30, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro. O filme narra a trajetória de Luiz Inácio Lula da Silva até chegar à Presidência.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4107578-EI7896,00-Berzoini+nega+carater+eleitoreiro+e+sugere+filme+sobre+FHC.html

Filme de Lula deve ter impacto em 2010, diz presidente da CUT

Terra - Marina Mello
Direto de Brasília

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, afirmou nesta terça-feira que a repercussão do filme Lula, O Filho do Brasil deve ter um impacto nas eleições presidenciais de 2010, mas disse que esse não é o objetivo do trabalho. "Deve ter alguma influência, mas este não é o ponto central", afirmou Henrique na chegada ao Teatro Nacional Cláudio Santoro, onde ocorrerá a pré-estreia do filme.

Lula, O Filho do Brasil, filme de Fábio Barreto, abre a 42ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro nesta terça-feira, às 20h30, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro.

O presidente da CUT afirmou que está em negociação a possibilidade de as centrais sindicais filiadas se reunirem no próximo dia 3 de dezembro para assistir ao filme com um preço mais acessível, de aproximadamente R$ 5, no Cine Marabá, em São Paulo. Henrique disse que já assistiu a trechos do filme na casa de um produtor em Brasília e que achou "muito emocionante".

Ato pró-Battisti
Antes da pré-estreia do filme, manifestantes fizeram um ato em favor do ex-ativista italiano Cesare Battisti, que está detido no presídio da Papuda, em Brasília. Battisti, condenado a prisão perpétua na Itália por suposta participação em quatro homicídios, recebeu status de refugiado político pelo Ministério da Justiça do Brasil, no início do ano.

Com uma faixa, os manifestantes pediam para Lula libertar Battisti. A extradição do italiano é julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas é o presidente que deve dar a palavra final sobre o caso.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4107552-EI7896,00-Filme+de+Lula+deve+ter+impacto+em+diz+presidente+da+CUT.html

Para petistas, aproximação entre Ciro e Aécio é provocação a Serra e não uma aliança

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

A aproximação do governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) e do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), dois presidenciáveis, declarada publicamente nesta terça-feira foi recebida pelo PT como uma provocação ao governador de São Paulo José Serra (PSDB), que disputa com Aécio a indicação para concorrer ao Palácio do Planalto em 2010.

Nos bastidores, petistas avaliam que Ciro, eterno desafeto de Serra, não pretende fazer parte de uma chapa com o PSDB, que é comandado por aliados do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem rompeu.

Candidato à presidência do PT que vai negociar as alianças do partido para as próximas eleições, o secretário-geral do partido, deputado José Eduardo Cardozo (SP), evitou polemizar e minimizou um possível entendimento entre o governador de Minas e o deputado.

Para Cardozo, Ciro tem uma plataforma governista e deve andar ao lado da pré-candidata petista à sucessão presidencial, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

"Eu confio no nosso projeto. Tenho certeza que o projeto que o deputo Ciro Gomes tem para o país tem muito mais a ver com o governo Lula. Eu tenho certeza que ele estará conosco", disse.

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), uma chapa composta por Aécio e Ciro ainda não foi objeto de discussão no partido.

Guerra disse, no entanto, que a política de aliança dos dois presidenciáveis terá peso na hora do partido definir seu nome. "Isso [aliança Ciro e Aécio] nunca passou pelo partido. [...] É claro que as políticas de aliança dos dois candidatos é uma variável que será considerada", afirmou.

Ao lado de Aécio, Ciro afirmou hoje que desistiria de sua candidatura se o governador mineiro estivesse na disputa. "Se o governador Aécio Neves se viabilizar candidato a presidente da República, penso que sua presença é tão importante para o Brasil que a minha candidatura não é necessária mais. Voltando a repetir, quem decide se sou candidato, ou não, é o meu partido. Mas a minha necessidade aguda de ser candidato não remanesce mais. Por que? Porque o Aécio encerra esse provincianismo", disse o socialista, acompanhado de Aécio.

Sobre a possibilidade de ser o vice de Aécio, Ciro desconversou. "Sobre candidatura, meu partido é quem decide."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u653796.shtml

Presidente do PSDB diz que apoio de Ciro fortalece Aécio, mas duvida de aliança com PSB

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reconheceu nesta terça feira que a declaração de apoio do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à candidatura do governador Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto favorece o nome do tucano na disputa interna para encabeçar à chapa presidencial.

Guerra disse que o eventual apoio do PSB a uma candidatura tucana seria "muito importante" para a legenda --apesar de considerá-la improvável.

"Eu acho que o governador Aécio, tendo o apoio do PSB ou qualquer partido, ou do deputado Ciro Gomes, [isso] reforça a candidatura dele. Se o PSB apoiasse um candidato do PSDB, seria uma grande ideia. Mas sou da terra do presidente do PSB, e não acho isso provável", afirmou.

Guerra aposta no apoio do PSB à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto, mas não descarta o embarque pessoal de Ciro na candidatura de Aécio. "Acho que o PSB apoiará o candidato do presidente Lula. Falo do PSB, não do Ciro Gomes."

O presidente do PSDB disse acreditar que a declaração de Ciro favorável a Aécio é consequência da aliança firmada pelo governador com o PSB em Minas Gerais, nas eleições municipais de 2006. Guerra classificou de "natural" a decisão de Aécio buscar apoio em outros partidos para reforçar a sua candidatura.

O senador admitiu que, no momento do PSDB definir o nome do seu candidato à Presidência, as alianças poderão ajudar na escolha entre Aécio e o governador de São Paulo, José Serra. "O que vamos fazer é examinar em conjunto, no tempo adequado, as possibilidade eleitorais tanto de Aécio quanto de José Serra. O arco de alianças que podem introduzir, as candidaturas que podem fazer", afirmou.

Repercussão

Para o senador Renato Casagrande (PSB-ES), as declarações de Ciro em apoio a Aécio representam sua opinião pessoal, não do partido como um todo.

"É um movimento feito por dois pretendentes a candidatos à presidência que se movimentam de forma conjunta, buscando furar bloqueios impostos a eles. O Aécio tem o bloqueio do próprio PSDB, e o Ciro, das alianças que ainda não firmou", disse.

Casagrande classificou de um "jogo de ganha-ganha" a troca de apoio entre Aécio e Ciro. "O Ciro se aproxima dos simpatizantes do Aécio, que ganha força com o apoio do Ciro. É uma forma de proteção entre os dois", disse.

Defensor da candidatura de Dilma ao Palácio do Planalto, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse ter confiança no apoio de Ciro ao nome da petista em 2010. "É um gesto de simpatia do Ciro, mas a evolução do PSB que faz parte do governo Lula é estar no nosso palanque. O Ciro cumprirá grande papel nisso e talvez como candidato do governo de São Paulo", afirmou.

Guerra também disse acreditar que Ciro não será candidato à presidência da República, apesar de negar oficialmente sua disposição de disputar o governo de São Paulo.

Declarações

Ciro reafirmou nesta terça-feira sua intenção de disputar o Planalto em 2010, mas voltou a admitir que se o governador de Minas Gerais for o nome tucano na disputa, sua candidatura não será mais necessária.

"Se o governador Aécio Neves se viabilizar candidato a presidente da República, penso que sua presença é tão importante para o Brasil que a minha candidatura não é necessária mais. Voltando a repetir, quem decide se sou candidato, ou não, é o meu partido. Mas a minha necessidade aguda de ser candidato não remanesce mais. Por que? Porque o Aécio encerra esse provincianismo", disse o socialista, acompanhado de Aécio, durante visita a Minas.

Sobre a possibilidade de ser o vice de Aécio, Ciro desconversou. "Sobre candidatura, meu partido é quem decide."

O socialista disse ainda que não poderia dar lição ao tucano de como ele deveria barrar a candidatura de Serra ao Planalto. "O neto do Tancredo Neves não vai receber lição de ninguém."

O deputado voltou a afirmar que não tem a intenção de disputar o governo de São Paulo em 2010.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u653706.shtml