congressoemfoco | Fábio Góis
O debate sobre o setor elétrico continua em alta tensão no Senado. Depois de convites aprovados nas comissões de Infra-Estrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foram convidados para falar sobre o blecaute da semana passada também na Comissão de Relações Exteriores (CRE). O requerimento, apresentado nesta terça-feira (17) pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), foi aprovado há pouco por unanimidade na CRE, colegiado presidido pelo tucano Eduardo Azeredo (MG).
“Nós fizemos hoje o que eles fizeram ontem”, disse o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), referindo-se ao fato de a base ter se articulado para, antecipando-se à oposição, convidar Dilma e Lobão para audiências na CI, com o apoio presencial de 18 autoridades e técnicos do setor – que ficariam encarregados das perguntas “inconvenientes”.
Para Agripino, o fato de o presidente da CI, Fernando Collor (PTB-AL), ter apresentado e submetido à votação um requerimento nas circunstâncias de ontem - em plena segunda-feira, com poucos senadores na Casa, e sem a presença dos membros oposicionistas - mostra que o governo quer montar “um circo” favorável a Dilma e Lobão.
“Isso é pior do que um comício, é um circo, um grupo de 20 pessoas diante de uma platéia a discutir [o tema do apagão] de forma supostamente técnica, sem aprofundamento e superficial, sem apresentar sugestões de ação efetiva para combater o apagão”, disse o senador potiguar, para quem o governo quer “jogar a poeira para debaixo do tapete”.
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